21 |
[pt] A TRANSGRESSÃO COMO SAÍDA PSÍQUICA VITAL / [en] TRANSGRESSION AS A VITAL PSYCHIC OUTLETRONY NATALE PEREIRA 13 January 2020 (has links)
[pt] Esta dissertação tem por objetivo investigar o aspecto transgressivo que caracteriza o pensamento da psicanalista francesa Nathalie Zaltzman ao revisitar a metapsicologia freudiana. Com a acepção de ultrapassar, violar, não cumprir, a transgressão revela-se uma ação psíquica vital para o sujeito, sobretudo quando esse se encontra em perigo de vida devido a circunstâncias opressoras e asfixiantes. Iniciamos nossa investigação por meio da articulação teórica do viés anarquista da pulsão de morte, manifestação em forma de luta e resistência contra forças que diminuem ou anulam a existência de um ser humano. A partir dessa perspectiva, percorremos proposições acerca da clínica. Destacamos a importância dada à ação de desligamento da pulsão de morte e a urgência da escuta, durante o tratamento, de suas manifestações. Expandindo a discussão com a abordagem do processo civilizatório, demonstramos como o trabalho de cultura poderia ser considerado o seu viés transgressor. Por meio desse, poder-se-ia lidar de maneira mais lúcida com a dimensão maléfica do humano, evitada a qualquer custo pela perspectiva civilizatória. Afirma-se a necessidade de fomentar vias que façam frente a posturas censoras e moralizantes. Essas impediriam o mal, dimensão inelutável e inerente à condição humana, de ocupar lugar nas representações psíquicas conscientes de cada indivíduo e no patrimônio simbólico da humanidade. Uma vez impedido, só lhe restaria abrir caminhos violentos de satisfação, reascendendo a barbárie. / [en] The present dissertation aims to investigate the transgressive aspect which characterizes the thoughts of the French psychoanalyst Nathalie Zaltzman in review of freudian metapsychology. With the sense of overtaking, violating, unaccomplishing, transgression is revealed as a vital psychic way out, specially when one s life is endangered due to oppressive and suffocating circumstances. We start our investigation with the theoretical articulation of the anarchist aspect of death drive, a manifestation characterized by the struggle and resistance against forces which dominate, diminish or nullify the human being existence. Based upon such perspective, we go along propositions about the clinic. We outline the importance given to the act of unattachment from death drive and the urgency of its listening, throughout the treatment, its manifestations. In order to take part in the discussion with the civilizing process, we demonstrate how culture work may be considered its transgressive way. By taking such approach for granted one could handle with a more lucid way in facing the maleficent dimension of the human, which is avoided by all costs in the civilizing perspective. It is argued the need to promote ways of confronting censorship and moralizing positions. Such act would prevent evil, ineluctable and insisting dimension of the human, from taking place in the conscious psychic representations of each single person and in the symbolic patrimony of humanity. Once there is an imposition, the only way left is to open violent paths of satisfaction, reigniting barbarism.
|
22 |
[en] CLINIC OF NARCISSISTIC SUFFERINGS: DEVICES TO PSYCHOANALYTIC WORK / [pt] CLÍNICA DOS SOFRIMENTOS NARCÍSICOS: DISPOSITIVOS AO TRABALHO PSICANALÍTICOARTHUR KOTTLER DA SILVEIRA 18 February 2022 (has links)
[pt] Os quadros da chamada clínica da atualidade abarcam um leque heterogêneo de padecimentos como, por exemplo, anorexias, bulimias, drogadicções, escarificações, síndrome do pânico, bem como os casos-limite ou borderline reunidos sob a designação de “sofrimentos narcísicos”. Uma das inspirações para esta nomenclatura nosográfica tem como origem a expressão francesa souffrances identitaires-narcissiques – sofrimentos narcísicos identitários – cunhada pelo psicanalista francês René Roussillon. Tais sofrimentos impõem à clínica psicanalítica uma série de impasses e desafios que interrogam o trabalho analítico, em particular os dispositivos clínicos. Diante desta constatação, esta tese pretende investigar, na literatura psicanalítica – incluídos casos e vinhetas clínicas – possíveis recursos clínicos ao trabalho analítico com esses quadros. Para isto, a tese está dividida em duas partes, tendo maior destaque a segunda, em função de seu objetivo. Na primeira, que fornecerá subsídios teórico-clínicos à segunda, são localizadas as principais problemáticas dos casos em questão, as quais giram em torno de seu ponto de origem – a ocorrência de traumas precoces patogênicos. A segunda e principal parte da tese é dedicada a investigar dispositivos ao trabalho analítico cujas características possam vir a coadunar-se às problemáticas levantadas na Primeira Parte. São explorados o recurso da regressão clínica, segundo as contribuições de Michael Balint e Donald Woods Winnicott, bem como um conjunto de dispositivos analíticos apresentados em diferentes publicações de René Roussillon para o atendimento da clínica com os casos em questão. Os recursos apresentados são atravessados e fundamentados por uma escuta polifônica e polimórfica, que, por sua vez, contempla uma série de contribuições apresentadas por esse autor, como aquelas da pulsão mensageira e do registro mimo-gesto-postural. Ao final, a tese busca indicar a ampliação de um desses dispositivos apresentados pelo autor francês. / [en] The pictures of the so-called clinic of the present time encompass a heterogeneous range of ailments such as anorexias, bulimias, drug addictions, scarification, panic syndrome, as well as borderline cases reunited under the designation of narcissistic sufferings. One of the inspirations for this nosographic nomenclature has as its origin the French expression souffrances identitaires-narcissiques– narcissistic identity sufferings – coined by the French psychoanalyst René Roussillon. These sufferings impose on the psychoanalytic clinic a series of impasses and challenges that interrogate the analytical work, especially its clinical devices. In view of this substantiation, this thesis intends to investigate, in the psychoanalytic literature – including clinical cases and vignettes – possible clinical resources to the analytical work with these pictures. For this, the thesis is divided into two parts, the second being more prominent, according to its objective. In the first one, which will provide theoretical and clinical subsidies to the second, the main problems of the cases in question are located, which revolve around their point of origin – the occurrence of early pathogenic traumas. The second and main part of the thesis is devoted to investigating devices for analytical work whose characteristics may be consistent with the problems raised in Part One. The resources of clinical regression are explored according to the contributions of Michael Balint and Donald Woods Winnicott, as well as a set of analytical devices presented in different publications by René Roussillon to attending the clinic with the cases in question. The resources presented are crossed and grounded by a polyphonic and polymorphic listening, which, in turn, contemplates a series of contributions presented by this author, such as those of the messenger drive and the mimo-gesture-postural register. In the end, the thesis seeks to indicate the enlargement of one of these devices presented by the French author.
|
23 |
[en] VIOLENCE AND TRAUMA IN THE CONSTITUTION OF SUBJECTIVITY / [pt] VIOLÊNCIA E TRAUMA NA CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADEFERNANDA FURIERI PAES 28 April 2020 (has links)
[pt] A presente pesquisa aborda a questão da violência a partir da teoria psicanalítica, analisando sua relação com a constituição subjetiva e os processos de simbolização. Primeiramente procuramos investigar a noção de violência em psicanálise, partindo da relação que Freud estabelece entre violência, poder e domínio. A partir desse percurso na obra freudiana chegamos a duas teorias que tomam a violência como conceito central em suas obras: Jean Bergeret e Piera Aulagnier, e a partir da teoria de Aulagnier podemos entender a constituição da subjetividade como um processo que se desenvolve em uma relação intersubjetiva, estando subjacente a esse processo a imposição de um discurso que tem a marca de uma exterioridade violenta, porém estruturante. Essa violência, no entanto, pode apresentar-se pelo excesso, marcadamente desestruturante. Essa face excessiva da violência é tema central do segundo capítulo, onde procuramos
pensar nos efeitos de uma relação primária alienante, onde a violência do objeto paralisa o sujeito numa passividade traumática. No terceiro capítulo nossa atenção se concentra na clínica, e defendemos nossa hipótese de que algumas manifestações de sofrimento que presenciamos na clínica com crianças como
sintomas ligados ao vazio (apatia, dificuldades de aprendizagem), assim como pelo sofrimento corporal se relacionam com um excesso de violência no contexto das primeiras relações. / [en] The present research approaches the issue of violence based on psychoanalytic theory, analyzing its relation to the subjective constitution and the processes of symbolization. First, we seek to investigate the notion of violence in psychoanalysis, starting from Freud s relationship between violence, power and domination. From this path in the Freudian work we come to two authors that take violence as central concept in its works: Jean Bergeret and Piera Aulagnier. From Aulagnier s theory we understand the constitution of subjectivity as a process which develops in to an intersubjective relationship, underlining this process is the imposition of a speach that has the mark of a violent but structuring exteriority. This violence, however, may appear as a destructive excess that, instead of working in favor of the processes of symbolization, paralyzes the subject in a traumatic passivity. This excessive violence is the central theme of the second chapter, where we approach the effects of a primary alienating relationship. In the third chapter our attention is focused on the clinic, and we defend our hypothesis that some manifestations of suffering, which we witness in the clinic with children as symptoms related to emptiness (apathy, learning difficulties) as well as to the suffering of the body, are related to an excess of violence in the context of early relationships.
|
24 |
[pt] A DIMENSÃO ARCAICA DAS AUTOMUTILAÇÕES: DESCONTINUIDADES NOS PRIMÓRDIOS DA VIDA / [fr] LA DIMENSION ARCHAIQUE DES AUTOMUTILATIONS: DISCONTINUITÉS À L AUBE DE LA VIENATÁLIA DE OLIVEIRA DE PAULA CIDADE 22 May 2020 (has links)
[pt] A finalidade desta tese é a de refletir acerca da dimensão arcaica das automutilações e suas repercussões na clínica psicanalítica a partir do estudo da constituição psíquica e dos processos de diferenciação eu/não-eu, próprios ao início da vida. Trata-se de um fenômeno complexo composto por uma série de
condutas diferenciadas que tem em comum infligir danos à própria pele, trazendo o corpo para a frente da cena. O ataque ao corpo realizado nos atos automutilatórios aponta para um sofrimento que não pode ser colocado em palavras e através do qual o sujeito encontra outras vias de expressão e de descarga daquilo que o faz sofrer, denunciando conteúdos e vivências que ultrapassam o universo das representações psíquicas e da linguagem verbal. Em nossa análise, priorizamos nos aprofundar nos processos de constituição subjetiva, chamando atenção para sua dimensão arcaica, que diz respeito a problemáticas
narcísicas do início da vida, de construção do eu-corporal, dos primeiros encontros intersubjetivos e dos processos de diferenciação que marcam os limites entre sujeito e objeto. Nossa hipótese se constrói em torno do entendimento de que, quando os primórdios da vida são marcados majoritariamente por
desencontros e desarmonias, haverá consequências severas nos processos de subjetivação do bebê, refletindo na problemática da automutilação. Sustentamos que o recurso ao corpo e ao sensorial na automutilação aponta para uma tentativa de contenção do eu em momentos nos quais o sujeito sente que pode haver o risco da perda da integridade narcísica. Nessa direção, as automutilações representam
uma via atual através da qual experiências precoces, da ordem do arcaico, se apresentariam. A dimensão arcaica proposta na tese tem como referência elementos dos primórdios sensoriais que ultrapassam a memória dos acontecimentos cronológicos, permanecendo ativos no presente e no atual, nas
formas de se relacionar com os outros sujeitos. / [fr] L objectif de cette thèse est de réfléchir à la dimension archaïque des automutilations et ses répercussions sur la clinique psychanalytique ayant comme point de départ la constitution psychique et les processus de
différenciation moi/non moi, propres au début de la vie. Les automutilations constituent un phénomène complexe composé d une série de conduites différenciées, qui ont en commun le fait d infliger du mal à sa propre peau, soulignant l importance du corps. L attaque du corps effectuée dans les actes d automutilation pointe une souffrance qui ne peut pas être mise en mots et à travers laquelle le sujet trouve d autres voies d expression et de décharge de ce qui le fait souffrir. Ces actes dénoncent des contenus et des expériences qui dépassent les représentations psychiques et qui vont au-delà du langage verbal. Dans notre analyse, nous priorisons l approfondissement des processus de constitution subjectifs, attirant l attention sur sa dimension archaïque. Cette dimension concerne les problématiques narcissiques du début de la vie, la
construction du moi-corps, les premières rencontres intersubjectives et les processus de différenciation qui marquent les limites entre sujet et objet. Notre hypothèse se construit autour de la compréhension selon laquelle, lorsque les débuts de la vie sont marqués principalement par des discontinuités et des
désharmonies, il y aura de graves conséquences sur les processus de subjectivation du bébé, ce que reflète la problématique de l automutilation. Nous soutenons que le recours au corps et au sensoriel dans l automutilation indique une tentative de contenir le moi dans les moments où le sujet sent qu il peut y avoir un risque de perte d intégrité narcissique. En ce sens, l automutilation représente une voie actuelle à travers laquelle des expériences précoces, du champ de l archaïque, se présenteraient. La dimension archaïque proposée dans la thèse a comme référence des éléments des débuts sensoriels, qui dépassent la mémoire des événements chronologiques et qui restent bel et bien actifs dans le présent et dans l actuel, dans les relations avec d autres sujets.
|
25 |
[fr] LE JEU ET LES PARADOXES DE LA SYMBOLISATION DANS LA CLINIQUE PSYCHANALYTIQUE AVEC LES ENFANTS / [pt] O BRINCAR E OS PARADOXOS DA SIMBOLIZAÇÃO NA CLÍNICA PSICANALÍTICA COM CRIANÇASFERNANDA FURIERI PAES 28 May 2024 (has links)
[pt] O brincar é uma atividade universal, presente em crianças de todas as
culturas, sendo a principal forma de comunicação e desenvolvimento infantil, assim
como o solo principal pelo qual o psicanalista clínico caminhará com a criança em
análise. Partindo dessa ideia, lançamos nossa hipótese de que essa atividade se
apresenta ao mesmo tempo como resultante e constitutiva dos processos de
simbolização, e que sua configuração em ato remete aos avatares dos
relacionamentos primários e constitutivos do sujeito. Apresentaremos uma leitura
sobre o brincar a partir do referencial psicanalítico, entendendo que o ato-jogo
compõe no aparelho psíquico o registro do ato que não é oponível à representação;
ao contrário, é o que permite ao sujeito simbolizar psiquicamente o vivido.
Mostraremos que os caminhos que levam à constituição do brincar, portanto,
comportam os paradoxos constitutivos dos processos de simbolização, paradoxos
estes que refletem a posição fundamental da relação do sujeito com seus objetos
fundamentais, os quais precisam estar simultaneamente na posição de despertar e
de conter os movimentos pulsionais para que o sujeito possa se constituir como
sujeito da pulsão, assim como sujeito brincante. A partir da clínica com crianças
que apresentam prejuízos em relação à simbolização, refletiremos ainda sobre o
brincar em análise, pensando em como ele pode se constituir na relação analítica
como forma de possibilitar a emergência de novas capacidades de representação. / [fr] Jouer est une activité universelle, présente chez les enfants de toutes les
cultures, étant la principale forme de communication et de développement de
l enfance, tout comme le terrain principal par lequel le psychanalyste clinicien
accompagnera l enfant en analyse. À partir de cette idée, nous formulons notre
hypothèse selon laquelle cette activité se présente à la fois comme résultante et
constitutive des processus de symbolisation, et que sa configuration en acte renvoie
aux avatars des relations primaires et constitutives du sujet. Nous présenterons une
lecture du jeu à partir du référentiel psychanalytique, comprenant que l acte-jeu
compose dans l appareil psychique l enregistrement de l acte qui n est pas opposable
à la représentation; au contraire, c est ce qui permet au sujet de symboliser
psychiquement le vécu. Nous montrerons que les chemins menant à la constitution
du jeu comportent donc les paradoxes constitutifs des processus de symbolisation.
Ces paradoxes reflètent la position fondamentale de la relation du sujet avec ses
objets fondamentaux, lesquels doivent simultanément être en mesure d éveiller et
de contenir les mouvements pulsionnels afin que le sujet puisse se constituer en
sujet de la pulsion, ainsi comme sujet joueur. À partir de la clinique avec des enfants
présentant des troubles de la symbolisation, nous réfléchirons également sur le jeu
en analyse, en pensant à comment il peut se constituer dans la relation analytique
comme moyen de favoriser l émergence de nouvelles capacités de représentation.
|
26 |
[en] THROUGH THE WORK WITH LANGUAGE, INTERPRETATIONS AND CONSTRUCTIONS IN PSYCHOANALYS / [pt] NO TRABALHO COM A LINGUAGEM, INTERPRETAÇÕES E CONSTRUÇÕES EM PSICANÁLISEPATRICIA NORONHA DE SA 02 August 2017 (has links)
[pt] Esta dissertação trata da importância do significante em interpretações e construções na clínica psicanalítica, partindo do estudo de fragmentos de casos clínicos de psicanalistas como Freud, Lacan e Jean Allouch. Suas bases concentram-se na maneira como a linguagem é tomada na formulação do inconsciente por Freud e depois por Lacan. No que chama de retorno a Freud, Lacan procura recolocar a psicanálise em seu caminho: o da linguagem, relendo os textos que considera canônicos sobre os sonhos, os atos falhos e os chistes. Para realizar o estudo, segui o caminho de Lacan pela linguística com Saussure, Jakobson, Benveniste, Damourette, Pichon e outros linguistas e gramáticos que foram importantes referências em suas formulações. Procurando apreender o Freud lido por Lacan, que determinou suas reformulações na psicanálise, mais especificamente na direção do tratamento psicanalítico, atravessei também textos de Lacan nos quais ele começa discutindo a fala, no campo da linguagem, voltado para a transmissão
da psicanálise e para a oposição entre duas concepções de tratamento e a formação do psicanalista. Em seus últimos seminários, acaba por decidir deixar a linguística para os linguistas e cunhar o termo linguisteria para falar de que linguagem se trata na psicanálise. A partir de fragmentos de casos clínicos, refleti acerca da relevância de determinados significantes, que aparecem durante os tempos do tratamento psicanalítico nos quais a intervenção do analista faz com que o analisante possa abandonar a fixidez
de sentido e empreender o caminho de construção de seu fantasma até a sua travessia. Destaquei alguns conceitos utilizados por Freud (Wortfuge- Worfugen-Wortfügung, Wortklang, Entstellung, Konstruktion, Phantasieren, dentre outros), com os quais se quis entender a técnica psicanalítica, a partir das interpretações freudianas de sonhos, chistes e atos falhos, e avançar nas elaborações lacanianas na direção do tratamento, interpretação, ato analítico. / [en] This thesis studies the role of the signifier in interpretations and constructions in psychoanalytical treatments, taking into consideration the analysis of fragments of clinical cases from psychoanalysts like Freud, Lacan and Jean Allouch, among others. This work is based on the way language was taken
by Freud and later by Lacan in the formulation of the concept of the unconscious. In Lacan s Retour à Freud he tries to put psychoanalysis back on track, the language path, by rereading the texts he considers canonical about the interpretation of dreams, parapraxis and wits. To accomplish this study, I followed
Lacan s steps through linguistics with Saussure, Jakobson, Benveniste, Damourette, Pichon and other linguists and grammarians that were important to his psychoanalytical formulations. In order to understand Freud read by Lacan, which determined his reformulations on psychoanalysis, specifically in regards to
treatment, I took into account texts in which Lacan begins to discuss speech, in the field of language, focused on the transmission of psychoanalysis and on the opposition between two existing conceptions of the treatment and the formation of the psychoanalyst. In his last seminars, Lacan ends up deciding to leave linguistics to the linguists and to coin the term linguistery to state which language psychoanalysis deals with. Based on fragments of clinical cases, I reflected on the relevance of certain signifiers that appear on the course of different treatments in which the analysts intervention enabled the analysand to abandon a previously fixed meaning and undertake a new way to the construction of his phantasy up to
its crossing. Some of the signifiers used by Freud (Wortfuge-Worfugen- Wortfügung, Wortklang, Entstellung, Konstruktion, Phantasieren, among others) helped me understand the psychoanalytical technics through Freud s interpretations of dreams, wits, parapraxis and move on to lacanian elaborations
on psychoanalytical treatment, interpretation, analytical act.
|
Page generated in 0.0371 seconds