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Racismo, anti-racismo, nação: estudo sobre a obra de Pierre-André Taguieff / Racism, anti-racism, nation: a study on Pierre-André Taguieff´s contribution to the theory of racism

Diatkine, Manuel 08 May 2017 (has links)
O estudo responde às seguintes perguntas: quais foram as etapas que levaram à ruptura entre Pierre-André Taguieff e a esquerda intelectual antirracista francesa? Em qual medida essa ruptura pode nos fornecer elementos de compreensão da história do antirracismo na França, em particular no caso do antirracismo dos intelectuais, desde os anos 1970 até a década de 2010? O primeiro capítulo focaliza as fontes, a metodologia história das ideias e história do tempo presente, a historiografia do racismo e do antirracismo , e enfim P.-A. Taguieff, historiador das ideias racistas, um aspecto de sua obra que será deixado de lado no resto do trabalho. A década de 1980 é o tema do capítulo II. P.-A. Taguieff se torna famoso por suas análises dos discursos da chamada Nouvelle Droite e do Front National, partido que propôs o conceito de nacional-populismo. Avança um modelo ideal-típico da confrontação racismo antirracismo: o antirracismo diferencialista confrontar-se-ia prioritariamente com o racismo universalista, e o antirracismo universalista com o racismo diferencialista. O assunto do capítulo III é a tentativa por P.-A. Taguieff de pensar um antirracismo republicano na década de 1990; isto é articulado à noção de nação cívica, e não étnica. É essa evolução que o leva a romper com a maioria da esquerda política e intelectual. No final dessa década, inicia uma reflexão aprofundada sobre a noção de progresso e sobre o progressismo, que interpretamos como uma reflexão sobre os motivos de sua própria ruptura com a esquerda. Os capítulos IV e V se referem aos anos posteriores a 2000. No capítulo IV, abordamos a querela da nova judeofobia, isto é, o papel fundamental jogado por P.-A. Taguieff na identificação da difusão de um novo racismo judeófobo na França. Estudamos as reações hostis, essencialmente por parte de intelectuais de esquerda preocupados com a necessidade de não estigmatizar os jovens. No capítulo V, evocamos dimensões do debate contemporâneo na França em torno do racismo e do antirracismo. Mostramos que o antirracismo deixou de ser um universo intelectual e político coerente. Ao contrário, dividiu-se e, portanto, se enfraqueceu. Esta divisão e este enfraquecimento contribuem a explicar uma parte uma parte somente das evoluções eleitorais recentes da França. Enfim, o capítulo VI, conclusivo, se interroga sinteticamente sobre o que evoluiu e o que não evoluiu na reflexão e na produção intelectual de P.-A. Taguieff. Concluímos, primeiro, que P-A. Taguieff ficou fiel a uma concepção patriótica do antirracismo, enraizada da tradição do republicanismo francês, exatamente a tradição que muitas correntes da esquerda política e intelectual pretendem ultrapassar, em nome do multiculturalismo, do cosmopolitismo, da convergência das lutas; e, segundo, que desde os primeiros textos suas intervenções no debate público visam a defender a pluralidade das ideias, condição da existência de uma verdadeira esfera do debate público. / This study answers the following questions: What were the steps that led to the rupture between Pierre-André Taguieff and the French intellectual antiracist Left? To what extent can this split provide us with elements to understand the history of anti-racism in France, in particular in the case of the anti-racism of intellectuals from the seventies to the 2010 decade? The first chapter focuses on the sources, the methodology - the history of ideas and the history of present times, the historiography of racism and anti-racism - and at last, P.-A. Taguieff, the historian of racist ideas, an aspect of his work that will be left aside in the rest of the paper. The 1980 decade is the theme of chapter II. P.-A. Taguieff becomes famous for his analysis of the discourses of the so-called New Right and the National Front. To describe this party, he proposes the national-populist concept. He advances a typical ideal model of confrontation of racism - anti-racism: the differentialist anti-racism would, by way of priority, oppose itself to the universalist racism, and universalist anti-racism to the differentialist racism. Chapter III is about P.-A. Taguieff\'s attempt to consider a republican anti-racism in the 1990 decade, i.e., articulated around the notion of a civic nation, not ethnic. It is this evolution that leads him to break off with the majority of the intellectual political Left. At the end of this decade, he starts deepening his reflection on the notion of progress and progressivism, which we interpret as a reflection about the motives of his own breach with the Left. Chapters IV and V refer to the years after 2000. In chapter IV, we approach the quarrel of the \"new judeophobia\", i.e., the fundamental role played by P.-A. Taguieff in identifying the diffusion of a new judeophobic racism in France. We study the hostile reactions, mostly from Left intellectuals worried about the need of not stigmatizing youth. In chapter V, we evoke the dimensions of the contemporary debate in France around racism and anti-racism. We show that anti-racism ceased to be a coherent intellectual and political universe. On the contrary, it became divided and thus, weakened. This division and weakening contribute to explain - only partly however - the recent electoral evolution in France. Finally, chapter VI, conclusively, interrogates itself synthetically about what evolved or not in P.-A. Taguieff\'s reflection and intellectual production. We conclude, firstly, that P-A. Taguieff remained loyal to a patriotic anti-racist conception, rooted in the tradition of the French republicanism, precisely the tradition that many political and intellectual Left currents intend to leave behind, in the name of multiculturalism, cosmopolitanism and the \"convergence of the fights\"; and secondly, that from the very first texts, their interventions in the public debate aim at defending the plurality of ideas, the condition for the existence of a true public debate sphere.
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Racismo, anti-racismo, nação: estudo sobre a obra de Pierre-André Taguieff / Racism, anti-racism, nation: a study on Pierre-André Taguieff´s contribution to the theory of racism

Manuel Diatkine 08 May 2017 (has links)
O estudo responde às seguintes perguntas: quais foram as etapas que levaram à ruptura entre Pierre-André Taguieff e a esquerda intelectual antirracista francesa? Em qual medida essa ruptura pode nos fornecer elementos de compreensão da história do antirracismo na França, em particular no caso do antirracismo dos intelectuais, desde os anos 1970 até a década de 2010? O primeiro capítulo focaliza as fontes, a metodologia história das ideias e história do tempo presente, a historiografia do racismo e do antirracismo , e enfim P.-A. Taguieff, historiador das ideias racistas, um aspecto de sua obra que será deixado de lado no resto do trabalho. A década de 1980 é o tema do capítulo II. P.-A. Taguieff se torna famoso por suas análises dos discursos da chamada Nouvelle Droite e do Front National, partido que propôs o conceito de nacional-populismo. Avança um modelo ideal-típico da confrontação racismo antirracismo: o antirracismo diferencialista confrontar-se-ia prioritariamente com o racismo universalista, e o antirracismo universalista com o racismo diferencialista. O assunto do capítulo III é a tentativa por P.-A. Taguieff de pensar um antirracismo republicano na década de 1990; isto é articulado à noção de nação cívica, e não étnica. É essa evolução que o leva a romper com a maioria da esquerda política e intelectual. No final dessa década, inicia uma reflexão aprofundada sobre a noção de progresso e sobre o progressismo, que interpretamos como uma reflexão sobre os motivos de sua própria ruptura com a esquerda. Os capítulos IV e V se referem aos anos posteriores a 2000. No capítulo IV, abordamos a querela da nova judeofobia, isto é, o papel fundamental jogado por P.-A. Taguieff na identificação da difusão de um novo racismo judeófobo na França. Estudamos as reações hostis, essencialmente por parte de intelectuais de esquerda preocupados com a necessidade de não estigmatizar os jovens. No capítulo V, evocamos dimensões do debate contemporâneo na França em torno do racismo e do antirracismo. Mostramos que o antirracismo deixou de ser um universo intelectual e político coerente. Ao contrário, dividiu-se e, portanto, se enfraqueceu. Esta divisão e este enfraquecimento contribuem a explicar uma parte uma parte somente das evoluções eleitorais recentes da França. Enfim, o capítulo VI, conclusivo, se interroga sinteticamente sobre o que evoluiu e o que não evoluiu na reflexão e na produção intelectual de P.-A. Taguieff. Concluímos, primeiro, que P-A. Taguieff ficou fiel a uma concepção patriótica do antirracismo, enraizada da tradição do republicanismo francês, exatamente a tradição que muitas correntes da esquerda política e intelectual pretendem ultrapassar, em nome do multiculturalismo, do cosmopolitismo, da convergência das lutas; e, segundo, que desde os primeiros textos suas intervenções no debate público visam a defender a pluralidade das ideias, condição da existência de uma verdadeira esfera do debate público. / This study answers the following questions: What were the steps that led to the rupture between Pierre-André Taguieff and the French intellectual antiracist Left? To what extent can this split provide us with elements to understand the history of anti-racism in France, in particular in the case of the anti-racism of intellectuals from the seventies to the 2010 decade? The first chapter focuses on the sources, the methodology - the history of ideas and the history of present times, the historiography of racism and anti-racism - and at last, P.-A. Taguieff, the historian of racist ideas, an aspect of his work that will be left aside in the rest of the paper. The 1980 decade is the theme of chapter II. P.-A. Taguieff becomes famous for his analysis of the discourses of the so-called New Right and the National Front. To describe this party, he proposes the national-populist concept. He advances a typical ideal model of confrontation of racism - anti-racism: the differentialist anti-racism would, by way of priority, oppose itself to the universalist racism, and universalist anti-racism to the differentialist racism. Chapter III is about P.-A. Taguieff\'s attempt to consider a republican anti-racism in the 1990 decade, i.e., articulated around the notion of a civic nation, not ethnic. It is this evolution that leads him to break off with the majority of the intellectual political Left. At the end of this decade, he starts deepening his reflection on the notion of progress and progressivism, which we interpret as a reflection about the motives of his own breach with the Left. Chapters IV and V refer to the years after 2000. In chapter IV, we approach the quarrel of the \"new judeophobia\", i.e., the fundamental role played by P.-A. Taguieff in identifying the diffusion of a new judeophobic racism in France. We study the hostile reactions, mostly from Left intellectuals worried about the need of not stigmatizing youth. In chapter V, we evoke the dimensions of the contemporary debate in France around racism and anti-racism. We show that anti-racism ceased to be a coherent intellectual and political universe. On the contrary, it became divided and thus, weakened. This division and weakening contribute to explain - only partly however - the recent electoral evolution in France. Finally, chapter VI, conclusively, interrogates itself synthetically about what evolved or not in P.-A. Taguieff\'s reflection and intellectual production. We conclude, firstly, that P-A. Taguieff remained loyal to a patriotic anti-racist conception, rooted in the tradition of the French republicanism, precisely the tradition that many political and intellectual Left currents intend to leave behind, in the name of multiculturalism, cosmopolitanism and the \"convergence of the fights\"; and secondly, that from the very first texts, their interventions in the public debate aim at defending the plurality of ideas, the condition for the existence of a true public debate sphere.
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Cotas na UFBA: percepções sobre racismo, antirracismo, identidades e fronteiras

Pinheiro, Nadja Ferreira January 2010 (has links)
212 f. / Submitted by Suelen Reis (suelen_suzane@hotmail.com) on 2013-02-20T17:04:01Z No. of bitstreams: 1 Ferreira..pdf: 943502 bytes, checksum: be584231087648f52e594975341d7c5e (MD5) / Approved for entry into archive by Fatima Cleômenis Botelho Maria (botelho@ufba.br) on 2013-02-21T13:03:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Ferreira..pdf: 943502 bytes, checksum: be584231087648f52e594975341d7c5e (MD5) / Made available in DSpace on 2013-02-21T13:03:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ferreira..pdf: 943502 bytes, checksum: be584231087648f52e594975341d7c5e (MD5) Previous issue date: 2010 / A adoção de políticas de cotas para negros nas universidades brasileiras, de modo particular na Universidade Federal da Bahia (UFBA), e as questões que ela envolve, a exemplo de racismo, antirracismo, identidades e fronteiras, têm sido temas amplamente debatidos na sociedade e baseia-se no fato da quase ausência de negros(as) nas universidades públicas, particularmente em cursos de maior prestígio social. Esta pesquisa teve como objetivos analisar as percepções de professores e estudantes cotistas e não-cotistas dos cursos de Direito, Medicina, Odontologia e Engenharia Elétrica da UFBA sobre racismo de forma geral e na universidade; refletir sobre as características associadas aos grupos negros, índios e brancos, cotistas e não-cotistas; analisar as percepções sobre as cotas na UFBA e sobre outras políticas antirracistas. A metodologia adotada foi qualitativa. Na coleta de dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram analisadas com base na Análise do Discurso. Os principais resultados encontrados neste estudo foram: as percepções dos entrevistados sobre o racismo no Brasil repetem-se também no ambiente universitário, porém de forma velada; com relação às características associadas aos negros, indígenas e brancos, os professores tenderam a diferenciar estes grupos quanto aos traços fisionômicos, ao passo que os estudantes, além das características fenotípicas, fizeram associações no âmbito social, econômico e cultural; na caracterização dos grupos raciais, houve uma associação entre cor e classe; identificou-se uma visão de mundo diferenciada entre os índios e não-índios, como também um desconhecimento sobre os índios por parte de estudantes e professores; no conjunto dos estudantes cotistas, identificou-se a existência de um grupo diferenciado, o do Colégio Militar; as cotas foram percebidas como uma importante política para a universidade, pois tornou o ambiente mais diverso do ponto de vista social, étnico e racial; não foram identificadas fronteiras claramente demarcadas entre cotistas e não-cotistas, embora algumas características tenham sido apontadas em relação a estes grupos; os entrevistados apontaram a necessidade de a Universidade se estruturar melhor para atender às necessidades de permanência dos estudantes cotistas; no que concerne ao movimento negro e ao indígena, os depoentes reconhecem que o movimento negro tem conseguido muitas conquistas para o povo negro, contudo ainda transmite imagem pouco positiva; há um desconhecimento generalizado com relação ao movimento indígena; as políticas de valorização da cultura negra são percebidas como voltadas para o turismo enquanto as de valorização da cultura indígena são vistas como inexistentes. Concluiu-se que o racismo é percebido amplamente pelos estudantes da UFBA e menos pelos professores; não há fronteira rígida que separe estudantes cotistas de não-cotistas, mas há diferenciações que se dão entre índios e não-índios e há um grupo de cotistas diferenciados; a permanência de estudantes cotistas é um dos grandes desafios da política de ação afirmativa na UFBA. / Salvador
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Antirracismo e educação: uma análise das diretrizes normativas da UNESCO

Cruz, Ana Cristina Juvenal da 20 March 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:35:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5869.pdf: 12017480 bytes, checksum: 3ae3fd007ca2b4f6bf115bb37b65f56e (MD5) Previous issue date: 2014-03-20 / Financiadora de Estudos e Projetos / This dissertation intends to analyze the guiding principles and normative directives related to racism treatment in Education by United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization UNESCO. Through a theoretical qualitative approach, the research verifies how the organization deals with uses and meanings of racial thematic in Education. In this way, the investigation aims to reflect critically upon different uses and meanings about the debate on racial relations, and to comprehend the education construction as an anti-racist policy performed by UNESCO. Therefore, UNESCO s official documents were analyzed using a historical perspective as a way to understand how the development of the debates produces normative instruments to the management of the racial issue. Since its beginning, UNESCO has published several documents and materials as an attempt to join countries and make them find out the universal peace. Moreover, its position about the theme became a key point to deal with the racial matter, seen as a problem to have peace. So, the education was a chosen option by it to win this obstacle. For this reason, it can be said that UNESCO proposes education as an anti-racist policy. The research focuses on a contemporary debate about racial relations, especially in aspects of racialized people production as an individual or group. / Esta tese objetiva analisar os princípios orientadores e as diretrizes normativas relativas ao tratamento do racismo em matéria de educação da Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura UNESCO. A investigação consiste em analisar o modo pelo qual a Organização atribui determinados usos e sentidos à temática racial. Constitui-se em uma abordagem qualitativa de cunho teórico no interior dos estudos sobre relações raciais e educação. Visa diagramar nos documentos os diferentes usos e sentidos do debate acerca da questão racial, tendo por objetivo identificar o processo de construção da educação como uma política antirracista empregada pela UNESCO. Isto foi feito através da análise em perspectiva histórica, dos documentos oficiais da UNESCO buscando identificar com o desenvolvimento dos debates que culminam em instrumentos normativos na gestão relativa à questão racial. Desde a sua constituição a UNESCO publicou documentos e materiais a fim de propiciar uma união intergovernamental entre países de modo a atingir uma paz universal . Essa inclinação da UNESCO frente ao tema se converteu desde logo, em conceitualizar e compreender a questão racial vista, então, como um obstáculo na busca da paz. A educação foi justamente o meio escolhido pela Organização para equacionar esse obstáculo. Neste sentido, pode-se dizer que a UNESCO institui a educação como uma política antirracista. Dar-se-á foco a partir do debate contemporâneo das relações raciais, especialmente no que se refere aos aspectos da produção racializada das diferentes populações, no que confere a dimensão plural e subjetiva da questão racial.
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Entre evidências visuais e novas histórias

Dossin, Francielly Rocha January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:27:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 341123.pdf: 7205705 bytes, checksum: 2de856714a15f7f18b221e95ffa26964 (MD5) Previous issue date: 2016 / A presente tese buscou identificar e compreender estratégias empreendidas por artistas contemporâneos brasileiros com objetivo de questionar o regime representacional racializado. Imbuídos de objetivos antirracistas, tais trabalhos questionam o regime de visualidade racializado com discursos e técnicas que envolvem fotografia, corpo, arquivo e história. Essas poéticas estão inscritas numa crítica pós-colonial e são entendidas nesta pesquisa como agentes de uma descolonização estética ao mesmo tempo em que são também agenciadas por este processo. A partir da instalação Assentamento de Rosana Paulino, da pintura Incômodo de Sidney Amaral e do vídeo O que o cabelo fez para ser chamado de ruim? do coletivo Frente 3 de Fevereiro procuramos compreender como as questões de desconstrução da visualidade racializada são agenciadas por artistas contemporâneos atuantes no cenário brasileiro e como essas ações e obras podem se constituir como um caminho para uma descolonização estética possível. As análises dessas obras são precedidas pela reflexão sobre a trajetória e a obra de Wilson Tibério nas quais identificamos estratégias antirracistas que antecederam às práticas contemporâneas, sendo finalizadas com a análise da instalação Exhibit B, nos possibilitando compreender as complexidades das estratégias antirracistas. Para essas interpretações foi necessário buscar nos estudos pós-coloniais e na historiografia e teoria da arte contemporânea os alicerces para as relações que possibilitassem a compreensão do fenômeno em questão.<br> / Abstract : This research aimed to identify and comprehend the counter-hegemonic strategies, which we call counter-strategies, undertaken by Brazilian contemporary artists in the racialized representational regime. Imbued with anti-racist objectives these artworks questions the racialized visuality regime with discourses and techniques involving photography, body, archives and history. These poetics are inscribed in a postcolonial critic and are understood, in this research, as agents of an aesthetic decolonization at the same time that they are agencied by such process. Starting from the installation Assentamento by Rosana Paulino, the painting Incômodo by Sidney Amaral and the videoO que o cabelo fez para ser chamado de ruim? by the artist collective Frente 3 de Fevereiro, we tried to understand how the questions of deconstruction of racialized visuality are agencied by contemporary artists working in the Brazilian scenario and how these actions and works can constitute themselves as a path to a possible aesthetics decolonization. The analysis of these works are preceded by reflection about the trajectory and works of Wilson Tibério in which we identify antiracist strategies leading to contemporary practices, being finalized with the analysis of the art installation Exhibit B, enabling us to understand the complexities of antiracist strategies. To that end it was necessary to search in the postcolonial studies and in the historiography and theory of contemporary art the basis to relations that enabled the comprehension of the phenomenon in question.
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Porque fomos sequestradas dos pés ao último fio de cabelo : práticas pedagógicas no movimento de mulheres negras e a ressignificação do corpo negro

GODOI, Ana Cecília Rodrigues dos Santos 01 August 2016 (has links)
Submitted by Mario BC (mario@bc.ufrpe.br) on 2018-09-26T14:15:35Z No. of bitstreams: 1 Ana Cecilia Rodrigues dos Santos Godoi.pdf: 1112097 bytes, checksum: b7299cb785cb2467d4f7a931276a743d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-26T14:15:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Cecilia Rodrigues dos Santos Godoi.pdf: 1112097 bytes, checksum: b7299cb785cb2467d4f7a931276a743d (MD5) Previous issue date: 2016-08-01 / The present work seeks to explore the power of pedagogical practices used by the black women movement in Pernambuco. In order to do so, we have a discussion centered on racist violence and the ideology of whiteness, discussing both its elementary bases and those of diffusion in Brazilian culture - based on the pioneering research of Neuza Souza Santos. The elaboration of violence as an ideology appears to us through contours that impose an Ideal of Ego on black people affecting its psyche, as well as - not less - its social status, assigned to a place of subalternity in subjective and objective dimensions. For an analysis of this context and its complexity, we look at the discourse of coloniality that reverberates in today's structures by continuing the notion of the black body as devoid of full humanity. The phenomenon of naturalization of socio-cultural aspects and its reverse, the socio-cultural formulation of natural aspects proliferate this notion that the black body should occupy the place of service, whipping and hypersexualization. Thus, it was in this research to approach the black body in its natural and symbolic nuances and its interface with Brazilian history and its relation and way of conceiving this body. Within this natural and symbolic sphere, based on the principles of Research-Action and Ethnography, we enter into the universe of the self-organized group of black women Cabelaço-PE, and in its agenda of the year 2015; we draw from their actions an inventory of pedagogical practices for the deconstruction of racism and sexism in Brazilian society. We use intersectional feminism, coined by black American black intellectuals, as epistemology to understand the social stratification sustained by processes of racialization and objectification of the black woman's body. Uses and senses given to hair appear as central focus for analysis, bringing together references from black intellectuals such as Bell Hooks, Alice Walker, Kathleen Cleaver. The body as a revolutionary unit to the detriment of the reality conserved by racism and that originates in the transmigration of black bodies from Africa to Brazil, has the essential basis of the thoughts and research of the historian Beatriz Nascimento, in which she elaborates on the Orí head, nucleus) and the symbolism and historical reverberation of the initiation and progressive adaptation and historical construction of the black people in Brazilian lands. They are the quilombos old and new in geographical territory and in physical body, overflowing from the experience of the black body, that, being subjected to the severe attacks of racism, is resisting and shaping reality according to its truth and worldview inevitably correlata to the experiences brought from Africa. We approach the experiences of the collective Cabelaço-PE, where the principles of black ancestry (the use of turbans), the re-counting of stories with the protagonism of black women (the Abayomis dolls and the transatlantic culture), and the re-signification of the black body (self-reflection as a feminist training methodology). / O presente trabalho busca explorar a potência de práticas pedagógicas utilizadas pelo movimento de mulheres negras em Pernambuco. Para tanto, travamos uma discussão centrada na violência racista e na ideologia de branquitude, discutindo tanto as suas bases elementares quanto as de difusão na cultura brasileira – embasada pela pesquisa pioneira de Neuza Souza Santos. A elaboração da violência como ideologia nos aparece através de contornos que impõem um Ideal de Ego às pessoas negras afetando sua psiqué, bem como - e não menos - o seu status social, designado a um lugar de subalternidade em dimensões subjetivas e objetivas. Para análise de tal contexto e sua complexidade, olhamos para o discurso da colonialidade que reverbera nas estruturas atuais continuando a noção do corpo negro como destituído de humanidade plena. O fenômeno de naturalização de aspectos sócio-culturais e o seu reverso, a formulação sócio-cultural de aspectos naturais proliferam esta noção de que o corpo negro deve ocupar o lugar do serviço, do açoite e da hiperssexualização. Sendo assim, coube nesta pesquisa abordar o corpo negro em suas nuances naturais e simbólicas e sua interface com a história brasileira e sua relação e forma de conceber este corpo. Dentro dessa esfera natural e simbólica, com base nos princípios da Pesquisa-Ação e da Etnografia, adentramos no universo do coletivo auto-organizado de mulheres negras Cabelaço-PE, e em sua agenda do ano de 2015; elaboramos a partir de suas ações um inventário sobre práticas pedagógicas para a desconstrução do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira. Valemo-nos do feminismo interseccional, cunhado pelas intelectuais negras afro-americanas, como epistemologia para compreender a estratificação social sustentada por processos de racialização e objetificação do corpo da mulher negra. Os usos e sentidos dados ao cabelo aparecem como foco central para análise, reunindo referências de intelectuais negras, tais como Bell Hooks, Alice Walker, Kathleen Cleaver. O corpo como unidade revolucionária em detrimento da realidade conservada pelo racismo e que tem origem na transmigração de corpos negros da África para o Brasil, conta com a base essencial dos pensamentos e pesquisa da historiadora Beatriz Nascimento, na qual a mesma elabora sobre o Orí (cabeça, núcleo) e a simbologia e reverberação histórica da iniciação e progressiva adaptação e construção histórica do povo negro em terras brasileiras. São os quilombos velhos e novos em território geográfico e em corpo físico, transbordando a partir da experiência do corpo negro, que ao estar submetido às severas investidas do racismo, vai resistindo e moldando a realidade de acordo com sua verdade e cosmovisão inevitavelmente correlata às experiências trazidas da África para cá. Abordamos as vivências do coletivo Cabelaço-PE, aonde foram trabalhados princípios de ancestralidade negra (o uso de turbantes), da re-contação de histórias com o protagonismo de mulheres negras (as bonecas Abayomis e a cultura transatlântica) e de ressignificação do corpo negro (auto-reflexão como metodologia de formação feminista).
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Chocolate e mel: negritude, antirracismo e controvérsia nas músicas de Gilberto Gil (1972-1985)

Nacked, Rafaela Capelossa 18 May 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:31:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rafaela Capelossa Nacked.pdf: 985446 bytes, checksum: 9f91c44e9c43d567977d8135169be100 (MD5) Previous issue date: 2015-05-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research aims to investigate the poetics of blackness and this anti-racism in the lyrics of Gilberto Gil songs recorded between 1972 and 1985. The focus of this research explores the political dimension of Gil songs, his role as political and artistic militancy at Movimento Negro Unificado, the Blocos afro-carnavalescos from Salvador, afoxé Filhos de Gandhy and Candomblé, articulating artistic subjectivity, artistic work as well as the racial identity politics that were at stake in this effervescent historic moment throughout the Black Atlantic. Its purpose is to contribute to cultural studies and representations, supporting studies and actions based on the role of music in subjectivity and emancipation historically racialized populations / Este trabalho de investigação tem como objetivo desvelar a poética da negritude e do antirracismo presente nas letras das músicas de Gilberto Gil gravadas entre 1972 e 1985. O foco da pesquisa explora a dimensão política das canções de Gil, seu papel como militância artística e política junto ao Movimento Negro, os blocos afro-carnavalescos de Salvador, o Filhos de Gandhy e o candomblé, articulando obra e subjetividade do artista, bem como as políticas raciais da identidade que estavam em jogo neste momento histórico efervescente em todo o Atlântico Negro. Sua finalidade é contribuir para os estudos culturais e das representações, subsidiando estudos e ações pautadas no papel da música na subjetividade e na emancipação de populações historicamente racializadas
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"Sergeant Rutledge", de John Ford, como un mito filosófico

Navarro Crego, Miguel Ángel 20 January 2009 (has links)
Este trabajo quiere celebrar el cincuenta aniversario del estreno del filme Sergeant Rutledge (El Sargento negro), mostrando cómo se desarrollan las relaciones interpersonales en esta película. Estudia la ontología y la gnoseología del filme, para comprender por qué John Ford es un auténtico poeta clásico desde la perspectiva de Platón y Aristóteles. Además la película es un verdadero mito filosófico, constructor y transmisor de aquello que Aristóteles llama en la Poética (1451b) "lo universal". Por último, esta obra de Ford es crucial como vehículo de una tesis antirracista e integradora de los afroamericanos, en el contexto de sus luchas por los derechos civiles en Estados Unidos en la década de los cincuenta y sesenta del siglo XX. / The author of this article wishes to celebrate the 50th anniversary of the première of Sergeant Rutledge, showing how interpersonal relation ships are developed in this film. He studies the ontology and gnoseology of the film, to understand how John Ford is a real classical poet from the perspective of Plato and Aristotle. The film is also a true philosophical myth which builds and transmits the so-called Poetics of Aristotle (1451b), "the Universal". This work of Ford is essential as a vehicle of an anti-racist and integrating view of Afro-Americans in USA, in the context of the civil right's figths of 50' and 60' decades of XX century.
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De ‘coisa’ a sujeito : o processo de construção da legislação antirracismo no Brasil e a luta política do movimento negro

Catoia, Cinthia de Cassia 19 May 2016 (has links)
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No. of bitstreams: 1 DissCCC.pdf: 2452299 bytes, checksum: bc96444a2fc5cb8beb226846a187e2b8 (MD5) Previous issue date: 2016-05-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Among the political struggle strategies of the Black Social Movement, which has been characterized by their dynamism and elaboration of each historic moment, thedisputes in the brazilian juridical field can be pointed out, mainly those ones related to the construction of ananti-racism legislation, a set of rules which has a goal of the deconstructingracism, prejudice and social discrimination that cross the brazilian political and social institutions and the subjectivity of the subjects. In this way, according to Discourse Analysis, data analysis method used, and the reflections upon the methodological and theoretical approach of the subaltern studies, particularly the postcolonial studies, I seek to analyze in this reseach the process of construction of this anti-racism legislation/ anti-racial discrimination legislation/anti- discrimination legislation. The specific objectives of the research were, therefore, to analyse: a) which discourses were raised in the normative and juridical field about the racial and ethnic issue making possible the construction of anti-racism legislation from 1950 on; b) which events and debates, ocurred between 1940 and 1988, were outlining the three dimensions of the anti-racism legislation presentin the brazilian legal order, and, finally, c) the importance of Black Movement in this process. The disputes of the normative and juridical field to the construction of the anti- racism legislation and to the deconstruction (still unfinished) of the racial and ethnic relations in Brazil, underlined, on one hand, by an institucional racism and, on the other, by the myth of a racial democracy, represented, at the same time: the problem of brazilian law limits in relation to the racial and ethnic issue, ressignifying, therefore, the own notion of State and brazilian nation; and, a political process in which blacks, being political subjetcs/actors, became subjetcs of rigths, a denied status by brazilian law, during the colonization process and slavery, that marked our history until the 19th century, and still in dispute in the contemporary brazilian society. / Entre as estratégias de luta do movimento social negro, que ao longo do século XX, por meio de diversas mobilizações e ações, vem se caracterizando pelo dinamismo e elaboração, em cada momento histórico, de diferentes estratégias de combate ao racismo, ao preconceito racial e à discriminação racial, estacam-se as disputas no campo jurídico-normativo brasileiro para a construção de uma legislação antirracismo, ou seja, um conjunto de normas que tem como objetivo a desconstrução do racismo, do preconceito e da discriminação racial que atravessam as instituições políticas e sociais brasileiras e as subjetividades dos sujeitos. Assim, por meio das reflexões do referencial teórico-metodológico dos estudos subalternos, e, em especial, dos estudos pós-coloniais busco, nesta pesquisa, analisar o processo de construção dessa legislação antirracismo. Os objetivos específicos da pesquisa foram, portanto, analisar: a) quais discursos foram mobilizados no campo jurídico-normativo acerca da temática étnico-racial possibilitando a construção da legislação antirracismo, a partir de 1950; b) quais eventos e debates, ocorridos nos períodos de 1940 a 1988, foram delineando as três dimensões da legislação antirracismo presentes no ordenamento jurídico brasileiro, e, por fim, c) a importância do movimento negro neste processo. As disputas do campo jurídico-normativo para a construção da legislação antirracismo e para desconstrução (ainda inacabada) das relações étnico-raciais brasileiras, marcadas, de um lado, por um racismo institucional, e de outro, pelo mito de uma democracia racial, representaram ao mesmo tempo: a problematização dos limites do direito brasileiro no que concerne a questão étnico-racial, ressignificando, portanto, a própria noção de Estado e de nação brasileira; e, um processo político em que os(as) negros(as), ao constituírem-se enquanto sujeitos políticos, tornaram-se sujeitos de direitos, status negado pelo direito brasileiro, ao longo do processo de colonização e escravidão, que marcaram nossa história até o século XIX, e ainda em disputa na sociedade brasileira contemporânea.
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Tamaño y difusión. Construcciones antirracistas en alta resolución para medios peruanos / Size and Broadcasting. Anti-racist Issues in High Definition for Peruvian Media

Solís López, Augusto Pavel 05 August 2021 (has links)
Este ensayo reflexiona sobre cómo la alta definición digital de nuestras pantallas es un fenómeno que conjuga con la noción de racismo simbólico a través de la construcción de experiencias placenteras de marcas audiovisuales. Ello sucede porque el HD va sujeto a estructuras neoliberales digitales que llevan a obtener ingresos y fidelidad, pero que construyen paradojas de autorregulación y estructuras racistas inmutables. La interacción de los medios, los productores y las audiencias se ampara en lo que se ha nombrado ignorancias audiovisuales, creencias falsas o ausencia de creencias reales que se condicen con prácticas antirracistas cuestionables que sitúan el problema racista en lo circunstancial, sin llegar a reconfiguraciones críticas ni estructurales.

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