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O Plutão que veio do inferno: sobre a prosa de Varlam Chalámov / Pluto that came from hell: on the prose of Varlam Shalámov

Silva, Andréa Zeppini Menezes da 27 October 2017 (has links)
Varlam Chalámov, escritor russo, nasceu em 1907 e passou dezessete anos como prisioneiro em campos de trabalho stalinistas. Em Kolimá, um dos piores campos do que ficou conhecido como Gulag, conheceu o trabalho fatal nas minas de ouro e carvão, onde quase perdeu a vida por diversas vezes. Em Contos de Kolimá, sua principal obra, transformou sua experiênciaem seis ciclos de contos de prosa concisa e poética. Para marcar sua posição literária, Chalámov cria o que chama de nova prosa, a prosa possível para os tempos depois de Auschwitz, Hiroshima, Kolimá. Em Sobre a prosa, ensaio-manifesto de 1965, e Sobre a minha prosa, de 1971, Chalámov pensa sua obra no contexto da tradição literária e da literatura de sua época. Descreve também seus objetivos e métodos artísticos. Reflete sobre o papel da literatura na cultura, sobre a relação entre verdade e ficção, sobre o significado da memória em sua prosa. O presente trabalho visa realizar uma leitura de sua obra à luz dos pressupostos do autor, no diálogo e na fricção com outros teóricos e escritores, com destaque para o papel da memória em sua produção. Traz ainda a tradução dos dois ensaios. / Russian writer, Varlam Chalámov (born 1907), spent seventeen years as a prisoner in Stalinist labor camps. Much of this time was spent in Kolimá working within the precarious gold and coal mines within Gulag, where he endured several near death experiences. He transformed these years of personal tragedy and acute observation of others into a six series of poetic short stories, which were later published as Tales of Kolimá. Within these iconic works, Chalámov creates what he referred to as new prose; the possible prose after events such as Auschwitz, Hiroshima and Kolimá. In his essays On Prose, 1965 and On my Prose, 1971, Chalámov reflects on his body of work in the context of the literary traditions of his time. He considers the role of literature in culture, the relationship of truth to fiction, and the role of memory in his prose. This paper applies the ideas in Chalámovs essays to a reading of his prose and in doing so discusses the authors opinions, with particular emphasis on his understanding of memory.
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O Plutão que veio do inferno: sobre a prosa de Varlam Chalámov / Pluto that came from hell: on the prose of Varlam Shalámov

Andréa Zeppini Menezes da Silva 27 October 2017 (has links)
Varlam Chalámov, escritor russo, nasceu em 1907 e passou dezessete anos como prisioneiro em campos de trabalho stalinistas. Em Kolimá, um dos piores campos do que ficou conhecido como Gulag, conheceu o trabalho fatal nas minas de ouro e carvão, onde quase perdeu a vida por diversas vezes. Em Contos de Kolimá, sua principal obra, transformou sua experiênciaem seis ciclos de contos de prosa concisa e poética. Para marcar sua posição literária, Chalámov cria o que chama de nova prosa, a prosa possível para os tempos depois de Auschwitz, Hiroshima, Kolimá. Em Sobre a prosa, ensaio-manifesto de 1965, e Sobre a minha prosa, de 1971, Chalámov pensa sua obra no contexto da tradição literária e da literatura de sua época. Descreve também seus objetivos e métodos artísticos. Reflete sobre o papel da literatura na cultura, sobre a relação entre verdade e ficção, sobre o significado da memória em sua prosa. O presente trabalho visa realizar uma leitura de sua obra à luz dos pressupostos do autor, no diálogo e na fricção com outros teóricos e escritores, com destaque para o papel da memória em sua produção. Traz ainda a tradução dos dois ensaios. / Russian writer, Varlam Chalámov (born 1907), spent seventeen years as a prisoner in Stalinist labor camps. Much of this time was spent in Kolimá working within the precarious gold and coal mines within Gulag, where he endured several near death experiences. He transformed these years of personal tragedy and acute observation of others into a six series of poetic short stories, which were later published as Tales of Kolimá. Within these iconic works, Chalámov creates what he referred to as new prose; the possible prose after events such as Auschwitz, Hiroshima and Kolimá. In his essays On Prose, 1965 and On my Prose, 1971, Chalámov reflects on his body of work in the context of the literary traditions of his time. He considers the role of literature in culture, the relationship of truth to fiction, and the role of memory in his prose. This paper applies the ideas in Chalámovs essays to a reading of his prose and in doing so discusses the authors opinions, with particular emphasis on his understanding of memory.
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Literatura em tempos sombrios : os porões da ditadura civil-militar no romance K. Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski

Ferreira, Rafael Nunes January 2018 (has links)
O presente estudo apresenta uma leitura da obra K. Relato de uma busca (2011), de Bernardo Kucinski, narrativa testemunhal em que o escritor aborda, ficcionalmente, o episódio histórico envolvendo o desaparecimento de sua irmã e de seu cunhado durante a ditadura civil-militar (1964-1985). Parte-se da premissa de que o testemunho é uma modalidade crucial para a compreensão da história do século XX e, por conseguinte, da produção estética desse período. Desta maneira, apoiando-se nas pesquisas que, nas últimas décadas, buscam articular as relações entre literatura e catástrofe, literatura e testemunho, literatura e trauma, pretende-se analisar as estratégias e os recursos estético-literários empregados por Kucinski na construção de sua obra testemunhal, bem como discutir a sua relevância no conjunto de textos produzidos acerca do período ditatorial. Com efeito, ao se enfatizar o componente testemunhal assente na narrativa kucinskiana, este trabalho também propõe uma reflexão sobre algumas das características do testemunho, de modo a destacar suas especificidades no contexto brasileiro. A fim de embasar as reflexões aqui propostas, recorre-se a textos de estudiosos de diversas áreas das ciências humanas, dentre eles, Walter Benjamin, Márcio Seligmann-Silva, Jeanne Marie Gagnebin, Jaime Ginzburg, Hugo Achugar, Caroline Silveira Bauer, Janaína de Almeida Teles, Eurídice Figueiredo, João Camillo Penna, Valéria de Marco. / This study presents a reading of the work K. Relato de uma busca (2011), written by Bernardo Kucinski, a testimonial narrative in which the writer, in a fictional way, approaches the historical event involving the disappearance of his sister and brother-in-law during the civil-military dictatorship (1964-1985). In this sense, it is based on the premise that the testimony is a crucial modality for understanding the XX century history and, consequently, the aesthetics production of this period. Thus, leaning on researches from the last decades that aim at articulating the relations between literature and catastrophe, literature and testimony, literature and trauma, it is aimed at analyzing the strategies and the aesthetics-literary resources used by Kucinski in the construction of his testimonial work, as well as discuss its relevance in the group of texts elaborated about the dictatorship period. Indeed, by emphasizing the witness component present in Kucinski’s work, this study also proposes a reflection about some of the characteristics of the testimony, by highlighting its specificities in relation to the Brazilian context. In order to support the reflections here suggested, it is reached for texts of several studious of the human sciences field, among them, Walter Benjamin, Márcio Seligmann-Silva, Jeanne Marie Gagnebin, Jaime Ginzburg, Hugo Achugar, Caroline Silveira Bauer, Janaína de Almeida Teles, Eurídice Figueiredo, João Camillo Penna, Valéria de Marco.
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\'Em câmara lenta\', de Renato Tapajós: a história do livro, experiência histórica da repressão e narrativa literária / \'In slow motion\', from Renato Tapajós: the story of the book, historical experience of repression and literary narrative

Maués, Eloisa Aragão 15 December 2008 (has links)
Em 1977, a Alfa-Omega, uma editora de oposição ao regime militar, publicou Em Câmara Lenta, de Renato Tapajós. Foi a primeira obra nacional, produzida por um escritor que atuou em um grupo da esquerda armada, a trazer uma reflexão crítica sobre as estratégias da guerrilha e a denunciar o emprego brutal da tortura pela repressão. O autor participara da Ala Vermelha, um agrupamento urbano de influência maoísta que empreendeu ações armadas, e por isso cumpriu pena de 1969 a 1974. Divulgado por todo o Brasil, o livro despertou a fúria de setores conservadores e levou a um episódio inusitado: em julho de 1977 Tapajós foi preso em São Paulo e ficou dez dias incomunicável, sob a acusação de que Em Câmara lenta era \"instrumento de guerra revolucionária\". Isso apesar de o livro não ter sido proibido e não ter, do ponto de vista legal, nenhum empecilho à sua circulação. Somente 15 dias depos da prisão de Tapajós, a obra foi censurada e sua venda, proibida. A partir das intricadas repercussões desse fato, o propósito principal deste trabalho é procurar demonstrar como a experiência da luta armada se transformou em narrativa literária. Para tanto, apresentamos um estudo sobre a história do livro, sobre os procedimentos empregados tanto na formação da culpa dirigida contra Renato Tapajós (com base em documentos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social, DOPS, de São Paulo, produzidos durante a investigação policial) quanto os utilizados pela defesa do caso, bem como a respeito da recepção crítica e do teor testemunhal presente no romance / In 1977, Alfa-Omega, a publish house which opposes the Military Regime, published Em Câmara Lenta, by Renato Tapajós. It was the first book to analyze the leftist guerilla groups strategies and to denounce the brutality of the torture enforced by the military and the police against the activists of those groups. Tapajós had been a militant of Ala Vermelha, an urban Maoist guerilla group, and had been jailed from 1969 to 1974. Publicized all over the country, the book was furiously received by the conservative sectors of Brazilian society. In a surprising move, Tapajós was jailed in São Paulo in July of 1977 and stayed 10 days without any communication, under the accusation that Em Câmara Lenta was a \"tool of the revolutionary guerrilla\". Formally, the book was not forbidden and legally, there was no problem to publish and publicize it. Just after 15 days of Tapajós got the jail, the book was formally censured and it was made illegal to sell it. Taking in consideration the complex repercussions of this event, the initial aim of this dissertation is to demonstrate how the leftist guerrilla experience was transformed in a literary narrative. In order to do that, I present a study of this book history, the criminal procedures enforced against Renato Tapajós (using the documentation of the State Department of Political and Social Order, DOPS, the political police of São Paulo, produced during the police investigation) and in favor of him, as well as the testimonial narrative of the romance and its critical reception by the public and the specialists.
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Aproximações entre História e Psicanálise: testemunho, trauma e sublimação em É isto um homem e Os afogados e sobreviventes, de Primo Levi / Approaches between History and Psychoanalysis: witness, trauma and sublimation in This is a man and The drowned and survivors, by Primo Levi

Pacheco, Juliana Sousa 29 June 2018 (has links)
Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-07-18T11:33:24Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Juliana Sousa Pacheco - 2018.pdf: 1238427 bytes, checksum: cfb93d005a76252ceb4719d55e8fedf6 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-07-18T11:41:37Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Juliana Sousa Pacheco - 2018.pdf: 1238427 bytes, checksum: cfb93d005a76252ceb4719d55e8fedf6 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-18T11:41:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Juliana Sousa Pacheco - 2018.pdf: 1238427 bytes, checksum: cfb93d005a76252ceb4719d55e8fedf6 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-06-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / A presente dissertação analisa a literatura de testemunho de Primo Levi, poeta e químico italiano, que foi preso pelos nazistas em 1944. O que nos interessou em seu testemunho foi a experiência narrada após a libertação de Auschwitz, na condição de judeu. Levi escreve imbuído pela dualidade psíquica que o advento da Grande Guerra lhe impõe: trauma e sublimação. Ambos são conceitos centrais para a psicanálise, o que nos levou a problematizar a relação dessa para com a História. A dissertação se realizou considerando o trabalho metodológico com os conceitos enunciados. O objetivo foi ler o testemunho de Primo Levi, a partir do arsenal freudiano. O contexto da Segunda Guerra Mundial, o antissemitismo europeu, e os elementos da psique, que se alternam após a experiência da guerra, são temas que perpassam pela narrativa de Levi. Trauma, memória e sublimação são decorrências de tal experiência e dão forma ao conteúdo narrado em nossas duas fontes: É isto um homem? e Os afogados e os sobreviventes: os delitos, os castigos, as penas, as impunidades. / A presente dissertação analisa a literatura de testemunho de Primo Levi, poeta e químico italiano, que foi preso pelos nazistas em 1944. O que nos interessou em seu testemunho foi a experiência narrada após a libertação de Auschwitz, na condição de judeu. Levi escreve imbuído pela dualidade psíquica que o advento da Grande Guerra lhe impõe: trauma e sublimação. Ambos são conceitos centrais para a psicanálise, o que nos levou a problematizar a relação dessa para com a História. A dissertação se realizou considerando o trabalho metodológico com os conceitos enunciados. O objetivo foi ler o testemunho de Primo Levi, a partir do arsenal freudiano. O contexto da Segunda Guerra Mundial, o antissemitismo europeu, e os elementos da psique, que se alternam após a experiência da guerra, são temas que perpassam pela narrativa de Levi. Trauma, memória e sublimação são decorrências de tal experiência e dão forma ao conteúdo narrado em nossas duas fontes: É isto um homem? e Os afogados e os sobreviventes: os delitos, os castigos, as penas, as impunidades.
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\'Em câmara lenta\', de Renato Tapajós: a história do livro, experiência histórica da repressão e narrativa literária / \'In slow motion\', from Renato Tapajós: the story of the book, historical experience of repression and literary narrative

Eloisa Aragão Maués 15 December 2008 (has links)
Em 1977, a Alfa-Omega, uma editora de oposição ao regime militar, publicou Em Câmara Lenta, de Renato Tapajós. Foi a primeira obra nacional, produzida por um escritor que atuou em um grupo da esquerda armada, a trazer uma reflexão crítica sobre as estratégias da guerrilha e a denunciar o emprego brutal da tortura pela repressão. O autor participara da Ala Vermelha, um agrupamento urbano de influência maoísta que empreendeu ações armadas, e por isso cumpriu pena de 1969 a 1974. Divulgado por todo o Brasil, o livro despertou a fúria de setores conservadores e levou a um episódio inusitado: em julho de 1977 Tapajós foi preso em São Paulo e ficou dez dias incomunicável, sob a acusação de que Em Câmara lenta era \"instrumento de guerra revolucionária\". Isso apesar de o livro não ter sido proibido e não ter, do ponto de vista legal, nenhum empecilho à sua circulação. Somente 15 dias depos da prisão de Tapajós, a obra foi censurada e sua venda, proibida. A partir das intricadas repercussões desse fato, o propósito principal deste trabalho é procurar demonstrar como a experiência da luta armada se transformou em narrativa literária. Para tanto, apresentamos um estudo sobre a história do livro, sobre os procedimentos empregados tanto na formação da culpa dirigida contra Renato Tapajós (com base em documentos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social, DOPS, de São Paulo, produzidos durante a investigação policial) quanto os utilizados pela defesa do caso, bem como a respeito da recepção crítica e do teor testemunhal presente no romance / In 1977, Alfa-Omega, a publish house which opposes the Military Regime, published Em Câmara Lenta, by Renato Tapajós. It was the first book to analyze the leftist guerilla groups strategies and to denounce the brutality of the torture enforced by the military and the police against the activists of those groups. Tapajós had been a militant of Ala Vermelha, an urban Maoist guerilla group, and had been jailed from 1969 to 1974. Publicized all over the country, the book was furiously received by the conservative sectors of Brazilian society. In a surprising move, Tapajós was jailed in São Paulo in July of 1977 and stayed 10 days without any communication, under the accusation that Em Câmara Lenta was a \"tool of the revolutionary guerrilla\". Formally, the book was not forbidden and legally, there was no problem to publish and publicize it. Just after 15 days of Tapajós got the jail, the book was formally censured and it was made illegal to sell it. Taking in consideration the complex repercussions of this event, the initial aim of this dissertation is to demonstrate how the leftist guerrilla experience was transformed in a literary narrative. In order to do that, I present a study of this book history, the criminal procedures enforced against Renato Tapajós (using the documentation of the State Department of Political and Social Order, DOPS, the political police of São Paulo, produced during the police investigation) and in favor of him, as well as the testimonial narrative of the romance and its critical reception by the public and the specialists.
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Voicing the Violence of Favelas

Kershisnik, Berkeley A. 13 June 2013 (has links) (PDF)
This project analyzes three examples of testimonial literature written by favela residents in Brazil to demonstrate the extent to which these accounts contest or confirm the popular news media's violent representation of favelas and their inhabitants. The literary works Quatrocentos contra um: Uma história do Comando Vermelho (1991) by William da Silva Lima and Capão pecado (2000) by Ferréz and the documentary Notícias de uma guerra particular (1999) present an insider's perspective of the violence that takes place in the favela and thus can reveal the factors that contribute to it. Through these explanations, readers and viewers become aware of the generally unheard side of the story of the repressed and ignored poor class. Lima's voice in Quatrocentos contra um serves to explain the way that crime was organized as a means of survival to combat the repression and abuse of the government, and in Capão pecado Ferréz demonstrates the difficulty that favela residents who are not involved in drug trafficking have in avoiding the violence that surrounds them because they do not have equal opportunity for education and employment. He suggests a non-violent rebellion through artistic means to build a positive image of favela inhabitants, both inside and outside of the poor community. The documentary Notícias de uma guerra particular directed by João Moreira Salles and Kátia Lund presents information that places much of the blame for violence on the lack of social structure that would integrate the poor, and more importantly allows for honest, hardworking favela residents to share their experience of trying to make a living and avoid illegal activity while suffering from the stereotype that all who live in poor communities are involved in violent activity. Together these works constitute an attempt for the violence of the favelas to be explained through the voice of favela residents themselves.
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Primo Levi: ciência, técnica e literatura / Primo Levi: science, technique and literature

Maciera, Aislan Camargo 24 September 2014 (has links)
Primo Levi (1919-1987), de origem judaica, antifascista e químico de formação, passa quase um ano de sua vida como prisioneiro em um dos campos de concentração de Auschwitz. Preso como partigiano, deportado como judeu, e sobrevivente por acaso, Levi faz daquela experiência, através da necessidade de narrar, o ponto de partida de sua literatura. Seu percurso parte da literatura de testemunho, matéria de suas duas primeiras obras, Se questo è un uomo e La tregua. Porém, sua grande vocação narrativa faz com que cultive os mais diversos gêneros ao longo de sua carreira, indo desde a autobiografia, até a poesia, o romance e os contos fantásticos e de ficção científica. A análise da obra literária de Levi, obrigatoriamente, deve considerar dois aspectos, que estão na gênese e na construção de seus escritos: o primeiro é a origem de sua literatura, nascida da experiência como prisioneiro e da observação daquele universo e que dele nunca se desprendeu; o segundo é a sua formação, pois, como químico, o olhar que dirigia ao mundo era determinado pelos preceitos da ciência que escolheu, e pela qual era apaixonado. Assim sendo, pretendemos analisar a literatura de Levi a partir da relação que ela estabelece com a ciência, com a técnica e com a tecnologia, partindo de seu livro de estreia, no qual o olhar do cientista permitiu definir o Lager como um grande experimento biológico e social. As referências para a análise serão os dois primeiros volumes de contos, que se ligam à tradição do fantástico e da ficção científica Storie naturali e Vizio di forma e os dois livros da década de 70, que apresentam a técnica e o trabalho como símbolos de liberdade: Il sistema periodico, obra na qual a química, os químicos e o seu trabalho são protagonistas; e La chiave a stella, que apresenta a exaltação do trabalho liberatório, portador de satisfação e felicidade. Dessa forma, demonstraremos que nenhuma página da literatura de Primo Levi está dissociada de sua experiência como deportado ou de sua formação científica, e isso influencia diretamente o seu estilo, transformando-o em um dos principais representantes, na literatura universal, da relação entre as duas culturas, como também em um dos principais prosadores da segunda metade do século XX. / Primo Levi (1919-1987), of Jewish origin, anti-fascist and chemist of formation, passes nearly a year of his life as a prisoner at the Auschwitz concentration camp. Captured as partigiano, deported as Jew, and survivor by chance, Levi makes that experience, through the need of narrating, the starting point of his literature. His pathway starts from the testimonial literature, subject of his first two works, Se questo è un uomo and La tregua. However, his narrative vocation makes him cultivate the most diverse genres throughout his career, from autobiography to poetry, romance, fantastic tales and science fiction. The analysis of the literary work of Levi, mandatorily, must consider two aspects that are on the genesis and construction of his writings: the first one is the origin of his literature, born from his experience as prisoner and from the observation of that universe - and from which he never came off; the second one is his formation, since, as a chemist, the way he looked at the world was determined by the precepts of the science he chose, and to which he was passionate. Therefore, we intend to analyze Levis literature from the relationship it establishes with science, technique and technology, starting from his debut book, in which the look of the scientist allows to define the Lager as a great biological and social experiment. The references for this analysis will be the first two volumes of short stories, that bind to the tradition of fantastic and science fiction Storie naturali and Vizio di forma and the two books of the 70s, that present technique and work as symbols of freedom: Il sistema periodico, work in which chemistry, chemists and their work are protagonists; and La chiave a stella, that presents the exaltation of liberatory work, promoter of satisfaction and happiness. Thus, we will demonstrate that any page of Primo Levis literature is dissociated from his experience as deported or his scientific training, and it directly influences his style, transforming it into one of the leading representatives in world literature, from the relationship between \"the two cultures \", as well as one of the major prose writers of the second half of the 20th century.
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Primo Levi: ciência, técnica e literatura / Primo Levi: science, technique and literature

Aislan Camargo Maciera 24 September 2014 (has links)
Primo Levi (1919-1987), de origem judaica, antifascista e químico de formação, passa quase um ano de sua vida como prisioneiro em um dos campos de concentração de Auschwitz. Preso como partigiano, deportado como judeu, e sobrevivente por acaso, Levi faz daquela experiência, através da necessidade de narrar, o ponto de partida de sua literatura. Seu percurso parte da literatura de testemunho, matéria de suas duas primeiras obras, Se questo è un uomo e La tregua. Porém, sua grande vocação narrativa faz com que cultive os mais diversos gêneros ao longo de sua carreira, indo desde a autobiografia, até a poesia, o romance e os contos fantásticos e de ficção científica. A análise da obra literária de Levi, obrigatoriamente, deve considerar dois aspectos, que estão na gênese e na construção de seus escritos: o primeiro é a origem de sua literatura, nascida da experiência como prisioneiro e da observação daquele universo e que dele nunca se desprendeu; o segundo é a sua formação, pois, como químico, o olhar que dirigia ao mundo era determinado pelos preceitos da ciência que escolheu, e pela qual era apaixonado. Assim sendo, pretendemos analisar a literatura de Levi a partir da relação que ela estabelece com a ciência, com a técnica e com a tecnologia, partindo de seu livro de estreia, no qual o olhar do cientista permitiu definir o Lager como um grande experimento biológico e social. As referências para a análise serão os dois primeiros volumes de contos, que se ligam à tradição do fantástico e da ficção científica Storie naturali e Vizio di forma e os dois livros da década de 70, que apresentam a técnica e o trabalho como símbolos de liberdade: Il sistema periodico, obra na qual a química, os químicos e o seu trabalho são protagonistas; e La chiave a stella, que apresenta a exaltação do trabalho liberatório, portador de satisfação e felicidade. Dessa forma, demonstraremos que nenhuma página da literatura de Primo Levi está dissociada de sua experiência como deportado ou de sua formação científica, e isso influencia diretamente o seu estilo, transformando-o em um dos principais representantes, na literatura universal, da relação entre as duas culturas, como também em um dos principais prosadores da segunda metade do século XX. / Primo Levi (1919-1987), of Jewish origin, anti-fascist and chemist of formation, passes nearly a year of his life as a prisoner at the Auschwitz concentration camp. Captured as partigiano, deported as Jew, and survivor by chance, Levi makes that experience, through the need of narrating, the starting point of his literature. His pathway starts from the testimonial literature, subject of his first two works, Se questo è un uomo and La tregua. However, his narrative vocation makes him cultivate the most diverse genres throughout his career, from autobiography to poetry, romance, fantastic tales and science fiction. The analysis of the literary work of Levi, mandatorily, must consider two aspects that are on the genesis and construction of his writings: the first one is the origin of his literature, born from his experience as prisoner and from the observation of that universe - and from which he never came off; the second one is his formation, since, as a chemist, the way he looked at the world was determined by the precepts of the science he chose, and to which he was passionate. Therefore, we intend to analyze Levis literature from the relationship it establishes with science, technique and technology, starting from his debut book, in which the look of the scientist allows to define the Lager as a great biological and social experiment. The references for this analysis will be the first two volumes of short stories, that bind to the tradition of fantastic and science fiction Storie naturali and Vizio di forma and the two books of the 70s, that present technique and work as symbols of freedom: Il sistema periodico, work in which chemistry, chemists and their work are protagonists; and La chiave a stella, that presents the exaltation of liberatory work, promoter of satisfaction and happiness. Thus, we will demonstrate that any page of Primo Levis literature is dissociated from his experience as deported or his scientific training, and it directly influences his style, transforming it into one of the leading representatives in world literature, from the relationship between \"the two cultures \", as well as one of the major prose writers of the second half of the 20th century.
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Pour une histoire culturelle du testimonial. De la notion de "témoignage" à celle de "création testimoniale" / For a cultural history of Testimony. From the notion of "Testimony" to "Testimonial Creation"

Kaliski, Aurélia 13 December 2013 (has links)
Le statut du témoignage au sein du savoir est devenu un objet de questionnements, occasionnant des affrontements entre différentes disciplines à travers l’usage de paradigmes distincts. À partir du constat de l’«émergence» récente de la catégorie de «témoignage» dans le champ littéraire, cette thèse essaie de décrire son expansion et son extension au sein de plusieurs disciplines (droit, histoire, philosophie, critique et théorie littéraires) et d’examiner l’hypothèse selon laquelle son développement dans le champ des sciences humaines et sociales correspondrait en réalité à sa profonde mise en crise. Pour définir la notion de «témoignage» en littérature au XXe siècle, elle entreprend de poser les jalons d’une «histoire culturelle» des gestes testimoniaux et des notions de «témoignage», en vue de définir un objet théorique pertinent pour la théorie et la critique littéraires. Son but est de comprendre la manière dont le «témoignage» est devenu une catégorie à la fois nébuleuse et centrale de la vie culturelle en Occident, et de mettre en évidence la spécificité des formes testimoniales au XXe siècle. En introduisant les notions de «littérature testimoniale», d’«œuvre testimoniale» et de «création testimoniale» elle veut préciser la notion de «témoignage» et lui rendre sa complexité. Il s’agit donc de retrouver l’intelligence historique de la notion, afin d’en faire une catégorie pleinement opératoire pour le discours critique et de construire les fondements d’une «histoire culturelle du testimonial» qui retrace la rencontre entre l’art et le témoignage et explique l’émergence, au sein de la littérature, de cette forme nouvelle appelée «création testimoniale». / The status of testimony in knowledge has become a subject of questions, causing clashes between different disciplines through the use of distinct paradigms. From the observation of the recent "emergence" of the category of "testimony" in the literary field, this thesis attempts to describe its expansion and extension in several disciplines (law, history, philosophy, and critical literary theory), and examines the hypothesis that the progressive flooding of this concept in humanities and social sciences corresponds to a deep "crisis of witnessing". In an attempt to define the concept of "testimony" in literature as it appears during the twentieth century, this work aims at laying the foundations for a "cultural history" of testimonial gestures and notions of "testimony" in order to define an appropriate category for literary theory and criticism. Its goal is to understand how "testimony" became both a nebulous and central category in cultural life in the West, and highlights the specificity of testimonial forms in the twentieth century in the aftermath of the Holocaust, which must ultimately help clarify the concept of "testimony" and re-establish its complexity by introducing the notions of "testimonial literature", "testimonial work of art" and "testimonial creation". This thesis aims therefore primarily to recover the historical understanding of the concept, in order to make a fully operational category out of it for critical discourse, and to build the foundations of a "cultural history of testimonial gestures" which traces the encounter between art and testimony and explains the emergence, in literature, of a new form called "testimonial creation".

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