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A percepção de enfermeiras da rede básica de saúde acerca da violência contra a mulher / Violence against women in the perspective of nurses from the basic health service network.

Daltoso, Daniela 08 February 2010 (has links)
A violência doméstica contra a mulher é um evento complexo e muito prevalente no Brasil, sendo os serviços de saúde frequentemente procurados por essas mulheres, o que coloca serviços e profissionais de saúde em lugar de destaque no manejo desses casos. Considerando o papel do enfermeiro dentro do sistema de saúde, o objetivo do estudo foi compreender a percepção destes profissionais sobre a problemática. Para tal utilizou-se uma abordagem qualitativa, em que foram entrevistados 11 enfermeiras que trabalham nas Unidades Distritais de Saúde do município de Ribeirão Preto, utilizando um roteiro semi estruturado. Os dados foram processados, lidos atentamente e organizados nas seguintes unidades temáticas: 1-A visão das enfermeiras sobre a questão de gênero; 2-A visão das enfermeiras sobre a violência contra a mulher; 3-Atendimento: Rezo para não chegar nada no meu plantão[...] Quando chega é um problema!; 4-Aspectos Jurídicos: Está tudo no caderninho! e 5-Formação: Olha se foi, foi uma aula bem superficial. As enfermeiras entrevistadas percebem que houve uma mudança no papel da mulher na sociedade moderna, porém, mantêm uma visão tradicionalista de gênero; assim, identificam um momento de transição em que a \"mulher moderna\" vive entre o paradoxo de ser um sujeito social ativo e ser a \"rainha do lar\". Neste sentido, as enfermeiras entrevistadas percebem que a mulher de hoje apenas multiplicou funções, mas ainda não dividiu responsabilidades. Elas percebem ainda a liberdade sexual feminina como libertinagem; neste sentido prevalece discursos em que às mulheres é vedado o direito de exercerem sua sexualidade de forma livre, sendo este assunto tratado com denotações negativas. Associam a violência contra a mulher a aspectos relacionados à individualidade dos casais; aspectos externos relacionados ao estilo de vida imposto pela sociedade moderna e ao uso de álcool e drogas; atribuem a continuidade das relações violentas pelo medo, pela vergonha e por dependência financeira e moral de seus companheiros e pela falta de apoio social; assim, essas mulheres permanecem nas relações por não verem outra possibilidade de vida. Implícita na temática da violência contra as mulheres, está sempre presente nos discursos o fato das mulheres se manterem em relações assimétricas com seus parceiros, o que as tornam submissas e contribui para a manutenção do ciclo da violência. Quanto ao atendimento, sentemse os profissionais de saúde despreparados para lidar com a situação; reconhecem eles principalmente a violência física e focam sua assistência ao atendimento das lesões, e percebemos então a invisibilidade da violência contra a mulher pelos profissionais de saúde, que possivelmente se distanciam para evitar frustrações frente ao problema com o qual não se sentem preparados para lidar. Não possuem conhecimentos adequados quanto às questões jurídicas; e, assim, ao atender casos de violência, não se prendem aos fatores legais, mas sim a fatores de ordem pessoal, às especificidades do caso atendido e à própria estrutura dos serviços. Por fim, são unânimes em reconhecer a necessidade de treinamento para que possam melhor abordar o tema. / Domestic violence against women is a complex event and very prevalent in Brazil. These women frequently seek for health services, which require them and their health professionals to manage these cases. Considering the role of nurses in the health system, this study aimed to understand the perception of these professionals about the problem. A qualitative method was used and 11 nurses working in the District Health Units in the city of Ribeirão Preto, SP, Brazil were interviewed through a semi-structured questionnaire. Data were processed, carefully read and organized into the following thematic units: 1- gender\'s conception; 2- understanding of nurses about violence; 3- care delivery: I pray for nobody to arrive during my shift [...] It\'s a problem when someone arrives!; 4- Law aspects; 5- Education- Well, If I had it, it was a very superficial class. Interviewed nurses perceive that women\'s role has changed in modern society; however, there is a traditional view of genders. Therefore, they identify a moment of transition in which the \"modern woman\" lives the paradox of being an active social subject and \"the lady of the house\". In this perspective, the nurses perceive that today\'s women have multiplied their functions but have not shared their responsibilities. They also perceive that women\'s sexual freedom is seen as debauchery in which discourses about women being forbidden to freely exercise their sexuality prevail and is an issue addressed with negative connotation. They associate violence against women with aspects related to the individuality of couples, external aspects related to the life style that is imposed by modern society and the use of alcohol and drugs, attribute the persistence of violent relationships to fear, shame, financial and moral dependency on partners, and lack of social support. Thus, these women remain in these relationships because they do not see other options for their lives. The fact that women keep asymmetric relationships with their partners is implicit in the violence subject. This asymmetry makes them submissive and favors the maintenance of the violence cycle. Professionals feel unprepared to deal with the situation, especially acknowledge physical violence and focus care delivery on lesions. We perceive that violence against women is invisible to the eyes of health professionals, who possibly distance themselves so to avoid frustration in relation to a problem they do not feel prepared to deal with. They do not have appropriate knowledge related to law and therefore, when they attend cases of violence, do not pay attention to legal issues but on factors related to the individual, to the specificities of each case and structure of the services themselves. Finally, they all agree on the need of education so as to better address the subject.
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A percepção de enfermeiras da rede básica de saúde acerca da violência contra a mulher / Violence against women in the perspective of nurses from the basic health service network.

Daniela Daltoso 08 February 2010 (has links)
A violência doméstica contra a mulher é um evento complexo e muito prevalente no Brasil, sendo os serviços de saúde frequentemente procurados por essas mulheres, o que coloca serviços e profissionais de saúde em lugar de destaque no manejo desses casos. Considerando o papel do enfermeiro dentro do sistema de saúde, o objetivo do estudo foi compreender a percepção destes profissionais sobre a problemática. Para tal utilizou-se uma abordagem qualitativa, em que foram entrevistados 11 enfermeiras que trabalham nas Unidades Distritais de Saúde do município de Ribeirão Preto, utilizando um roteiro semi estruturado. Os dados foram processados, lidos atentamente e organizados nas seguintes unidades temáticas: 1-A visão das enfermeiras sobre a questão de gênero; 2-A visão das enfermeiras sobre a violência contra a mulher; 3-Atendimento: Rezo para não chegar nada no meu plantão[...] Quando chega é um problema!; 4-Aspectos Jurídicos: Está tudo no caderninho! e 5-Formação: Olha se foi, foi uma aula bem superficial. As enfermeiras entrevistadas percebem que houve uma mudança no papel da mulher na sociedade moderna, porém, mantêm uma visão tradicionalista de gênero; assim, identificam um momento de transição em que a \"mulher moderna\" vive entre o paradoxo de ser um sujeito social ativo e ser a \"rainha do lar\". Neste sentido, as enfermeiras entrevistadas percebem que a mulher de hoje apenas multiplicou funções, mas ainda não dividiu responsabilidades. Elas percebem ainda a liberdade sexual feminina como libertinagem; neste sentido prevalece discursos em que às mulheres é vedado o direito de exercerem sua sexualidade de forma livre, sendo este assunto tratado com denotações negativas. Associam a violência contra a mulher a aspectos relacionados à individualidade dos casais; aspectos externos relacionados ao estilo de vida imposto pela sociedade moderna e ao uso de álcool e drogas; atribuem a continuidade das relações violentas pelo medo, pela vergonha e por dependência financeira e moral de seus companheiros e pela falta de apoio social; assim, essas mulheres permanecem nas relações por não verem outra possibilidade de vida. Implícita na temática da violência contra as mulheres, está sempre presente nos discursos o fato das mulheres se manterem em relações assimétricas com seus parceiros, o que as tornam submissas e contribui para a manutenção do ciclo da violência. Quanto ao atendimento, sentemse os profissionais de saúde despreparados para lidar com a situação; reconhecem eles principalmente a violência física e focam sua assistência ao atendimento das lesões, e percebemos então a invisibilidade da violência contra a mulher pelos profissionais de saúde, que possivelmente se distanciam para evitar frustrações frente ao problema com o qual não se sentem preparados para lidar. Não possuem conhecimentos adequados quanto às questões jurídicas; e, assim, ao atender casos de violência, não se prendem aos fatores legais, mas sim a fatores de ordem pessoal, às especificidades do caso atendido e à própria estrutura dos serviços. Por fim, são unânimes em reconhecer a necessidade de treinamento para que possam melhor abordar o tema. / Domestic violence against women is a complex event and very prevalent in Brazil. These women frequently seek for health services, which require them and their health professionals to manage these cases. Considering the role of nurses in the health system, this study aimed to understand the perception of these professionals about the problem. A qualitative method was used and 11 nurses working in the District Health Units in the city of Ribeirão Preto, SP, Brazil were interviewed through a semi-structured questionnaire. Data were processed, carefully read and organized into the following thematic units: 1- gender\'s conception; 2- understanding of nurses about violence; 3- care delivery: I pray for nobody to arrive during my shift [...] It\'s a problem when someone arrives!; 4- Law aspects; 5- Education- Well, If I had it, it was a very superficial class. Interviewed nurses perceive that women\'s role has changed in modern society; however, there is a traditional view of genders. Therefore, they identify a moment of transition in which the \"modern woman\" lives the paradox of being an active social subject and \"the lady of the house\". In this perspective, the nurses perceive that today\'s women have multiplied their functions but have not shared their responsibilities. They also perceive that women\'s sexual freedom is seen as debauchery in which discourses about women being forbidden to freely exercise their sexuality prevail and is an issue addressed with negative connotation. They associate violence against women with aspects related to the individuality of couples, external aspects related to the life style that is imposed by modern society and the use of alcohol and drugs, attribute the persistence of violent relationships to fear, shame, financial and moral dependency on partners, and lack of social support. Thus, these women remain in these relationships because they do not see other options for their lives. The fact that women keep asymmetric relationships with their partners is implicit in the violence subject. This asymmetry makes them submissive and favors the maintenance of the violence cycle. Professionals feel unprepared to deal with the situation, especially acknowledge physical violence and focus care delivery on lesions. We perceive that violence against women is invisible to the eyes of health professionals, who possibly distance themselves so to avoid frustration in relation to a problem they do not feel prepared to deal with. They do not have appropriate knowledge related to law and therefore, when they attend cases of violence, do not pay attention to legal issues but on factors related to the individual, to the specificities of each case and structure of the services themselves. Finally, they all agree on the need of education so as to better address the subject.
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Cercas que se levantam: análise das decisões do Superior Tribunal de Justiça em quatro anos de aplicação da Lei Maria da Penha

Nunes, Maria Terezinha 19 September 2011 (has links)
Submitted by Rangel Sousa Jamile Kelly (jamile.kelly@ufba.br) on 2012-06-30T15:09:14Z No. of bitstreams: 1 DISSERTACAO MARIA TEREZINHA.pdf: 1650669 bytes, checksum: 458411b9301298e8e9f5e8589ca24064 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-30T15:09:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTACAO MARIA TEREZINHA.pdf: 1650669 bytes, checksum: 458411b9301298e8e9f5e8589ca24064 (MD5) / O presente estudo visa conhecer as práticas judiciárias nos casos de violência doméstica contra a mulher em quatro anos de aplicação da Lei Maria da Penha, a partir das decisões definitivas do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no período compreendido entre 22/09/2006 e 22/09/2010. Para tanto, optou-se pela pesquisa do tipo exploratória. Em relação aos procedimentos, utilizou-se da pesquisa bibliográfica e documental para a coleta dos dados e da técnica de análise prática documental na análise dos resultados obtidos. A seleção inicial de decisões foi obtida no repositório de jurisprudência do STJ, mediante critério de pesquisa construído com a finalidade de resgatar o maior número possível de decisões individuais e coletivas, proferidas na esfera penal desse Tribunal, sobre violência doméstica contra a mulher. Na busca pelas decisões definitivas, foram realizadas leituras das quais emergiram, destacadamente, três temas nas discussões do STJ, redirecionando o olhar da pesquisa para questionamentos mais específicos. O primeiro tema trouxe questões relativas ao órgão julgador competente para os casos de violência doméstica; o segundo, às medidas protetivas e o terceiro sobre o instituto da representação aos delitos de lesão corporal decorrente de violência doméstica contra a mulher. As decisões foram agrupadas por tema e os dados recolhidos por meio de preenchimento de um instrumento de pesquisa específico para cada grupo de decisões. Sobre as características dos processos, utilizou-se a abordagem quantitativa e sobre os argumentos extraídos das decisões, a abordagem qualitativa. Os resultados, em termos quantitativos, revelaram que os delitos mais recorrentes na violência doméstica contra a mulher (lesão corporal, ameaça, vias de fato), antes restritos ao âmbito dos Juizados Especiais Criminais, passam a ser apreciados por uma instância superior, o STJ. Revelaram, também, a existência de uma pluralidade de casos envolvendo relações domésticas e familiares, com predominância de mulheres companheiras, namoradas, ex-companheiras e ex-namoradas, mas, também, casos de violência envolvendo relações entre cunhados, irmãos, nora, sinalizando positivamente para a LMP como um estímulo às “denúncias”. Em termos qualitativos, revelou-se imensa resistência na aplicação da Lei Maria da Penha aos delitos que antes eram considerados de menor potencial ofensivo e à compreensão da violência doméstico-familiar como violação dos direitos humanos das mulheres, nos diversos órgãos judiciários, inclusive no STJ. Embora, em alguns casos, a resposta do STJ seja positiva para as mulheres em situação de violência, predominou a análise restritiva e conservadora nas decisões, em especial naquelas envolvendo relacionamentos findos ou atuais entre namorados e ex-namorados. Verificou-se a existência de entraves à integral aplicação da Lei Maria da Penha e um alheamento, entre os operadores do direito, quanto ao desafio proposto pela Lei, qual seja, a de tornar efetivo o atendimento no âmbito do Judiciário, essencial à rede de apoio às mulheres em situação de violência. / Salvador
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Violência contra a mulher: a percepção dos médicos das unidades básicas de saúde de Ribeirão Preto, São Paulo / Violence against Women: Perception by the Physicians of the Basic Health Units of Ribeirão Preto, São Paulo.

De Ferrante, Fernanda Garbelini 13 June 2008 (has links)
Este estudo desenvolveu-se como subprojeto de uma investigação denominada: “A interface entre a ocorrência e o atendimento de violência de gênero entre mulheres usuárias dos serviços públicos de saúde de Ribeirão Preto". A violência contra a mulher é um fenômeno complexo e muito prevalente no Brasil, atingindo todas as classes, raças, etnias e culturas. Mulheres nesta situação freqüentemente buscam os serviços de saúde para tratar sintomas associados à violência. Entretanto, os profissionais de saúde apresentam uma série de dificuldades. Desenvolvemos este estudo, entendendo que a violência de gênero é reconhecida como um problema de saúde pública por afetar a integridade física e mental da mulher, e que existe necessidade de acolher essa mulher no serviço de saúde. O estudo teve por objetivo de verificar a percepção dos médicos atuantes nas Unidades Básicas e Distritais de Saúde sobre a violência praticada contra mulheres por parceiros íntimos. Realizamos uma pesquisa de cunho qualitativo com 14 médicos ginecologistas e clínicos gerais, utilizando como instrumento entrevistas semi-estruturadas. Realizamos análise de conteúdo temática utilizando como referencial teórico as teorias de gênero. A análise dos resultados permitiu-nos definir os seguintes temas: 1. Percepções dos médicos sobre as relações de gênero; 2. Percepção dos médicos sobre a violência; 3. Papel dos médicos diante da violência doméstica contra a mulher; 4. Conhecimentos e informações sobre a violência doméstica contra a mulher; que foram divididos em várias subcategorias. De acordo com os médicos, a mulher atual conquistou sua liberdade e independência sexual, no entanto, a hegemonia masculina ainda é muito presente. Compreendem que a violência de gênero ocorre devido às desigualdades que pautam o sistema social que acabam por justificar os eventos violentos como atitudes educativas e punitivas, aceitas pela posição social ocupada pela mulher. Constatamos que alguns desses profissionais detêm conhecimentos sobre os tipos de violência de gênero, são capazes de identificar e muitas vezes acolher essas mulheres e também conhecem os procedimentos para o atendimento e o encaminhamento. Entretanto, muitas vezes não dão andamento aos casos, ignorando-os, ou porque não acreditam que este fenômeno seja de sua responsabilidade, ou ainda devido a uma série de barreiras pessoais e institucionais que impedem uma adequada atuação. Além disso, verificamos a existência de uma invisibilidade institucional que prejudica a qualidade do serviço prestado. Por fim, destacamos a importância do desenvolvimento de treinamento voltado para o profissional da área da saúde, com o objetivo de prepará-lo para melhor assistir à mulher em situação de violência, condição muito presente em seu cotidiano. / The present study was carried out as a subproject of an investigation named: “The interface between the occurrence of gender violence and its treatment among women users of the public health services of Ribeirão Preto". Domestic violence against women is a complex and highly prevalent phenomenon in Brazil, where it reaches all classes, races, ethnic groups, and cultures. Women who are victims of this violence frequently seek health services in order to treat the symptoms associated with it. However, health professionals have a series of difficulties in this situation. This study was conducted considering that gender violence is recognized as a public health problem affecting the physical integrity and mental health of women and there is a need to assist these women in the health service. This study has as objective to determine the perception of doctors working in the Basic and District Health Units about the violence inflicted on women by intimate partners. We carried out a qualitative investigation with 14 Gynecologists and General Clinicians using a semi-structured interview as instrument. Data were submitted to thematic content analysis and gender theories were used as the theoretical framework. Analysis of the results permitted us to define the following themes: 1. Perception of gender relations by the physicians; 2. Perception of violence by the physicians. 3. Role of the physicians regarding violence against women. 4. Knowledge and information about domestic violence against women. These themes were divided into various subcategories. According to the doctors, today women have conquered their liberty and sexual independence, but male hegemony continues to be strongly present. They understand that gender violence occurs due to the inequalities of the social system, which end up by justifying violent events as educational and punitive attitudes accepted by the social position occupied by women. We observed that some of these professionals have knowledge about the types of gender violence, are able to identify and often shelter these women, and are also aware of the procedures involved in treatment and referral. However, they often do not initiate the proper steps regarding these cases, ignoring them either because they do not believe this phenomenon to be their responsibility, or because of a series of personal and institutional barriers that prevent an adequate attitude. In addition, we observed the existence of institutional invisibility that hampers the quality of the care provided. Finally, we emphasize the importance of training programs for the health professional in order to improve the assistance to women in violent situation which is very frequently in the daily practice.
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Violência contra a mulher: a percepção dos médicos das unidades básicas de saúde de Ribeirão Preto, São Paulo / Violence against Women: Perception by the Physicians of the Basic Health Units of Ribeirão Preto, São Paulo.

Fernanda Garbelini De Ferrante 13 June 2008 (has links)
Este estudo desenvolveu-se como subprojeto de uma investigação denominada: “A interface entre a ocorrência e o atendimento de violência de gênero entre mulheres usuárias dos serviços públicos de saúde de Ribeirão Preto”. A violência contra a mulher é um fenômeno complexo e muito prevalente no Brasil, atingindo todas as classes, raças, etnias e culturas. Mulheres nesta situação freqüentemente buscam os serviços de saúde para tratar sintomas associados à violência. Entretanto, os profissionais de saúde apresentam uma série de dificuldades. Desenvolvemos este estudo, entendendo que a violência de gênero é reconhecida como um problema de saúde pública por afetar a integridade física e mental da mulher, e que existe necessidade de acolher essa mulher no serviço de saúde. O estudo teve por objetivo de verificar a percepção dos médicos atuantes nas Unidades Básicas e Distritais de Saúde sobre a violência praticada contra mulheres por parceiros íntimos. Realizamos uma pesquisa de cunho qualitativo com 14 médicos ginecologistas e clínicos gerais, utilizando como instrumento entrevistas semi-estruturadas. Realizamos análise de conteúdo temática utilizando como referencial teórico as teorias de gênero. A análise dos resultados permitiu-nos definir os seguintes temas: 1. Percepções dos médicos sobre as relações de gênero; 2. Percepção dos médicos sobre a violência; 3. Papel dos médicos diante da violência doméstica contra a mulher; 4. Conhecimentos e informações sobre a violência doméstica contra a mulher; que foram divididos em várias subcategorias. De acordo com os médicos, a mulher atual conquistou sua liberdade e independência sexual, no entanto, a hegemonia masculina ainda é muito presente. Compreendem que a violência de gênero ocorre devido às desigualdades que pautam o sistema social que acabam por justificar os eventos violentos como atitudes educativas e punitivas, aceitas pela posição social ocupada pela mulher. Constatamos que alguns desses profissionais detêm conhecimentos sobre os tipos de violência de gênero, são capazes de identificar e muitas vezes acolher essas mulheres e também conhecem os procedimentos para o atendimento e o encaminhamento. Entretanto, muitas vezes não dão andamento aos casos, ignorando-os, ou porque não acreditam que este fenômeno seja de sua responsabilidade, ou ainda devido a uma série de barreiras pessoais e institucionais que impedem uma adequada atuação. Além disso, verificamos a existência de uma invisibilidade institucional que prejudica a qualidade do serviço prestado. Por fim, destacamos a importância do desenvolvimento de treinamento voltado para o profissional da área da saúde, com o objetivo de prepará-lo para melhor assistir à mulher em situação de violência, condição muito presente em seu cotidiano. / The present study was carried out as a subproject of an investigation named: “The interface between the occurrence of gender violence and its treatment among women users of the public health services of Ribeirão Preto”. Domestic violence against women is a complex and highly prevalent phenomenon in Brazil, where it reaches all classes, races, ethnic groups, and cultures. Women who are victims of this violence frequently seek health services in order to treat the symptoms associated with it. However, health professionals have a series of difficulties in this situation. This study was conducted considering that gender violence is recognized as a public health problem affecting the physical integrity and mental health of women and there is a need to assist these women in the health service. This study has as objective to determine the perception of doctors working in the Basic and District Health Units about the violence inflicted on women by intimate partners. We carried out a qualitative investigation with 14 Gynecologists and General Clinicians using a semi-structured interview as instrument. Data were submitted to thematic content analysis and gender theories were used as the theoretical framework. Analysis of the results permitted us to define the following themes: 1. Perception of gender relations by the physicians; 2. Perception of violence by the physicians. 3. Role of the physicians regarding violence against women. 4. Knowledge and information about domestic violence against women. These themes were divided into various subcategories. According to the doctors, today women have conquered their liberty and sexual independence, but male hegemony continues to be strongly present. They understand that gender violence occurs due to the inequalities of the social system, which end up by justifying violent events as educational and punitive attitudes accepted by the social position occupied by women. We observed that some of these professionals have knowledge about the types of gender violence, are able to identify and often shelter these women, and are also aware of the procedures involved in treatment and referral. However, they often do not initiate the proper steps regarding these cases, ignoring them either because they do not believe this phenomenon to be their responsibility, or because of a series of personal and institutional barriers that prevent an adequate attitude. In addition, we observed the existence of institutional invisibility that hampers the quality of the care provided. Finally, we emphasize the importance of training programs for the health professional in order to improve the assistance to women in violent situation which is very frequently in the daily practice.
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Violência doméstica contra a mulher e qualidade de vida

Lucena, Kerle Dayana Tavares de 14 December 2015 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-03-11T13:19:17Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2228994 bytes, checksum: 7b30bdcd1e80381e82adb70f952888ee (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-11T13:19:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2228994 bytes, checksum: 7b30bdcd1e80381e82adb70f952888ee (MD5) Previous issue date: 2015-12-14 / Domestic violence understood as synonymous with violence against women is a phenomenon of multiple determinations, defined as any act based on gender relations that results in physical and psychological harm or suffering to women. It refers to the hierarchy of power, domination and suppression of desires of the other. Can be used sometimes consciously in marital relations, the violation of human dignity in its entirety, as a mechanism for subordination of women to partner. It is known that the concept of quality of life is a dynamic concept, broad, subjective and polysemic and it would be the sum of factors resulting from the interaction between society and environment, affecting life in relation to their biological and psychological needs. The quality of life therefore involves organic levels, psychological, social, behavioral, and structural materials. The objective was to analyze the association between domestic violence against women and the quality of life. This is a Household Survey to cut in health care of women, exploratory, with a quantitative approach. It was conducted with 427 women living in the city of João Pessoa. In view of Resolution 466/12 of December 12, 2012, the National Health Council, after explaining the objectives, the women who agreed to participate signed the Term of Free and Clear. It is worth noting that the research project was submitted to the Research Ethics Committee of the University Hospital Lauro Wanderley and obtained approval under CAAE n ° 20418813.0.0000.5183 in August 2013. It was used for decision-making purposes the model of logistic regression. It showed that the prevalence of domestic violence against women in Singapore estimated at 54%. It was found that women in this study have a low quality of life (61.59). The variables used in the model only those relating to the domain of social relations, overall assessment of quality of life, safety and medical treatment provision were statistically significant. The repetition of VCDM with its shocking consequences ineffable leaves marks on women, undermining their self-esteem and directly influencing the quality of life, according to data from this study. / A violência doméstica compreendida como sinônimo de violência contra a mulher é um fenômeno de múltiplas determinações, definida como qualquer ato baseado nas relações de gênero que resulte em danos físicos e psicológicos ou sofrimento para a mulher. Refere-se à hierarquia de poder, desejos de dominação e aniquilamento do outro. Pode ser utilizada algumas vezes conscientemente nas relações conjugais, pela violação da dignidade humana em sua integridade, como mecanismo para subordinação da mulher ao parceiro. Sabe-se que o conceito de qualidade de vida é um conceito dinâmico, amplo, subjetivo e polissêmico e seria a somatória de fatores decorrentes da interação entre sociedade e ambiente, atingindo a vida no que concerne às suas necessidades biológicas e psíquicas. A qualidade de vida envolve, portanto, níveis orgânicos, psicológicos, sociais, comportamentais, materiais e estruturais. Assim, o objetivo foi analisar a associação entre a violência doméstica contra a mulher e a qualidade de vida. Trata-se de um Inquérito Domiciliar com recorte na atenção à saúde da mulher, exploratório, com abordagem quantitativa. Foi realizado com 427 mulheres residentes no município de João Pessoa. Atendendo a resolução 466/12 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, após explicação dos objetivos, as mulheres que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Ressalta-se ainda, que o projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley e obteve sua aprovação sob CAAE de n° 20418813.0.0000.5183 em agosto de 2013. Utilizou-se para fins de tomada de decisão o Modelo de Regressão Logística. Evidenciou-se uma prevalência de violência doméstica contra a mulher em João Pessoa estimada em 54%. Verificou-se que as mulheres do presente estudo possuem uma baixa qualidade de vida (61,59). Das variáveis utilizadas no modelo apenas as que se referem ao domínio das relações sociais, avaliação geral da qualidade de vida, segurança e oferta de tratamento médica foram significantes estatisticamente. A repetição da VCDM com suas consequências impactantes deixa marcas inefáveis nas mulheres, minando sua autoestima e influenciando diretamente na qualidade de vida, conforme dados deste estudo.
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A modalização em notícias de violência doméstica contra a mulher no Brasil e em Portugal: uma estratégia dialógica e discursiva / The modalization on news about domestic violence against woman in Brazil and in Portugal: a dialogic and discursive strategy

Rozario Júnior, Ivan Almeida 28 September 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-10-18T12:04:42Z No. of bitstreams: 1 Ivan Almeida Rozario Júnior.pdf: 4111899 bytes, checksum: 89dae880d0ae3a881251badc92508115 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-18T12:04:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ivan Almeida Rozario Júnior.pdf: 4111899 bytes, checksum: 89dae880d0ae3a881251badc92508115 (MD5) Previous issue date: 2017-09-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This doctoral dissertation aims to analyze how the modalization works on news about domestic violence against woman, published in the newspapers A Gazeta (Brazilian newspaper) and Público (Portuguese newspaper) respectively in the year 2014. This subject constitutes as a dialogical strategy and discursive. On the basis of theoretical approaches from language scholars, initially, the news could bring implicit or explicit marks of the position from the enunciator ahead the discourse that produces and enunciates. Although, the news is considered a discursive construction of reality and having the social function of informing about some subject, in an objective form neutral and impartial. Regarding this dissertation, the modalization as a dialogic and discursive strategy, from the Bakhtin dialogism perspective looks at the categories: social voices, appreciative tone, discourse quoted and theme/ signification as modalization mechanisms discourse that appropriates the enunciator in his discussing plan. Observing and analyzing how the linguistic traces occur on the discursive process from news construction, we may conclude that the news is permeated by an appreciative tone that is manifested from the lexical choices and the disposition statements, revealing the subjectivity marks from the enunciator in face of how it enunciated in the journalistic sphere. It is important underscore that are evident the social voices that echo in its speech, reflecting and refract legitimized social representations about the woman domestic violence victim. Therefore, the effect of sense built by the modalization use on news about domestic violence against woman may contribute to the trivialization or refutation from this violence in the sociohistorical and cultural context in contemporary society / Esta tese de doutorado tem o objetivo de analisar de que forma a modalização em notícias de violência doméstica contra mulher, publicadas nos jornais A Gazeta e Público, um brasileiro e outro português, respectivamente, no ano de 2014, pode constituir-se como estratégia dialógica e discursiva. Com base em abordagens teóricas de estudiosos da linguagem, inicialmente, constatamos que a notícia pode trazer marcas implícitas ou explicitas da posição do enunciador diante do discurso que produz e enuncia, embora ela seja considerada uma construção discursiva da realidade e tendo a função social de informar sobre algum assunto, de forma objetiva, neutra e imparcial. Considerando-se, nesta tese, a modalização como uma estratégia dialógica e discursiva, a partir da perspectiva do dialogismo em Bakhtin, vimos as categorias vozes sociais, tom apreciativo, discurso citado e tema/significação como mecanismos de modalização do discurso de que se apropria o enunciador em seu projeto de dizer. Observando e analisando como os traços linguísticos incidem no processo discursivo de construção da notícia, podemos concluir que o texto noticioso é permeado por um tom apreciativo que se manifesta a partir das escolhas lexicais e da disposição dos enunciados, revelando as marcas de subjetividade do enunciador diante do modo como se enuncia na esfera jornalística. São evidentes, também, as vozes sociais que ecoam em seu discurso, refletindo e refratando representações sociais legitimadas sobre a mulher vítima de violência doméstica. Sendo assim, o efeito de sentido construído pelo emprego da modalização em notícias de violência doméstica contra a mulher pode contribuir para a banalização ou refutação dessa violência no contexto sócio-histórico e cultural da sociedade contemporânea
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Anestésicos, desconhecidos, ausentes: representações sociais das mulheres em situação de violência doméstica no Distrito Federal

Amaral, Alberto Carvalho January 2016 (has links)
Submitted by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2018-06-01T19:18:28Z No. of bitstreams: 1 61350223.pdf: 3019965 bytes, checksum: 3a9d23e84f0e4f15fb63e2b70cac91ff (MD5) / Approved for entry into archive by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2018-06-01T19:18:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 61350223.pdf: 3019965 bytes, checksum: 3a9d23e84f0e4f15fb63e2b70cac91ff (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-01T19:18:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61350223.pdf: 3019965 bytes, checksum: 3a9d23e84f0e4f15fb63e2b70cac91ff (MD5) Previous issue date: 2016 / A violência de gênero praticada contra as mulheres por seus companheiros foi um dos cernes das reivindicações feministas e pautou diversas movimentações no Brasil na década de 1980. Considerada, no contexto internacional, grave violação aos direitos humanos das mulheres, foi necessário, no Brasil, que houvesse articulação de um consórcio de ONG’s feministas e juristas, aliadas ao contexto normativo internacional e às recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, para que sobreviesse a norma integral no Brasil, a Lei n.º 11.340/2006. Com mecanismos de enfrentamento à violência sofrida pelas mulheres no âmbito doméstico e familiar, a Lei Maria da Penha estabelece um sistema protetivo que não se limita à atuação em juízo, prevendo novas formas de intervenção, visibilizando essa violência e compreendendo-a em aspectos criminais e sociais, dada a sua transversalidade. Adotando medidas mais rigorosas, em desfavor do agressor, algumas de inspiração político-criminal eficientista, com enfatizada simbologia repressiva do tipo prevenção geral, afastou os benefícios e ritos da Lei n.º 9.099/1995 e previu novas atribuições para os órgãos de enfrentamento judicial à violência doméstica. Esse é o objeto desta dissertação, que, em pesquisa qualitativa, do tipo autoetnográfica, na qual interagi com 10 (dez) mulheres, utilizando as técnicas de observação das rotinas e das atividades desempenhadas no campo e de entrevistas em profundidade (a partir do roteiro semiestruturado), realizadas no período de 19.05.2015 a 21.07.2015, e 1 (um) grupo focal, em 14.11.2015, com vítimas de violência doméstica, buscando situar a violência sofrida por elas e aferir como representavam socialmente os órgãos judiciais de enfrentamento à violência de gênero no Brasil: Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. As entrevistas ocorreram em dois momentos, antes e após as mulheres participarem das audiências preliminares. A partir da análise de suas narrativas, busquei elementos de ancoragem e objetivação, a partir do marco teórico de Serge Moscovici, bem como foram entabulados os discursos do sujeito coletivo (DSC’s). As categorias dos juízes anestésicos, promotores desconhecidos e defensores ausentes emergiram de suas narrativas. Verificou-se como a sala de audiências é um campo excludente das pretensões das vítimas (Bourdieu) e como o fluxo estruturante das organizações jurídicas afasta as pretensões e frustra as expectativas das vítimas (Luhmann), frustrando-as. A ausência de assistência jurídica da Defensoria Pública do Distrito Federal às mulheres com processos em fóruns de cidades-satélites também foi notada, com efeitos prejudiciais para a proteção de seus direitos. As práticas diminutivas da condição feminina tendem a permanecer, sob nova roupagem, mesmo na nova configuração normativa, emergindo a necessidade de tornar a atuação institucional mais sinestésica (Sánchez Rubio), buscando uma maior compreensão dos anseios e necessidades das mulheres e aproximando suas falas, bem como a atuação de defensores públicos para as vítimas, com uma abordagem sensível, afetiva e próxima, que permite tradução de suas expectativas cognitivas à lógica sistêmica.
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A violência doméstica contra mulher e o atendimento jurídico na cidade de Maputo - Mocambique / Domestic violence against women and legal services in Maputo - Mozambique

Etelvina Alexandre Caetano Meque 19 May 2016 (has links)
Introdução: A violência doméstica contra as mulheres apresenta-se, na atualidade, como relevante questão social e problema de saúde pública que afeta a maioria dos países. Portanto, não está mais restrita a países considerados do terceiro mundo e tende a ampliarse e a se generalizar. Em Moçambique pouco se investigou sobre a importância e papel das Delegacias de Mulheres no processo de implementação da Lei 29/2009 sobre Violência Doméstica contra a Mulher. Objetivo: Conhecer como profissionais de Delegacias de Mulheres acolhem e encaminham aos Tribunais os casos de violência doméstica; como interpretam o texto da lei, seu alcance, limitação e desafios na defesa dos direitos das mulheres vivendo em situação de violência na cidade de Maputo. Metodologia: Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas com 21 profissionais, operadores de Delegacias da cidade de Maputo Moçambique, que autorizaram a entrevista, segundo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados e Discussão: Os entrevistados apresentaram, em seus relatos, grande identificação com o tipo de trabalho exercido, considerando as Delegacias como espaços significativos para o reconhecimento da cidadania das mulheres, assim como um campo de atuação políticojurídica em defesa dos direitos das mesmas via atuação na implementação da Lei 29/2009. Reconhecem a relevância da Lei, tendo em vista a significativa expressão da violência como prática naturalizada, na sociedade moçambicana, pela cristalização de valores tradicionais do poder masculino sobre as mulheres, secundados por diferentes práticas culturais. Tais entrevistados Identificam alcances, mas igualmente limites no processo de implementação da mesma, destacando a importância de sua maior divulgação em todas as regiões do país, quer urbanas, sobretudo nas periferias, assim como zonas rurais. Destacam, igualmente, a necessidade de maior capacitação dos próprios agentes do setor jurídico, considerando a multiplicidade de aspectos envolvidos na prática cotidiana dos serviços, notadamente nas delegacias, em relação à aplicação e ampliação do alcance da Lei. Considerações Finais: As tradicionais práticas culturais vigentes na sociedade moçambicana apresentaram-se como aspecto limitante para a implementação da Lei, assim como a remissão das penas, prevista na Lei, que, impossibilita a punição do agressor, em termos de detenção, uma vez que substitui a mesma por prestação de serviços à comunidade, pagamento de cestabásica e/ou multas, tendo em vista, sobretudo, sua estreita relação com o artigo 37 sobre a salvaguarda da família. Diante disso, foram sugeridas, para maior alcance e efetividade na aplicação da Lei, modalidades como o trabalho reflexivo com grupos de homens, com o objetivo de desconstrução dos tradicionais valores sobre masculinidade vigentes nas relações entre homens e mulheres nessa sociedade, que mantém tanto a desigualdade quanto a iniquidade de gênero, pela permanência de tradicionais valores culturais, a exemplo do lobolo e da poligamia / Introduction: Domestic violence against women is presented, today, as a relevant social issue and a public health problem that affects most countries. Therefore, it is no longer restricted to countries considered third world and tends to extend up and to generalize. In Mozambique little investigated on the importance and role of Police Stations for Women in Law 29/2009 implementation process on Domestic Violence against Women. Objective: To learn as Women Police Stations professionals welcome and refer to the courts cases of domestic violence; they interpret the text of the law, their scope, limitations and challenges in defending the rights of women living in situations of violence in the city of Maputo. Methodology: This is qualitative research, in which interviews were conducted with 21 professionals, operators delegacies of Maputo - Mozambique, which authorized the interview, according Term of Consent. Results and Discussion: respondents had in their accounts, great identification with the kind of exercised work, considering the police stations as significant spaces recognition of citizenship of women, as well as a political-legal field of action in defense of the rights of same via actions in the implementation of Law 29/2009. Recognize the relevance of Law, with a view to significant expression of violence as a naturalized practice in Mozambican society, the crystallization of traditional values of male power over women, seconded by different cultural practices. These respondents identified scope, but also limits the implementation of the same process, highlighting the importance of its dissemination in all regions of the country or urban areas, especially in the suburbs, and rural areas. Emphasize also the need for greater training of the agents of the legal sector, considering the multiplicity of aspects involved in the daily practice of services, particularly in police stations, in relation to the implementation and expansion of the scope of Law. Conclusions: Traditional cultural practices existing in Mozambican society is presented as a limiting aspect to the implementation of the Law, and the remission of penalties provided for in the law that prevents the punishment of the offender in terms of detention, as it replaces the same for service the community, payment basket of food staples and / or fines, with a view, above all, its close relationship with Article 37 on the \"protection of the family.\" Thus, were suggested for greater reach and effectiveness in the application of the law, modalities such as reflective work with groups of men, in order to deconstruct the traditional values of prevailing masculinity in relationships between men and women in this society that keeps both inequality as gender inequity, the permanence of traditional cultural values, such as lobolo and polygamy
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Uma realidade em preto e branco: as mulheres vítimas de violência doméstica

Silva, Carla da 04 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:15:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carla da Silva.pdf: 1021466 bytes, checksum: 440114cf58273ab4205acf9cd0ed5c2d (MD5) Previous issue date: 2011-05-04 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A reality in black and white: women victims of domestic violence, aims to analyze and understand the impact of actions undertaken in the care services ONG SOS Ação Mulher e Família e Centro de Referência e Apoio à Mulher CEAMO, in life dynamics for women experiencing domestic violence. By chapters, it was drew up a brief historical about the history of women in patriarchal society, the concepts were delineated, as well the issue of domestic violence against women; it was described the dynamics of institutions and studied their interventions with women victims of violence. The methodology used was qualitative research through focus group and individual interviews, which were divided in stages: the first stage of the research consisted of a focus group with five women ex-users of SOS and four individual interviews with women ex-users of CEAMO; in the second step was conducted a focus group with four professionals from different fields of knowledge, techniques of NGO SOS and CEAMO; in the third step, data was analyzed. The results showed that interventions implemented by professionals of those care services, guided by welcoming, listen carefully, with respect to the emotional time of each woman and empowerment, reflected positively on the dynamics of women's lives, transforming their realities and contributing to break the cycle of violence. It was found that the professionals of the two studied institutions perform their job with promptitude, with their initiatives impacting directly on the deconstruction of macho culture, fulfilling, this way, the goal of care services in treat, mitigate and halt the violence against women. It also remains evident that the issue of time to reconcile the emotional of victims, the urgency of action and the emotional of techniques in relation to expected attitudes to be taken by users, has a bounce in the dynamics of these professionals, creating feelings of anxiety and concern / Uma realidade em preto e branco: as mulheres vítimas de violência doméstica, tem por objetivo analisar e compreender a repercussão das ações desenvolvidas nos serviços de atenção ONG SOS Ação Mulher e Família e Centro de Referência e Apoio à Mulher CEAMO, na dinâmica de vida da mulher vítima de violência doméstica. Pelos capítulos, traçou-se um breve histórico sobre a história das mulheres na sociedade patriarcal, foram delineados conceitos e a questão da violência doméstica contra a mulher, e descreveu-se a dinâmica das instituições estudas e suas intervenções junto às mulheres vítimas de violência. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, por meio do grupo de reflexão e entrevista individual, sendo dividida por etapas: a primeira etapa da pesquisa foi composta por um grupo de reflexão com cinco mulheres ex-usuárias do SOS e quatro entrevistas individuais com mulheres ex-usuárias do CEAMO; na segunda etapa realizou-se um grupo de reflexão com quatro profissionais de diversas áreas do conhecimento, técnicas da ONG SOS e do CEAMO; na terceira etapa foram analisados os dados. Os resultados apontaram que as intervenções executadas pelas profissionais dos serviços de atenção, pautadas no acolhimento, na escuta qualificada, no respeito ao tempo emocional de cada mulher e no empoderamento, repercutiram positivamente na dinâmica de vida das mulheres, transformando suas realidades e contribuindo para o rompimento do ciclo da violência. Constatou-se que as profissionais das duas instituições estudadas efetuam o trabalho com presteza, com suas iniciativas impactando diretamente na desconstrução da cultura machista, cumprindo, assim, o objetivo dos serviços de atenção em tratar, amenizar e coibir a violência contra a mulher. Evidenciou-se também, que a questão do tempo em conciliar o emocional das vítimas, a urgência da ação e o emocional das técnicas em relação à espera das atitudes a serem tomadas pelas usuárias, tem um rebatimento na dinâmica dessas profissionais, gerando sentimentos de angústia e preocupação

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