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Enunciação e poder : elementos para a construção de um objeto teórico

Tesser, Nayr January 2004 (has links)
Este ensaio trata da relação entre o poder e a língua numa perspectiva enunciativa e filosófica. Propõe-se a inventariar fenômenos de ambas as áreas - poder e língua que, pela sua natureza, possibilitem construir um conducto teórico que privilegie o poder e a língua, identificando, outrossim, os fenômenos lingüísticos pelos quais circula o poder. Foram eleitos dois conceitos, o de poder, sustentado pelas posições de Bobbio e Foucault, cuja característica comum entre ambos é a interdependência entre o conceito de poder e a noção de liberdade; e o de língua, sustentado pela teoria da enunciação na perspectiva de Benveniste e a partir da relação de intersubjetividade. A reflexão desenvolvida estruturou-se no seguinte silogismo: se a relação de força, ou de poder, é concreta, imediata, singular e pontual; se o ato enunciativo é concreto, imediato, singular e pontual, por que a relação de intersubjetividade não é uma relação de poder? Em sendo, que tipo de sujeito sustentaria esse tipo de relação. Essas premissas foram acompanhadas pela pergunta – Qual a origem do Poder? – cuja resposta contribuiu para definir a analogia entre as relações de poder e de intersubjetividade: o desejo. O poder nasce do desejo que, ao racionalizar-se, torna-se potência no seio das relações sociais. Não existe poder se todos não o querem. É a dialética do poder: um paradoxo necessário. A natureza dialética que sustenta o poder é a mesma da relação de intersubjetividade: não existe um eu, se não se implantar um tu. Outro paradoxo necessário. O fenômeno da determinação/indeterminação cuja natureza dialética – coerção e liberdade – é a mesma das relações de intersubjetividade e de poder, torna-se, assim, uma das vias pela qual circula o poder. O desejo habita o homem, pois é sua própria essência, conceito de André Comte- Sponville, inspirado em Spinoza. O desejo que dá origem ao poder é o mesmo desejo do homem que, ao apropriar-se da língua, torna-se sujeito. O sujeito para sustentar as relações de poder e de intersubjetividade, cuja dialética pressupõe a liberdade deverá ser moral e ético, pois sê-lo, exige escolha, conceito de Sponville baseado em Spinoza. Moral é tudo o que se faz por dever; ética é tudo o que se faz por amor. Na concepção de Spinoza: amor é uma alegria que acompanha a idéia de uma causa externa; o ódio é uma tristeza que acompanha a idéia de uma causa externa. De acordo com essa concepção, a ética estrutura-se em cima das noções de desejo, de potência e de alegria. Trata-se de uma criação. Portanto, o sujeito para sustentar as relações de poder e de intersubjetividade – paradoxos necessários – deverá ser moral e ético e, para sê-lo, deverá gozar de liberdade. Outro paradoxo. O sujeito da língua e da política é determinado por imposições – religiosas, jurídicas, gramaticais, inconscientes e culturais – mas, simultaneamente, é agente de rebeldia. A singularidade de ambos é dada pelo modo como luta pela liberdade – sua moral, sua ética. O efeito dessa luta o torna sujeito; a interpretação que ele faz do mundo e de si próprio são a sua referência e esta o singulariza. E sua morte também.
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A construção de uma modelo : corpo, práticas e subjetividade

PALMEIRA, Lara Virgínia Saraiva 11 July 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-12T11:57:08Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Lara Virgínia Saraiva Palmeira.pdf: 1100887 bytes, checksum: 841d1e9c2eb1c0db1984d918ab6b4af8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-12T11:57:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Lara Virgínia Saraiva Palmeira.pdf: 1100887 bytes, checksum: 841d1e9c2eb1c0db1984d918ab6b4af8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-07-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação aborda aspectos da subjetividade de jovens aspirantes à modelo, levando em conta os conceitos de agência, enunciado por Sherry Ortner, e as fantasias de poder, nos termos de Henrietta Moore. Foca nos modos de pensar, de agir, de sentir dessas jovens a partir do processo de transformação relacionada ao “tornarem modelos”. Procurou-se repensar sobre o lugar delas enquanto sujeito dentro das estruturas de poder e de dominação nas quais estão inseridas. Para tanto, contextualizou o campo da moda e sua cadeia produtiva no cenário cearense, bem como histórico da profissão e das agências de modelo, numa visão panorâmica do seu surgimento às suas características nos dias atuais. Detém-se particularmente na Agência de Modelos New Faces, onde realizou-se o trabalho de campo, com destaque para entrevistas semi-estruturadas, observação participante de eventos de moda e cotidiano da agência. Os saberes e as práticas envolvidas na profissão também foram abordados, antes de relacioná-los com o modo de pensar, sentir e agir das modelos. O corpo foi um dos eixos analíticos mais importantes na investigação e análise dos dados. Os resultados sugerem que as jovens entrevistadas consideram como uma evolução as mudanças que incorporaram para tornarem-se modelos, com realce a características pessoais como amadurecimento, desenvoltura nas relações interpessoais, aprimoramento de etiqueta (boa educação) e cuidados de si (maquiagem, forma de vestir, uso de assessórios). Associaram também o crescimento pessoal ao profissional, de maneira que foi lá, na Agência de Modelos New Faces, que muitas afirmaram ter aprendido a trabalhar e ser responsáveis e disciplinadas.
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A experiência e a prática da automutilação entre jovens mulheres: a travessia e os ruídos da dor, na contemporaneidade

LUNA, Dayse Batista de 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:06:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo711_1.pdf: 2355599 bytes, checksum: 7a16061502d07835a8b16f8d5414955a (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Universidade Federal de Pernambuco / Esta pesquisa busca compreender o fenômeno da automutilação, mediante os sentidos conferidos por um grupo de jovens mulheres que o praticam. Este fenômeno caracteriza-se por atos de violência infligidos por essas mulheres aos seus corpos. A escolha dos sujeitos da pesquisa relacionase ao fato de que a maioria dos praticantes ser composta por mulheres, entre 16 e 30 anos, oriundas das camadas médias da sociedade brasileira. A metodologia utilizada ancora-se nas técnicas e métodos da pesquisa qualitativa, tem o caráter de um estudo exploratório, devido a ser um campo pouco explorado pelas Ciências Sociais. Pretendi, nesta exploração, compreender o significado sociocultural desta experiência, um comportamento contemporâneo, analisando as narrativas dessas jovens. Foram utilizadas entrevistas não-estruturadas, depoimentos escritos nas comunidades do ORKUT e em blogs, com intenção de escutar as vozes dessas jovens que vêm utilizando as inscrições corporais como veículo de expressão dos seus sofrimentos. As primeiras incursões no campo apontaram que a prática da automutilação reveste-se de um movimento de velamento e de desvelamento, conforme a audiência selecionada entre os que poderiam saber da ocorrência do fenômeno e os que não poderiam ter acesso a esta informação. Na tentativa de desvendar os significados da automutilação para estas jovens, alguns elementos de suas narrativas tornaram-se recorrentes, o que direcionou a ênfase da interpretação em três eixos analíticos: os conflitos relacionados a grupos específicos (família, escola, pares); as instâncias de disciplinamento na socialização das jovens; e as estratégias e os usos do corpo como espaço de comunicação dos sofrimentos vivenciados pelas praticantes da automutilação. Procurei, através da articulação desses focos de interpretação, compreender os processos que dotavam esta experiência de inteligibilidade para as jovens que vivenciam o drama de se violentarem fisicamente
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Verdade, poder e direito em Michel Foucault: reverberações nietzcheanas e deleuzianas a partir do perspectivismo e das relações de força

Gonçalves Régis Toscano, Stéfano 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:16:34Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo404_1.pdf: 1207842 bytes, checksum: 2e97aabca2373eb3624f864c00e4a7ee (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Universidade Católica de Pernambuco / Esta pesquisa teve o propósito de dimensionar os sentidos do direito segundo a perspectiva de Michel Foucault. Considerando que os textos do filósofo francês mais direcionados à abordagem dos fenômenos jurídicos permitem uma multiplicidade extensa de leituras, resolvi circunscrever o meu estudo aos limites das relações entre a verdade, o direito e o poder. Em outros termos, procurei desenvolver, da maneira mais detalhada possível, as conexões entre a produção da verdade jurídica, o aparelho jurídico em seu dimensionamento institucional e as relações de força, que são constituídas ou geradas no interior desse circuito, ao mesmo tempo em que são responsáveis pelo seu contínuo incremento. Considerando o objeto da pesquisa nos termos mencionados, cabe definir que o objetivo central almejado correspondeu a uma proposta de interpretação capaz de explorar a radicalidade da crítica de Foucault sobre o direito, uma proposta que conduziu a explorar o modelo da guerra e da estratégia em suas relações com o poder soberano e com os mecanismos do poder disciplinar ou normalizador. Nesse sentido, procurei fugir das leituras dualistas que tendem a menosprezar o papel do soberano em função das disciplinas. Tais interpretações, segundo o ponto de vista que defendo, mais cerceiam do que fortalecem a crítica foucauldiana do direito. No intuito de melhor desenvolver minhas propostas não pude deixar de analisar o peso da influência do pensamento de Nietzsche para o desenvolvimento das concepções de Foucault e os pontos de convergência entre as suas idéias e as que foram defendidas pelo seu amigo, o filósofo Gilles Deleuze
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Chama os Atikum que eles desatam já : práticas terapêuticas, sabedores e poder.

Da Silva, Georgia January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:05:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4345_1.pdf: 2417565 bytes, checksum: deb58ca1a430181847146fc49204effa (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente estudo tem como objetivo tratar sobre relações de poder instauradas em um contexto de intermedicalidade na comunidade indígena Atikum, localizados no sertão do Pajeú, no estado de Pernambuco. Biomedicina e medicina indígena Atikum , a partir da práxis de sabedores, tanto disputam lócus de legitimidade no interior de instâncias políticas do grupo quanto negociam práticas e significados. A partir das percepções dos Atikum sobre os sistemas de conhecimento em interação e a análise de políticas e instituições indígenas em saúde, é possível vislumbrar como a experiência intermédica é vivenciada na comunidade e através de quais mecanismos relações de poder podem ser forjadas e renegociadas
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Jurisdição e poder: os usos disciplinares dos discursos do processo civil / Juridiction et pouvoir: les fonctions disciplinaires des discours du procès civil

Bruno Batista da Costa de Oliveira 15 May 2014 (has links)
La thèse va réaliser l\'analyse de discours du procès civil, par laquelle nous prétendons mettre en évidence ses fonctions disciplinaires. Ayant pour base la pensée philosophique de Michel Foucault a propos des formes d\'exercice du pouvoir dans lactualité, nous avons démontré que, contrairement à ce que propose la théorie classique de la souveraineté, l\'autorité politique n\'est pas un phénomène centralisé: elle circule, transite entre ses sujets. Nous avons travaillé l\'hypothèse de que les quatre discours processuels que nous avons choisi supériorité du savoir scientifique processuel, pacification des conflits par la procédure, ampliation de l\'accès à la Justice et stimulation de la conciliation on eut le rôle disciplinaire d\'attribuer au reproché Judiciaire le semblant de Pouvoir socialement légitimé. Nous avons pointé comment les différents mécanismes rhétoriques employés par les émissaires des énoncés ont agi dans le sens de modeler et forcer lassujetement des citoyens à des standards de conduite désirés par les idéologies dominantes. Nous avons conclu dégagent les pratiques disciplinaires communes aux énoncés que nous avons proposé d\'étudier, tout en laissant net que le procès civil est un entre autres champs de production de savoirs dotés de fonctions de contrôle social, ayant encore des multiples discours à être mis en évidence. / A tese objetiva realizar a análise de discursos do processo civil, por meio da qual se pretende evidenciar as suas funções disciplinares. Tomando por base o pensamento filosófico de Michel Foucault a respeito das formas de exercício de poder na contemporaneidade, demonstramos que, ao contrário do que propõe a teoria clássica da soberania, a autoridade política não é um fenômeno centralizado: ela circula, transita entre os seus sujeitos. Trabalhamos com a hipótese de que os quatro discursos processuais que escolhemos superioridade do saber científico processual, pacificação dos conflitos pelo processo, ampliação do acesso à Justiça e estímulo à conciliação desempenham o papel disciplinar de atribuir ao desgastado Judiciário a feição de Poder socialmente legitimado. Apontamos como os variados mecanismos retóricos implementados pelos emissores dos enunciados atuam no sentido de modelar e forçar o assujeitamento dos cidadãos a um padrão de comportamento desejado pelas ideologias dominantes. Concluímos destacando as práticas disciplinares comuns aos enunciados que propusemos estudar, deixando claro que o processo civil é um dentre outros campos de produção de saberes dotados de função de controle social, havendo ainda uma multiplicidade de discursos a serem postos em evidência.
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A construção de um líder político: Francisco Heráclio do Rêgo Limoeiro, 1945 a 1955

VILELA, Márcio Ananias Ferreira 31 January 2008 (has links)
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Linguagem figurada em passagens bíblicas

Ferreira da Costa, José January 2006 (has links)
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Caminhos do poder: Práticas Políticas da Família Coelho na Cidade de Petrolina-PE, 1930-1947.

AQUINO, Thulio Andre Moura de 31 January 2011 (has links)
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Em nome da liberdade : o esgotamento do sistema de moradia e o aumento do poder de barganha de voto em Atalaia no período de 1988 a 2000

Ferreira de Albuquerque, Cícero January 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:16:20Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo9347_1.pdf: 728911 bytes, checksum: cd0e6d2f9d1708248f51a91e4ac5aa58 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 / Não há como compreender o Brasil sem estudar a cana-de-açúcar e as relações sociais que ela produziu e continua a produzir na sociedade brasileira. O cultivo da cana e a produção do açúcar estão na raiz de grande parte dos vínculos sociais caracterizadores da sociedade brasileira. Cana e açúcar compõem mais do que uma atividade fundamental para a economia brasileira em todos os tempos. Juntos dão forma a um fenômeno social profundamente encravado na alma de nossa gente e na cultura do nosso país. Este estudo sobre as mudanças nas relações de trabalho, moradia e voto do universo canavieiro se inspira no esforço de compreensão das relações sociais e políticas do Nordeste, que, devido às condições e conformações históricas das realidades particulares têm dinâmicas diferentes em cada Estado. Um exemplo disso é o fato da luta por direitos e por reforma agrária estar se dando em Alagoas quase três décadas depois de toda a agitação política ocorrida em Pernambuco nos anos 60. No mundo canavieiro temos assistido a um esvaziamento do rural/privado enquanto espaço de moradia e a uma dinamização do urbano/público. Uma das causas principais desse fenômeno é a reestruturação produtiva e as mudanças por que passam as relações de trabalho na sociedade capitalista. Uma das conseqüências desse movimento é o surgimento de novas relações políticas na região canavieira. Os modelos teóricos que explicam estas relações como de assimetria e de dádiva unilaterais precisam ser revistos, pois não dão conta da realidade, se é que um dia deram. É preciso estar atento aos sinais de autonomia política dos trabalhadores que as novas relações revelam. Fora do ambiente rural/privado representado pela fazenda e vivendo no universo urbano/público que corresponde ao povoado, à vila ou à periferia da cidade, o trabalhador conquista mais liberdade. Isso se manifesta de diferentes formas. O ingresso na Justiça do Trabalho para reclamar direitos, a mudança ou a recusa de um tipo de relação de trabalho e as negociações que realiza nos períodos eleitorais são indicadores de que o trabalhador dentro da pequena margem de manobra que a condição de subempregado e de graves carências matérias que marcam a sua existência assume o comando das suas vontades. As eleições municipais são a arena principal na qual os trabalhadores vêm demonstrando mais poder, mais autonomia e força para barganhar. Mas isso não é tudo. As ações humanas não obedecem a uma lógica de pura racionalidade. As relações de dádiva compõem uma dimensão importante nas relações sociais e políticas do Nordeste e da sociedade brasileira e ajudam na relativização do poder dos trabalhadores, mas também indicam que as classes dominantes também precisam fazer concessões para garantir o seu domínio

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