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Aspectos clínico-laboratoriais na evolução de pacientes com deficiência de imunoglobulina A diagnosticados na infância e de seus familiares / Clinical and laboratorial features from patients with IgA deficiency diagnosed in childhood and from their relativesFahl, Kristine 24 June 2008 (has links)
A deficiência de imunoglobulina A (DIgA) é a imunodeficiência primária mais comum com prevalência de 1: 223 a 1:1000 em estudos epidemiológcos, sendo menos freqüente em populações asiáticas. As manifestações clínicas variam desde indivíduos assintomáticos até aqueles com manifestações atópicas, auto-imunes ou infecciosas. Entre estas últimas destacam-se os acometimentos dos tratos respiratório e digestório. Associação com outras imunodeficiências primárias tem sido reportada, em especial a imunodeficiência comum variável e a deficiência de subclasses de imunoglobulina G. Os objetivos deste estudo foram a avaliação dos pacientes com DIgA, diagnosticados na infância, após a segunda década da vida e a avaliação diagnóstica de seus familiares quanto aos aspectos clínicos e laboratoriais. A metodologia utilizou, para o diagnóstico de DIgA, o critério adotado pelo ESID/PAGID (1999). Foi realizada a avaliação das concentrações de imunoglobulina A(IgA) e imunoglobulina M (IgM), na saliva e a pesquisa de auto-anticorpos séricos (Anti-tireóide, FR,FAN) nos pacientes e familiares com DIgA. Realizou-se uma curva de distribuição de IgM salivar em indivíduos normais para comparação com os pacientes DIgA. Os resultados mostraram a avaliação dos 34 pacientes (19 do sexo feminino) com deficiência de imunoglobulina A (DIgA) com idade superior a 10 anos (variação: 10 à 52 anos), sendo 27 deles diagnosticados na infância e 7 familiares dos 62, que responderam à convocação. Considerando-se todos os indivíduos com DIgA, processos infecciosos (de repetição ou graves) ocorreram em 91,2%, manifestações atópicas em 58,8% e auto-imunidade em 52,9%. Manifestações clínicas de auto-imunidade foram observadas em 14/18 indivíduos, sendo que sete foram diagnosticados após 10 anos de idade, por ocasião da realização da pesquisa. Auto-anticorpos foram observados em 10 pacientes, sendo quatro pacientes assintomáticos. Fator reumatóide não foi detectado nesta casuística. Tireoidopatias (seis casos) e artropatias (quatro casos) foram as manifestações clínicas auto-imunes mais observadas. As concentrações de IgM salivar mostraramse elevadas em todos, exceto cinco casos. A comparação dessas concentrações nos grupos com e sem auto-imunidade não mostrou diferença significante (p= 0,48). As conclusões desta pesquisa mostraram os processos infecciosos como as manifestações clínicas mais freqüentes nos pacientes com DIgA, observando-se, porém, uma relevante presença de auto-imunidade nestes pacientes quando reavaliados após a segunda década de vida. Este fato alerta para a necessidade de avaliação rotineira de fenômenos auto- imunes nestes pacientes, durante seguimento. As concentrações de IgM salivar foram semelhantes em pacientes com DIgA com e sem auto-imunidade. Auto-anticorpos foram detectados independentemente da presença de sintomatologia clínica, sendo os mais encontrados aqueles relacionados à tireóide. Os familiares de primeiro grau dos pacientes com DIgA devem ser avaliados, tanto para diagnóstico de imunodeficiências como para detecção de fenômenos auto-imunes, permitindo assim o diagnóstico e abordagens precoces de ambas condições. / IgA deficiency (IgAD) is the most frequent primary immunodeficiency. Its prevalence varies from 1:223 to 1:1000 in epidemiological studies, but in asiatic populations it is uncommon. The clinical manifestations of IgAD are spectral, ranging from asymptomatic patients to recurrent infections, allergic symptoms and/or autoimmunity conditions. The most common infections frequently associated to IgAD involve respiratory and gastrointestinal tracts. The association with other primary immunodeficiency such as common variable immunodeficiency and immunoglobulin G subclasses deficiency has been reported. The aim of this study is to describe clinical and laboratorial evolution regarding autoimmune manifestations in IgAD patients diagnosed during the first years of life and after the second decade and their relatives diagnosed during this study. Laboratorial data included immunoglobulins A and M levels in saliva and auto-antibody screening in immunoglobulin A deficient relatives and patient. The criterion adopted for IgAD diagnosis was defined by Pan-American Group for Immunodeficiency and European Society for Immunodeficiency. The results showed 34 (19 female) immunoglobulin A deficient patients (IgAD) over 10 years of age (range: 10-52 years), 27 of them diagnosed during their childhood, and seven adults detected among 62 screened relatives. Recurrent infections were diagnosed in 91.2% of cases, atopic manifestations in 58.8% and autoimmune clinical manifestation in 52.9%. Autoimmune clinical manifestations were observed in 14 of our 18 IgA deficient patients and relatives with autoimmunity phenomena and seven of them diagnosed only over 10 years old during the study. Auto-antibodies were observed in (10/18) of patients and relatives, with four of them (asymptomatic) showing only the presence of auto-antibodies. Thyroid and osteo-articular involvement (six and four cases, respectively) were the most frequent clinical autoimmune manifestations. The rheumatoid factor was not detected in this casuistic. Auto-antibodies had no statistical difference among patients with or without autoimmunity phenomena. High salivary IgM concentrations were detected in all IgA deficient patients and relatives, except five cases. The comparison of these concentrations in the groups with and without autoimmunity did not show significant difference (p=.0, 48). In conclusion, recurrent infections were the most frequent clinical manifestations of IgA deficient patients and also autoimmune diseases, after the second decade of life. This fact at this series reinforced the necessity of active search for autoimmune conditions diagnosis in these patients. IgM levels showed no statistical difference among IgA deficient patients and relatives with or without autoimmunity. Auto-antibodies, mainly anti-thyroid antibodies, were detected in patients independently of autoimmunity clinical manifestation presence. This study showed the importance of the first degree relatives of IgA deficient patients evaluation, focusing as immunodeficiency as autoimmune disease, permiting an earlier diagnosis of both conditions and an adequate approach to optimize the clinical management and improvement of quality of life of IgAD patients.
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Caracterização imunofenotípica de linfócitos B de memória em pacientes com deficiência de IgA e imunodeficiência comum variável / Immunophenotypical characterization of memory B lymphocytes in patients with IgA deficiency and common variable immunodeficiencyAvalos, José de Jesus Rivas 25 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A deficiência de IgA (DIgA) é a imunodeficiência primária mais comum e caracteriza-se pela presença de concentrações de IgA sérica abaixo de 7 mg/dL e níveis normais de IgM e IgG. A maioria dos indivíduos acometidos não apresenta doença aparente embora alguns possam apresentar infecções recorrentes ou crônicas de mucosas, atopia e/ou doenças autoimunes (DAIs). Presumivelmente, a doença resulta de um defeito na troca de isótipo para IgA ou de falha na maturação de linfócitos produtores de IgA. A imunodeficiência comum variável (ICV) constitui uma deficiência primária de anticorpos caracterizada por níveis séricos baixos de IgG, IgA e/ou IgM, ao lado de valores normais ou diminuídos de linfócitos B e/ou T, levando a infecções crônicas ou recorrentes principalmente dos tratos respiratório e gastrintestinal. Embora a fisiopatologia da ICV ainda não esteja esclarecida, em muitos pacientes ela pode ser decorrente de algum defeito intrínseco de linfócitos B. De modo especial, as células B de memória (CD27+) têm sido correlacionadas com alguns aspectos clínicos da doença. Números elevados de células B de memória com persistência de IgM (CD27+IgM+) parecem estar correlacionados com a presença de infecções, enquanto valores diminuídos de células B de memória clássicas ou class-switched (CD27+IgG-IgM-) parecem estar associados a baixos níveis de IgG e presença de autoimunidade. A progressão de DIgA para ICV tem sido descrita em alguns pacientes embora não constitua regra geral. Uma hipótese é a de que uma base genética comum e a associação com DAIs possam constituir fatores de risco para a progressão de DIgA para ICV. Há relato anterior de que a persistência de células B imaturas IgM+ IgD+ em alguns pacientes com DIgA estava associada à progressão para ICV. Adicionalmente, há evidências de que a diminuição de células B de memória em uma proporção de pacientes com ICV esteja associada à presença de autoimunidade. OBJETIVOS: comparar em pacientes com DIgA e ICV várias subpopulações de células B e analisar a relação entre estas populações celulares e a presença de DAIs em ambos grupos. MÉTODO: Este estudo incluiu 56 pacientes adultos de ambos sexos com DIgA e ICV, distribuídos em grupos de acordo com a associação com DAI: grupo DIgA sem DAI (14 pacientes), grupo DIgA com DAI (14 pacientes), grupo ICV sem DAI (14 pacientes) e grupo ICV com DAI (14 pacientes). As seguintes subpopulações de células B foram determinadas por citometria de fluxo de quatro-cores: células B naive (CD19+IgM+), células B de memória clássicas ou class-switched (CD27+IgM-IgD-) e células B de memória imaturas (CD27+IgM+ or CD27+IgD+). Na análise estatística foi aplicado o teste de ANOVA; valores significativos foram determinados pela correção de Bonferoni. RESULTADOS: os grupos analisados foram homogêneos quanto à idade e distribuição de gêneros. Os valores de linfócitos totais e de células B naive foram similares nos quatro grupos estudados. Os pacientes com deficiência de IgA e ICV com DAIs associadas apresentaram valores igualmente aumentados de células B de memória imaturas CD27+IgM+ e CD27+IgD+ quando comparados a pacientes sem doenças autoimunes. CONCLUSÕES: estes resultados sugerem que a persistência de células B de memória imaturas possa estar relacionada à presença de autoimunidade em pacientes com DIgA e ICV. Especula-se se a persistência destas células em pacientes com DIgA e DAI associada possa constituir fator preditivo da progressão de DIgA para ICV. / INTRODUCTION: IgA deficiency (IgAD) is the most common primary immunodeficiency disorder and is characterized by serum IgA concentration below 7 mg/dL and normal serum IgM and IgG levels. Most of the affected individuals have no apparent disease, whereas selected patients suffer from recurrent or chronic mucosal infections, atopy and/or autoimmune diseases (AIDs). This defect is presumed to result from impaired class-switching to IgA or from maturational failure of IgA-producing lymphocytes. Common variable immunodeficiency (CVID) is a primary antibody deficiency disease characterized by low serum levels of IgG, IgA and/or IgM, and normal or decreased B and/or T cell numbers, leading to chronic or recurrent infections, noted mostly in the respiratory and gastrointestinal tract. While the pathophysiology of CVID remains elusive, in many patients it may be due to an intrinsic B cell defect. Memory B cells (CD27+) in particular, have been noted to correlate with certain clinical aspects of the disease. High numbers of IgM+ memory B cells (CD27+IgM+) appear to correlate with the presence of infections, whereas decreased numbers of classic (class-switched) memory B cells (CD27+IgG-IgM- ) correlate with lower serum IgG levels and increased rates of autoimmune features. Progression from IgAD to common variable immunodeficiency (CVID) has been reported in some patients, but is not a general rule. It is postulated that a common genetic base and association with AIDs could be risk factors for progression from IgAD to CVID. OBJECTIVES: The aim of this study was to compare B cell subpopulations of patients with IgAD and with CVID, and to assess the relationship between these populations and the presence of autoimmune diseases in both group of patients: . METHOD: The study included 56 adult patients of both genders with IgAD or CVID. Patients were grouped, according to the association with autoimmune disease,as follows: group IgAD with AID (14 patients), group IgAD without AID (14 patients), group CVID with AID (14 patients) and group CVID without AID (14 patients). We determined by immunophenotyping of lymphocytes by four-colour cytometry the following subpopulations of B cells: naïve B cells (CD19+IgM+), class-switched memory B cells (CD27+IgM-IgD-) and immature B memory cells (CD27+IgM+ or CD27+IgD+). Statistical analysis was performed by the ANOVA test; significant P-values were determined by means of Bonferonis correction. RESULTS: there is no statistically significant difference between the average ages and the gender of patients between the groups. the distribution of the sample values seem to indicating that, there is no statistically significant difference in the CD19 levels between the groups. patients with AID represent greater values of CD27 IgM+ and CD27+ IgD+ than patients without AID, independent of the group studied. CONCLUSIONS: These results suggest that the persistence of immature memory B cells in patients with IgAD and CVID can be related to autoimmune diseases. We speculate if the persistence of immature B cells can constitute risk factor to progression of IgAD for CVID.
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Aspectos clínico-laboratoriais na evolução de pacientes com deficiência de imunoglobulina A diagnosticados na infância e de seus familiares / Clinical and laboratorial features from patients with IgA deficiency diagnosed in childhood and from their relativesKristine Fahl 24 June 2008 (has links)
A deficiência de imunoglobulina A (DIgA) é a imunodeficiência primária mais comum com prevalência de 1: 223 a 1:1000 em estudos epidemiológcos, sendo menos freqüente em populações asiáticas. As manifestações clínicas variam desde indivíduos assintomáticos até aqueles com manifestações atópicas, auto-imunes ou infecciosas. Entre estas últimas destacam-se os acometimentos dos tratos respiratório e digestório. Associação com outras imunodeficiências primárias tem sido reportada, em especial a imunodeficiência comum variável e a deficiência de subclasses de imunoglobulina G. Os objetivos deste estudo foram a avaliação dos pacientes com DIgA, diagnosticados na infância, após a segunda década da vida e a avaliação diagnóstica de seus familiares quanto aos aspectos clínicos e laboratoriais. A metodologia utilizou, para o diagnóstico de DIgA, o critério adotado pelo ESID/PAGID (1999). Foi realizada a avaliação das concentrações de imunoglobulina A(IgA) e imunoglobulina M (IgM), na saliva e a pesquisa de auto-anticorpos séricos (Anti-tireóide, FR,FAN) nos pacientes e familiares com DIgA. Realizou-se uma curva de distribuição de IgM salivar em indivíduos normais para comparação com os pacientes DIgA. Os resultados mostraram a avaliação dos 34 pacientes (19 do sexo feminino) com deficiência de imunoglobulina A (DIgA) com idade superior a 10 anos (variação: 10 à 52 anos), sendo 27 deles diagnosticados na infância e 7 familiares dos 62, que responderam à convocação. Considerando-se todos os indivíduos com DIgA, processos infecciosos (de repetição ou graves) ocorreram em 91,2%, manifestações atópicas em 58,8% e auto-imunidade em 52,9%. Manifestações clínicas de auto-imunidade foram observadas em 14/18 indivíduos, sendo que sete foram diagnosticados após 10 anos de idade, por ocasião da realização da pesquisa. Auto-anticorpos foram observados em 10 pacientes, sendo quatro pacientes assintomáticos. Fator reumatóide não foi detectado nesta casuística. Tireoidopatias (seis casos) e artropatias (quatro casos) foram as manifestações clínicas auto-imunes mais observadas. As concentrações de IgM salivar mostraramse elevadas em todos, exceto cinco casos. A comparação dessas concentrações nos grupos com e sem auto-imunidade não mostrou diferença significante (p= 0,48). As conclusões desta pesquisa mostraram os processos infecciosos como as manifestações clínicas mais freqüentes nos pacientes com DIgA, observando-se, porém, uma relevante presença de auto-imunidade nestes pacientes quando reavaliados após a segunda década de vida. Este fato alerta para a necessidade de avaliação rotineira de fenômenos auto- imunes nestes pacientes, durante seguimento. As concentrações de IgM salivar foram semelhantes em pacientes com DIgA com e sem auto-imunidade. Auto-anticorpos foram detectados independentemente da presença de sintomatologia clínica, sendo os mais encontrados aqueles relacionados à tireóide. Os familiares de primeiro grau dos pacientes com DIgA devem ser avaliados, tanto para diagnóstico de imunodeficiências como para detecção de fenômenos auto-imunes, permitindo assim o diagnóstico e abordagens precoces de ambas condições. / IgA deficiency (IgAD) is the most frequent primary immunodeficiency. Its prevalence varies from 1:223 to 1:1000 in epidemiological studies, but in asiatic populations it is uncommon. The clinical manifestations of IgAD are spectral, ranging from asymptomatic patients to recurrent infections, allergic symptoms and/or autoimmunity conditions. The most common infections frequently associated to IgAD involve respiratory and gastrointestinal tracts. The association with other primary immunodeficiency such as common variable immunodeficiency and immunoglobulin G subclasses deficiency has been reported. The aim of this study is to describe clinical and laboratorial evolution regarding autoimmune manifestations in IgAD patients diagnosed during the first years of life and after the second decade and their relatives diagnosed during this study. Laboratorial data included immunoglobulins A and M levels in saliva and auto-antibody screening in immunoglobulin A deficient relatives and patient. The criterion adopted for IgAD diagnosis was defined by Pan-American Group for Immunodeficiency and European Society for Immunodeficiency. The results showed 34 (19 female) immunoglobulin A deficient patients (IgAD) over 10 years of age (range: 10-52 years), 27 of them diagnosed during their childhood, and seven adults detected among 62 screened relatives. Recurrent infections were diagnosed in 91.2% of cases, atopic manifestations in 58.8% and autoimmune clinical manifestation in 52.9%. Autoimmune clinical manifestations were observed in 14 of our 18 IgA deficient patients and relatives with autoimmunity phenomena and seven of them diagnosed only over 10 years old during the study. Auto-antibodies were observed in (10/18) of patients and relatives, with four of them (asymptomatic) showing only the presence of auto-antibodies. Thyroid and osteo-articular involvement (six and four cases, respectively) were the most frequent clinical autoimmune manifestations. The rheumatoid factor was not detected in this casuistic. Auto-antibodies had no statistical difference among patients with or without autoimmunity phenomena. High salivary IgM concentrations were detected in all IgA deficient patients and relatives, except five cases. The comparison of these concentrations in the groups with and without autoimmunity did not show significant difference (p=.0, 48). In conclusion, recurrent infections were the most frequent clinical manifestations of IgA deficient patients and also autoimmune diseases, after the second decade of life. This fact at this series reinforced the necessity of active search for autoimmune conditions diagnosis in these patients. IgM levels showed no statistical difference among IgA deficient patients and relatives with or without autoimmunity. Auto-antibodies, mainly anti-thyroid antibodies, were detected in patients independently of autoimmunity clinical manifestation presence. This study showed the importance of the first degree relatives of IgA deficient patients evaluation, focusing as immunodeficiency as autoimmune disease, permiting an earlier diagnosis of both conditions and an adequate approach to optimize the clinical management and improvement of quality of life of IgAD patients.
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Caracterização imunofenotípica de linfócitos B de memória em pacientes com deficiência de IgA e imunodeficiência comum variável / Immunophenotypical characterization of memory B lymphocytes in patients with IgA deficiency and common variable immunodeficiencyJosé de Jesus Rivas Avalos 25 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A deficiência de IgA (DIgA) é a imunodeficiência primária mais comum e caracteriza-se pela presença de concentrações de IgA sérica abaixo de 7 mg/dL e níveis normais de IgM e IgG. A maioria dos indivíduos acometidos não apresenta doença aparente embora alguns possam apresentar infecções recorrentes ou crônicas de mucosas, atopia e/ou doenças autoimunes (DAIs). Presumivelmente, a doença resulta de um defeito na troca de isótipo para IgA ou de falha na maturação de linfócitos produtores de IgA. A imunodeficiência comum variável (ICV) constitui uma deficiência primária de anticorpos caracterizada por níveis séricos baixos de IgG, IgA e/ou IgM, ao lado de valores normais ou diminuídos de linfócitos B e/ou T, levando a infecções crônicas ou recorrentes principalmente dos tratos respiratório e gastrintestinal. Embora a fisiopatologia da ICV ainda não esteja esclarecida, em muitos pacientes ela pode ser decorrente de algum defeito intrínseco de linfócitos B. De modo especial, as células B de memória (CD27+) têm sido correlacionadas com alguns aspectos clínicos da doença. Números elevados de células B de memória com persistência de IgM (CD27+IgM+) parecem estar correlacionados com a presença de infecções, enquanto valores diminuídos de células B de memória clássicas ou class-switched (CD27+IgG-IgM-) parecem estar associados a baixos níveis de IgG e presença de autoimunidade. A progressão de DIgA para ICV tem sido descrita em alguns pacientes embora não constitua regra geral. Uma hipótese é a de que uma base genética comum e a associação com DAIs possam constituir fatores de risco para a progressão de DIgA para ICV. Há relato anterior de que a persistência de células B imaturas IgM+ IgD+ em alguns pacientes com DIgA estava associada à progressão para ICV. Adicionalmente, há evidências de que a diminuição de células B de memória em uma proporção de pacientes com ICV esteja associada à presença de autoimunidade. OBJETIVOS: comparar em pacientes com DIgA e ICV várias subpopulações de células B e analisar a relação entre estas populações celulares e a presença de DAIs em ambos grupos. MÉTODO: Este estudo incluiu 56 pacientes adultos de ambos sexos com DIgA e ICV, distribuídos em grupos de acordo com a associação com DAI: grupo DIgA sem DAI (14 pacientes), grupo DIgA com DAI (14 pacientes), grupo ICV sem DAI (14 pacientes) e grupo ICV com DAI (14 pacientes). As seguintes subpopulações de células B foram determinadas por citometria de fluxo de quatro-cores: células B naive (CD19+IgM+), células B de memória clássicas ou class-switched (CD27+IgM-IgD-) e células B de memória imaturas (CD27+IgM+ or CD27+IgD+). Na análise estatística foi aplicado o teste de ANOVA; valores significativos foram determinados pela correção de Bonferoni. RESULTADOS: os grupos analisados foram homogêneos quanto à idade e distribuição de gêneros. Os valores de linfócitos totais e de células B naive foram similares nos quatro grupos estudados. Os pacientes com deficiência de IgA e ICV com DAIs associadas apresentaram valores igualmente aumentados de células B de memória imaturas CD27+IgM+ e CD27+IgD+ quando comparados a pacientes sem doenças autoimunes. CONCLUSÕES: estes resultados sugerem que a persistência de células B de memória imaturas possa estar relacionada à presença de autoimunidade em pacientes com DIgA e ICV. Especula-se se a persistência destas células em pacientes com DIgA e DAI associada possa constituir fator preditivo da progressão de DIgA para ICV. / INTRODUCTION: IgA deficiency (IgAD) is the most common primary immunodeficiency disorder and is characterized by serum IgA concentration below 7 mg/dL and normal serum IgM and IgG levels. Most of the affected individuals have no apparent disease, whereas selected patients suffer from recurrent or chronic mucosal infections, atopy and/or autoimmune diseases (AIDs). This defect is presumed to result from impaired class-switching to IgA or from maturational failure of IgA-producing lymphocytes. Common variable immunodeficiency (CVID) is a primary antibody deficiency disease characterized by low serum levels of IgG, IgA and/or IgM, and normal or decreased B and/or T cell numbers, leading to chronic or recurrent infections, noted mostly in the respiratory and gastrointestinal tract. While the pathophysiology of CVID remains elusive, in many patients it may be due to an intrinsic B cell defect. Memory B cells (CD27+) in particular, have been noted to correlate with certain clinical aspects of the disease. High numbers of IgM+ memory B cells (CD27+IgM+) appear to correlate with the presence of infections, whereas decreased numbers of classic (class-switched) memory B cells (CD27+IgG-IgM- ) correlate with lower serum IgG levels and increased rates of autoimmune features. Progression from IgAD to common variable immunodeficiency (CVID) has been reported in some patients, but is not a general rule. It is postulated that a common genetic base and association with AIDs could be risk factors for progression from IgAD to CVID. OBJECTIVES: The aim of this study was to compare B cell subpopulations of patients with IgAD and with CVID, and to assess the relationship between these populations and the presence of autoimmune diseases in both group of patients: . METHOD: The study included 56 adult patients of both genders with IgAD or CVID. Patients were grouped, according to the association with autoimmune disease,as follows: group IgAD with AID (14 patients), group IgAD without AID (14 patients), group CVID with AID (14 patients) and group CVID without AID (14 patients). We determined by immunophenotyping of lymphocytes by four-colour cytometry the following subpopulations of B cells: naïve B cells (CD19+IgM+), class-switched memory B cells (CD27+IgM-IgD-) and immature B memory cells (CD27+IgM+ or CD27+IgD+). Statistical analysis was performed by the ANOVA test; significant P-values were determined by means of Bonferonis correction. RESULTS: there is no statistically significant difference between the average ages and the gender of patients between the groups. the distribution of the sample values seem to indicating that, there is no statistically significant difference in the CD19 levels between the groups. patients with AID represent greater values of CD27 IgM+ and CD27+ IgD+ than patients without AID, independent of the group studied. CONCLUSIONS: These results suggest that the persistence of immature memory B cells in patients with IgAD and CVID can be related to autoimmune diseases. We speculate if the persistence of immature B cells can constitute risk factor to progression of IgAD for CVID.
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Aterosclerose na artrite reumatóide e sua associação com auto-imunidade humoral / Atherosclerosis in rheumatoid arthritis and its relationship with humoral autoimmunityPereira, Ivânio Alves 28 February 2007 (has links)
Objetivos: Muitas questões permanecem sobre as causas da aterosclerose acelerada nos pacientes com doenças inflamatórias sistêmicas como a artrite reumatóide (AR). Estudos na população geral sugeriram que além da inflamação existe uma participação patogênica da auto-imunidade na aterosclerose e discutem a possível associação dos anticorpos contra fosfolípides e proteínas de choque térmico (Hsp). O objetivo deste estudo foi investigar a presença de anticorpos contra fosfolípides, beta2-glicoproteína 1 (beta2-gp1), lipoproteína lipase (LPL) e Hsp em pacientes com AR e avaliar a associação entre estes anticorpos com a presença de aterosclerose subclínica de carótidas. Métodos: Anticorpos contra cardiolipina (aCL) IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA , Hsp 60 e Hsp 65 foram testados por ELISA em um grupo de 71 pacientes com AR comparado com 53 indívíduos controles não portadores de AR, de idade e sexo similar. Foram excluídos os pacientes com HAS, diabetes melitos e os fumantes em ambos os grupos. Níveis de lipoproteínas, parâmetros clínicos da AR, questionário de avaliação de saúde (HAQ), escore de atividade da doença (DAS) 28, velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR) foram avaliadas. A associação entre a presença dos anticorpos aCL, beta2-gp1, Hsp 60 e Hsp 65 com os parâmetros clínicos de atividade da doença, com a presença das placas de aterosclerose e com a medida da espessura íntimomedial (IMT) da carótida comum, usando ultra-som (US) modo B de alta resolução foram pesquisadas. Resultados: A idade média no grupo com AR foi 48,93 ± 12,31 vs. 45,37 ± 9,37 no grupo controle saudável (p = 0,20); 90,1% no grupo com AR eram do sexo feminino vs. 86,8% no grupo controle (p = 0,56); índice de massa corporal (IMC) foi 25,72 ± 4,57kg/m² no grupo com AR vs. 26,40 ± 4,52kg/m² no grupo controle (p = 0, 69); Os níveis de colesterol, LDL, triglicerídeos e a relação CT/HDL não foram diferentes quando comparamos os 2 grupos (p > 0,05). O nível de HDL foi maior no grupo com AR vs. grupo controle com 60,56 ± 14,40mg/dl e 54,52 ± 11,55 respectivamente (p = 0,05). A média da medida da IMT foi 0,721 ± 0,16 mm na AR e 0,667 ± 0,14mm no grupo controle, e a IMT dos pacientes com AR foi maior naqueles com idade acima dos 50 anos (P < 0,001). No grupo com AR, 14,1% dos pacientes tinham placas nas carótidas vs. 1,9% dos indivíduos saudáveis (p = 0,02) e no grupo com AR, as placas foram mais frequentes nos pacientes acima dos 50 anos (p = 0,004). No grupo AR, 5,6% tinham anticorpos aCL IgG vs. 3,8% no grupo controle (p > 0,05); 14,1% apresentavam aCL IgM vs. 7,5% (p > 0,05); 43,7% tinham anti-beta2-gp1 IgA vs. 40,8% no grupo controle (p > 0,05). A prevalência de anti-beta2-gp1 IgG e IgM e anti-LPL não foi diferente entre os pacientes com AR e o grupo controle ( p > 0,05). A presença dos anticorpos anti-Hsp 60 e 65 na AR e no grupo controle não foram diferentes (p > 0,05), mas os títulos de anticorpos contra Hsp 65 e beta2-gp1 IgM foram maiores no grupo com AR ( p = 0,007 e p = 0,03 respectivamente). Nós não encontramos associação entre a presença e os títulos dos anticorpos aCL IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA, LPL e Hsp 60 e 65 com a presença de placas nas carótidas ou com a medida da IMT (p > 0,05). Discussão: Este estudo confirma achados anteriores da maior prevalência de aterosclerose carotídea nos pacientes com AR e sua correlação com idade, colesterol e LDL. Embora tenha se encontrado uma tendência a maior presença de anticorpos nos pacientes com AR, não houve relação entre a presença da aterosclerose mais prevalente nos pacientes com AR, com a auto-imunidade dirigida contra cardiolipina, beta2-gp1 ou Hsp. / Purpose: Many questions remain unanswered about the causes of accelerated atherosclerosis in patients with inflammatory systemic diseases such as rheumatoid arthritis (RA). Some studies have suggested the role of autoimmunity besides inflammation in the pathogenesis of atherosclerosis in general population and have also discussed the possible association with antibodies directed to phospholipids and heat shock proteins (Hsp). The aim of this study was to investigate the presence of antibodies against phospholipids, beta2-glycoprotein1 (beta2-gp1), lipoprotein lipase (LPL) and Hsp in RA subjects and evaluate the association between these antibodies with the presence of subclinical carotid atherosclerosis. Methods: Tests to antibodies against cardiolipin (aCL) IgG and IgM, beta2-gp1 IgG, IgM and IgA ,Hsp 60 and Hsp 65 were done by ELISA test in a group of 71 RA subjects compared with 53 age and sex-matched non-RA subjects. Smoking, diabetic and hypertensive patients were excluded in both groups. The lipoprotein levels, clinical parameters of RA, Health Assessment Questionnaire (HAQ), Disease Activity Score (DAS) 28, Erythrocyte Sedimentation Rate (ESR) and C-Reactive Protein (CRP) were evaluated. The association between the presence of antibodies against cardiolipin, beta2-gp1 and Hsp 60 and 65 with the clinical parameters of disease activity in RA, and with the presence of plaques and mean intimo-medial thickness (IMT) of common carotid using high-resolution B-mode ultrasound were assessed. Results: Mean age in RA group was 48.93 ± 12.31 vs. 45.37 ± 9.37 in healthy control group (p = 0.20); 90.1% were women in RA group vs. 86.8% in healthy control (p = 0.56); body mass index (BMI) were 25.72 ± 4.57 in RA group vs. 26.40 ± 4.52 in healthy control (p = 0.69). The levels of cholesterol, LDL, triglycerides, CT/HDL didn t have difference between the two groups (p > 0.05). The HDL was higher in RA group vs. control group with 60.56 ± 14.40mg/dl and 54.52 ± 11.55 respectively (p = 0.05). The mean IMT was 0.721 ± 0.16mm in RA and 0.667 ± 0.14mm in control group, and the IMT was higher in patients older than 50 years among RA subjects (p < 0.001). In RA subjects, 14.1% had carotid plaques vs. 1.9% in healthy controls (p = 0.02). In RA group, the carotid plaques were more frequent in patients older than 50 years (p = 0.004). In RA group, 5.6% had antibodies against cardiolipin IgG vs. 3.8% in control group (p > 0.05); 14.1% in RA group had anti-cardiolipin IgM vs. 7.5% (p > 0.05); 43.7% had anti-beta2-gp1 IgA vs 40.8% in control group (p > 0.05). The presence of anti-beta2-gp1 IgG and IgM, and anti-LPL didn t have significant difference between the groups (p > 0.05). The prevalence of antibodies to Hsp 60 and Hsp 65 were similar in RA and in control group (p > 0.05), but the titers of antibodies against Hsp 65 and beta2-gp1 IgM were higher in RA group (p = 0.007 and p = 0.03 respectively). We didn t find relationship between antibodies against cardiolipin IgG and IgM, or beta2-gp1 IgG, IgM and IgA, LPL, Hsp 60 and 65 with mean IMT or plaque carotid (p > 0.05). Discussion: This study confirms the great prevalence of carotid atherosclerosis in RA subjects and its correlation with age, cholesterol and LDL. Although it was found a tendency to have more autoantibodies in RA subjects, there weren t any link between atherosclerosis in RA with autoimmunity against cardiolipin, beta2-gp 1, LPL or Hsp.
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Estudo da região promotora do gene da interleucina (IL-21) e do poliformismo do gene tirosina fosfatase, tipo não receptor 22 (PTPN22): associação com auto-anticorpos em pacientes portadores de diabetes mellitos tipo 1A / Allelic variant in IL21 promoter region, C1858T PTPN22 frequency and autoantibodies in Brazilian type 1A diabetes patientsNovo, Debora Teixeira de Oliveira Mainardi 11 August 2011 (has links)
As citocinas têm papel importante como mediadores através das respostas imunológicas. A Interleucina-21, importante regulador dos linfócitos T e B, é produzida por linfócitos CD4 ativados, e está implicada na patogênese do diabetes autoimune em modelo animal, o NOD. A região promotora da IL-21, que contempla sítios de controle da expressão gênica em camundongos, o NFATc2, T-bet e c-MAF, foi estudada pela primeira vez em humanos portadores de diabetes tipo 1A, neste trabalho. Foi analisado também a freqüência do polimorfismo C1858T do gene PTPN22, que tem sido associado em estudos recentes como fator de risco importante para diabetes tipo1A e outras doenças autoimunes. Associou-se ainda, autoanticorpos pancreáticos e não-pancreáticos em diabéticos e grupo controle normal, e estes resultados foram analisados com ambos os genes. Foram estudados 612 DM1A e 792 indivíduos do grupo controle. Após extração de DNA genômico, a região 5proximal da região promotora do gene da Il-21, -448+83pb, foi seqüenciada em 309 brasileiros diabéticos tipo 1A e 189 indivíduos do grupo controle. A genotipagem do polimorfismo C1858T do gene PTPN22, por RFLP, foi realizada em 434 diabéticos e 689 controles, bem como os alelos HLA-DRB1. Foi encontrada uma variação alélica, em heterozigoze, na posição g.-241 T>A, em apenas uma paciente, que apresentou idade de diagnóstico aos 30 anos de idade. Esta variante alélica não foi encontrada nos 497 indivíduos (308 DM1A e 189 grupo controle). A freqüência dos alelos polimórficos (CT/TT) foi maior nos diabéticos (18.7%) que no grupo controle (10.6%), OR 1,94 e p<0,001. O polimorfismo C1858T do gene PTPN22 associou-se à maior freqüência dos autoanticorpos pancreático anti-GAD65 (p=0,002) e não-pancreático anti-TG (p=0,001), quando avaliados os dois grupos juntos, DM1A e grupo controle. Os diabéticos apresentaram maior freüência dos autoanticorpos como segue: autoanticorpos pancreáticos: anti-GAD65: 225 /482 (46.7%) vs 13/786 (1.7%), p<0.001; anti-IA2 : 204/469 (43.5%) vs 15/786 (1.9%), p<0.001. Autoanticorpos não-pancreáticos: FAN: 60/234 (25.6%) vs 13/239 (5.4%), p<0.001; anti-TPO: 64/279 (22.9%) vs 34/495 (6.9%), p<0.001; anti-TG : 65/278 (23.4%) vs 44/489 (9%), p<0.001; TRAb: 14/187 (7.5%) vs 1/327 (0.3%), p<0.001; anti-21-OH : 8/154 (5,2%) vs 1/160 (0,6%), p< 0,001. Os autoanticorpos a seguir foram realizados apenas nos pacientes diabéticos: anti-tTG 5/73% (6.8%), anti-Endom 10/176 (5.7%). Com exceção do anti-GAD65 e anti-TG, nenhum outro autoanticorpo associou-se ao polimorfismo do gene PTPN22. Os alelos HLA-DR3/DR$ predominaram nos diabéticos (p<0,001). Concluimos então que o polimorfismo C1858T do gene PTPN22 e os alelos HLA-DR3/DR4 estão associados ao risco de DM1A. Variantes alélicas na região 5 proximal do gene da IL-21 parece não ser predisponente à suscetibilidade ao DM1A e outras doenças autoimunes. Autoanticorpos órgão-específicos são mais freqüentes em diabéticos, principalmente nas glândulas adrenal e tireóide. O polimorfismo C1858T do gene PTPN22 está associado à maior freqüência dos autoanticorpos anti-GAD65 e antitireoglobulina / Objective: Cytokines are central mediators of inflammation through innate and adaptive immune responses. IL-21, a critical regulator of T and B cell function, is produced by various subsets of CD4+ T cells, and it has been implicated in the pathogenesis of non obese diabetes mouse. The proximal promoter of IL-21, which controls its Th-cell-subset-specific expression through the action of NFATc2, T-bet and c-MAF in animal models, was evaluated in type 1A diabetes (T1AD) patients for the first time. This study also analyzed the 1858T PTPN22 polymorphism, which has recently emerged as an important risk factor for T1AD and other autoimmune diseases. Moreover, islet and other organ-specific autoantibodies were quantified in T1AD patients and healthy controls and the results were correlated with both genes. Research design and methods: The case series comprised 612 T1AD patients and 792 healthy control (HC) individuals. Genomic DNA extraction was performed by salting-out in purified blood leukocytes. The region encompassing -448+83 bp of IL-21 gene was amplified and sequenced using genomic DNA from 309 Brazilian T1AD patients and 189 control individuals. RFLP genotyping of C1858T PTPN22 was performed in 689 controls and 434 T1D patients. HLA DR3/DR4 alleles were also evaluated. Results: A heterozygous allelic variant (g.-241 T>A) was found in only one patient, who was 30 years old at the onset of disease. This allelic variant was not found in 497 individuals (308 T1AD patients and 189 healthy controls). The PTPN22 1858T allele frequency was greater in patients (18.7%) than in controls (10.6%): odds ratio of 1.94; p<0.001. An association was found between C1858T polymorphism and higher frequency of GAD65 Ab (p=0.002) and TG Ab (p=0.011), among both T1AD and HC. Type 1 diabetes patients presented higher frequency of the following autoantibodies, compared with HC (p<0.001): GAD65 Ab (46.7% vs 1.7%); IA2 Ab (43.5% vs 1.9%); ANA (25.6% vs 5.4%); TPO Ab (22.9% vs 6.9%); TG Ab (23.4% vs 9.0%); TRAb (7.5% vs 0.3%); 21-OH Ab (5,2% vs 0,6%). The following antibodies were evaluated only in T1AD: tTG Ab (6.8%) anti-Endom (5.7%). Except by GAD65 Ab and TG Ab, no association was found between C1858T polymorphism and these autoantibodies.HLA-DR3/DR4 alleles predominated in T1D patients (p<0.001) Conclusions: C1858T PTPN22 polymorphism and the HLA-DR3 and/or DR4 alleles were associated with proneness to T1AD. Allelic variants at the 5\' proximal region of the IL-21 gene do not seem to predispose to susceptibility to T1AD and other autoimmune endocrine diseases. Autoantibodies specific to other organs and tissues are frequent in T1AD carriers, mainly to the thyroid glands. The 1858T PTPN22 polymorphism was associated with higher frequency of GAD65A and TGA.
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Aterosclerose na artrite reumatóide e sua associação com auto-imunidade humoral / Atherosclerosis in rheumatoid arthritis and its relationship with humoral autoimmunityIvânio Alves Pereira 28 February 2007 (has links)
Objetivos: Muitas questões permanecem sobre as causas da aterosclerose acelerada nos pacientes com doenças inflamatórias sistêmicas como a artrite reumatóide (AR). Estudos na população geral sugeriram que além da inflamação existe uma participação patogênica da auto-imunidade na aterosclerose e discutem a possível associação dos anticorpos contra fosfolípides e proteínas de choque térmico (Hsp). O objetivo deste estudo foi investigar a presença de anticorpos contra fosfolípides, beta2-glicoproteína 1 (beta2-gp1), lipoproteína lipase (LPL) e Hsp em pacientes com AR e avaliar a associação entre estes anticorpos com a presença de aterosclerose subclínica de carótidas. Métodos: Anticorpos contra cardiolipina (aCL) IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA , Hsp 60 e Hsp 65 foram testados por ELISA em um grupo de 71 pacientes com AR comparado com 53 indívíduos controles não portadores de AR, de idade e sexo similar. Foram excluídos os pacientes com HAS, diabetes melitos e os fumantes em ambos os grupos. Níveis de lipoproteínas, parâmetros clínicos da AR, questionário de avaliação de saúde (HAQ), escore de atividade da doença (DAS) 28, velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR) foram avaliadas. A associação entre a presença dos anticorpos aCL, beta2-gp1, Hsp 60 e Hsp 65 com os parâmetros clínicos de atividade da doença, com a presença das placas de aterosclerose e com a medida da espessura íntimomedial (IMT) da carótida comum, usando ultra-som (US) modo B de alta resolução foram pesquisadas. Resultados: A idade média no grupo com AR foi 48,93 ± 12,31 vs. 45,37 ± 9,37 no grupo controle saudável (p = 0,20); 90,1% no grupo com AR eram do sexo feminino vs. 86,8% no grupo controle (p = 0,56); índice de massa corporal (IMC) foi 25,72 ± 4,57kg/m² no grupo com AR vs. 26,40 ± 4,52kg/m² no grupo controle (p = 0, 69); Os níveis de colesterol, LDL, triglicerídeos e a relação CT/HDL não foram diferentes quando comparamos os 2 grupos (p > 0,05). O nível de HDL foi maior no grupo com AR vs. grupo controle com 60,56 ± 14,40mg/dl e 54,52 ± 11,55 respectivamente (p = 0,05). A média da medida da IMT foi 0,721 ± 0,16 mm na AR e 0,667 ± 0,14mm no grupo controle, e a IMT dos pacientes com AR foi maior naqueles com idade acima dos 50 anos (P < 0,001). No grupo com AR, 14,1% dos pacientes tinham placas nas carótidas vs. 1,9% dos indivíduos saudáveis (p = 0,02) e no grupo com AR, as placas foram mais frequentes nos pacientes acima dos 50 anos (p = 0,004). No grupo AR, 5,6% tinham anticorpos aCL IgG vs. 3,8% no grupo controle (p > 0,05); 14,1% apresentavam aCL IgM vs. 7,5% (p > 0,05); 43,7% tinham anti-beta2-gp1 IgA vs. 40,8% no grupo controle (p > 0,05). A prevalência de anti-beta2-gp1 IgG e IgM e anti-LPL não foi diferente entre os pacientes com AR e o grupo controle ( p > 0,05). A presença dos anticorpos anti-Hsp 60 e 65 na AR e no grupo controle não foram diferentes (p > 0,05), mas os títulos de anticorpos contra Hsp 65 e beta2-gp1 IgM foram maiores no grupo com AR ( p = 0,007 e p = 0,03 respectivamente). Nós não encontramos associação entre a presença e os títulos dos anticorpos aCL IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA, LPL e Hsp 60 e 65 com a presença de placas nas carótidas ou com a medida da IMT (p > 0,05). Discussão: Este estudo confirma achados anteriores da maior prevalência de aterosclerose carotídea nos pacientes com AR e sua correlação com idade, colesterol e LDL. Embora tenha se encontrado uma tendência a maior presença de anticorpos nos pacientes com AR, não houve relação entre a presença da aterosclerose mais prevalente nos pacientes com AR, com a auto-imunidade dirigida contra cardiolipina, beta2-gp1 ou Hsp. / Purpose: Many questions remain unanswered about the causes of accelerated atherosclerosis in patients with inflammatory systemic diseases such as rheumatoid arthritis (RA). Some studies have suggested the role of autoimmunity besides inflammation in the pathogenesis of atherosclerosis in general population and have also discussed the possible association with antibodies directed to phospholipids and heat shock proteins (Hsp). The aim of this study was to investigate the presence of antibodies against phospholipids, beta2-glycoprotein1 (beta2-gp1), lipoprotein lipase (LPL) and Hsp in RA subjects and evaluate the association between these antibodies with the presence of subclinical carotid atherosclerosis. Methods: Tests to antibodies against cardiolipin (aCL) IgG and IgM, beta2-gp1 IgG, IgM and IgA ,Hsp 60 and Hsp 65 were done by ELISA test in a group of 71 RA subjects compared with 53 age and sex-matched non-RA subjects. Smoking, diabetic and hypertensive patients were excluded in both groups. The lipoprotein levels, clinical parameters of RA, Health Assessment Questionnaire (HAQ), Disease Activity Score (DAS) 28, Erythrocyte Sedimentation Rate (ESR) and C-Reactive Protein (CRP) were evaluated. The association between the presence of antibodies against cardiolipin, beta2-gp1 and Hsp 60 and 65 with the clinical parameters of disease activity in RA, and with the presence of plaques and mean intimo-medial thickness (IMT) of common carotid using high-resolution B-mode ultrasound were assessed. Results: Mean age in RA group was 48.93 ± 12.31 vs. 45.37 ± 9.37 in healthy control group (p = 0.20); 90.1% were women in RA group vs. 86.8% in healthy control (p = 0.56); body mass index (BMI) were 25.72 ± 4.57 in RA group vs. 26.40 ± 4.52 in healthy control (p = 0.69). The levels of cholesterol, LDL, triglycerides, CT/HDL didn t have difference between the two groups (p > 0.05). The HDL was higher in RA group vs. control group with 60.56 ± 14.40mg/dl and 54.52 ± 11.55 respectively (p = 0.05). The mean IMT was 0.721 ± 0.16mm in RA and 0.667 ± 0.14mm in control group, and the IMT was higher in patients older than 50 years among RA subjects (p < 0.001). In RA subjects, 14.1% had carotid plaques vs. 1.9% in healthy controls (p = 0.02). In RA group, the carotid plaques were more frequent in patients older than 50 years (p = 0.004). In RA group, 5.6% had antibodies against cardiolipin IgG vs. 3.8% in control group (p > 0.05); 14.1% in RA group had anti-cardiolipin IgM vs. 7.5% (p > 0.05); 43.7% had anti-beta2-gp1 IgA vs 40.8% in control group (p > 0.05). The presence of anti-beta2-gp1 IgG and IgM, and anti-LPL didn t have significant difference between the groups (p > 0.05). The prevalence of antibodies to Hsp 60 and Hsp 65 were similar in RA and in control group (p > 0.05), but the titers of antibodies against Hsp 65 and beta2-gp1 IgM were higher in RA group (p = 0.007 and p = 0.03 respectively). We didn t find relationship between antibodies against cardiolipin IgG and IgM, or beta2-gp1 IgG, IgM and IgA, LPL, Hsp 60 and 65 with mean IMT or plaque carotid (p > 0.05). Discussion: This study confirms the great prevalence of carotid atherosclerosis in RA subjects and its correlation with age, cholesterol and LDL. Although it was found a tendency to have more autoantibodies in RA subjects, there weren t any link between atherosclerosis in RA with autoimmunity against cardiolipin, beta2-gp 1, LPL or Hsp.
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Estudo da região promotora do gene da interleucina (IL-21) e do poliformismo do gene tirosina fosfatase, tipo não receptor 22 (PTPN22): associação com auto-anticorpos em pacientes portadores de diabetes mellitos tipo 1A / Allelic variant in IL21 promoter region, C1858T PTPN22 frequency and autoantibodies in Brazilian type 1A diabetes patientsDebora Teixeira de Oliveira Mainardi Novo 11 August 2011 (has links)
As citocinas têm papel importante como mediadores através das respostas imunológicas. A Interleucina-21, importante regulador dos linfócitos T e B, é produzida por linfócitos CD4 ativados, e está implicada na patogênese do diabetes autoimune em modelo animal, o NOD. A região promotora da IL-21, que contempla sítios de controle da expressão gênica em camundongos, o NFATc2, T-bet e c-MAF, foi estudada pela primeira vez em humanos portadores de diabetes tipo 1A, neste trabalho. Foi analisado também a freqüência do polimorfismo C1858T do gene PTPN22, que tem sido associado em estudos recentes como fator de risco importante para diabetes tipo1A e outras doenças autoimunes. Associou-se ainda, autoanticorpos pancreáticos e não-pancreáticos em diabéticos e grupo controle normal, e estes resultados foram analisados com ambos os genes. Foram estudados 612 DM1A e 792 indivíduos do grupo controle. Após extração de DNA genômico, a região 5proximal da região promotora do gene da Il-21, -448+83pb, foi seqüenciada em 309 brasileiros diabéticos tipo 1A e 189 indivíduos do grupo controle. A genotipagem do polimorfismo C1858T do gene PTPN22, por RFLP, foi realizada em 434 diabéticos e 689 controles, bem como os alelos HLA-DRB1. Foi encontrada uma variação alélica, em heterozigoze, na posição g.-241 T>A, em apenas uma paciente, que apresentou idade de diagnóstico aos 30 anos de idade. Esta variante alélica não foi encontrada nos 497 indivíduos (308 DM1A e 189 grupo controle). A freqüência dos alelos polimórficos (CT/TT) foi maior nos diabéticos (18.7%) que no grupo controle (10.6%), OR 1,94 e p<0,001. O polimorfismo C1858T do gene PTPN22 associou-se à maior freqüência dos autoanticorpos pancreático anti-GAD65 (p=0,002) e não-pancreático anti-TG (p=0,001), quando avaliados os dois grupos juntos, DM1A e grupo controle. Os diabéticos apresentaram maior freüência dos autoanticorpos como segue: autoanticorpos pancreáticos: anti-GAD65: 225 /482 (46.7%) vs 13/786 (1.7%), p<0.001; anti-IA2 : 204/469 (43.5%) vs 15/786 (1.9%), p<0.001. Autoanticorpos não-pancreáticos: FAN: 60/234 (25.6%) vs 13/239 (5.4%), p<0.001; anti-TPO: 64/279 (22.9%) vs 34/495 (6.9%), p<0.001; anti-TG : 65/278 (23.4%) vs 44/489 (9%), p<0.001; TRAb: 14/187 (7.5%) vs 1/327 (0.3%), p<0.001; anti-21-OH : 8/154 (5,2%) vs 1/160 (0,6%), p< 0,001. Os autoanticorpos a seguir foram realizados apenas nos pacientes diabéticos: anti-tTG 5/73% (6.8%), anti-Endom 10/176 (5.7%). Com exceção do anti-GAD65 e anti-TG, nenhum outro autoanticorpo associou-se ao polimorfismo do gene PTPN22. Os alelos HLA-DR3/DR$ predominaram nos diabéticos (p<0,001). Concluimos então que o polimorfismo C1858T do gene PTPN22 e os alelos HLA-DR3/DR4 estão associados ao risco de DM1A. Variantes alélicas na região 5 proximal do gene da IL-21 parece não ser predisponente à suscetibilidade ao DM1A e outras doenças autoimunes. Autoanticorpos órgão-específicos são mais freqüentes em diabéticos, principalmente nas glândulas adrenal e tireóide. O polimorfismo C1858T do gene PTPN22 está associado à maior freqüência dos autoanticorpos anti-GAD65 e antitireoglobulina / Objective: Cytokines are central mediators of inflammation through innate and adaptive immune responses. IL-21, a critical regulator of T and B cell function, is produced by various subsets of CD4+ T cells, and it has been implicated in the pathogenesis of non obese diabetes mouse. The proximal promoter of IL-21, which controls its Th-cell-subset-specific expression through the action of NFATc2, T-bet and c-MAF in animal models, was evaluated in type 1A diabetes (T1AD) patients for the first time. This study also analyzed the 1858T PTPN22 polymorphism, which has recently emerged as an important risk factor for T1AD and other autoimmune diseases. Moreover, islet and other organ-specific autoantibodies were quantified in T1AD patients and healthy controls and the results were correlated with both genes. Research design and methods: The case series comprised 612 T1AD patients and 792 healthy control (HC) individuals. Genomic DNA extraction was performed by salting-out in purified blood leukocytes. The region encompassing -448+83 bp of IL-21 gene was amplified and sequenced using genomic DNA from 309 Brazilian T1AD patients and 189 control individuals. RFLP genotyping of C1858T PTPN22 was performed in 689 controls and 434 T1D patients. HLA DR3/DR4 alleles were also evaluated. Results: A heterozygous allelic variant (g.-241 T>A) was found in only one patient, who was 30 years old at the onset of disease. This allelic variant was not found in 497 individuals (308 T1AD patients and 189 healthy controls). The PTPN22 1858T allele frequency was greater in patients (18.7%) than in controls (10.6%): odds ratio of 1.94; p<0.001. An association was found between C1858T polymorphism and higher frequency of GAD65 Ab (p=0.002) and TG Ab (p=0.011), among both T1AD and HC. Type 1 diabetes patients presented higher frequency of the following autoantibodies, compared with HC (p<0.001): GAD65 Ab (46.7% vs 1.7%); IA2 Ab (43.5% vs 1.9%); ANA (25.6% vs 5.4%); TPO Ab (22.9% vs 6.9%); TG Ab (23.4% vs 9.0%); TRAb (7.5% vs 0.3%); 21-OH Ab (5,2% vs 0,6%). The following antibodies were evaluated only in T1AD: tTG Ab (6.8%) anti-Endom (5.7%). Except by GAD65 Ab and TG Ab, no association was found between C1858T polymorphism and these autoantibodies.HLA-DR3/DR4 alleles predominated in T1D patients (p<0.001) Conclusions: C1858T PTPN22 polymorphism and the HLA-DR3 and/or DR4 alleles were associated with proneness to T1AD. Allelic variants at the 5\' proximal region of the IL-21 gene do not seem to predispose to susceptibility to T1AD and other autoimmune endocrine diseases. Autoantibodies specific to other organs and tissues are frequent in T1AD carriers, mainly to the thyroid glands. The 1858T PTPN22 polymorphism was associated with higher frequency of GAD65A and TGA.
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Avaliação da população de linfócitos CD4+ com potencial regulador em pacientes com Imunodeficiência Comum Variável e Deficiência Seletiva de Imunoglobulina A. / Evaluation of the population of CD4+ lymphocytes in patients with Common Variable Immunodeficiency and Selective Immunoglobulin A Deficiency.Genre, Julieta 31 May 2010 (has links)
A Imunodeficiência Comum Variável (ICV) e a Deficiência Seletiva de Imunoglobulina A (DIgA) são as imunodeficiências primárias humorais de maior freqüência na população mundial. Ambas as doenças são caracterizadas pela ausência ou redução significativa de imunoglobulinas no soro. Embora diversas anormalidades imunológicas tenham sido associadas a estas doenças, nenhuma hipótese unificadora a respeito das bases moleculares das mesmas foi proposta até o presente momento, sendo que o único defeito comum a todos os pacientes é a falha na diferenciação de células B em plasmócitos e conseqüente secreção de anticorpos. Devido à alta incidência de auto-imunidade e alergia em pacientes com ICV e DIgA, no presente trabalho, visamos analisar por citometria de fluxo a população de linfócitos CD4+ com potencial regulador nesses pacientes, para avaliar se possíveis defeitos quantitativos ou funcionais nesta população reguladora poderiam explicar a alta incidência de doenças auto-imunes ou alérgicas associadas a estas imunodeficiências. / Common Variable Immunodeficiency (CVID) and Selective Immunoglobulin A deficiency (IgAD) are the humoral primary immunodeficiencies with the highest incidence in the population. Both diseases are characterized by the absence or significant reduction of serum immunoglobulins. Although several immunological abnormalities have been associated with these diseases, no unifying hypothesis regarding the molecular basis of CVID and IgAD have been proposed to date, and the only defect common to all patients is the failure in differentiation of B cells into plasma cells and consequent secretion of antibodies. Due to the high incidence of autoimmunity and allergy in patients with CVID and IgAD, in the present work we analyzed by flow cytometry the population of CD4+ lymphocytes with regulatory potential in these patients to assess whether possible quantitative or functional defects in this regulatory population could explain the high incidence of autoimmune diseases or allergic reactions associated with these immunodeficiencies.
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"Expressão das proteínas Fas e Bcl-2 em células mononucleares de crianças e adolescentes com lúpus eritematoso sistêmico" / Expression of Fas and Bcl-2 proteins on mononuclear cells from children and adolescents with systemic lupus erythematosusBernadete de Lourdes Liphaus 08 December 2005 (has links)
Para verificar a expressão das proteínas Fas e Bcl-2 em linfócitos e suas correlações com a atividade da doença foram avaliados 38 pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início na infância e 25 controles sem doença autoimune. Observou-se que as porcentagens de linfócitos T CD3+ e CD8+ e linfócitos B que expressavam a proteína Fas e a intensidade média de fluorescência da proteína Bcl-2 nos linfócitos T CD3+, CD4+ e CD8+ dos pacientes com lúpus foram significativamente maiores quando comparadas aos controles. Os pacientes com doença ativa apresentavam porcentagens de linfócitos B que expressavam a proteína Fas significativamente maiores que os pacientes com doença inativa e os controles e houve correlação direta entre estas porcentagens e o SLEDAI (p=0.02, r=0.38) / In order to verify the expression of Fas and Bcl-2 proteins on lymphocytes and their relationship with disease activity 38 patients with juvenile-onset systemic lupus erythematosus and 25 healthy controls were studied. The measurements showed that percentages of lymphocytes T CD3+ and CD8+ and B lymphocytes positively stained for Fas antigen and mean fluorescence intensity of Bcl-2 on CD3+, CD4+ and CD8+ T cells from lupus patients were significantly increased compared to healthy controls. Lupus patients with active disease presented percentages of lymphocytes B positive for Fas antigen significantly higher compared to patients with inactive disease and healthy controls and there was a statistically significant direct correlation between these percentages and SLEDAI score (p=0.02, r=0.38).
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