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Determinantes da dor dentária em pré-escolares brasileiros: análise multinível a partir de dados do levantamento epidemiológico SBBrasil 2010 / Determinants of dental pain in brazilian preschoolers: multilevel analysis of the epidemiological survey “SBBrasil 2010”

Ferreira Júnior, Osmar Martins 14 February 2014 (has links)
Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2018-06-29T17:40:27Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Osmar Martins Ferreira Júnior - 2014.pdf: 3729150 bytes, checksum: b831be079c10d94443dc79de105c6644 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-07-03T14:52:33Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Osmar Martins Ferreira Júnior - 2014.pdf: 3729150 bytes, checksum: b831be079c10d94443dc79de105c6644 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-03T14:52:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Osmar Martins Ferreira Júnior - 2014.pdf: 3729150 bytes, checksum: b831be079c10d94443dc79de105c6644 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2014-02-14 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Dental pain in children in the preschool age has been little explored in scientific and epidemiological terms, compared to other age groups. It is known that assess pain in children under 6 years is a limiting factor for the understanding of the object of study, though dental pain in this age group is little explored regarding factors that may influence its occurrence. The aim of this study was to analyze the prevalence and factors associated with dental pain in Brazilian children aged 5 years. For this cross-sectional study, we used data related to dental pain in all 5 year-old children, both sexes, obtained from the Brasilian National Oral Health Survey (SBBrasil 2010). The dependent variable was the reporting dental pain in the last 6 months. The independent variables were contextual (cities level) that included socioeconomic and individual factors (related to children) that included sociodemographic variables, dental service use and oral health condition. Descriptive and inferential test (Rao-Scott) statistic was performed, considering the sample weights and complex samples, the IBM SPSS software, version 21.0. Multilevel analysis using hierarchical Poisson regression models was performed in MLwiN software, with prevalence ratio (PR) and 95% confidence intervals (CI) estimates. Participants were 7,280 children and the prevalence of dental pain was 22.0% (95% CI 19.1%-25.2%). It was higher among those living in cities with lower Human Development Index (PR 0.07; 95% CI 0.02-0.22), and with a higher percentage of their population with an incomplete primary education (PR 1.03; 95% CI 1.01-1.06). Indigenous children had prevalence of dental pain 1.97 (95% CI 1.19-3.26) times higher than those of white color. Families with monthly incomes of U$ 218.00 or less and between U$ 219.00 and 656.00 had prevalence of dental pain 2.67 (95% CI 1.33-5.32) and 2.11 (95% CI 1.03-4.32) times higher than families with highest income level, respectively. Children with caries experience had a 3.45 (95% CI 2.58-4.62) times higher prevalence of pain than caries-free individuals. It was concluded that the prevalence of dental pain in Brazilian preschool children was high and influenced by contextual and individual factors, revealing the need for policies that contribute to the reduction of inequalities. / Dor dentária em crianças na idade pré-escolar tem sido pouco explorada em termos científico-epidemiológicos, se comparada a outros grupos etários. Sabe-se que avaliar dor em crianças menores de 6 anos é um fator limitante para a compreensão desse objeto de estudo, entretanto a dor dentária nessa faixa etária é pouco explorada quanto aos fatores que possam influenciar sua ocorrência. O objetivo deste estudo transversal foi analisar a prevalência e fatores associados à dor dentária em crianças brasileiras de cinco anos. Utilizou-se os dados relacionados à dor dentária referentes a todas as crianças de cinco anos de idade, de ambos os sexos, obtidos na Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SBBrasil 2010). A variável dependente foi o relato dos pais da ocorrência de dor dentária nos últimos 6 meses em seus filhos. As variáveis independentes foram: contextuais (nível municipal) – fatores socioeconômicos e estruturais; individuais (relacionadas à criança) – variáveis sociodemográficas, uso do serviço odontológico e condição de saúde bucal. Realizou-se estatística descritiva e inferencial (teste de Rao-Scott), considerando-se os pesos amostrais e a amostragem complexa, com o software IBM SPSS, versão 21.0. Regressão de Poisson e análise multinível por meio de modelo hierarquizado foi realizada no software MLWin, estimando-se razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC) de 95%. Os participantes foram 7.280 crianças e a prevalência de dor dentária foi de 22,0% (IC 95% 19,1%-25,2 %), maior entre aquelas que vivem em cidades com menor Índice de Desenvolvimento Humano (RP 0,07; 95% IC 0,02-0,22) e com uma maior porcentagem de sua população com ensino fundamental incompleto (RP 1,03; 95% IC 1,01-1,06). Crianças indígenas tiveram prevalência de dor 1,97 vezes maior (95% IC 1,19-3,26) do que as de cor branca. Famílias com renda mensal menor do que R$ 500,00 e entre R$ 501,00 e 1500,00 tiveram prevalência de dor dentária 2,67 (95% IC 1,33-5,32) e 2,11 (95% IC 1,03-4,32) vezes maior do que as famílias com renda superior a R$ 2500,00, respectivamente. Crianças com experiência de cárie apresentaram 3,45 (95% IC 2,58-4,62) vezes maior probabilidade de ocorrência de dor do que aquelas livres de cárie. Concluiu-se que a prevalência de dor dentária em crianças pré-escolares brasileiras foi alta e influenciada por fatores contextuais e individuais, revelando a necessidade de políticas que contribuam para a redução das desigualdades existentes.
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Comportamentos de risco à saúde geral e bucal em adolescentes no Brasil: distribuição temporal, desigualdades socioeconômicas, padrões de agrupamentos e fatores associados / Oral and general health-compromising behaviours among adolescents in Brazil: over time distribution, socioeconomic inequalities, clustering patterns, and associated factors

Jordão, Lídia Moraes Ribeiro 23 January 2017 (has links)
Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2018-07-17T20:01:37Z No. of bitstreams: 2 Tese - Lídia Moraes Ribeiro Jordão - 2017.pdf: 10330980 bytes, checksum: 958da85b145a6a814c69f594e41c0102 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-07-18T11:38:58Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Lídia Moraes Ribeiro Jordão - 2017.pdf: 10330980 bytes, checksum: 958da85b145a6a814c69f594e41c0102 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-18T11:38:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Lídia Moraes Ribeiro Jordão - 2017.pdf: 10330980 bytes, checksum: 958da85b145a6a814c69f594e41c0102 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-01-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This thesis focuses on oral and general health-compromising behaviours among Brazilian adolescents. Such behaviours constitute major causes of morbimortality in the worldwide population, are often initiated during adolescence, and tend to track into adulthood. Oral diseases, like dental caries, periodontal disorders and cancer, share a number of behavioural risk factors that are common to other preventable chronic noncommunicable diseases. Nevertheless, there is no evidence about the overtime distribution, and socioeconomic inequalities, neither about clustering patterns with other health behaviours and associated factors of oral health- compromising behaviours among Brazilian adolescents. The present studied aimed to analyze oral health-compromising behaviours based on the Brazilian National School-based Student Health Surveys (PeNSE) as regards to: a) overtime distribution and social inequalities, and b) clustering patterns with other health behaviours and associated factors. The first approach is presented in one original paper regarding oral health behaviours changes over time in Brazilian adolescents, in relation to maternal educational inequalities. For this, we used data from PeNSE for the years 2009 and 2012, a survey that investigates health risk and protective factors among Brazilian adolescents attending schools. The results showed that: the proportion of adolescents with low toothbrushing frequency increased, and the consumption of sweets and soft drinks, and cigarette experimentation decreased. In private schools, we found higher soft drink consumption and higher cigarette experimentation among students who reported greater maternal education, while in public schools we found higher soft drink consumption among students who reported lower maternal education, and higher cigarette experimentation among students who reported greater maternal education. There were no inequalities for toothbrushing frequency or sweets consumption in both types of school. The second approach is presented in two original papers that described the clustering patterns of oral and general health-compromising behaviours among Brazilian adolescents and identified associated factors. For these analyses, we used data from the Brazilian National School-based Student Health Survey (PeNSE) for the year 2012. The main findings are: a) oral and general health-compromising behaviours were inter-related and clustered into two specific patterns; one cluster gathered a combination of lack of adherence to preventive behaviours and the undertaking of risky conduct, while the second reflected an unhealthy lifestyle; and b) the odds for presenting two or more oral health-compromising behaviours were greater for adolescents without parental involvement in homework, from public schools, males, whose mothers had fewer years of education, and of lower family affluence. It was concluded that the oral health-compromising behaviours underwent changes in their distribution over time; however they were not related to maternal education inequalities, have clustered with other health behaviours and were associated with sociodemographic and family factors among Brazilian adolescents. Interventions aiming at reducing health-compromising behaviours among adolescents should prioritize groups that have been identified as being at most risk and preferably employ a common risk factor approach. / Esta tese tem como foco os comportamentos de risco à saúde geral e bucal em adolescentes brasileiros. Tais comportamentos constituem as principais causas de morbimortalidade na população mundial, com frequência se iniciam na adolescência e têm continuidade na vida adulta. As doenças bucais, como o câncer, a cárie dentária e as doenças periodontais compartilham fatores comportamentais que contribuem para as principais doenças e agravos não transmissíveis. No entanto, ainda não há evidência acerca da distribuição temporal e desigualdades socioeconômicas dos comportamentos de risco à saúde bucal em adolescentes brasileiros, bem como dos padrões de agrupamento com outros comportamentos e fatores associados. O objetivo do presente estudo foi analisar comportamentos de risco à saúde bucal em adolescentes brasileiros com base na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) em relação à: a) distribuição temporal e desigualdades socioeconômicas, e b) padrões de agrupamentos com outros comportamentos em saúde e fatores associados. A primeira abordagem é apresentada em um artigo original acerca da evolução de comportamentos em saúde bucal em adolescentes das capitais brasileiras em relação às desigualdades da escolaridade materna. Para isso, foram utilizados os dados das edições de 2009 e 2012 da PeNSE, inquérito que investiga os fatores de risco e proteção à saúde de adolescentes escolares brasileiros. Os resultados mostraram: aumento da proporção de adolescentes com baixa frequência de escovação dentária e diminuição no consumo de guloseimas, refrigerantes e experimentação de cigarros no período. Em escolas privadas, verificou-se maior prevalência de consumo de refrigerantes e experimentação de cigarros para os adolescentes com mães de maior escolaridade; enquanto que em escolas públicas, verificou-se maior prevalência de consumo de refrigerantes para os adolescentes com mães de menor escolaridade e maior experimentação de cigarros para aqueles com mães de maior escolaridade; além de ausência de desigualdade para frequência de escovação e consumo de guloseimas nos dois tipos de escola. A segunda abordagem é apresentada em dois artigos originais que descreveram os padrões de agrupamentos entre comportamentos de risco à saúde geral e bucal em adolescentes brasileiros e identificaram fatores associados. Para essas análises, foram utilizados dados da PeNSE do ano de 2012, representativos do país, das regiões e das capitais. Destacam-se os seguintes achados: a) os comportamentos de risco à saúde geral e bucal associaram-se entre si e agruparam-se em dois padrões específicos; um cluster reuniu uma combinação de falta de adesão a condutas preventivas e adoção de práticas de risco, enquanto o outro representou um estilo de vida não saudável; e b) a chance de apresentar dois ou mais comportamentos de risco foi maior para adolescentes sem supervisão familiar dos deveres de casa, de escolas públicas, do sexo masculino, de menor escolaridade materna e de menor afluência familiar. Concluiu-se que os comportamentos de risco à saúde bucal apresentaram mudanças em sua distribuição no período investigado, porém não relacionadas às desigualdades de escolaridade materna; agruparam-se com outros comportamentos em saúde e estiveram associados a fatores sociodemográficos e do contexto familiar em adolescentes brasileiros. Intervenções que busquem reduzir os comportamentos de risco em saúde em adolescentes devem priorizar os grupos mais vulneráveis identificados e, preferencialmente, empregar a abordagem dos fatores de risco comuns.
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Prevalencia da infecção por Leishmania chagasi em area de autoctonia recente, Araçatuba/SP / Leishmania chagasi infection prevalence in recen autoctone area Araçatuba/SP

Barão, Sandra Cristina 17 December 2007 (has links)
Orientador: Mariangela Ribeiro Resende / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-09T21:35:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barao_SandraCristina_D.pdf: 3775784 bytes, checksum: ffb11ed337f2da69883370a4bf0d4b32 (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: As informações que existem acerca da leishmaniose visceral humana, provêm em sua maioria das notificações realizadas nas áreas de alta endemicidade. Por isso, ainda há muitos aspectos a respeito da transmissão urbana e dos quadros de infecção assintomática que precisam ser elucidados. O dimensionamento real da prevalência da infecção por Leishmania chagasi pode contribuir para a definição e avaliação do impacto das medidas de controle. Com o objetivo de determinar a prevalência da infecção por L. chagasi em área de autoctonia recente, município de Araçatuba e, avaliar os fatores associados em relação aos casos humanos de leishmaniose visceral notificados, foi realizado um estudo transversal, com amostra estratificada de fase única, realizada em duas áreas urbanas de níveis sócio-econômicos distintos, designadas A1 (periférica, menor nível sócio-econômico) e A2 (central, melhor nível sócio-econômico). A soroprevalência foi avaliada com a utilização do teste imunocromatográfico com antígeno recombinante K39 (Ag-RK39). A prevalência observada foi de 18,4% (23/125) em A1 e 4,8% (6/125) em A2. A proporção entre indivíduos assintomáticos e casos de doença ativa nas áreas 1 e 2 foram respectivamente 1,35:1 e 2:1. Não houve diferença significativa da soropositividade na distribuição por idade, nem por sexo, entre as áreas. Contudo, foi observada diferença na proporção de casos assintomáticos entre as áreas, possivelmente associada aos níveis sócio-econômicos e intensidade de transmissão. Também houve relação com a presença canina nos últimos dois anos e a soropositividade para o Ag-rK39. As informações obtidas sugerem a associação da soroprevalência à presença canina nos dois últimos anos e reforça a estratégia de controle adotada / Abstract: Many information exist about human visceral leishmaniasis are origin to thepontificated cases, moreover, almost all data substantiating derive high levels transmission. So, there are many aspects about the urban transmission and asymptomatic infection to need to elucidated. The real comprehensive measurements about the Leishmania chagasi infection to be able to contribute to improve the assessment impact about the measures control. The objective to this study was determining the prevalence of asymptomatic visceral leishmaniasis infection in Araçatuba city, a recent autoctone area. This was a cross-sectional survey on a random sample of the population in two urban different areas, called A1 (outskirts, low social-economic condition) and A2 (central, good social-economic condition). The seroprevalence was assessing by the Immunochromatographic test with recombinant antibody K39 dipstick. The prevalence was 18.4% (23/125) in A1 and 4.8% (6/125) in A2. And the proportion between the asymptomatic and active disease in areas 1 and 2 was 1.35:1 and 2:1, respectively. There was no significant difference in age, nor gender, distribution of seropositivity between the areas. But we observed a difference in asymptomatic infection rates between the two areas, possibly associated with socioeconomic levels and transmission intensity. The data from this study suggest an associate between the human symptomatic seroprevalence and the presence of dogs in last two years old / Doutorado / Ciencias Basicas / Doutor em Clínica Médica
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Excesso de peso e sua relação com condições socioeconômicas da área de moradia de crianças assistidas por escolas públicas de educação infantil de Porto Alegre

Krause, Annelise Barreto January 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O presente estudo justifica-se, inicialmente, pela elevada prevalência de excesso de peso na infância em nosso país e por suas consequências a curto e longo prazo. Porto Alegre possui 34 escolas infantis com cerca de 4.000 crianças, que permanecem na instituição em turno integral. A grande maioria dessas escolas situa-se em locais de grande vulnerabilidade social e praticamente a totalidade das crianças reside próximo às escolas. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre a prevalência de excesso de peso em pré-escolares de escolas públicas e condições socioeconômicas da região de localização das escolas. MÉTODOS: As medidas de peso e altura foram provenientes de avaliação antropométrica realizada em todas as crianças matriculadas em escolas públicas de educação infantil de Porto Alegre em 2011. O excesso de peso foi definido como índice de massa corporal para idade > 1 escore z das curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2006). Os dados socioeconômicos da região de moradia (alfabetização e renda mensal) foram coletados do Censo IBGE 2010, definidos a partir do setor censitário onde se localiza a escola e todos os setores que o circundam. Análise multinível foi utilizada para verificar as associações entre o desfecho e as variáveis de exposição. RESULTADOS: Foram avaliadas 3.756 crianças, com média de idade de 51,6 meses (dp = 16,4). A prevalência de excesso de peso foi de 35,5%. Em nível individual, maior idade esteve associada a um efeito protetor, uma vez que a cada incremento de 12 meses de vida, as chances de IMC-para-idade acima do adequado foram 7% menores (RC ajustada = 0,93; IC 95% 0,89-0,98). Em relação à região de moradia, o incremento de ¼ de salário mínimo na renda per capita média da região esteve associado a um aumento de 7% nas chances de excesso de peso (RC ajustada = 1,07; IC 95% 1,03-1,11). CONCLUSÕES: O presente estudo apresenta elevada prevalência de excesso de peso na população de crianças atendidas em escolas municipais de educação infantil, particularmente naquelas mais jovens e com maior renda. Assim, percebe-se a necessidade de planejamento de políticas públicas de educação alimentar infantil e familiar, promoção de aleitamento materno e alimentação complementar saudável considerando aspectos socioeconômicos do território. / INTRODUCTION: This study is justified due to the high prevalence of overweight in children in our country and its consequences in short and long term. Porto Alegre has 34 elementary schools with about 4,000 children, who remain in the institution fulltime. The vast majority of these schools are located in neighborhood of high social vulnerability and almost all children live near the school. OBJECTIVE: The aim of this study was to investigate the association between socioeconomic conditions of the region of location of schools and the prevalence of overweight among preschool children in public schools. METHODS: Measurements of weight and height are from anthropometric measurements performed in all children enrolled in public child care centers in Porto Alegre in 2011. Overweight was defined as body mass index for age > 1 z score of the growth curves of the World Health Organization. The socioeconomic data of the region of residence (literacy and monthly income) were collected from the IBGE Census 2010, defined as the census tract where the school is located and the all the census tracts that surround it. Multilevel analysis was used to determine associations between the outcome and exposure variables. RESULTS: There were evaluated 3,756 children with an average age 31,6 months (SD 16.4). The prevalence of overweight was 35.5%. At the individual level, higher age was associated with a protective effect, once for each 12 months, 7% lower were the chances of being above appropriate BMI-for-age (adjusted OR = 0.93, 95% CI 0.89 to 0.98). With regard to region of residence, the increment of 1/4 of minimum wage in average per capita income in the region was associated with a 7% increase in the odds of overweight (adjusted OR = 1.07, 95% CI 1.03 -1.11). CONCLUSIONS: This study shows a high prevalence of overweight in children enrolled in public schools in early childhood education, particularly those younger and with higher income. These results show the necessity of planning specific actions as public education policies for infant and family feeding, promotion of breastfeeding and healthy complementary feeding.
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Análise da tendência da cárie e influência de fatores individuais e contextuais em escolares de 12 anos em Goiânia-GO, no período de 1988 a 2010 / Trends analysis of caries and influence of individual and contextual factors in schoolchildren in 12 years in Goiânia-GO, in the period 1988-2010

Oliveira , Lorena Batista de 29 August 2013 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-10-23T13:47:40Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Lorena Batista de Oliveira - 2013.pdf: 1517901 bytes, checksum: 1e28726f99fa77c0215cf6933ac343da (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-10-23T14:33:35Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Lorena Batista de Oliveira - 2013.pdf: 1517901 bytes, checksum: 1e28726f99fa77c0215cf6933ac343da (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-23T14:33:35Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Lorena Batista de Oliveira - 2013.pdf: 1517901 bytes, checksum: 1e28726f99fa77c0215cf6933ac343da (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2013-08-29 / The monitoring of oral health and its determinants are of utmost importance for the planning and evaluation of health programs at the local level and to expand knowledge about this issue in Brazil. The aim of this study was to analyze the trend of dental caries and its association with individual and contextual factors in 12 years-old in the city of Goiânia. We conducted a cross-sectional study using data from epidemiological surveys of oral health conducted in the county from 1988 to 2010 and data from local information systems on contextual factors related to schools. For trend analysis of caries from 1988 to 2010 the Spearman correlation coefficient was used. Comparisons among Health Districts (HD) were made for the years 1994 and 2010. To analyze the association of the disease with individual and contextual factors in 2010 a multilevel analysis and log-linear regression negative binomial ratio averages were conducted, considering the complex sampling design. The dependent variable was the DMFT index and the independent variables were individual (sex, race and maternal education) and contextual related to schools (type of school, health district and the presence of oral health programs). The mean DMFT decreased 78.5% in the period, from 8.26 in 1988 to 1.78 in 2010 (r = -1.0, p ≤ 0.01) and there was a decrease of 86.8% in the decayed component, 73.3% in the missing due to caries and 41.7% in the filled teeth. There was an increase of 86.8% in the number of caries-free schoolchildren from 1994 to 2010 (r = 1.0, p ≤ .01). Children attending schools located in the HD with the worst socioeconomic indicators showed higher caries prevalence and lower percentage reductions compared with those with better indicators. In the multilevel model, female students and those whose mothers had less education, attending public schools located in districts with the worst socioeconomic indicators, and covered by the Family Heath Strategy had a higher DMFT in 2010. We concluded that there was a decrease in the prevalence of caries in Goiania from 1988 to 2010 and inequalities in the disease distribution in relation to sociodemographic factors related to individuals and school environment, which indicate the need for more effective actions seeking to reduce the inequalities, with emphasis on the school population less economically favored. / O monitoramento da condição de saúde bucal e seus determinantes são de extrema importância para o planejamento e avaliação das ações de saúde no nível local e para ampliar o conhecimento sobre esta questão no Brasil. O objetivo do presente estudo foi analisar a tendência da cárie dentária e sua associação com fatores individuais e contextuais em escolares de 12 anos do município de Goiânia. Foi realizado um estudo transversal utilizando os dados dos levantamentos epidemiológicos de saúde bucal realizados no município de 1988 a 2010 e dados dos sistemas locais de informação sobre aspectos contextuais relacionados às escolas. Para análise da tendência da cárie de 1988 a 2010 utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. Comparações entre os Distritos Sanitários (DS) foram feitas para os anos de 1994 e 2010. Para análise da associação da doença com fatores individuais e contextuais em 2010 foi realizada análise multinível e regressão log-linear binomial negativa de razão de médias, considerando o plano complexo de amostragem. A variável dependente foi o índice CPOD e as independentes foram individuais (sexo, raça e escolaridade da mãe) e contextuais relacionadas às escolas (natureza administrativa, distrito sanitário e presença de programas de saúde bucal). O CPOD médio diminuiu 78,5% no período analisado, de 8,26 em 1988 para 1,78 em 2010 (r= -1,0; p≤ 0,01) e houve queda de 86,8% na média do componente cariado, 73,3% do perdido e 41,7% do obturado. Houve também aumento de 86,8% no número de escolares livres de cárie de 1994 a 2010 (r= 1,0; p≤ 0,01). Escolares das instituições localizadas nos DS com piores indicadores socioeconômicos apresentaram maior prevalência de cárie e menor percentual de redução em comparação com aqueles com melhores indicadores. No modelo multinível, escolares do sexo feminino e aqueles cujas mães tinham menor escolaridade, que frequentavam escolas públicas, localizadas nos distritos com os piores indicadores socioeconômicos, e com cobertura pela ESF apresentaram maiores médias de CPOD em 2010. Conclui-se que houve declínio da prevalência de cárie em Goiânia de 1988 a 2010 e desigualdades na distribuição da doença em relação a fatores sociodemográficos individuais e relacionados ao ambiente escolar, que indicam a necessidade de ações mais efetivas buscando reduzir as iniquidades encontradas, com ênfase na população escolar menos favorecida economicamente.
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Condições socioeconômicas e ambientais associadas à hanseníase na Bahia, Brasil / Socio-economic and environmental effects influencing the development of leprosy in Bahia, Brazil

William Cabral de Miranda 19 June 2015 (has links)
Introdução: A hanseníase, doença infecciosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, tem seu mecanismo de transmissão não totalmente esclarecido. A transmissão ativa pode estar associada a movimentos migratórios, condições sociais ou outras fontes de infecção (como a manutenção do bacilo no ambiente). Objetivos: Descrever o padrão espacial do risco relativo da hanseníase em menores de 15 anos no estado da Bahia; identificar possíveis agrupamentos espaciais e investigar a possível associação entre o risco relativo da hanseníase e fatores socioeconômicos e ambientais. Metodologia: Este estudo ecológico utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de 2005 a 2011, do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Informações Demográficas e Socioeconômicas do Departamento de Informática do SUS, bases cartográficas digitais de dados ambientais do IBGE e bases cartográficas digitais do estado da Bahia e estados vizinhos. Os riscos relativos por município foram padronizados pela covariável gênero. A análise de varredura espacial com o programa SaTScan permitiu verificar a existência de agrupamentos espaciais do tipo alto e/ou baixo. O segundo estágio da análise consistiu em verificar a possível associação entre risco relativo da hanseníase como variável dependente e variáveis socioeconômicas e ambientais como explicativas, através de análises de regressão hierárquica multivariada não espacial e espacial, de acordo com quadro conceitual definido previamente. Resultados: Durante o período de estudo foram notificados 1.674 casos, que representam 7,87% dos casos totais. As taxas em menores de 15 anos, padronizadas por gênero, diminuiu de 0,89/10.000 em 2005 para 0,57 em 2011. A estatística de varredura espacial identificou 4 agrupamentos de risco alto e 6 de risco baixo. No modelo de regressão hierárquica, o risco relativo foi associado positivamente com porcentagem de corpos dágua, Índice de Gini, porcentagem de população urbana, número médio de moradores em domicílios particulares permanentes, e negativamente com o número de residentes nascidos na Bahia. Conclusão: Este estudo mostrou que a hanseníase ainda está ativa no Nordeste do Brasil, principalmente em ambientes urbanos. Embora o risco relativo da hanseníase tenha diminuído, ele ainda permanece muito alto. Migrações de assentamentos rurais para as cidades, bem como mais pessoas vivendo em domicílios e desigualdades sociais são resultados de um processo histórico no nordeste do Brasil, que dão suporte para a continuidade do processo de transmissão da doença. A associação entre o risco relativo da hanseníase e corpos dágua na escala geográfica proposta, indica que a hipótese que associa a M. leprae e ambientes úmidos ainda não pode ser descartada. / Background: Leprosy is a chronic infectious disease caused by the bacillus Mycobacterium leprae. Its mechanism of transmission has not been completely understood. The active transmission may be associated with people migration, social conditions or other sources of infection (such as maintenance of bacilli in the environment). Objectives: To describe the spatial pattern of the relative risk of leprosy in children under 15 years old in the State of Bahia; to identify possible spatial clusters and to investigate the possible association between the relative risk of leprosy with socioeconomic and environmental factors. Methods: This ecological study used data from the Brazilian Disease Notification System (Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação SINAN) for the studied period of 2005 to 2011; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE 2011), Department of Data and Information Technology (Informações Demográficas e Socioeconômicas do Departamento de Informática do SUS DATASUS, 2010) and the Federation of Industries of the State of Rio de Janeiro FIRJAN (2010), Cartographic base of municipalities in Bahia and surrounding States corresponded to the shape files from the Brazilian Demographic Census. Relative risks were calculated accounting for the respective covariate gender. The spatial scan analysis with SaTScan program allowed to verify the existence of high and/or low spatial clusters. The second stage of the analysis consisted of verifying possible associations between the relative risks of leprosy as a dependent variable, and socio-economic and environmental variables as independent. This was performed using a multivariate regression analysis according to a previously defined conceptual framework. Results: During the study period, 1,674 cases were reported, representing 7.87% of the total cases. Overall rates have decreased from 0.88/10 000 in 2005 to 0.52 in 2011. Spatial scan statistics identified 4 high-risk and 6 low-risk clusters. In the regression model, after allowing for spatial dependence, relative risks were associated with higher percentage of water bodies, higher Gini index, higher percentage of urban population, larger average number of dwellers by permanent residence and smaller percentage of residents born in Bahia. Conclusions: This study showed that leprosy is still active in the Northeast of Brazil, especially in urban environments. Although relative risks of leprosy in Bahia have been decreasing, they remain very high. Migration of rural settlements to the cities, more people living in households and social inequalities are the result of a historical process in northeastern Brazil, that support the continuity of the disease transmission process. The association between relative risks of leprosy and water bodies in the proposed geographic scale indicates that hypothesis linking M. leprae and humid environments cannot be discarded.
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Perfil socioeconômico e qualidade de vida em mulheres pós-menopausa com e sem disfunção do assoalho pélvico / Socioeconomic profile and quality of life in women in postmenopausal women with and without pelvic floor dysfunction

Adriana Bombonato Oliveira Rocha 28 June 2016 (has links)
A Disfunção do Assoalho Pélvico (DAP) é uma condição ginecológica comum que afeta a confiança e auto -estima da mulher. A alteração é frequentemente encontrada no período pós menopausa e parece ter uma influência negativa na qualidade de vida (QV) .A falta de acesso a bens materiais tem fortes associações com o conhecimento e o conceito das mulheres sobre saúde e bem-estar, bem como o impacto destas patologias na sua qualidade de vida. Muitas evidências demonstram que, em classes sociais mais baixas , há maior mortalidade e morbidade. Não existem estudos que correlacionam a classe econômica e sua interferência na qualidade de vida de mulheres com DAP .O objetivo do estudo foi avaliar a relação entre classe socioeconômica e qualidade geral de vida (QV) em mulheres pós-menopausa com ou sem disfunção do assoalho pélvico (DAP). A pesquisa foi realizada no Departamento de Ginecologia de um hospital de referência no estado do Ceará, Brasil, no período outubro de 2011 a julho de 2012. As mulheres foram encaminhadas da Atenção Básica de Saúde para avaliação no setor de Uroginecologia do Hospital Geral Dr.Cesar Cals, do Departamento de Saúde do Estado do Ceará. Durante o período do estudo 230 pacientes foram incluídas, divididas em 2 grupos, Caso (com Disfunção do assoalho pélvico) e Controle (sem disfunção do Assoalho Pélvico).Utilizou-se como critérios de inclusão mulheres na pós-menopausa , sem uso de terapia hormonal nos últimos seis mesese e que não apresentassem contração não inibida do detrusor comprovada pelo estudo uridinâmico. Foram comparados com mulheres sem DAP confirmado pela história clínica e exame ginecológico com as mesmas características em relação ao estado pós-menopausa. Foram utilizados para a coleta de dados socioeconômicos o questionário Critério de Classificação Econômica Brasil - 2011 ( CCEB ), proposto pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) Pelo CCEB, são avaliados a escolaridade e os demais pontos são fornecidos pela quantidade de bens de consumo duráveis que a família possui (automóvel, televisão em cores, rádio, geladeira, freezer, máquina de lavar roupa, etc), pela quantidade de cômodos da casa, com ênfase no número de banheiros, e pela quantidade de empregados domésticos mensalistas que trabalham na casa.A soma desse indicadores, ou seja, o número de pontos obtidos, permite distribuir a população em classes , sendo \"Classe A (30 a 34 pontos)\" a mais favorecida e a \"Classe E (de 0 a 5 pontos)\" menos favorecida.Para avaliar a qualidade de vida nas DAP´s foi utilizado o questionário da qualidade de vida geral SF-36.Foram estudadas as variáveis socioeconômicas (idade , escolaridade, classe econômica e renda ), variáveis de percepção de saúde ( o impacto da incontinência / prolapso , as limitações de tarefas de desempenho , limitação física , a limitação social , relações pessoais , as emoções, sono e energia e medições de gravidade ) . Os dados coletados foram tabulados por meio do SPSS 17.0 e analisados estatisticamente através do teste qui- quadrado com nível de significância de 5%.Foram avaliadas 230 mulheres com 136 DAP e 94 sem DAP. As mulheres deste estudo pertenciam às classes B, C ou D. Comparando entre os grupos com e sem DAP, observamos que a maioria das variáveis epidemiológicas foram semelhantes, com exceção de índice de massa corporal e paridade na classe B, e para a paridade, o parto vaginal e idade em classes C e D. Quase todos os domínios do SF-36 foram estatisticamente diferentes entre os grupos com e sem DAP (p < 0,05), com exceção do domínio Aspectos Sociais (p < 0,06). Por isso as mulheres com DAP tem uma qualidade de vida geral pior do que aqueles sem DAP. No entanto, comparando mulheres com e sem DAP em cada classe socioeconômica, encontramos resultados diferentes. Mulheres de classe B com DAP tiveram piores escores do SF-36 em cinco domínios: capacidade funcional (p < 0,05), limitação física (p < 0,05), dor (p < 0,05), estado geral de saúde (p < 0,05) e aspectos emocionais (p < 0,05). Não houve diferenças na classe B para os domínios, vitalidade (p = 0,08), aspectos sociais (p = 0,28) e saúde mental (p = 0,5). As mulheres da classe C com DAP tiveram piores escores do SF-36 em todos os oito domínios do questionário (p < 0,05). As mulheres da classe D com DAP tiveram piores escores do SF-36 em apenas um domínio: capacidade funcional (p < 0,05).Mulheres com DAP tem uma qualidade de vida em geral pior do que aqueles sem. Esses resultados foram semelhantes nas mulheres das classes B e C. No entanto, as mulheres de classe D tiveram pouca diferença entre domínios do SF-36. Estratificar as mulheres de acordo com a classe socioeconômica, possibilitou verificar que a condição socioeconômica têm um grande impacto na sua qualidade de vida, independentemente da presença de DAP. No entanto, a classe economica não parece alterar a qualidade de vida geral em mulheres na pós-menopausa brasileiros / Introduction: Pelvic floor dysfunction (PFD) is a common gynecologic condition that affects patient\'s confidence and self-esteem. Such disturbance is frequently encountered around the menopause and have a negative influence on quality of life (QoL). Lack of access to material goods has strong associations with the women concept of health and wellness, and the impact of these pathologies in their QoL. Many evidences demonstrate that in lower social classes there are higher mortality and morbidity. There are no studies that correlate the economic class and socioeconomic factors and its interference in QoL of women with PFD. Aims of study: To evaluate and compare the relationship between socioeconomic class and general quality of life (QoL) in post menopausal Brazilian women with or without pelvic floor dysfunction (PFD). Materials and Methods: The research was conducted in two referral hospitals in the state of Ceara, Brazil in the period from October 2011 to July 2013. The Ethics Committee of the local Hospitals approved the present study. Written informed consent was obtained from the patients. Only postmenopausal women were included in the study. Women who were taking hormone therapy in the last six months or who had non-inhibited contraction of the detrusor in urodynamic were excluded from the study. They were divided in two groups: with or without complaints of pelvic floor dysfunction (urinary incontinence and/or pelvic organ prolapse). The group of women without pelvic floor dysfunction was confirmed by clinical history and gynecological examination, all from the general gynecology outpatient clinic. Medical Outcomes Study 36-item short-form (SF-36), a generic QoL questionnaire, was applied to all women. The Criterion of Brazilian Economic Classification (CCEB) was used for the economic stratification of the population, according to schooling (school graduation) and possession of itens as television, car, bathroom, etc. This classification stratifies in classes from A to E, so that class A is the best social status and class E is the worst. Statistical analysis were performed with the Statistical Package Social Science (SPSS), version 20.0. Non-parametric Mann-Whitney U, Kruskal-Wallis H test and Spearman correlation coefficient were used to evaluate the statistical significance considering p < 0.05. Sample size calculation was performed to determine the number of women in each group and it was established that 94 women would be needed in each group to evaluate the quality of their lives. Results: We evaluated 230 women 136 with PFD and 94 without PFD. Women from this study belonged to classes B, C or D. Comparing between groups with and without PFD, we found that most epidemiological variables were similar, except for body mass index and parity in class B, and for parity, vaginal delivery and age in classes C and D. Scores of almost all SF-36 domains were statiscally different between groups with and without PFD (p < 0.000), except to social aspects (p < 0.06) . Therefore women with PFD have a worse general QoL than those without it. However, comparing women with and without PFD in each socioeconomic class, we found different results. Women from class B with PFD had worse SF-36 scores in five domains: functional capacity (p < 0,000), physical limitation (p< 0,000), pain (p < 0.000), general health status (p < 0,000) and emotional aspects (p < 0.000). They did not have differences in class B for vitality (p=0.08), social aspects (p=0.28) and mental health (p=0.5). Women from class C with PFD had worse SF-36 scores in all eight domains (p < 0.000). Women from class D with PFD had worse SF-36 scores in only one domain: functional capacity (p < 0.000). Conclusion: Women with PFD showed worse QOL in all domains of the SF- 36 questionnaire compared to women without PFD. Women of pelvic floor dysfunction group included in the socioeconomic profile D class had less interference in QOL compared with women of the classes of groups B and C
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Associação entre excesso de peso e atividade física em adolescentes brasileiros: análise segundo características sociodemográficas e geográficas / Association between overweight and physical activity in Brazilian adolescents: analysis according to sociodemographic and geographic characteristics

Dilson Rodrigues Belfort 07 April 2017 (has links)
Introdução: O excesso de peso aumentou rapidamente em nível mundial, inclusive entre adolescentes de países alta renda. No Brasil, evidências indicam que um a cada quatro adolescentes escolares apresenta excesso de peso, com variação regional significativa. A prática insuficiente de atividade física é apontada como um dos principais determinantes do aumento do excesso de peso e representa um comportamento passível de modificação. Os padrões de atividade física entre adolescentes também diferem entre as macrorregiões brasileiras e associam-se ao baixo nível socioeconômico. A associação entre excesso de peso e atividade física apresenta diferenças sociodemográficas e geográficas importantes, sendo conhecimento imprescindível para a proposição de políticas públicas e programas de prevenção do excesso de peso. Objetivo geral: Avaliar associação entre excesso de peso e atividade física em adolescentes brasileiros segundo características sociodemográficas e geográficas. Método: Utilizaram-se dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), estudo multicêntrico, transversal, de base escolar e de representatividade nacional. A amostra incluiu 73.624 adolescentes de 12 a 17 anos, selecionados de 1247 escolas das 27 capitais e de cinco conjuntos de municípios com mais de 100 mil habitantes de cada uma das cinco macrorregiões do País. Os dados foram coletados de fevereiro de 2013 a novembro de 2014. A variável dependente excesso de peso foi avaliada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), como variável contínua e categórica, que incluiu sobrepeso (1< z-score 2) e obesidade (z-score >2), classificados de acordo com sexo e idade, conforme pela Organização Mundial de Saúde. Atividade física foi avaliada por questionário subjetivo, como variável contínua (minutos de atividade física/semana) e categórica, classificada em três níveis: ativos (300 minutos/semana), insuficientemente ativos (1-299 minutos/semana) e inativos (sem prática de atividade física). Realizou-se análise descritiva univariada e múltipla para as variáveis de interesse, em modelos de regressão linear (IMC e minutos de atividade física/semana) e múltipla (excesso de peso e categorias de atividade física). Foram estimadas prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%) do excesso de peso por categorias de atividade física, segundo características sociodemográficas e geográficas. Associação entre excesso de peso, como variável dicotômica e categorias de atividade física, foi analisada também por meio de modelos de análise multinível logística, considerando nível 1 (indivíduo), nível 2 (capital de Estado) e nível 3 (macrorregião), com intercepto e declive aleatórios (efeito da atividade física), ambos para capitais de Estado e macrorregião. Foram executados modelos brutos (apenas com o nível de atividade física como variável independente) e modelos ajustados a classe econômica, sexo, faixa etária e cor de pele. Os efeitos fixos da atividade física e das variáveis ajustadas foram apresentados em Odds Ratio (OR) e respectivos IC95%. Os modelos multinível foram realizados com o package Ime4 disponível para o R, sendo todas as análises realizadas com o package survey. O nível de significância de todos os testes foi de 5%. O ERICA obteve aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa das 27 instituições participantes de cada uma das unidades da federação brasileira. Resultados: Constataram-se associação positiva entre IMC e níveis de atividade física, com aumento de 0,012kg/m2 de IMC para cada 60 minutos de atividade física; e associação entre excesso de peso e categorias de atividade física no modelo bruto, com maior chance de excesso de peso em adolescentes insuficientemente ativos (OR=1,10; IC95%:1,05-1,16) e ativos (OR=1,14; IC95%:1,08-1,20) em relação aos adolescentes inativos, mas, o efeito da atividade física no excesso de peso deixou de ser significativo quando o modelo foi ajustado para classe econômica, sexo, faixa etária e cor de pele (p=0,894; p=0,481). Essa associação foi igualmente observada nas análises separadas para sobrepeso e obesidade. As análises no modelo multinível mostraram efeito negativo da atividade física sobre o excesso de peso nas macrorregiões com maiores prevalências de excesso de peso e efeito positivo nas regiões com menores prevalências, sendo esses efeitos observados tanto nos adolescentes insuficientemente ativos quanto nos ativos. Nas capitais de Estado, o efeito da atividade física no excesso de peso manteve-se significativo apenas para os adolescentes insuficientemente ativos. Resultado similar foi obtido na análise para sobrepeso, porém com significância também nas macrorregiões. Para os obesos, no nível das capitais, verificou-se efeito contrário da atividade física nos adolescentes insuficientemente ativos (efeito positivo nas capitais com maiores prevalências de excesso de peso e efeito negativo nas capitais com menores prevalências de excesso de peso), porém o mesmo não foi observado nos adolescentes ativos. Conclusão: Os resultados mostram que, nos adolescentes, quanto maior o tempo de atividade física praticada, maior o IMC. Entretanto, a associação entre excesso de peso e categorias de atividade física no nível individual não se sustenta na análise ajustada, evidenciando a importância de classe econômica, sexo, faixa etária e cor de pele. Quando a análise é realizada para o nível das capitais de Estado e macrorregiões, as associações passam a apresentar efeitos positivos ou negativos, a depender das prevalências de excesso de peso acima ou abaixo da média nacional. Sugerem-se estudos que avaliem atividade física com métodos objetivos e que a massa muscular e a de gordura sejam consideradas na avaliação do excesso de peso em adolescentes. Contudo, as elevadas prevalências de excesso de peso e de adolescentes insuficientemente ativos/inativos evidenciam a urgência de políticas públicas, pois comportamentos adquiridos nessa fase tendem a se manter na vida adulta, com importantes consequências para a saúde futura. / Introduction: Overweight increased rapidly in the worldwide, including among adolescents from high income countries. In Brazil, evidence indicates that one in four school adolescents are overweight, with regional variation. Insufficient practice of physical activity has been pointed out as one of the main reasons for increase of the excess of weight and represents a behavior susceptible of modification. Patterns of physical activity among adolescents also differ between Brazilian macro-regions and are associated with low socioeconomic status. Association between overweight and physical activity presents important sociodemographic and geographical differences, essential knowledge for the proposal of public policies and programs for the prevention of overweight among adolescents. Objective: To evaluate the association between overweight and physical activity in Brazilian adolescents according to sociodemographic and geographic characteristics. Methods: We analized data from Study of Cardiovascular Risks in Adolescents among adolescents (acronum - ERICA), a multicenter, cross-sectional study carried out in national representative school-based study. 73,624 Brazilian adolescents (12-17years) were selected from 1247 schools from 27 states capitals and five sets o municipalities with than 100 thousand inhabitants from each of the five macro-regions of the country. Data were collected from February 2013 to November 2014. Excess weight dependent variable was evaluated by Body Mass Index (BMI), as a continuous and categorical variable and define from the cut points proposed by the WHO for the BMI for age, according to gender (z-score> 1 and 2) and obesity (z-score> 2). Physical activity was assessed by subjective questionnaire, as a continuous variable (minutes of physical activity / week) and categorical, classified into three levels: active (300 minutes / week), insufficiently active (1-299 minutes / week) and inactive Practice of physical activity). Univariate and multiple descriptive analysis were performed for the variables of interest, in linear regression models (BMI and minutes of physical activity / week) and multiple (overweight and physical activity categories). The prevalence and confidence intervals of 95% (95% CI) of excess weight were estimated by categories of physical activity, according to sociodemographic and geographic characteristics. Prevalence and confidence intervals of 95% (95% CI) of excess weight were estimated by categories of physical activity, according to sociodemographic and geographic characteristics. Association between excess weight, as a dichotomous variable and physical activity categories was also analyzed through multilevel logistic analysis models, considering level 1 (individual), level 2 (state capital) and level 3 (macro-region), with intercept and Slope (effect of physical activity), both for state capitals and macro-region. Rude models (only with the level of physical activity as an independent variable) and models adjusted to economic class, gender, age group and skin color were executed. The fixed effects of physical activity and adjusted variables were presented in Odds Ratio (OR) and respective 95% CI. Multilevel models were performed with the package Ime4 available for the R, and all analyzes were performed with the package survey. Significance level of all tests was 5%. ERICA obtained approval from the Research Ethics Committees of the 27 participating institutions of each of the units of the Brazilian federation. Results: Positive association was observed between BMI and physical activity level, with an increase of 0.012kg/m2 BMI for every 60 minute of physical activity. Association between excess weight and physical activity was also observed in the crude model: insufficiently active (OR = 1.10, 95% CI: 1.05-1.16) and active adolescents (OR = 1.14, 95% CI: 1.08-1.20) were more likely to be overweight relate to inactive adolescents. However, effect of physical activity on excess weight was no longer significant when the model was adjusted for economic class, sex, age, and skin color (p = 0.894, p = 0.481). This association was also observed in the separate analyzes for overweight and obesity. Analyzes in the multilevel model showed a negative effect of physical activity on excess weight in the macro-regions with higher prevalences of excess weight and positive effect in regions with lower prevalences, and these effects were observed in both active and active adolescents. In state capitals, the effect of physical activity on excess weight remained significant only for underactive adolescents. Similar result was obtained in the analysis for overweight, but with significance also in the macro-regions. For the obese, at the capital level, there was an opposite effect of physical activity on the underactive adolescents (positive effect on capitals with higher prevalences of overweight and negative effect on capitals with lower prevalence of overweight), but the same was not observed in active adolescents. Conclusion: Results show that in the adolescents, the greater the minutes of physical activity practiced, the greater the BMI. However, the association between excess weight and categories of physical activity at the individual level is not supported by the adjusted analysis, showing the importance of economic class, sex, age group and skin color. When the analysis is carried out for state capitals and macro-regions, associations have positive or negative effects, depending on the prevalence of excess weight above or below the national average. We suggest studies that evaluate physical activity with objective methods and that muscle and fat mass be considered in the evaluation of overweight in adolescents. However, high prevalence of excess weight and insufficiently active / inactive adolescents evidences the urgency of public policies, since behaviors acquired during this phase tend to remain in adult life, with important consequences for future health.
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Prevalência de exposição aos campos eletromagnéticos e justiça ambiental no município de São Paulo / Prevalence of exposure to electromagnetic fields and environmental justice in the city of São Paulo

Mateus Habermann 22 January 2009 (has links)
O trabalho discutiu a crescente problemática do risco em nosso atual paradigma tecnológico, sua percepção e tolerabilidade, assim como a distribuição desigual destes entre a sociedade. A hipótese fundamental que enfatiza Justiça Ambiental refere-se aos perigos e riscos desproporcionalmente ou injustamente distribuídos entre grupos sociais mais vulneráveis, geralmente pobres e minorias, acarretados pelos riscos ambientais relativos à vida moderna. A crescente preocupação com a poluição eletromagnética gerada pela transmissão e uso de energia elétrica tem mobilizado diversos setores da sociedade na busca por respostas sobre a relação da exposição a campos eletromagnéticos e riscos a saúde. Portanto, o trabalho teve o objetivo de quantificar o percentual de pessoas que residem em áreas próximas a linhas de transmissão de energia elétrica que atravessam o município de São Paulo, Brasil, e dessa forma potencialmente expostas aos campos eletromagnéticos por elas geradas. Informações sobre linhas de transmissão foram fornecidas pelas concessionárias de energia e geocodificadas usando o software de sistema de informação geográfica (SIG) Mapinfo®. Corredores com campo magnético 0.3T foram demarcados ao longo das linhas de transmissão, a largura desses variou conforme tensão da linha (em kV). Dados demográficos e socioeconômicos foram obtidos através do censo 2000 e incluídos no SIG em outra camada. Através deste levantamento, foi possível estimar o percentual da população potencialmente exposta aos campos eletromagnéticos gerados por linhas de transmissão aéreas que atravessam o município de São Paulo, em suas mais diversas características, como faixa etária, além de renda e escolaridade. Esses corredores incluíram cerca de 1,3% dos domicílios e 1,4% da população residente no município de São Paulo, sendo esta considerada exposta aos campos eletromagnéticos gerados por essas linhas. Através da análise socioeconômica, o estudo sugeriu que a população exposta aos campos eletromagnéticos possuía maior vulnerabilidade, como baixos índices de renda e escolaridade, o que chamou a atenção para fato dos campos eletromagnéticos das linhas de transmissão aéreas serem mais uma carga danosa delegada a estas populações. / The paper discussed the raising problem of risk in our current technological paradigm, their perception and tolerability, as well as their unequal distribution among the society. The fundamental assumption that emphasizes Environmental Justice refers to the hazards and risks disproportionately or unfairly distributed among the most vulnerable social groups, generally poor and minorities, generated by environmental risks relating to modern life. The raising concern about electromagnetic pollution generated by transmission and use of electric energy has mobilized various sectors of society in the search for answers about the relationship of exposure to electromagnetic fields and risks to health. Therefore, the work aimed to quantify the percentage of people living in areas bordering transmission lines that cross the city of São Paulo, Brazil, and therefore, potentially exposed to EMF generated by these lines. Information on transmission lines were provided by the utilities and geocoded using the geographic information system (GIS) software Mapinfo®. Corridors 0.3T magnetic field were demarcated around the transmission lines, the width of these lines varied with the line charge (kV). Demographic and socioeconomic data was obtained through the census 2000 and included in the GIS in another layer. Through this survey, it was possible to estimate the percentage of the population potentially exposed to electromagnetic fields generated by transmission lines that cross the city of São Paulo, in its more diverse characteristics, such as age, in addition to income and education. The corridors included approximately 1.4% of households, and 1.3% of the population of the city of São Paulo, thus considered exposed to the electromagnetic fields generated by such lines. Through socioeconomic analysis, the study has suggested that the population exposed to electromagnetic fields was most vulnerable, with low levels of income and education, were those who had higher prevalence to reside in these areas. Electromagnetic fields from power lines are another harmful burden delegated to these populations.
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Violência contra mulheres no contexto urbano: estudo sobre a distribuição espacial das violências no Município de São Paulo / Violence against women in an urban context: a study on the spatial distribution of violence in the City of Sao Paulo

Ligia Bittencourt Kiss 11 September 2009 (has links)
Desde a década de 1990, a violência contra mulheres vem sendo tomada como um tema da saúde pública, pela sua magnitude e repercussões na saúde dos indivíduos. Apesar do reconhecimento da influência das características da vizinhança na violência por parceiro íntimo (VPI), poucos estudos exploram como o contexto e a inserção da mulher em redes pessoais e sociais afetam a probabilidade individual de sofrer este tipo de violência. Este estudo teve como objetivo investigar a distribuição de VPI contra mulheres e sua relação com desigualdade socioeconômica, violência urbana e capital social no Município de São Paulo. Para tanto, foram utilizados o banco de dados do estudo multipaíses sobre saúde da mulher e violência doméstica contra mulheres da Organização Mundial de Saúde (OMS), informações do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e taxas de homicídios do banco do Programa de Aperfeiçoamento das Informações de Mortalidade (PROAIM). Os dados foram analisados através de técnicas de modelagem multinível. Os achados mostraram que não há variação significativa entre as vizinhanças na ocorrência de VPI. Além disso, indicaram que viver em contextos de privação socioeconômica, altas taxas de homicídio e baixos níveis de capital social não está associado com maior probabilidade individual de sofrer VPI. Entre as variáveis estudadas no nível individual, destacaram-se comportamentos do parceiro e experiência de VPI pelas mães dele e dela como importantes fatores associados à VPI. Os resultados deste estudo apontam para a centralidade do conceito de gênero no estudo da violência e sugerem que, em São Paulo, o contexto tem influência limitada na dinâmica das relações de intimidade. / Since the 1990s, violence against women has been recognized as a public health matter because of its magnitude and health consequences for individuals. Although research acknowledges the influence of neighbourhood factors on intimate partner violence (IPV), few studies investigate how the context and the woman\'s participation in personal and social networks affect her individual probability of experiencing this type of violence. This study aimed to investigate the distribution of IPV against women and its relations with social inequalities, urban violence, and social capital in the City of Sao Paulo. Datasets used included: the WHO multi-country study on women\'s health and domestic violence against women; the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) census; and homicide rates from PROAIM (Program for the Improvement of Mortality Data). Data was analyzed using multilevel modeling techniques. The findings show that there is no significant variation in IPV between neighbourhoods. The study also found that socioeconomic deprivation, high rates of homicides, and low levels of social capital in a neighbourhood were not associated with a woman\'s individual probability of experiencing IPV. Among the individual-level variables, IPV was associated with partner behaviors and having a mother who experienced IPV. These results reinforce the assumption that gender is a core concept to understanding violence, and suggest that in Sao Paulo, neighbourhood factors have limited influence in the dynamics of intimate relationships.

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