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A duração do efeito analgésico da crioterapia na dor perineal no pós-parto: ensaio clínico randomizado / The duration of the analgesic effect of cryotherapy in postpartum perineal pain: a randomized controlled trialAdriana Amorim Francisco 11 September 2015 (has links)
Introdução: A bolsa de gelo, principal método não medicamentoso de alívio da dor perineal, é efetiva, se aplicada por 10, 15 ou 20 minutos. Mas, seu uso não está padronizado, pois faltam evidências robustas sobre o melhor tempo e o intervalo das aplicações, dificultando o emprego efetivo e seguro dessa terapia, na prática obstétrica. Objetivo: Avaliar a eficácia de bolsa de gelo no alívio da dor perineal no pós-parto e sua manutenção até 2 horas após a aplicação por 10 minutos. Método: Ensaio clínico controlado, randomizado com cegamento do avaliador do desfecho, realizado em uma maternidade em São Paulo. Foram incluídas 69 puérperas com idade 18 anos, sem parto vaginal anterior, 6-24 horas, após o parto normal, com dor perineal 3 na escala numérica, que não receberam anti-inflamatório após o parto ou analgésico nas 3 horas prévias à inclusão no estudo. A amostra foi estratificada conforme a condição perineal após o parto em períneo íntegro ou laceração de 1º grau e laceração de 2º grau ou episiotomia. A alocação aleatória ocorreu, separadamente, em cada estrato, em grupo experimental, composto por participantes que receberam uma única aplicação de bolsa de gelo no períneo por 10 minutos e grupo controle, constituído de participantes que não usaram bolsa de gelo. O desfecho primário foi a redução de 30% na intensidade da dor perineal, imediatamente após a intervenção e o secundário, a manutenção da analgesia até 2 horas, após a terapia. A dor perineal foi avaliada pela escala numérica (0-10, zero é ausência de dor e dez, a pior dor imaginável), em três momentos: antes, imediatamente após e 2 horas depois da intervenção. Resultados: Antes da intervenção, não houve diferença significativa entre os grupos experimental e controle quanto às características sociodemográficas, relacionadas ao parto e intensidade de dor perineal. Imediatamente após a intervenção, a redução da média de intensidade da dor perineal foi maior no grupo experimental (4,0 versus 0,7; p<0,0001) e a proporção de mulheres cuja dor perineal diminuiu 30% ou mais também foi maior no grupo experimental (82,9% versus 17,6%; p<0,001). Em 2 horas, não houve diferença significativa na redução da média da dor perineal entre os grupos. Contudo, a proporção de mulheres cuja a intensidade da dor diminuiu, pelo menos, 30% foi maior no grupo experimental (82,9% versus 44,1%; p=0,002). O número necessário para tratar foi igual a 3 (Intervalo de Confiança- IC 95% 2-7). Além disso, o percentual de mulheres cuja intensidade da dor perineal não aumentou desde a aplicação do gelo foi de 61,9% e 89,3% para o grupo experimental e o controle, respectivamente. Para as demais puérperas, o tempo médio de aumento da intensidade da dor perineal foi 1h45 (IC95% 1h34-1h57) e 1h56 (IC95% 1h51-2h01), para os grupos experimental e controle, respectivamente, com diferença significativa. Conclusão: Aplicação de bolsa de gelo por 10 minutos é eficaz para aliviar a dor perineal após o parto em primíparas e continua a ser eficaz de 1h45 a 2 horas. Além disso, é um método bem aceito pelas mulheres e permite um melhor desempenho de suas atividades diárias / Introduction: The ice pack, the main non-pharmacological method for relieving perineal pain, seems to be effective if applied for 10, 15 or 20 minutes. But its use is not standardized, once it lacks robust evidence on timing and frequency of applications, which hinders the effective and safe use of this therapy in obstetric practice. Aim: To evaluate if a 10 minutes ice pack application is relieving postpartum perineal pain and if its analgesic effect is maintained for up to 2 hours. Method: A single-blinded randomized controlled trial was performed in a birth center in Sao Paulo, Brazil. The sample size consisted of 69 primiparous women 18 years old, within 6-24hrs after spontaneous vaginal birth with perineal pain 3 by use of a numeric rating scale, who had neither received anti-inflammatory medication after childbirth nor analgesics within the previous 3hrs. The sample was stratified according to the perineal condition after childbirth into intact perineum or 1st degree laceration and 2nd degree laceration or episiotomy. Random allocation into experimental and control group occurred separately in each stratum. In the experimental group, women received a single ice pack application to the perineum for 10 minutes. In the control group, women did not receive an ice pack. The primary outcome was a reduction by at least 30% in perineal pain intensity, immediately after the application and the secondary, was the maintenance of the analgesic effect for up to 2hrs. Perineal pain was measured using the numeric rating scale (0-10, 0 = no pain and 10 = worst pain imaginable), at three points of time: before, immediately after and 2hrs after applying an ice pack. Findings: Before the intervention, there were no significant differences between the experimental and control group regarding sociodemographic characteristics, facts related to childbirth and perineal pain intensity. Immediately after the intervention, pain intensity was more reduced in the experimental group (4.0 vs. 0.7, p <0.0001), and the proportion of women whose perineal pain decreased by 30% or more was also higher in this group (82.9% vs. 17.6%; p <0.001). Within two hours, there was no significant difference in the mean pain levels in both groups. However, the proportion of women whose mean pain intensity decreased by at least 30% was higher in the experimental group (82.9% vs. 44.1%; p = 0.002). The number needed to treat was 3 (95% CI 2-7). Furthermore, the percentage of women whose perineal pain intensity has not increased since the application of ice was 61.9% for the experimental group and 89.3% for the control group, respectively. For the remaining participants, levels of perineal pain were increasing after an average time of 1hr45 (95% CI 1hr34-1hr57) and 1hr56 (95% CI 1hr51-2hr01) for the experimental and control groups, respectively, with significant difference. Conclusion: Application of an ice pack for 10 minutes is effective for relieving postpartum perineal pain for 1hr45 to 2hrs. Moreover, it is a well-accepted method by women and allows them to better perform their daily activities
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Analgesia perineal pela bolsa de gelo após o parto normal: ensaio clínico randomizado / Perineal analgesia with ice packs after vaginal delivery: randomized clinical trialLucila Coca Leventhal 04 December 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade da aplicação da bolsa de gelo na dor perineal após o parto normal. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado e controlado, realizado no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal, na cidade de São Paulo. A população foi dividida em três grupos Experimental, que utilizou bolsa de gelo no períneo; Placebo, bolsa de água na temperatura ambiente e Controle, sem bolsa. Os critérios de inclusão foram: idade 18 anos, nulíparas de termo, com apresentação cefálica, estar entre 2 e 48 horas de após parto normal, referir dor perineal 3, sem intercorrências clínicas ou obstétricas e com recém-nascido (RN) em boas condições. Os critérios de exclusão foram: síndrome de Raynaud, recusar ou retirar a bolsa. As bolsas foram aplicadas por 20 minutos. Nos três grupos foram controladas as temperaturas perineais, da bolsa, ambiental e axilar. Para avaliação da dor, foi utilizada a escala numérica de zero a dez, sendo zero ausência de dor e dez, dor insuportável. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da USP, deu-se a coleta de dados em janeiro e fevereiro de 2008. Foram elegíveis ao estudo 117 mulheres, com a recusa de três, restando 114; 38 em cada grupo. A média de idade das mulheres foi de 22,2 anos; 83,3% tinham ensino médio; 89,5% possuíam companheiro com co-habitação; 49,1% tinham trabalho remunerado; 84,2% não eram pretas e 50,9% tiveram o marido como acompanhante no parto. O trauma perineal ocorreu em 94,4% das mulheres, sendo 64,0% com episiotomia. Quanto às variáveis numéricas, as médias observadas foram: 20,6 h tempo de pós-parto com dor perineal, 3.254 g o peso do RN, 3,4 cm de comprimento do trauma perineal, 36,5°C de temperatura axilar, 26,9°C de temperatura ambiental e 32,7°C de temperatura inicial do períneo. Nos três grupos houve semelhança em todas as variáveis de caracterização estudadas. A temperatura inicial média da bolsa de água foi de 27,2°C, e a do gelo de 3,8°C. A média de temperatura perineal, após os 20 minutos de intervenção, foi 34°C no grupo controle, 30,9°C no placebo e 12,6°C no experimental. Comparando-se a média de dor inicial após 20 minutos intragrupo, observou-se que nos três grupos (controle, placebo e experimental) ocorreu redução significativa da dor (p<0,001). Na comparação entre os grupos, verificou-se que o experimental apresentou média de dor inferior ao controle (1,6 versus 3,3; p=0,032). Houve diferença significativa (p=0,003) na porcentagem de melhora da dor perineal entre os três grupos. O grupo experimental foi o que mais referiu alívio da dor, com 22 (57,9%) puérperas apresentando melhora acima de 50% e 13 (34,2%) que informaram melhora entre 30% e 50%. Ao se comparar as médias de dor entre 20 e 40 minutos e entre 40 e 60 minutos não foram constatadas diferenças estatísticas intragrupo e entre os grupos controle, placebo e experimental. Concluiu-se que o uso da bolsa de gelo por 20 minutos foi eficaz para o alívio da dor perineal após o parto normal / The purpose of this study was to evaluate the effectiveness of ice pack application in perineal pain after vaginal delivery. It is a randomized clinical trial controlled and was held at the Birth Center of the Amparo Maternal, in Sao Paulo. The population was divided in three groups - Experimental, which used ice packs on the perineum, Placebo, which used water packs at room temperature, and Control, which did not use any treatment. The inclusion criteria were: age 18 years, nulliparous women, cephalic presentation, time between 2 and 48 hours after normal birth, noting perineal pain 3, no medical or obstetric complications and newborn (NB) in good condition.The exclusion criteria were: Raynaud\'s syndrome and refusal or withdrawal of the packs. The packs were applied during twenty minutes. In all three groups the temperature of perineum, pack, environment and armpit were controlled. For pain assessment a numerical scale from 0 to 10 was used, zero for no pain and ten for unbearable pain. After approval by the Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo, the data was collected in January and February 2008. For this study, 117 women were considered eligible but 3 refused to participate; the remaining 114 were divided in three groups of 38. The average age of the women was 22.2 years, 83.3% had high school education, 89.5% lived with a partner, 49.1% had paid jobs, 84.2% were not Afro-descendants and 50.9% had their husband as companion in childbirth.The perineal trauma occurred in 94.4% of the women, 64.0% of them with episiotomy. As numerical variables the averages were: 20.6 h time of postpartum perineal pain, 3254 g weight of newborns, 3.4 cm length of perineal trauma, 36.5 °C armpit temperature, 26.9 °C temperature of environment and 32.7 ° C perineum initial temperature. There were similarities in all groups, in all the variables studied for characterization. The average initial temperature was 27.2 °C for water packs and 3.8 °C for ice packs. Twenty minutes after intervention, the average perineal temperature was 34 °C in the control group, 30.9 °C in the placebo group and 12.6 °C in the experimental group. Comparing the pain average at the beginning and after 20 minutes, it was observed that in the three groups (control, placebo and experimental) there had been a significant reduction of pain (p <0.001). In the comparison between groups it was found that the experimental group had a lower pain average than the control group (1.6 versus 3.3, p = 0.032). There was a significant difference (p = 0.003) in the percentage of improvement in perineal pain among the three groups. The experimental group reported the greatest pain relief, with 22 (57.9%) mothers showing improvement above 50% and 13 (34.2%) reporting improvement between 30 and 50%. When comparing the average pain between 20 and 40 minutes and between 40 and 60 minutes no statistical difference was found within each group and among the control, placebo and experimental groups. It follows that the use of ice packs for twenty minutes was effective for perineal pain relief after vaginal delivery
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A trajetória de mulheres brasileiras na depressão pós-parto: o desafio de (re)montar o quebra-cabeça / The trajectory of Brazilian women in postpartum depression: the challenge of putting the puzzle back togetherHudson Pires de Oliveira Santos Júnior 18 January 2013 (has links)
A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno do humor que pode afetar mulheres de diversas culturas, já sendo considerado um problema internacional de saúde pública. Contudo, há ainda pouco conhecimento científico sobre as características qualitativas da experiência da depressão pós-parto no contexto latino-americano, incluindo o Brasil. Diante dessa lacuna, o objetivo dessa pesquisa foi compreender a trajetória de um grupo de mulheres brasileiras na experiência da DPP. Trata-se de um estudo interpretativo descritivo. Os participantes foram 15 mulheres com diagnóstico clínico de DPP e 9 familiares indicados por elas. A coleta de dados foi realizada na cidade de São Paulo no período de maio de 2011 a janeiro de 2012, por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram submetidos à análise temática indutiva. Como resultado, compreende-se que a trajetória das mulheres na experiência da DPP as levou a vivenciar uma maternidade fora dos padrões idealizados que, como consequência, modificou a forma como elas entendiam a própria identidade. A analogia de um quebra-cabeça é utilizada para descrever o desarranjo causado pela DPP na imagem mulher-mãe composta pelas peças identidade e maternidade. O fator que mais afetou a peça maternidade foram os pensamentos que as mulheres vivenciaram de machucar os filhos. Em resposta a isso, elas descreveram diferentes formas de exercer a maternidade. A peça identidade ficou em segundo plano devido à importância sociocultural dada à maternidade. Assim, mesmo os sintomas depressivos tendo afetado a capacidade individual das mulheres e a própria percepção sobre si mesmas, foi apenas a falha em cuidar da criança que despertou a questão da depressão e gerou a necessidade por assistência. Apoio familiar, retorno ao convívio social e tratamento psicofarmacológico foram as principais estratégias adotadas pelas mulheres para recuperar a condição de saúde. Porém, pode-se concluir que as peças do quebra-cabeça mulher-mãe não voltaram a se encaixar como antes. O desarranjo causado pela DPP não foi revertido e, por isso, as mulheres tiveram que se adaptar a um novo normal, no qual a identidade pessoal, a percepção sobre a maternidade, a relação com os filhos e companheiros foram negativamente afetadas. A descrição e a interpretação apresentada nesse estudo podem ser utilizadas por profissionais de saúde para compreender o processo de adoecimento das mulheres na DPP, bem como fornecer inúmeras possibilidades para futuras pesquisas. / Postpartum depression (PPD) is a mood disorder affecting women from different cultures, and is considered to be an international public health problem. However, there is still little scientific knowledge regarding the qualitative characteristics of the experience of PPD in the Latin American context, including Brazil. Given this lack of knowledge, the objective of this study was to understand the trajectory of a group of Brazilian women\'s experiences with PPD. This was an interpretive description study. The participants were 15 women with the clinical diagnosis of PPD, and 9 family members chosen by them. Data collection was performed in the city of São Paulo in the period of May 2011 to January 2012, through semistructured interviews. The data underwent inductive thematic analysis. As a result, it was understood that the trajectory of the women experiencing PPD led them to experience motherhood outside of the idealized standards, which consequently modified the way in which they understood their own identity. The analogy of a puzzle is used to describe the rearranging of the woman-mother image, composed of the two pieces \"identity\" and \"maternity,\" caused by PPD. The thoughts that the women experienced of hurting their children proved to be the factor most greatly affecting the puzzle piece \"maternity.\" As a response to this, they described different ways of exercising their motherhood. The puzzle piece \"identity\" took second stage due to the sociocultural importance given to maternity. Therefore, even when the depressive symptoms had affected the woman\'s individual ability, or her perception of herself, it was only when there was a failure to care for the child when questions arose regarding depression, generating the need for help. Family support, returning to social activities, and psychopharmacological treatment were all named as the main strategies to recover their health condition. However, it may be concluded that the woman-mother pieces never fit back together as they once had. The rearranging caused by the PPD was not reverted; the women had to adapt to a new \"normal,\" where their personal identity, their perception of motherhood, and their relationships with their children and partners had been negatively affected. The description and interpretation presented in this study may be used by healthcare professionals to understand the illness process of women in PPD, and provide innumerable possibilities for future research.
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As percepções de pais pela primeira vez na transição para a paternidade / Fathers perceptions for the first time in the transition to fatherhoodJenifer dos Santos Palmeira 15 June 2012 (has links)
A transição para a paternidade é um período na vida do homem que está imbuído de imensas transformações. Durante esta fase ele pode experimentar diversas situações que podem ter consequências positivas ou negativas para a adaptação nesse novo papel. A realização deste estudo foi impulsionada pelos questionamentos que permeiam a participação do pai diante da experiência de nascimento do primeiro filho. Este estudo visou compreender as percepções de pais pela primeira vez frente à transição para a paternidade e descrever os incidentes críticos relacionados à experiência de transição para a paternidade do nascimento ao período pós-parto. Foi realizado estudo descritivo que utilizou como referencial metodológico a técnica dos incidentes críticos. Foram realizadas entrevistas com 10 homens, pais pela primeira vez que vivenciavam o período pós-parto em um município do interior de São Paulo, tendo como foco suas percepções diante de transição para a paternidade. Os resultados foram agrupados por categorias e subcategorias que caracterizavam os períodos da experiência dos pais: 1) Nascimento do bebê: acompanhar o parto e não acompanhar o parto; 2) Período de Internação: momento da visita; permanência no hospital e interação com o bebê no hospital e 3) Levar o bebê para casa: dificuldades com a amamentação, interação com o bebê, interação com a esposa e interação com outros membros da família. Os incidentes negativos foram relatados em numero maior do que os positivos e relacionaram-se às situações que envolveram obstáculos para participar do parto e do período de hospitalização e insegurança para pegar e cuidar do bebê depois da alta. Os incidentes positivos relacionaram-se à participação do pai no parto e às facilidades nas interações com o bebê no hospital e em casa. A paternidade significa crescimento para o pai e a percepção de que ocorre uma mudança como pessoa e na forma como encara a sua vida e a dos que dependem dele. Os resultados deste estudo são evidências que apontam para as necessidades do pai no período que envolve o nascimento do primeiro filho e suas implicações para a enfermagem. Apontam também para a necessidade da inclusão do pai pelos serviços de saúde, organizando estratégias de intervenção voltadas para o acolhimento e o apoio ao pai nas situações que envolvem o nascimento do filho, desde o pré-natal ao período pós-parto. / The transition to fatherhood is a period in the life of a man that is imbued of huge transformations. During this period, he can experience various situations that can bring about positive or negative consequences for his adaptation in this new role. This study was driven by questions related to fathers participation in the experience of birth of his first child. This research aimed to understand first-time fathers perceptions concerning transition to fatherhood as well as to describe the critical incidents related to this transition experience, from the birth to postpartum period. A descriptive study was realized using as a methodological referential the critical incidents technique. Interviews were conducted with 10 men, first-time fathers that experienced the postpartum period in a city of Sao Paulo, focusing their perceptions in relation to fatherhood transition. The results were classified in categories and subcategories that characterized periods of this experience by the fathers: 1) Babys birth: watch the childbirth and not watch the childbirth. 2) Hospitalization period: moment of visiting; permanence in the hospital and interaction with the baby in the hospital. 3) Taking baby home: difficulties with breastfeeding; interaction with the baby; interaction with wife and interaction with other relatives. The negative incidents were reported in larger number than the positive ones, and were related to the situations that involved obstacles to take part in the childbirth and in the hospitalization period, as well as uncertainty to take care of the baby after mothers hospital discharge. The positive incidents were related to the fathers taking part in the childbirth as well as to the ease of interactions with the baby in the hospital and at home. Childbirth means growth for the father besides the perception that a changing occurs as a person and in the way he faces his own life as well as the ones that belong to people that count on him. The outcomes of this study are evidences that point to the fathers necessities in the period that involves the birth of his first child and its implications for nursing. They also point to the fathers necessity of being included by the health services, preparing intervention strategies for care and support fathers in situations that involve the birth, from prenatal to postpartum period.
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Depressão pós-parto : avaliação das concentrações salivares de cortisol e investigação dos polimorfismos 5-HTTLPR e 5-HTTVNTR no gene do transportador de serotoninaPeruzatto, Josi Maria Zimmermmann January 2011 (has links)
A depressão pós-parto (DPP) é um importante problema de saúde pública podendo provocar uma ruptura do vínculo entre a mãe e o bebê e até estar associada com respostas trágicas, como suicídio materno e infanticídio. A DPP é multifatorial e o seu surgimento pode ser favorecido por componentes hormonais, genéticos e ambientais. O ciclo gravídico-puerperal é considerado um período de risco, pois algumas mulheres possuem uma sensibilidade particular as alterações hormonais. O risco de DPP é aumentado em mulheres que possuem histórico de depressão na família, logo, um componente genético determina maior suscetibilidade. Segundo o DMS-IV, existe uma relação entre a sintomatologia depressiva e as alterações na concentração cerebral de neurotransmissores, com destaque para serotonina. O transportador de serotonina (SERT) controla a intensidade e duração da re-captação da serotonina nas sinapses serotonérgicas. Diversos trabalhos associam os polimorfismos do SERT com transtornos mentais, como unipolar, bipolar, depressão e esquizofrenia. Nosso objetivo foi analisar as concentrações salivares de cortisol (CORT), as freqüências alélicas e genotípicas dos polimorfismos 5-HTTVNTR e 5- HTTLPR no gene SLC6A4 entre mulheres que desenvolveram ou não DPP. A amostra foi constituída por 128 mulheres brancas da cidade de Pelotas/RS, triadas em ambulatórios do SUS. A avaliação diagnóstica foi realizada através de entrevista psiquiátrica e diagnóstica usando como instrumento o Beck Depression Inventory entre 30 a 45 dias após o nascimento das crianças. A coleta de material biológico (leucócitos e saliva) foi realizada no turno da manhã, respeitando o período de duas horas de jejum. A região promotora do gene contendo o polimorfismo 5-HTTLPR (inserção/deleção) e a região do segundo íntron contendo o polimorfismo 5- HTTVNTR (repetições em tandem) foram amplificadas através da reação em cadeia da polimerase. A dosagem do CORT foi realizada a partir da saliva por técnica de ELISA utilizando kit específico. A mediana e o intervalo interquartil das concentrações salivares do CORT entre os portadores dos diferentes genótipos foram comparados entre os grupos estudados usando o teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. A comparação das freqüências alélicas e genotípicas dos polimorfismos estudados entre as mulheres que apresentarem ou não DPP foram feitas pelo teste do Qui-quadrado com correção de Yates (p£ 0,05). A análise da distribuição das freqüências genotípicas dos polimorfismos 5-HTTLPR e 5- HTTVNTR do SERT permitiu verificar que a população está sob Equilíbrio Hardy– Weinberg. Quando os polimorfismos foram analisados isoladamente, não foi observada associação entre os polimorfismos 5-HTTLPR (p=0,48) e 5-HTTVNTR (p=0,77) e o diagnóstico para DPP. Porém, a análise combinada dos haplótipos dos polimorfismos 5-HTTLPR e 5-HTTVNTR demonstraram que mulheres portadoras do diplótipo L-12/L-12 apresentaram escores menores de sintomas depressivos (mediana: 0,5; intervalo inter-quartil: 0,00-4,00, p=0,04) quando comparadas com mulheres portadoras de outros diplótipos (mediana: 4,0; intervalo inter-quartil: 1,00- 10,00). O polimorfismo 5-HTTVNTR foi associado com as concentrações salivares de CORT (p=0,03), já o polimorfismo 5-HTTLPR não foi associado (p=0,41). Nossos achados são inovadores, visto que até a presente data a associação dos genótipos 5-HTTLPR e 5-HTTVNTR com DPP e concentrações salivares de CORT ainda não haviam sido investigados. / The postpartum depression (PPD) is an important public health problem that may cause a rupture of the bond between the mother and the baby and may even be associated with tragic responses such as maternal suicide and infanticide. The DPP is multifactorial and its appearance can be favored by hormonal components, genetic and environmental factors. The pregnancy and childbirth is considered a risk period, because some women have a particular sensitivity to hormonal changes. The rate of DPP is increased in women who have a record of depression in the family, so a genetic component determines higher susceptibility. According to the DSM-IV, there is a relationship between depressive symptoms and brain concentration changes of neurotransmitters, particularly serotonin. The serotonin transporter (SERT) controls the intensity and duration of re-uptake of serotonin in serotonergic synapses. Several studies linking polymorphisms of SERT with mental disorders such as unipolar, bipolar, depression, and schizophrenia. Our objective was to analyze the concentrations of salivary cortisol (CORT), the allele and genotype frequencies of polymorphisms 5-HTTLPR and 5-HTTVNTR SLC6A4 gene in women who developed or not DPP. The sample consisted of 128 white women from Pelotas, RS, sorted out from public health clinics. The diagnostic evaluation was conducted through interviews and psychiatric diagnostic instrument as using the Beck Depression Inventory among 30 to 45 days after the birth of children. The collection of biological materials (leukocytes and saliva) was performed in the morning, observing the twohour period of fasting. The promoter region of the gene containing the 5-HTTLPR polymorphism (insertion/deletion) and the region containing the second intron polymorphism 5-HTTVNTR (tandem repeats) were amplified by polymerase chain reaction. The dose of CORT was performed from the saliva by ELISA using the specific kit. The median and interquartile interval of salivary concentrations of CORT among patients of different genotypes were compared between groups using the Kruskal-Wallis and Mann-Whitney. The comparison of allele and genotype frequencies of polymorphisms among women who developed or not DPP were made by chi-square test with Yates correction (p <0.05). The analysis of the distribution of genotype frequencies of polymorphisms 5-HTTLPR and 5-HTTVNTR SERT showed that the population is under Hardy-Weinberg Equilibrium. When the polymorphisms were analyzed alone, no association was observed between the 5-HTTLPR (p=0.48) and 5-HTTVNTR (p=0.77) polymorphisms and the PPD diagnosis. But, the information from these analyses combined with information regarding the haplotypes of the 5-HTTLPR and 5-HTTVNTR polymorphisms demonstrated that women carriers of diplotype L-12/L-12 have a lower depression symptoms score (median: 0.5; interquartile range: 0.00-4.00; p=0.04) than women with other diplotypes (median: 4.0; inter-quartile range: 1.00-10.00). The 5-HTTVNTR polymorphism was associated with the salivary concentrations of CORT (p=0.03), whereas the 5-HTTLPR polymorphism was not associated (p=0.41). Our findings are innovative since the association of 5- HTTLPR genotypes and 5-HTTVNTR with DPP and salivary concentrations of CORT had not been investigated before.
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O comportamento exploratório de bebês e o comportamento de mães com indicadores de depressão durante uma psicoterapia breve mãe-bebêAlfaya, Cristiane January 2006 (has links)
O presente estudo buscou examinar o comportamento exploratório dos bebês, e o comportamento das mães com indicadores de depressão, frente ao comportamento exploratório dos bebês, durante o processo de psicoterapia breve mãe-bebê, no primeiro ano de vida dos bebês. Foram considerados os aspectos objetivos e subjetivos da interação mãe-bebê envolvidos no comportamento exploratório do bebê. Para tanto, foram realizados três estudos de casos atendidos em sessões de psicoterapia mãe-bebê com duração variável (8 a 12 sessões). Cada sessão de psicoterapia foi analisada do ponto de vista do comportamento exploratório dos bebês e do comportamento materno. O comportamento exploratório dos bebês foi descrito e, posteriormente analisado de acordo com as categorias de manipulação exploratória fina e ampla, e de locomoção exploratória em direção ao ambiente e ao brinquedo. O comportamento das mães frente ao comportamento exploratório dos bebês foi também descrito e posteriormente analisado de acordo com as categorias de comportamento direto e indireto, construídas a partir da leitura do material de descrição da observação, e do referencial teórico do desenvolvimento emocional de Winnicott. O significado do comportamento das mães na sua história de vida foi também considerado a partir do conceito de identificação projetiva. Apoiando-se na teoria de separação–individuação, os resultados mostraram que os bebês de mães com depressão apresentaram comportamentos de exploração, como manipulação exploratória fina, ampla, locomoção exploratória em direção ao ambiente, e aos brinquedos, o que indica desenvolvimento da autonomia na perspectiva do desenvolvimento emocional. Do ponto de vista das mães, os resultados apóiam as evidências de que a mãe, ao interagir com o bebê, relaciona-se não apenas com o comportamento observado de maneira objetiva, mas também com imagens (modelos), os quais pertencem à mãe e aparecem na interação com o bebê (Bowlby, 1989; Hinde, 1992; Brazelton & Cramer, 1992) por meio da identificação projetiva (Brazelton & Cramer, 1992). Foram observadas mudanças nos comportamentos das mães e dos bebês ao longo das sessões, possivelmente, a partir do acesso às imagens (modelos) das mães das figuras de apego, e das intervenções da terapeuta.
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Fatores relacionados à retenção de peso no pós-partoZanotti, Joana January 2012 (has links)
Introdução: Estudos evidenciam que a gestação e o período pós-parto são dois momentos críticos que aumentam a exposição a fatores que podem levar ao acúmulo de peso e obesidade futura. Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar os fatores associados com a retenção de peso no período pós-parto. Metodologia: Coorte com 145 mulheres, pacientes da maternidade de um Hospital privado do interior do Rio Grande do Sul. Foram incluídas no estudo pacientes com idade entre 19 e 45 anos, com idade gestacional de 38 a 42 semanas de gestação. A análise estatística envolveu o cálculo de média e desvio padrão para as variáveis quantitativas e as variáveis categóricas foram descritas através de freqüências absolutas e relativas. O nível de significância estatística considerado foi de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Identificou-se associação com a retenção de peso no pós-parto, o maior ganho ponderal total e a menor atividade física durante a gestação. Para os demais parâmetros estudados no seguimento dos seis meses, houve associação significativa: a paridade, o intervalo inter-gestacional, o consumo de calorias, o Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional, o ganho ponderal relacionado ao IMC pré-gestacional, o grau de depressão, o aleitamento materno, o nível de escolaridade e a situação marital. Conclusões: O presente estudo mostrou menor retenção de peso no período pós-parto associado à maior escolaridade das mulheres e às mulheres casadas. Também foram fatores determinantes para menor retenção de peso: IMC pré-gestacional normal ou abaixo do normal, pratica de atividade física e ganho de peso adequado durante a gestação, menor paridade, amamentação exclusiva por um período maior, consumo de calorias adequado ou abaixo do adequado e ausência de depressão. / Introduction: Studies show that the pregnancy and postpartum period are two critical moments which increase the exposure to factors which may lead to weight retention and future obesity. Objective: This work aims at identifying the associated factors with the weight retention after pregnancy. Methods: Cohort of 145 women, patients at a private maternity hospital in a town of the state of Rio Grande do Sul (Brazil). This study included patients aged between 19 and 45 years, gestational age from 38 to 42 weeks. Statistical analysis involved calculation of average and standard deviation for quantitative variables and the categorical variables were described through absolute and relative frequencies. The level of significant statistic considered was 5% (p ≤ 0.05). Results: There was a positive and significant association between the total weight gain and a negative association with physical exercise during pregnancy, with total weight loss. For other associated parameters, the ratio was reversed. The higher the parity, the inter-pregnancy interval, the calorie intake, the pre-pregnancy BMI, the weight gain related to pre-pregnancy BMI, the depression level and the lack of exclusive breastfeeding, the lower the weight loss. Concerning nominal variables, the total weight loss was significantly associated with level of education and marital status. Conclusion: The present study showed lower weight retention in the postpartum period associated with higher level of education and with married women. These were also determining factors to reduced weight retention: normal or below normal pre-pregnancy BMI, physical activity and adequate weight gain during pregnancy, lower parity, exclusive breastfeeding for a longer period, appropriate consumption of calories – or below –, and lack of depression.
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Influência de diferentes ambientes pós-natais sobre o desenvolvimento e respostas comportamentais e neuroendócrinas de ratos adultosBalsamo, Natalia Cristina Uriarte January 2008 (has links)
A experiência durante os períodos iniciais da vida dos animais é de fundamental importância para a formação das ligações sociais e o estabelecimento da relação do indivíduo com o ambiente. A mãe e os irmãos dentro do ninho constituem a fonte mais importante de estimulação sensorial para os filhotes de rato recém-nascidos, a qual é crucial para a organização de respostas comportamentais e endócrinas durante as etapas precoces do desenvolvimento. O objetivo da presente tese foi estudar a influência do comportamento maternal e do ambiente social sobre o desenvolvimento comportamental, respostas endócrinas e função reprodutiva de ratos, utilizando duas abordagens experimentais que pretendem se aproximar às condições naturais. Os resultados mostraram que o comportamento maternal é uma conduta flexível e modificável por variáveis fisiológicas ou ambientais. Os diferentes ambientes maternais ou sociais decorrentes dessas variações modificaram a experiência precoce que receberam os filhotes, provocando mudanças na sua reatividade emocional durante a idade adulta. Também mostramos que essas variações alteram a responsividade ao estresse e a função reprodutiva em forma sexualmente dimórfica. Estes resultados evidenciam a importância da experiência precoce como moduladora das respostas comportamentais e endócrinas dos indivíduos a longo prazo. / Early-life environment exerts long-term influences on rodents’ brain, behavior and reproductive functions. In the rat, stimulation provided by the mother and littermates represents the most relevant source of sensory stimulation for the pups during early development and is crucial for an adequate development of the pups. The aim of this thesis was to determine the effects of maternal behavior and social environment on rats’ behavioral development, endocrine responses and reproductive functions, using two experimental approaches which intend to approximate to natural conditions. Present results showed that maternal behavior is a plastic behavior, which could be modified by physiological or environmental factors. The different maternal and social environments caused by these variations, modify pups’ early experience and provoke changes in emotional reactivity at adulthood. Besides, results showed that these variations long-term alter stress responsivity and reproductive function in a sexual dimorphic manner. These results highlight the importance of early experience as a long- term modulator of behavioral and endocrine response of individuals.
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A qualidade da interação pai-mãe-bebê em situação de depressão maternaFrizzo, Giana Bitencourt January 2004 (has links)
O presente estudo examinou as eventuais diferenças na interação triádica (pai-mãe-bebê) e diádica (mãe-bebê, pai-bebê e mãe-pai) em famílias com e sem depressão materna, com bebês de um ano de idade. Participaram do estudo 19 famílias, das quais 9 de mães deprimidas e 10 de mães não-deprimidas. A designação aos grupos foi baseada no escores das mães no Inventário Beck de Depressão. Foi utilizada uma sessão de interação livre pai-mãe-bebê, realizada numa sala de brinquedo da universidade, durante a qual se examinou padrões de interação triádico e diádico através de um protocolo envolvendo diversas categorias. Contrariando a hipótese do estudo, o teste Mann-Whitney não indicou diferenças significativas nas interações entre as famílias com e sem depressão materna. Para examinar as interações diádicas mãe-bebê e pai-bebê, dentro de cada grupo de famílias, utilizou-se o teste de Wilcoxon que revelou algumas diferenças significativas apenas no grupo sem depressão materna, em que a categoria afeto positivo apareceu significativamente mais intensa no contexto interativo mãe-bebê do que pai-bebê. Tendência semelhante, mas marginalmente significativa, também apareceu na categoria sensibilidade, mais intensa nas díades mãe-bebê, e desengajamento, mais intenso nas díades pai-bebê. Apesar dessas diferenças, no conjunto, os dados não corroboram as hipóteses iniciais do presente estudo. A ausência de diferenças nas interações examinadas sugere que no contexto de interação triádico, o pai pode desempenhar um papel moderador, ao amenizar os eventuais efeitos da depressão materna para a família.
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Efeito da suplementação materna com megadoses de vitamina A administradas em diferentes intervalos,nas concentrações de retinol no leite materno.BEZERRA, Danielle Soares 20 February 2015 (has links)
Submitted by Natalia de Souza Gonçalves (natalia.goncalves@ufpe.br) on 2015-05-19T12:35:55Z
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Previous issue date: 2015-02-20 / CNPq / Este estudo avaliou o estado nutricional de vitamina A (VA) de mulheres e seus recém-nascidos, verificou a associação entre o retinol do soro materno, do cordão umbilical e do colostro, bem como a relação do retinol destas amostras biológicas com variáveis sócio-demográficas e obstétricas. Além disso, o presente estudo avaliou o efeito de diferentes protocolos de suplementação materna com megadoses de VA administras pós-parto, na concentração de retinol no leite materno ao longo de 12 semanas após o parto. Em um hospital público de um município do Nordeste do Brasil, durante o baseline (0h), foram coletadas informações socioeconômicas e obstétricas, bem como amostras de soro materno, de soro de cordão umbilical e de colostro de 65 pares de mães e recém-nascidos. As mulheres foram distribuídas aleatoriamente em quatro grupos de intervenção (G200 0h, G200 4S, G400 24h e G400 4S) e suplementadas com megadoses de VA (200.000 UI ou 400.000 UI) em diferentes momentos do puerpério (0h, 24h, 1ª semana, 4ª semana pós-parto). Outras 4 alíquotas de leite materno foram coletadas 24h, 1, 4 e 12 semanas após o parto. As concentrações de retinol foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência. Métodos de estimação adequados e testes estatísticos foram aplicados para as variáveis discretas e contínuas. A técnica Generalized Estimed Equation (GEE) foi usada para avaliar as diferenças nas concentrações de retinol no leite materno ao longo do tempo. A prevalência de deficiência de vitamina A (DVA) materna foi de 21,5% (IC 95%: 11.5% - 31.5%) e 13,8% (IC 95%: 5.4% - 22.2%) com base no soro materno e no colostro, respectivamente. Entre os recém-nascidos, 41,5% (IC 95%: 29.3% - 53.5%) tinham baixo status de VA no soro do cordão umbilical. Na população investigada, a DVA em mães é comum e associada ao nascimento de infantes com baixas concentrações de retinol no soro de cordão umbilical. A paridade e a escolaridade maternas estiveram relacionadas ao status de VA materno. A suplementação materna de VA, quando administrada no pós-parto imediato, proporcionou incremento das concentrações de retinol no colostro. As concentrações de retinol no leite materno nos quatro grupos foram semelhantes ao final de 12 semanas pós-parto (p>0,05). Os resultados apontam para a necessidade da adoção de medidas de combate e controle da DVA nessa população, contudo, alterações nos protocolos de suplementação quanto ao número de doses e/ou momento de administração não ofereceram benefício adicional às concentrações de retinol no leite maduro.
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