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Uso de manobras de reanimação neonatal e internação em unidade de cuidado intensivo entre recém-nascidos de termo: análise secundária dos dados do estudo Nascer no Brasil / Use of neonatal resuscitation maneuvers and hospitalization in an intensive care unit among term newborns: a secondary analysis of data from the Birth in Brazil study

Leonor Ramos Pinheiro 03 July 2017 (has links)
Introdução: A assistência ao parto no Brasil tem enfrentado desafios nos últimos anos, no sentido de reduzir práticas desnecessárias e inseguras. No entanto, medidas utilizadas para acelerar o trabalho de parto e demais intervenções durante o trabalho de parto e parto ainda são frequentes e podem impactar negativamente as condições de vitalidade do recém-nascido. Objetivos: Analisar a associação entre os fatores sociodemográficos, organizacionais, obstétricos e assistenciais e desfecho neonatal desfavorável entre RNs de termo e estimar sua frequência. Método: Estudo transversal, a partir dos dados do inquérito nacional Nascer no Brasil, referentes à região Sudeste. A amostra foi composta por puérperas que tiveram RNs vivos, natimortos (peso 500 gramas e/ou idade gestacional 22 semanas), nascidos em hospitais com 500 partos em 2011 e 2012. Foram excluídos os recém-nascidos prematuros, gemelares e aqueles com malformações. A variável dependente desfecho neonatal desfavorável foi construída por meio da composição das variáveis intubação traqueal, massagem cardíaca, uso de drogas na reanimação neonatal, internação em UTI neonatal e Apgar <7 no 5.o minuto de vida no período pós-natal imediato. A associação entre as variáveis de interesse e a variável desfecho foi estimada por meio de regressão logística binária univariada e múltipla, calculando-se Odds ratio (OR) brutas e ajustadas com intervalos de confiança de 95 por cento (IC 95 por cento ). Resultados: A amostra foi composta por 8.783 mulheres e seus RNs. A proporção de RNs que apresentou desfecho neonatal desfavorável foi de 9,6 por cento (844). Ensino fundamental incompleto (OR=2,139; IC 95 por cento 1,292-3,540), baixo peso ao nascer (peso 2.500g; OR=2,822; IC 95 por cento 1,641-4,851), intercorrência obstétrica (OR=1,421; IC 95 por cento 1,055-1,914) e parto fórceps (OR=3,761; IC 95 por cento 1,824-7,754) constituíram fatores associados ao desfecho neonatal desfavorável. Discussão: Os fatores independentemente associados ao desfecho neonatal desfavorável na Região Sudeste do Brasil foram em sua maioria condições clínicas que têm influência sobre a condição do recém-nascido no período pós-parto imediato. Recém-nascidos com baixo peso e aqueles filhos de mulheres com problemas obstétricos têm condições como líquido amniótico reduzido ou insuficiência placentária que resultam em alterações da vitalidade. Mulheres com baixa escolaridade têm maior dificuldade em acessar os serviços de saúde, o que pode dificultar a identificação e tratamento de problemas obstétricos e baixo peso ao nascer. O parto fórceps pode representar a resolução de trabalhos de parto distócicos e também ser um marcador para os fetos cuja vitalidade encontrava-se alterada durante o trabalho de parto. Conclusões: Fatores clínicos e associados a desigualdades sociais têm impacto negativo sobre a vitalidade dos recém-nascidos. Os desfechos neonatais desfavoráveis ainda são pouco investigados, por isso ações que visem à melhoria da atenção pré-natal e do trabalho de parto, principalmente entre mulheres com baixa escolaridade e aquelas com complicações obstétricas, podem resultar em melhores desfechos de saúde para o recém-nascido. Encontramos uma proporção de 9,6 por cento (844) entre os recém-nascidos no termo gestacional que apresentaram desfecho neonatal desfavorável. Neste estudo foi possível observar a existência de associação entre fatores sociodemográficos, clínicos e assistenciais maternos e desfechos neonatais desfavoráveis entre os RNs de termo / Introduction: Childbirth care in Brazil has faced challenges in recent years to reduce unnecessary and unsafe practices. However, measures used to accelerate labour and other interventions during labour and delivery are still frequent and may negatively impact the vitality of the newborn. Objectives: To analyze the association between sociodemographic, organizational, obstetric and care factors and unfavorable neonatal outcomes among term newborns and to estimate the frequency of these outcomes. Method: A cross-sectional study, based on data from the national survey \"Birth in Brazil\" in the the Southeast region of Brazil. The sample consisted of mothers who had live births, stillbirths (weight 500 grams and / or gestational age 22 weeks) in hospitals with 500 births in 2011 and 2012. Premature babies, twins, preterm newborns and those with malformations were excluded from the analysis. The dependent variable \"unfavorable neonatal outcome\" was constructed through the composition of the variables tracheal intubation, cardiac massage, drug use in neonatal resuscitation, neonatal ICU admission, and Apgar <7 at the 5th minute of life in the immediate postnatal period. The association between the variables of interest and the outcome variable was estimated using univariate and multiple binary logistic regression, calculating crude and adjusted Odds Ratio (OR) with 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI). Results: The sample consisted of 8,773 women and their newborns. The proportion of newborns who presented an unfavorable neonatal outcome was 9.6 per cent (844). Incomplete primary education (OR = 2.139, 95 per cent CI 1.292-3.540), low birth weight (weight 2.500g, OR = 2.822, 95 per cent CI 1.641-4.851), obstetric complication (OR = 1.421, 95 per cent CI 1.055-1.914) and Forceps (OR = 3.761, 95 per cent CI, 1.824-7.754) were factors associated with unfavorable neonatal outcome. Discussion: Factors independently associated with unfavorable neonatal outcomes in the Southeast Region of Brazil were mostly clinical conditions that influence the condition of the newborn in the immediate postpartum period. Infants with low birth weight and those of women with obstetric problems have conditions such as reduced amniotic fluid or placental insufficiency that result in changes in vitality. Women with low schooling have greater difficulty in accessing health services, which make it difficult to identify and treat obstetric problems and low birth weight. Forceps delivery may represent resolution of dystocic labor and was also be a marker for fetuses whose vitality was altered during labor. Conclusions: Clinical factors associated with social inequalities have a negative impact on the vitality of newborns. Negative neonatal outcomes are still poorly investigated, so actions aimed at improving prenatal care and labor, especially among women with low schooling and those with obstetric complications, may result in better health outcomes for the newborn. We found a proportion of 9.6 per cent (844) among neonates in the gestational term who presented an unfavorable neonatal outcome. In this study it was possible to observe the existence of an association between sociodemographic, clinical and maternal care factors and unfavorable neonatal outcomes among the term newborns
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Uso de manobras de reanimação neonatal e internação em unidade de cuidado intensivo entre recém-nascidos de termo: análise secundária dos dados do estudo Nascer no Brasil / Use of neonatal resuscitation maneuvers and hospitalization in an intensive care unit among term newborns: a secondary analysis of data from the Birth in Brazil study

Pinheiro, Leonor Ramos 03 July 2017 (has links)
Introdução: A assistência ao parto no Brasil tem enfrentado desafios nos últimos anos, no sentido de reduzir práticas desnecessárias e inseguras. No entanto, medidas utilizadas para acelerar o trabalho de parto e demais intervenções durante o trabalho de parto e parto ainda são frequentes e podem impactar negativamente as condições de vitalidade do recém-nascido. Objetivos: Analisar a associação entre os fatores sociodemográficos, organizacionais, obstétricos e assistenciais e desfecho neonatal desfavorável entre RNs de termo e estimar sua frequência. Método: Estudo transversal, a partir dos dados do inquérito nacional Nascer no Brasil, referentes à região Sudeste. A amostra foi composta por puérperas que tiveram RNs vivos, natimortos (peso 500 gramas e/ou idade gestacional 22 semanas), nascidos em hospitais com 500 partos em 2011 e 2012. Foram excluídos os recém-nascidos prematuros, gemelares e aqueles com malformações. A variável dependente desfecho neonatal desfavorável foi construída por meio da composição das variáveis intubação traqueal, massagem cardíaca, uso de drogas na reanimação neonatal, internação em UTI neonatal e Apgar <7 no 5.o minuto de vida no período pós-natal imediato. A associação entre as variáveis de interesse e a variável desfecho foi estimada por meio de regressão logística binária univariada e múltipla, calculando-se Odds ratio (OR) brutas e ajustadas com intervalos de confiança de 95 por cento (IC 95 por cento ). Resultados: A amostra foi composta por 8.783 mulheres e seus RNs. A proporção de RNs que apresentou desfecho neonatal desfavorável foi de 9,6 por cento (844). Ensino fundamental incompleto (OR=2,139; IC 95 por cento 1,292-3,540), baixo peso ao nascer (peso 2.500g; OR=2,822; IC 95 por cento 1,641-4,851), intercorrência obstétrica (OR=1,421; IC 95 por cento 1,055-1,914) e parto fórceps (OR=3,761; IC 95 por cento 1,824-7,754) constituíram fatores associados ao desfecho neonatal desfavorável. Discussão: Os fatores independentemente associados ao desfecho neonatal desfavorável na Região Sudeste do Brasil foram em sua maioria condições clínicas que têm influência sobre a condição do recém-nascido no período pós-parto imediato. Recém-nascidos com baixo peso e aqueles filhos de mulheres com problemas obstétricos têm condições como líquido amniótico reduzido ou insuficiência placentária que resultam em alterações da vitalidade. Mulheres com baixa escolaridade têm maior dificuldade em acessar os serviços de saúde, o que pode dificultar a identificação e tratamento de problemas obstétricos e baixo peso ao nascer. O parto fórceps pode representar a resolução de trabalhos de parto distócicos e também ser um marcador para os fetos cuja vitalidade encontrava-se alterada durante o trabalho de parto. Conclusões: Fatores clínicos e associados a desigualdades sociais têm impacto negativo sobre a vitalidade dos recém-nascidos. Os desfechos neonatais desfavoráveis ainda são pouco investigados, por isso ações que visem à melhoria da atenção pré-natal e do trabalho de parto, principalmente entre mulheres com baixa escolaridade e aquelas com complicações obstétricas, podem resultar em melhores desfechos de saúde para o recém-nascido. Encontramos uma proporção de 9,6 por cento (844) entre os recém-nascidos no termo gestacional que apresentaram desfecho neonatal desfavorável. Neste estudo foi possível observar a existência de associação entre fatores sociodemográficos, clínicos e assistenciais maternos e desfechos neonatais desfavoráveis entre os RNs de termo / Introduction: Childbirth care in Brazil has faced challenges in recent years to reduce unnecessary and unsafe practices. However, measures used to accelerate labour and other interventions during labour and delivery are still frequent and may negatively impact the vitality of the newborn. Objectives: To analyze the association between sociodemographic, organizational, obstetric and care factors and unfavorable neonatal outcomes among term newborns and to estimate the frequency of these outcomes. Method: A cross-sectional study, based on data from the national survey \"Birth in Brazil\" in the the Southeast region of Brazil. The sample consisted of mothers who had live births, stillbirths (weight 500 grams and / or gestational age 22 weeks) in hospitals with 500 births in 2011 and 2012. Premature babies, twins, preterm newborns and those with malformations were excluded from the analysis. The dependent variable \"unfavorable neonatal outcome\" was constructed through the composition of the variables tracheal intubation, cardiac massage, drug use in neonatal resuscitation, neonatal ICU admission, and Apgar <7 at the 5th minute of life in the immediate postnatal period. The association between the variables of interest and the outcome variable was estimated using univariate and multiple binary logistic regression, calculating crude and adjusted Odds Ratio (OR) with 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI). Results: The sample consisted of 8,773 women and their newborns. The proportion of newborns who presented an unfavorable neonatal outcome was 9.6 per cent (844). Incomplete primary education (OR = 2.139, 95 per cent CI 1.292-3.540), low birth weight (weight 2.500g, OR = 2.822, 95 per cent CI 1.641-4.851), obstetric complication (OR = 1.421, 95 per cent CI 1.055-1.914) and Forceps (OR = 3.761, 95 per cent CI, 1.824-7.754) were factors associated with unfavorable neonatal outcome. Discussion: Factors independently associated with unfavorable neonatal outcomes in the Southeast Region of Brazil were mostly clinical conditions that influence the condition of the newborn in the immediate postpartum period. Infants with low birth weight and those of women with obstetric problems have conditions such as reduced amniotic fluid or placental insufficiency that result in changes in vitality. Women with low schooling have greater difficulty in accessing health services, which make it difficult to identify and treat obstetric problems and low birth weight. Forceps delivery may represent resolution of dystocic labor and was also be a marker for fetuses whose vitality was altered during labor. Conclusions: Clinical factors associated with social inequalities have a negative impact on the vitality of newborns. Negative neonatal outcomes are still poorly investigated, so actions aimed at improving prenatal care and labor, especially among women with low schooling and those with obstetric complications, may result in better health outcomes for the newborn. We found a proportion of 9.6 per cent (844) among neonates in the gestational term who presented an unfavorable neonatal outcome. In this study it was possible to observe the existence of an association between sociodemographic, clinical and maternal care factors and unfavorable neonatal outcomes among the term newborns
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Análise espacial da mortalidade perinatal no Vale do Paraíba - São Paulo - Brasil (2004-2008) / Spatial analysis of perinatal mortality in the Paraiba Valley, Sao Paulo, Brazil (2004-2008)

Mukai, Adriana de Oliveira 12 September 2012 (has links)
OBJETIVO: Visualizar padrões espaciais de mortalidade perinatal e identificar os municípios com prioridade para intervenção no Vale do Paraíba, São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Trata-se de estudo ecológico e exploratório utilizando técnica de geoprocessamento com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde sobre mortalidade perinatal no Vale do Paraíba nos anos de 2004 a 2008. Foram obtidas taxas por 1.000 nascimentos e, a partir das distribuições dessas, foram criados mapas temáticos. Foi utilizado o índice de Moran, que estima autocorrelação espacial e foram identificados os municípios com alta prioridade de intervenção pelo diagrama de espalhamento de Moran, representado em forma de box map. Foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman para estudar a variável social IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social) dos municípios estudados e o coeficiente de mortalidade perinatal. RESULTADOS: No período estudado foram incluídos 141.293 nascidos vivos, com 2244 óbitos perinatais, coeficiente médio de mortalidade de 20,4 (DP 6,8) e mediana de 18,9. O índice de Moran identificou dependência espacial entre os municípios analisados quanto à mortalidade neonatal precoce (p < 0,05), sendo que para a mortalidade fetal e perinatal não houve significância estatística, apesar do mapa de distribuição espacial do coeficiente de mortalidade perinatal ter identificado um aglomerado de municípios com coeficientes mais elevados. Nas variáveis estudadas observamos contribuição maior da gestação na adolescência na mortalidade perinatal. Foram identificados cinco municípios com alta prioridade para intervenções. CONCLUSÃO: A análise espacial foi um instrumento útil para identificar os municípios onde há necessidade de intervenção em relação à mortalidade perinatal / OBJECTIVE: This study aims to analyze spatial standards of perinatal mortality and identify the priority cities for intervention in the Paraiba Valley, state of Sao Paulo, Brazil. METHODS: This is an ecological and exploratory study using a technique of geoprocessing with data of the Informatics Department of the Single Health System on perinatal mortality in the years of 2004 to 2008. Rates per 1000 births were obtained and, starting from the distribution of these rates, thematic maps were created. The global Moran index, which estimates the spatial autocorrelation was used, and the cities with high priority for intervention were identified according to the Moran scattering diagram, represented in box map. The Spearman correlation coefficient was used to study the socioeconomic variable IPRS (Social Responsibility Index of Sao Paulo State) of the cities studied and the perinatal mortality coefficient. RESULTS: During the study period, 141.293 live births were included, with 2244 perinatal deaths, with average coefficient of 20,4 and median of 18,9. The global Moran index was 0,24 (p < 0,05) for early neonatal mortality, demonstrating a spatial autocorrelation among the cities for these coefficient, while fetal and perinatal mortality have no statistical significance, despite the spatial distribution map of perinatal mortality coefficient have identified a cluster of cities with higher coefficients. In the variables studied, we observed a greater contribution of the variable adolescent pregnant. Five cities deserving special attention for future interventions were identified. CONCLUSIONS: The spatial analysis was a useful tool in identifying the cities in which an intervention is necessary regarding the perinatal mortality
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PRENACEL - uma estratégia de comunicação móvel para melhorar a saúde materna e perinatal: pesquisa formativa e ensaio aleatorizado por conglomerados / PRENACEL - A mobile communication strategy to improve maternal and perinatal health: Formative research and cluster randomized controlled trial

Ana Carolina Arruda Franzon 28 September 2018 (has links)
Melhorar a saúde das gestantes é uma prioridade para as agências de saúde global e para os governos dos países de baixa e média renda. O desafio da erradicação e/ou redução das morbimortalidades materna e perinatal evitáveis vem colocando em destaque a necessidade de expandir as ações para prevenção de agravos para além da abordagem clínica das complicações obstétricas, a partir do fortalecimento dos sistemas de saúde e da valorização da autonomia das mulheres dentro das sociedades, implementando a abordagem de direitos humanos como um dos componentes da qualidade do cuidado à saúde reprodutiva. O objetivo desta pesquisa é determinar se um programa de educação em saúde e apoio às gestantes, adaptado à realidade do Sistema Único de Saúde brasileiro e às especificidades da telefonia celular, é um complemento útil ao acompanhamento pré-natal padrão. A pesquisa foi realizada em duas etapas, tendo início com a condução de uma pesquisa formativa, exploratória, para identificar barreiras e facilitadores da atenção ao pré-natal e parto, avaliar aceitação do uso de mensagens de texto como item complementar ao cuidado pré-natal padrão, e desenvolver e refinar a intervenção do programa PRENACEL. Esta compreende um programa de 148 mensagens de texto no celular com informações essenciais para o acompanhamento do ciclo gravídico-puerperal de mulheres saudáveis, em atendimento na rede pública de saúde. Foi desenvolvida com propósitode melhorar resultados maternos e perinatais. Sua efetividade foi avaliada por meio de um ensaio aleatorizado por conglomerados, realizado em 20 unidades de saúde que provêm assistência pré-natal em uma cidade da região sudeste do Brasil. Gestantes em acompanhamento pré-natal nas unidades de saúde sorteadas para o grupo intervenção foram convidadas a participar do PRENACEL. Em unidades de saúde alocadas ao grupo controle, as gestantes receberam a atenção pré-natal padrão. Os dados analisados foram coletados durante a internação para o parto em quatro maternidades públicas da mesma localidade. Para cada variável de interesse, foram realizadas análise por intenção de tratar e análise por protocolo, pelo cálculo dos riscos relativos, com 95% de intervalo de confiança. Ao final do seguimento da gestação, 1210 mulheres elegíveis à participação no estudo tiveram seus desfechos avaliados nas maternidades selecionadas para a pesquisa, por meio de revisão de prontuários, cartões de pré-natal e entrevista individual estruturada. Das mulheres incluídas nas análises, 770 eram provenientes das unidades de saúde do grupo intervenção e 440 das unidades controle. Receber informações do programa PRENACEL durante a gestação foi associado a um aumento na percepção das mulheres de sentirem-se melhor preparadas para o parto, e na percepção de que o pré-natal colabora para que se sintam mais preparadas. Também foram observados impactos no estabelecimento do contato pele-a-pele e aleitamento materno e no conhecimento sobre intervenções obstétricas. Não foram observadas diferenças nos demais desfechos maternos e perinatais avaliados, incluindo a satisfação das mulheres com o atendimento. Nossa conclusão é de que o PRENACEL pode contribuir para a ampliação do acesso das mulheres a informações que lhes sejam estratégicas para que se sintam melhor preparadas para a experiência do parto. / Improving maternal health is a priority for global health agencies and for governments in low- and middle-income countries. The challenge of reducing preventable maternal and perinatal morbidity and mortality has highlighted the need to expand actions to prevent injuries beyond the clinical approach to obstetric complications, through strengthening health systems and enhancing autonomy of women within societies, by implementing a human rights approach as one of the components of the quality of reproductive health care. The objective of this research is to determine if a program of health education and support to pregnant women, adapted to be used by Brazilian National Health System and delivered by short messages service (SMS) on the cell phone is a useful complement to standard prenatal follow-up. The research was carried out in two stages, starting with the conduction of a formative and exploratory research to identify barriers and facilitators of antenatal and delivery care, to evaluate the acceptance of the use of SMS as a complementary item to antenatal care and to develop and refine the PRENACEL program intervention. It comprises a program of 148 SMS with essential information from pregnancy to puerperium, for healthy pregnant women attending antenatal care. It was developed with the purpose of improving maternal and perinatal outcomes. Its effectiveness was evaluated through a cluster-randomized trial conducted in 20 health units that provide antenatal care in a city in the southeastern region of Brazil. Pregnant women from the health units drawn for the intervention group were invited to participate in PRENACEL. In health unitsallocated to the control group, pregnant women received standard antenatal care. Analyzed data were collected during admission to labor in four public maternity hospitals in the same locality. For each variable of interest, intention-to-treat analysis and analysis by protocol were carried out, as well as the relative risk, with 95% of confidence interval. At the end of the gestation follow-up, 1210 women eligible to participate in the study had their outcomes evaluated in the maternity wards, through their medical records review, antenatal cards review and individual structured interviews. Of the women included in the analyzes, 770 came from the health units of the intervention group and 440 from the control units. Receiving information from the PRENACEL program during pregnancy was associated with an increase in women\'s perception of better preparedness for delivery, and the perception that antenatal care helps them feel more prepared. Enhancement of the timing for early skin-to-skin contact and breastfeeding, and knowledge on obstetric interventions were also observed. No differences were observed in other maternal and perinatal outcomes evaluated, including women\'s satisfaction with care. We concluded that PRENACEL can contribute to increase women\'s access to information that are strategic to the improve their perception of feeling confident and better prepared for the childbirth experience.
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Contato pele-a-pele ao nascimento: estudo transversal / Skin-to-skin contact at birth: cross-sectional study

Kuamoto, Rosely Sayuri 23 February 2018 (has links)
Introdução: O contato pele-a-pele (CPP) ao nascimento consiste no posicionamento imediato do recém-nascido (RN) sobre o abdome ou tórax desnudo da mãe. Idealmente, o binômio mãe-filho deve permanecer em CPP continuamente por 1 hora para que benefícios como a promoção do aleitamento materno, estabilidade térmica, hemodinâmica e respiratória, organização comportamental, entre outros, sejam alcançados. Apesar de ser uma prática recomendada, a adesão ao CPP é insuficiente nas instituições brasileiras. Objetivo: Analisar a prática do CPP ao nascimento no hospital. Método: Estudo transversal realizado em um Hospital Amigo da Criança do município de São Paulo, SP. Foram inclusas puérperas de gestação única e seus RN de termo. Foram excluídos RN por cesariana e binômios mãe-filho que apresentaram complicações clínicas, obstétricas ou neonatais. A amostra foi composta por 78 binômios com erro de prevalência estimada em 10%. A coleta foi realizada no período de 1 mês, nos horários da manhã, tarde, noite e madrugada. Os dados foram obtidos dos prontuários da puérpera e do RN e por observação não participante da prática do CPP ao nascimento. Foi registrado o CPP ao nascimento, sua duração e interrupção e a efetivação da pega da mama materna na 1ª hora de vida do RN. Os dados foram analisados de modo descritivo e inferencial. Resultados: O CPP foi realizado em 94,9% (n=74) dos nascimentos, 73% (n=54) dos RN permaneceram menos de 60 minutos em contato e 50% (n=27) destes, menos que 15 minutos. A duração média do CPP foi de 29 minutos. O principal motivo para a interrupção do CPP foi a prestação de cuidados de rotina ao RN. Houve diferença significativa no tempo de CPP, com duração maior em relação às seguintes variáveis: Apgar no 5º minuto com índice 10 (p=0,003); condição perineal (mulheres com períneo íntegro; p=0,022); partos assistidos por enfermeira obstétrica (p=0,027); RN sem aspiração de vias aéreas superiores (AVAS) (p<0,001), com aplicação de vitamina K (p=0,048) e vacina da hepatite B (p=0,030); assistência neonatal prestada por médico residente (p=0,028). Os RN que receberam a AVAS ficaram, em média, 27 minutos a menos em CPP. Houve diferença significativa em relação às seguintes variáveis, com maior proporção de RN que efetivaram a pega da mama na 1ª hora de vida: índice de Apgar mais elevado no 1º e 5º minuto (p=0,035 e p=0,009, respectivamente); sem AVAS (p=0,015); posicionamento no colo materno (p=0,011); ajuda profissional para efetivação da pega (p<0,001). A condição perineal materna com integridade mostrou tendência à efetivação da pega (p=0,053). Não houve associação significativa entre a efetivação da pega, que ocorreu em 64,1% (n=50) dos RN, e o maior tempo de CPP (p=0,142). Conclusão: O CPP foi realizado na quase totalidade dos nascimentos, mas com duração inferior a 1 hora, na maioria dos casos. Os fatores que facilitaram o prolongamento do CPP e a pega efetiva da mama materna relacionam-se à boa vitalidade ao nascer e à integridade perineal. A assistência ao parto por enfermeira obstétrica favorece o CPP. A ajuda profissional na pega da mama e a permanência do RN no colo materno favorecem a amamentação precoce, independentemente da duração do CPP. As barreiras ao CPP e à efetivação da pega relacionam-se com os cuidados neonatais de rotina prestados ao RN durante a 1ª hora de vida, em especial, a AVAS. / Introduction: Skin-to-skin contact (SSC) at birth consists in positioning the newborn (NB) on the mothers abdomen or naked chest immediately. Ideally, the mother-child binomial should remain in SSC continuously for 1 hour, so that benefits such as the promotion of breastfeeding, thermal, hemodynamic and respiratory stability, behavioral organization, among others, are achieved. Although it is a recommended practice, SSC adherence is insufficient in Brazilian institutions. Objective: To analyze the SSC practice at birth in a hospital. Methods: A cross-sectional study, which was carried out in a Child-Friendly Hospital in the city of São Paulo, SP, Brazil. Single-term postpartum women and their full-term NBs were included. NBs by caesarean section and mother-child binomials that presented clinical, obstetric or neonatal complications were excluded. The sample consisted of 78 binomials, with an estimated prevalence of error in 10%. Data collection was performed in the period of 1 month, in the morning, afternoon, night and dawn hours. Data were obtained from the medical records of the postpartum women and NBs and by non-participant observation of the SSC practice at birth. The SSC practice was recorded at birth, its duration and interruption, as well as the accomplishment of the maternal breast latching in the 1 hour of life of the NB. Data were analyzed in a descriptive and inferential manner. Results: SSC was performed in 94.9% (n=74) of births, and 73% (n=54) of NBs remained less than 60 minutes in contact, of which 50% (n=27) for less than 15 minutes. The mean SSC duration was 29 minutes. The main reason for SSC discontinuation was the provision of routine care to NB. There was a significant difference in SSC time, with a longer duration in relation to the following variables: Apgar at the 5th minute with score 10 (p=0.003); perineal condition (women with intact perineum; p=0.022); births assisted by nurse-midwife (p=0.027); NB without upper airway aspiration (UAA) (p<0.001) and with application of vitamin K (p=0.048) and hepatitis B vaccine (p=0.030); neonatal care provided by a resident physician (p=0.028). The NBs that received UAA remained, on average, 27 minutes less in SSC. There was a significant difference, with a higher proportion of NBs with effective breast latching in the 1 hour of life in relation to the following variables: higher Apgar score at the 1st and 5th minutes (p=0.035 and p=0.009, respectively); without UAA (p=0.015); positioning in the mothers lap (p=0.011); professional help to perform the latching (p<0.001). The intact maternal perineum showed tendency in favor to effective breast latching (p=0.053). There was no significant association between the accomplishment of the latching, which occurred in 64.1% (n=50) of NBs, and the highest SSC time (p=0.142). Conclusion: SSC was performed in almost all births, but lasting less than 1 hour in most cases. The factors that have facilitated the SSC prolongation and the accomplishment of the maternal breast latching are related to good vitality at birth and perineal integrity. Birth care provided by nurse-midwives favors SSC. The professional help in latching the breast and the stay of NB in the mothers lap favor early breastfeeding, regardless of the SSC duration. The barriers to SSC and to the accomplishment of the latching are related to the routine neonatal care provided to NB during the 1 hour of life, especially the UAA.
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Predição do resultado perinatal em gestações trigemelares / Prediction of perinatal outcome in triplet pregnancies

Carolina Bastos Maia 11 June 2014 (has links)
O presente estudo tem como objetivo descrever a mortalidade perinatal em gestações trigemelares, e analisar os fatores preditores dos seguintes desfechos: número de crianças vivas no momento da alta hospitalar, nenhuma criança viva no momento da alta hospitalar (desfavorável) e pelo menos uma criança viva no momento da alta hospitalar (favorável). Realizado de forma retrospectiva, envolveu pacientes com gestações trigemelares que apresentavam três fetos vivos na primeira ultrassonografia realizada após 11 semanas, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), no período de 1998 a 2012. Foram incluídas 67 pacientes das quais 77,6% referiam concepção espontânea. Quanto à corionicidade, 49,2% eram tricoriônicas e 50,8% eram não tricoriônicas; 16,4% apresentavam antecedente clínico prévio à gestação e 49,2% eram nulíparas. Em relação às intercorrências, a incidência de complicações obstétricas e/ou clínicas na gestação foi de 52,2%, e de intercorrências fetais, 25,2%, dentre as quais: 13,4% mal formações, 7,5% sindrome da transfusão feto fetal (STFF), 5,9% óbito fetal (OF), 4,5% insuficiência placentária, 4,4% fetos unidos, 1,5% feto acárdico. A idade gestacional média do parto foi de 31,9 ± 3,1 semanas, dos quais 83,5% foram cesáreas. O peso médio dos recém-nascidos vivos de 1.683 ± 508 g. Em relação à discordância de peso ao nascer: 57% apresentaram até 20%, 23,2% entre 20 e 30% e 19,6% acima de 30%. A taxa de óbitos fetais foi de 31,7%o nascimentos (IC95%: 11,7 - 67,8) e a mortalidade perinatal 249%o nascimentos (IC95%: 189 - 317). O tempo médio de internação dos recém-nascidos, que foram de alta vivos, foi de 29,3 ± 24,7 dias. A predição dos desfechos foi investigada por meio de regressão logística \"stepwise\", e incluiu as seguintes variáveis: idade materna, paridade (nulípara ou um ou mais partos anteriores), antecedente clínico, idade gestacional do primeiro ultrassonografia no HCFMUSP, corionicidade (gestações tricoriônicas e gestações não tricoriônicas), presença de complicação obstétrica ou clínica durante a gestação, intercorrência fetal e idade gestacional do parto. O nível de significância estatística utilizado foi de 0,005. Foram fatores significativos para predição do número de crianças vivas no momento da alta hospitalar: presença de intercorrência fetal (OR 0,1, IC95%: 0,03 - 0,36; p < 0,001) e idade gestacional do parto (OR 1,55, IC95%: 1,31-1,85; p < 0,001). Para a predição dos desfechos favoráveis e desfavoráveis a idade gestacional do parto apresentou significância estatística (OR 1,84, IC95%: 1.26 - 2.7; p=0,002 e OR 0.54, IC 95%: 0.37-0.79; p=0.002, respectivamente) / The present study, involving triplet pregnancies, describes perinatal mortality and investigates predictors of the following outcomes: number of children alive, no child alive (unfavorable outcome) and at least one child alive (favorable outcome) at hospital discharge. It is a retrospective study involving triplet pregnancies with live fetuses at the first ultrasound scan, performed after 11 weeks of gestation, at the Department of Obstetrics and Gynecology, São Paulo University Medical School Hospital, between 1998 and 2012. Final sample included 67 women, 77.6% reported spontaneous conception. Regarding the chorionicity, 49.2% were trichorionic; 16.4% had a medical complication prior to pregnancy, and 49.2% were nulliparous. The incidence of obstetric and/or clinical complications during pregnancy was 52.2%, and fetal complications occurred in 25.2%, (13.4% of major fetal abnormalities, 7.5% twin-to-twin transfusion syndrome, 5.9% stillbirth, 4.5% placental insufficiency, 4.4% conjoined twins and 1.5% acardic twin). The average gestational age at delivery was 31.9 ± 3.1 weeks, and 83.5% were cesarean. The average birthweight was 1683 ± 508 g and birth weight discordance up to 20% occurred in 57% of the cases; 23,2% had 20 to 30% discordance and 19.6%, was greater than 30%. The rate of stillbirth was 31.7%o births (95%CI: 11.7 - 67.8) and the perinatal mortality was 249%o births (95%CI: 189 - 317). The average hospital stay was 29.3 ± 24.7 days amongst children that were discharged alive. Stepwise logistic regression analysis was used to investigate prediction according to: maternal age, parity (nuliparous/multiparous), prior clinical history, gestational age at the first ultrasound scan at HCFMUSP, pregnancy chorionicity (trichorionic/non trichorionic), occurrence of clinical and/or obstetric complications during pregnancy, occurrence of fetal complications and gestational age at delivery. Significance level was set at 0.05. The number of children alive at hospital discharge was correlated with the occurrence of fetal complications (OR 0,1, 95%IC: 0,03 - 0,36; p < 0,001) and gestational age at delivery (OR 1,55, IC95%: 1,31-1,85; p < 0,001). Whereas favorable and unfavorable outcome were associated with gestational age at delivery (OR 1.84, 95%CI: 1.26 - 2.7-; p=0,002 and OR 0.54, 95%CI: 0.37-0.79; p=0.002, respectively)
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Análise espacial da mortalidade perinatal no Vale do Paraíba - São Paulo - Brasil (2004-2008) / Spatial analysis of perinatal mortality in the Paraiba Valley, Sao Paulo, Brazil (2004-2008)

Adriana de Oliveira Mukai 12 September 2012 (has links)
OBJETIVO: Visualizar padrões espaciais de mortalidade perinatal e identificar os municípios com prioridade para intervenção no Vale do Paraíba, São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Trata-se de estudo ecológico e exploratório utilizando técnica de geoprocessamento com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde sobre mortalidade perinatal no Vale do Paraíba nos anos de 2004 a 2008. Foram obtidas taxas por 1.000 nascimentos e, a partir das distribuições dessas, foram criados mapas temáticos. Foi utilizado o índice de Moran, que estima autocorrelação espacial e foram identificados os municípios com alta prioridade de intervenção pelo diagrama de espalhamento de Moran, representado em forma de box map. Foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman para estudar a variável social IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social) dos municípios estudados e o coeficiente de mortalidade perinatal. RESULTADOS: No período estudado foram incluídos 141.293 nascidos vivos, com 2244 óbitos perinatais, coeficiente médio de mortalidade de 20,4 (DP 6,8) e mediana de 18,9. O índice de Moran identificou dependência espacial entre os municípios analisados quanto à mortalidade neonatal precoce (p < 0,05), sendo que para a mortalidade fetal e perinatal não houve significância estatística, apesar do mapa de distribuição espacial do coeficiente de mortalidade perinatal ter identificado um aglomerado de municípios com coeficientes mais elevados. Nas variáveis estudadas observamos contribuição maior da gestação na adolescência na mortalidade perinatal. Foram identificados cinco municípios com alta prioridade para intervenções. CONCLUSÃO: A análise espacial foi um instrumento útil para identificar os municípios onde há necessidade de intervenção em relação à mortalidade perinatal / OBJECTIVE: This study aims to analyze spatial standards of perinatal mortality and identify the priority cities for intervention in the Paraiba Valley, state of Sao Paulo, Brazil. METHODS: This is an ecological and exploratory study using a technique of geoprocessing with data of the Informatics Department of the Single Health System on perinatal mortality in the years of 2004 to 2008. Rates per 1000 births were obtained and, starting from the distribution of these rates, thematic maps were created. The global Moran index, which estimates the spatial autocorrelation was used, and the cities with high priority for intervention were identified according to the Moran scattering diagram, represented in box map. The Spearman correlation coefficient was used to study the socioeconomic variable IPRS (Social Responsibility Index of Sao Paulo State) of the cities studied and the perinatal mortality coefficient. RESULTS: During the study period, 141.293 live births were included, with 2244 perinatal deaths, with average coefficient of 20,4 and median of 18,9. The global Moran index was 0,24 (p < 0,05) for early neonatal mortality, demonstrating a spatial autocorrelation among the cities for these coefficient, while fetal and perinatal mortality have no statistical significance, despite the spatial distribution map of perinatal mortality coefficient have identified a cluster of cities with higher coefficients. In the variables studied, we observed a greater contribution of the variable adolescent pregnant. Five cities deserving special attention for future interventions were identified. CONCLUSIONS: The spatial analysis was a useful tool in identifying the cities in which an intervention is necessary regarding the perinatal mortality
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Efeitos dos frutos da Solanum lycocarpum St. Hil. em ratas prenhes e sua prole durante a gestação e início da lactação: alterações na esfera reprodutiva e na atividade dos sistemas monoaminérgicos centrais / Solanum lycocarpum St. Hil unripe fruit effects in pregnant rats and offspring: alterations in reproductive and central monoaminergic systems

Aline Schwarz 11 November 2005 (has links)
A Solanum lycocarpum St. Hil (Solanaceae) é uma planta nativa do cerrado brasileiro, cujos frutos possuem os glicoalcalóides esteroidais solasonina e solamargina. É possível que a ingestão de frutos que contenham esses glicoalcalóides possam interferir no equilíbrio do sistema endócrino. O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar os possíveis efeitos tóxicos provenientes da ingestão diária de frutos verdes da S. lycocarpum (10% na ração) por ratas prenhes, a partir do 6° dia da gestação (DG 06) ao 7° dia pós-natal (PN 07). Os princípios ativos isolados dos frutos da planta mostraram a presença de 0,6% de solamargina e 0,9% de solasonina. A exposição das mães à planta alterou alguns parâmetros do desempenho reprodutivo; foram observados redução tanto do peso como do comprimento corporal das ninhadas experimentais ao nascimento, um ou dois filhotes mortos ao nascimento em 20% das ninhadas experimentais e menor capacidade em adquirir peso do nascimento à vida adulta. A prole experimental adulta fêmea apresentou degeneração de células epiteliais uterinas no dia PN 60, não sendo mais observada esta alteração no dia PN 90. A avaliação do comportamento sexual de fêmeas (PN 10O) mostrou redução do coeficiente de lordose das fêmeas experimentais quando comparado com o coeficiente de lordose das fêmeas do grupo controle. Na prole experimental masculina (PN 60 e PN 90) observou-se importante degeneração de células germinativas dos duetos testiculares. Por outro lado, o comportamento sexual desta prole não mostrou-se alterado. Na avaliação de neuroaminas cerebrais, a prole feminina apresentou maior atividade do sistema noradrenérgico estriatal, caracterizada por redução dos níveis de noradrenalina, sem alteração dos níveis de seu metabólito ácido vanilmandélico (VMA), e reduzida atividade do sistema serotoninérgico hipotalâmico, caracterizada por elevação dos níveis de serotonina (5-HT) sem alteração dos níveis de seu metabólito ácido 5-hidroxiindolacético (5 HIAA). Os filhotes machos apresentaram concentrações reduzidas de noradrenalina, VMA e ácido homovanílico (HV A). Ambos, machos e fêmeas, apresentaram níveis estriatais diminuídos de dopamina e seu metabólito ácido dihidroxifenilacético (DOPAC), sem, contudo, alterar a atividade do sistema dopaminérgico. Não foram observadas alterações hormonais tanto nas mães, quanto na prole, avaliadas por meio da mensuração não invasiva de metabólitos dos hormônios progesterona, estradiol e testosterona nas fezes. Estes dados tomados em conjunto indicam que a planta promoveu leve toxicidade materna e apresentou leve efeito fetotóxico. A avaliação das proles do nascimento à vida adulta indicou ainda que os glicoalcalóides esteroidais presentes nos frutos provocaram efeitos diferenciados nas proles feminina e masculina e possivelmente apresentam atividade estrogênica. / Solanum lycocarpum St. Hil (Solanaceae) is a native shrub of the Brazilian savanna. The fruits contain steroidal glycoalkaloids, solasonine and solamargine, that can disrupt the endocrine system once in the body by ingestion of S. lycocarpum fruit. The present study was performed in order to determine the possible toxic effects of S. lycocarpum fruit ingestion (10% added in the diet) by pregnant rats from gestation day (GD) 06 to post-natal day (PND) 07. The unripe fruits employed contain 0.021 % of solamargine and 0.031 % of solasonine. S. lycocarpum 10% in the diet, during pregnancy and beginning of lactation, did not impair gestation but alterations in some parameters of the reproductíve performance were observed: lower body weight and body size of the experimental litters at PND 01, one or two stillbirths were observed in 20% of the experimental litters and reduced weight gain of the pups from birth to adulthood. Female offspring (PN 60) presented reversible uterine epithelial cel! degeneration, and at PND 100, presented impaired sexual behavior caracterized by reduced lordosis quotient. Male offspring (PN 60 and PND 90) showed irreversible degeneration of testis germinative cells and normal sexual behavior. The central neuroamine systems avaliation presented, in the female exposed offspring, increased activity of striatal norepinephrine system, with reduced levels of norepinephrine (NOR) and normal levels of vanilmandelic acid (VMA), and reduced activity of the hypothalamic serotoninergic system, with increased serotonin (5-HT) and normal 5-hydroxindolacetic acid (5-HIAA) levels. Exposed male offspring presented reduced hypothalamic NOR, VMA and homovanilic acid (HV A) levels, and both males and females presented striatal dopamine (DA) and dihydroxylphenylacetic acid (DOPAC) reduced levels, without alterations in the activity of the dopaminergic system. The sexual hormones were also evaluated by a non invasive method with feces extraction. However no alterations were observed in progesterone, estradiol and testosterone metabolite levels in dams and offspring feces. Present data showed light maternal toxicity and light fetotoxic effects. The evaluation of the offspring from birth to adult age indicate that the steroidal glycoalkaloids present in the fruit act by different ways in male and female fetuses, and perhaps presents estrogenic activity.
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Improving quality of perinatal care through clinical audit a study from a tertiary hospital in Dar es Salaam, Tanzania /

Kidanto, Hussein L, January 2009 (has links)
Diss. (sammanfattning) Umeå : Umeå universitet, 2009. / Härtill 4 uppsatser. Även tryckt utgåva.
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Psycho-socio-spirituální péče porodní asistentky o ženu po perinatální ztrátě / Midwifery psycho-socio-spiritual care for a woman after perinatal loss

RATISLAVOVÁ, Kateřina January 2015 (has links)
The dissertation discusses theis sues of psycho-socio-spiritual care of midwives for a woman after perinatal loss and is mainly focused on interventions that help building an attitude towards perinatal loss (farewell rituals with a baby, collection of mementos) and their influence on grieving process of women after perinatal loss. The objective of the empirical part of the study was to thoroughly describe the experiences of Czech women with parting with a child after perinatal death and investigate the impact of this experience on the grieving process after the perinatal loss. Thesub-objective of the thesis was to validate the Czech version of the Perinatal Grief Scale. We used a mixed methods research design to fulfill the dissertation's objectives. The analyses of qualitative and quantitative data were performed separately and integrated during the interpretation of research findings. The study sample comprised of total 102 women who experienced perinatal loss. The detailed description of experience of Czech women with interventions related to parting with the deceased child was dominated by the decision making process of women about farewell rituals (seeing and holding the baby, receive mementos of it). The key factors that influenced the decision making process were classified as internal (the need of the woman to get to know her child, doubt and fear of contact) and external (emotional support, information provided and a relationship with the midwife/ attending doctor) during our research. The research proved a significant influence of the independent decision of the woman about the contact with her deceased child on the intensity of grief. Grief of women who decided on their own and were confident about their decision was statistically less severe than grief of women whose decision was made by the medical personnel instead. We were checking the intensity of grief of women after perinatal loss using the newly validated Perinatal Grief Scale instrument that can be used as a single factor scale in the Czech Republic. Reliability of the research instrument was established using Cronbach alpha coefficient (? = 0.9545) and indicated high reliability. The outcomes of the mixed research point towards necessary changes in the psycho-social care of midwives for women after perinatal loss.

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