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Efeito de aditivos alimentares sobre a produção de metano ruminal utilizando a técnica de fermentação ruminal ex situ (micro-rúmen), digestibilidade aparente total e excreção de nutrientes em bovinos / Effect of feed additives on ruminal methane production using the technique of ex situ ruminal fermentation (micro-rumen), total tract apparent digestibility of nutrients and excretion in cattlePerna Junior, Flavio 16 December 2013 (has links)
Problemática mundial levantada nas últimas duas décadas, a geração de gases de efeito estufa (GEE) tem parte devida à emissão de metano por ruminantes. O metano, um potente GEE, é produto final do processo fermentativo de bovinos e, por constituir perda no potencial produtivo destes, tem sido objeto de estudo por nutricionistas do mundo todo. Na busca por estratégias para diminuírem essas perdas, diferentes dietas, aditivos e manejos nutricionais têm sido empregados. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos aditivos alimentares, monensina ou tanino, sobre a produção de metano ruminal em bovinos, utilizando-se a técnica de fermentação ruminal ex situ (micro-rúmen), e sobre os parâmetros da fermentação ruminal, a digestibilidade aparente total e a excreção de nutrientes da dieta. Seis vacas (873 ± 81 kg) canuladas no rúmen foram utilizadas e distribuídas a três dietas, que diferiram quanto ao aditivo utilizado, seguindo-se delineamento experimental em quadrado latino 3x3 replicado (n= 18 unidades experimentais): Controle (CON): sem aditivo; Monensina (MON): adição de 300 mg de monensina sódica por animal por dia; Tanino (TAN): adição de 100 g de extrato concentrado de tanino condensado obtido da Acácia-negra (Acacia mearnsii) por animal por dia. Cada período experimental foi constituído de 21 dias, sendo que, entre o dia 5 e o dia 15, 2 g do marcador óxido crômico por kg de MS de alimento consumido foi administrado via cânula ruminal, para determinação da digestibilidade aparente total da MS e suas frações, bem como da excreção dos nutrientes da dieta. O ensaio de digestibilidade foi constituído por duas fases, sendo os cinco primeiros dias para adaptação ao marcador e os cinco últimos para coleta de fezes. A excreção da MS e dos nutrientes, bem como a excreção de nitrogênio, foi calculada a partir dos dados de coeficiente de digestibilidade da MS e suas frações. Para cada período experimental, os últimos 6 dias foram destinados para coleta de dados do consumo de matéria seca (CMS). No dia 21 coletou-se líquido ruminal, antes, 3, 6, 9 e 12 h após a alimentação matinal, para determinação da concentração de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e metano (CH4). As concentrações de CH4 e AGCC foram determinadas por cromatografia gasosa. O pH ruminal foi mensurado por um dispositivo contínuo de mensuração, durante 24 horas no 21º dia de cada período experimental. A técnica de fermentação ex situ consiste em incubar frascos tipo penicilina com conteúdo ruminal sólido e líquido, em banho termostático por 30 minutos, com posterior mensuração da produção de metano por cromatografia gasosa, sendo estimada a perda de energia relativa (PER). A PER avalia a eficiência da fermentação dos alimentos, ou seja, verifica a perda de metano quando comparada aos outros produtos da fermentação, tais como, acído acético, propiônico e butírico. Os dados foram analisados pelo programa SAS (Versão 9.2, 2010) através do procedimento MIXED. No modelo, o efeito de tratamento foi considerado fixo e os efeitos de período, quadrado e animal dentro de quadrado considerados aleatórios. Não houve diferenças significativas (P0,05) entre os tratamentos para o consumo, digestibilidade aparente total e excreção da MS, PB, EB, FDN, FDA, EE, ENN, MO ou P, nem na digestibilidade do NDT e na excreção de N. Não houve efeito signifivativo dos aditivos (P>0,05) sobre a concentração de N-NH3, pH ruminal, para os ácidos acético, propiônico e butírico, nem para o AGCC total. Para a variável metano houve diferença significativa (P<0,05), sendo que o tratamento com monensina foi responsável por reduzir a produção de metano em 10,7%, já o tanino reduziu em 8,0%, quando comparados ao tratamento controle. Observou-se que a PER foi diminuída significativamente em 20,3% e 23,8% (P=0,0387) com a administração dos aditivos monensina e tanino, quando comparadas ao tratamento controle. Portanto, a utilização de monensina ou tanino, em dietas com proporção de volumoso e concentrado de 50%, demonstra ser uma interessante opção em dietas para bovinos, com vistas a eficiência energética dos animais, não interferindo sobre o consumo, digestibilidade e excreção dos nutrientes com consequente redução nas emissões de metano. / Worldwide problem raised in the last two decades, the generation of greenhouse gases (GHG) is partly due to methane emission by ruminants. Methane, a powerful greenhouse gas, is the end product of the fermentation process in cattle, and as is considered a potential loss in their productive potential has been studied by nutritionists worldwide. In the search for strategies to decrease these losses, different diets, additives and nutritional management have been employed. Therefore, the aim of this study was to evaluate the effect of feed additives monensin or tannins on ruminal methane production in cattle evaluated by the technique of ex situ ruminal fermentation (micro-rumen), and on rumen fermentation parameters, as well as, total tract apparent digestibility and excretion of nutrients. Six ruminally cannulated cows (873 ± 81 kg) were distributed to three diets that differed on the additive used, in a replicated 3x3 Latin square experimental design (n=18 experimental units): Control (CON): no additive; Monensin (MON) addition of 300 mg of monensin per animal per day; Tannin (TAN): addition of 100 g of concentrated extract condensed tannin obtained from black wattle (Acacia mearnsii) per animal per day. Each experimental period consisted of 21 days, and between day 5 and day 15, 2 g per kg DM consumed of the marker chromic oxide was administered via rumen cannula for determination of DM and its fractions apparent digestibility as well as, excretion of nutrients. Digestibility trial consisted of two phases, the first five days for adaptation to the marker and the last five for feces sampling. The excretion of DM and nutrients, as well as, nitrogen excretion was calculated from the data of DM digestibility and its fractions. In each trial, the last 6 days were used for data collection of dry matter intake (DMI). On day 21, ruminal fluid was collected before, 3, 6, 9 and 12 h after morning feeding to determine the concentration of short chain fatty acids (SCFA) and methane (CH4). The concentration of SCFA and CH4 were determined by gas chromatography. Rumen pH was measured by a continuous measurement device for 24 hours on day 21 of each experimental period. The fermentation technique consists of ex situ incubation of penicillin flasks with liquid and solid rumen contents in water bath for 30 minutes, with subsequent measurement of methane production by gas chromatography, with final estimation of relative energy loss (REL). The REL evaluates the efficiency of feed fermentation , in other words, verifies methane loss when compared to the other fermentation products such as acetic, propionic and butyric acids. Data were analyzed using the MIXED procedure of SAS (Version 9.2, 2010). In the model, the effect of treatment was considered fixed and the effects of period, square, and animal within square were considered random. No significant differences (P0.05) between treatments were observed for dry matter intake, apparent digestibility and excretion of DM, CP, GE, NDF, ADF, EE, NFE, MO or P, nor TDN digestibility and N excretion. There was no significant effect (P>0.05) of additives on rumen pH, concentration of total SCFA, acetic, propionic and butyric acids, as well as, NH3- N. Monensin reduced (P<0.05) methane production by 10.7%, whereas tannin reduced by 8.0%, when compared to control treatment. Relative energy loss was significantly decreased by 20.3% and 23.8% (P=0.0387) with administration of monensin and tannin when compared to control. Therefore, the use of monensin or tannin in diets with forage to concentrate ratio of 50%, shows to be an interesting option in catlle diets aiming to improve energy efficiency in animals, not interfering on intake, digestibility and nutrient excretion with consequent reduction in methane emissions.
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Efeito do processamento do milho grão na eficiência de utilização de dietas com elevada proporção de concentrado por cordeiros cruzados Dorper x Santa Inês / Effect of corn grain processing utilization efficiency of diets with high concentrate by crossbred lambs Dorper x Santa InêsOliveira, Letícia Silva 18 January 2013 (has links)
Vinte e quatro cordeiros machos não castrados, Santa Inês x Dorper, com aproximadamente 90 dias de idade e peso vivo médio inicial de 27,0 ± 4,4kg, foram alimentados com uma dieta com elevada proporção de concentrado com 20% de pelete proteico-mineral (Grano Entero®), 5% de feno de capim coast cross e 75% de milho, na forma de milho grão inteiro (MGI), milho grão moído (MGM) ou milho grão úmido (MGU). Os animais foram distribuídos em um delineamento em blocos ao acaso, de acordo com o peso vivo inicial, com três tratamentos e oito repetições. Os alimentos e as sobras foram pesados diariamente e os animais, a cada 14 dias, sem jejum de alimentos ou água. Após 65 dias de confinamento, os animais foram abatidos com peso vivo médio final (PVF) de 47,97 ± 5,13kg e obteve-se o peso de carcaça quente (PCQ), o pH (pH1h) e a temperatura (T1h). Após 24 horas de refrigeração, o peso de carcaça fria (PCF), o pH (pH24h) e a temperatura (T24h) foram novamente aferidos. As carcaças foram serradas entre a 12ª e 13ª costelas para a realização das medidas na carcaça de área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura subcutânea (EGS). Três amostras do músculo Longissimus dorsi de cada animal foram coletadas, para as análises de maciez, cor e perda por cocção (PAC). Os efeitos dos tratamentos foram analisados usando-se o procedimento GLM do SAS®. O ganho de peso médio diário e a eficiência alimentar (kg ganho/kg IMS) não diferiu (P>0,05) entre as dietas, com média de 0,33kg e 0,28kg, respectivamente. Não houve diferença (P>0,05) entre os tratamentos, quanto à ingestão diária de matéria seca em kg (1,20kg) ou em percentagem de peso vivo (3,17%). Em relação ao PCQ, animais que receberam MGM apresentaram diferenças de peso das carcaças (P<0,05) em relação aos animais que receberam MGU, e semelhança de pesos com os animais que receberam MGI com respectivas médias de 23,90 kg, 21,35 kg e 23,15 kg. O rendimento de carcaça quente (47,5%), rendimento de carcaça fria (46,25%), a AOL (15,6cm2) e EGS (2,7mm) também não foram afetados pelos tratamentos. Observou-se aumento (P<0,05) do PCF nos animais que receberam MGM e MGI, quando comparados aos animais que receberam MGU, com médias de 22,97kg, 22,84kg e 20,81kg. Não foram observadas diferenças (P>0,05) para as variáveis qualitativas de maciez, cor e PAC. O processamento dos grãos de milho não teve influência acentuada sobre as características de desempenho ou de carcaça, exceto para PVF, PCQ e PCF. No entanto, o MGI apresentou ganho de peso significativo em relação aos outros tratamentos, além de ser mais prático na sua utilização não apresentando despesas de processamento. / Twenty four Santa Inês x Dorper crossbred not castrated lambs, approximately 90 days old and average initial weight of 27.07 ± 4.36kg were fed a high concentrate diet 20% protein-mineral pellet (Grano Entero®), 5% coast cross hay and 75% corn as whole corn grain (WCG), grounded corn grain (GCG) or high moisture corn (HMC). The animals were assigned to a randomized block design. Feed and orts were weighted daily and each 14 days the animals were also weighed. After 65 days feeding the animals were slaughtered with an average final weight (AFW) of 47.97 ± 5.13kg and hot carcass weight (HCW), pH (pH1h) and temperature (T°1h) were measured. After 24 hours of chilling the cold carcass weight (CCW), pH (pH24h) and temperature (T°24h) were again measured, thus obtaining the hot carcass yield (HCY) and cold carcass yield (CCY). The carcasses were ribbed between 12th and 13th ribs to measure the loin eye area (LEA) and the subcutaneous fat thickness (SFT). Three samples of the Longissimus muscle of each animal were collected for analyzes of tenderness, color and weight loss due to cooking (WLC). Effects of treatments were analyzed using the GLM procedure of SAS®. The average daily weight gain and feed efficiency (kg gain/kg DMI) of the animals did not differ between diets (P>0.05), with an average of 0.33kg and 0.28kg, respectively. There was no difference between treatments (P>0.05) for DMI in kg (mean = 1.20) or when expressed as a percentage of live weight (mean=3.17 %). In relation to the CCW, animals that received GCG had greater carcass weight (P<0.05) compared to animals receiving HMC, and similar weights with animals receiving WCG with respective averages of 23.90kg, 21.35 and 23.15kg. Treatments WCG and HMC did not differ among themselves. HCY (mean=47.5%), CCY (mean=46.25%), LEA (mean=15.6cm2) and SFT (mean=2.7mm) were not affected by treatments. The same result was observed for cold carcass weight (P<0.05), averaging 22.97kg, 22.84kg and 20.81kg. There were no differences (P>0.05) for qualitative variables of softness, color and WLC. Corn grain processing had no influence on the performance or carcass characteristics except for AFW, HCG and CCY. However, whole corn showed significant weight gain compared to other treatments, since it has no processing expenses.
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Estudo das perdas de amido em confinamentos brasileiros e do uso do amido fecal como ferramenta de manejo de bovinos confinados / Study of the starch losses in Brazilian beef cattle and use of starch as a management tool in the feedlotCaetano, Mariana 17 June 2008 (has links)
O número de animais terminados em sistema de confinamento cresce rapidamente no Brasil, concomitante com aumento no teor de amido das dietas utilizadas. A expansão da agricultura e custos mais baixos por unidade de energia digestível proveniente do grão em relação aos volumosos deve acelerar este processo. Os objetivos deste trabalho foram: a) avaliar as perdas de amido em confinamentos comerciais; b) calibrar a metodologia de NIRS para estimativa do teor de amido fecal; c) estudar as relações entre parâmetros fecais (% de amido, MS e pH) com desempenho e eficiência de bovinos Nelore e cruzados recebendo dietas de médio/alto concentrado; d) avaliar o efeito do horário de coleta e da raça dos animais no teor de amido fecal. Foram avaliados os teores de amido fecal de animais de experimentos controlados e de confinamentos comerciais. Resultados de 2.003 amostras para teor de amido fecal foram analisados. Foi observada diferença no teor de amido fecal em função do horário de coleta tanto em experimento quanto em confinamentos comerciais (P < 0,01). Os teores de amido fecal em animais 100% Nelores foram maiores em comparação com o de animais cruzados (P < 0,01). Há necessidade de padronização do horário da coleta e grupo genético para utilizar o teor de amido nas fezes como indicador do uso de amido. Para os dados de experimentos controlados houve efeito de experimento (P < 0,0001), sexo (P = 0,006) e grupo genético (P = 0,0466), sendo maior o teor de amido fecal para machos e animais Nelore, quando comparados com fêmeas e cruzados. A correlação com amido nas fezes foi baixa (r < 0,20) para as variáveis peso médio metabólico (kg0,75), consumo de matéria seca (kg/dia) e eficiência alimentar (kg/kg). Não houve correlação entre teor de amido fecal e consumo alimentar residual (CAR) para novilhas e touros Nelore, demonstrando que talvez o amido nas fezes não seja um boa ferramenta para selecionar os animais mais eficientes em dietas de baixo teor de amido. A correlação entre o teor de amido fecal com pH fecal para animais em confinamentos comerciais apresentou correlação negativa de r = -0,57 e -0,51 quando a fonte de amido foi milho e sorgo, respectivamente. Foi detectada diferença (P =0,0006) no teor de pH fecal em função da fonte de amido da dieta (milho ou sorgo), 6,55 para o milho e 6,04 para o sorgo, sugerindo um menor aproveitamento do amido para os grãos de sorgo, embora o teor de amido fecal para as diferentes fontes avaliadas não tenha sido diferente (P = 0,29). Já para a %MS fecal, houve efeito de fonte de amido (P = 0,06), sendo os teores para milho menores (20,5%) em relação ao sorgo (23,1%). As 1.985 análises de amido nas fezes tanto dos experimentos quanto dos confinamentos comerciais permitiram a obtenção e validação de uma equação de calibração do NIRS para teor de amido fecal. Uma parte dos dados coletados foram utilizados na calibração e outra parte na validação independente da equação. Foram feitas equações para três diferentes conjuntos de amostras: a) todas independente da fonte de amido; b) amostras contendo o milho como principal fonte de amido; c) amostras contendo o sorgo como principal fonte de amido. Todas as equações apresentaram boa habilidade preditiva (R2 > 0,92), alta acurácia (erros sistemático inferior a 2% do teor de amido fecal) sendo que uma única equação pode ser utilizada para estimar o teor de amido fecal independente da fonte de amido da dieta. / The number of animals finished in the feedlot system is rapidly growing in Brazil. At the same time there is an increase in the starch content of the diets. The expansion of grain production and lower costs of digestible energy from grain compared to roughages should accelerate this process. The objectives of this work were: a) evaluate starch losses in commercial feedlots; b) develop the NIRS methodology for fecal starch content; c) study the relationships between fecal parameters (%starch, dry matter and pH) with performance efficiency of Nellore and crossbreed cattle receiving diets of medium/high concentrate; d) evaluate the effect of time at fecal sample collection and animal breed on fecal starch content. The fecal starch content was determined on 2,003 samples. Fecal starch content was affected by time of fecal sample collection both in the controlled experiment and in commercial feedlots (P < 0.01). There was higher fecal starch content in animals 100% zebu compared to B. taurus crossbreds (P < 0.01). There is a need to standardize the time of collection and genetic group to use fecal starch as a management tool. There was an effect of experiment (P < 0.0001), sex (P = 0.006) and genetic group (P = 0.0466), with higher fecal starch content found for males, Nellore, when compared to females and crossbreds. The correlations between fecal starch and metabolic mid weight (kg0.75), dry matter intake (kg/day) and feed efficiency (kg/kg) were low (r < 0.20). There was no correlation between fecal starch content and residual feed intake for Nellore heifers or bulls, suggesting starch content is not a good tool to determine efficient animals fed medium concentrate diets. The correlation between the level of fecal starch and fecal pH for animals in commercial feedlots showed a negative correlation of r = -0.57 and -0.51 when corn and sorghum were the sources of starch. Fecal pH was different (P = 0.0006) depending on the source of the dietary starch, 6.55 and 6.04 for corn and sorghum respectively, suggesting lower efficiency of starch use with sorghum. However there was no difference in fecal starch percentage for the two starch sources evaluated (P = 0.29). For the fecal DM, there was an effect of source of starch (P = 0.06), lower for corn (20.5%) when compared to sorghum (23.1%). The database obtained with the 1,985 lab analysis of fecal starch from both controlled experiments and commercial feedlots were used to develop a NIRS calibration equation for fecal starch content. Part of the analysis was used to independently validate the equations. Equations were developed from three different sets of samples: a) all samples regardless the starch source; b) samples where corn was the main source of starch c) samples were sorghum was the main source of starch. All equations had good predictive ability, with high regression coefficients (R2 > 0.92) and low bias (< 2%) indicating high accuracy with independent data. Results suggest a single equation can be used to estimate the fecal starch regardless the source of starch in the diet.
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Efeito da inclusão de óleo de canola na dieta de vacas em lactação / Effect of canola oil inclusion in diets of lactating dairy cowsWelter, Katiéli Caroline 09 February 2015 (has links)
Objetivou-se com o presente estudo avaliar o efeito da inclusão de níveis de óleo de canola na dieta de vacas em lactação sobre a produção, composição do leite, digestibilidade aparente total, variáveis sanguíneas e ruminais. Foram utilizadas 18 vacas de raça Holandês, com produção média de 22 (± 4) kg/dia em estágio intermediário de lactação. As vacas foram distribuídas em delineamento quadrado latino, com 6 quadrados contemporâneos, 3 períodos e 3 tratamentos: T1= dieta controle (sem adição de óleo); T2= inclusão de 3% de óleo de canola na dieta e T3= inclusão de 6% de óleo de canola na matéria seca da dieta. A inclusão de óleo de canola na dieta de vacas em lactação reduziu linearmente a produção de leite em 2,51 kg/vaca/dia, ácidos graxos saturados em 20,24%, relação ômega6/ômega3 em 39,45%, índice de aterogenicidade em 48,36%, índice de trombogenicidade em 39,86% no leite, o consumo de MS em 2,25kg/d, FDN em 0,87kg/dia, PB em 0,45kg/dia, a digestibilidade da FDN em 5% no tratamento 6% quando comparado ao tratamento controle. Ao incluir 6% de óleo de canola na dieta das vacas houve um aumento linear na concentração no leite de ácidos graxos insaturados em 34,08%, ômega 3 em 115%, ácido rumênico (CLA) em 16,50%, ácido oleico em 44,87% e o índice h/H em 94,44% em comparação ao tratamento controle. O colesterol, HDL e LDL sanguíneos aumentaram linearmente conforme a inclusão do óleo em 34,88 mg/dL, 11,69 mg/dL e 23,98 mg/dL respectivamente, do tratamento 6% em relação ao controle. Não houve efeito da inclusão do óleo de canola sobre o pH ruminal, concentração de nitrogênio amoniacal e ácido propiônico. As variáveis ácido acético, butírico e a relação acético/propiônico, reduziram linearmente conforme a inclusão do óleo de canola. A inclusão de óleo de canola na dieta de vacas em lactação reduz o consumo, produção de leite e a gordura do leite, porém aumenta a concentração de ácidos graxos benéficos para a saúde humana como CLA, ômega 3 e ácido oleico. O óleo de canola não causa problemas à saúde das vacas, pois as variáveis sanguíneas e ruminas estão dentro da normalidade para vacas em lactação. / The aim of this study was to evaluate the effect of canola oil inclusion in the diet of dairy cows on milk yield and composition, total apparent digestibility, blood and ruminal variables. Were used 18 Holstein cows averaging 22 (± 4) kg/day of milk yield in the middle stage of lactation. The cows were distributed in a Latin square design, with 6 contemporary square, 3 periods and 3 treatments: T1 = control diet (without inclusion of oil); T2 = inclusion of 3% canola oil in the diet and T3 = inclusion of 6% canola oil in the diet (dry matter bases). The inclusion of canola oil in the diet of lactating cows linearly reduced milk yield by 2.51 kg/cow/day, milk concentrations of saturated fatty acid by 20.24%, omega6/omega3 ratio by 39.45%, atherogenicity index by 48.36%, thrombogenicity index by 39.86%, dry matter intake by 2,25kg/d, and ingestion of NDF by 0,87kg/day and CP by 0,45kg/day; and NDF digestibility by 5% in treatment 6% when compared with 0% treatment. With inclusion 6% canola oil in the diet of dairy cows was observed a linear increase in milk concentration of unsaturated fatty acids by 34.08%, omega-3 by 115%, rumenic acid (CLA) by 16.50%, oleic acid by 44.87% and the h/H index by 94.44%, when compared with control diet. The blood concentrations of total cholesterol, HDL and LDL linearly increased in 34.88 mg/dL, 11.69 mg/dL, and 23.98 mg/dL, respectively, according to inclusion of canola oil from 0 to 6% in the diet. No effect of inclusion of canola oil was observed on ruminal pH, and concentrations of ammonia nitrogen and propionic acid. The variables acetic and butyric acids, and acetic/propionic ratio, were linearly reduced with inclusion of canola oil. The inclusion of canola oil in the diet of lactating cows reduces the dry mater intake, milk yield and fat content, but increases the milk concentration of fatty acids with human health benefits, as CLA, omega-3 and oleic acid. Canola oil does not cause problems to health of cows, as blood and ruminal variables are within normal ranges for lactating cows.
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Ação preventiva de fármacos antiácidos e potenciais biomarcadores para úlcera abomasal decorrente do uso de fenilbutazona em ovinos adultos / Preventive action of antacid drugs and potential biomarkers for abomasal ulcer due to phenylbutazone use in adult sheepMorgado, Aline Alberti 29 January 2018 (has links)
Úlceras abomasais acarretam diminuição do bem-estar e da produção de leite e carne, porém informações quanto a sua etiopatogenia, diagnóstico, prevenção e tratamento ainda são insuficientes, em especial quando acometem ruminantes adultos. Os protocolos utilizados para prevenção e tratamento desta enfermidade são extrapolados dos determinados para a lesão estomacal em monogástricos, havendo ainda incertezas sobre o efeito dos princípios ativos, doses e vias de administração mais adequados para ruminantes. Com o intuito de testar a capacidade da ranitidina e do omeprazol prevenirem o aparecimento de úlcera abomasal realizou-se administração dos antiácidos concomitantemente ao uso de fenilbutazona por sete dias (4,4 mg/kg, duas vezes ao dia, pela via intravenosa). Oito ovinos hígidos e canulados em abomaso foram distribuídos em dois quadrados latinos 4x4 e tratados com 2 mg de ranitidina/kg de peso vivo, pela via intravenosa, a cada doze horas; 0,4 mg/kg de omeprazol, pela via intravenosa, uma vez ao dia; 4 mg/kg de omeprazol em pasta, via oral, uma vez ao dia; ou nenhum medicamento antiácido (controle). Omeprazol administrado pela via intravenosa desencadeou flebite e maior número de animais apresentou lesões na mucosa abomasal. Omeprazol em pasta não foi eficaz na prevenção de úlcera do tipo 1a. Embora sem diferença entre os grupos, a ranitidina revelou o menor número de animais com lesões confirmadas pelo exame histológico; no entanto, este antagonista H2 ocasionou aumento da frequência cardíaca. O pH e a acidez do conteúdo abomasal, as concentrações séricas do pepsinogênio e da lisozima, bem como a pesquisa de sangue oculto fecal não se mostraram válidos para o diagnóstico da úlcera de abomaso do tipo 1a em ovinos adultos. / Abomasal ulcers reduce welfare and production of milk and meat, but information about their etiopathogenesis, diagnosis, prevention and treatment is still insufficient, especially for adult ruminants. Protocols used for prevention and treatment of this disease are extrapolated from those determined for gastric lesions in monogastric animals. However, there are still uncertainties about the preventive effect of these drugs, the used doses and best route of administration to ruminants. The preventive action of ranitidine and omeprazole on the development of abomasal ulcers was tested. The antacid drugs were administered concomitantly to phenylbutazone over seven days (4.4 mg/kg twice a day, intravenously). Eight healthy sheep, cannulated in abomasum, were distributed in two 4x4 Latin squares and treated with 2 mg/kg of ranitidine every 12 hours; 0.4 mg/kg of omeprazole, administered intravenously once a day; 4 mg/kg of omeprazole paste, administered orally once a day; or no antacid drug (control). Intravenously administered omeprazole caused phlebitis and a higher number of animals had lesions in the abomasal mucosa. Omeprazole paste was not effective in the prevention of type 1a ulcer. Although there was no difference between groups, ranitidine showed the lowest number of animals with lesions diagnosed by histological examination; however, this H2 antagonist caused an increase in heart rate. Measurements of pH and acidity of abomasal contents, serum pepsinogen and lysozyme concentrations, as well as fecal occult blood screening were concluded not to be valid biomarkers for type 1a abomasal ulcers in adult sheep.
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Papel da mitocôndria na homeostase oxidativa e na funcionalidade de espermatozoides ovinos submetidos à criopreservação / Role of mitochondria in oxidative homeostasis and functionality of ram sperm submitted to cryopreservationLosano, João Diego de Agostini 05 December 2016 (has links)
Estudos têm demonstrado a importância da mitocôndria para a funcionalidade do espermatozoide, referindo-a como a principal fonte de energia para a motilidade e a homeostase celular. No entanto, para algumas espécies animais, estudos recentes indicam que a glicólise parece ser o principal mecanismo de produção de ATP para a motilidade espermática, superior à fosforilação oxidativa. Em ovinos estudos envolvendo o metabolismo energético do espermatozoide são necessários não apenas pelo seu interesse zootécnico, mas também como modelo experimental para bovino, espécie na qual este mecanismo é também pouco conhecido. Apesar da importância da mitocôndria para o metabolismo celular durante a fosforilação oxidativa, são produzidos metabólitos denominados Espécies Reativas de Oxigênio, as quais possuem um papel fundamental em diversos processos fisiológicos. No entanto, um eventual desequilíbrio entre a produção de EROs e os mecanismos antioxidantes caracteriza o estresse oxidativo, que pode ser letal para as células espermáticas. Ademais, estudos anteriores relacionam as disfunções mitocondriais causadas pela criopreservação espermática ao estresse oxidativo e a diminuição da atividade mitocondrial. Desta forma, acreditamos que injúrias mitocondriais durante a criopreservação são a origem da produção excessiva de fatores pró-oxidativos e, em última análise, causadores dos danos espermáticos pós-descongelação e diminuição da motilidade. Em face do exposto, a hipótese central do presente experimento é que o espermatozoide ovino, após despolarização mitocondrial por desacoplamento da fosforilazação oxidativa e suplementação para a glicólise, é capaz de manter a produção de ATP e, consequentemente, a motilidade espermática. Ainda, um leve desacoplamento mitocondrial é benéfico para os espermatozoides durante a criopreservação por diminuir as crioinjúrias mediadas por disrupções mitocondriais. Em relação aos nossos estudos de fisiologia, observamos no experimento 1 que os espermatozoides ovinos, mesmo apresentando suas mitocôndrias despolarizadas são capazes de manter a motilidade total. Este resultado nos sugere que a via glicolítica possivelmente é capaz de manter a motilidade espermática. Por outro lado, o desacolpamento mitocondrial alterou os padrões do movimento espermático, nos sugerindo que a mitocôndria possui um papel mais importante na qualidade do movimento espermático do que na motilidade total. Ainda, no experimento 2 observamos que a via glicolítica, após ser estimulada, é capaz de manter os níveis de ATP, os padrões de cinética espermática e a homeostase oxidativa dos espermatozoides epididimários bovinos submetidos ao desacoplamento mitocondrial. Em relação ao nosso estudo aplicado (experimento 3), observamos que os espermatozoides ovinos criopreservados submetidos à um leve desacoplamento mitocondrial concomitantemente à estimulação da via glicolítica apresentaram maior motilidade, menor peroxidação lipídica, menor susceptibilidade da cromatina à denaturação ácida e maior potencial de membrana mitocondrial. Estes resultados nos indicam que um leve desacoplamento mitocondrial durante a criopreservação espermática é capaz de proteger as mitocôndrias contra as crioinjúrias e consequentemente melhorar a qualidade espermática pós-descongelação. / Studies have demonstrated the importance of mitochondria in the sperm functionality, referring to it as the main source of energy for motility and cellular homeostasis. However, for some animal species, recent studies indicate that glycolysis seems to be the main mechanism ATP production for sperm motility, higher than the oxidative phosphorylation. In ovine studies involving energy metabolism of sperm are required not only for their livestock interest, but also as an experimental model for bovine species in which this mechanism is also unknown. Despite the importance of mitochondria for cellular metabolism during oxidative phosphorylation, they are produced metabolites called reactive oxygen species, which have a key role in many physiological processes. However, any imbalance between ROS and antioxidant mechanisms characterizes oxidative stress, which may be lethal for the sperm cells. Moreover, previous studies relate to mitochondrial dysfunction caused by oxidative stress on sperm cryopreservation and decreased mitochondrial activity. Thus, we believe that mitochondrial injury during cryopreservation are the source of excessive production of pro-oxidative factors and ultimately, causing the post-thaw sperm damage and decrease in motility. In view of the above, the central hypothesis of this experiment is that the ovine sperm after mitochondrial depolarization by uncoupling of oxidative phosphorylation and glycolysis supplementation is capable of maintaining the ATP production and consequently sperm motility. Additionally, a mild mitochondrial uncoupling is beneficial for spermatozoa during cryopreservation by decreasing the cryoinjuries mediated by mitochondrial disruption. Regarding our physiology studies, we observed in experiment 1 that the ovine sperm, even with their depolarized mitochondria are able to maintain total motility. This result suggests that the glycolytic pathway is possibly able to maintain motility. Moreover, the fact that mitochondrial uncoupling altered sperm movement patterns suggests that mitochondria has a more important role in the quality of sperm kinetic than the total motility. Furthermore, in the experiment 2 we observed that glycolytic pathway, after being stimulated, is able to maintain ATP levels, sperm kinetics patterns and oxidative homeostasis of bovine epididymal spermatozoa submitted to mitochondrial uncoupling. Regarding our applied study (Experiment 3), we observed that cryopreserved ovine sperm submitted to mild mitochondrial uncoupling concurrently with glycolysis stimulation showed increased motility, lower lipid peroxidation, lower susceptibility of chromatin to acid denaturation and higher mitochondrial membrane potential. These results indicate that a slight mitochondrial uncoupling during sperm cryopreservation can protect mitochondria against cryoinjuries and hence improve the post-thaw spermatozoa quality.
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Cinética digestiva e síntese microbiana ruminal em ovinos alimentados com fenos de três qualidades distintas. / Digesta kinetics and rumen microbial synthesis in sheep fed three different quality hays.Bueno, Ives Cláudio da Silva 02 October 2002 (has links)
O objetivo deste trabalho foi avaliar fenos de valores nutritivos distintos na nutrição de ovinos quanto à capacidade de síntese microbiana e à cinética digestiva, através de ensaios in vitro, in situ e in vivo, baseados em metodologias convencionais e nucleares. Foram utilizados seis ovinos da raça Santa Inês com peso vivo médio de 40±5,7 kg e providos de cânulas no rúmen e no duodeno proximal. Fenos de alfafa (ALF), de braquiária (BRA) e de Tifton-85 (TIF) foram escolhidos devido a seus teores de proteína bruta (PB) (respectivamente, 191, 29 e 75 g.kg-1 MS). Dois delineamentos experimentais foram utilizados: quadrado latino amalgamado (3 tratamentos, 3 períodos e 6 animais) e fatorial completo (3 substratos e 3 inóculos). O primeiro delineamento foi utilizado para os ensaios de consumo voluntário (CVMS), degradabilidade ruminal in situ, parâmetros ruminais, digestibilidade aparente, balanço de nitrogênio, trânsito de digesta e trânsito e síntese de proteína microbiana in vivo. O segundo delineamento foi utilizado para os ensaios in vitro de degradabilidade ruminal, produção de gases e síntese de proteína microbiana. Os fenos apresentaram diferenças (P < 0,05) quanto à sua composição química (matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente neutro, hemicelulose, celulose e PB). O CVMS de ALF foi superior (P < 0,05) aos de BRA e TIF e refletiu a forte relação entre consumo e teor de PB na dieta. As degradabilidades ruminais in situ e in vitro demonstraram a baixa fermentabilidade de BRA, fato que foi comprovado pela técnica in vitro de produção de gases. Não houve diferenças (P > 0,05) entre os valores de pH ruminais dos animais alimentados com ALF, BRA ou TIF, porém a concentração de nitrogênio amoniacal ilustrou bem a importância da proteína dietética para garantir um ambiente ruminal saudável. O tratamento BRA não forneceu proteína suficiente para suprir a quantidade mínima de nitrogênio amoniacal solúvel no rúmen, nem mesmo nas primeiras horas pós prandiais. Os coeficientes de digestibilidade aparente de matéria seca e matéria orgânica foram superiores (P < 0,05) para ALF. A digestibilidade aparente da PB apresentou diferenças (P < 0,05) entre os três tratamentos, sendo que a maior foi observada para ALF (0,694) e a segunda, para TIF (0,500). A digestibilidade aparente da PB de BRA foi praticamente nula (0,001), indicando déficit protéico intenso, o que pôde ser comprovado pelo balanço de nitrogênio. A técnica in vitro de incorporação de radiofósforo para estimativa da síntese microbiana mostrou que houve efeito do tipo de inóculo (P = 0,0089) mas não do período, do substrato ou da interação inóculo*substrato (P > 0,05). A técnica de derivados de purina, por outro lado, conseguiu representar as diferenças na capacidade de síntese microbiana, sendo que a maior produção microbiana foi observada para ALF. A análise geral dos resultados permitiu concluir que: i) o CVMS e a digestibilidade aparente dos fenos foram influenciados pela composição química dos alimentos, pela eficiência microbiana e pelas cinéticas de degradação, fermentação, passagem e digestão; ii) alimentos com baixo teor protéico tiveram efeito prejudicial no aproveitamento de nutrientes por ovinos e na manutenção de um ambiente ruminal saudável; iii) as técnicas in situ e in vitro para estimativa da cinética de degradação foram compatíveis; e iv) a cinética fermentativa (produção de gases) descreveu com maior fidelidade a degradação do alimento devido à ação microbiana. / The objective of this work was to evaluate hays of distinct nutritive values in sheep nutrition regarding to microbial synthesis capacity and digestive kinetics, through in vitro, in situ and in vivo assays, based in conventional and nuclear methodologies. Six Santa Inês sheep (LW = 40±5.7 kg) with rumen and duodenum cannulas were used. Alfalfa (ALF), signalgrass (BRA) and Tifton-85 (TIF) hays were chosen due to their crude protein (CP) content (respectively, 191, 29 and 75 g.kg-1 DM). Two experimental designs were used: Latin square (3 treatments, 3 periods and 6 animals) and complete factorial (3 substrata and 3 inocula). The first one was used for assays of voluntary intake (DMI), in situ rumen degradability, rumen parameters, apparent digestibility, nitrogen balance, digesta transit and in vivo microbial protein transit and synthesis. The second one was used for in vitro assays of rumen degradability, gas production and microbial protein synthesis. Treatments presented differences (P < 0.05) in their chemical composition (DM, OM, NDF, hemicellulose, cellulose and CP). DMI of ALF was superior (P < 0.05) to BRA and TIF DMI and it reflected the strong relationship between intake and CP content in the diet. In situ and in vitro rumen degradabilities showed the poor fermentability of BRA, fact demonstrated by in vitro gas production technique. There were no differences (P > 0.05) between rumen pH values for animals fed with ALF, BRA or TIF, however, ammonia nitrogen concentration illustrated the importance of the dietary protein to guarantee a healthful rumen environment. Treatment BRA did not supply protein enough to supply the minimum amount of rumen soluble ammonia nitrogen. DM and OM apparent digestibility coefficients were superior (P < 0.05) for ALF. CP apparent digestibility presented differences (P < 0.05) between the three treatments, being ALF (0.694) the highest observed followed by TIF (0.500). CP apparent digestibility of BRA was practically null (0.001), indicating intense protein deficit, what it could be proven by nitrogen balance. The in vitro radiophosphorous incorporation for estimating the microbial synthesis showed that there was effect of inoculum (P = 0.0089), but not of period, substratum or inoculum*substratum interaction (P > 0.05). Purine derivatives technique, on the other hand, showed the differences in microbial synthesis capacity, where the greatest microbial production was observed for ALF. The general analysis of the results allowed to conclude that: i) DMI and apparent digestibility of hays were influenced by chemical composition of feeds, by microbial efficiency and by degradation, fermentation, passage and digestion kinetics; ii) feeds with low protein content had negative effect in sheep nutrient availability and in the maintenance of a healthful rumen environment; iii) in situ and in vitro techniques for estimating the degradation kinetics were compatible; and iv) fermentative kinetics (gas production) described with higher fidelity the feed degradation due to microbial activity.
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Detecção de Enterococcus resistentes a vancomicina em criações comerciais de ovinos e caprinos das regiões centro-leste e nordeste do Estado de São Paulo / Detection of vancomycin-resistant enterococci in sheep and goat farms from Central-Eastern and Northeastern regions of São Paulo StateJimenez Obando, Eliana Marcela 23 March 2016 (has links)
As exigências das condições higiênico-sanitárias na produção de animais de interesse zootécnico vêm aumentando progressivamente dada à necessidade de aliar-se produtividade a produtos de alta qualidade para atender a mercados consumidores cada vez mais exigentes. Nesse sentido, a utilização de antimicrobianos, tanto na profilaxia como na terapêutica, permanece como estratégia de controle para vários microrganismos patogênicos, de importância não apenas para a produção animal como também para a saúde humana, ainda que restrições ao uso indiscriminado desses produtos têm se intensificado. Não obstante, o uso excessivo desses produtos está associado à seleção de microrganismos resistentes nas áreas de produção. Por outro lado, investigações sobre circulação de cepas resistentes em rebanhos animais, até então restritas a populações humanas, ainda permanecem limitadas no Brasil. Bactérias do gênero Enterococcus, integrantes usuais da microbiota gastrointestinal animal e humana, são indicadoras ambientais de contaminação fecal e tem-se tornado objeto de preocupação em saúde pública e veterinária dada a ocorrência de cepas resistentes à vancomicina (VRE). O presente trabalho teve como objetivo isolar, quantificar e caracterizar VRE presentes em amostras fecais de ovinos oriundos de pequenas propriedades das regiões centro-leste e nordeste do estado de São Paulo. Para tanto, 132 amostras fecais foram coletadas diretamente do reto dos animais ou do piso das instalações. As amostras foram semeadas em ágar m-Enterococcus e subcultivadas em Ágar Bile Esculina acrescido de 6 µg/mL de vancomicina (ABEV), para confirmação de Enterococcus spp e detecção de cepas resistentes. Procedeu-se igualmente a observação da morfologia, características tintoriais, bioquímicas e moleculares. O número máximo de Enterococcus spp. encontrado foi de 2,6 × 105 e 1,70 × 105 UFC/g de fezes do ambiente e dos animais, respectivamente. Na caracterização bioquímica espécies mais prevalentes foram: Enterococcus faecalis e Vagococcus fluvialis. No ABEV, houve crescimento de colônias VRE em 33 das 84 amostras de ovinos-caprinos e em 21 das 48 amostras ambientais, representando, respectivamente 46,7% e 29,3% das amostras analisadas. A análise por multiplex PCR das 54 cepas VRE obtidas indicaram que 23 (43%), 22 (41%), 2 (3,5%) e 2 (3,5%) foram positivas, respectivamente, para os genes vanC2/C3, vanC1, vanA e vanB, sendo que para 5,3% dos isolados nenhum produto foi amplificado, sugerindo a possível ocorrência de genes dos demais grupos van conhecidos entre os isolados. Os resultados obtidos indicam, de forma inédita no país, a circulação de VRE em propriedades produtoras de ovinos e caprinos, sem ocorrência de manifestações clínicas aparentes nos animais, porém com possíveis riscos à saúde dos produtores e profissionais envolvidos, bem como a eventuais consumidores. / Demands for sanitary conditions in animal farming have been increasing progressively given the need to combine productivity and high quality products to support increasingly demanding consumer markets. In this context, antimicrobial drugs used in prevention as well as in therapy remain as the control strategy for several pathogenic microorganisms, not important only in animal production but also in human health, although restrictions for the indiscriminate use of these drugs have been intensified. However, the excessive use of these products has been associated to the selection of resistant microorganisms in production areas. On the other hand, investigation on strains of public health importance circulating in animal herds is still limited in Brazil. Enterococcus genus bacteria, usually present in animal and human gastrointestinal microbiota, are environmental indicators of fecal contamination and have become a concerning subject in public and veterinary health given the occurrence of strains resistant to vancomycin (VRE). The present study aimed to isolate, quantify and characterize VRE present in stool samples of sheep and goats from several farms in the center-east and northeast regions of São Paulo State. Swabs collected one hundred and thirty-two stool samples either directly from the animal\'s rectum or from the ground. Samples were plated onto m-Enterococcus agar plates and subcultivated in Bile esculin agar with 6 µg/mL of vancomycin (BEAV) to confirm Enterococcus spp and detect resistant samples. Colonies were identified by colonial morphology, Gram\'s staining, biochemical, and molecular profile. The highest colony count was equal to 2.6 × 105 and 1.7 × 105 CFU/g of feces from environmental and animal samples, respectively. Regarding biochemical characterization, Enterococcus faecalis e Vagococcus fluvialis were the most prevalent species. VRE was detected on BEAV in 33 out of 84 sheep-goat samples and in 21 out of 48 ambient samples, indicating a positivity rate of 46.7% and 29.3% respectively in the investigated samples. Analysis by multiplex PCR of the obtained 54 VRE strains indicated that 23 (43%), 22 (41%) 2 (3.5%) and 2 (3.5%) were positive, respectively, for the vanC2/C3, vanC1, vanA and vanB genes, and no product was amplified for 5.3% of the isolates, suggesting the possible occurrence of other known van gene groups among the isolates. The results obtained in this study indicate, for the first time in the studied areas, the circulation of VRE in sheep and goat farms, with no occurrence of apparent clinical signs in the animals, but with possible health risks to the farmers and workers involved, as well as potential consumers.
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Modelagem de fósforo em cordeiros submetidos à infecção experimental com Trichostrongylus colubriformis com uso de 32P / Phosphorus modelling in lambs submitted to experimental infection with Trichostrongylus colubriformis with the use of 32PSilva, Tairon Pannunzio Dias e 07 March 2017 (has links)
Objetivando-se avaliar variáveis hemato-bioquímicas, digestibilidade aparente dos nutrientes e desempenho animal, assim como, o metabolismo e a cinética do fósforo (P) em cordeiros infectados experimentalmente com Trichostrongylus colubriformis, foram realizados dois experimentos. No primeiro estudo, foram utilizados 18 cordeiros machos, da raça Santa Inês, distribuídos em dois tratamentos experimentais: grupo infectado (I, n=9) e grupo controle (C, n=9) sem infecção. Os cordeiros do grupo I receberam aproximadamente 5000 L3, três vezes por semana, durante três semanas, totalizando 45000 L3 de T. colubriformis. O controle do consumo do alimento foi diário, utilizando a metodologia do tipo pair-fed (para eliminar efeito de consumo). Foram avaliados quinzenalmente, durante 75 dias, os dados de peso vivo, escore de condição corporal e amostras de sangue e fezes foram colhidas para determinação do hemograma, bioquímica sérica e contagem de ovos por grama de fezes (OPG), respectivamente. Também foi avaliado a digestibilidade aparente dos nutrientes e os parâmetros ruminais dos cordeiros. Os cordeiros apresentaram infecção moderada (OPG = 620,3 ± 594,98) com redução de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio, concentração de hemoglobina corpuscular média e proteínas totais (P < 0,1). Por outro lado, houve aumento do número de plaquetas, bem como a quantidade de eosinófilos circulantes quando comparado aos cordeiros do grupo C (P < 0,1). Não houve alteração no consumo voluntário dos cordeiros I (P > 0,05), porém houve menor digestibilidade da MS (P < 0,1). Diante disso, conclui-se que a infecção por T. colubriformis alterou parâmetros hematológicos, bioquímicos, não interferindo no consumo de matéria seca, mas, reduzindo digestibilidade da MS em cordeiros infectados. No segundo estudo, objetivou-se avaliar o metabolismo e a cinética do P em cordeiros infectados experimentalmente com T. colubriformis utilizando a técnica de diluição isotópica e modelagem. Para tanto, foram utilizados 15 cordeiros distribuídos nos tratamentos infectado (I, n=8) e controle (C, n=7) como descrito acima. Após 66 dias da última inoculação foi injetado 6,6 MBq de 32P/cordeiro para avaliar a cinética do mineral. Amostras de sangue, fezes e urina foram coletados nos sete dias seguintes, com abate dos cordeiros no último dia para colheita de amostras dos tecidos ósseo e moles (fígado, rim, coração e músculo). Para análises dos fluxos de P foi utilizado o modelo biomatemático descrito por Lopes et al. (2001). Foi verificado consumo semelhante de P (VI) entre os cordeiros dos dois tratamentos (P > 0,1), menor absorção das frações do P endógeno (Vaf) e dietético (Vaa) bem como maior excreção do P de origem dietético (VFD) nos cordeiros I (P < 0,1). Com a menor absorção (VaT) de P em cordeiros I, houve, consequentemente, menor distribuição e menor incorporação de P nos ossos (VO+D). Conclui-se que o metabolismo de P de cordeiros infectados por T. colubriformis foi alterado, com redução da sua absorção intestinal e biodisponibilidade, com aumento da perda fecal e redução do fluxo de P para ossos / Aiming to evaluate hemato-biochemical variables, apparent digestibility and performance as well as the metabolism and kinetic of phosphorus (P) in lambs experimentally infected with Trichostrongylus colubriformis, two experiments were conducted. At the first study, 18 male lambs were distributed in two experimental treatments: infected group (I, n=9) and control group (C, n=9) unaffected. Infected lambs received approximately 5000 T. colubriformis infective larvae (L3), three times per week, during three weeks, totalling 45 000 T. colubriformis L3. The control of daily feed intake was performed (pair-fed). Data of live weight, body condition score and samples of blood and faeces were collected fortnightly, during 75 days to analyze the hemogram, biochemical variables and faecal egg count (FEC), respectively. In addition, apparent digestibility and ruminal parameters of lambs were determined. Lambs presented moderate infection (FEC = 620.3 ± 594.98) with decreased erythrocytes, haemoglobin, hematocrit, mean corpuscular volume, mean corpuscular hemoglobin concentration and total protein. On the other hand, increased platelets counts as well as the amount of circulating eosinophils when compared to the group C (P < 0.1). The voluntary intake of infected lambs was not altered, but there was lower dry matter digestibility. It was concluded that T. colubriformis infection altered haematological and biochemical parameters. It did not interfere in dry matter intake, but decreased digestibility in infected lambs. In the second study, the objective was to study the metabolism and kinetic of P in lambs experimentally infected with T. colubriformis using isotope dilution technique and modelling. For this, 15 lambs distributed in the infected treatment (I, n=8) e control (C, n=7) as described above were used. After 66 days of the last inoculation was injected 6.6 MBq of 32P/lamb to evaluate the kinetics of the mineral. Blood, faeces and urine samples were collected in the following seven days and the slaughter of lambs was carried out on the last day in order to collect bone and soft tissues (Liver, kidney, heart and muscle) samples. To analyze P flows the biomathematical model described by Lopes et al. (2001) was used. Similar P intake between treatments was verified (VI) (P > 0.1), lower absorption of endogenous (Vaf) and dietary P (Vaa) as well as higher excretion of dietary P (VFD) in infected lambs (P < 0.1). With the lower absorption (VaT) of P in infected lambs, there was, consequently, lower distribution and lower incorporation of P in the bones (VO+D). It was concluded that P metabolism of lambs infected with T. colubriformis was altered, with reduced intestinal absorption and bioavailability, increased faecal loss and reduced P flow to bone
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Caracterização de isolados de Clostridium perfringens de ruminantes / Characterization of Clostridium perfringens isolates from ruminantsMiyashiro, Simone 18 February 2014 (has links)
C. perfringens é uma bactéria anaeróbia presente no intestino delgado do homem e animais em equilíbrio e, sob a ação de alguns fatores predisponentes como mudança brusca de alimentação ou super alimentação, stress no manejo ou alto parasitismo intestinal, há a proliferação do microrganismo com a consequente produção de potentes toxinas que provocam a morte do animal. Dentre as toxinas principais destaca-se a toxina alfa, importante fator de virulência, produzida por todos os tipos de C. perfringens, sendo os pertencentes ao tipo A os maiores produtores. A fim de caracterizar o microrganismo em suspeitas de enterotoxemia em ruminantes, trabalhamos com 61 amostras de intestino delgado de bovinos e 12 de ovinos como grupo estudo e no grupo controle composto de animais hígidos levados ao abate, 73 amostras de intestino delgado de bovinos e 24 de ovinos. Foram realizados procedimentos de isolamento e tipagem molecular de C. perfringens e quantificação celular, detecção molecular da toxina β2, além de avaliações moleculares qualitativa (PCR convencional) e quantitativa (PCR em tempo real) do gene da toxina alfa dos diferentes isolados. Em 29 amostras do grupo estudo bovino (47,54%) e em 4 (33,33%) do grupo estudo ovino isolou-se o microrganismo, em contrapartida no grupo controle bovino não houve isolamento do bacilo e 5 amostras do grupo controle ovino (20,83%) foram positivas. Houve diferença estatisticamente significante somente entre os grupos de bovinos (p<0,05). Todos os isolados (100%) foram classificados como tipo A, e os resultados das quantificações celulares de C. perfringens revelaram que todos os bovinos controle apresentaram <10 UFC/g de conteúdo enquanto que o grupo estudo apresentou mediana de 104 UFC/g com variações de <10 UFC/g até 108 UFC/g. Nos ovinos, a mediana no grupo controle foi 101 UFC/g assim como no grupo estudo, entretanto com clara separação de valores entre os grupos. Tanto na PCR convencional quanto na PCR em tempo real para detecção do RNAm da toxina alfa foi observado limiar de detecção de 102 cópias de cDNA por reação, porém provavelmente devido aos valores das amostras estarem próximos ao limite da sensibilidade analítica da reação, não foi observada boa reprodutibilidade da última. Já na reação molecular convencional, observou-se a presença de detecção de RNAm da toxina alfa em 60,52% dos isolados o que revela alguma diferença da presença do transcrito entre as culturas, já que nas cepas restantes não foi detectada a presença do RNAm em questão. A pesquisa do gene da toxina β2 revelou sua presença em 54,55% dos isolados de C. perfringens corroborando com a afirmativa de que o gene está amplamente distribuído entre os ruminantes. A metodologia aplicada para avaliação da expressão do gene da toxina alfa nos isolados mostrou que há diferenças dos níveis de transcrição porém não permitiu quantificar esses valores. A tipagem molecular corrobora com outros estudos quanto à importância epidemiológica do tipo A nos quadros de enterotoxemia em ruminantes, e os dados da quantificação celular permite-nos concluir que animais sadios possuem um nível basal de C. perfringens <10 UFC/g de conteúdo que não possibilita o seu isolamento. / C. perfringens is an anaerobe present in small intestine of man and animals in equilibrium, and under some predisposing factors such as sudden feeding change or super feeding, rough management or high intestinal parasitism, the microorganism multiplies with the consequent production of potent toxins that can cause animal death. Amongst the main toxins, alpha toxin is an important virulence factor, that is produced by all C. perfringens types, and those belonging to type A are its higher producer. Aiming to characterize the microorganism in ruminants suspect of enterotoxaemia, we evaluated 61 bovine small intestinal samples and 12 sheep small intestines as the study group, and for the control group composed by higid animals led to slaughterhousing, 73 bovine small intestines and 24 ovine samples. We performed microbiological culture and molecular typing of C. perfringens isolates, cellular quantification, molecular detection of 2 toxin, and qualitative and quantitative molecular evaluations of alpha toxin from different isolates by means of conventional PCR and real time PCR, respectively. In 29 samples from the bovine study group (47.54%) and in 4 (33.33%) from ovine study group the microorganism was isolated, however in the bovine control group there was no isolation success and 5 samples from sheep control group (20.83%) were positive. There was statistically significant difference only between bovine groups (p<0,05). All isolates (100%) were classified as type A, and C. perfringens cellular quantification results showed that every control bovine presented <10 CFU/g of intestinal contents while the study group presented a median of 104 CFU/g with results ranging from <10 CFU/g to 108 CFU/g. In sheep, the median value in the control group was 101 CFU/g as in the study group, but with a clear division of values between the groups. We observed the threshold detection of 102 cDNA copies per reaction in both conventional and real time PCR reactions for alpha toxin mRNA detection, however since the samples quantification values were close to the analytical sensitivity of the test, we could not observe the reproducibility in the last technique. In the conventional PCR reaction, alpha toxin mRNA was detected in 60.52% of the isolates. This result reveals some difference in the transcript presence among the cultures, since we could not detect the presence of the described mRNA in the other isolates. Beta2 toxin gene was detected in 54.55% of C. perfringens isolates corroborating with the affirmative that this gene is widely distributed among ruminants. The methodology presented herein for the evaluation of alpha toxin gene expression showed that there are differences in the transcription levels, however it didnt allow to quantify these values. Molecular typing results agree with other studies regarding the epidemiological importance of type A in the enterotoxaemia processes in ruminants, and the cellular quantification data allow us to conclude that healthy animals show a basal level of C. perfringens <10 CFU/g of intestinal content that doesnt allow its isolation.
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