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O Estado de exceção como paradigma entre a politização da vida e a despolitização da cidadania / Lo Stato di eccezione, come paradigma tra la politicizzazione della vita e la depoliticizzazione della cittadinanzaPeixoto, Erika Gomes January 2016 (has links)
PEIXOTO, Erika Gomes. Estado de exceção como paradigma entre a politização da vida e a despolitização da cidadania. 2016. 127f. - Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2016-10-10T14:49:28Z
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Previous issue date: 2016 / Essa pesquisa se propõe a elucidar o paradigma do estado de exceção, bem como a sua relação com a vida humana, dentro da obra do pensador italiano Giorgio Agamben. Percorremos o caminho traçado pelo autor nas três primeiras obras da série Homo sacer, onde denuncia o processo de apropriação da vida posta em prática através das mais sofisticadas técnicas políticas e desvela como a vida biológica está no centro dos cálculos do poder. Inicialmente ilustraremos as influencias filosóficas de Michel Foucault, e sua perspectiva biopolítica em confronto com a análise do autor italiano. De forma diversa de Foucault, Agamben, se propõe a analisar o estatuto do poder soberano em relação à norma jurídica, procurando estabelecer suas contradições e questionar os limites da estrutura jurídico-política originária do Ocidente, sob uma ótica que busca reconhecer a inserção da vida humana nessa esfera. O autor italiano através das reflexões do jurista alemão Carl Schmitt, revela o paradoxo da soberania e a relação oculta existente entre norma e anomia. Posteriormente, buscamos esclarecer o caráter paradigmático do estado de exceção. Em um intermitente diálogo entre Schmitt e o filósofo alemão Walter Benjamin fica patente a relação existente entre violência e a exceção soberana. Utilizando-se da locução “intima solidariedade” Agamben reconhece pontos de ligação entre as práticas de exceção dos regimes totalitárias do século XX, o nazismo e o fascismo, e os métodos utilizados nos regimes democráticos contemporâneos. A partir da tese benjaminiana, compreende como o estado de exceção não é apenas uma experiência isolada na história humana, mas é então concebida como uma técnica de governo, cada vez mais utilizada, como uma prática não declarada de muitos governos. A noção de segurança tomou conta do Estado, transformando-se em uma prerrogativa utilizada por muitos governos democráticos para operarem sem limites práticas de exceção. De forma conclusiva, o trabalho se adentra na perspectiva apresentada pelo autor sobre a stasis, na experiência clássica e na modernidade. O paradigma da stasis é deste modo singular para compreender a relação de politização da vida, que acompanha a despolitização da cidadania, bem como a estrutura de exceção implícita na ordem moderna. A guerra civil é uma prática estatal, como uma estrutura análoga ao estado de natureza, mas que persiste dentro da cidade. Para Agamben, a forma que a guerra civil assume durante o estado de exceção é de indiscernibilidade, entre estado de natureza e estado de direito, deste modo a vida enquanto tal é posta na base do poder soberano.
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Os espaços do entre: o estado de exceção em Giorgio Agamben / The spaces the between: the state of exception in Giorgio AgambenBorges Neto, João Lourenço 11 May 2017 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2017-09-06T18:49:27Z
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Previous issue date: 2017-05-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / At the end of the year 2013, in Athens, Giorgio Agamben presented an important
reflection on the fate of European democracy. According the philosopher, we no longer
live under the aegis of democracy and the governmental paradigm of our time could not
even be called political. The concept that replaced any political notions was that of
security, and the slogan "for security reasons" has taken on a worldwide scale the new
parameter of government of the contemporary political order. In order to understand this
diagnosis, Giorgio Agamben proposed, on that occasion, the invitation to carry out a
genealogy of the concept of security from an acute research on its origin and history in
the paradigm of state of exception. This dissertation aims, together with Agamben, to
untangle the concept of a state of exception, too demonstrating its implication and
relation with human life. The concept of exception state developed by Agamben during
the Homo Sacer project resumes the debate about the law between Carl Schmitt and
Walter Benjamin in the 1920s. We reconstitute this debate step-by-step to demonstrate
how essential it was for Agamben to contact the works of the German jurist for the
development of the theme of exception. It was, however, taking on Benjamin's side in
that discussion that the Italian philosopher was instigated to direct his fiercest criticisms
of the democratic state of law. It follows from this takeover of the diagnoses of being
the state of exception the governance paradigm of contemporaneity and the sign that the
state of exception inscribes sovereignty in a paradox. We also develop Agamben's
proposal to point to the confluence between the biopolitical model coined by Foucault,
but years before also diagnosed by Hannah Arendt, and the juridical-institutional model.
That is, the point where life and right touch the figure of the sovereign and the bare life.
What this dissertation also worried to point out from the title was how much the contact
with the theoretical contribution of Walter Benjamin was decisive for Agamben in the
development of his political concepts composed in the political project Homo Sacer. / No fim do ano de 2013, em Atenas, Giorgio Agamben expôs uma importante reflexão
sobre o destino da democracia europeia. Segundo o filósofo, não vivemos mais sob a
égide da democracia e o paradigma governamental de nosso tempo sequer poderia ser
denominado político. O conceito que substituiu quaisquer noções políticas foi o da
segurança e o slogan ―por razões de segurança‖ assumiu, em escala mundial, o novo
parâmetro de governo da ordem política contemporânea. Para compreendermos esse
diagnóstico, Giorgio Agamben propôs, naquela ocasião, o convite de realizar uma
genealogia do conceito de segurança a partir de uma pesquisa aguda sobre a sua origem
e história no paradigma de estado de exceção. Esta dissertação tem como finalidade, em
conjunto com Agamben, destrinçar o conceito de estado de exceção demonstrando,
também, qual seria a sua implicação e relação com a vida humana. O conceito de estado
de exceção desenvolvido por Agamben no decorrer do projeto Homo Sacer retoma o
debate sobre o direito travado entre Carl Schmitt e Walter Benjamin na década de 20 do
século XX. Reconstituímos passo-a-passo esse debate para demonstrar o quanto foi
essencial para Agamben o contato com as obras do jurista alemão para o
desenvolvimento do tema de exceção. Foi, contudo, tomando para si o lado de
Benjamin naquela discussão que o filósofo italiano foi instigado a direcionar suas
críticas mais ferozes ao estado democrático de direito. Seguem dessa tomada de partido
os diagnósticos de ser o estado de exceção o paradigma de governo da
contemporaneidade e a indicação de que o estado de exceção inscreve a soberania em
um paradoxo. Desenvolvemos ainda a proposta de Agamben em apontar para o ponto
de confluência entre o modelo biopolítico, cunhado por Foucault, mas anos antes
também diagnosticado por Hannah Arendt, e o modelo jurídico-institucional. Isto é, o
ponto onde vida e direito se tocam na figura do soberano e da vida nua. O que esta
dissertação também se preocupou em pontuar, desde o título, foi o quanto o contato com
o aporte teórico de Walter Benjamin foi determinante para Agamben no
desenvolvimento de seus conceitos políticos compostos no projeto político Homo Sacer.
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Perspectivas sobre a soberania em Carl Schmitt, Michel Foucault e Giorgio AgambenD Urso, Flavia 03 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-03 / Sovereignty is a concept made shallow as it presents frail theoretical solutions when
applied to aspects from reality.
The research hereby aims at understanding Giorgio Agamben s diagnosis on sovereignty
by going through the core of Carl Schmitt s thinking in his theory of the sovereign power as
well as the displacement of such problem in Michel Foucault s writings.
Agamben is an intellectual who perused stern philosophical pathways, sovereignty having
stood first and foremost for him along the issue of the potentiality of not being. His approach
to reality takes place through the motto to prefer not to, from which he glimpses one
possibility for putting down one s relationship between wanting and being able to, and
between the constituent and constituted powers. And such annihilation is in effect essential
for Agamben since his concept of sovereignty takes into consideration a juridical category not
only weakened of its representativeness but most of all originating from an unprecedented
biopolitical catastrophe.
The path chosen by Agamben for such conclusion is one of a paradigmatic ontology, that
is, the axes of understanding for the phenomena which ousted political character from
juridical ordinances. The paradigms nuda vita (bare life) and the state of exception mainly
constitute the structural elements whose function is to ultimately keep the exception-ridden
life of the law.
The bottleneck established by sovereignty is undone by a new form-of-life, which means
the absolute desecration of a life power over which neither sovereignty nor the law can have
control over / A soberania é conceito esvaziado porque apresenta frágeis soluções teóricas quando
aplicadas aos aspectos da realidade.
Esta pesquisa tem por objetivo a compreensão do diagnóstico de Giorgio Agamben a
respeito da soberania percorrendo a centralidade da teoria do poder soberano do pensamento
de Carl Schmitt e o deslocamento do problema em Michel Foucault.
Agamben é um intelectual de árido percurso filosófico e a soberania para ele, antes de
tudo, é uma questão da potencialidade de não ser. A sua aproximação da realidade se dá pela
fórmula preferiria não, na qual ele vislumbra uma possibilidade de destruição da relação entre
querer e poder, entre poder constituinte e poder constituído. E tal destruição, de fato, é
essencial para Agamben porque o seu conceito de soberania considera uma categoria jurídica
não só esvaziada de representação, mas, sobretudo, originária de uma catástrofe biopolítica
sem precedentes.
O caminho escolhido por Agamben para essa conclusão é o de uma ontologia
paradigmática, ou seja, eixos de entendimento para os fenômenos que destituíram o caráter
político do ordenamento jurídico. Os paradigmas da nuda vita e do estado de exceção,
principalmente, são elementos estruturais da soberania cuja função é, enfim, o de manter a
vida excepcionada do direito.
O nó estabelecido pela soberania desata-se por uma nova forma-de-vida, o que significa
uma absoluta profanação de uma potência da vida sobre a qual nem a soberania, nem o direito
podem ter mais controle
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O que resta da identidade entre biopolítica e tanatopolítica em Giorgio AgambenDiógenes, Francisco Bruno Pereira January 2012 (has links)
DIÓGENES, Francisco Bruno Pereira. O que resta da identidade entre biopolítica e tanatopolítica em Giorgio Agamben. 2012. 129f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-11T17:32:32Z
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Previous issue date: 2012 / A intenção da presente pesquisa é situar o pensamento político de Giorgio Agamben no horizonte que lhe dá maior sentido, a saber, o da biopolítica. Para tanto, adentrar-se-á, inicialmente, nas reflexões do primeiro grande expoente dessa perspectiva, Michel Foucault, já que este repropõe o termo biopolítica de modo a direcioná-la para uma nova compreensão e crítica da modernidade e do poder. Posteriormente, tratar-se-á da reflexão agambeniana acerca do estado de exceção e do seu vínculo com o poder soberano. Estes, para o autor, se fundam, necessariamente, em um paradoxo, porquanto pressupõem a existência de uma figura (o soberano) interna e, ao mesmo tempo, externa à própria ordem na qual se encontra. O objetivo do percurso aqui realizado é mostrar como Agamben faz convergir os dois modelos de análise do poder, isto é, o da biopolítica e o jurídico-político, este último evitado por Foucault. Antes, porém, será necessário desenvolver os conceitos de zoé, bíos e vida nua, e apresentar duas figuras do direito arcaico, o homo sacere o bando, à medida que marcam, para o autor, o lado inverso do mesmo paradoxo fundamental, ou seja, o lado sob o qual o poder soberano investe sua violência. O profícuo debate entre Carl Schmitt e Walter Benjamin apresentará outros pressupostos da teoria da soberania de Agamben, no que tange à questão da violência e da exceção soberana, igualmente fundamental para o desenvolvimento da perspectiva biopolítica do filósofo italiano. Esses conceitos, dentre outros, constituem, para Agamben, elementos originários da política ocidental que marcam a premência da sua tese da contiguidade e paralelismo entre soberania e biopoder. Tudo isso permitirá compreender a transformação da biopolítica em seu desdobramento, decorrido desde o século passado, no que se convencionou chamar d e “tanatopolítica”, na qual se encontram práticas como a eutanásia e o extermínio em massa realizado nos campos de concentração. Os grandes regimes totalitários do século XX, segundo Agamben, só podem ser compreendidos adequadamente, e em toda a sua complexidade, a partir da perspectiva que tem como ponto de partida algo como o conceito de vida nua. Antes, porém, deve-se observar a reflexão de Hannah Arendt acerca da relação entre direito e nacionalidade, sobre a qual Agamben faz uma leitura específica e, por assim dizer, biopolítica. O nexo essencial entre nascimento e nação faz emergir, para ambos os autores, tanto os Direitos Humanos como os Campos, ambos considerados cifras da realização do biopoder. O trabalho encerrará com a reflexão conclusiva de Agamben sobre o que significa, para a ordem política contemporânea, a existência dos campos.
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As disputas em torno do conceito de trabalho escravo contemporâneo no Brasil sob a ótica da biopolíticaCarvalho, José Lucas Santos 28 February 2018 (has links)
The present research uses the theoretical contribution of the biopolitics of the
philosopher Giorgio Agamben and aims to analyze the disputes around the concept of
Contemporary Slave Labor (CSL) in Brazil, from the bills in progress in the National
Congress that seek to modify the concept, the Ministry of Labor Ordinance nº
1129/2017 and Federal Supreme Court's judgments on the subject. The biopolitical
regime in the contemporary Democratic State of Law is examined based on the
conceptual discussions brought by Agamben in the Homo Sacer Project, also as the
debate on the ambivalent role of human rights and the ambiguous character of their
discourses, especially in view of their weakness of protection in the limit situations. The
condition of CSL is reflected as a bare life produced by the rule of law, which shows
the paradox of sovereignty and bare life in which the homo sacer and the umbilical
relation between state of exception and the rule of law. It is also analyzed the historicallegal
development of international and national documents in an attempt to unveil the
strategies of the biopolitical exercise of control of the individual’s life. In this sense, the
study has as hypothesis that the examination of the disputes around the concept of
CSL, from the study of the aforementioned corpus, shows that the state action, instead
of contributing to the eradication of the CSL, constitutes a biopolitical formula of control
and maintenance of the phenomenon. Therefore, the preservation of the structure of
brazilian society would be based on a biopolitical control of exclusion-inclusion of the
living subject, in this case contemporary slave labor, which would consolidate bare life
in contemporary society. As for the methodology, the postulates of the interpretative
and qualitative paradigm in scientific research (DENZIN; LINCOLN, 2006), allied to
bibliographic procedure, according to a documental research modality (REGINATO,
2017), theory of the acts of speech of Austin (1990 [1962]). Once the theoreticalmethodological
path described above has been undertaken, it was found that the
biopolitical regime of the CSL, initially constructed as a discursive strategy that creates
subjects in a situation of vulnerability is carried out under contexts of: a) restriction of
the victim's freedom; b) reiteration of sctructural inequality and c) hierarchy of human
life. / A presente pesquisa, utilizando-se do aporte teórico da biopolítica do filósofo Giorgio
Agamben, tem por objetivo analisar as disputas em torno do conceito de Trabalho
Escravo Contemporâneo (TEC) no Brasil, a partir dos projetos de lei em trâmite no
Congresso Nacional que buscam modificar o conceito, da Portaria do Ministério do
Trabalho nº 1129/2017 e de julgados do Supremo Tribunal Federal sobre o tema.
Examina-se o regime biopolítico no Estado Democrático de Direito contemporâneo
fundamentado nas discussões conceituais agambenianas expostas no Projeto Homo
Sacer e a discussão sobre o papel ambivalente dos direitos humanos e o caráter
ambíguo dos seus discursos, especialmente diante da sua debilidade de proteção nas
situações-limite. Reflete-se sobre a condição de TEC enquanto vida nua produzida
pelo Estado de Direito, que mostra o paradoxo da soberania e da vida nua no qual
está explicitado o homo sacer e a umbilical relação entre estado de exceção e estado
de direito. Analisa-se o desenvolvimento histórico-jurídico dos documentos
internacionais e nacionais na tentativa de desvelar as estratégias do exercício
biopolítico de controle da vida do indivíduo. Neste sentido, o estudo tem como hipótese
que o exame das disputas em torno do conceito de TEC, a partir do estudo do corpus
acima referido, evidencia que a atuação estatal, em vez de contribuir para a
erradicação do TEC, se constitui em fórmula biopolítica de controle e manutenção do
fenômeno. Portanto, a conservação da estrutura da sociedade brasileira seria
baseada em um controle biopolítico de exclusão-inclusão do sujeito vivente, no caso
o trabalhador escravo contemporâneo, o que consolidaria a vida nua na sociedade
contemporânea. Quanto à metodologia, assumiu-se os postulados dos paradigmas
interpretativista e qualitativo em pesquisa científica (DENZIN; LINCOLN, 2006), aliado
a procedimento de caráter bibliográfico, segundo uma modalidade de pesquisa
documental (REGINATO, 2017), e da teoria dos atos de fala de Austin (1990 [1962]).
Uma vez tendo sido empreendido o percurso teórico-metodológico acima descrito,
constatou-se que o regime biopolítico do TEC, construído inicialmente enquanto
estratégia discursiva que cria sujeitos mantidos em situação de vulnerabilidade, se
realiza sob contextos de: a) cerceamento de liberdade da vítima; b) reiteração da
desigualdade estrutural e c) hierarquização da vida humana. / São Cristóvão, SE
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Estado de exceção na obra de Giorgio Agamben: da politização da vida à comunidade que vemLeutério, Alex Pereira 10 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-10 / This research objectives at the investigation of the state of emergency in the light of
the work of Giorgio Agamben, in the sense of an instrument capable of, by law, stop
the life and rights inherent to it by its own suspension in empty space of law, a zone
of anomie. Thus, Agamben historically reports the zone of indifference from institutes
of Roman law that produced the stoppage of the law and therefore a legal loophole.
Given this finding, Agamben correlates such institutes to the state of contemporary
Exception, which is, in fact, permanent, put that in this vacuum, standard and life are
connected by force-in-law, which applies, diapplying. Will point out that Agamben
begins his argument by examining the political power and its relation to biological life
(zoé), analysis of biopower and the movement of inclusive exclusion of biological life
in the field of politics and law. Then, we stress that the political work of Giorgio
Agamben records the infamous debate between Carl Schmitt and Walter Benjamin,
about the sovereign power, from which it extracts the state of permanent exception
and the field are paradigms of contemporary politics - like Auschwitz , "homo sacer"
and "Muselmann - legitimized by the founding violence of law, the considerations
discussed here is done on biopolitics, bare life, the state of exception and force of
law, whose solution, for Agamben, is a new form of life, achieved by the desecration,
which reflects a community coming, endowed with the ability to disable biopower
mentioned, creator of a-bando-ned, and not necessarily linked to the law. In
conclusion, upon the concepts and profanation inoperosidade the proposed
Agamben turns out something totally new, since this community requires that comes
a new ethos, a new use, a shutdown of the old use, rendering them inoperable, since
being any will be neither a people united by their similarities (aryans, africans,
indians) or divided groups or subgroups, shredded by differences singularity without
identity, common and absolutely exposed, the actual path of contemplation of the
evangelicmessage of zoé aiónios, of eternal life / Este trabalho tem por objetivo a investigação acerca do Estado de Exceção à luz
das obras de Giorgio Agamben, no sentido de um instrumento capaz de, pelo direito,
deter a vida e os direitos a ela inerentes pela sua própria suspensão, em espaço
vazio de direito, uma zona de anomia. Assim, Agamben reporta historicamente a
referida zona de indiferença a institutos de direito romano que produziam a
paralisação da lei e, consequentemente, uma lacuna jurídica. Diante desta
constatação, Agamben correlaciona tais institutos ao Estado de Exceção
contemporâneo, o qual é, em verdade, permanente, posto que, neste vácuo, norma
e a vida estão ligadas pela força-de-lei, que se aplica se desaplicando. Apontaremos
que Agamben inicia seu raciocínio pelo exame do poder político e sua relação com
vida biológica (zoé), pela análise de biopoder e pelo movimento de exclusão
inclusiva de vida biológica no campo de vida política e direito. Em seguida, ressaltase
que a obra política de Giorgio Agamben registra o famigerado debate entre Carl
Schmitt e Walter Benjamin, acerca do poder soberano, donde se extrairá que o
Estado de Exceção permanente e o campo são paradigmas da política
contemporânea - assim como Auschwitz, homo sacer e Muselmann -, legitimados
pela violência fundadora do direito, aqui discutidos nas considerações que se faz
sobre biopolítica, vida nua, estado de exceção e força de lei, cuja solução, para
Agamben, está em uma nova forma de vida, alcançada pela profanação, que
espelha uma comunidade que vem, dotada da capacidade de desativar o
mencionado biopoder, criador de a-bando-nados, e não vinculada necessariamente
ao direito. Em conclusão, mediante os conceitos de profanação e inoperosidade, a
proposta de Agamben revela-se algo totalmente novo, posto que essa comunidade
que vem exige um novo ethos, um novo uso, uma desativação do velho uso,
tornando-os inoperantes, porquanto o ser qualquer não vai ser nem um povo unido
pelas suas semelhanças (os arianos, os negros, os índios) nem grupos ou
subgrupos divididos, retalhados pelas diferenças, singularidade sem identidade,
comum e absolutamente exposta, a caminho da contemplação efetiva da mensagem
evangélica da zoé aiónios, da vida eterna
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A influência da obra de Giorgio Agamben para a literatura política da América Latina / The influence of Giorgio Agamben's work for the Latin America political literatureAraújo, Frederico dos Santos 04 August 2016 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2017-04-04T19:15:18Z
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Previous issue date: 2016-08-04 / The initial purpose of this essay is to look for evidences that the work of the italian writer
Giorgio Agamben influences the Latin American academic politic literature in a significative
way. In a complementary manner, it intends also to evaluate if the own latin american history
represents an incentive to researchers of different knowledge's areas get help in the
Agamben's teachings, in reason to a convergency of theories (Homo Sacer, State of
Exception, bare life, biopolitic, camp, etc) and facts (colonization, dictatorial regimes,
violence state, etc.). At the end, original manners to enrich reasonings and debates about
important social political problems will also be evaluated, using, for that, concepts developed
by Giorgio Agamben, writer that, necessary to register, owns a theoretical framework rich,
dense, sometimes complex, but, first off all, quite appropriate to face actual questions related
to the natural tension between the State and the Individual and, therefore, related to the own
life. / A proposta inicial desta dissertação concentra-se, principalmente, na procura de indicativos
de que a obra do escritor italiano Giorgio Agamben influencie de maneira significativa a
literatura político acadêmica produzida na América Latina. De modo complementar, pretendese
avaliar também se a própria história latino americana representa um incentivo para que
pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento recorram aos ensinamentos de Agamben
em razão de uma convergência entre teorias (Homo Sacer, estado de exceção, vida nua,
biopolítica, campo, etc) e fatos (colonização, regimes ditatoriais, violência estatal, etc). Por
fim, serão avaliadas também maneiras originais de enriquecimento de raciocínios e debates
elaborados sobre importantes problemas sociopolíticos, utilizando, para tanto, conceitos
desenvolvidos por Giorgio Agamben, autor que, necessário registrar, possui um arcabouço
teórico rico, denso, algumas vezes complexo, mas, acima de tudo, sobremodo apropriado para
o enfrentamento de questões atuais e relacionadas à tensão natural entre o Estado e o
indivíduo e, portanto, à própria vida.
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