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Contribuições da psicoterapia breve pais-bebê para a conjugalidade e para a parentalidade em contexto de depressão pós-parto / Contributions of a brief parent-infant psychotherapy to conjugality and parenthood in the context of postpartum depression

Frizzo, Giana Bitencourt January 2008 (has links)
O presente estudo investigou a conjugalidade e a parentalidade durante uma psicoterapia breve pais-bebê, em famílias em que a mãe apresentava depressão pós-parto. Participaram do estudo duas famílias com mães deprimidas, com base no Inventário Beck de Depressão e em uma entrevista diagnóstica. Os pais não apresentavam depressão. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos, a fim de se analisar o processo de mudança ao longo de três momentos da psicoterapia: entrevistas iniciais, sessões de psicoterapia e avaliação final. Ao todo foram realizados 14 encontros com a primeira família atendida e 18 com a segunda. Todos os encontros foram filmados e transcritos para fins de análise, que foi baseada em duas categorias: conjugalidade e parentalidade. Os resultados revelaram que a conjugalidade e a parentalidade estavam sendo experienciadas com dificuldades pelas famílias atendidas. No entanto, isso não se traduziu necessariamente em interações disfuncionais entre a mãe e o bebê. Apesar das particularidades de cada família atendida, os resultados da psicoterapia foram bastante positivos, com relatos de mudanças tanto na conjugalidade como na parentalidade, já a partir da quarta sessão de psicoterapia. Nos dois casos também se observou que eventos significativos na história de vida das mães estavam intimamente relacionadas com as dificuldades após o nascimento do bebê, reforçando a importância de se considerar fatores relacionais durante o tratamento de mães deprimidas. As avaliações que se seguiram após a psicoterapia não revelaram depressão nas mães. A participação do pai na psicoterapia se mostrou muito relevante para a melhora de suas esposas, refletindo num aumento da satisfação conjugal. Além disso, ao se intervir durante um momento de crise na família, como a depressão após o nascimento de um filho, é possível evitar que padrões interativos disfuncionais sejam cristalizados. Discute-se o papel dos aspectos relacionais envolvidos na depressão, bem como a adequação da psicoterapia pais-bebê como um dos tratamentos possíveis para a depressão pós-parto. / The present study investigated conjugality and parenthood during a brief parent-infant psychotherapy, in families in which the mother had postpartum depression. Two families with depressed mothers participated in the study. Postpartum depression was assessed according to the Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. The fathers didn’t have depression. A case-study design was used, in order to analyze the process of change in three moments of the psychotherapy: the initial interviews, the psychotherapy sessions and the final evaluation. The total number of meetings was 14 with the first family and 18 with the second. All meetings were filmed and transcribed in order to be analyzed, based on two categories: conjugality and parenthood. The results showed that conjugality and parenthood were being experienced with difficulties by the two families. However, did not result necessarily in dysfunctional interactions between the mother and the baby. Despite the particularities of each family, the results of the psychotherapy were very positive, with report of changes in both conjugality and parenthood from the forth session onwards. In both cases it was also observed that significant events in the mothers’ life history were intimately related to difficulties after child birth, reinforcing the importance of relational factors during the treatment of depressed mothers. The evaluations that were made after the psychotherapy did not show depression in the mothers. The fathers´ participation in psychotherapy seemed to be very relevant to theirs wives´ improvement, reflecting an increased marital satisfaction. Moreover, when intervening in a moment of crisis in the family, such as depression after childbirth, it is possible to avoid that dysfunctional interactional patterns be crystallized. The role of relational aspects involved in depression is discussed, as well as the adequacy of parent-infant psychotherapy as one of the possible treatments for postpartum depression.
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Rastreamento de disfunção ventricular assintomática em puérperas : padrão ecocardiográfico evolutivo e comparativo a casos de miocardiopatia periparto

Vettori, Daniela Vanessa January 2008 (has links)
Objetivos: Determinar a prevalência de disfunção sistólica assintomática do ventrículo esquerdo no puerpério e comparar sua evolução com os casos de miocardiopatia periparto ocorridos no mesmo período. Pacientes e Métodos: Estudo transversal entre setembro de 2002 e abril de 2005, para determinar a prevalência de disfunção ventricular assintomática no puerpério imediato e a incidência de miocardiopatia periparto no mesmo período, e entre novembro de 2007 e janeiro de 2008 para verificar a evolução clínica e ecocardiográfica destas pacientes. Os parâmetros ecocardiográficos das puérperas com disfunção ventricular assintomática também foram comparados com os de puérperas normais. Disfunção sistólica do ventrículo esquerdo foi definida como diâmetro diastólico final ≥ 5,6 cm e/ou fração de ejeção < 53,0% + encurtamento fracional sistólico < 25%. Resultados: Foram rastreadas 1182 puérperas, sendo detectados 10 casos (0,85%) de disfunção ventricular assintomática, cujas características clínicas, como raça, superfície corporal, paridade, gemelaridade e uso de tocolíticos, não foram diferentes quando comparadas com 18 controles rastreados sem disfunção. A incidência de miocardiopatia periparto no período foi de 6 casos em 10866 partos (1/1811 partos de nascidos vivos). Após uma média de 4,0 anos (2,9-5,2 anos), 7 dos 10 casos de disfunção assintomática e 5 dos 6 casos de miocardiopatia clínica realizaram nova ecocardiografia, verificando-se significativo aumento da fração de ejeção e do encurtamento fracional médios nos dois grupos, sendo que a parcela de recuperação da função foi semelhante nos grupos (p interação > 0,05). Conclusões: Ocorre disfunção ventricular no puerpério sem os achados clínicos de insuficiência cardíaca cujos parâmetros ecocardiográficos evoluem de maneira semelhante aqueles de pacientes com miocardiopatia periparto ao longo do tempo. / Objective: To determine the prevalence of asymptomatic left ventricular systolic dysfunction in puerperium and to compare its progression with that of cases of peripartum cardiomyopathy that occurred in the same study period. Patients and Methods: Cross-sectional study conducted from September 2002 to April 2005 to determine the prevalence of asymptomatic ventricular dysfunction in early puerperium and the incidence of peripartum myocardiopathy, and from November 2007 to January 2008 to obtain clinical and echocardiographic follow-up data of the study patients. Echocardiographic parameters of puerperal women with asymptomatic ventricular dysfunction were also compared with those of normal puerperal women. The parameters to define left ventricular systolic dysfunction were end-diastolic diameter ≥ 5.6 cm and/or ejection fraction < 53.0%, and systolic fractional shortening < 25%. Results: A total of 1182 puerperal women were screened, and 10 cases (0.85%) of asymptomatic ventricular dysfunction were detected. Clinical characteristics, such as ethnicity, body surface, parity, multiple gestations, and tocolytic therapy, were not different from those of the 18 normal women used as controls. The incidence of peripartum cardiomyopathy was 6 cases out of 10866 deliveries (1/1811 live births). After a mean of 4.0 years (2.9-5.2 years), 7 of the 10 patients with asymptomatic dysfunction and 5 of the 6 with clinical cardiomyopathy underwent follow-up echocardiography. A significant increase was found in mean ejection fraction and fractional shortening in the two groups, and function recovery rates were similar in the two groups (p > 0.05). Conclusions: Ventricular dysfunction may occur in the puerperium without clinical signs of heart failure, and the long-term progression of echocardiographic parameters is similar to that found in cases of peripartum cardiomyopathy.
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Provocação social e agressividade maternal em ratas no período pós-parto : papel dos receptores 5-HT1A e 5HT1B no núcleo dorsal da rafe e córtex pré-frontal, hormônios do estresse e imunorreatividade à proteína c-Fos

Veiga, Caroline Perinazzo da January 2011 (has links)
O objetivo desta tese foi estudar o comportamento agressivo de ratas Wistar no período pósparto. Para isto, foram avaliados os efeitos anti-agressivos dos agonistas dos receptores 5- HT1A (8-OH-DPAT) e 5-HT1B (CP-93,129), microinjetados no núcleo dorsal da rafe (DRN) e na região ventro-orbital do córtex pré-frontal (VO PFC), respectivamente. O comportamento agressivo foi analisado, utilizando o protocolo da provocação social e as respostas neuroendócrinas bem como a ativação neuronal nas mesmas regiões citadas acima, através da expressão de c-Fos, também foram estudadas. Nossos resultados mostraram que o 8-OH-DPAT aumentou o comportamento agressivo das fêmeas no período pós-parto, atuando nos autorreceptores somatodendrítcos do DRN, enquanto a ativação dos receptores 5-HT1B na VO PFC, através do CP-93,129 apresentou efeitos anti-agressivos evidenciados pela diminuição da frequência e duração dos comportamentos agressivos de ataque lateral e mordidas no corpo do intruso. Após a submissão das ratas lactantes à provocação social ou ao confronto agressivo, na presença dos seus filhotes, ocorreu uma redução nos níveis plasmáticos de corticosterona e esta resposta também prevaleceu quando ocitocina, prolactina e progesterona foram dosados. Quanto à análise da técnica de imunoistoquímica para a proteína Fos, nossos resultados mostraram que ratas lactantes, submetidas à provocação social e comportamento agressivo, contra um macho intruso, na presença dos filhotes, aumentam a expressão da imunorreatividade à proteína Fos especificamente na região VO do PFC. Por outro lado, não houve alteração na expressão de Fos no DRN após exposição à provocação social ou teste de agressividade. Concluímos que o CP-93,129 quando microinjetado na região VO PFC de ratas provocadas socialmente, no período pós-parto, reduziu o comportamento agressivo maternal, atuando ou nos autorreceptores pré-sinápticos terminais ou nos heterorreceptores pós-sinápticos e que a microinjeção de 8-OH-DPAT no DRN, aumentou o comportamento agressivo de ratas lactantes, através da ativação dos autorreceptores somatodendríticos 5-HT1A. Ratas provocadas e com comportamento agressivo aumentam a expressão de c-Fos no VO PFC, complementando resultados prévios com microinjeção de agonistas 5-HT1B nesta mesma região. Finalmente, a provocação social e o confronto agressivo causaram uma redução significativa dos níveis hormonais em ratas lactantes, mostrando, desta maneira, que a lactação é um fator relevante na caracterização das respostas neuroendócrinas ao estresse. Estes resultados adicionam conhecimento acerca da modulação do comportamento agressivo em ratas Wistar e do protocolo da provocação social como uma ferramenta para estudos em modelos animais de agressividade escalada.
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Entre a mulher e a mãe: reflexões sobre a vulnerabilidade psíquica das mulheres no pós-parto

Leal, Fernanda Andrade 27 November 2017 (has links)
Submitted by Ana Carla Almeida (ana.almeida@ucsal.br) on 2018-04-18T19:29:40Z No. of bitstreams: 1 TESEFERNANDALEAL.pdf: 1141243 bytes, checksum: 55a7a7fc779d661106a5beffe8378e69 (MD5) / Approved for entry into archive by Rosemary Magalhães (rosemary.magalhaes@ucsal.br) on 2018-04-25T14:36:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESEFERNANDALEAL.pdf: 1141243 bytes, checksum: 55a7a7fc779d661106a5beffe8378e69 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-25T14:36:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESEFERNANDALEAL.pdf: 1141243 bytes, checksum: 55a7a7fc779d661106a5beffe8378e69 (MD5) Previous issue date: 2017-11-27 / Essa tese surge das inquietações suscitadas a partir da prática clínica psicanalítica da pesquisadora, mais especificamente, nas escutas de mulheres em estado puerperal e ao longo dos primeiros anos de vida do bebê, bem como da literatura produzida sobre essa temática. Percebe-se que o testemunho clínico contrasta fortemente com a premissa disseminada nas sociedades psicanalíticas de que para Sigmund Freud a mulher alcança sua feminilidade e se realiza como mulher quando por fim se torna mãe. A presente tese, então, tanto discute a premissa freudiana que equivale mãe e mulher, o que colabora para estabelecer um modelo normativo de mãe, quanto mais investiga, em literatura de diversas vertentes, o debate sobre a idealização da maternidade, que aparece como um dos construtos que fazem do puerpério um período de intensa vulnerabilidade psíquica. A hipótese sustentada é de que a vulnerabilidade psíquica do pós-parto corresponde a um estado psicológico materno próprio das sociedades contemporâneas ocidentais. Partindo dessa hipótese, a pesquisadora procura identificar na literatura o que a psicanálise freudiana oferece para tal reflexão. Para tal percurso são priorizados cinco discursos: a) o lugar que a mãe e a mulher ocupam na teoria freudiana, a partir de obras selecionadas de Sigmund Freud que abordam o tema do feminino e da histeria; b) o lugar da mãe e da mulher na história da psicanálise, a partir da historiadora francesa Elisabeth Roudinesco e do psicanalista francês Jacques Lacan; c) a história da construção do mito da maternidade na sociedade ocidental, a partir da historiadora e feminista francesa Elisabeth Badinter; d) a abordagem sociológica sobre a maternidade, a partir da socióloga, feminista e psicanalista americana Nancy Chodorow; e) as particularidades do campo materno que a psicologia perinatal trouxe à luz; e, por fim, f) o lugar do pai no contexto perinatal. Tal percurso subliminarmente se faz por um tipo de leitura que decola da experiência clínica. O material clínico que serve à análise proposta, no entanto, advém da própria literatura acessada e não da clínica pessoal da pesquisadora. Trata-se, portanto, de uma pesquisa psicanalítica combinada à pesquisa documental de base bibliográfica. / This thesis arises from concerns that arose from the researcher psychoanalytic clinic practice, more specifically, about women in the puerperal state and during the first years of the baby's life, as well as the literature produced on this subject. It has been observed that the clinical testimony contrasts strongly with the premise disseminated by psychoanalytic societies that for Sigmund Freud the woman reaches its femininity and she feels realized as woman when she becomes mother. The present thesis, therefore, discusses both the Freudian premise that supposes to be equivalent the mother and the woman, collaborating to establish a normative model of mother, as well as, investigate in literature from various perspectives, the debate about the idealization of motherhood, which appears as one of the constructs that make the puerperium a period of intense psychic vulnerability. The main hypothesis is that the postpartum psychic vulnerability corresponds to a maternal psychological state proper to contemporary western societies. Starting from this hypothesis, the researcher seeks to identify what Freudian psychoanalysis offers for such reflection. For this discussion five discourses are focused: a) the place that the mother and the woman occupy in the Freudian theory, taking into account selected works of Sigmund Freud on the feminine and the hysteria; b) the place of mother and woman in the history of psychoanalysis, based on the french historian Elisabeth Roudinesco and the french psychoanalyst Jacques Lacan; c) the history of the myth of motherhood construction in western society, taking from the perspective of the french feminist historian Elisabeth Badinter; d) the sociological approach to motherhood, as it is approached by the american sociologist, feminist and psychoanalyst Nancy Chodorow; e) the particularities of the maternal field that the Perinatal Psychology has brought to light; and, finally, f) the father's place in the perinatal context. This discussion is based on reflections that take into account the clinical experience. The clinical material that serves to the analysis proposed, however, comes from the literature itself and not from the researcher personal clinic. It is, therefore, a psychoanalytic research combined with bibliographic-based documentary research.
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Função sexual na gestação e após o parto: estudo de coorte / Sexual function during pregnancy and after birth: a cohort study

Nathalie Leister 25 June 2015 (has links)
Introdução: A gravidez e o puerpério são períodos de mudanças físicas, psicológicas e socioculturais que podem alterar a sexualidade e levar a disfunções sexuais. A sexologia tem adotado instrumentos de avaliação da função sexual (FS) para auxiliar no diagnóstico das disfunções, como o Índice da Função Sexual Feminina (IFSF). Apesar disso, o comportamento e os fatores associados a FS das mulheres durante a gestação e o pós-parto não estão bem estabelecidos na literatura. Objetivo: Analisar a FS das mulheres desde a gestação até 6 meses após o parto. Método: Coorte prospectiva com 500 mulheres desde o primeiro trimestre da gestação até 6 meses após o parto, realizada em um serviço do setor suplementar de saúde em Guarulhos, SP. Foram incluídas na amostra todas as mulheres que iniciaram o pré-natal e atenderam aos critérios de inclusão do estudo no período ininterrupto de 21 de novembro de 2012 a 17 de setembro de 2013. Foram considerados como exposição a idade gestacional (IG) e os dias de pós-parto; e como desfecho, a FS. As mulheres foram acompanhadas em seis etapas: Etapa 1, com IG < 13 semanas (n = 500); Etapa 2, com IG de 20 a 27 semanas (n = 226); Etapa 3, com IG de 31 a 38 semanas (n = 187); Etapa 4, de 39 a 66 dias após o parto (n=89); Etapa 5, de 76 a 135 dias (n = 64); Etapa 6, com 168 a 208 dias (n = 30). A FS foi avaliada pelo IFSF. Foi realizada análise descritiva, inferencial e múltipla. Resultados: Na gestação, 84,6%, 88,9% e 70,6% das mulheres tiveram atividade sexual no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente. Após o parto, essa proporção foi de 53,9%, 90,6% e 86,7%, nas etapas 4, 5 e 6, respectivamente. A média do escore do IFSF nas 6 etapas foi: 27,7 (dp = 4,9); 27,1 (dp = 4,7); 26,0 (dp = 5,5); 24,8 (dp = 6,1); 26,3 (dp = 6,1) e 26,5 (dp = 5,2), respectivamente. Houve diferença estatística nos escores do IFSF na gestação (p = 0,001) e entre a gestação e após o parto (p = 0,022). As variáveis que, em conjunto, explicam a variação na média do IFSF são: trimestre gestacional e dias de pós-parto, incontinência urinária (IU) e força dos músculos do assoalho pélvico (FMAP). Na etapa 3, o escore do IFSF foi 1,8 (95%IC -2,94 a -0,71) menor que na etapa 1; na etapa 4, foi 2,2 (95%IC -3,65 a -0,77) menor que na etapa 1; na etapa 5, foi 1,4 (95%IC -2,67 a -0,03) menor que na etapa 1. Mulheres com IU tiveram 2,1 (95%IC -3,26 a -0,85) pontos a menos no escore do IFSF do que mulheres sem IU. Na etapa 4, mulheres com IU tiveram 11,3 (95% IC -20,94 a -1,66) pontos a menos no escore do IFSF do que mulheres sem IU na etapa 1. Na etapa 5, esse escore foi 13,3 (-21,60 a -5,09) pontos a menos em relação à etapa 1. A cada 1,0 cmH20 a mais na medição da FMAP, as mulheres tiveram 0,04 pontos a mais no escore IFSF. Na análise de subgrupo após o parto, em mulheres com IU, o escore do IFSF foi 10,5 (95%IC -20,16 a -0,89) pontos menor que em mulheres sem IU. A cada 1,0 cmH20 a mais na medição da FMAP após o parto, as mulheres tiveram 0,08 pontos a mais no escore do IFSF. Conclusões: A FS diminui gradativamente no decorrer da gestação e nos dois primeiros meses após o parto. Do terceiro ao sexto mês após o parto, as mulheres recuperam parcialmente a FS. A IU contribui para a diminuição do escore do IFSF na gestação e após o parto, com maior impacto nos primeiros 4 a 5 meses pós-parto. O impacto clínico da FMAP no escore do IFSF é desprezível. / Introduction: Pregnancy and postpartum are periods of physical, psychological and socio-cultural changes that can affect the sexuality and cause sexual dysfunction. Sexology has adopted assessment tools to measure sexual function (SF) to help on the diagnosis of disorders such as the Female Sexual Function Index (FSFI). Nevertheless, the behaviour and the associated factors with women SF during pregnancy and postpartum are not well established in the literature. Objective: To analyze the women SF from pregnancy to 6 months after delivery. Methods: Prospective cohort study with 500 women from the first trimester of pregnancy until six months after birth, held in a insurance health care facility in Guarulhos, SP. The sample was all women who start prenatal care and met the study inclusion criteria in an uninterrupted period of November, 21th 2012 to September, 17th 2013. The gestational age (GA) and days after birth were considered as exposure; and as an outcome, SF. The women were followed in six steps: Step 1, with GA < 13 weeks (n = 500); Step 2, with GA from 20 to 27 weeks (n = 226); Step 3, with GA from 31 to 38 weeks (n = 187); Step 4, from 39 to 66 days after birth (n = 89); Step 5, from 76 to 135 days (n = 64); Step 6, from 168 to 208 days (n = 30). The SF was assessed by FSFI. Descriptive, inferential and multivariate analysis was performed. Results: During pregnancy, 84.6%, 88.9% and 70.6% of women had sexual activity in the first, second and third trimesters respectively. After birth, this ratio was 53.9%, 90.6% and 86.7% in steps 4, 5 and 6, respectively. The mean score of FSFI in the 6 steps was: 27.7 (sd = 4.9); 27.1 (sd = 4.7); 26.0 (sd = 5.5); 24.8 (sd = 6.1); 26.3 (sd = 6.1) and 26.5 (sd = 5.2), respectively. There was a statistical difference in the FSFI scores during pregnancy (p = 0.001) and between the pregnancy and postpartum (p = 0.022). The variables that together explain the variation in the IFSF score are: trimester and days after birth, urinary incontinence (UI) and pelvic floor muscles strength (PFMS). In step 3, the IFSF score was 1.8 (95% CI -2.94 to -0.71) lower than in step 1; in step 4, was 2.2 (95% CI -3.65 to -0.77) lower than in step 1; in step 5, was 1.4 (95% CI -2.67 to -0.03) lower than in step 1. Women with UI had 2.1 (95% CI -3.26 to -0.85) points less in the FSFI score than women without UI. In step 4, women with UI had 11.3 (95% CI -20.94 to -1.66) points less in IFSF score than women without UI in step 1. In step 5, this score was 13.3 (-21.60 to -5.09) points less in relation to the step 1. Every 1.0 cmH2O in the PFMS increase 0.04 points the FSFI score. In a subgroup analysis after birth, women with UI had FSFI score 10.5 (95% CI -20.16 to -0.89) points less than women without UI. Every 1.0 cmH2O in the PFMS after birth, women had more 0.08 points at FSFI score. Conclusions: SF gradually decreases during the pregnancy and in the first 2 months after delivery. From 3 t 6 month after delivery, women partially recover the SF. The UI contributes to reduce the FSFI score during pregnancy and after birth, with an important impact in the first 4-5 months after birth. The clinical impact of the PFMS in the FSFI score is negligible.
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ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO MATERNA E ÍNDICES DE RISCO AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL / ANALYSIS OF THE RELATIONSHIP BETWEEN MATERNAL DEPRESSION AND INDICES OF RISK TO CHILD DEVELOPMENT

Carlesso, Janaína Pereira Pretto 28 February 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study examined the possible relationship between maternal depressive states and changes in levels of risk to child development, in a sample of mothers of babies born in medium-sized city and around the central region of Rio Grande do Sul (RS). The survey was conducted in University Hospital in which the children were newborn hearing screening in the period from March to May 2010, with the mother-infant dyads. In the data collection was used a structured interview on socioeconomic, demographic, obstetric and psychosocial and experience of motherhood. To investigate the maternal depressed mood was used Beck Depression Inventory (BDI). In the evaluation of the babies was done filming the interaction of mother-infant dyad and implementation of Clinical Indicators of Risk for child development (IRDIs).Most mothers in this study was not suffering from depression, and low socioeconomic status and non - planned birth were the most common risk factors for the onset of depression in the postpartum period. The analysis showed that a higher proportion of babies with IRDIs altered when levels of maternal depression are elevated in the postpartum period and may adversely affect the interaction of mother-infant and mainly reflected as a risk factor for child development. The presence of social support, especially fellow and no difficulties in forming the maternal experience are variables significantly associated with absence of risk for child development. Therefore, not only the presence or absence of depression, but factors such family support and maternal role constitution are the most important factors for the full development of the baby. This paper suggests the need for an interface between psychology, speech pathology and other health professionals in monitoring the postpartum period in order to minimize the consequences of postpartum depression and help the mother-baby when the parental role are not going so good enough. / Este estudo analisou as possíveis relações entre estados depressivos maternos e alterações nos índices de risco ao desenvolvimento infantil, em uma amostra de mães de bebês nascidos em cidade de porte médio e arredores, da região central do Rio Grande do Sul (RS). A pesquisa foi realizada em Hospital Escola no qual as crianças realizavam triagem auditiva neonatal, no período de março a maio de 2010, com as díades mães- bebê. Na coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista sobre informações socioeconômicas, demográficas, obstétricas e psicossociais e a respeito da constituição da experiência da maternidade. Para investigar o estado depressivo materno foi aplicado o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Na avaliação dos bebês, foi realizada uma filmagem da interação da díade mãe-bebê e aplicação dos Indicadores Clínicos de Risco para o desenvolvimento infantil (IRDIs). A maioria das mães desse estudo não estava acometida de depressão, sendo que o baixo nível socioeconômico e a não - planejamento da gestação foram os fatores de risco mais frequentes, para o aparecimento da depressão no período pós-parto. A análise realizada apontou que há maior proporção de bebês com índices de desenvolvimento ausentes, quando os níveis de depressão materna são elevados no período pós-parto. Este resultado confirma que a depressão pós-parto pode ter implicações negativas na interação da díade mãebebê e principalmente repercutir como um fator de risco ao desenvolvimento infantil. A presença de suporte social, sobretudo do companheiro e a ausência de dificuldades na constituição da experiência da maternidade apresentaram-se como variáveis estatisticamente associadas à ausência de risco ao desenvolvimento infantil. Portanto, não apenas a presença ou ausência de depressão, mas o apoio familiar e a possibilidade de ocupar função materna são os fatores mais importantes para o pleno desenvolvimento do bebê. O trabalho sugere a necessidade de uma abordagem de interface entre Psicologia, Fonoaudiologia e demais profissionais da saúde no acompanhamento do período pós-parto com o objetivo de minimizar as conseqüências da depressão pós-parto e de auxiliar a díade mãe-bebê quando as funções parentais não estão acontecendo de modo suficientemente bom.
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Instrumento para documentação da assistência de enfermagem à mulher no puerpério imediato / Instrument for documentation of nursing care to women immediately postpartum

Silva, Aline Franco da 17 December 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-08T14:47:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2919876 bytes, checksum: 9bf39872c730409c205c6fead0799df2 (MD5) Previous issue date: 2012-12-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The systematization of nursing care for postpartum women is a way of organizing care and reduce the occurrence of complications during hospitalization. To this end, the nurse must apply the scientific knowledge of nursing and other sciences in the organization and structuring of such assistance, using as a tool the nursing process. Thus will ensure individual assistance, qualified and targeted to the real needs of postpartum. And, through the documentation of this process will give visibility to their actions, characterizing their professional practice in puerperal attention. The area lacks Obstetrical Nursing studies directed to research and development of tools that encourage the registration of the essential elements of the care process. Understanding the documentation of nursing care as an essential part of the care process, it is essential to develop research that contributes to fill this gap. This study aims to contribute for the documentation of professional practice puerperium from the elaboration of an instrument incorporating the following tools: the nursing process embodied in Theoretical Model of Basic Human Needs, the concept of the International Nursing Minimum Data Set, and the standardized language International Classification for Nursing Practice. Objective: To develop an instrument for documentation of nursing care to women immediately postpartum. Method: A structured methodology in three consecutive phases and interdependent. In the first phase, we performed a selection of identification data and empirical indicators to compose the first two parts of the instrument. The second phase was conducted to validate the contents of the first version of the instrument, using the Delphi technique. It is a technique of consensus of opinion, for which it has set a minimum percentage of 70% agreement between the judges. In the third phase, we selected the affirmative diagnoses/outcomes and nursing interventions based on empirical indicators validated and structured the final version of the instrument. Results: In the first stage, the results are a set of 122 items, items 11 and puerperal identification 111 empirical indicators of human needs. These items have structured the first version of the instrument. In the second phase, five nurses attended to validate the items that composed the first version. The results show the agreement of the judges on all items presented, although they have been suggested for the inclusion and exclusion of some items. In the third phase, the empirical indicators were grouped so as to favor the selection of diagnoses/outcomes and nursing interventions proposed in previous studies, using the International Classification for Nursing Practice. We selected 17 diagnoses/results nursing, diagnostic drafted a statement (totaling 18 affirmative) and 52 selected nursing interventions. The final instrument was structured in three parts: data identification postpartum; assessment of basic human needs, and planning, prescription and evaluation of nursing. Conclusion: Although the proposed objective has been achieved, it is necessary to conduct further studies to operational testing of the instrument, validation of affirmative diagnosis by expert nurses and clinical validation of the instrument. It is expected that this instrument is applied in care practice and teaching. E contributes to improved quality of care, supports the documentation of nursing to give visibility to professional practice in attention to women immediately postpartum. / Introdução: A sistematização da assistência de enfermagem às mulheres no puerpério imediato é uma forma de organizar o cuidado e reduzir a ocorrência de complicações durante a internação hospitalar. Para tal, o enfermeiro deve aplicar os conhecimentos científicos de Enfermagem e de outras ciências na organização e estruturação dessa assistência, utilizando como ferramenta o processo de enfermagem. Desse modo, garantirá uma assistência individual, qualificada e direcionada às reais necessidades da puérpera. E, por meio da documentação desse processo dará visibilidade às suas ações, caracterizando sua prática profissional na atenção puerperal. A área de Enfermagem Obstétrica carece de estudos direcionados à pesquisa e ao desenvolvimento de instrumentos que favoreçam o registro dos elementos essenciais do processo de cuidar. Compreendendo a documentação da assistência de enfermagem como elemento essencial do processo de cuidar, é imprescindível o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para preencher essa lacuna. O presente estudo visa colaborar para documentação da prática profissional no puerpério imediato a partir da elaboração de um instrumento integrando as seguintes ferramentas: o processo de enfermagem consubstanciado no Modelo Teórico das Necessidades Humanas Básicas; o conceito do Internacional Nursing Minimum Data Set; e a linguagem padronizada da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Objetivo: Elaborar um instrumento para documentação da assistência de enfermagem à mulher no puerpério imediato. Método: Estudo metodológico estruturado em três fases consecutivas e interdependentes. Na primeira fase, foi realizada a seleção de dados de identificação e indicadores empíricos para compor as duas primeiras partes do instrumento. Na segunda fase, foi realizada a validação do conteúdo da primeira versão do instrumento, utilizando a técnica Delphi. Trata-se de uma técnica de consenso de opiniões, para a qual foi estabelecido um percentual mínimo de 70% de concordância entre os juízes. Na terceira fase, foram selecionadas as afirmativas de diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem, com base nos indicadores empíricos validados, e estruturada a versão final do instrumento. Resultados: Na primeira fase, obteve-se um conjunto de 122 itens, sendo 11 itens de identificação da puérpera e 111 indicadores empíricos de necessidades humanas. Esses itens estruturaram a primeira versão do instrumento. Na segunda fase, participaram cinco enfermeiras para validação dos itens que compuseram essa primeira versão. Os resultados mostraram a concordância dos juízes em todos os itens apresentados, embora tenham sido sugeridas a inclusão e a exclusão de alguns itens. Na terceira fase, agruparam-se os indicadores empíricos de modo que favorecessem a seleção dos diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem propostos em estudos anteriores, utilizando a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Desse modo, selecionou-se 17 diagnósticos/resultados de enfermagem, elaborou-se uma afirmativa diagnóstica (totalizando 18 afirmativas) e sugeriu-se 52 intervenções de enfermagem. O instrumento final foi estruturado em três partes: dados de identificação da puérpera; avaliação das necessidades humanas básicas; e planejamento, prescrição e avaliação de enfermagem. Conclusão: Embora o objetivo proposto tenha sido alcançado, faz-se necessário a realização de novos estudos direcionados a testagem operacional do instrumento, validação das afirmativas de diagnósticos por enfermeiras experts e validação clínica do instrumento. Espera-se que este instrumento seja aplicado na prática assistencial e no ensino. E contribua para melhoria da qualidade da assistência, favoreça a documentação da enfermagem e, consequentemente, proporcione visibilidade à prática profissional na atenção às mulheres no puerpério imediato.
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Influência do excesso de peso pré-gestacional e da diabetes mellitus gestacional sobre o início do aleitamento materno

Pinheiro, Tanara Vogel January 2017 (has links)
Introdução: Devido à fatores hormonais e mecânicos, a gestação e o parto provocam alterações que podem gerar disfunções do assoalho pélvico (DAP). Os estudos sobre as DAP no puerpério a curto prazo são escassos e fazem uso assistemático de métodos avaliativos. Objetivo: Identificar e avaliar as DAP no pós-parto imediato, um mês e três meses após o parto, comparando parto vaginal (PV), cesárea eletiva (CE) e cesárea intraparto (CI). Métodos: Estudo observacional longitudinal que avaliou mulheres até 48 horas (fase 1); um mês (fase 2) e três meses após o parto (fase 3). Utilizou-se o International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF); o Índice de Incontinência Anal (IA) de Jorge-Wexner; a Escala Análoga Visual (EVA) para dor pélvica; o Pelvic Organ Prolapse Quantification system (POP-Q) e a perineometria dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP), além de questionário estruturado. Resultados: Foram avaliadas 227 pacientes na fase 1 (141 realizaram PV; 28 realizaram CI e 58 realizaram CE); 79 na fase 2 e 41 na fase 3. O escore do ICIQ-SF, índice de IA, EVA e perineometria não apresentaram diferenças significativas em relação ao tipo de parto. O ponto distal do colo uterino apresentou-se mais prolapsado no grupo PV. Conclusão: O tipo de parto não foi um fator significante para o desenvolvimento das DAP no pós-parto a curto prazo. Foi identificado que ocorreu recuperação fisiológica na funcionalidade dos MAP e piora na sustentação da parede vaginal anterior e no impacto da incontinência urinária na qualidade de vida ao longo dos três meses. / Introduction: Due to mechanical and hormonal factors, pregnancy and childbirth triggers changes that can lead to pelvic floor dysfunction (PFD). PFD studies in the immediate postpartum period are scarce and do unsystematic use of evaluation methods. Objective: To identify and evaluate the immediate, one month and three months postpartum PFD, comparing vaginal delivery (VD), elective cesarean (ECS) and cesarean indicating (ICS) during labor. Methods: This was a longitudinal observational study that assessed postpartum women after up to 48 hours (phase 1); one month (phase 2) and three months (phase 3). The study used the International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF); Jorge-Wexner's Anal Incontinence (AI) score; the Visual Analogue Scale (VAS) for pelvic pain; the Pelvic Organ Prolapse Quantification System (POP-Q); and a Pelvic Floor Muscles (PFM) perineometer, as well as a structured questionnaire. Results: A total of 227 patients were assessed in phase 1 (141 had VD, 28 ICS and 58 ECS); 79 in phase 2 and 41 in phase 3. The ICIQ-SF, AI, VAS and perineometer index did not present significant differences in relation to the type of delivery. The distal point of the cervix presented more prolapse in VD. Conclusion: The type of delivery was not a significant factor for the development of postpartum PFD in the short term. The study found that there was physiological recovery of the functionality of PFM and worsening prolapse of the anterior vaginal wall and urinary incontinence over the three months.
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Força muscular perineal e incontinência urinária e anal em mulheres após o parto: estudo transversal / Pelvic floor muscle strength, urinary and anal incontinence in women after birth: a cross-sectional study

Priscila Tavares Zizzi 02 December 2015 (has links)
Introdução: A gravidez e o parto são frequentemente associados à redução da força dos músculos do assoalho pélvico (FMAP) e à incontinência urinária (IU) e anal (IA), devido às alterações que ocasionam nos mecanismos de controle e suporte das estruturas do assoalho pélvico. Objetivos: O objetivo geral foi analisar a FMAP e a IU e IA no período pós-parto e os específicos foram verificar a associação da FMAP com a IU e a IA após o parto e identificar os fatores associados à FMAP, à IU e à IA após o parto e a interferência da IU na vida da puérpera. Método: Estudo transversal, com 128 mulheres nos primeiros 6 meses após o parto, conduzido em um serviço do setor suplementar de saúde, em Guarulhos, SP. Foram incluídas todas as mulheres integrantes da coorte Cuidado perineal na gestação e após o parto: prevenção e morbidade relacionadas à força muscular perineal, função sexual e continência urinária, que compareceram ao menos a um retorno do pós-parto. Os dados foram coletados por meio de entrevista, a FMAP foi mensurada pela perineometria (Peritron) e o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) foi aplicado às mulheres que referiram IU. Foram realizadas análise descritiva, inferencial e múltipla. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: A média da FMAP foi 33,1 (d.p.=16,0) cmH2O. Não houve redução estatisticamente significante com relação à FMAP na gestação (p=0,088). A prevalência de IU e IA foi de 7,8% e 5,5%, respectivamente. A média do escore do ICIQ-SF foi 9,4 (d.p.=6,0), maior entre as mulheres com parto normal que entre aquelas com cesariana (13,0, d.p.=6,4 e 5,8, d.p.=2,6, respectivamente). Na análise múltipla, as variáveis tempo de coabitação (IC 95% 2,29-20,92), cesariana anterior (IC 95% 1,45-,26) e tipo de parto atual (IC 95% -16,71- -1,14) foram associadas à FMAP; peso do recém-nascido atual (OR 1,03; IC 95% 1,0005-1,0517), gestação anterior (OR 13,14; IC 95% 1,63-106,27), IU na gestação (OR20,43; IC 95% 1,70-244,98) e atividade sexual após o parto (OR 0,06; IC 95% 0,01-0,49) foram associadas à IU; apenas a IA prévia (OR 6,26; IC 95% 1,08-36,43) foi associada à IA. Conclusão: Não há associação da FMAP com IU e IA após o parto. O parto vaginal predispõe à redução da FMAP e a cesariana é fator protetor à sua redução. A IU durante a gestação é preditora da IU após o parto e em mulheres com gestação anterior e recém-nascido de maior peso a IU é mais frequente. A interferência da IU na vida da mulher foi moderada. Apenas a IA prévia teve associação com a IA após o parto. Não é possível concluir que há associação direta entre tempo de coabitação com o parceiro e FMAP e IU e atividade sexual após o parto / Introduction: Pregnancy and childbirth are often associated with reduced pelvic floor muscles strength (PFMS), urinary (UI) and anal incontinence (AI) because of the changes in the mechanisms of control and support of the pelvic floor structures. Objectives: To analyse the PFMS, UI and AI during postpartum period. To verify the association of PFMS with UI and AI after birth. To identify factors associated with PFMS, UI and AI after birth and the interference of UI in the quality of life after birth. Methods: Cross-sectional study with 128 women in the first six months after birth, held in an insurance health care facility in Guarulhos, SP. All women participants of the cohort Perineal care during pregnancy and after birth: prevention and morbidity related to PFMS, sexual function and UI who attended at least one postpartum consultation were included. Data were collected through interviews, PFMS was measured by perineometry (Peritron) and the International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was applied to women who reported UI. Descriptive, inferential and multivariate analyses were performed. The research was approved by the Research Ethics Committee of School of Nursing of University of Sao Paulo. Results: The main score of PFMS was 33.1 cmH2O (SD=16.0). There was no statistically significant difference between PFMS during pregnancy and after birth (p=0.088). The prevalence of UI and AI was 7.8% and 5.5%, respectively. The mean ICIQ-SF score was 9.4 (SD=6.0). Higher mean score was verified among women with vaginal birth than among those with caesarean (13.0, SD=6.4 and 5.8, SD=2.6, respectively). In the multivariate analysis, period of cohabitation (95%CI 2.29 to 20.92), previous caesarean (95%CI 1.45 to 19.26) and type of birth (95%CI -16.71 to -1.14) were associated with PFMS; newborn weight (OR=1.03; 95%CI 1.0005 to 1.0517), previous pregnancy (OR=13.14; 95%CI 1.63 to 106.27), UI during pregnancy (OR=20.43; 95%CI 1.70 to 244.98) and sexual activity after birth (OR=0.06; 95%CI 0.01 to 0.49) were associated with UI; just previous AI (OR=6.26; 95%CI 1.08 to 36,43) is associated with AI. Conclusion: There is no association between PFMS and UI or AI after birth. Vaginal birth predisposes a reduction on PFMS and caesarean is a protective factor. UI during pregnancy is predictive of UI after birth and UI is more frequent in women with previous pregnancy and higher weight newborn. UI had moderate interference in women\'s lives. Just previous AI is associated with AI after birth. We can not conclude that there is an association between period of cohabitation and PFMS, UI and sexual activity after childbirth
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Qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres grávidas com sintomas depressivos / Health related quality of life of pregnant women with depressive symptoms

Marlise de Oliveira Pimentel Lima 11 February 2011 (has links)
Os objetivos do estudo foram: analisar a influência dos sintomas depressivos na qualidade de vida relacionada à saúde percebida por mulheres na gestação de baixo risco e pós-parto e verificar os fatores socioeconômicos e obstétricos associados à qualidade de vida e aos sintomas depressivos. Trata-se de um estudo longitudinal, com inclusão de 313 gestantes matriculadas em 11 Unidades Básicas de Saúde da zona sul do Município de São Paulo, SP. As participantes foram seguidas em quatro etapas: 20ª, 28ª, 36ª semanas de gestação e 45 dias após o parto, com ± 2 semanas em cada etapa. A coleta dos dados foi de julho de 2008 a março de 2010. A amostra final das quatro etapas constou de 132 mulheres. Os dados sociodemográficos e obstétricos foram obtidos por meio de entrevista na primeira etapa, com exceção dos do pós-parto, que foram coletados na quarta etapa. Para avaliação dos sintomas depressivos, foi utilizada a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) e para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde, o questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (MOS-SF36), que foram autoaplicados nas quatro etapas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - Parecer nº 154/08-CEP/SMS. Os escores médios dos domínios do MOS-SF36 apresentaram declínio ao longo da gestação com recuperação no pós-parto, exceto Estado Geral de Saúde e Saúde Mental, com diferença significativa para Capacidade Funcional (p<0,000), Aspectos Físicos (p=0,001), Dor (p<0,001) e Vitalidade (p=0,002). A proporção de gestantes com sintomas depressivos variou nas quatro etapas, sendo de 29,5% na 20ª, 24,2% na 28ª, 24,5% na 36ª semanas de gestação e 33,6% com 45 dias de pós-parto. Houve correlação inversa significativa em todos os domínios do MOS-SF36 e a EPDS, com variação no coeficiente de Spearman de 0,234 a 0,785. Nas quatro etapas, os escores médios dos domínios mostraram diferenças significantes, na comparação entre gestantes sem e com sintomas depressivos, exceto Dor, na segunda etapa e Aspectos Físicos na quarta. Na regressão logística da qualidade de vida relacionada à saúde, os sintomas depressivos foram um fator de risco em todos os domínios, exceto Aspectos Físicos. Para os sintomas depressivos, as variáveis associadas foram situação conjugal, anos de estudo e número de consultas de pré-natal, como fatores de proteção e queixas como fator de risco. A presença dos sintomas depressivos na gestação e puerpério altera a percepção subjetiva da qualidade de vida relacionada à saúde em gestantes de baixo risco. / The aims of the present study were to analyze the influence of depressive symptoms on the health related quality of life (HRQOL) perceived by low risk pregnant women and at postpartum and verify the socioeconomic and obstetric factors associated with the quality of life and depressive symptoms. This is a longitudinal study and it was conducted with 313 pregnant women enrolled in 11 Basic Health Units of the southern area of São Paulo City, SP. The participants were followed up at their 20th, 28th, 36th weeks of gestation and 45 days postpartum, with ± 2 weeks in each periods. Data was collected from July 2008 to March 2010. The final sample of four periods consisted of 132 women. Sociodemographic and obstetric data was obtained by interviewing subjects in the first period and postpartum data in the fourth period. For the assessment of depressive symptoms, Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) was used and to assess the health related quality of life (HRQOL), the questionnaire Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (MOS-SF36), which were self-administered in four stages. The study was approved by the Ethics in Research Committee nº 154/08-CEP/SMS. The mean scores of the domains of MOS-SF36 presented decline over the gestation with postpartum recovery, except in General (Health) and Mental Health, with a significant difference in Physical Functioning (p<0,000), Role Limitation due to Physical Problems (p=0,001), Bodily Pain (p<0,001) and Vitality (p=0,002). The proportion of pregnant women with depressive symptoms was 29.5% at 20th, 24.2% at 28th, 24.5% at 36th weeks of gestation and 33.6% at 45 days postpartum. There was a significant inverse correlation among all domains of the MOS-SF36 and the EPDS, with Spearman coefficients range of 0.234 to 0.785. At the four periods, the mean scores of the domains showed significant differences between pregnant subjects with or without depressive symptoms except Bodily Pain in the second period and Role Limitation due to Physical Problems in the fourth one. At HRQOL logistic regression the depressive symptoms were a risk factor in all domains, except Role Limitation due to Physical Problems. To depressive symptoms, the associated factors were marital status, years of education and the number of prenatal consultations as protective factors and complaints as a risk factor. The presence of depressive symptoms at pregnancy and postpartum changes the subjective perception of Health related quality of life in low risk pregnant women.

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