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A polícia e a construção do homem novo na formação do estado-nação em Moçambique (1975-1990) / The police and construction of the new man in the formation of the nation-state in MozambiqueBorges, Egor Vasco [UNESP] 15 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente pesquisa teve como objetivo compreender o processo de construção da nação pós-colonial moçambicana tendo como base os discursos sobre o homem novo e o inimigo que desencadearam um policiamento, formal e informal, centrado na retirada forçada de uma parcela da população para os campos de reeducação. O policiamento praticado pela policia pós-revolucionaria em Moçambique e as demais forças populares civis e partidarizadas não deram lugar a um novo tipo de relação entre as comunidades étnicas nativas e as autoridades estatais pós-coloniais. O que ocorreu foi um movimento de perseguição continua de certos nativos que não se encaixaram ao modelo de cidadão a quem se direcionou toda a violência estatal. Para a compreensão dessa realidade optou-se, metodologicamente, pela revisão da literatura, análise documental com recurso a comparação uma vez que eventos semelhantes em situações pós-revolucionarias ou pós-coloniais tiveram lugar em diversos países do mundo. Embora tenhamos fixado uma temporalidade para analise se verificou que um longo processo de segregação, de produção da vida nua, de retirada de direitos, de condicionamento a cidadania se manteve desde o tempo colonial. Assim sendo, as instituições repressivas, estatais ou não, foram ajustadas e mantidas sobre outros formatos sem, necessariamente, suspender esse processo violento contra um grupo especifico de nativos. Como em qualquer outro processo de construção da unidade e identidade nacional baseados na essencialização de um tipo ideal de cidadão culminou-se com massacres. Portanto, um numero significativo de civis inocentes passam a ser incluídos pelas margens com a suposição de reeduca-los ou converte-los em cidadãos moçambicanos descolonizados e sujeitos de direito. Porém, o processo de reeducação nos campos não dá indicações de termino e os deportados ficam entregues a sua própria sorte e as decisões aleatórias dos policiais o que propiciou um novo processo de violência contra as instituições de vigilância e de repressão. Nesse contexto, é a policia e os campos de reeducação que fundam a sociedade moçambicana pós-colonial através da segregação inclusiva e da inclusão marginalizante dos inimigos. É da relação repressiva entre a policia e os inimigos que se pretendeu constituir os homens novos, os cidadãos moçambicanos destribalizados, descolonizados. / This research is aimed at understanding the process of building the postcolonial Mozambican nation based on the speech about the new man and the enemy that initiated a formal and informal police station centered on an evicted population’s piece of land, who later were driven to the re-education fields. The police practices undertaken by the post-revolutionary police force in Mozambique and the other popular civilian and partisan forces did not give space to a new form of relationship between native ethnic communities and post-colonial state authorities. What happened was a continuous tracking movement of certain natives that did not abide by the model of citizen, upon which the entire state violence was directed. For a broader understand of this reality, it has been, methodologically and through review of the literature, opted a documentary analysis with comparison resources, since similar events in postrevolutionary or colonial situations have at least once taken place in several countries of the world. Although we have established a temporal analysis, it has been observed that a long process of segregation, production of bare life, withdrawal of rights, conditioning of citizenship, has been maintained since colonial eras. Thus, repressive institutions, whether statutory or not, have been adjusted and maintained on other grounds without necessarily suspending this violent process against a specific group of natives. As in any other process of building unity and national identity based on essentializing an ideal citizenship, this resulted in massacres. Therefore, a significant number of innocent civilians end up being included in the margins in order to reeducate and convert them into decolonized, demobilized, militant and working-class Mozambican citizens. However, the process of re-education in the fields gives no indication of termination and the deportees are left to their own peril, and the random decisions of the police, which gave rise to a new process of violence against the institutions of surveillance and repression. In this context, it is the police and reeducation camps that ground Mozambican post-colonial society through inclusive segregation and the marginal inclusion of the enemies. It is from the repressive relationship between the police and the enemies that it was intended to constitute the nation composed only of the new men, the demobilized and de-colonized Mozambican Citizens.
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O que resta da identidade entre biopolÃtica e tanatopolÃtica em Giorgio AgambenFrancisco Bruno Pereira DiÃgenes 21 June 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A intenÃÃo da presente pesquisa à situar o pensamento polÃtico de Giorgio Agamben no horizonte que lhe dà maior sentido, a saber, o da biopolÃtica. Para tanto, adentrar-se-Ã, inicialmente, nas reflexÃes do primeiro grande expoente dessa perspectiva, Michel Foucault, jà que este repropÃe o termo biopolÃtica de modo a direcionÃ-la para uma nova compreensÃo e crÃtica da modernidade e do poder. Posteriormente, tratar-se-à da reflexÃo agambeniana acerca do estado de exceÃÃo e do seu vÃnculo com o poder soberano. Estes, para o autor, se fundam, necessariamente, em um paradoxo, porquanto pressupÃem a existÃncia de uma figura (o soberano) interna e, ao mesmo tempo, externa à prÃpria ordem na qual se encontra. O objetivo do percurso aqui realizado à mostrar como Agamben faz convergir os dois modelos de anÃlise do poder, isto Ã, o da biopolÃtica e o jurÃdico-polÃtico, este Ãltimo evitado por Foucault. Antes, porÃm, serà necessÃrio desenvolver os conceitos de zoÃ, bÃos e vida nua, e apresentar duas figuras do direito arcaico, o homo sacere o bando, à medida que marcam, para o autor, o lado inverso do mesmo paradoxo fundamental, ou seja, o lado sob o qual o poder soberano investe sua violÃncia. O profÃcuo debate entre Carl Schmitt e Walter Benjamin apresentarà outros pressupostos da teoria da soberania de Agamben, no que tange à questÃo da violÃncia e da exceÃÃo soberana, igualmente fundamental para o desenvolvimento da perspectiva biopolÃtica do filÃsofo italiano. Esses conceitos, dentre outros, constituem, para Agamben, elementos originÃrios da polÃtica ocidental que marcam a premÃncia da sua tese da contiguidade e paralelismo entre soberania e biopoder. Tudo isso permitirà compreender a transformaÃÃo da biopolÃtica em seu desdobramento, decorrido desde o sÃculo passado, no que se convencionou chamar d e âtanatopolÃticaâ, na qual se encontram prÃticas como a eutanÃsia e o extermÃnio em massa realizado nos campos de concentraÃÃo. Os grandes regimes totalitÃrios do sÃculo XX, segundo Agamben, sà podem ser compreendidos adequadamente, e em toda a sua complexidade, a partir da perspectiva que tem como ponto de partida algo como o conceito de vida nua. Antes, porÃm, deve-se observar a reflexÃo de Hannah Arendt acerca da relaÃÃo entre direito e nacionalidade, sobre a qual Agamben faz uma leitura especÃfica e, por assim dizer, biopolÃtica. O nexo essencial entre nascimento e naÃÃo faz emergir, para ambos os autores, tanto os Direitos Humanos como os Campos, ambos considerados cifras da realizaÃÃo do biopoder. O trabalho encerrarà com a reflexÃo conclusiva de Agamben sobre o que significa, para a ordem polÃtica contemporÃnea, a existÃncia dos campos.
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O Estado de ExceÃÃo Como Paradigma Entre a PolitizaÃÃo da Vida e a DespolitizaÃÃo da Cidadania / Lo Stato di eccezione, come paradigma Tra la politicizzazione della vita e la depoliticizzazione della cittadinanzaErika Gomes Peixoto 20 July 2016 (has links)
nÃo hà / Essa pesquisa se propÃe a elucidar o paradigma do estado de exceÃÃo, bem como a sua relaÃÃo com a vida humana, dentro da obra do pensador italiano Giorgio Agamben. Percorremos o caminho traÃado pelo autor nas trÃs primeiras obras da sÃrie Homo sacer, onde denuncia o processo de apropriaÃÃo da vida posta em prÃtica atravÃs das mais sofisticadas tÃcnicas polÃticas e desvela como a vida biolÃgica està no centro dos cÃlculos do poder. Inicialmente ilustraremos as influencias filosÃficas de Michel Foucault, e sua perspectiva biopolÃtica em confronto com a anÃlise do autor italiano. De forma diversa de Foucault, Agamben, se propÃe a analisar o estatuto do poder soberano em relaÃÃo à norma jurÃdica, procurando estabelecer suas contradiÃÃes e questionar os limites da estrutura jurÃdico-polÃtica originÃria do Ocidente, sob uma Ãtica que busca reconhecer a inserÃÃo da vida humana nessa esfera. O autor italiano atravÃs das reflexÃes do jurista alemÃo Carl Schmitt, revela o paradoxo da soberania e a relaÃÃo oculta existente entre norma e anomia. Posteriormente, buscamos esclarecer o carÃter paradigmÃtico do estado de exceÃÃo. Em um intermitente diÃlogo entre Schmitt e o filÃsofo alemÃo Walter Benjamin fica patente a relaÃÃo existente entre violÃncia e a exceÃÃo soberana. Utilizando-se da locuÃÃo âintima solidariedadeâ Agamben reconhece pontos de ligaÃÃo entre as prÃticas de exceÃÃo dos regimes totalitÃrias do sÃculo XX, o nazismo e o fascismo, e os mÃtodos utilizados nos regimes democrÃticos contemporÃneos. A partir da tese benjaminiana, compreende como o estado de exceÃÃo nÃo à apenas uma experiÃncia isolada na histÃria humana, mas à entÃo concebida como uma tÃcnica de governo, cada vez mais utilizada, como uma prÃtica nÃo declarada de muitos governos. A noÃÃo de seguranÃa tomou conta do Estado, transformando-se em uma prerrogativa utilizada por muitos governos democrÃticos para operarem sem limites prÃticas de exceÃÃo. De forma conclusiva, o trabalho se adentra na perspectiva apresentada pelo autor sobre a stasis, na experiÃncia clÃssica e na modernidade. O paradigma da stasis à deste modo singular para compreender a relaÃÃo de politizaÃÃo da vida, que acompanha a despolitizaÃÃo da cidadania, bem como a estrutura de exceÃÃo implÃcita na ordem moderna. A guerra civil à uma prÃtica estatal, como uma estrutura anÃloga ao estado de natureza, mas que persiste dentro da cidade. Para Agamben, a forma que a guerra civil assume durante o estado de exceÃÃo à de indiscernibilidade, entre estado de natureza e estado de direito, deste modo a vida enquanto tal à posta na base do poder soberano.
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As (bio)políticas migratórias na contemporaneidade: o controle dos fluxos migratórios entre o utilitarismo e o repressivismo e o “ser-tal” dos migrantes como estratégia de resistênciaSenger, Ilise 30 June 2017 (has links)
Valendo-se do legado de Hannah Arendt, bem como a partir das obras foucautiana e agambeniana, esta dissertação identifica o caráter biopolítico das políticas migratórias contemporâneas e demonstra as insuficiências do papel desempenhado pelos direitos humanos na proteção dos direitos dos migrantes. Para uma melhor abordagem do tema, o trabalho está estruturado em três capítulos. Nesses capítulos apresenta-se a genealogia/arqueologia do poder em Michel Foucault, buscando mostrar a passagem ou a evolução da sociedade disciplinar para a sociedade biopolítica. Também é analisado o papel dos direitos humanos no contexto da biopolítica. A análise das políticas migratórias vigentes na atualidade e a abordagem sobre o perfil do migrante são realizadas com o fim de situar a pesquisa na contemporaneidade. Identificou-se a responsabilidade da soberania nacional como produtora de cesuras entre nacionais e estrangeiros, o que resulta em práticas migratórias repressivas e excludentes, que alçam o migrante à vida nua. Quanto à situação de abandono legal e social vivida pelos migrantes, indagou-se acerca da efetividade do direito internacional dos direitos humanos, diante do direito nacional desumano. A elaboração de uma eventual resposta à condição de vulnerabilidade imposta aos migrantes aconteceu a partir de uma nova proposta política, assentada na lógica da amizade, possível a partir da existência da “comunidade que vem” agambeniana. O ser que habita essa comunidade é o “ser qualquer”, entendido como o ser que não precisa cumprir nenhuma condição, elaborar nenhuma justificativa, senão somente “ser tal qual é”. Nesse sentido, a aceitação do outro apenas como “ser” mostra-se fundamental para a formação de uma comunidade na qual não perdure mais a exclusão e o abandono dos migrantes.Na realização da pesquisa foi utilizado o “método” fenomenológico, o qual tem por fim aproximar o pesquisador e o objeto a ser pesquisado, permitindo a compreensão de que a determinação do Direito, ao invés de mero ato passivo de subsunção, é um ato criativo que implica o próprio sujeito. Quanto ao procedimento, o método escolhido foi o monográfico. Para a efetivação da investigação foi utilizada a técnica de pesquisa bibliográfica. / 120 f.
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Biopolítica, estado de exceção e segurança pública: o papel dos direitos humanosBelotto, Adalberto Wolney da Costa 31 July 2017 (has links)
O presente estudo investiga as teses dos filósofos Michel Foucault e Giorgio Agamben visando a compreender a biopolítica e a produção da vida nua na contemporaneidade, relacionando-as ao paradigma denominado por Agamben de Estado de Exceção. Nesse sentido, analisa quem são os indivíduos rotulados como Homo Sacer e em que medida a expansão do Direito Penal interfere nas políticas de Segurança Pública, o que se revela, no caso dos presídios brasileiros, na determinação do perfil da massa carcerária no país. Com isso busca-se compreender a crise do atual paradigma de governo que vem se implementando na contemporaneidade, o qual está utilizando estes métodos como técnica de governo. Agamben denomina este novo modo governar a vida em sociedade de Estado de Exceção. Na percepção do filósofo, tal configuração de governo adquire uma conotação biopolítica, estruturada em um Direito que inclui o indivíduo mas cria uma situação de suspensão. Nesse Estado de Exceção, o poder soberano acaba por capturar a vida humana por meio do Direito, ou seja, através dos dispositivos de poder, transformando estas vidas capturadas em vidas nuas, constituindo um vazio jurídico. Observa-se que na contemporaneidade este modelo vem se implementando sem precedentes, formando campos de concentração nos quais a vida nua atinge sua máxima da lógica biopolítica, com a aniquilação do ser humano. Nesse Estado de Exceção a vida está entregue ao poder do soberano, o qual dispõe do poder de fazer morrer ou deixar viver, definindo as vidas que são dignas de serem vividas e as que podem ser aniquiladas, o que representa uma total afronta aos Direitos Humanos e à Dignidade da Pessoa Humana. / 115 f.
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Marias : biopol?tica, vida nua e resili?nciaBadiali, Michelle Ferret 22 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-22 / Taking the narrative of life of three women (homeless), Maria Jos? (residente of a psychiatric hospital) and Maria de La Luz Cervantes (fictional character of Gabriel Garcia Marquez, accidentally intern in a psychiatric hospital), the dissertation "Marias: Biopolitics, bare life and their stories" brings Giorgio Agamben's theories referring to Naked Life and Homo Sacer, Michel Foucault's with the biopolitics and resiliences written by Boris Cyrulnik. Its on these three women life stories that the dissertation develops a imaginary concentration camp to work their lives and bodies subjection to the external power, the biopolitic / A partir da narrativa de vida de tr?s mulheres, Maria Firmino (moradora de rua), Maria Jos? (moradora de um hospital psiqui?trico) e Maria de La Luz Cervantes (personagem fict?cia do conto de Gabriel Garcia M?rquez, interna acidentalmente num hospital psiqui?trico), a disserta??o Marias: Biopol?tica, Vida Nua e Resili?ncias traz as teorias de Giorgio Agamben referente ? Vida Nua e Homo Sacer, Michel Foucault com a biopol?tica e as resili?ncias escritas por Boris Cyrulnik. S?o nas hist?rias de vida destas tr?s mulheres que a disserta??o desenvolve um campo de concentra??o imagin?rio para trabalhar a sujei??o de suas vidas e corpos ao poder externo, ? biopol?tica
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A biopol?tica em Giorgio Agamben: estado de exce??o, poder soberano, vida nua e campoSouza, Danigui Renigui Martins de 03 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-03 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / O conceito de biopol?tica tem se tornado um rico instrumento de an?lise ou uma esclarecedora chave hermen?utica para a reflex?o contempor?nea sobre a l?gica do poder, a genealogia do governo e o significado da pol?tica no mundo moderno. As diferentes concep??es de biopol?tica t?m cada qual suas especificidades. O foco da abordagem do presente estudo ser? exclusivamente o diagn?stico biopol?tico do presente elaborado por Agamben, no qual o conceito de biopol?tica est? centrado na politiza??o da vida biol?gica. Procuramos mostrar o modo como a ?arqueologia da biopol?tica? empreendida por Agamben pode ser compreendida a partir da an?lise de quatro no??es fundamentais, quais sejam: poder soberano, vida nua, estado de exce??o e campo. Analisamos, primeiro, de que modo Agamben pensou a associa??o entre o dom?nio pol?tico e a animaliza??o do homem a partir das lacunas deixadas pelas investiga??es de Arendt e Foucault. Em um segundo momento, examinamos a rela??o entre a organiza??o soberana dos corpos e o estado de exce??o. No terceiro passo de nosso percurso, analisamos a politiza??o da vida nua e a produ??o do homo sacer, a sacralidade da vida. Em uma quarta e ?ltima etapa, esclarecemos de que modo Agamben pensou o ?campo? como ?n?mos? secreto da biopol?tica na modernidade. Trata-se de explicitar de que forma a reflex?o de Agamben sobre o nexo existente entre poder pol?tico e vida nua se articula em torno desses quatro aspectos estruturantes. Buscamos evidenciar a relevante contribui??o que o pensamento de Agamben oferece para o diagn?stico cr?tico da racionalidade pol?tica nas sociedades contempor?neas, aprimorando nossa compreens?o sobre as novas formas do poder na modernidade tardia. / The concept of biopolitics is a rich instrument of analysis and interpretation of the logic of power, the genealogy of government and the meaning of politics in the modern world. The different conceptions of biopolitics each have their specificities. The focus of the present study will be exclusively the biopolitical diagnosis of the present elaborated by Agamben, in which the concept of biopolitics is centered on the politicization of biological life. We seek to show how Agamben's ?archeology of biopolitics? can be understood from the analysis of four fundamental notions: sovereign power, bare life, state of exception, and field. We first analyze how Agamben thought the association between the political domain and the animalization of man from the gaps left by the investigations of Arendt and Foucault. In a second moment, we examine the relationship between the sovereign organization of bodies and the state of exception. In the third chapter, we analyze the politicization of natural life and the production of homo sacer, the sacred life. In the fourth chapter, we clarified how Agamben thought of the ?field? as a secret ?notion? of biopolitics in modernity. Therefore, we seek to show how Agamben's reflection on the nexus between political power and bare life is articulated around these four structuring aspects. We seek to highlight the relevant contribution that Agamben's thinking offers to the critical diagnosis of political rationality in contemporary societies, enhancing our understanding of the new forms of power in late modernity.
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Nas sombras da contemporaneidade : da biopolítica à tanatopolíticaNascimento, Germana da Silva 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-05T13:40:59Z
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Previous issue date: 2012 / A ultrapassagem do conceito de biopolítica para o de tanatopolítica acompanha o
desconcerto da nossa atualidade política. A biopolítica entendida por Michel Foucault é
uma tecnologia de poder cuja ação estende-se tanto aos indivíduos isoladamente quanto
à população como um todo. A partir das investigações promovidas por Foucault acerca
da biopolítica trouxemos ao debate a tematização de Hannah Arendt sobre a banalidade
do mal, posto que encontramos simetria entre o modo de gerência característico da
biopolítica e a consequente formação de subjetividades tendenciosas à obediência
irrestrita e, como consequência, descomprometidas com a atividade de pensar. Junto a
estas análises acrescentamos às reflexões o panorama teórico de Giorgio Agamben
quando trata da nossa contemporaneidade ao inaugurar uma nova representação ao
trazer à luz a exceção característica do nosso fazer político e sua produção de
hominissacri e vidas nuas.
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O zumbi como personagem midiático: desdobramentos políticosOliveira, André 30 November 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-11-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Zombies have been part of people s imagination for many centuries. However, for the last twenty years, a zombie culture has been developed and it has been taking its place throughout different types of media, such as audiovisual and press. Moreover, this culture has also been present in people´s celebrations and manifestations, for example: festivals, parties, performances, etc. The purpose of this dissertation is to identify how the new versions of zombies constitute not only a form of entertainment, but also a political metaphor, representing the disqualification of human life (bare life) and the fine line between life and death. This research comprises from the pioneer movie Night Of The Living Dead (1968), directed by filmmaker George Romero, to recent work related to films, comic books, photographs and images found online. The methodology brings together bibliographical research and the analysis of images which were selected from diverse media. The theoretical context is formed by the political studies of the fictional genre, which are based on body horror, proposed by Benjamin Noys (2005), and the analysis of Auschwitz Living Dead, known as Muselmann and transformed into one of the important paradigms of contemporary political philosophy by Giorgio Agamben (2008). The study of the way man s natural life influences power mechanisms will be carried in the field of communication throughout the corpomidia theory (KATZ & GREINER, 2005). The expected result is the questioning and discussion of the apathy that is brought by zombies, which characterizes some of the fundamental dimensions of current social behavior in society and in the media / O personagem zumbi faz parte da imaginação humana há muitos séculos, no entanto, nos últimos vinte anos tem constituído a chamada cultura zumbi que ocupa diferentes ambientes midiáticos como a mídia impressa, audiovisual e uma pluralidade de manifestações urbanas (festivais, festas, performances etc). O objetivo desta dissertação é identificar como as novas versões dos zumbis constituem, mais do que mero entretenimento, uma metáfora política, representando a desqualificação da vida humana (vida nua) e o limiar entre a vida e a morte. O corpus da pesquisa reúne desde o filme pioneiro Night Of The Living Dead (1968), dirigido pelo cineasta George Romero, até experiências recentes (cinema, quadrinhos, fotografias, imagens de internet). A metodologia alia pesquisa bibliográfica e análise de imagens selecionadas em diversas mídias. Integram o contexto teórico, os estudos políticos do gênero ficcional baseado no cinema de terror ou body horror propostos por Benjamin Noys (2005) e a análise dos chamados Mortos-Vivos de Auschwitz, conhecidos como Muselmann , e transformados em um dos importantes paradigmas da filosofia política contemporânea por Giorgio Agamben (2008). O estudo da implicação da vida natural do homem nos mecanismos e nos cálculos do poder será ainda abordado tendo como referência a área da comunicação, através da teoria corpomídia (KATZ & GREINER, 2005). O resultado esperado é a problematização de uma certa apatia, representada pelos zumbis, que caracteriza algumas dimensões fundamentais do comportamento social hoje, na vida e em seus diversos ambientes midiáticos
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À sombra da vida nua: uma leitura biopolítica da infânciaBentes, Jackson Luiz Nunes 01 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-01 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / The thesis of this research follows two parallel lines: the first affirms that the history of infancy constructs the identity of infancy, in other words, infancy is not understood as a chronological issue but rather becomes a question of language. In the second line of research, the the shadow of infancy comes into play. Here we have in mind what Walter Benjamin, the major influence on this work, coined as the concept of bare life, which paved the way to think about childhood as lived in the shadow of bio-politics, of which Kaspar Hauser is an emblematic example. This research has been conducted by sifting through the intricacies of history, the condition named infancy, and the being named child. The central problem is how to think of the life of the being named child insofar as this life is determined by power. Reflecting on the child and on infancy from philosophy to the language of the cinema, we find the film, The Enigma of Kaspar Hauser. He is an emblematic personage of what Benjamin termed bare life, which later Michel Foucault called bio-politics. Along with the analysis of this film, the intention of the present thesis is to recover a reflection on infancy which can take into account, and at the same time move beyond, the cultural production and naturalization of childhood. What is infancy? This question serves as the common thread tying together the parallel lines of research referring to the problem of naturalization. Thus, it is language which seems to permit the thinking about the child and infancy and their submission to power, moving beyond the illusions of nature. / A tese desta investigação segue duas linhas paralelas. Na primeira desenha-se a história da infância a partir da qual é possível dizer que se construiu uma identidade da infância. Na segunda, entra em jogo a questão da vida à sombra da infância . Nesta linha, tem-se em mente que Walter Benjamin, autor fundamental para este trabalho, ao cunhar o conceito de vida nua , abriu caminho para se pensar a questão da infância sob um viés que, mais tarde, Michel Foucault, ainda que se ocupando de outras questões, chamou de biopolítica. Para realizar esta investigação, percorre-se um caminho que perpassa os meandros da história, da condição do ser ao qual se deu o nome de infância e o ser que se chamou de criança. O problema central é pensar a questão da vida deste ser chamado criança enquanto esta vida é determinada pelo poder. Refletindo sobre a criança e a infância, ou as infâncias, desde a filosofia até a linguagem do cinema, encontrou-se o filme O Enigma de Kaspar Hauser , que revela um personagem emblemático daquilo que Benjamin chamou de vida nua . Juntamente com a análise deste filme, a intenção da presente pesquisa é resgatar uma reflexão sobre a infância que seja capaz de levar em conta a produção cultural da infância para além da naturalização do infantil. A pergunta que serve de fio vermelho costurando as linhas paralelas refere-se ao problema da naturalização. A linguagem parece ser o que permite pensar a criança e a infância e toda a submissão ao poder à qual ela foi condenada indo, por meio disso, para além das ilusões da natureza .
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