201 |
Linguagem e retórica em RousseauAlmeida, Sergio Bernardo de 06 March 2018 (has links)
Submitted by sergio almeida (bernardofm@hotmail.com) on 2018-07-01T21:33:27Z
No. of bitstreams: 1
dissertacaoFinalcorrigida.pdf: 1356954 bytes, checksum: c3b280b61d6287fee5717eff335152f9 (MD5) / Approved for entry into archive by Biblioteca Isaías Alves (reposiufbat@hotmail.com) on 2018-07-03T18:04:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1
dissertacaoFinalcorrigida.pdf: 1356954 bytes, checksum: c3b280b61d6287fee5717eff335152f9 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-03T18:04:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
dissertacaoFinalcorrigida.pdf: 1356954 bytes, checksum: c3b280b61d6287fee5717eff335152f9 (MD5) / FAPESB / A presente dissertação tem por objetivo investigar a teoria da linguagem de Rousseau. Buscar-se-á entender como Rousseau articula seu pensamento presente nas obras: Ensaio sobre a origem das línguas e no Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, levando em consideração também outras obras do autor. Para tanto, em um primeiro momento procurar-se-á entender a contribuição de Platão e Condillac para a consolidação do pensamento do Genebrino. Platão contribuiu para a concepção de uma linguagem como função política e Condillac foi o primeiro a lhe fornecer ideais para a formulação de sua teoria linguística. Em um segundo momento, investigar-se-á o desenvolvimento da linguagem proposto por Rousseau. A linguagem é um processo que passa por três estágios: grito de natureza, gestos e por último, articulação da voz. Não se pode deixar de lado a sua relação com a música, ou seja, a música é apresentada como paradigma na qual a linguagem é pensada. Com isso, além de provocar Rameau, ao dizer que a melodia é mais importante do que a harmonia, Rousseau também, se diferencia da concepção clássica da linguagem que acredita numa linguagem como representação. Mas, assim como a música, a linguagem também passa por um processo de decadência. Ao se estabelecer no meio social, as línguas perdem suas capacidades: melódicas e persuasivas. Quando entra em jogo a gramática, a linguagem passa a ser racional e menos sentimental, o que interessa será o uso da força, não mais se convence como nos tempos antigos. / Ce Mémoire a pour objectif enquêter sur la téorie du langage chez Rousseau. On cherchera à
comprendre comment Rousseau articule sa pensée dans les œuvres: Essai sur l’origine des
langues et Discours sur l’origine et les fondaments de l’inégalité parmi les hommes, en
considérant aussi d’autres ouvrages de l’auteur. Pour ce faire, nous tenterons d'abord de
comprendre la contribution de Platon et de Condillac à la consolidation de la pensée du
Genevois. Platon a contribué à la conception d’un langage comme foction politique et
Condillac a été le premier à lui fournir des idéaux pour la formulation de sa théorie
linguistique. Dans un second temps, notre recherche enquêtera le développement du langage
proposé par Rousseau. Le langage c’est un procès qui passe par trois niveaux : Cri de la
nature, des gestes et, par dernier, l’articulation de la voix. On ne peut pas laisser à côté leur
rélation à la musique, c’est-à-dire que la musique est présentée comme paradigme dans lequel
le langage est pensé. Ainsi, en plus de provoquer Rameau en disant que la mélodie est plus
importante que l’harmonie, Rousseau diffère aussi de la conception classique du langage qui
croit en un langage comme représentation. Mas, ainsi comme la musique, le langage passe
aussi par un processus de décadence. En s’installant dans l’envirronement scocial, les langues
perdent leurs capacités : mélodiques et persuasives. Quand la gammaire entre en jeu, le
langage devient racionnel et moins sentimental, ce qui intérrèsse sera l’usage de la force, non
se convainc plus comme dans les temps anciens.
|
202 |
Le bonheur chez Jean-Jacques Rousseau / Happiness in Jean-Jacques RousseauFarrugia, Guilhem 07 December 2009 (has links)
Cette recherche se positionne dans la lignée d’une enquête sur le bonheur chez Rousseau, qui va de Robert Mauzi à Michel Delon. Intégrant ces acquis, elle se propose d’en prolonger les analyses, et de prendre en compte l’œuvre autobiographique, morale, éthique et politique de Jean-Jacques Rousseau. Cette thèse sonde la cohérence de ce thème récurrent, et en confronte les multiples facettes disséminées dans l’œuvre. Il existe dans l’œuvre une dynamique du bonheur assujettie à des mouvements oscillatoires. Le premier concerne la théorie de l’extase et fait émerger l’opposition entre un bonheur comme rétraction en soi-même et un autre comme expansion hors de soi. Ce mouvement affecte ensuite les formes de la sociabilité, allant du bonheur de la solitude au bonheur de la relation sociale restreinte, s’élargissant enfin en balancement entre sa dimension morale et sa dimension politique, entre le bonheur de l’homme et celui du citoyen. Cette dynamique rythmée et cadencée, engageant une dualité, est pourtant dépassée au profit d’un bonheur comme unité, révélant une « dialectique » de la félicité. Cette dynamique permet de comprendre, in fine, la fiction comme matrice de la félicité. / This research takes its position in the line of research on happiness in Rousseau, which goes from Robert Mauzi to Michel Delon. Encompassing this acquired knowledge, it sets out to prolong the analysis of it and to take into account the autobiographical, moral, ethical, and political work of Jean-Jacques Rousseau. This thesis probes the coherence of this recurring theme and confronts the multiple facets of it disseminated in the work. There exists in the work a dynamic of happiness subject to oscillatory movements. The first concerns the theory of ecstasy and gives rise to the opposition between a happiness as the withdrawal into oneself and another happiness as the expansion beyond oneself. This movement then affects the forms of sociability, going from the happiness of solitude to the happiness of the limited social relationship, eventually broadening out by moving between its moral dimension and its political dimension, between the happiness of the man and that of the citizen. This regular and rhythmical dynamic, involving a duality, is however exceeded to the benefit of a happiness as a unity, revealing a dialectic of bliss. This dynamic, in short, allows an understanding of the fiction as the matrix of bliss.
|
203 |
O PARADOXO DE ROUSSEAU: A RELAÇÃO ENTRE LIBERDADE E DEVER SEGUIDO DE BREVE COMPARAÇÃO AO VIÉS TELEOLÓGICO DE KANTKohn, Ananda Mila 28 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Beginning with an analysis and valuation of Rousseau's conception of human nature, the
theme of freedom tied to social, political and moral duties are investigated. Initially, the idea
of nature is shown in order to clarify in what extent this concept plays a role in the political
foundation, the concern that follows refers to the legitimacy of social systems. It is advocated
that there is no choice between individual or collective spheres, but a condition of mutual
coexistence, i.e., the condition for individual freedom lies in the collective comprehensiveness
and vice versa. Thereby, the supremacy of the power of any individual over people is
supposed to be rejected, and thus the prominence of the law is given, as the one that can
compel mankind to fulfill their duties and at the same time, keeping them free, however this
only applies to laws that are self-imposed. At that moment, the difference between natural
freedom and civil freedom is emphasized, conferring greater importance to the latter. That s
because there is, as understood, an inspiration of the freedom possible in society civil
freedom in natural freedom, yet, not a derivation from one to another. It is scrutinized the
specific requirements of the state of society, according to Rousseau, for the maintenance of
freedom, among which it is highlighted the need of not confuse the picture of civil state with
the state of nature, on pain of annulment of freedom. The third chapter, where it is presented
the moral and political thinking of Kant, provides a comparison of the Kantian thought with
Rousseau regarding the passage from the state of nature to the civil state, stressing the idea of
progress, very present in the Kantian philosophy. Therefore, this work aims to delineate,
firstly, the relation between freedom and duty in Rousseau, in order to demonstrate their
mutual need, and reject the idea that the fulfillment of duties shies away the freedom.
Secondly, the curious relation between Rousseauvian and Kantian thoughts is unfolded,
having in Kant an intensification of some Rousseauvian facets, but also crucial divergence
between their theories. / A partir de uma análise e valorização do conceito de natureza humana em Rousseau,
investiga-se o tema da liberdade atrelado aos deveres sociais, políticos e morais. Inicialmente
expõe-se a ideia de natureza a fim de esclarecer em que medida esta ocupa um papel no
fundamento político, a preocupação que se segue diz respeito à legitimidade dos sistemas
sociais. Defende-se não haver uma escolha entre a esfera individual ou coletiva, mas sim uma
condição de coexistência mútua; isto é, a condição para a liberdade individual encontra-se na
integralidade do âmbito coletivo e vice-versa. Desse modo, quer-se rechaçar a supremacia do
poder de quaisquer indivíduos sobre o povo, pelo que se concebe força ao papel da lei,
enquanto aquela que pode obrigar os homens ao cumprimento de seus deveres e ao mesmo
tempo manter-lhes livres. Contudo, o requisito para tal é se tratar de leis autoimpostas. Então
se ressalta a diferença entre liberdade natural e liberdade civil, conferindo importância maior
à segunda. Isso porque se entende haver uma inspiração da liberdade que é possível em
sociedade a liberdade civil na liberdade natural, porém não uma derivação desta para
aquela. São esmiuçadas as exigências específicas do estado de sociedade, segundo Rousseau,
para a manutenção da liberdade, dentre as quais, ressalta-se a necessidade de não confundir-se
o panorama do estado civil com o estado de natureza, sob pena de anulação da liberdade. O
terceiro capítulo, onde aparece o pensamento político e moral de Kant, traz uma comparação
do pensamento do filósofo com Rousseau quanto à passagem de estado de natureza para
estado civil e destaca a ideia de progresso, muito presente na filosofia kantiana. Portanto,
quer-se delinear, em primeiro lugar, a relação entre liberdade e dever em Rousseau, para
demonstrar sua necessidade recíproca, e rejeitar a ideia de que o cumprimento de deveres
coíbe a liberdade. Em segundo lugar, abre-se a curiosa relação entre os pensamentos
rousseaunianos e kantianos, tendo em Kant uma intensificação de algumas facetas
rousseaunianas, mas também afastamentos decisivos entre suas teorias.
|
204 |
LIBERDADE EM JEAN-JACQUES ROUSSEAURossetto, Maicon Rodrigo 05 August 2009 (has links)
The present dissertation takes as object of its central study the liberty theme based on the work of the philosopher Jean-Jacques Rousseau. The dissertation tackles it from the descriptions the author undertakes from the natural liberty, that is to say, the man considered toward himself and his fellows , the man toward social ties, and considered under the perspective of an ideal society of free citizens, just as it is
presented in the social contract. The dissertation demonstrates the undertaken research in three moments: the first clarifies the thesis of Rousseau according to
what it says the men is born free end the liberty is distinctive from the human being, and of that the man can ever dispose, the second demonstrates the descriptions of
Rousseau about the conflicts between the natural liberty and the relation into the societies that were constituted in the line of the sociability, finally, it demonstrates the reflections of Rousseau about the conventional liberty , that is to say, the way that the author solves , at least from a normative point of view, the conflict between nature and society through an contract that preserves the individual as well as the
public liberty. The matter is to know the author justify the institutionalization of this liberty and the presumption is that it is ensured by law. Even though the liberty theme is in the Rousseau work as a whole, the examined main texts in this search were: Speech about the origin and the fundaments of inequality among men, Emilio and From The Social contract. / A presente dissertação toma como objeto de estudo central o tema da liberdade na obra do pensador Jean-Jacques Rousseau. Aborda-o a partir das descrições que o autor empreende da liberdade natural, ou seja, o homem
considerado em relação a si mesmo e aos seus semelhantes ; o homem em relação aos vínculos sociais, e considerado sob a perspectiva de uma sociedade ideal de cidadãos livres, tal qual é apresentada no Contrato social. A dissertação expõe a
pesquisa empreendida em três momentos: o primeiro esclarece a tese de Rousseau segundo a qual o homem nasce livre e a liberdade é distintiva do humano e dela ele jamais pode abrir mão; o segundo expõe as descrições de Rousseau dos
conflitos entre a liberdade natural e as relações presentes nas sociedades que se constituíram nos percursos da sociabilidade; por fim, apresenta as considerações de
Rousseau acerca da liberdade convencional , ou seja, o modo com que o autor resolve , pelo menos de um ponto de vista normativo, o conflito entre natureza e sociedade através de um pacto que preserve tanto a liberdade individual quanto pública. A questão está em saber como o autor justifica a institucionalização desta liberdade e a suposição é que ela é assegurada pela lei. Embora o tema da liberdade esteja presente no conjunto da obra de Rousseau, os textos principais examinados nessa investigação foram: Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Emílio e Do Contrato social.
|
205 |
L'opéra mental : formes et enjeux de l'écriture du spectacle chez Jean-Jacques Rousseau / The mental Opera : the forms and stakes of spectacle writing in Jean-Jacques RousseauTissoires, Amélie 12 May 2012 (has links)
La réflexion de Rousseau concernant le spectacle (théâtral, musical, pictural) s'élabore au cours de nombreux textes théoriques qui interrogent le statut du spectateur et sa relation à ce qui est vu et entendu. Cette relation est source de nombreuses interrogations pour l'écrivain qui réfléchit à ce que l'on pourrait appeler une « économie de la distance », afin d'ajuster au mieux son regard face à l'objet mis en scène et de régler l'émotion induite par le dispositif « spectaculaire ». Cette réflexion sur le spectacle permet également de s'intéresser à la pensée de l'origine chez Rousseau car il semble que ce soit à partir de sa conception de la nature que la notion de spectacle et les émotions qu'elle suscite, s'élaborent. La qualité de l'émotion est particulièrement travaillée par Rousseau qui distingue le spectacle visuel du spectacle auditif. À la fascination de l'image créée par le dispositif théâtral s'oppose le sentiment musical, source d'une communication idéale entre le musicien et l'auditeur, et créateur d'un spectacle mental. L'importance du spectacle musical est telle que l'écriture de Rousseau ne se conçoit pas sans une constante référence à ses caractéristiques, l'écrivain devenant alors un auditeur de musique subjugué par les sentiments qu'il éprouve. Cette réflexion sur les spectacles trouve une chambre d'écho dans les œuvres narratives de Rousseau qui mettent en application les caractéristiques dégagées par la théorie. Influencé par l'esthétique du tableau théâtral telle qu'elle a été conceptualisée par Diderot à propos du drame bourgeois, Rousseau tempère sa suspicion à l'égard de l'image théâtrale, qui trouve, selon lui, sa meilleure voie d'expression dans La Nouvelle Héloïse. Ce roman, de fait, dépasse à certains endroits la linéarité de l'écriture pour proposer des tableaux, transformant ainsi le lecteur en spectateur d'un drame bourgeois, mais pas seulement : en effet, la mise en image de la narration puise également à des sources picturales (avec notamment la réflexion sur les Sujets d'estampes) et offre une réflexion sur le regard que la plupart des personnages prennent en charge. Mais c'est surtout en s'inspirant de ses propres conceptions musicales que Rousseau est conduit à trouver de nouvelles formes d'écriture qui renouvellent la relation au lecteur. Enfin, les œuvres autobiographiques proposent une mise en scène musicale de soi. Le compositeur devient alors un des modèles de l'écrivain parce qu'il donne à lire le « je » comme une partition instrumentale. En même temps, la structure du spectacle visuel est réinterrogée par Rousseau dont l'écriture épouse le modèle musical. C'est en dernier lieu le copiste qui, dans les œuvres autobiographiques, propose un modèle d'écriture, celui de la « chambre obscure » où le spectacle de soi se transforme en signe musical. / Rousseau's reflections on the spectacle (whether theatrical, musical or pictorial) are elaborated through a number of theoretical texts that question the status of the spectator and his relationship with what is seen and heard. This relationship is a source of numerous questions for the writer who reflects on what could be termed an 'economy of distance' , so as to better adjust the way he looks on the object mis en scène and to regulate the emotions provoked by the structure of the spectacle. This approach to the spectacle also allows us to explore Rousseau's approach to origins as it seems that it is from his conception of nature that the notion of the spectacle and the emotions it provokes are developed. Emotional quality is particularly explored by Rousseau who distinguishes the visual spectacle from the auditory one: to the fascination of the image created by the theatrical setting is opposed the musical sentiment, seen both as a source of ideal communication between the musician and the listener, as well as the creator of a mental spectacle. Such is the importance of the musical spectacle that the writing of Rousseau is not conceived without a constant reference to its characteristics. The writer thus becomes a listener of music subjugated by the sentiments he feels. These reflections on spectacles find an echo in the narrative works of Rousseau that apply those characteristics identified by his theory. Influenced by the aesthetics of the theatrical tableau conceptualised by Diderot and reflecting on the bourgeois drama, Rousseau tempers his suspicion concerning different types of theatrical images that according to him find their best expression in the way of looking. The Nouvelle Héloïse goes at times beyond the linearity of writing to propose certain tableaux that borrow from the estampe and the bourgeois drama. The reader is thus transformed into a spectator of a bourgeois drama, but not exclusively so: indeed, the representation in images of the narrative draws equally on pictorial sources (with in particular the considerations on the Sujets d'estampes) and offers a reflection on the looks assumed by the majority of characters. But, above all, it is by seeking inspiration in his own musical concepts that Rousseau is led to finding new forms of writing that renew the relationship to the reader. Indeed, the autobiographical works propose a musical mise en scène of the self. The composer becomes therefore one of the writer's models because he enables the 'I' to be read as a musical partition. At the same time, the structure of the visual spectacle is re-questioned by Rousseau whose writing marries the musical model. In the last instance it is the copyist who, in the autobiographical works, offers a writing model that of the chamber obscure, where the spectacle of the self is transformed into musical signs.
|
206 |
Rousseau et l'appropriationLebeau, Pascal 23 June 2017 (has links)
L'appropriation est le processus par lequel l'animal, en réalisant sa nature de manière appropriée avec son environnement, parvient au bien-être par prévention du mal naturel. Pour l'homme, à la perfectibilité ambivalente, l'enjeu est aussi moral. La saisie intuitive de ce qui lui est propre est relativement perdue ou indéfinie, et il est d'autant plus sujet à l'errance associée à sa liberté morale, qu'il est un être d'amour-propre confronté aux autres dans un contexte de finitude environnementale. Rousseau, cherchant à remonter à la source du mal, affronte ces problématiques. Il pense l'homme de la nature pour retrouver l'homme naturel, identifier ses besoins, ses droits, en un mot les conditions de son appropriation à proprement parler. Or celle-ci ne peut être que simultanément physique et morale, requérant l'initiation d'un cercle vertueux entre l'avoir et l'être, impossible sans la politique et notamment, un droit de propriété, c'est-à-dire un droit d'appropriation, très spécifique. Via media entre la communauté des biens et le libéralisme, ce dernier constitue peut-être, sur le plan politique et moral, la clé de son système. / Appropriation is the process by which an animal, upon realising its nature in an appropriate way with its environment, reaches well-being by the prevention of natural evil. For man, with ambivalent perfectibility, the stakes are also moral. The intuitive grasping of what is adequate for him is relatively lost or undefined, and is all the more subject to the wandering associated with its moral freedom, that it is a being of self-love confronted with others in a context of environmental finitude. Rousseau, seeking to go back to the source of evil, confronts these problems. He thinks the man of nature to find the natural man, to identify his needs, his rights, in a word the conditions of his appropriation properly speaking. But this can only be simultaneously physical and moral, requiring the initiation of a virtuous circle between having and being, impossible without politics and notably a right of property, that is to say a right of very specific appropriation. Via media between the community of goods and liberalism, the latter is perhaps, politically and morally, the key to its system.
|
207 |
Da conservação do próprio corpo à manutenção do corpo político: um itinerário rousseauniano / From the conservation of the own body to the maintenance of the body politic: a rousseaunian itineraryFilino Carvalho Neto 27 June 2012 (has links)
O trabalho pretende demonstrar como Rousseau concebe a passagem do estado natural rumo à situação civil, tomando-se o corpo humano como uma perspectiva privilegiada para a descrição de tal processo. Nessa direção, serão assinaladas as consequências advindas ao homem nessa mudança, mostrando-se de que maneira, originariamente, ele é concebido, para ressaltar como o seu corpo, sua saúde e seu vigor são afetados. A partir dessa caracterização do homem no estado de natureza, tornar-se-á possível constatar a força ou a fraqueza do homem no estado civilizado, além do que foi acrescido ou subtraído em sua constituição original. Uma vez abandonada essa situação inicial, será ressaltada a importância do desenvolvimento de novas faculdades no homem, que lhe permitirão confeccionar ferramentas e facilitarão sobremaneira a sua subsistência, mas que trarão profundas consequências para o seu corpo e influirão decisivamente no surgimento de novas ideias. Igualmente novos sentimentos serão despertados e, com isso, o corpo será encarado de maneira diferente do seu semelhante daquele estado natural e esse quadro conduzirá ao aparecimento do estado civil. Finalmente inseridos nesse estado, importa expor como o pensador genebrino compreenderá o que seja um corpo político e a relação entre os homens e esse corpo maior do qual fazem parte. Assim, será estudado de que modo o comportamento dos indivíduos refletirá diretamente na própria manutenção do estado civil: serão analisadas as atividades propostas por Rousseau que, ao mesmo tempo em que conferem saúde e vigor aos corpos dos cidadãos, igualmente contribuirão de modo decisivo para a conservação (ou saúde) do próprio corpo político. / This work intends to demonstrate how Rousseau conceives the passage from the natural state to the civil situation, taking the human body as a privileged perspective to the description of such process. In this direction, the consequences of this change to man will be assigned, showing in which way he is originally conceived in order to point out how his body, his health and his strength are affected. By this characterization of the man in the state of nature, it will become possible to find the force or the weakness of the man in the civilized state and, besides, what was added to his original constitution or subtracted from it. Once abandoned this initial situation, it will be pointed out the importance of the development of new faculties in man, which will allow him to build tools and will much ease his subsistence, but will cause deep consequences to his body and will influence decisively in the arising of new ideas. New feelings will also arise and, with this, the body will be faced in a different way compared to his equal from that natural state and this situation will lead to the arising of the civil state. Finally inserted in this state, it is also important to expose how the genevian thinker will understand what a body politic is and the relationship between men and this bigger body where they are. Then, it will be studied in which way the behavior of individuals will directly reflect in the maintenance of the civil state itself: the activities proposed by Rousseau will be analyzed which, by the time they provide health and strength to the citizen\'s bodies, will also contribute in a decisive way to the conservation (or health) of the body politic itself.
|
208 |
Agressividade e violência em Hobbes e Rousseau : etologia, genes e ambiente. / VIOLENCE AND AGGRESSION in Hobbes and Rousseau, GENES AND ENVIRONMENTAlmeida, Hermano José Falcone de 06 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:12:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 1176471 bytes, checksum: df631317a0817981773dca56516fc277 (MD5)
Previous issue date: 2010-12-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The primary objective of this study is to define aggression and violence in human beings.
Studying aggression and violence philosophically demands a wide range of disciplines such
as biology, sociology, and neuroscience as concepts migrating from the biological to the
social aspect in order to achieve broad and deep knowledge of the theme. When relating to
aggression, we focus on a biological, corporal, genetic and neurobiological dimension; while
referring to violence, we address to an exclusively human dimension concerning the language,
culture, and society symbols. The study was based on the researcher´s career as a juvenile
psychiatrist and his everyday professional experiences with cases involving violence,
bullying, psychological and sexual harassment which have affected individuals at that age.
Philosophy and other sciences were taken as resources to help to get answers to the following
questions: are aggression and violence part of human nature or human condition, or are they
historical and social construction? Is there human nature biologically determined? Is it
product of human sociogenesis? This is a bibliographic research starting with thoughts of
philosophers such as Thomas Hobbes and Jean Jacques Rousseau to interact with biological
sciences and then return to the two classics of the political philosophy attempting a further
synthesis of the theme which incorporates the contributions of sciences. The study consisted
of a critical, analytical and systematic reading of biological sciences focusing on etiology,
genetics, and neuropsychiatry. The research aims to define and sort out concepts of violence
and aggression by counting on the contribution of social sciences as well as some currents of
psychoanalysis. It was guided by a mediation between two opposing trends: on the one hand,
tending to adopt both concepts; on the other hand, tending to neglect biological conditionings
and accept socialization as the only factor leading to violence. According to this perspective,
we migrate between philosophy and science with empirical views that highlight the
contribution of biology and neuropsychiatry to the study. The purpose of the study is to point
out ways and sort out concepts not very well defined in order to determine what is essentially
human in the scope of violence and aggression. The study is not expected to give determined
answers, but it is believed to have made the topic clear, supporting the thesis that violence is
part of human sociogenesis and that it is exclusive to human species and not entirely
determined by biological factors, being possibly controlled and administered by the society.
Aggression, in turn, is part of our biological inheritance, and its main function is the species
survival. Violence is a human product that comprises the society. It has positive aspects as it
limits and develops social cohesion; it has negative aspects as it causes human exploitation,
generates inequality, and leads to physical and psychological damages restricting freedom. As
human production, violence can be both the cause of social problems and their solution. / O estudo tem como objetivo definir agressividade e violência na espécie humana. Estudar a
agressividade e a violência do ponto de vista filosófico é uma tarefa que requer a colaboração
de várias disciplinas como a biologia, a sociologia e as neurociências, para alcançar a
abrangência e a profundidade que o tema merece, porque são conceitos que transitam do
biológico ao social. Ao falar de agressividade, entra-se numa dimensão biológica, corporal,
genética e neurobiológica enquanto que, ao falar de violência entra-se numa dimensão
exclusivamente humana, que remete à linguagem, à cultura e aos símbolos da sociedade. A
pesquisa foi motivada pelo fato do pesquisador ser psiquiatra da infância e adolescência e ter
vivido em seu cotidiano profissional situações de violência, bullying, abuso sexual e
psicológico que atingem esta faixa etária. Esta sua experiência o motivou para procurar na
filosofia e nas ciências a resposta a perguntas tais como: a agressividade e a violência fazem
parte da natureza ou da condição humana ou são uma construção histórica e social? Existe
uma natureza humana determinada biologicamente ou ela é produto da sociogênese
humana? Nesse contexto trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, que parte do
pensamento dos filósofos Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, para dialogar com as
ciências biológicas e posteriormente retornar aos dois clássicos da filosofia política e tentar
uma nova síntese sobre o assunto que incorpore as contribuições da ciência. O pesquisador
buscou fazer uma leitura crítica, analítica e sistemática das ciências biológicas, com relevo
para a etologia, a genética e a neuropsiquiatria. A pesquisa pretende definir e separar melhor
os conceitos de violência e agressividade, contando com a contribuição das ciências sociais e
de algumas correntes da psicanálise. A pesquisa se orientou por uma mediação entre duas
tendências opostas: de um lado a tendência à naturalização de ambos os conceitos; do outro,
uma negação dos condicionamentos biológicos e o reconhecimento da socialização como
único fator que acarreta a violência. Dentro desta perspectiva, não se deixa de transitar entre a
filosofia e a ciência, com momentos de empirismo que ressaltam a contribuição da biologia e
da neuropsiquiatria para o estudo. O objetivo é apontar caminhos e separar conceitos que não
estão bem definidos, pois, assim sendo, pode-se delimitar o que é propriamente humano
dentro da esfera da violência e da agressividade. Não pretende-se dar respostas definitivas,
porém, acredita-se que o estudo trouxe mais clareza ao tema em questão, ao defender a tese de
que a violência faz parte da sociogênese humana, sendo exclusiva de nossa espécie e não
sendo totalmente determinada por fatores biológicos, ela pode ser controlada, administrada,
pela sociedade. A agressividade faz parte de nossa herança biológica e tem como uma das
principais funções a sobrevivência das espécies. A violência é produto humano, instaurando a
sociedade. Tem seus aspectos positivos, quando coloca limites e faz funcionar a coesão
social; ou aspectos negativos, quando instaura a exploração do homem, gera desigualdades e
provoca danos físicos, psicológicos e de limitação de liberdade do outro. Como produção
humana, a violência pode ser causa de males sociais, assim como a solução para esses males.
|
209 |
Louise Dupin : la pensée d'une féministe entre Montesquieu, Voltaire et Rousseau. / Louise Dupin : a feminist thinker in the age of Montesquieu, Voltaire and RousseauMarty, Frédéric 15 December 2014 (has links)
Louise Dupin (1706-1799), illustre salonnière à son époque, est une auteure « féministe » dont la pensée reste aujourd’hui méconnue : ses manuscrits – de la main d’un secrétaire qui a pour nom Jean-Jacques Rousseau – ont effectivement attendu un siècle et demi avant de sortir des mains de ses héritiers. Ils sont ensuite restés soixante ans inédits en raison de leur dispersion géographique. Nous proposons ici au lecteur, pour la première fois, une transcription des parties historique et éducative de son Ouvrage sur les femmes. On lira aussi la partie féministe de sa « Critique de l’Esprit des lois ». La châtelaine de Chenonceau a en effet été l’une des premières à risquer une réfutation du livre de Montesquieu. Voltaire en a été un lecteur attentif. Comment donc s’articulent chez elle réflexion féministe et réflexion politique dans le cadre d’une pensée aux prises avec les grands philosophes de son temps ? En quoi son monarchisme est-il en partie bousculé par des convictions dont le maître-mot est l’égalité ? C’est au coeur de sa pensée historique, politique et morale – à la fois équilibrée, érudite et pugnace – que nous souhaiterions entraîner le lecteur. / In her day Louise Dupin (1706-1799) was a famous salon holder and a "feminist" author whose writings are still relatively unknown. It took a century and a half for her manuscripts – written by her secretary, a certain Jean-Jacques Rousseau – to leave the hands of her inheritors. Then, due to their geographical dispersion, they remained unpublished for a further sixty years. For the first time, readers can now consult a transcription of the historical and educational parts of her Ouvrage sur les femmes. We shall also explore the feminist part of her "Critique de l’Esprit des lois". The chatelaine of Chenonceau was in fact one of the first to risk a refutation of Montesquieu's work. Voltaire read it attentively. How did she articulate her feminist and political thought in her encounters with the great philosophers of her day? To what degree was her monarchism troubled by convictions whose keyword was equality? We would like to introduce readers to the balanced, erudite and pugnacious character of her historical, political and moral thinking.
|
210 |
Verdade e virtude: os fundamentos da moral no Discurso sobre as ciências e as artes de J.J. Rousseau / Truth and virtue: the foundations of moral in J-J Rousseaus Discourse on the sciences and the artsCiro Lourenço Borges Júnior 17 July 2015 (has links)
O objetivo deste trabalho é propor uma leitura do Discurso sobre as ciências e as artes de Rousseau sob uma perspectiva unificadora em que, dois conceitos privilegiados a verdade e a virtude operam em conjunto para demonstrar como o ideal de progresso encontra-se fundado em falsas concepções, isto é, o aumento contínuo dos conhecimentos humanos e das riquezas das nações. Enquanto aquele intensifica no homem, sobretudo, seu orgulho e suas paixões em geral, a riqueza associada ao luxo apenas cria uma máscara enganadora que impede que tenhamos uma justa compreensão da situação desigual e injusta presente em sociedades como a parisiense. Tendo em vista essas críticas, perseguimos os fundamentos da moral em Rousseau que, da perspectiva da verdade, apresenta-se como verdades do homem retiradas da história e dos exemplos que ela oferece; e da perspectiva da virtude, encontramos os princípios da virtude política de origem republicana em que sobressai-se a figura do cidadão que, no seu papel público, deve lutar pela manutenção da liberdade de seus iguais e pela conservação da pátria. / The objective of this study is to propose a reading of the Rousseaus Discourse on the sciences and the arts under a unifying perspective that two privileged concepts truth and virtue operate in conjunction to demonstrate how the progress ideal is founded on false conceptions, that is, the continuous increase of human knowledge and wealth of nations. While the human knowledge only intensifies on man his pride and others passions, the wealth associated with luxury only creates a deceptive mask that turns a fair understanding of the unequal and unfair situation of societies like Paris foreclosed. Given those criticisms, we search for the foundations of morality in Rousseaus thought that, dealing with the concept of truth, we find truths that regards to men; and on virtues perspective, we find the principles of a republican virtue that stands the figure of citizen and his public role that is maintaining the freedom of his equals and to preserve his homeland.
|
Page generated in 0.0587 seconds