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As críticas de Schopenhauer à filosofia moral kantianaNascimento, Fabrício Christian do January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2016-01-15T14:44:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Kant (1724-1804) teve sobre Schopenhauer (1788-1860) grande influência, embora este último tenha sido um dos seus principais críticos. Uma dessas críticas será tomada como objeto de estudo desta dissertação, a saber, a questão da moral. Serão apresentadas, pois, as críticas que Schopenhauer faz à filosofia moral de seu mestre, considerando principalmente ? mas não exclusivamente ? a questão da fundamentação racional da moral, a qual parece ser a mais importante dessas críticas ? sendo também o fio condutor de Schopenhauer segundo ele próprio diz em Sobre o fundamento da moral (SCHOPENHAUER, 1995, p. 20). É a partir dessa questão que se torna possível entender melhor aquilo que Schopenhauer considera problemático na filosofia moral kantiana.<br> / Abstract : Kant (1724-1804) had on Schopenhauer (1788-1860) great influence, although the disciple has been one of its main critics. One of his criticisms will be taken as an object of study of this dissertation ? the issue of morality. Will be presented, therefore the objections that Schopenhauer makes on the moral philosophy of his master, with the deal here mainly ? but not exclusively ? with the question of the rational foundation of morality, which seems to be the most important of these criticisms ? which is also the Schopenhauer?s wire conductor as he himself says in On the basis of morality (SCHOPENHAUER, 1995, p. 20). It is from this point that it becomes possible to understand better what Schopenhauer considered problematic in Kant's moral philosophy.
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A vontade geral segundo Jean-Jacques RousseauPitz, Gelazio January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T02:12:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
221632.pdf: 451803 bytes, checksum: 4b7650ac26c28eaed2bd88a79371740e (MD5) / A teoria política de Rousseau deve ser compreendida a partir da análise de três momentos teóricos distintos que estão coerentemente encadeados. Num primeiro momento, como autor do Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, Rousseau produz, mesmo que por um método hipotético, uma reflexão realista sobre a realidade humana, quanto à sua evolução e organização social, econômica e política. É o trabalho da constatação, compreensão e crítica ao real através de sua dedução abstrata. O segundo momento lhe possibilita, tendo por base o primeiro, uma reflexão acerca do ideal para onde deseja, deve (moralmente pela via política) e pode evoluir a sociedade humana. É o momento da proposta para uma transformação ideal da realidade constatada no primeiro momento. Passamos a nos deparar com um Rousseau romântico, sonhador e, portanto, extremamente idealista, presente no Do Contrato Social. Neste segundo momento sua reflexão se dá no sentido de esclarecer que não basta apenas ter sido capaz de compreender e explicar a realidade, mas também, que é preciso ser capaz de inquietar-se com o que se constatou e não medir esforços para propor a construção da melhor sociedade possível para o gênero humano. Propõe como ideal aquela sociedade que considera como único fundamento legítimo à vontade geral. E, finalmente no terceiro momento, Rousseau se depara novamente com o real, no entanto, agora sentindo-se na obrigação de agir tendo em vista tudo o que já analisou, criticou e propôs. É o momento da transformação do real, tendo em vista a aplicação do ideal, dentro dos limites do possível. É a ocasião em que se cobre com as vestes do legislador ou do conselheiro e então percebe as significativas distâncias que separam uma teoria da sua aplicação prática.
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Liberdade e decisão judicial: a autoridade da vontade como instrumento legitimador das razões jurídicasCARVALHO, João Claudio Carneiro de January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Esta dissertação tem como pano de fundo a crise das funções públicas estatais,
notadamente a crise de credibilidade que atravessa o Poder Judiciário brasileiro, constada
em meio ao crescimento de caminhos alternativos para solução de conflitos, como o
pluralismo de jurisdição, a mediação e a arbitragem. As decisões oriundas do poder
judiciário vêm sendo apresentadas como estratégias de manutenção de poder, fazendo jus
às convicções pessoais do julgador. O direito, não aquele idealizado pelas escolas
dogmáticas, perdeu seu referencial teórico, realizando-se casuisticamente através de
sentenças que julgam instintivamente, a pretexto de uma justiça ou moral, guiada pelo
subjetivismo. Com efeito, o discurso oficial encontra base em elementos não dogmáticos
que conduzem a tomada de decisão, muito embora o julgador apresente uma homilia
ornada, fruto da utilização de ferramentas retóricas, sonegando as premissas de onde
partiu. A crítica que se faz ao formalismo é devida à característica que possui de
conseguir, através de fórmulas engendradas, esconder as vicissitudes de um decisão.
Utilizando a técnica conhecida como análise de discurso, a dissertação decompôs a
decisão do Supremo Tribunal Federal, que denegou pedidos de intervenção federal por
descumprimento de ordem judicial, tendo sido verificados inúmeros artifícios retóricos
que servem à manipulação das razões jurídicas e aos exercícios argumentativos, criando a
ilusão de certeza em meio a insegurança e incerteza
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A Alienação da Liberdade pela Própria Liberdade: o Paradoxo do Problema do Mal em Paul Ricoeur.SILVA, J. R. 10 July 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-07-10 / Esta pesquisa visa investigar o paradoxo do problema do mal, que aliena a liberdade por intermédio da própria liberdade. Desde Santo Agostinho, a filosofia afastou a ideia de uma natureza do mal como um ser, como coisa, o que, por um lado, conduziu a compreensão do mal ao campo da imperfeição da natureza humana. A filosofia moderna coloca a liberdade como o ponto central das discussões em torno da origem da ação má, especialmente Descartes, Kant e Hegel. Porém, a imputabilidade e a culpa mostram o limite da autonomia do sujeito soberano, pois o sujeito é ao mesmo tempo capaz do bem e capaz do mal. Para compreender a paradoxal relação entre o mal, a liberdade e o sujeito capaz ricoeuriano, esta investigação inicia-se a partir do projeto Filosofia da Vontade de Ricoeur, numa tentativa de mostrar o modo como é colocado o sujeito capaz em oposição ao sujeito soberano a partir da constatação da fragilidade da vontade diante do mal. Em seguida, a partir da via longa hermenêutica como uma forma de interpretação, procuramos compreender o sentido da sua teoria hermenêutica dos símbolos e mitos, transmitidos pelas antigas culturas babilônica, judaica e cristã, nas obras A simbólica do mal (1960) e O conflito das interpretações (1969). A relação entre o mal e a liberdade, em Ricoeur, tem sua gênese em diálogo direto com a problemática do mal radical e da vontade livre da filosofia kantiana. Diante do sujeito ricoeuriano que quer, revela-se um ser que traz a manifesto, através da misteriosa subjetividade constituída entre o corpo e o pensamento, um sujeito de poderes. Esse sujeito capaz é criticado por Levinas com a teoria da alteridade absoluta, que se opõe à subjetividade ricoeuriana de compreensão de si. No decorrer de nossa investigação, observamos que o sujeito de poderes de Ricoeur, embora revestido com um paradoxo, tem o mérito de potencializar o ser humano como agente, um agente responsável por suas ações. O estudo do caráter performático da liberdade sem o recurso da transcendência, levou Ricoeur a buscar resgatar o perdão, enquanto forma de restauração da liberdade alienada.
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Fontes do direito tributário: reflexão sobre a vontade na enunciação normativaFrota, Rodrigo Antonio da Rocha 11 June 2012 (has links)
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Rodrigo Antonio da Rocha Frota.pdf: 697752 bytes, checksum: f525930a7547dc820ae547e4f54f86b1 (MD5)
Previous issue date: 2012-06-11 / The present paper treats the will as source of law, particularly tax law. To develop the paper it was necessary to study the law as a cultural object, and in this sense, as an act of communication, establishing the identity between law and language.
It was crucial to the study the speech acts theory of John Austin and John Searle, allowing to understand the law as a performative act. At this point we moved on to analyze the rule of law, from the point of view of language, involving visions: positivism, syntactic, semantic and pragmatic.
After, came the analysis of sources of law, comparing the classical concepts of the logic-semantic vision, and separating the law from the source of law.
Then a study of legal discourse from the point of view of logic analysis, but also semantic interpretation, and application of the theory of the speech acts to the normative discourse, ending with the role of proof in this discourse.
Finally, the analysis of will as a prerequisite to the construction of legal reality, through it´s role in positive law, the science of law and legal discourse, to face the will as source of law and how is it useful as a tool of legal analysis / O presente trabalho trata da vontade como fonte do direito, em especial do direito tributário. Para desenvolvê-lo foi necessário estudo do direito como objeto da cultura e, neste sentido, como ato comunicacional, estabelecendo a identidade entre o direito e a linguagem que o constitui.
Fase crucial foi estudar a teoria dos atos de fala de John Austin e John Searle, permitindo entender o direito como ato performativo. Neste ponto passou-se à analise da norma jurídica, sob o ponto de vista da linguagem, envolvendo as visões: positivista, sintática, semântica e pragmática.
Feito este estudo, partiu-se para a análise das fontes do direito, comparando os conceitos clássicos à visão lógico-semântica, bem como separando o direito da fonte do direito.
A seguir trabalhou-se o discurso normativo do ponto de vista formal, mas também semântico, interpretativo, além da aplicação da teoria dos atos de fala ao discurso normativo, finalizado com o papel da prova nesse discurso.
Por fim, a análise da vontade como requisito à construção da realidade jurídica, passando pelo estudo de sua atuação no direito positivo, na Ciência do Direito e no discurso normativo, para se deparar com a vontade como fonte do direito e qual sua utilidade como ferramenta de análise jurídica
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Democracia e representação em RosseauGomes, Fernanda da Silva January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T14:00:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
225138.pdf: 450860 bytes, checksum: 519f9e51b2a73d8d60c5fc647ed939f1 (MD5) / Rousseau adota uma definição clássica de democracia que a torna incompatível com a idéia de representação. Mas a análise de outros conceitos de sua teoria política possibilita amenizar esta incompatibilidade. A legislação do Estado, enquanto poder soberano, é atribuída aos cidadãos através da idéia de vontade geral. Esta não permite que a soberania seja transmitida ou representada. Contudo, dentro do que o filósofo denomina república, existe a possibilidade de representação no que compete à administração do Estado.
Rousseau has a classical definition of democracy that is incompatible with representation's idea. But the analysis of another concepts of Rousseau`s political theory could make it not so incompatible. The State's legislation, like sovereign power, belongs to citizens by general will. It did not permit that dominion be transmit or represent. After all, within philosopher calls republic, there is a possibility of representation about State's administration.
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Uma análise da questão da adesão humana a crenças /Nagata, Paulo Tadao. January 2015 (has links)
Orientadora: Mariana Claudia Broens / Banca: Marcos Antonio Alves / Banca: Kleber Cecon / Resumo: Por que temos crenças? Quais as motivações que nos levam a crer em coisas que não têm sustentação empírica na realidade? A tentativa de responder a tais questões será o leitmotiv pelo qual se norteará esta dissertação. Seu propósito, assim, será o de fazer uma análise do problema da nossa adesão voluntária a crenças, mais especificamente às religiosas. Preliminarmente traçaremos um breve histórico do conceito de crença para, a partir dele, estudarmos as forças conflituosas que se embatem dentro do agente humano para a emergência da vontade de crer, entre as quais vão se situar as condições psicológicas de heteronomia e autonomia, bem como as emoções suscitadas pelas estórias de ficção. Propomos aqui, não um confronto hostil com as crenças, mas um esclarecimento filosófico que minimize os males a elas associados. / Abstract: Why do we have beliefs? What are the motivations that lead us to believe in things which have no empirical grounding in reality? The attempt to answer these questions will be the leitmotiv by which will guide this dissertation. Therefore its purpose will be to make an analysis of the problem of our voluntary adherence to beliefs, most specifically the religious beliefs. Preliminarily we will trace a brief history of the concept of belief and, from it, we will study the conflicting forces that are confronted within the human agent to the emergence of the will to believe. Among these forces, we will study the psychological conditions of heteronomy and autonomy as well as the emotions aroused by stories of fiction. We propose here, not a hostile confrontation with beliefs, but a philosophical enlightenment that can minimize the evils associated with these beliefs. / Mestre
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A questão da vida em Paul RicoeurNascimento, Cláudio Reichert do January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:55:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Esta tese trata da questão da vida em Paul Ricoeur. A investigação baseia-se na tese geral que existem diversas noções de vida em Paul Ricoeur e que elas dizem respeito ao homem, o que as vincula à antropologia filosófica. Além disso, as noções de vida devem ser consideradas dentro de uma abordagem contextual de acordo com as discussões filosóficas propostas por Ricoeur ao longo dos anos. Do ponto de vista metodológico, procura-se expor e discutir as noções de vida a partir de textos do filósofo, sendo que a bibliografia de referência consiste em Le volontaire et l?involontaire, Finitude et culpabilité, Le conflit des interprétations, Temps et récit e Soi-même comme autre. Partindo de Le volontaire et l?involontaire expõe-se inicialmente o projeto da fenomenologia da vontade acerca das categorias de voluntário e involuntário, que estruturam as possibilidades do homem. Mostra-se como a vida constitui um dos elementos do involuntário juntamente com inconsciente e o caráter. No segundo capítulo, trata-se da antropologia da falibilidade através da infinitude e finitude do homem, destacando-se o corpo como abertura finita para o mundo. A seguir procura-se mostrar como a vida é considerada um símbolo junto à linguagem da confissão. Além disso, retoma-se as noções de vida como involuntário absoluto e involuntário relativo à vida, presentes em Le volontaire et l?involontaire, e como isto se coaduna com o respeito como síntese prática. Por fim, apresenta-se como o homem, sobre a base da unidade vital, exprime sua dualidade humana pela afetividade. O terceiro capítulo centra-se sobre a crítica ricoeuriana a ideia de cogito e o enxerto da hermenêutica na fenomenologia. Apresenta-se as linhas gerais da via longa da compreensão ricoeuriana em oposição à via curta da ontologia da compreensão heideggeriana e como o filósofo francês encontra em Dilthey uma via para a compreensão de si através da objetivação da vida pelo texto. Por fim, o quarto capítulo, parte do problema da identidade pessoal e do conceito de identidade narrativa. Explica-se o simbolismo imanente da ação e o simbolismo narrativo como categoria do simbolismo explícito. Finalmente, explicita-se como a narração contribui para a configuração da história de vida.<br> / Abstract : This thesis deals with the life issue in Paul Ricoeur. The investigation is based on the general thesis that there are several notions of life in Paul Ricoeur and that they are about man, which relates them to philosophical anthropology. Besides that, the notions of life must be considered within a contextual approach that follows the philosophical discussions proposed by Ricoeur along the years. From a methodological point of view, the thesis aims at exposing and discussing the notions of life in the philosopher's texts, comprising a bibliography which includes Le volontaire et l'involontaire, Finitude et culpabilité, Le conflit des interprétations, Temps et récit, and Soi-même comme autre. The project of the phenomenology of the will on categories of voluntary and involuntary, which structures man's possibilities, is initially exposed departing from Le volontaire et l'involontaire. It is shown how life constitutes one of the elements of the involuntary along with unconsciousness and character. In the second chapter, the anthropology of fallibility is approached through the concepts of human infinity and finitude, emphasizing the body as a finite window to the world. The following chapter is intended to show how life is considered a symbol in the language of confession. Additionally, the notions of life as absolute involuntary and involuntary related to life, present in Le volontaire et l?involontaire, and how they coadunate with respect as practical synthesis are revised. Ultimately, it is presented how man expresses its human duality for affectivity on the basis of vital unity. The third chapter is focused on the ricoeurian criticism to the idea of cogito and the insertion of hermeneutics into phenomenology. General lines regarding the long way of ricoeurian comprehension is presented in opposition to the short way of Heidegger's comprehension ontology as well as how the French philosopher finds in Dilthey a way for self comprehension by life objectification through the text. Finally, the fourth chapter focuses on the issue of personal identity and the concept of narrative identity. The symbolism immanent of action and the narrative symbolism are explained as categories of explicit symbolism. Lastly, it is explained how narrative contributes to the configuration of life history.
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O "medo" em Chapeuzinho Vermelho (da Idade Média à Modernidade): Por uma Abordagem Discursiva da Referenciação Com Base em FoucaultMORAES, F. O. 29 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-29 / O trabalho objetiva, a partir de uma abordagem discursiva da referenciação com base em Foucault (1968, 1987, 2007, 2008), efetuar uma análise linguística de versões do conto Chapeuzinho Vermelho produzidas em períodos distintos, com o intuito de demonstrar o quanto o campo de saber e os mecanismos de poder formam os objetos de discurso e definem a materialização linguística em dada época. A pesquisa bibliográfica possibilitou uma conceituação de referenciação com base nas concepções de discurso foucaultianas e do seu método arqueológico e genealógico. As categorias levantadas a partir dessa pesquisa bibliográfica, instrumentalizadas na metodologia linguística proposta por Fiorin (2006), permitiram a análise dos contos após a contextualização e classificação dos mesmos, levando-se em consideração suas condições de produção e propagação, assim como seu aspecto discursivo institucional e histórico. Após a análise de cada versão, efetivada a partir do tema 'medo', o qual permitiu o levantamento dos termos semânticos de oposição, do percurso sintático fundamental, do percurso figurativo e dos percursos temáticos discursivos fundados no saber e poder vigentes, seguiu-se a contraposição dos resultados que viabilizou a compreensão da maneira pela qual se efetivou a referenciação discursiva na Idade Média, no período clássico e na modernidade. Ao mesmo tempo, a partir da análise, apresentou-se, de forma mais perceptível e clara, o processo através do qual o discurso, em seu aspecto histórico e material, protege o mesmo procedimento de controle (a 'vontade de verdade') que define as verdades, que delineia os saberes e poderes viáveis, que estabelece os objetos que podem ou não ser formados, enfim, que institui tanto a referenciação de dado período quanto a materialização desta nos significantes textuais. Os resultados apontaram ainda para a necessidade de se questionar a 'vontade de verdade' para que melhor se conheça o saber moderno e assim quiça vislumbrar o prenúncio de um novo paradigma liberto: do medo que o discurso impõe, do saber e do poder delineados pela 'vontade de verdade', e; da materialização destes nos significantes linguísticos que regem e definem o homem. Este trabalho tem por finalidade abrir caminho para uma análise mais profunda do mecanismo de referenciação e mesmo para um possível questionamento da 'vontade de verdade'.
Palavras-chave: Referenciação. Discurso. Vontade de Verdade. Foucault. Chapeuzinho Vermelho. Medo. Transição paradigmática.
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Uma análise da questão da adesão humana a crençasNagata, Paulo Tadao [UNESP] 11 February 2015 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2015-02-11. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-20T17:26:40Z : No. of bitstreams: 1
000842190.pdf: 526139 bytes, checksum: 660b4ea444d3ca62e2750590d3c5ecb0 (MD5) / Por que temos crenças? Quais as motivações que nos levam a crer em coisas que não têm sustentação empírica na realidade? A tentativa de responder a tais questões será o leitmotiv pelo qual se norteará esta dissertação. Seu propósito, assim, será o de fazer uma análise do problema da nossa adesão voluntária a crenças, mais especificamente às religiosas. Preliminarmente traçaremos um breve histórico do conceito de crença para, a partir dele, estudarmos as forças conflituosas que se embatem dentro do agente humano para a emergência da vontade de crer, entre as quais vão se situar as condições psicológicas de heteronomia e autonomia, bem como as emoções suscitadas pelas estórias de ficção. Propomos aqui, não um confronto hostil com as crenças, mas um esclarecimento filosófico que minimize os males a elas associados. / Why do we have beliefs? What are the motivations that lead us to believe in things which have no empirical grounding in reality? The attempt to answer these questions will be the leitmotiv by which will guide this dissertation. Therefore its purpose will be to make an analysis of the problem of our voluntary adherence to beliefs, most specifically the religious beliefs. Preliminarily we will trace a brief history of the concept of belief and, from it, we will study the conflicting forces that are confronted within the human agent to the emergence of the will to believe. Among these forces, we will study the psychological conditions of heteronomy and autonomy as well as the emotions aroused by stories of fiction. We propose here, not a hostile confrontation with beliefs, but a philosophical enlightenment that can minimize the evils associated with these beliefs.
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