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A outra face do pessimismo: entre radicalidade ascética e sabedoria de vida / The other side of pessimism: between ascetic radicalism and wisdom of life

Debona, Vilmar 17 December 2013 (has links)
Esta tese consiste numa interpretação da relação da eudemonologia e da filosofia prática com a ética desinteressada, com o pessimismo metafísico e com o ascetismo em Schopenhauer. Para tanto, o presente estudo assume a ótica da caracterologia schopenhaueriana e apresenta uma tentativa de resposta para a questão de como seria possível acomodar, por exemplo, uma arte de ser feliz diante de um pessimismo radical. Trata-se, sobretudo, de uma leitura da natureza da ética e do pessimismo quando estes são tomados sob o ponto de vista empírico-prático. Afinal, se Schopenhauer reconheceu na negação espontânea da vontade a única via de redenção do mundo intrinsecamente egoísta e doloroso, ele também se deteve numa teoria da felicidade em termos de sabedoria de vida e de prudência. Para tratar da questão, este trabalho i) empreende uma análise pormenorizada da noção de caráter (Charakter), tal como este se faz presente nas principais fases de produção do pensador - tanto a partir das obras publicadas, quanto dos manuscritos póstumos -, ii) enfatiza a preocupação do filósofo em estabelecer um desvio da metafísica para abordar sua eudemonologia frente à perspectiva superior de sua metafísica, e iii) defende que as esferas empírica e metafísica desta filosofia, apesar de apresentarem propósitos diversos, são suplementares. As distinções entre o que denomino de grande ética e de pequena ética e entre o que denomino de pessimismo metafísico e pessimismo pragmático - novidade propriamente dita deste estudo - permitiriam entender esta suplementaridade. Em ambas as diferenciações, a noção de caráter proporciona uma peculiar sutura entre as perspectivas metafísica (filosofia teorética) e empírica (filosofia prático-pragmática) deste pensamento: se os conceitos de caráter inteligível e de caráter empírico são centrais sob o viés metafísico da ética da compaixão e do ascetismo (tratados nos capítulos 1 e 2), a noção de caráter adquirido é fulcral na esfera da sabedoria de vida e da filosofia prática (tratada nos capítulos 3 e 4). Da mesma forma, se as ideias de negação imediata da vontade, de rompimento com a ilusão dos fenômenos e de supressão do caráter (Aufhebung des Charakters) compõem a esfera da metafísica da ética, as noções de ética da melhoria (bessernde Ethik), de motivações mediatas, de educação do intelecto (ativo), de ponderação (Überlegung) e de moral do como se (Als-Ob) configuram a dimensão empírica desta mesma ética. Pelo reconhecimento dessas duas perspectivas de consideração da ação e da existência humanas, o pensamento schopenhaueriano não se reduziria, ao contrário do que a doxografia e a historiografia geralmente apresentam, a um pessimismo metafísico e quietista; ou, no âmbito da ética, à radicalidade de uma ordem de salvação acessível a poucos. Isso, tão pouco, admitiria uma passagem do pessimismo a um otimismo, mas permitiria a constatação de uma face do pessimismo que não se restringe aos extremos de afirmação ou de negação da vontade. / This thesis consists of an interpretation of the relationship between eudemonology and practical philosophy with uninterested ethics, with metaphysical pessimism and asceticism in Schopenhauer. Therefore, this study takes the Schopenhauerian perspective of characterology and presents a tentative answer to the question of how it could be possible to accommodate\", for example, an \"art of being happy\" before a radical pessimism. Its about, above all, a reading of the nature of ethics and pessimism when they are taken from the practical-empiric point of view. After all, if Schopenhauer recognized in spontaneous denial of the will the only way of redemption of the inherently selfish and hurtful world, he also stopped himself in a theory of happiness in terms of wisdom of life and prudence. To address the issue, this paper i) undertakes a detailed analysis of the notion of character (Charakter), as it is present in the main stage production of the thinker - both from published works, and the posthumous manuscripts -, ii) emphasizes the philosophers concern in establishing a \"metaphysics deviation\" to address theireudemonology front their top perspective metaphysics, and iii) argues that the empirical and metaphysical spheres of this philosophy, despite having different purposes, are supplementary. The distinctions between what I call great ethics and small ethics and between metaphysical pessimism and pragmatic pessimism - novelty of this study itself - would permit understanding this supplementarity. In both differentiations, the notion of character provides a peculiar suture between the metaphysical perspective (theoretical philosophy) and empirical perspective (practical-pragmatic philosophy) this thought: if the concepts of intelligible character and empirical character are central under the ethics of compassion and asceticism metaphysical bias (covered in Chapters 1 and 2), the notion of acquired character is essential in the sphere of life wisdom and practical philosophy (addressed in Chapters 3 and 4). Likewise, if the ideas of immediate denial of the will, disruption of the illusion of phenomena and character suppression (Aufhebung des Charakters) make up the sphere of ethical metaphysics, the notions of \"ethical improvement\" (bessernde Ethik), mediate motivations, education of the intellect (active), deliberation (Überlegung) and the \"as if\" moral (Als-Ob) configure the empirical dimension of this same ethic. By recognizing these two perspectives of human action and existence consideration, the Schopenhauer thought wouldnt reduce, on the contrary to what the doxography and the historiography generally present, to a metaphysical and quietist pessimism; or, in the ethics scope, to the radical \"order of salvation\" accessible to few. That would barely admit a passage from pessimism to \"optimism\", but would allow the finding of a \"side\" of pessimism that is not restricted to the extremes of affirmation or denial of the will.
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"Tentativa de autocrítica" : arte e moralidade em o nascimento da tragédia / Lean Carlo Bilski ; orientador, Antonio Edmilson Paschoal

Bilski, Lean Carlo January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2011 / Bibliografia: f. 154-159 / Em 1886, Nietzsche elabora o prefácio à segunda edição de O nascimento da tragédia, intitulado Tentativa de autocrítica. O intervalo de mais de 14 anos entre os dois escritos e a verve provocativa presente em toda a Autocrítica suscitaram e ainda hoje sus / In 1886, Nietzsche elaborates the preface to the second edition of The birth of tragedy, entitled Attempt at self-criticism. The range of more than 14 years between the two written and the provocative verve present throughout the Self-criticism raise, eve
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Ascensão em queda livre

Esper, Lúcio 04 October 2012 (has links)
Abstract: Ascension in Free Fall: Augusto dos Anjos and the Infernalization of the World. This study propounds a reading of Augusto dos Anjos's Eu e Outras Poesias [I and Other Poems] based on the mapping of the main philosophic, scientific and esthetic influences that were the foundation of the author's pessimistic and decaying world vision. These influences came predominantly from Europe, and it can be said that the poet synthesizes in his works the cultivated mentality at the turn of the XIX to XX century, where converge various streams of thought which in principle appear as absolutely antagonics: some scientific lines (represented by the evolutionism of Charles Darwin and Herbert Spencer and by the biological monism of Ernst Haeckel), and the irrationalism (represented by the philosophy of will of Arthur Schopenhauer and Friedrich Nietzsche). In Augusto's works, both lines of thought co-exist, not harmonically, but dialectically. Besides this initial mapping, it was necessary to describe and to analyze some of the principal thematic and imaginative elements, the original stylistic resources, and the most important and characteristic esthetic procedures present in his works. In general this, study aims at finding, in the fragmented composition of the poetic pieces, an architecture that is sustained upon three specific pillars that reaffirm poet's depreciative conception of human existence, which are: the animalization of man, the carnalization of God, and the infernalization of the world. This afflicted vision of an indifferent or even hostile universe where human beings live characterizes the cosmogonie perspective of the Augustinian poetry and has as its origin the pessimistic philosophy of Schopenhauer. The ethical and esthetical grounds of Augusto's work are also influenced by Schopenhauer's compassionate ethics allied with his idea that the only possibility of human redemption must be found in the artistic manifestation and the denial of the will. Therefore, Augusto dos Anjos in his profoundly philosophic poetry and in his extremely lucid conception of world, constructs an opus dominated by the tragic feeling of existence, where the artistic catharsis appears as the principal way of overcoming the limitations and suffering of the human condition and of achieving spiritual elevation and serene wisdom.
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Os conceitos de vontade e representação no entendimento do mundo segundo Arthur Schopenhauer.

Silva, Antunes Ferreira da 19 September 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Arquivototal.pdf: 404618 bytes, checksum: 7478f1ecc220c20fee27f99bfacf2d86 (MD5) Previous issue date: 2011-09-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present dissertation consists in a research theoretical and bibliographical about the concepts of will and representation in understanding of the world, In order to demonstrate the connection between the concept of Will and the pessimistic aspect of philosophy by Schopenhauer, and between the concept of representation and the singular possibility of quieting the suffering generated by Will, this work is supported by the writings of the author himself and some commentators therefore was constructed as a dialogue with the philosopher on his theory, a bibliographic analysis thereof. The world is divided in two realities: the noumenal, the thing itself, a blind force, named Will, and the phenomenal, the subjective representations made by the the knowing subject. The noumenal reality, the Will, in humans causes a cycle of desires never satiated and prevent them from being happy. Schopenhauer's pessimism is sustained in the concept of Will. However, a state of bliss can be achieved, since we subdue the will to knowledge by the aesthetic contemplation , which abstracts the man momentarily from suffering; from compassion, which makes the individual forms disappear, making the man understand the other as himself, and finally through the asceticism, which mortifies definitely the Will, suppressing the material desires and bodily. Therefore, the possibility of a Blessed life, always singular, can only be achieved by the singularity existing in concept of representation. / A presente dissertação constitui-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica acerca dos conceitos de Vontade erepresentação no entendimento do mundo, segundo o pensamento do filósofo voluntarista Arthur Schopenhauer. No intuito de explicitar a conexão existente entre o conceito de Vontade e o aspecto pessimista da filosofia schopenhaueriana, e entre o conceito de representação e a possibilidade singular de aquietar o sofrimento gerado pela Vontade, este trabalho apóia-se nos escritos do próprio autor e de alguns comentaristas, portanto foi construído como um diálogo com o filósofo sobre sua teoria, uma análise bibliográfica do mesmo. Segundo o pensador alemão, o mundo é dividido em duas realidades: a numênica, a coisa em si, uma força cega, denominada Vontade; e a fenomênica, as representações subjetivas realizadas pelo sujeito cognoscente. A realidade numênica, a Vontade, provoca nos humanos um ciclo de desejos jamais saciados e que os impedem de ser felizes. O pessimismo schopenhaueriano sustenta-se, então, no conceito de Vontade. Entretanto, um estado de beatitude pode ser alcançado, desde que subjuguemos a Vontade ao conhecimento por meio da contemplação estética, que abstrai o homem momentaneamente do sofrimento; da compaixão, que faz desaparecer as formas individuais, fazendo o homem compreender o outro como a si; e, finalmente, por meio da ascese, que mortifica definitivamente a Vontade, suprimindo os desejos materiais e corporais. Portanto, a possibilidade de uma vida beata, sempre singular, só pode ser alcançada mediante a singularidade existente no conceito de representação.
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Labirintos do nada: a crítica de Nietzsche ao niilismo de Schopenhauer / Nothing\' s labyrinth: Nietzsche\'s critic to the Schopenhauer\' s Nihilism

Jarlee Oliveira Silva Salviano 12 March 2007 (has links)
As filosofias da Vontade de Arthur Schopenhauer e Friedrich Wilhelm Nietzsche apresentam duas posturas antagônicas em relação ao sentido da vida. Em ambos a vida deve ser explicada como a expressão de uma força cega e irracional, tornando-se sinônimo de dor e sofrimento - contudo, a reação de cada um diante deste achado filosófico do século XIX os coloca em caminhos contrários. No elogio schopenhaueriano da negação da vontade, da fuga ascética em direção ao Nada, Nietzsche encontra o antípoda de sua filosofia, o niilismo passivo contra o qual propõe o niilismo ativo da afirmação do Eterno retorno. / Arthur Schopenhauer and Friedrich Wilhelm Nietzsche\'s philosophies of Will present two contrary positions in relation to the sense of life. In both cases life should be explained as an expression of blind and irrational force, becoming a synonym of pain and suffering - nevertheless, the reaction of each in the face of this philosophic finding of the XIX century, places them in opposing paths. In the Schopenhaueran commendation to the denial of will, of self-denying escape in the direction of Nothing, Nietzsche finds the opposite to his philosophy, passive nihilism against which he proposes active nihilism of the affirmation of the Eternal return.
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A outra face do pessimismo: entre radicalidade ascética e sabedoria de vida / The other side of pessimism: between ascetic radicalism and wisdom of life

Vilmar Debona 17 December 2013 (has links)
Esta tese consiste numa interpretação da relação da eudemonologia e da filosofia prática com a ética desinteressada, com o pessimismo metafísico e com o ascetismo em Schopenhauer. Para tanto, o presente estudo assume a ótica da caracterologia schopenhaueriana e apresenta uma tentativa de resposta para a questão de como seria possível acomodar, por exemplo, uma arte de ser feliz diante de um pessimismo radical. Trata-se, sobretudo, de uma leitura da natureza da ética e do pessimismo quando estes são tomados sob o ponto de vista empírico-prático. Afinal, se Schopenhauer reconheceu na negação espontânea da vontade a única via de redenção do mundo intrinsecamente egoísta e doloroso, ele também se deteve numa teoria da felicidade em termos de sabedoria de vida e de prudência. Para tratar da questão, este trabalho i) empreende uma análise pormenorizada da noção de caráter (Charakter), tal como este se faz presente nas principais fases de produção do pensador - tanto a partir das obras publicadas, quanto dos manuscritos póstumos -, ii) enfatiza a preocupação do filósofo em estabelecer um desvio da metafísica para abordar sua eudemonologia frente à perspectiva superior de sua metafísica, e iii) defende que as esferas empírica e metafísica desta filosofia, apesar de apresentarem propósitos diversos, são suplementares. As distinções entre o que denomino de grande ética e de pequena ética e entre o que denomino de pessimismo metafísico e pessimismo pragmático - novidade propriamente dita deste estudo - permitiriam entender esta suplementaridade. Em ambas as diferenciações, a noção de caráter proporciona uma peculiar sutura entre as perspectivas metafísica (filosofia teorética) e empírica (filosofia prático-pragmática) deste pensamento: se os conceitos de caráter inteligível e de caráter empírico são centrais sob o viés metafísico da ética da compaixão e do ascetismo (tratados nos capítulos 1 e 2), a noção de caráter adquirido é fulcral na esfera da sabedoria de vida e da filosofia prática (tratada nos capítulos 3 e 4). Da mesma forma, se as ideias de negação imediata da vontade, de rompimento com a ilusão dos fenômenos e de supressão do caráter (Aufhebung des Charakters) compõem a esfera da metafísica da ética, as noções de ética da melhoria (bessernde Ethik), de motivações mediatas, de educação do intelecto (ativo), de ponderação (Überlegung) e de moral do como se (Als-Ob) configuram a dimensão empírica desta mesma ética. Pelo reconhecimento dessas duas perspectivas de consideração da ação e da existência humanas, o pensamento schopenhaueriano não se reduziria, ao contrário do que a doxografia e a historiografia geralmente apresentam, a um pessimismo metafísico e quietista; ou, no âmbito da ética, à radicalidade de uma ordem de salvação acessível a poucos. Isso, tão pouco, admitiria uma passagem do pessimismo a um otimismo, mas permitiria a constatação de uma face do pessimismo que não se restringe aos extremos de afirmação ou de negação da vontade. / This thesis consists of an interpretation of the relationship between eudemonology and practical philosophy with uninterested ethics, with metaphysical pessimism and asceticism in Schopenhauer. Therefore, this study takes the Schopenhauerian perspective of characterology and presents a tentative answer to the question of how it could be possible to accommodate\", for example, an \"art of being happy\" before a radical pessimism. Its about, above all, a reading of the nature of ethics and pessimism when they are taken from the practical-empiric point of view. After all, if Schopenhauer recognized in spontaneous denial of the will the only way of redemption of the inherently selfish and hurtful world, he also stopped himself in a theory of happiness in terms of wisdom of life and prudence. To address the issue, this paper i) undertakes a detailed analysis of the notion of character (Charakter), as it is present in the main stage production of the thinker - both from published works, and the posthumous manuscripts -, ii) emphasizes the philosophers concern in establishing a \"metaphysics deviation\" to address theireudemonology front their top perspective metaphysics, and iii) argues that the empirical and metaphysical spheres of this philosophy, despite having different purposes, are supplementary. The distinctions between what I call great ethics and small ethics and between metaphysical pessimism and pragmatic pessimism - novelty of this study itself - would permit understanding this supplementarity. In both differentiations, the notion of character provides a peculiar suture between the metaphysical perspective (theoretical philosophy) and empirical perspective (practical-pragmatic philosophy) this thought: if the concepts of intelligible character and empirical character are central under the ethics of compassion and asceticism metaphysical bias (covered in Chapters 1 and 2), the notion of acquired character is essential in the sphere of life wisdom and practical philosophy (addressed in Chapters 3 and 4). Likewise, if the ideas of immediate denial of the will, disruption of the illusion of phenomena and character suppression (Aufhebung des Charakters) make up the sphere of ethical metaphysics, the notions of \"ethical improvement\" (bessernde Ethik), mediate motivations, education of the intellect (active), deliberation (Überlegung) and the \"as if\" moral (Als-Ob) configure the empirical dimension of this same ethic. By recognizing these two perspectives of human action and existence consideration, the Schopenhauer thought wouldnt reduce, on the contrary to what the doxography and the historiography generally present, to a metaphysical and quietist pessimism; or, in the ethics scope, to the radical \"order of salvation\" accessible to few. That would barely admit a passage from pessimism to \"optimism\", but would allow the finding of a \"side\" of pessimism that is not restricted to the extremes of affirmation or denial of the will.
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A poesia de Giacomo Leopardi e suas traduções brasileiras: temas e problemas / Giacomo Leopardi\'s poetry and its brazilian translations: issues and problems

Roberta Regina Cristiane Belletti 18 August 2010 (has links)
A presente pesquisa tem como finalidade apresentar uma leitura da obra poética de Giacomo Leopardi, com um olhar atinente à estilística. A fim de abrir horizontes, no sentido de novas pesquisas e perspectivas da poética leopardiana, escolheu-se fazer um cotejo entre poemas selecionados e as suas traduções em língua portuguesa do Brasil, paralelamente, de modo que a análise estilística, feita em etapas, contribua para mostrar o sentido presente no texto poético, sentido esse que pode estar alterado na versão traduzida. Quatro foram os poemas escolhidos: Il passero solitario, Linfinito, Canto notturno di un pastore errante dellAsia e La ginestra, o il fiore del deserto, representando um conceito que circula há tempo, mas que se acredita manter a sua importância, referente às fases do pessimismo leopardiano: individual, histórico, cósmico e heroico. / The present study is to present a reading of the poetry of Giacomo Leopardi, with a look regards on the stylistic. In order to open horizons to new research and perspectives of Leopardi´s poetry we chose to make a comparison between the selected poems and their translations into Portuguese of Brazil, in parallel, so that the stylistic analysis, done in stages contributes to show the sense in this poetic text, meaning that it can be altered in the translation. Four poems were chosen: Il passero solitario, Linfinito, Canto notturno di un pastore errante dellAsia e La ginestra, o il fiore del deserto, representing a concept that circulate for some time, but believed to remain important, on stages of Leopardi´s pessimism: individual, historical, cosmic and heroic.
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O retorno do discurso religioso em Arthur Schopenhauer como expressão da limitação metafísica

Petrich, Lademir Renato 28 February 2012 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-19T18:28:27Z No. of bitstreams: 1 lademirrenatopetrich.pdf TESE.pdf: 753889 bytes, checksum: 53aab563f1e0f89e474c1d19f93544e6 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-01T19:25:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 lademirrenatopetrich.pdf TESE.pdf: 753889 bytes, checksum: 53aab563f1e0f89e474c1d19f93544e6 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-01T19:25:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 lademirrenatopetrich.pdf TESE.pdf: 753889 bytes, checksum: 53aab563f1e0f89e474c1d19f93544e6 (MD5) Previous issue date: 2012-02-28 / A filosofia pós-kantiana viu-se no desafio de solucionar as dualidades oriundas da Crítica da Razão Pura e dar ao projeto crítico um aspecto positivo. Arthur Schopenhauer está inserido neste contexto, considerando a si mesmo o genuíno herdeiro de Kant e o único capaz de dar continuidade ao projeto crítico. Apoiando-se na primeira edição da Crítica, Schopenhauer se utiliza da distinção kantiana entre fenômeno e coisa-em-si para decifrar o “enigma do mundo”. A conclusão a que chega é a de que o mundo somente é compreendido a partir de duas verdades complementares: do ponto de vista gnosiológico, o mundo é representação; do ponto de vista metafísico, o mundo é Vontade. A Vontade se espelha no mundo objetivandose em inúmeros graus na natureza, dos quais o ser humano é sua cópia mais perfeita. É também no ser humano que a Vontade toma consciência de si e se descobre como fonte infindável de desejos, sendo a raiz de todo conflito e de todo sofrimento (é o pessimismo metafísico). É preciso haver uma redenção! A libertação é possível naqueles que têm o “conhecimento melhor”, de forma parcial na contemplação estética e definitivamente na negação da Vontade. No processo de descrição de seu sistema filosófico, Schopenhauer define o que pensa sobre as religiões e suas doutrinas. As religiões somente existem porque a maioria esmagadora da humanidade não tem capacidade filosófica. A estas pessoas é preciso uma linguagem mitológica e alegórica, típica das religiões. Neste sentido, as religiões se justificam em seu aspecto prático-consolatório, ficando em aberto a pergunta se seus benefícios compensam seus malefícios. Algo inusitado, no entanto, acontece quando Schopenhauer descreve o estado da negação da Vontade. Ao se chegar ao “nada”, Schopenhauer diz que é melhor remeter à linguagem dos santos e místicos do que elaborar um discurso filosófico com palavras fracas e débeis. Por que novamente recorrer à linguagem mitológica e alegórica? A explicação mais recorrente afirma que a metafísica de Schopenhauer, por se tratar de uma metafísica imanente (metafísica hermenêutica ou hermenêutica da existência), fica sem qualquer ponto de referência para elaborar um discurso no estado da negação da Vontade, pois para além do ser é impossível qualquer descrição da coisa-em-si. Apesar desta explicação ser bastante consistente, esta tese defende a hipótese de que a ausência de linguagem na negação da Vontade não é decorrente do ponto de chegada, o “nada”, mas sim do ponto de partida, que é o acesso metafísico. Schopenhauer chega ao conceito metafísico da Vontade através da autoconsciência do sujeito volitivo que se percebe como “querer”, sendo o desejo toda a sua essência. Porém, para as religiões o querer, tal qual descrito por Schopenhauer, é apenas a expressão do “ego” e não do “eu”. O “eu” em sua plenitude absorve todas as dualidades: querer/não querer; bem/mal; egoísmo/compaixão; etc. Desta forma, a porta de acesso à coisa-em-si está fragmentada em Schopenhauer, de maneira que a redenção precisou entrar “voando” em seu sistema filosófico e o tradicional problema do mal se transformou no “problema do bem”. / The post-Kantian philosophy found itself at the challenge of solving the dualities arising from the Critique of Pure Reason and give the project a critical positive. Arthur Schopenhauer is inserted in this context, considering himself the true heir of Kant and the only one capable of continuing the critical project. Building on the first edition of the Critique, Schopenhauer uses the Kantian distinction between phenomenon and thing in itself to crack the "enigma of the world." The conclusion reached is that the world is understood only from two complementary truths: the epistemological point of view, the world is representation, from the metaphysical point of view, the world is Will. Will you look to the objective world into numerous degrees in nature, of which the human being is more perfect your copy. It is also the human being that Will becomes conscious of itself and unfolds as a source of endless desires, being the root of all conflict and all suffering (it is the metaphysical pessimism). There must be a redemption! The release is possible in those who have the "know better", partially in aesthetic contemplation and definitely in denial of the Will. In the process of describing his philosophical system, Schopenhauer defines what you think about religions and their doctrines. Religions exist only because the overwhelming majority of humanity has no philosophical capacity. These people need a mythological and allegorical language, typical of religions. In this sense, religion justified in its practical aspect, consolatory, leaving open the question whether their benefits outweigh their harms. Something unusual, however, happens when Schopenhauer describes the state of denial of the will. When you get to "nothing," Schopenhauer says it is better to refer to the language of the saints and mystics that elaborating a philosophical discourse with words weak and feeble. Why again resort to mythological and allegorical language? The applicant contends that explanation of Schopenhauer's metaphysics, because it was an immanent metaphysics (hermeneutics metaphysics or hermeneutics of existence) is no point of reference for preparing a speech on the state of denial of the will, because beyond being is impossible for any description of the thing in itself. Although this explanation is quite consistent, this thesis is the hypothesis that the absence of language in the denial of the will is not due to the arrival point, "nothing", but the starting point, that access is metaphysical. Schopenhauer comes to the metaphysical concept of the Will through the subject's volitional self that is perceived as "wanting", and desire all its essence. However, for religions to will, as described by Schopenhauer, is just the expression of "self" and not "I". The "I" in its fullness absorbs all dualities: wanting/not wanting, good/evil, egoism/compassion, etc.. Thus, the access door to the thing in itself is fragmented in Schopenhauer, so that redemption had come "flying" in his philosophical system and the traditional problem of evil has become the "good problem".
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Nietzsche e a transfiguração do pessimismo schopenhaueriano : a concepção de filosofia trágica / The Nietzsche's Socrates : the conception of tragic philosophy

Paula, Wander Andrade de, 1984- 08 September 2013 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-23T15:03:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paula_WanderAndradede_D.pdf: 3265487 bytes, checksum: 61445c14774bc49d5f54d357be5e7a92 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Esta tese de doutoramento tem como objetivo central tratar do tema do pessimismo (Pessimismus) na filosofia de Friedrich Nietzsche, por meio de uma análise detalhada do percurso argumentativo seguido pelo autor em seu pensamento. A tese geral da qual se parte é a de que o conceito de pessimismo é estabelecido na tradição filosófica por Arthur Schopenhauer, e que, precisamente por essa razão, ele se torna um dos interlocutores privilegiados das reflexões de Nietzsche. Para demonstrá-la, o esforço do presente trabalho concentrar-se-á em duas frentes: (i) analisar o propósito com que Schopenhauer cria um sistema de pensamento imanente, amparado na noção de vontade (Wille), e em que medida ele fornece sustentação filosófica à sua tese de que não há justificação (Rechtfertigung) para a existência; (ii) problematizar o modo com que Nietzsche recebe tal pensamento, discutir o seu desenvolvimento ao longo da obra do filósofo e, por fim, traçar as diretrizes de seu projeto de transfiguração (Transfiguration, Verklärung, Verwandlung) do pessimismo. Duas noções chave serão utilizadas paralelamente para demonstrar esse processo de criação e desenvolvimento do significado do pessimismo na filosofia de Nietzsche, como o título deixa evidenciar: transfiguração e trágico (Tragische) / Abstract: This doctoral thesis focuses on the way how the theme of pessimism (Pessimismus) is dealt with in Nietzsche's philosophy, by a detailed analysis of the argumentative route followed by the author in his thought. The starting point is the general thesis that Arthur Schopenhauer establishes the concept of pessimism in the philosophical tradition and, precisely for this reason, he becomes one of Nietzsche's reflections privileged interlocutors. In order to demonstrate this thesis, efforts will be made to: (i) analyze the purpose with which Schopenhauer creates an immanent thought system, supported on the notion of will (Wille), and the extent to which it provides philosophical basis to his thesis that there is no justification (Rechtfertigung) for the existence; (ii) problematize the way Nietzsche receives such thought, discuss its development in the course of his work and, finally, to highlight the guide-lines of his project of transfiguration (Transfiguration, Verklärung, Verwandlung) of pessimism. Two key notions will be used in parallel to demonstrate this process of creating and developing the meaning of pessimism in Nietzsche's philosophy, as evidenced by the title: transfiguration and tragic (Tragische) / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
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Estrutura e dinâmica da psique na filosofia platônica da República / Structure and dynamics of the psyche in the platonic philosophy of The Republic

Rugnitz, Natalia Costa, 1982- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Lucas Angioni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-21T02:37:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rugnitz_NataliaCosta_M.pdf: 1276909 bytes, checksum: 814352108cd312e47f306d4251d0675d (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O objetivo do presente trabalho é expor criticamente os traços principais da doutrina da alma tripartida tal como Platão os apresenta em República. Para isto se estudarão: (i) o Princípio de Partição e os "casos" que o filósofo trás para defender o caráter composto da psique; (ii) a concepção de "parte" da alma e a natureza de cada uma das mesmas e (iii) os modos nos quais as partes se vinculam entre si no interior da psique. Procurar-se-á por em relação a psicologia assim desenhada com a filosofia moral e a concepção da felicidade expostas no mesmo diálogo. Neste contexto, se prestará especial atenção a certos fatores que parecem impedir a realização da unidade interna do sujeito, e, com ela, a consecução da felicidade e o exercício da ação verdadeiramente moral. Entre tais fatores se tratarão, em particular, as "falhas" plausíveis de afetar a cada uma das partes e o fenômeno do conflito psíquico (stasis). Perguntar-se-á se estes fatores constituem, respectivamente, condições imodificáveis e iniludíveis. Na proximidade de uma resposta afirmativa se vislumbrará, por fim, um "espírito pessimista" subjacente à psicologia platônica de República e, a partir dela, ao âmbito moral e eudeimonológico / Abstract: In the following dissertation we intend to offer a critical account on the theory of the tripartite soul as Plato presents it in the Republic. In order to accomplish this, we will study: (i) the Principle of Partition and the "cases" that the philosopher brings to defend the composite character of the soul, (ii) the concept of "part" of the soul and the nature of each one of the three that Plato distinguishes, and (iii) the possible relationships between such parts within the soul. We intend, as well, to relate the psychology thus designed with the moral philosophy and the theory about happiness exposed in the dialogue. In this context, we will pay particular attention to certain facts that seem to prevent the individual from achieving internal unity - unity required both for happiness and for truly moral action; among these, we will concentrate particularly on the "flaws" that appear to affect each part and on the phenomenon of psychic conflict (stasis). We will ask whether these two factors are, respectively, unavoidable and unchangeable conditions for the soul. Finally, once close to an affirmative answer, we will glimpse a "pessimistic spirit" behind the psychology of Plato's Republic and, consequently, behind the moral and eudeimonologic sphere / Mestrado / Filosofia / Mestra em Filosofia

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