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Uma investigação sobre o problema mente-corpo segundo o ponto de vista de John Searle

Ventura, Wander [UNESP] 06 October 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:25:29Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-10-06Bitstream added on 2014-06-13T20:27:38Z : No. of bitstreams: 1 ventura_w_me_mar.pdf: 215574 bytes, checksum: fcee56aab10161ecebd5ae59514185ab (MD5) / Neste trabalho investigamos o problema da relação mente-corpo segundo o ponto de vista de John Searle. Ao se estabelecer mente e corpo como duas entidades autônomas e opostas ao longo da história filosófica, criou-se um abismo quase que intransponível entre elas, a respeito de uma explicação coerente sobre as interações que mantêm entre si. Denominamos este abismo de “o problema da relação mente-corpo”, em torno do qual, se formou toda uma tradição de pesquisadores interessados em resolvê-lo. Atualmente esta questão se traduz na possibilidade de se saber como os estados mentais interagem com os estados neurocerebrais e, desde sua origem, ainda não se chegou a um consenso teórico sobre uma resposta definitiva. John Searle apresenta como resposta uma proposta bastante peculiar e ao mesmo tempo polêmica, conhecida como “Naturalismo Biológico”. Nosso objetivo consistiu na exposição desta teoria observando seus pontos favoráveis e desfavoráveis em confronto ao contexto teórico no qual está inserida. Primeiro, resgatamos as raízes históricas do problema, buscando as razões pelas quais é considerado um problema filosófico específico a partir do pensamento cartesiano; segundo, apresentamos a teoria do naturalismo biológico propriamente dita, ressaltando o modo como se relaciona com a tradição de filosofia da mente; por último, discutimos uma de suas principais hipóteses: a teoria da causalidade e a noção de emergência como uma resposta ao clássico problema. / In this thesis we investigated the problem of the relationship between mind and body in accordance to the point of view of John Searle. Having been established that the mind and body are two autonomous and opposed entities through the length philosophical history, an almost insurmountable abysm was created between them, in respect to a coherent explanation of the interactions maintained between them. We named this abysm “the problem of the relation between mind and body”, around which, has been formed a tradition of researchers interested in solving it. Nowadays this question translates into the possibility of knowing how mental states interact with neural cerebral states and, its origin, one still hasn’t come to a theoretical agreement on a definitive answer. John Searle presents as an answer a quite peculiar and at the same time polemical proposal, known as “Biological Naturalism”. Our objective consisted in the exposition of this theory observing its favorable and unfavorable points in confrontation to the theoretical context in which it is inserted. First, we redeemed the historical roots of the problem, in search of reasons which are considered a specific philosophical problem derived from Cartesian thoughts; second, we presented the theory of the biological naturalism properly said, emphasizing the way it relates to the traditional philosophy of the mind; finally, we discussed one of its main hypotheses: the theory of cause and effect, and the notion of emergency as a reply to the classic problem.
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O mundo e a mente: níveis de causalidades e níveis de conhecimento: a causalidade analítica cerebral do mundo na mente e a causalidade mental sintética do cérebro no mundo

Jablonski Junior, Sergio Jacques 04 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:12:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5147.pdf: 1511558 bytes, checksum: 427e43984f3ba8c9b8518d3e08827a48 (MD5) Previous issue date: 2010-03-04 / Cognition and epistemology: the question of the physical causality knowledge as a state and as content. The problem of experience awareness and knowledge in an epistemic analysis of psychology and ontology of the mental, based on a survey of key about the demarcation of different levels for the constructivist knowledge and their mental operations. An important implication of this discussion epistemic (and ontological) is the question of power (or not) support a theoretical possibility of dialogue and interdisciplinary the different conceptual and methodological positions concerning the mental (and knowledge). Discussed in Part I of the possibility of a dialogue between the epistemological pluralism through an analysis comparative concepts that can be equalized if their bases logical to refer to the possibility of a common ontology related, and if this plurality is able to allow for non-exclusive between the terms of their epistemic theories in question. To make viable the possibility of a theoretical investigation of different epistemologies of mind (Part II), we take as criteria translation inter theoretical (our "Rosetta Stone") an analysis relational ontological levels of the three fundamental and irreducible, (the physical, biological and psychological), and the interface between the bio-neurological and psychological meanings occurs through a hierarchy of memories. These levels are defined by fundamental specific epistemologies, which present opportunities for intimate conceptual relationship when rationalized from a perspective ontology based on evolutionary principles (broad temporality) and informational (broad spatiality). In conclusion we present some considerations about the problem of integrating mind-brain through the concept of neural code, capable of playing (in fact a transduction) relational properties of the world standards relationships in the brain, the result is translated into knowledge with potential causal effective power over the world. Thus a system memory operating levels of the same neural code can be considered a psychological synthesis. / Cognição e epistemologia: a questão da causalidade física do conhecimento como estado e como conteúdo. O problema da experiência consciente e do conhecimento em uma análise epistêmica da psicologia e ontológica do mental, com base em um exame de conceitos fundamentais acerca da demarcação de níveis construtivistas distintos para o conhecimento e suas operações mentais. Uma implicação importante desta discussão epistêmica (e ontológica) é a questão de poder (ou não) sustentar uma possibilidade de diálogo teórico e interdisciplinar entre as diferentes posições conceituais e metodológicas acerca do mental (e do conhecimento). Discutimos na Parte I a possibilidade de um diálogo entre o pluralismo epistemológico através de uma análise comparativa de conceitos que possam ser equalizados se, suas bases lógicas remeterem à possibilidade de uma mesma ontologia relacionada, e se este pluralismo for capaz de permitir relação não excludente entre os termos epistêmicos das respectivas teorias em questão. Para tornar viável tal possibilidade de investigação teórica entre diferentes epistemologias do mental (Parte II), tomamos como critérios de tradução inter teórica (nossa pedra de roseta ) uma análise relacional dos três níveis ontológicos fundamentais e irredutíveis, (o físico, o biológico e o psicológico), sendo que a interface entre o bioneurológico e os significados psicológicos ocorre através de uma hierarquia de memórias. Tais níveis fundamentais são definidos por epistemologias específicas, que apresentam possibilidades de íntimo relacionamento conceitual quando racionalizadas sob uma perspectiva ontológica fundamentada em princípios evolutivos (ampla temporalidade) e informacionais (ampla espacialidade). Na conclusão apresentamos algumas considerações acerca do problema da integração mente-cérebro, através do conceito de código neural, capaz de reproduzir (na verdade uma transdução de) propriedades relacionais do mundo em padrões relacionais do cérebro, cujo resultado se traduz em conhecimento com potencial de poder causal efetivo sobre o mundo. Desta forma um sistema de memórias que operam níveis de um mesmo código neural pode ser considerado uma síntese psicológica.
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Hume, Mach e Skinner: a explicação do comportamento.

Laurenti, Carolina 17 March 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:13:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissCL.pdf: 1141798 bytes, checksum: 937f7ca204b0a90bbde9494a89d09b45 (MD5) Previous issue date: 2004-03-17 / Financiadora de Estudos e Projetos / Radical behaviorism was presented as the philosophy of science of human behavior. This has important consequences. One of them has to do with questions regarding scientific explanation. The present essay essentially deals with the following question: what is the model of explanation of radical behaviorism? Some characteristics of the explanation model of behavior are examined, based on a discussion of the ideas of Skinner and two others philosophers of science, to wit, David Hume and Ernst Mach. Hume offers a logical-empirical critique of the concept of causality as necessary connection, by arguing that causal relations can not be demonstrated on the basis of statements of fact. Moreover, experience does not furnish the necessary causal link between cause and effect. He concludes the human knowledge deals solely with constant relations. This critique was taken over by Skinner by way of Mach s functional descriptivism . Mach s substitution of the concept of cause by that of functional relations, and its consequent distinction between scientific explanation and causal explanation is based on Hume s critique. One might also argue that Mach advances on Hume s critique by asserting that the world is, in principle, probabilistic. Skinner, from the beginning, offered an interpretation of behavioral theory as description in accordance with Mach s philosophy of science. Accordingly, he limited himself to explaining behavior in terms of functional relationships. However, it is argued that the explanation of behavior is not only the discovery of functional relations. Skinner does not comply with the restrictions of descriptivism when he offers an interpretation, beyond the bounds of mere functional relations, of the origin of behavior, as is the case with philogenetic behavior and with cultural practices. Accordingly, interpretation is included in radical behaviorism s explanatory system. In this way, the theory of behavior, without rejecting descriptivism, may be associated with a version of scientific instrumentalism. This is done via Mach in a somewhat surprising way. Mach s emphasis on the notions of scientific concept and hypothesis leads us to a kind of reticent instrumentalism which emerges as a reaction to the realist view of theories. As a version of scientific instrumentalism, the theory of behaviorism can be seen as pragmatic, and so radical behaviorism enters the field of ethics. The alliance of descriptivism and instrumentalism rule out realist interpretations of the theory of behavior. A reading of Skinner s theory from the perspective of the philosophical works of Hume and Mach also weaken the association of radical behaviorism with the metaphysical determinism. It is concluded that the model of selection by consequences is a functional, instrumental and probabilistic, rather than causal, way of explaining behavior. / O behaviorismo radical se apresenta como a filosofia da ciência do comportamento humano. Essa asserção tem decorrências importantes. Uma delas esbarra, imediatamente, em questões concernentes à explicação científica. O presente trabalho trata essencialmente desta questão: qual o modelo de explicação do comportamento defendido pelo behaviorismo radical? Todavia, seu escopo é limitado. Foram examinadas algumas características do modelo explicativo comportamental através de um debate travado entre Skinner e outros dois filósofos da ciência, a saber: David Hume e Ernst Mach. Hume faz uma crítica lógicaempírica do conceito de causalidade como conexão necessária, afirmando que as relações causais, com respeito ao campo das questões de fato, não são passíveis de demonstração. Somado a isso, a experiência não fornece os elos causais que conectam inelutavelmente a causa ao efeito. Ao final, podemos tratar do conhecimento humano, apenas, em termos de relações constantes. Essa crítica foi legada a Skinner através de suas relações com o descritivismo funcional machiano. Mach incorporou a crítica de Hume ao substituir a noção de causa pela de relações funcionais, operando uma desvinculação entre explicação científica e explicação causal. É possível também argumentar que Mach avança a crítica de Hume afirmando que o mundo é, em princípio, probabilístico. Skinner, desde o início de sua obra, anunciou sua interpretação da teoria do comportamento como descrição nos moldes machianos. Com isso, confinou-se a explicar o comportamento em termos de relações funcionais. Entretanto, é possível identificar que a explicação do comportamento não se resume à descoberta de relações funcionais. Skinner rompe os limites do descritivismo interpretando a origem de comportamentos que ultrapassam descrições meramente funcionais, como é o caso do comportamento filogenético e das práticas culturais. O behaviorismo radical inclui no seu sistema explicativo a interpretação. Nesse sentido, a teoria do comportamento, sem renegar o descritivismo, conjuga-se como uma versão do instrumentalismo científico. A novidade está que o faz via relações com Mach. A ênfase dada por Mach com respeito às noções de conceito e hipótese científicas, nos leva a encontrar uma espécie de instrumentalismo reticente que emerge como uma reação à interpretação realista das teorias. Como uma versão do instrumentalismo científico, a teoria do comportamento também se afirma como um pragmatismo, que acaba inserindo o behaviorismo radical no campo da ética. A conjugação das versões descritivistas e instrumentalistas impede interpretações realistas da teoria do comportamento. Ademais, uma leitura da teoria de Skinner através dos textos filosóficos de Hume e Mach afasta o behaviorismo radical de laços com o determinismo metafísico. Conclui-se que o modelo de seleção por conseqüências se apresenta não como um modo causal, mas como um modo funcional, instrumental e probabilista de explicação do comportamento.
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Jung e a narrativa - mito individual e inconsciente coletivo.

Arantes, Ana Cláudia Yamashiro 27 September 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:13:05Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-09-27 / Universidade Federal de Sao Carlos / This work intends to offer a different reading of Carl Gustav Jung writings of the ones that conceive the terms archetype and collective unconscious as explicit references to the transcendent domain, "spiritualistic" readings that would do the Analytical Psychology methodology result in a dogmatic proceeding. In order to understand the notion of "individual" that has place in the Jungian meta-psychology , it becomes important to understand Jung's way to mean and to interpret the psychopathological facts and dreams that him observed in his clinical experience. Every moment the analytical psychology threatens to relapse in an irrationalism if we restrict ourselves in the denotative consideration of the language used to represent the psychic reality. We put emphasis, in our reading, on the representative and symbolic use of the language of psychological communication that intends to express the individual being, in order to investigate the question of the dogmatism that permeates countless critical readings concerning Jung's work. After all, in which paradigm the Analytical Psychology intends to sustain itself as a science? We will show that is the material-reductionism paradigm from the sciences of the nature the responsible for guiding the comprehension of a (transcendent) origin of the collective unconscious archetypes, but these are only enunciated by Jung in order to refer to the (figurative) appearance of the dreamlike fantasies for the psychic (immanent) existence. The causal factor stops being predominant in the interpretation of the archetype concept to give up place to the adaptation purpose of the psychic manifestation of the image. The notion of normality is faced, and crosses the domains of the disease in which takes place the eighty century medicine; if this natural paradigm becomes unable to guide the analytical psychology point of view, that intends to be a science of the man, which new paradigm would be more appropriated in a reading of Jung's work that do not intends to aim in a dogmatic interpretation - what would invalidate it's scientific legitimacy? To understand the pretense connection of the Jungian work to the mystic's domain it is necessary to understand the notion that the history of the philosophical thought checked to the term "dogmatism ". At last, could the Analytical Psychology be understood as a Science, or does it approach more to the Art, that intends to turn the part (finite) the representation of the essence of the "whole" (infinite)? / Este trabalho pretende oferecer uma leitura da obra de Carl Gustav Jung diversa das que concebem os termos arquétipo e inconsciente coletivo como referências explícitas ao domínio transcendente, leituras espiritualistas que fariam com que a metodologia da Psicologia Analítica resultasse num proceder dogmático. A fim de compreender a noção de indivíduo que tem lugar na metapsicologia junguiana, torna-se premente entender o modo de Jung significar e interpretar os fatos psicopatológicos e oníricos por ele observados na experiência clínica. A psicologia analítica ameaça recair a cada instante num irracionalismo caso nos restrinjamos à consideração denotativa da linguagem por ela utilizada para representar a realidade psíquica. Colocamos ênfase, em nossa leitura, no uso representativo e simbólico da linguagem da comunicação psicológica que pretende expressar o individual , a fim de perscrutar a questão do dogmatismo que permeia inúmeras leituras críticas realizadas acerca da obra de Jung. Afinal de contas, qual paradigma em que a Psicologia Analítica pretende se sustentar como uma ciência? Mostraremos que é o paradigma material-reducionista das ciências da natureza o responsável por orientar a questão da origem (transcendente) dos arquétipos do inconsciente coletivo, mas estes são unicamente enunciados por Jung com vistas a esclarecer o motivo (figurativo) das fantasias oníricas para a vivência psíquica (imanente). O fator causal deixa de ser predominante na interpretação do conceito arquetípico para ceder lugar à finalidade adaptativa da manifestação psíquica da imagem. Está em jogo, aqui, a própria noção de normalidade, que ultrapassa os domínios da doença onde se insere a medicina oitocentista; se o paradigma naturalista se torna incapaz de orientar a visão de mundo da psicologia analítica, que pretende ser uma ciência do homem, qual seria o paradigma no qual ela pretende se inserir e qual o sentido permitido a uma leitura da obra de Jung que não pretenda recair numa interpretação dogmática - que invalidaria sua legitimidade científica? Para situarmos esta pretensa vinculação da obra junguiana ao domínio do místico, é necessário compreendermos a noção que a história do pensamento filosófico conferiu ao termo dogmatismo . Em último termo, a Psicologia Analítica poderia ser entendida como uma Ciência, ou ela se aproxima mais da Arte, que pretende tornar a parte (finito) o representante da essência do todo (infinito)?
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Integração entre os mercados de milho e soja : uma análise através da transmissão de preços

Libera, Affonso Amaral Dalla January 2009 (has links)
O objetivo da presente dissertação consiste em verificar como se dá a transmissão de preços entre os mercados físico ao nível de produtor no Brasil e futuro para as commodities milho e soja, e, entre estes dois complexos produtivos. Para isso, utilizou-se o seguinte método de pesquisa: teste de raiz unitária, teste de co-integração, teste de causalidade de Granger, estimação da elasticidade de transmissão de preços e mecanismo de correção de erro. Os resultados indicam que há integração e consequentemente transmissão de preços entre os seguintes pares de variáveis (mercados), como dependentes e explicativas respectivamente: físico soja / futuro soja, físico milho / futuro milho, físico soja / futuro milho. O fato de existir co-integração entre tais pares de variáveis é condição suficiente para se afirmar a existência de uma relação linear de equilíbrio a longo prazo para o qual o sistema converge, validando os pressupostos teóricos da Lei do Preço Único e confirmando a integração. Porém, a estimação do parâmetro que corresponde ao coeficiente que mede a elasticidade de transmissão de preço não apresentou significância estatística para a relação físico milho / futuro milho. No caso da relação contemporânea entre físico soja / futuro soja a cada 1 dólar por saco de 60Kg de variação no mercado futuro de soja, 70% desta variação é transmitida ao mercado físico de soja. Já para a relação contemporânea entre físico soja / futuro milho para cada 1 dólar por saco de 60Kg de variação no mercado futuro de milho, 50% desta variação é transmitida ao mercado físico de soja. / The goal of the present dissertation is to verify how prices transmission take place between the spot market at producer level in Brazil and the future market for the commodities corn and soybeans, and, between these two productive complexes. For that, we used the following research method: unit-root test, co-integration test, Ganger causality test, estimation of elasticity in prices transmission and the mechanism of error correction. The results suggest that there is integration and therefore prices transmission between the following pairs of variables (markets), as dependent and explicative respectively: spot soybeans / future soybeans, spot corn / future corn, spot soybeans / future corn. The fact of existing cointegration between such pairs of variables is a sufficient condition to affirm the existence of a linear relation of equilibrium for long term for which the system converges, validating the theoretical assumed of the Law of One Price and confirming the integration. Nevertheless, the estimation of a parameter that corresponds to the coefficient that measures the elasticity of price transmission did not present statistical significance for the relation spot corn / future corn. In the contemporary relation case between spot soybeans / future soybeans, for each 1 dollar per bag of 60Kg of variation in the soybeans future market, 70% of this variation is transmitted to the spot soybeans market. Concerning the contemporary relation between spot soybeans / future corn, for each 1 dollar per bag of 60kg of variation in the corn future market, 50% of this variation is transmitted to the spot market of soybeans.
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La politique monétaire dans les modèles économétriques : primat de la théorie sur l'empirie / The monetary policy in econometric models : primacy of the theory over the empirics

Attioui, Abdelali 04 December 2014 (has links)
En s'appuyant sur les limites de l'économétrie mises en évidence dans les débats sur la politique monétaire depuis les années 1960, cette thèse s'attache à montrer le primat de la théorie sur l'empirie et que l'économétrie ne peut pas être décisive dans la remise en cause de la théorie. Nous adoptons une démarche basée sur des arguments épistémologiques pour montrer que ces débat dépassent le clivage théorie/empirie et intègrent une différence de vision quant à l'utilité d'un modèle empirique. Le programme de recherche de la Commission Cowles s'est constitué autour d'une articulation particulière de trois éléments fondamentaux. Un référentiel théorique issu de la Théorie Générale de Keynes, un modèle formel s'appuyant sur le relatif consensus autour du schéma IS-LM et des techniques économétriques pour estimer les paramètres de ce modèle. C'est la nature et le degré d'interdépendance entre les trois éléments ci-dessus qui sont remis en cause par les monétaristes et les tenants de la modélisation VAR. Alors que les keynésiens établissent une nette distinction entre le modèle théorique et le modèle estimé, pour les monétaristes cette distinction n'est pas claire et ne leur semble pas pertinente. Sims (1980) reproche aux modèles structurels de la Commission Cowles de comporter trop d'hypothèses théoriques non testées empiriquement. Il propose de soumettre les hypothèses d'exogénéité à des tests économétriques directs et précis. Toutefois, l'indétermination empirique de la causalité dans un modèle VAR, liée au problème de l'équivalence observationnelle (Basmann, 1965), impose l'adoption d'un schéma d'identification sur la base d'a priori théorique pour identifier les chocs de politique monétaire. Ceci constitue un cas extrême du problème de la sous-détermination de la théorie par les données soulevé par la thèse de Duhem-Quine (Duhem, 1906, Quine, 1951). De plus, Hoover (2009) note que l'analyse des réponses impulsionnelles dans un VAR fournit un bon exemple de ce que Cartwright (2007) qualifie de ‘'contrefactuel imposteur''. Le développement des Modèles à Correction d'Erreurs et des modèles VAR cointégrés a permis de renouveler l'analyse des propositions monétaristes. Toutefois, les liens entre les propositions de cointégration, les notions d'équilibre de long terme et de déséquilibre de court terme sont rarement interprétés dans le cadre d'un modèle théorique rigoureux et complètement spécifié. Pour Faust et Leeper (1994), l'identification d'un modèle par l'imposition de contraintes peut s'avérer non fructueuse lorsque la théorie économique n'établit pas de distinction claire entre les dynamiques de court et de long terme. Faust et Whiteman (1997) relèvent l'absence d'un critère d'arbitrage dans ces démarches en présence de conflit entre le principe théorique et l'ajustement aux données, sinon une subordination de la théorie à l'économétrie. Parallèlement au problème de l'identification, la critique de Lucas (1976) constitue la seconde critique fondamentale à laquelle se heurtent les modèles économétriques. Lucas (1980, 1986) adopte une nouvelle posture épistémologique en considérant le modèle théorique comme une ‘'fiction'' et non plus comme un ensemble de propositions sur le comportement d'une économie réelle. Il défend l'idée d'une explication du cycle en termes de discipline de l'équilibre (Lucas, 1977). Les modèles DSGE, qui constituant les modèles de base de la Nouvelle Synthèse, sont fortement influencés par la méthodologie lucasienne et s'inscrivent dans la continuité des modèles RBC (Taouil, 2011). Benati et Surico (2009) ont établi la supériorité des DSGE par rapport aux VAR structurels (SVAR). Cet échec des SVAR est la conséquence directe des restrictions inter-équations imposées par l'hypothèse des anticipations rationnelles, tel que cela a été initialement soulevé par la critique de Sargent (1979). / The purpose of this thesis is to show the primacy of the theory over the empirics and prove that econometrics cannot be decisive to question the theory. For this, we rely on the limits of econometrics highlighted in discussions of monetary policy since the 1960s. We adopt an approach based on epistemological arguments to show that these debates go beyond the cleavage theory/empirics and that they integrate a difference of vision as to the usefulness of an empirical model. The research program of the Cowles Commission was formed around a particular articulation of three fundamental elements: a theoretical repository of Keynes' General Theory, a formal model based on the relative consensus on the IS-LM diagram and econometric techniques to estimate the parameters of this model. It is the nature and the degree of interdependence between these three elements that are contested by the monetarists and supporters of the VAR modeling. While Keynesians make a clear distinction between the theoretical model and the estimated model, this distinction is not clear and does not seem relevant to the monetarists. Sims (1980) criticizes the structural models of the Cowles Commission for including too many theoretical hypotheses empirically untested. He proposes to review the exogeneity assumptions through direct and specific econometric tests. However, the empirical indeterminacy of causality in a VAR, linked to the problem of observational equivalence (Basmann, 1965), requires the adoption of an identification scheme on the basis of a theoretical a priori to identify the monetary policy shocks. This is an extreme case of the problem of under-determination of theory by data raised by the Duhem-Quine thesis (Duhem 1906, Quine, 1951). Furthermore, Hoover (2009) notes that the impulse response analysis in a VAR provides a good example of what Cartwright (2007) calls “counterfactual impostor”. The development of the Error Correction Models and cointegrated VAR models has renewed the analysis of monetarist proposals. However, the links between the proposals for cointégration, the notions of long-term equilibrium and short term disequilibrium are rarely interpreted in the context of a rigorous and fully specified theoretical model. According to Faust and Leeper (1994), the identification of a model by imposing constraints may not be fruitful when economic theory does not clearly distinguish the short-term and long-term dynamics. Faust and Whiteman (1997) note the absence of an arbitration criterion in these approaches apparent in the presence of conflict between the theoretical principle and the adjustment to the data; otherwise subordination of the theory to the econometrics. Alongside the issue of identification, the Lucas critique (1976) is the second fundamental criticism facing the use of econometric models. Lucas (1980, 1986) adopts a new epistemological posture considering the theoretical model as a 'fiction' and not as a set of proposals on the behavior of a real economy. He supports the idea of explaining the cycle in terms of discipline of equilibrium (Lucas, 1977). The DSGE models, that constitute the fundamental models of the New Synthesis theory, are strongly influenced by Lucas' methodology and are a continuity of the RBC models (Taouil, 2011). Benati and Surico (2009) demonstrated the superiority of a DSGE model with respect to a structural VAR (SVAR). This failure is a direct consequence of inter-equation restrictions imposed by the rational expectations hypothesis, initially raised by Sargent's critics (1979).
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Uma investigação sobre o problema mente-corpo segundo o ponto de vista de John Searle /

Ventura, Wander. January 2009 (has links)
Orientador: Carmen Beatriz Milidoni / Banca: Osvaldo Pessoa Júnior / Banca: Jonas Gonçalves Coelho / Resumo: Neste trabalho investigamos o problema da relação mente-corpo segundo o ponto de vista de John Searle. Ao se estabelecer mente e corpo como duas entidades autônomas e opostas ao longo da história filosófica, criou-se um abismo quase que intransponível entre elas, a respeito de uma explicação coerente sobre as interações que mantêm entre si. Denominamos este abismo de "o problema da relação mente-corpo", em torno do qual, se formou toda uma tradição de pesquisadores interessados em resolvê-lo. Atualmente esta questão se traduz na possibilidade de se saber como os estados mentais interagem com os estados neurocerebrais e, desde sua origem, ainda não se chegou a um consenso teórico sobre uma resposta definitiva. John Searle apresenta como resposta uma proposta bastante peculiar e ao mesmo tempo polêmica, conhecida como "Naturalismo Biológico". Nosso objetivo consistiu na exposição desta teoria observando seus pontos favoráveis e desfavoráveis em confronto ao contexto teórico no qual está inserida. Primeiro, resgatamos as raízes históricas do problema, buscando as razões pelas quais é considerado um problema filosófico específico a partir do pensamento cartesiano; segundo, apresentamos a teoria do naturalismo biológico propriamente dita, ressaltando o modo como se relaciona com a tradição de filosofia da mente; por último, discutimos uma de suas principais hipóteses: a teoria da causalidade e a noção de emergência como uma resposta ao clássico problema. / Abstract: In this thesis we investigated the problem of the relationship between mind and body in accordance to the point of view of John Searle. Having been established that the mind and body are two autonomous and opposed entities through the length philosophical history, an almost insurmountable abysm was created between them, in respect to a coherent explanation of the interactions maintained between them. We named this abysm "the problem of the relation between mind and body", around which, has been formed a tradition of researchers interested in solving it. Nowadays this question translates into the possibility of knowing how mental states interact with neural cerebral states and, its origin, one still hasn't come to a theoretical agreement on a definitive answer. John Searle presents as an answer a quite peculiar and at the same time polemical proposal, known as "Biological Naturalism". Our objective consisted in the exposition of this theory observing its favorable and unfavorable points in confrontation to the theoretical context in which it is inserted. First, we redeemed the historical roots of the problem, in search of reasons which are considered a specific philosophical problem derived from Cartesian thoughts; second, we presented the theory of the biological naturalism properly said, emphasizing the way it relates to the traditional philosophy of the mind; finally, we discussed one of its main hypotheses: the theory of cause and effect, and the notion of emergency as a reply to the classic problem. / Mestre
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Análise da causalidade e cointegração entre variáveis macroeconômicas e o IBOVESPA / Analysis of causality and cointegration between macroeconomic variables and IBOVESPA

Silva, Fabiano Mello da 10 February 2012 (has links)
The aim of this work was to assess the causality relation among the set of macroeconomic variables, represented by interest and exchange rates, inflation and Industrial Production Index as proxy of the Gross Internal Product regarding São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA). The period of analysis was between January 1995 and December 2010 with 192 observations for each variable. Johansen s tests through Estatistical Trace and Maximum Eigenvalue indicated that there is at least one cointegration vector. In the analysis of Granger Causality Tests by way of Error Correction, it was found that there was short-term causality between Consumer Price Index and IBOVESPA. Regarding long-term results of Granger Causality, it was showed behavior of long-term among the macroeconomic variables with IBOVESPA. The results of the long-term of normalized vector for the IBOVESPA variable showed that most of sign parameters of cointegration equation are in agreement with the one suggested by economic theory. In other words, there was a positive behavior regarding Gross Internal Product and a negative one regarding inflation and exchange rate (it was hoped a positive relation) regarding IBOVESPA, except Brazil interest rate, which was not significant with that index. The variable of IBOVESPA was explained in more than 90% by itself in the twelfth month, followed by country-risk with less than 5%. / O objetivo deste trabalho foi de verificar a relação de causalidade entre um conjunto de variáveis macroeconômicas, representadas por taxa de câmbio, taxa de juros, inflação (IPCA), índice de produção industrial como proxy do Produto Interno Bruto em relação ao Índice de Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa). O período de análise compreendeu os meses de janeiro de 1995 a dezembro de 2010, perfazendo um total de 192 observações para cada variável. Os testes de Johansen, através da estatística do traço e do máximo autovalor, indicaram a existência de pelo menos um vetor de cointegração. Na análise dos testes de causalidade de Granger via correção de erros, ficou constatado que existiu causalidade de curto prazo entre o IPCA e o Ibovespa. No que concerne à causualidade de Granger de longo prazo, os resultados indicaram comportamento de longo prazo entre as variáveis macroeconômicas com o IBOVESPA. Os resultados do vetor normalizado de longo prazo para a variável Ibovespa evidenciaram que a maioria dos sinais dos parâmetros da equação de cointegração estão de acordo com o sugerido pela teoria econômica. Em outras palavras, houve um comportamento positivo do PIB e negativo da inflação e da taxa de câmbio (esperava-se uma relação positiva) em relação ao Ibovespa, com exceção da taxa Selic., que não foi significativa com o referido índice. A variância do Ibovespa foi explicada em mais de 90% por ela mesma no mês 12, seguida do risco-país, com menos de 5%.
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Identidade, diferenciação e metafísica de eventos

Morais, Eduardo José de Azevedo Charters Fuentes 28 May 2015 (has links)
Submitted by Viviane Lima da Cunha (viviane@biblioteca.ufpb.br) on 2016-07-26T15:35:01Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1826886 bytes, checksum: 258afa1d986c7ceb99150d6dfab14db8 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-26T15:35:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1826886 bytes, checksum: 258afa1d986c7ceb99150d6dfab14db8 (MD5) Previous issue date: 2015-05-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The metaphysical discussion over causality and identity of events, in the aim of the physicalism, emerges in the context of the collapse of behaviorism. Whilst the paradigms of logical positivism dominated philosophy, the behaviorism dominated psychology. The rupture with the positivism was marked by the work of Willard V. O. Quine. The critics from the two dogmas of empiricism and the proposal of a radical translation allowed emergence of the theses of indetermination of meaning and inscrutability of reference. As alternative to empiricism, Quine recurs to ontological simplification and holism about theory, but considering the primacy of experience, he proposes a shift towards pragmatism. However, Quine’s pragmatism was founded in a behavioristic perspective on the acquisition of linguistic competences, and behaviorism didn’t stood as paradigm for the explanation of mentalist vocabulary. Quine had a great influence in the work and life of Donald Davidson. The ontological economy and the holism of theory marked Davidson’s work in his choice of events as basic entities and his approach to meaning in Truth and Meaning through a theory of truth. While in articles as Action, Reason and Causes Davidson develops an approach to the causal role of events in intention and action, stating that reasons are causes, in The Logical Form of Action Sentences and Causal Relations, he searches for the adequate logical forms of describing events and singular causal statements in order to establish an identity of events. The following metaphysical positions support, in Individuation of Events, a causal individuation criterion for events, and in Events as Particulars and Eternal vs Ephemeral Events, Davidson defends that events are spatiotemporal and unrepeatable particulars, finalizing a metaphysical discussion over of events that will enable him to approach the problem of the mind-body relation, in the anomalous monism argument. Donald Davidson’s anomalous monism presented in Mental Events proposes the thesis of monism – identity between physical events and mental events –, and anomalism of the mental – events do not fall under strict causal laws. To support these theses Davidson formulates three principles, whose conjunction gives us a non-reductionist version of token physicalism and, therefore, permits us to conciliate the mentalist vocabulary with the structure of physicalist language. In this sense, anomalous monism supports a supervenience theory of the mental. Despite the critics made to anomalous monism, as the epiphenomenalism accusation, the theory only crumbles in its initial presuppositions that is that of a priori causality and identity. Thus, the frailest aspects of the argument consist in the difficulty of tracking and identify in experience neural events with mental events, and in the formulation of strict laws. Those questions depend, respectively, on the advancement of neurosciences and physics. The present work, by the name of “Identity, Differentiation and Metaphysics of Events”, consists on an approach to metaphysics of events, in the context of the physicalism of tokens, more specifically to the Donald Davidson’s argument of the anomalous monism that argues for the identity of physical events and mental events and the causal role of mental events. It pretends, therefore, to coordinate the metaphysical discussion of events with Davidson’s anomalous monism. / A discussão metafísica sobre a causalidade e a identidade de eventos, no âmbito do fisicalismo, surge no contexto do colapso do behaviorismo. Porquanto os paradigmas do positivismo-lógico dominaram a filosofia, o behaviorismo dominou a psicologia. A ruptura com o positivismo é marcada pela obra de Willard V. O. Quine: a crítica aos dois dogmas do empirismo e a proposta de uma tradução radical, permitiu erguer as teses da indetermi-nação do significado e inescrutabilidade da referência. Como alternativa ao empirismo, Quine recorre à simplificação ontológica e ao holismo da teoria, mas com a primazia da experiência, propondo assim uma guinada rumo ao pragmatismo. Contudo, o pragmatismo de Quine era fundamentado numa perspectiva behaviorista para a aquisição de competên-cias linguísticas, e o behaviorismo não se firmou como paradigma para a explicação da vocabulário mentalista. Quine teve grande influência no trabalho e vida de Donald Davidson. A economia ontológica e o holismo da teoria marcam a obra de Davidson através da escolha de eventos como entidades básicas e da proposta de problematização do significado, em Verdade e Significado, através de uma teoria da verdade. Enquanto que em artigos como Action, Reasons and Causes Davidson desenvolve uma abordagem ao papel causal de eventos na intenção e na ação, afirmando que razões são causas, em The Logical Form of Action Sentences e Causal Relations, ele explora as formas lógicas adequadas para descrever eventos e para declarações causais singulares e para estabelecer uma identidade de eventos. As posições metafísicas daqui decorrentes sustentam, em Individuation of Events, um critério de individuação causal de eventos e em Events as Particulars e Eternal vs Ephemeral Events, Davidson sustenta que eventos são particulares espaciotemporais irrepetíveis, finalizando uma discussão metafísica de eventos que lhe permitirá abordar o problema da relação corpo-mente, no argumento do monismo anômalo. O monismo anômalo de Davidson, apresentado em Mental Events propõe as teses do monismo – identidade entre eventos físicos e eventos mentais –, e do anomalismo do mental – eventos mentais falham em cair sob leis causais estritas. Para suportar essas teses, Davidson formula três princípios cuja conjunção nos dá uma versão não reducionista do fisicalismo de ocorrências, que, portanto, permite conciliar o vocabulário mentalista com a estrutura linguística fisicalista. Assim, o monismo anômalo suporta uma teoria da superveniência do mental. Apesar do monismo anômalo sofrer algumas críticas, como a acusação de epifenomenalismo, a teoria só sucumbe nos seus pressupostos iniciais, ou seja, a causalidade e a identidade a priori. Os aspetos mais frágeis do argumento consistem na dificuldade de rastrear e identificar, na experiência, eventos neurais com eventos mentais, e na formulação de leis estritas. Questões estas que dependem, respetivamente, do avanço das neurociências e desenvolvimento da física. O presente trabalho, pelo nome de “Identidade, Diferenciação e Metafísica de Eventos”, consiste numa abordagem à metafísica de eventos, no contexto do fisicalismo de ocorrências, mais especificamente do argumento do monismo anômalo de Davidson, que afirma a identidade entre eventos físicos e eventos mentais, assim como o papel causal de eventos mentais. Pretende, portanto, coordenar a discussão metafísica de eventos com o monismo anômalo de Davidson.
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O conceito de infinito em Spinoza

Bezerra, Marcio Roberto Soares 08 August 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 898655 bytes, checksum: da0dcd2488921a9f83fe8abb462c70a5 (MD5) Previous issue date: 2014-08-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This essay aims to discourse on the concept of infinite in Baruch Spinoza, taking as main theoretical reference two of his works, the Metaphysical Thoughts and The Letter 12. The objective is to show that the concept of infinite represents a key idea to Spinoza s system, where all his theses concerning immanent causality and psychophysical parallelism are based on. The research begins with a historical approach about the matter of infinite, discussed by a tradition of thinkers who preceded Spinoza, since the Greeks until Descartes in modernity. In a second moment, the analysis turns to the matter of infinite understood by Spinoza who, as he defends the idea of current infinite, ends up retaking the theory of Anaxagoras, Nicolau of Cusa and Giordano Bruno, where, according to them, God is not separated of his creatures, but keeps a relation of immanency with them. In this case, according to Spinoza, to affirm that God is infinite means saying that He comprehends all things and nothing can exist separated from Him, and moreover, being substance, God cannot be separate of his conditions (modes), what is explained by the immanency of his causality, in what cause (God) and effect (modes) occur simultaneously. The habit of separate the substance from his conditions comes from the misunderstanding between the way how the mind understands the substance through the beings of Reason (time, measure, number) and the essence of the own substance. Through the beings of Reason, the substance is composed of parts and, therefore, it is divisible; however, considering its essential aspect, it is indivisible. This explains the thesis of parallelism as well since mind and body, due to inseparability of conditions, cannot be considered independent substances, but expressions of a single and same substance, either conceived by the attribute of thinking, or conceived by the attribute of extension. According to Spinoza, the dualism proposed by his main interlocutor, Descartes, precisely appeared due to the fact of his misunderstanding concerning the real aspect of substance (indivisible attributes) with his modal aspect (divisible modes). / Esta dissertação tem o objetivo de discorrer sobre o conceito de infinito em Baruch Spinoza, tomando como referencial teórico principal duas de suas obras, Os Pensamentos Metafísicos e a Carta 12. A tarefa aqui é mostrar que o conceito de infinito representa uma ideia chave para o sistema de Spinoza, sobre o qual estão assentadas as teses da causalidade imanente e do paralelismo psicofísico. O estudo se inicia com uma abordagem histórica acerca da questão do infinito, discutido por uma tradição de pensadores que antecederam Spinoza, desde os gregos até Descartes na modernidade. Em um segundo momento, a análise se volta para questão do infinito entendido por Spinoza que, ao defender a ideia do infinito atual, acaba retomando as teorias de Anaxágoras, Nicolau de Cusa e Giordano Bruno, segundo as quais Deus não está separado de suas criaturas, mas mantém uma relação de imanência com elas. Nesse caso, para Spinoza, afirmar que Deus é infinito significa dizer que Ele abrange todas as coisas e nada pode existir separado Dele, ou melhor, sendo substância, Deus não pode ser separado de suas afecções (os modos), o que é explicado pela imanência de sua causalidade, na qual causa (Deus) e o efeito (as afecções) ocorrem conjuntamente. O hábito de separar a substância de suas afecções vem da confusão entre o modo como a mente percebe a substância através dos entes de Razão (tempo, medida, número) e a essência da própria substância. Pelos entes de Razão, a substância é composta de partes e, portanto divisível; todavia, considerando o seu aspecto essencial, ela é indivisível. Isso explica também a tese do paralelismo já que a mente e o corpo, devido à indissociabilidade das afecções, não podem ser consideradas substâncias independentes, mas expressões de uma única e mesma substância, ora concebida pelo atributo pensamento, ora concebida pelo atributo extensão. De acordo com Spinoza, o dualismo proposto pelo seu principal interlocutor, Descartes, surgiu justamente pelo fato deste confundir o aspecto real da substância (atributos indivisíveis) com seu aspecto modal (modos divisíveis).

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