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[en] FOR A METAPSYCHOLOGY OF THE TIME / [pt] POR UMA METAPSICOLOGIA DO TEMPO

LARISSA DA COSTA MENDES 30 May 2012 (has links)
[pt] O presente trabalho tem como objetivo investigar as diversas temporalidades da psicanálise a partir de três eixos temáticos prioritários sobre os quais se apoiam muitos dos conceitos freudianos. Dentre as dimensões temporais da teoria psicanalítica, destacamos essencialmente a noção de tempo mítico, o a posteriori e a atemporalidade do inconsciente. As abordagens que serão discutidas neste trabalho não esgotam os tempos de Freud, nem buscam um fechamento conceitual em torno da questão, mas vislumbram – com alguma parceria com a filosofia de Deleuze – identificar eixos temporais importantes no campo psicanalítico que se abrem à perspectiva de uma compreensão plural do tempo. / [en] This study aims to investigate the different temporalities of psychoanalysis based on three priority themes which support many of the freudian concepts. Among the temporal dimensions of psychoanalytic theory, we choose to highlight essentially the notion of mythic time, the a posteriori and the timelessness from the unconscious. The approaches that are discussed in this work do not extinguish the times of Freud, nor even seek a conceptual closure around the issue, but pursue – with a partnership with Deleuze s philosophy – to identify important temporal axes in the psychoanalytic field that opens itself for a plural perspective of the time.
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[en] SPEECH ACTS, PARAPRAXIS: AN APPROXIMATION BETWEEN THE LINGUISTIC THEORIES OF AUSTIN AND WITTGENSTEIN AND THE PSYCHOANALYSIS OF FREUD AND LACAN / [pt] ATOS DE FALA, ATOS FALHOS: UMA APROXIMAÇÃO ENTRE AS TEORIAS LINGUÍSTICAS DE AUSTIN E DE WITTGENSTEIN E A PSICANÁLISE DE FREUD E LACAN

CLAUDIO EDUARDO MOURA DE OLIVEIRA 31 October 2012 (has links)
[pt] A proposta da presente dissertação é buscar pontos na teoria psicanalítica de Freud e Lacan que contribuam para as filosofias da linguagem de Austin e de Wittgenstein. O sujeito dos atos de fala de Austin é pensado a partir do modelo freudiano dos atos falhos do sujeito do inconsciente, passando-se a levar em conta o conceito psicanalítico de pulsão no que diz respeito à fala como ato do sujeito. O ato de fala é colocado como subordinado às peripécias do que Lacan chamou de Grande Outro, uma vez que é na instância do simbólico que esse ato ocorre. No que diz respeito à teoria de Wittgenstein, o principal foco do trabalho é a relação do pensamento do filósofo com a afirmação lacaniana de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem. A relação entre subjetividade e linguagem bem como o acesso que a subjetividade tem ao mundo através da linguagem são pensados na ordem do inconsciente; em outros termos, é pensada a relação entre o sujeito do inconsciente e o sujeito da linguagem. / [en] The purpose of this thesis is to search for ways in which Freud’s and Lacan’s psychoanalytical theory can contribute to Austin’s and Wittgenstein’s philosophies of language. We propose that the subject of Austin’s speech acts be framed within Freud’s theory of parapraxis as acts of the unconscious, so that the Freudian concept of drive can be related to speech as an act of a subject. The speech act is, then, thought as being subordinate to the vicissitudes of what Lacan called the Great Other, since the act occurs in what Lacan named the symbolic order. As to Wittgenstein’s theory, the focus of this work is on its relations to Lacan’s claim that the unconscious is structured like a language. The psychoanalytical concept of the unconscious is here used to consider the relations between language and subjectivity and the way how the subject accesses the world through language; in other words, the focus is on the relations between the subject of the unconscious and the subject of language.
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[pt] ELEMENTOS PARA UMA TEORIA DO OUTRO DE JACQUES LACAN: SUJEITO E ALTERIDADE / [en] ELEMENTS FOR A THEORY OF THE OTHER BY JACQUES LACAN: SUBJECT AND ALTERITY

CARINA DE MELLO SOUZA DOS SANTOS 16 November 2021 (has links)
[pt] O conceito de grande Outro, em Jacques Lacan, refere-se ao lugar da cultura e da linguagem por onde o sujeito é formado. Ele surgiu da aproximação lacaniana com a noção freudiana de inconsciente, quando este autor identifica o modo linguageiro do inconsciente operar. Tal conceito possui um aspecto de alteridade radical, isto é, um ponto de impossível significação completa da existência, devido à insuficiência das palavras e símbolos. Dessa forma, o sujeito responde por modos de existência particulares diante de sua vida, a fim de lidar com a alteridade. Neste material, questionamos que diferentes configurações o lugar do Outro pode assumir tendo em vista as respostas que o sujeito busca construir a partir do que recebe de sua cultura. Tal questão nos ajuda a pensar suportes ao tratamento deste lugar para o auxílio das construções subjetivas. Partimos do desenvolvimento lacaniano da noção de Outro em três momentos de seu pensamento, relacionados às duas estruturas subjetivas da neurose e psicose (paranóica e esquizofrênica). Observando a pluralidade de formações sociais em torno de diferentes saberes e fazeres entre sujeitos, entendemos que o conceito de Outro, ao final da obra lacaniana, torna-se Outros - diversos lugares simbólicos, diferentes linguagens inventadas nos laços sociais. Por essa via, chegamos ao entendimento de que a alteridade do Outro o torna instrumental. Isto é, sua relação com o sujeito não dada a priori, mas construída por meio da atribuição de uma função subjetiva. Tecer considerações sobre os artifícios de lida com a linguagem e sobre a concepção de Outro auxilia a apreender, na escuta analítica, a emergência de elementos que se apresentam como recursos singulares na clínica, arranjados pelo sujeito para formular modos sustentáveis de existir. / [en] The concept of the big Other, in Jacques Lacan, refers to the place of culture and language where the subject is formed. It arose from the Lacanian approach to the Freudian notion of the unconscious, when this author identifies the linguistic way of the unconscious to operate. Such a concept has an aspect of radical alterity, that is, a point of impossible complete meaning of existence, due to the insufficiency of words and symbols. Thus, the subject responds for particular modes of existence in front of his life, in order to deal with alterity. In this material, we question what different configurations the place of the Other can take in view of the responses that the subject seeks to build from what he receives from his culture. This question helps us to think about support for the treatment of this place to help subjective constructions. We start from the Lacanian development of the notion of the Other in three moments of his thought, related to the two subjective structures of neurosis and psychosis (paranoid and schizophrenic). Observing the plurality of social formations around different knowledge and practices between subjects, we understand that the concept of the Other, at the end of the Lacanian work, becomes Others - several symbolic places, different languages invented in social ties. In this way, we come to the understanding that the Other s alterity makes it instrumental. That is, its relationship with the subject is not given a priori, but constructed through the attribution of a subjective function. Contemplating the artifices of dealing with language and the conception of the Other helps to apprehend, in analytical listening, the emergence of elements that present themselves as unique resources in the clinic, arranged by the subject to formulate sustainable ways of existing.
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[pt] O PRAZER DA LÍNGUA: INCONSCIENTE E TIRADA ESPIRITUOSA / [en] THE PLEASURE OF THE JOKE: UNCONSCIOUS AND WITTY REMARK

MARINA DE SA GOMARA 27 December 2021 (has links)
[pt] Esse trabalho parte da afirmativa freudiana de que as palavras têm um poder mágico para apontarmos, pela teoria do chiste ou da tirada espirituosa, que a linguagem possui um aspecto subversivo decisivo. Para isso, investigamos a intrínseca relação entre linguagem e inconsciente, sendo a linguagem condição para o inconsciente. Examinamos como a ambiguidade e a equivocidade das palavras podem fornecer meios para a expressão do inconsciente pela fala. Pesquisamos, ainda, outras formações do inconsciente (lapsos, atos falhos e sonhos), apostando, com Lacan, que as leis regendo linguagem e inconsciente seriam as mesmas. Pela metáfora e metonímia vimos como é possível distorcer palavras e pensamentos para que sejam dribladas a censura e a razão crítica. Esses jogos linguísticos e intelectuais, além de prazer, podem proporcionar reconfigurações subjetivas decisivas. A psicanálise trata disso: dessa transformação pessoal que o encontro com o inconsciente promove trazendo a verdade do sujeito. Não deixaremos de abordar a dimensão política do chiste, a mais social das formações do inconsciente, que subverte as leis do código linguístico e denuncia tabus, inibições e proibições. Por último, vamos indicar que o poder subversivo do chiste consiste em uma transgressão localizada, revolução de veludo, se comparada ao poder de desrealização generalizada da ironia. / [en] This work starts from the Freudian assertion that words have a magical power to point out, by the theory of joke, or witty tirade, that language has an important subversive aspect. For this, we present the intrinsic relationship between language and the unconscious. Language being a condition for the unconscious. We have seen how the ambiguity and equivocality of words can provide a means for the expression of the unconscious through speech. We also researched other formations of the unconscious (slips of the tongue, dreams and the forgetting of words and names), betting, with Lacan, that the laws that govern language and the unconscious would be the same. We come to metaphor and metonymy to understand how, through them, we distort words and language elements to circumvent censorship and critical reason. These linguistic and intellectual games, in addition to pleasure, can provide subjective reconfigurations. Psychoanalysis deals with this: this personal transformation that the encounter with the unconscious promotes, bringing the subject s truth. We will not fail to address the political dimension of the joke, subverting the laws of the linguistic code to denounce taboos, inhibitions and prohibitions. Finally, let us point out that the subversive power of the joke is a localized transgression, if we compare it to the power of generalized de-realization capacity of irony.
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[fr] UNE PSYCHOLOGIE SINO TEMPORE: UNE ANALYSE DES NOTIONS D´ARCHÉTYPE, D´INCONSCIENT COLLECTIF ET DE SOI DANS LA THÉORIE DE CARL GUSTAV JUNG / [pt] UMA PSICOLOGIA SINE TEMPORE: UMA ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE ARQUÉTIPO, INCONSCIENTE COLETIVO E SI-MESMO NA TEORIA DE CARL GUSTAV JUNG

PAULO FERREIRA BONFATTI 27 April 2007 (has links)
[pt] Este trabalho propõe uma análise conceitual de três noções sobre as quais se apóia grande parte da psicologia de Carl Gustav Jung, a saber: arquétipo, inconsciente coletivo e si- mesmo (Selbst). Esta análise objetiva buscar uma melhor compreensão da estrutura desta teoria, bem como permitir uma aproximação dos possíveis motivos das reservas do meio acadêmico no que diz respeito à aceitação da teoria de Jung. / [fr] Ce travail propose une analyse conceptuelle de trois notions sur lesquelles se fonde une grande part de la psychologie de Carl Gustav Jung, - savoir: archétype, inconscient collectif et soi (Selbst). Cette analyse a pour but d assurer une meilleure compréhension de la structure de cette théorie, ainsi que de permettre une approche des raisons qui semblent determiner l accueil mitigé que la psychologie de Jung reçoit encore au niveau de l enseignement à l université.
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[fr] PARADOXES ET PERTINENCES CLINIQUES DU CONCEPT D´IDENTIFICATION DANS L ENSEIGNEMENT DE JACQUES LACAN / [pt] PARADOXOS E PERTINÊNCIAS CLÍNICAS DO CONCEITO DE IDENTIFICAÇÃO NO ENSINO DE JACQUES LACAN

MARIA APARECIDA DE ANDRADE NOVAES 13 July 2007 (has links)
[pt] A invenção da psicanálise é marcada pela introdução do conceito de inconsciente, o que impõe ao pesquisador deste campo a análise de todo e qualquer conceito que pertença ao domínio da psicologia em geral a partir desta especifidade. Este trabalho visa uma retomada da estrutura mínima do laço social, pensando- o a partir da suposição do inconsciente. A identificação ao traço unário, modalidade extraída por Lacan da teoria geral das identificações proposta por Freud, é a ferramenta conceitual utilizada neste trabalho para se pensar uma suposta especificidade psicanalítica do laço social, sendo o fundamento teórico necessário para se pensar um laço que se configura diferentemente, graças à presença do analista, que faz consistir o inconsciente no laço sem que isso comporte sua dissolução. A transferência, que pode ser definida como a própria estrutura da experiência analítica, será portanto o palco de onde poderá se situar a identificação ao traço unário como fundamento do laço social. Tal operação, porém, implica necessariamente na relação do sujeito não só ao significante, mas também ao que Lacan denominou objeto a, isto que toma parte na constituição do sujeito, sendo propriamente aquilo que ele é, ao mesmo tempo em que dele precisa estar separado, situando-se como algo da ordem donão-identificável, algo que atua como causa de desejo, no lugar de uma exterioridade, e que, quando irrompe, será sob a forma desestruturante da angústia. Dito isso, a identificação impõe um paradoxo que convoca a uma revisão deste percurso teórico de Lacan, de modo a questionar de que maneira o objeto toma parte na constituição de um corpo e da identidade do sujeito, sem que compareça como o que faz exceção, para além do representável e do visível. Neste sentido, o presente trabalho propõe o uso do conceito de letra e de um exemplo literário como via possível para este impasse, eminentemente clínico. / [fr] L invention de la psychanalyse est marquée par l introduction du concept d´inconscient, ce qui impose au chercheur dans ce domaine l analyse de n importe quel concept qu appartienne au domaine général de la psychologie à partir de cette spécificité. Ce travail envisage de reprendre la structure minimale du lien social sous la perspective de la supposition de l inconscient. L identification au trait unaire, modalité que Lacan est allé chercher chez Freud, dans sa théorie des identifications, est l outil conceptuel indispensable dans ce travail pour qu on puisse envisager une supposée spécialité psychanalytique du lien social, tout en étant le fondement nécessaire qui nous permet de penser une espèce de lien qui se soutien différemment, grâce à la présence de l analyste, qui fait y consister l inconscient sans le dissoudre. Le transfert, défini en tant que la structure même de l expérience analytique, sera donc la scène où on peut situer l identification au trait unaire en tant que fondement du lien. Cette opération, cependant, ne concerne pas seulement le rapport du sujet au signifiant, mais aussi à ce que Lacan a nommé l objet petit a, qui prend part dans la constitution du sujet, en étant ce que le sujet est, au même temps que il faut s en séparer, ce qu en fait quelque chose de non identifiable, qui agit comme cause de désir et qui, lors de son irruption, est ressenti sous la forme bouleversante de l angoisse. Ceci dit, l identification impose un paradoxe qui nous conduit à reprendre le parcours réalisé par Lacan, de façon à remettre en cause la manière dont l´objet prend part dans la constitution du corps et de l identité du sujet, sans que ça soit sous la forme d´exception, au-delà de ce qui est de l ordre du représentable et du visible. Ce travail propose, donc, le concept de lettre et un exemple extrait d un roman littéraire comme des issues possibles pour cerner cette impasse, tout à fait clinique.
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[en] THE LANGUAGE BETWEEN THE BECOMING AND THE ALIENATION / [pt] A LINGUAGEM ENTRE O DEVIR E A ALIENAÇÃO

FELIPE BO HUTHMACHER 17 September 2018 (has links)
[pt] O presente trabalho trata das relações estabelecidas entre as concepções de inconsciente e linguagem nas obras de Nietzsche, Lacan, Deleuze e Guattari. No final do século XIX, ocupando-se do papel da estética trágica na cultura da Grécia Antiga, Nietzsche enxerga na arte de Sófocles e Ésquilo um universo simbólico em harmonia com as pulsões inconscientes da vida. Ao mesmo tempo, diagnostica na atitude socrático-platônico-cristã uma interrupção dos processos em devir simbolizados pela linguagem trágica em nome de uma apologia às virtudes dialéticas da consciência e à negatividade de um monoteísmo antropocêntrico. Lacan, na década de 1950, surge como uma alegoria desse modo negativo de se relacionar com os processos inconscientes da linguagem, ao passo que Deleuze e Guattari, também na segunda metade do século XX, afirmam a experiência trágica da análise nietzschiana como forma de explodir as estruturas lacanianas que cerceiam a vida submetendo o desejo ao monoteísmo-dialético próprio à alienação do significante. / [en] This work deals with the relations established between the concepts of the language and of the unconscious in the works of Nietzsche, Lacan, Deleuze and Guattari. In the late nineteenth century, taking care of the role of tragic aesthetics in the culture of Ancient Greece, Nietzsche sees on the art of Sophocles and Aeschylus a symbolic universe in harmony with the unconscious drives of life. At the same time, he diagnoses the attitude socratic-platonic-christian as an interruption of the becoming processes symbolized by the tragic language on behalf of an apology to the virtues of a dialectical consciousness and the negativity of an anthropocentric monotheism. Lacan, in the 1950s, emerges as an allegory of this negative way of dealing with the unconscious processes of language, while Deleuze and Guattari, also in the second half of the twentieth century, affirm the nietzschian analysis of the tragic experience state as a way to blow up the lacanian structures that curtail life by the submission of desire on a monotheism-dialectic to the itself significant alienation.
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[pt] AS FLORES DA POESIA NA TERRA DO SABER: UMA TEORIA DO POEMA EM WALTER BENJAMIN / [en] THE FLOWERS OF POETRY IN THE LAND OF KNOWLEDGE: A THEORY OF THE POEM IN WALTER BENJAMIN

RAFAEL ZACCA FERNANDES 03 February 2020 (has links)
[pt] Esta tese se propõe a articular uma teoria do poema em Walter Benjamin a partir de seus escritos sobre poesia e linguagem entre 1914 e 1940, tendo como pontos de partida mais significativos uma crítica de dois poemas de Friedrich Hölderlin e uma discussão epistolar com Theodor W. Adorno a propósito de Charles Baudelaire. A principal questão suscitada aqui pela teoria do poema em Walter Benjamin foi: de que forma os poemas se relacionam com as coisas, com a vida e com a história? Nesse quadro, a pesquisa ressalta o lugar central do conceito de poetificado (das Gedichtete) nos escritos de Benjamin, e de sua importância não apenas no pensamento sobre arte, como também no pensamento sobre o tempo histórico, principalmente a partir de sua transformação nos conceitos de teor de coisa e de teor de verdade (Sachgehalt e Wahrheitsgehalt, respectivamente). Para compreendê-lo, este trabalho resultou na criação do conceito de inconsciente poético, que permite relacionar, no pensamento de Benjamin, a investigação dos detalhes de um fenômeno poético à especulação filosófica de sua ideia. Por fim, a pesquisa também tenta compreender quais são, diante dessa teoria do poema, os métodos de Benjamin para uma crítica do poema, a saber, a partir das ideias de que opoema é uma mônada, uma partícula mínima que apresenta uma imagem dahistória, e de que não reflete as coisas nem a vida, mas as expressa. Nesse sentido, mesmo na sua fase materialista, esta pesquisa procura mostrar como o pensamento de Benjamin se distingue da estruturação do marxismo tradicional (como em Georg Lukács) que pensava a superestrutura (e a poesia, por extensão) como um reflexo da infraestrutura (do modo de produção da vida). / [en] This thesis proposes to articulate a theory of the poem in the works of Walter Benjamin stemming from his writings on poetry and language between 1914 and 1940, with a more significant starting point on a critique of two poems by Friedrich Holderlin and an epistolary discussion with Theodor W. Adorno regarding Charles Baudelaire. The main question raised in this thesis by the theory of the poem in Walter Benjamin was: in which way do poems relate to things, life and history? In this framework, the research points out the key concept of poetified (das Gedichtete) in Benjamin s writings and its importance not only for reflections about art but also for those about historical time, mainly from its transformation into the concepts of material content and truth content (Sachgehalt and Wahrheitsgehalt, respectively). In order to comprehend it, this work resulted in the creation of the concept of poetic uncounscious which allows for the relation, in Benjamin s thought, between the investigation of the details of a poetic phenomenon and the philosofical speculation of its idea. Finally, the research also tries to comprehend which are, before this theory of the poem, Benjamin s methods for a critique of the poem, namely stemming from the ideas that the poem is a monad, a minimal particle that presents an image of history, and that it does not reflect things or life, but expresses them. In that sense, even in its materialist phase, this research aims to show how benjamin s thought distinguishes itself from the structuration of traditional Marxism (as in Georg Lukács) wich considered the superstructure (and poetry, in extension) to be a reflex of the infrastructure (of the mode of production of life).
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[en] LOVE CHOICE: FROM REPETITION TO TRANSFORMATION / [pt] ESCOLHA AMOROSA: DA REPETIÇÃO À TRANSFORMAÇÃO

CAROLINA MARINHO AMADO 28 July 2003 (has links)
[pt] O presente estudo tem como objetivo a compreensão da escolha amorosa a partir da teoria psicanalítica. Partimos da hipótese de que as relações amorosas são, muitas vezes, repetições de certos padrões de comportamento da infância. As escolhas amorosas repetem essencialmente dois aspectos da formação do sujeito: a relação mãe/bebê e o Édipo. No entanto, isso ocorre de diversas formas a partir das histórias familiares de cada cônjuge. Cada sujeito, na sua singularidade, vai dar um destino para aquilo que lhe é transmitido. Mas, muitas vezes, é difícil escapar de algo que não foi representado nas gerações anteriores. O que não pôde ser revelado vai aparecer de alguma forma, ainda que disfarçado. / [en] The aim of this paper is to try to understand the love choice from the psychoanalytical point of view. We assume that loving relationships often repeat some patterns of childhood behavior, mainly the Oedipus and the mother/child relationship. Nevertheless, the choice occurs in different ways according to each partner`s family history. Each individual, with his own singularity, will give a destination to his heritage. Sometimes, however, it becomes difficult to run away from something that has not been expressed at preceding generations. Things that could not be revealed will somehow appear, even though disguised.
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[fr] INCONSCIENT ET TRADUCTION CHEZ LACAN DE UNBEWUSSTE À UNE-BÉVUE / [pt] INCONSCIENTE E TRADUÇÃO EM LACAN DO UNBEWUSSTE AO UNE-BÉVUE

MARIA ELISA WERLANG DA FONSECA COSTA DO COUTO 13 February 2017 (has links)
[pt] Nossa tese examina o modo como Jacques Lacan situa a articulação estabelecida por Freud entre inconsciente e saber , tendo como linha de investigação um paralelo entre a tradução e a interpretação. Desenha-se um arco que vai do modelo de aparato de tradução proposto por Freud como modelo do inconsciente até a tradução de Lacan do inconsciente freudiano, Unbewusste como Une-bévue. Nesse percurso, passamos pelos conceitos freudianos de traço mnêmicos, Vorstellugreprazentantz e Witz e pelos conceitos lacanianos de significante, objeto a, a letra, sujeito e passe. A hipótese que dá sustentação à nossa tese é a de que Lacan concebe uma análise sempre estabelecendo uma estreita relação entre o saber - entendido aqui como um enunciado-, sua escrita - em oposição à leitura -, e os modos de inserção do analisante no discurso que o situa - entendidos a partir da articulação entre os conceitos de sujeito e Outro. / [fr] La thèse examine comment Jacques Lacan situe l articulation établis par Freud entre l inconscient et savoir, ayant comme ligne de recherche le parallèle entre la traduction et l interprétation. Nous attirons un arc qui va de l appareil de traduction proposée par Freud comme un modèle de l inconscient à la traduction de Lacan au modèle inconscient de Freud, l Unbewusste, comme une-bévue. Pendant le parcours, nous sommes passés pour les concepts freudiens de trace mnémonique, Vorstellugreprazentantz et Witz et les concepts lacaniens de signifiant, objet, lettre, le sujet et passe. L hypothèse que soutien notre thèse est que Lacan conçoit une analyse toujours l établissement une relation étroite entre le savoir - compris ici comme un énoncé- , son écriture - par opposition à la lectureet les modes d insertion de l analysant dans le discours - compris dans le lien entre les notions de sujet et l Autres.

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