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Os grupos na atenção básica de saúde de Porto Alegre : usos e modos de intervenção terapêutica

Maffacciolli, Rosana January 2007 (has links)
Trata-se de uma pesquisa sobre uma modalidade assistencial cada vez mais utilizada pelos serviços de atenção básica de saúde, em especial nas Redes de Atenção Básica: as oficinas, os grupos de promoção e educação em saúde e as palestras educativas. Estas constituem atividades assistenciais diferenciadas em relação aos demais atendimentos tradicionais nessa Área. Desse modo, surgem reflexões necessárias para a compreensão da introdução dessas práticas nos serviços. Entre outros aspectos, o objetivo central desta pesquisa é o de conhecer o perfil da assistência prestada nas Unidades que compõem a Rede Básica de Saúde de Porto Alegre, com enfoque nas atividades de grupo. Foram entrevistados profissionais de cada Unidade componente dessa rede e coletados dados referentes à estrutura dos serviços. Abordaram-se 116 profissionais, de um total de 124 serviços de saúde, sendo que, 96 destes desenvolviam atividades de grupos, no período em que os dados foram coletados. Constatou-se que, em grande parte dos serviços, todos, ou a maioria dos profissionais de diferentes Áreas da Saúde e níveis de formação, coordenavam e/ou participavam dessas atividades. As demandas atendidas nessa modalidade compreendem, principalmente, usuários portadores de doenças crônicas (hipertensão e diabetes) e gestantes. A ocasião em que acontecem essas atividades favorece ao usuário obter acesso a outros tipos de atendimento. Dessa forma, mais de 50% das Unidades realizam verificação de sinais vitais, hemoglicotestes, verificação de peso e altura, e, em menor proporção, distribuição de medicação. Conclui-se que, essas práticas são de uso crescente e representam parcela significativa dos atendimentos nos serviços básicos de saúde de Porto Alegre. Assim, elas fazem parte da rotina de atendimentos sistemáticos e atuam de maneira a vincular progressivamente os usuários à prática assistencial e à unidade, na medida em que eles têm a vantagem de usufruir múltiplos atendimentos. Além disso, evidenciou-se que as atividades de grupo têm relevância terapêutica por favorecerem a troca de informações, o aprendizado, esclarecimentos sobre aspectos relacionados à saúde e doenças e estimulam a participação “negociada” da população no que se refere às práticas terapêuticas e às suas próprias condições de vida e saúde. São, portanto, práticas inclusivas capazes de vincular os usuários aos serviços e de reformular, ainda que pontualmente, o modelo assistencial vigente. Essas reflexões apontam para a necessidade de compreender essas práticas na sua dimensão de qualificação da assistência coletiva e na dimensão estratégica de compensação de atendimento às crescentes demandas de saúde. / It is a research about an assistential modality which has been more and more used by the services of basic health attention, especially in Basic Attention Networks. Some workshops, groups for promoting education in health as well as educative lectures constitute different assistential activities in relation to the traditional attendance in health. Thus, reflections for a better comprehension about the introduction of such practices in health services emerge as a necessary issue. Among other aspects, the core goal of this research is to explore and know the profile of the service offered in the units which form the Net of Basic Health of Porto Alegre, with emphasis on the activities in groups. Professionals from each unit who make part of this net were interviewed and data concerning the structure of services was collected. 116 professionals of a total of 124 services of health were approached, from those, 96 developed activities in groups in the period in which the data was collected. It was verified that, in most services, every or most part of professionals from different areas of health and different levels of formation coordinate and/or participate in the mentioned activities. People attended in this modality are, mainly, users who have chronic diseases (hypertension and diabetes) and pregnant women. In this way, more than 50% of the units verify vital signs, do hemoglicotests, measure weigh and height, and, in small number, deliver medication. It is concluded that such practices are being used more and more and they represent an important parcel of the attendances done in the basic health services in Porto Alegre. They make part of the routine of systematic attendances and they act in order to progressively entail the users to the assistential practice and to the unit, since they have the advantage of using different services (attendances). Moreover, it was made evident that the activities in group have a therapeutic relevance because they favor the exchange of information, learning, elucidation about aspects related to health and diseases and they stimulate the “negotiated” participation of the population concerning the therapeutic practices and their own conditions of life and health. Therefore, they are inclusive practices which are able of binding the users to the services and of reformulating, even though not completely, the current assistential model. These reflections point to the necessity of comprehending such practices in their dimension of promoting the qualification of collective assistance and in the strategic dimension of compensating the attendance offered to the growing demands of health. / Se trata de una pesquisa sobre una modalidad asistencial cada vez más utilizada por los servicios de atención básica de salud, en especial en las Redes de Atención Básica. Las oficinas, grupos de promociones y educación en salud y las palestras educativas constituyen actividades asistenciales diferenciadas en relación a los demás atendimientos tradicionales en salud. De ese modo, surgen reflexiones necesarias para la comprensión de la introducción de esas prácticas en los servicios. Entre otros aspectos, el objetivo central de esta pesquisa es el de explorar para conocer el perfil de la asistencia prestada en las unidades que componen la Red Básica de Salud de Porto Alegre, con enfoque en las actividades de grupo. Se entrevistó profesionales de cada unidad componente de esta red y fueron colectados datos referentes a estructura de los servicios. Fueron abordados 116 profesionales de un total de 124 servicios de salud, siendo que, 96 de estos desarrollaban actividades de grupos en período en que los datos fueron colectados. Se constató que, en gran parte de los servicios, todos o la mayoría de los profesionales de diferentes áreas de la salud y niveles de formación coordinan y/o participan de esas actividades. Las demandas atendidas en esa modalidad comprenden, principalmente, usuarios portadores de enfermedades crónicas (hipertensión y diabetes) y embarazadas. De esa forma, más de 50% de las unidades realizan verificación de señales vitales, hemoglicotestes, verificación de peso y altura, y, en menor proporción, entrega de medicación. Se concluye que esas prácticas son de uso creciente y representan parcela significativa de los atendimientos en los servicios básicos de salud de Porto Alegre. Además de eso, se evidenció que las actividades de grupo tienen relevancia terapéutica por estar favoreciendo el cambio de información, el aprendizaje, esclarecimientos sobre aspectos relacionados a la salud y enfermedades y estimulan la participación “negociada” de la populación en lo que se refiere a las prácticas terapéuticas y sus propias condiciones de vida y salud. Son, por lo tanto, prácticas inclusivas capaces de vincular los usuarios a los servicios y de reformular, aunque, puntualmente, el modelo asistencial vigente. Esas reflexiones apuntan para la necesidad de comprender esas prácticas en su dimensión de calificación de la asistencia colectiva y en la dimensión estratégica de compensación de atendimiento a las crecientes demandas de salud.
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"Lugares de (não) ver?" : as representações sociais da violência contra a mulher na atenção básica de saúde

Leal, Sandra Maria Cezar January 2010 (has links)
Este estudo aborda as representações sociais da violência contra a mulher (VCM) de profissionais da saúde e usuárias da Atenção Básica de Saúde. O objetivo geral foi conhecer e analisar as representações, considerando os atendimentos nos serviços na região Partenon/Lomba do Pinheiro, no município de Porto Alegre. Tratase de um estudo qualitativo que analisa e confronta dimensões da violência, na perspectiva teorico-metodológica das Representações Sociais. Os participantes da pesquisa foram 40 profissionais de saúde e 122 mulheres usuárias dos serviços da região do estudo. A geração dos dados foi realizada por meio de instrumentos com questões-estímulo de evocações e entrevista semiestruturada. Na análise utilizaramse softwares: Epi info versão 3.5.1; o Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para a categorização do conteúdo das entrevistas, na perspectiva dimensional de Serge Moscovici. As representações das usuárias são ancoradas em elementos da violência de gênero. O serviço de saúde só foi lembrado como espaço para “tratar as lesões físicas”. As evocações dos profissionais culpabilizam a mulher por ser dependente e submissa, e o ciúme e o uso de drogas como desencadeantes do ato violento, associado a elementos que qualificam os homens como covardia e machismo. Identificou-se que as enfermeiras destacam na mulher a desvalorização, submissão, associados ao medo. Para o grupo dos médicos, a falta de resolutividade está associada a questões sociais e dificultam a resolução do problema. A dimensão campo de representação foi constituída por elementos que qualificam a mulher com autoestima baixa, submissão e dependência, e o agressor, representado como “homem doente”, e, principalmente, pelo “estranhamento” em atender esses agravos na demanda dos serviços de saúde da ABS, configurando-se em “um não lugar”. A dimensão informação é traduzida pela naturalização da VCM como expressão das dificuldades individuais e coletivas. A dimensão atitude foi expressa nas queixas difusas das mulheres, que “não falam claramente” da situação de violência, no estabelecimento do vínculo “dependente” da vontade da mulher, na fragmentação das práticas que representam o descompromisso com o problema, mas, também, uma estratégia “para lidar com ele”, no trabalho em equipe, principalmente, como suporte para o profissional, pelo encaminhamento para “outros” serviços, também como alternativa de “não envolvimento”. Por fim, as representações sociais da VCM, na perspectiva de profissionais de saúde e usuárias, apontam elementos que permitem o entendimento da complexidade que envolve os serviços, as redes de proteção e as redes sociais. Atestam a fragilidade dos “modelos” formativos e assistenciais e os limites da clínica para fazer frente a esses eventos, desvendando o que se chamou de “insuficiência diagnóstica”. Nesse sentido, podem auxiliar na compreensão e na legitimação de ações e responsabilização de instituições e profissionais de saúde, promovendo a atenção integral, na perspectiva dos princípios do SUS e da preservação da vida. / This study is about the social representations regarding violence against woman (VAW) of health professionals and users of the Basic Health Care. The general objective was learning and analyzing such representations taking into consideration the services within Partenon/Lomba do Pinheiro sections in the municipality of Porto Alegre. It is a qualitative study that analyzes and compares violence dimensions under the theoretical and methodological perspective of the Social Representations. The participants of the research comprised 40 health professionals and 122 women who are users of the services in the studied section. The data generation was made by means of instruments with evoking-stimulating questions and semi-structured interview. In order to perform the analysis, the following softwares were utilized: Epi info 3.5.1 version; Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVT. The representations of the users anchor in elements of gender violence. The health service was recalled as a space to “treat physical lesions”. Recalls from the professionals blame the women for being dependant and submissive while jealousy and use of drugs are seen as drivers of violent acts in connection with elements that qualify men like cowardice and male chauvinism. In addition, the nurses point out among women the feeling of self-devaluation and submission connected with fear. For the group of physicians, the lack of determination is related to social issues so that the resolution of the problem becomes difficult. The dimension representation field was constituted by elements that qualify the woman with low self-esteem, submission and dependence while the aggressor is represented as a “sick man” and, mainly, by “amazement” for attending such offences within the demands of the BHC health services what configure “a nonplace”. The information dimension is translated by the VAW naturalization as the expression of individual and collection difficulties. The attitude dimension was expressed upon the diffuse claims of the women who “do not speak clearly” about the situation of violence, in establishing the “dependent” bond of the woman´s wish, in the fragmentation of the practices that represent the lack of commitment with the problem but also a strategy in order “to deal with it” in the team work, mainly as a support for the professional, by directing to “other services” and also as an alternative for “non-involvement”. Finally, under the perspective of health professionals and users, VAW social representations point out to elements that allow the understanding of the complexity that involves the services, the protection networks and the social networks. They evidence the fragility of the educative and assistance “models” and the clinic limits in order to face such events, what unveils what has been named as “diagnosis insufficiency”. In this sense, they can help in the comprehension and legitimacy of actions and in attributing responsibility to institutions and health professionals by promoting integral care under the perspective of the SUS principles and of the life preservation. / Este estudio aborda las representaciones sociales de la violencia contra la mujer (VCM) de profesionales de salud y usuarias de la Atención Primaria de Salud. El objetivo general es conocer y analizar las representaciones, considerando los atendimientos en los servicios en la región Partenon/Lomba do Pinheiro, en la municipalidad de Porto Alegre. Se trata de un estudio cualitativo que analiza y confronta dimensiones de la violencia, en la perspectiva teórica y metodológica de las Representaciones Sociales. Los participantes de la pesquisa fueron 40 profesionales de salud y 122 mujeres usuarias de los servicios de la región del estudio. La generación de los datos fue realizada por medio de instrumentos con cuestiones-estímulo de evocaciones y entrevista semi-estructurada. En el análisis, se utilizaron los programas: Epi info versión 3.5.1; el Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para la categorización del contenido de las entrevistas en la perspectiva dimensional de Serge Moscovici. Las representaciones de las usuarias son ancoradas en elementos de la violencia de género. El servicio de salud solamente fue recordado como espacio para “tratar las lesiones físicas”. Las evocaciones de los profesionales culpan la mujer por ser dependiente y sumisa, y la envidia y el uso de drogas como desencadenantes del acto violento, asociado a elementos que califican los hombres como cobardía y machismo. Se identificó que las enfermeras destacan, en la mujer, la desvalorización y la sumisión, asociadas al medo. Para el grupo dos médicos, la falta de resolutividad está asociada a cuestiones sociales y dificultan la resolución del problema. La dimensión campo de representación fue constituida por elementos que califican la mujer con autoestima baja, sumisión y dependencia, y el agresor, representado como “hombre enfermo”, y, principalmente, por el “asombro” por atender esos agravios en la demanda de los servicios de salud de la ABS configurándose en “un no lugar”. La dimensión información se traduce por la naturalización de la VCM como expresión de las dificultades individuales y colectivas. La dimensión actitud se expresó en las quejas difusas de las mujeres, que “no hablan claramente” de la situación de violencia, en el establecimiento del vínculo “dependiente” de la voluntad de la mujer, en la fragmentación de las prácticas que representan el descompromiso con el problema, pero, también, una estrategia “para verse con él”, en el trabajo en equipo, principalmente, como soporte para el profesional, por el encaminamiento para “otros” servicios, también como alternativa de “no envolvimiento”. Por fin, las representaciones sociales de la VCM, bajo la perspectiva de profesionales de salud y de las usuarias, apuntan elementos que permiten el entendimiento de la complejidad que envuelve los servicios, las redes de protección y las redes sociales. Atestan la fragilidad de los “modelos” formativos y asistenciales y los límites de la clínica para hacer frente a esos eventos, descubriendo lo que se nombró “insuficiencia diagnóstica”. En ese sentido, pueden ayudar en la comprensión y en la legitimidad de acciones y responsabilización de instituciones y profesionales de salud, promoviendo la atención integral, bajo la perspectiva de los principios del SUS y de la preservación de la vida.
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A saúde da família no Sistema Unico de Saúde: um novo paradigma? / The health of family in the Unified Health System

Aguiar, Dayse Santos de January 1998 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:11:07Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 97.pdf: 1896707 bytes, checksum: ea6bd6e8297997a414dc6744b96630b0 (MD5) Previous issue date: 1998 / Com base em uma abordagem qualitativa, discute o conjunto de idéias e o percurso histórico-institucional que viabilizaram a formulaçäo/implementaçäo da proposta "Saúde da Família" como estratégia de política governamental, para mudança do modelo assistencial no contexto Sistema Unico de Saúde. Realizado a partir de pesquisa bibliográfica e documental, além de entrevistas a informantes-chave, buscou-se situar a "Saúde da Família" por um lado, em relaçäo aos seus pressupostos organizativos em termos das práticas de atençäo à saúde, particularmente da prática médica e dos serviços de atençäo básica; e, por outro, em relaçäo ao contexto mais geral da construçäo do Sistema Unico, diante das mudanças de orientaçäo das políticas sociais e de saúde nos anos recentes. A hipótese central é que a introduçäo do Programa de Saúde da Família - PSF no processo de construçäo do SUS näo altera seus princípios e diretrizes organizativas. Entretanto, no que diz respeito à revisäo do modelo assistencial, seus limites e possibilidades estariam vinculados à forma de sua inserçäo nos sistemas locais de saúde e, neste sentido, tem sido polemizado justamente porque tanto pode servir a tendências simplificadoras, como a motivaçöes de mudança para gerar resultados mais efetivos do SUS. / Based on a qualitative approach, this work discusses the set of concepts and the historical-institutional path that assured the feasibility of the formulation and the implementation of the Family Health proposal as a government policy strategy for changing the assistance model in the context of the Sistema Único de Saúde (Unified Health System). Undertaken on the basis of bibliographic and documental research, as well as interviews with key people, an attempt was made first to relate Family Health to its organizational premises in terms of health service practices, particularly to medical care and basic health services; also, in relation to the general context of the Sistema Único (Unified Health System) building, taking into account social and health policies changes observed in recent years. The central hypothesis is as follows: the introduction of the Programa de Saúde da Família - PSF (Family Health Program) in the SUS building process does not change its organizational principles and rules. However, as far as the assistance model revision is concerned, its limits and possibilities would be linked to the form of its inception in local health systems and, hence, it has been argued that it may serve simplifying trends as well as motivations for changes towards more effective SUS results.
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O controle social na gestão da política de saúde do trabalhador na atenção básica : o conselho gestor

Silveira, Gabriela Kunz January 2015 (has links)
A presente dissertação é resultado de uma pesquisa de mestrado realizada acerca dos temas controle social e Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora na atenção básica. A partir de diversas conceitualizações, este trabalho opta pela definição de que o controle social está a serviço de um Estado democrático de acesso igualitário a direitos e de participação da população no planejamento e acompanhamento de todas as ações deste mesmo Estado. A Política de Saúde do Trabalhador tem origem no período brasileiro de lutas democráticas contrárias ao autoritarismo do governo militar e em consonância com a perspectiva da Saúde Coletiva, que considera o contexto econômico, financeiro e social de organização dos processos de trabalho. Esta pesquisa delineou-se como um estudo de caso de análise situacional, cuja questão norteadora e objetivos foram construídos após realização de pesquisa exploratória em um Conselho Gestor de um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Rio Grande do Sul. O campo foi escolhido em consonância com as pesquisas previamente realizadas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde e Trabalho (NEST) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo principal proposto foi identificar como se dá a participação do Conselho Gestor na implementação da Política Nacional de Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras junto ao Centro de Referência em Saúde do Trabalhador. As técnicas utilizadas foram realização de grupo focal, com apoio de um roteiro de entrevista semiestruturada, diário de campo e revisão teórica e documental acerca do tema. Para análise dos dados foi utilizado o método de análise de conteúdo. A sistematização das categorias foi realizada a partir dos objetivos. Os resultados encontrados são referentes ao Conselho Gestor ser uma instância sobre a qual os conselheiros tem pouca clareza do seu lugar; os conselheiros entendem que devem estimular e realizar práticas relativas a atenção básica de prevenção e promoção da saúde do trabalhador; a relação estabelecida com os gestores públicos acontece com diversas dificuldades; os próprios conselheiros tem dificuldade de se ver na posição de gestores e por fim, apontam diversas práticas democráticas de gerenciamento que desempenham sem perceber que estão realizando gestão. Nas considerações finais fica evidenciado o mérito da organização coletiva e democrática deste grupo de Conselho Gestor, o qual não tem diretriz nacional específica a seguir, portanto organizando-se desta forma espontaneamente. / The present dissertation is the result from a master’s degree study performed on social control themes and the Health Policy of the male and female Workers in basic care. It is based on diverse conceptualizations; this study opted for the definition that social control is the work of a democratic State for egalitarian access to rights and the participation of the population in the planning and following up on all the actions of that same State. The Worker Health Care Policy originated in the Brazilian period of democratic struggles against the authoritarianism of the military government and in consonance to the perspective of Collective Health Care, which considers the economic, financial, and social context of the organization of labor processes. This research study was delineated as a situational analysis case study, whose guiding theme and objectives were constructed after performing exploratory research on an Administrative Council of a Reference Center in a Worker Health Care Center in the state of Rio Grande do Sul. The field was selected in consonance with the previous research studies performed by the “Núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde e Trabalho” (NEST) (Health and Labor Research and Study Nucleus) of the “Universidade Federal do Rio Grande do Sul” (Federal University of Rio Grande do Sul). The main proposed objective was to identify what the participation of the Administrative Council is like in the implementation of the National Health Policy of Male and Female Workers at the Reference Worker Health Care Center. The techniques used were performed on the focal group, supported by a semi-structured outline, field diary, and theoretical and documental revision on the theme. The content analysis method was used for data assessment. The systematization of the categories was performed based on the objectives. The result findings refer to the Administrative Council as being an entity by which the counselors perform their role unclearly; the counselors understand that they must foment and perform practices related to basic preventive care and promote the health of workers; the relationship established with the public administrators takes place facing diverse hindrances; the respective councilors find it difficult to place themselves in the position of administrators and ultimately that point out diverse democratic practices of management achieving results without realizing that they are administrating. In the final considerations the merit of the collective and democratic organization became evident of this group of the Administrative Council, which does not have a specific national guideline to follow; therefore it is organized in this spontaneous format.
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Entre a estratégia saúde da família e o núcleo de apoio à saúde da família : o que se nomeia demanda de saúde mental?

Pires, Mariana Lorentz January 2014 (has links)
O objetivo geral deste estudo foi analisar o que se nomeia demanda de saúde mental na articulação entre ESF e NASF de uma determinada Gerência Distrital da Secretaria de Saúde da cidade de Porto Alegre. A partir disso, pretendeu-se conhecer e compreender a relação entre equipes ESFs e NASF na área da saúde mental, assim como as demandas e as ações construídas na articulação entre os serviços na perspectiva da gestão do trabalho e do cuidado compartilhado em saúde mental. Particularizou-se a escolha pelo estudo da relação entre ESF e NASF, pois verificou-se que tais dispositivos vêm sendo investidos como política pública para a consolidação do cuidado de saúde mental na rede básica. Optou-se em pesquisar duas ESFs que se diferenciavam na sua relação com NASF, uma mais solicitante do apoio do NASF e outra menos solicitante. Para esta pesquisa, foram utilizados os instrumentos da entrevista semiestruturada e diário de campo. Para análise do material, utilizou-se a técnica da Análise de Conteúdo e decidiu-se pela modalidade de Análise Temática. Observou-se que a demanda de saúde mental está sendo aceita no repertório de intervenções das equipes ESFs, entretanto, percebeu-se que a ESF que aciona mais intensamente o NASF é a que se ocupa da saúde mental de uma maneira mais autônoma e se reconhece como gestora do cuidado no território. Além de apresentar-se como uma equipe multiprofissional que tenta trabalhar de forma mais integrada e não hierarquizada. Como potencialidades, o NASF foi indicado como dispositivo que aproxima as especialidades na ESF, além de proporcionar espaço para o exercício da clínica ampliada e a educação permanente como novas tecnologias de cuidado na atenção básica. A articulação com a RAPS e rede intersetorial apareceu nas experiências tanto do NASF quanto da ESF. O NASF, contudo, apresentou-se como ponto articulador para a rede de saúde mental. Quanto as limitações do NASF foram consideradas a falta de recursos materiais e de locomoção até as ESFs referenciadas, provocando uma dificuldade na atenção à saúde mental e prejudicando o trabalho na atenção básica. Portanto, observou-se que o NASF é um dispositivo que tensiona a gestão do cuidado de saúde mental na atenção básica, pois garante retaguarda e “pressiona” a ESF a acolher e acompanhar saúde mental. Esse novo dispositivo, o NASF, mostrou-se potente para o cuidado de saúde mental, reforçando a rede de atenção psicossocial e contribuindo para o avanço da Reforma Psiquiátrica brasileira. / The main objective of this study is the analysis of what is designated as mental health demand, in the articulation between two health service structures of the Health Office in the city of Porto Alegre: Family Health Strategy (ESF) and Family Health Support Committee (NASF). From that objective, the relations between the teams of ESFs and NASFs was scrutinized, in order to better understand their dynamics and their actions, in response to health services management and shared care in mental health. The focus on the relations between ESF and NASF was due to the perception that such apparatus has been receiving investments as a public policy for the consolidation of mental health care in basic health system. Two ESFs were chosen for this research, based on the different relations held with NASF teams: one of them requests NASF support more often than the other. For this study, instruments used were semi structured interviews and field notes. To execute the analysis of the collected material, the approach chosen was Content Analysis, focused on Themebased Analysis. It was observed that the mental health demand is being well accepted in the repertory of interventions of ESF teams. However, analysis showed that the ESF that requested NASF support more frequently was the one that showed a more autonomous attitude and that took on the position of healthcare manager in the territory where it is located. Beyond that, such ESF has a multi-professional team working in a more integrated and non-hierarchical way. For its potentialities, NASF was indicated as an apparatus to bring specialties closer in ESF, other than providing space for the exercise of amplified clinics and permanent education as new care technologies in basic health attention. The articulation with RAPS and the intersectoral network appeared both in NASF and ESF experience reports. NASF, however, is an articulating point for the mental health network. As to the limitations of NASF, the lack of material resources and transportations means to ESFs of reference were mentioned during field research, and these problems cause encumbrance both in mental health services and in basic services. Therefore, it was observed NASF is an apparatus that tenses the management of mental healthcare in basic health services, as it guarantees and reinforces the admission and accompaniment of mental health cases in the ESF. This new device – NASF – presents itself as a potency in mental healthcare, reinforcing the psychosocial attention network and contributing to the advance of Brazilian Psychiatric Renovation.
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Integralidade no cuidado à saúde da mulher: refletindo sobre a atuação dos profissionais em unidades básicas de saúde do município de Toledo PR / Integrality in the care of women's health: reflecting on the role of professionals in primary health care units of the municipality of Toledo - PR

Sirlene de Fátima da Silva Dela Torre 23 October 2009 (has links)
Este estudo tem como objetivo entender como as práticas de saúde das mulheres são desenvolvidas pelos profissionais de saúde, frente ao princípio de integralidade, em unidades básicas de saúde de um município do Estado do Paraná. O estudo teve como suporte teórico a integralidade da atenção, não só como princípio do SUS, mas também como exercício de boas práticas de produção de cuidado que devem estar presentes no atendimento das necessidades de saúde das mulheres, em busca da conquista de uma saúde mais digna e solidária para todos. O Sistema Único de Saúde deve estar orientado e capacitado para a atenção integral à saúde da mulher, numa perspectiva que contempla a promoção da saúde, a proteção e a prevenção às necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde. Por esta razão, a humanização e a qualidade da atenção implicam promoção, reconhecimento e respeito aos direitos humanos, garantindo a saúde integral e seu bem-estar. A metodologia envolveu uma abordagem qualitativa realizada em duas unidades básicas de saúde do município de Toledo-PR. Utilizou-se como técnica de coleta de dados a observação a 15 atendimentos médicos a mulheres em ginecologia e clínico geral e entrevista com 10 mulheres freqüentadoras de duas unidades de saúde. A análise do material produzido foi organizada em torno de certos aspectos-chave de certas categorias. Identificamos, nos atendimentos observados, que há uma cordialidade desintegral dos profissionais que atendem às mulheres com certa gentileza, mas que ao mesmo tempo são desatentos a certos aspectos fundamentais de um atendimento integral. Deixam a desejar do ponto de vista técnico, comprometendo a integralidade do atendimento, focando sua atenção na queixa principal trazida pela mulher, com atendimentos restritos somente na conversa, ou exame clínico centrado na queixa principal, não explorando aspectos para a prevenção. Tornam, assim, o atendimento seletivo e centralizado, mas cercado por uma cordialidade junto às mulheres, que classificam tal cordialidade como uma sensação de bom atendimento, satisfação ilusória do ponto de vista técnico, em que a atenção clínica não responde a suas necessidades. Estas mulheres não reconhecem esta má prática, relatando uma resolutividade no atendimento diante da resolução da queixa imediata, como o acesso a alguns exames, medicamentos. Identificamos também que algumas mulheres sonham com um atendimento integral, e em alguns atendimentos se percebe a tentativa do profissional de buscar uma atenção que vá além da queixa principal, buscando entender com se dá o modo de andar a vida de certas mulheres. Concluímos que desafios ainda são colocados quando olhamos para a organização dos serviços de saúde na perspectiva da atenção integral. Considera-se fundamental a organização dos serviços de saúde para estarem pautados em cuidados efetivos à saúde da mulher, em busca da produção da integralidade que será traduzida em mais saúde para as mulheres. / This study aims to understand how the practices of women's health are developed by health professionals, compared to the principle of integral basic health units in a city in Paraná State, Brazil. The study was theoretically supported by integral care, not only as a principle of SUS, but also as an exercise in good practices of care that must be present in meeting the health needs of women in search of more dignified health care for everyone. The Unified Health System must be oriented and trained for the integral attention to women's health, a perspective that includes health promotion, protection and prevention to the health needs of women, control of diseases prevalent in this group and ensuring the right to health. For this reason, the humanization and quality of care imply promotion, recognition and respect for human rights, ensuring the overall health and well-being. The methodology involved a qualitative approach performed in two basic health units in the city of Toledo-PR. For data collection, it was used the technique of observation of 15 doctors attending women in gynecology and general practitioner and interviews with 10 women enrolled in two health units. The analysis of the material produced was organized around certain key aspects of certain categories. We identified, in the visits observed, an non-integral warmth of professionals who treat women gently, but at the same time are oblivious to certain key aspects of holistic treatment. They fall short from the technical point of view, compromising integral care, focusing their attention on the chief complaint brought by the woman, with attendance limited only to the conversation, or clinical examination focused on the chief complaint, not exploring ways for prevention. In doing so, they make service selective and centralized, but surrounded by a warmth to women who are classified as cordial as a feeling of good service, illusory satisfaction point of view, in which clinical care does not meet their needs. These women do not recognize this bad practice, reporting a problem-solving in service before the resolution of the complaint immediately, including access to some tests and medication. We also identified some women who dream of a comprehensive care, and in some calls there was the attempt to seek professional attention that goes beyond the chief complaint, seeking to understand how to some women conduct their lives. We conclude that the challenges are still available when we look at the organization of health services in the perspective of integral care. It is essential that the organization of health services be guided by an effective health care of women in search of the production of integral assistance, which will be translated into better health for women.
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"Lugares de (não) ver?" : as representações sociais da violência contra a mulher na atenção básica de saúde

Leal, Sandra Maria Cezar January 2010 (has links)
Este estudo aborda as representações sociais da violência contra a mulher (VCM) de profissionais da saúde e usuárias da Atenção Básica de Saúde. O objetivo geral foi conhecer e analisar as representações, considerando os atendimentos nos serviços na região Partenon/Lomba do Pinheiro, no município de Porto Alegre. Tratase de um estudo qualitativo que analisa e confronta dimensões da violência, na perspectiva teorico-metodológica das Representações Sociais. Os participantes da pesquisa foram 40 profissionais de saúde e 122 mulheres usuárias dos serviços da região do estudo. A geração dos dados foi realizada por meio de instrumentos com questões-estímulo de evocações e entrevista semiestruturada. Na análise utilizaramse softwares: Epi info versão 3.5.1; o Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para a categorização do conteúdo das entrevistas, na perspectiva dimensional de Serge Moscovici. As representações das usuárias são ancoradas em elementos da violência de gênero. O serviço de saúde só foi lembrado como espaço para “tratar as lesões físicas”. As evocações dos profissionais culpabilizam a mulher por ser dependente e submissa, e o ciúme e o uso de drogas como desencadeantes do ato violento, associado a elementos que qualificam os homens como covardia e machismo. Identificou-se que as enfermeiras destacam na mulher a desvalorização, submissão, associados ao medo. Para o grupo dos médicos, a falta de resolutividade está associada a questões sociais e dificultam a resolução do problema. A dimensão campo de representação foi constituída por elementos que qualificam a mulher com autoestima baixa, submissão e dependência, e o agressor, representado como “homem doente”, e, principalmente, pelo “estranhamento” em atender esses agravos na demanda dos serviços de saúde da ABS, configurando-se em “um não lugar”. A dimensão informação é traduzida pela naturalização da VCM como expressão das dificuldades individuais e coletivas. A dimensão atitude foi expressa nas queixas difusas das mulheres, que “não falam claramente” da situação de violência, no estabelecimento do vínculo “dependente” da vontade da mulher, na fragmentação das práticas que representam o descompromisso com o problema, mas, também, uma estratégia “para lidar com ele”, no trabalho em equipe, principalmente, como suporte para o profissional, pelo encaminhamento para “outros” serviços, também como alternativa de “não envolvimento”. Por fim, as representações sociais da VCM, na perspectiva de profissionais de saúde e usuárias, apontam elementos que permitem o entendimento da complexidade que envolve os serviços, as redes de proteção e as redes sociais. Atestam a fragilidade dos “modelos” formativos e assistenciais e os limites da clínica para fazer frente a esses eventos, desvendando o que se chamou de “insuficiência diagnóstica”. Nesse sentido, podem auxiliar na compreensão e na legitimação de ações e responsabilização de instituições e profissionais de saúde, promovendo a atenção integral, na perspectiva dos princípios do SUS e da preservação da vida. / This study is about the social representations regarding violence against woman (VAW) of health professionals and users of the Basic Health Care. The general objective was learning and analyzing such representations taking into consideration the services within Partenon/Lomba do Pinheiro sections in the municipality of Porto Alegre. It is a qualitative study that analyzes and compares violence dimensions under the theoretical and methodological perspective of the Social Representations. The participants of the research comprised 40 health professionals and 122 women who are users of the services in the studied section. The data generation was made by means of instruments with evoking-stimulating questions and semi-structured interview. In order to perform the analysis, the following softwares were utilized: Epi info 3.5.1 version; Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVT. The representations of the users anchor in elements of gender violence. The health service was recalled as a space to “treat physical lesions”. Recalls from the professionals blame the women for being dependant and submissive while jealousy and use of drugs are seen as drivers of violent acts in connection with elements that qualify men like cowardice and male chauvinism. In addition, the nurses point out among women the feeling of self-devaluation and submission connected with fear. For the group of physicians, the lack of determination is related to social issues so that the resolution of the problem becomes difficult. The dimension representation field was constituted by elements that qualify the woman with low self-esteem, submission and dependence while the aggressor is represented as a “sick man” and, mainly, by “amazement” for attending such offences within the demands of the BHC health services what configure “a nonplace”. The information dimension is translated by the VAW naturalization as the expression of individual and collection difficulties. The attitude dimension was expressed upon the diffuse claims of the women who “do not speak clearly” about the situation of violence, in establishing the “dependent” bond of the woman´s wish, in the fragmentation of the practices that represent the lack of commitment with the problem but also a strategy in order “to deal with it” in the team work, mainly as a support for the professional, by directing to “other services” and also as an alternative for “non-involvement”. Finally, under the perspective of health professionals and users, VAW social representations point out to elements that allow the understanding of the complexity that involves the services, the protection networks and the social networks. They evidence the fragility of the educative and assistance “models” and the clinic limits in order to face such events, what unveils what has been named as “diagnosis insufficiency”. In this sense, they can help in the comprehension and legitimacy of actions and in attributing responsibility to institutions and health professionals by promoting integral care under the perspective of the SUS principles and of the life preservation. / Este estudio aborda las representaciones sociales de la violencia contra la mujer (VCM) de profesionales de salud y usuarias de la Atención Primaria de Salud. El objetivo general es conocer y analizar las representaciones, considerando los atendimientos en los servicios en la región Partenon/Lomba do Pinheiro, en la municipalidad de Porto Alegre. Se trata de un estudio cualitativo que analiza y confronta dimensiones de la violencia, en la perspectiva teórica y metodológica de las Representaciones Sociales. Los participantes de la pesquisa fueron 40 profesionales de salud y 122 mujeres usuarias de los servicios de la región del estudio. La generación de los datos fue realizada por medio de instrumentos con cuestiones-estímulo de evocaciones y entrevista semi-estructurada. En el análisis, se utilizaron los programas: Epi info versión 3.5.1; el Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para la categorización del contenido de las entrevistas en la perspectiva dimensional de Serge Moscovici. Las representaciones de las usuarias son ancoradas en elementos de la violencia de género. El servicio de salud solamente fue recordado como espacio para “tratar las lesiones físicas”. Las evocaciones de los profesionales culpan la mujer por ser dependiente y sumisa, y la envidia y el uso de drogas como desencadenantes del acto violento, asociado a elementos que califican los hombres como cobardía y machismo. Se identificó que las enfermeras destacan, en la mujer, la desvalorización y la sumisión, asociadas al medo. Para el grupo dos médicos, la falta de resolutividad está asociada a cuestiones sociales y dificultan la resolución del problema. La dimensión campo de representación fue constituida por elementos que califican la mujer con autoestima baja, sumisión y dependencia, y el agresor, representado como “hombre enfermo”, y, principalmente, por el “asombro” por atender esos agravios en la demanda de los servicios de salud de la ABS configurándose en “un no lugar”. La dimensión información se traduce por la naturalización de la VCM como expresión de las dificultades individuales y colectivas. La dimensión actitud se expresó en las quejas difusas de las mujeres, que “no hablan claramente” de la situación de violencia, en el establecimiento del vínculo “dependiente” de la voluntad de la mujer, en la fragmentación de las prácticas que representan el descompromiso con el problema, pero, también, una estrategia “para verse con él”, en el trabajo en equipo, principalmente, como soporte para el profesional, por el encaminamiento para “otros” servicios, también como alternativa de “no envolvimiento”. Por fin, las representaciones sociales de la VCM, bajo la perspectiva de profesionales de salud y de las usuarias, apuntan elementos que permiten el entendimiento de la complejidad que envuelve los servicios, las redes de protección y las redes sociales. Atestan la fragilidad de los “modelos” formativos y asistenciales y los límites de la clínica para hacer frente a esos eventos, descubriendo lo que se nombró “insuficiencia diagnóstica”. En ese sentido, pueden ayudar en la comprensión y en la legitimidad de acciones y responsabilización de instituciones y profesionales de salud, promoviendo la atención integral, bajo la perspectiva de los principios del SUS y de la preservación de la vida.
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Integralidade no cuidado à saúde da mulher: refletindo sobre a atuação dos profissionais em unidades básicas de saúde do município de Toledo PR / Integrality in the care of women's health: reflecting on the role of professionals in primary health care units of the municipality of Toledo - PR

Sirlene de Fátima da Silva Dela Torre 23 October 2009 (has links)
Este estudo tem como objetivo entender como as práticas de saúde das mulheres são desenvolvidas pelos profissionais de saúde, frente ao princípio de integralidade, em unidades básicas de saúde de um município do Estado do Paraná. O estudo teve como suporte teórico a integralidade da atenção, não só como princípio do SUS, mas também como exercício de boas práticas de produção de cuidado que devem estar presentes no atendimento das necessidades de saúde das mulheres, em busca da conquista de uma saúde mais digna e solidária para todos. O Sistema Único de Saúde deve estar orientado e capacitado para a atenção integral à saúde da mulher, numa perspectiva que contempla a promoção da saúde, a proteção e a prevenção às necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde. Por esta razão, a humanização e a qualidade da atenção implicam promoção, reconhecimento e respeito aos direitos humanos, garantindo a saúde integral e seu bem-estar. A metodologia envolveu uma abordagem qualitativa realizada em duas unidades básicas de saúde do município de Toledo-PR. Utilizou-se como técnica de coleta de dados a observação a 15 atendimentos médicos a mulheres em ginecologia e clínico geral e entrevista com 10 mulheres freqüentadoras de duas unidades de saúde. A análise do material produzido foi organizada em torno de certos aspectos-chave de certas categorias. Identificamos, nos atendimentos observados, que há uma cordialidade desintegral dos profissionais que atendem às mulheres com certa gentileza, mas que ao mesmo tempo são desatentos a certos aspectos fundamentais de um atendimento integral. Deixam a desejar do ponto de vista técnico, comprometendo a integralidade do atendimento, focando sua atenção na queixa principal trazida pela mulher, com atendimentos restritos somente na conversa, ou exame clínico centrado na queixa principal, não explorando aspectos para a prevenção. Tornam, assim, o atendimento seletivo e centralizado, mas cercado por uma cordialidade junto às mulheres, que classificam tal cordialidade como uma sensação de bom atendimento, satisfação ilusória do ponto de vista técnico, em que a atenção clínica não responde a suas necessidades. Estas mulheres não reconhecem esta má prática, relatando uma resolutividade no atendimento diante da resolução da queixa imediata, como o acesso a alguns exames, medicamentos. Identificamos também que algumas mulheres sonham com um atendimento integral, e em alguns atendimentos se percebe a tentativa do profissional de buscar uma atenção que vá além da queixa principal, buscando entender com se dá o modo de andar a vida de certas mulheres. Concluímos que desafios ainda são colocados quando olhamos para a organização dos serviços de saúde na perspectiva da atenção integral. Considera-se fundamental a organização dos serviços de saúde para estarem pautados em cuidados efetivos à saúde da mulher, em busca da produção da integralidade que será traduzida em mais saúde para as mulheres. / This study aims to understand how the practices of women's health are developed by health professionals, compared to the principle of integral basic health units in a city in Paraná State, Brazil. The study was theoretically supported by integral care, not only as a principle of SUS, but also as an exercise in good practices of care that must be present in meeting the health needs of women in search of more dignified health care for everyone. The Unified Health System must be oriented and trained for the integral attention to women's health, a perspective that includes health promotion, protection and prevention to the health needs of women, control of diseases prevalent in this group and ensuring the right to health. For this reason, the humanization and quality of care imply promotion, recognition and respect for human rights, ensuring the overall health and well-being. The methodology involved a qualitative approach performed in two basic health units in the city of Toledo-PR. For data collection, it was used the technique of observation of 15 doctors attending women in gynecology and general practitioner and interviews with 10 women enrolled in two health units. The analysis of the material produced was organized around certain key aspects of certain categories. We identified, in the visits observed, an non-integral warmth of professionals who treat women gently, but at the same time are oblivious to certain key aspects of holistic treatment. They fall short from the technical point of view, compromising integral care, focusing their attention on the chief complaint brought by the woman, with attendance limited only to the conversation, or clinical examination focused on the chief complaint, not exploring ways for prevention. In doing so, they make service selective and centralized, but surrounded by a warmth to women who are classified as cordial as a feeling of good service, illusory satisfaction point of view, in which clinical care does not meet their needs. These women do not recognize this bad practice, reporting a problem-solving in service before the resolution of the complaint immediately, including access to some tests and medication. We also identified some women who dream of a comprehensive care, and in some calls there was the attempt to seek professional attention that goes beyond the chief complaint, seeking to understand how to some women conduct their lives. We conclude that the challenges are still available when we look at the organization of health services in the perspective of integral care. It is essential that the organization of health services be guided by an effective health care of women in search of the production of integral assistance, which will be translated into better health for women.
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Os grupos na atenção básica de saúde de Porto Alegre : usos e modos de intervenção terapêutica

Maffacciolli, Rosana January 2007 (has links)
Trata-se de uma pesquisa sobre uma modalidade assistencial cada vez mais utilizada pelos serviços de atenção básica de saúde, em especial nas Redes de Atenção Básica: as oficinas, os grupos de promoção e educação em saúde e as palestras educativas. Estas constituem atividades assistenciais diferenciadas em relação aos demais atendimentos tradicionais nessa Área. Desse modo, surgem reflexões necessárias para a compreensão da introdução dessas práticas nos serviços. Entre outros aspectos, o objetivo central desta pesquisa é o de conhecer o perfil da assistência prestada nas Unidades que compõem a Rede Básica de Saúde de Porto Alegre, com enfoque nas atividades de grupo. Foram entrevistados profissionais de cada Unidade componente dessa rede e coletados dados referentes à estrutura dos serviços. Abordaram-se 116 profissionais, de um total de 124 serviços de saúde, sendo que, 96 destes desenvolviam atividades de grupos, no período em que os dados foram coletados. Constatou-se que, em grande parte dos serviços, todos, ou a maioria dos profissionais de diferentes Áreas da Saúde e níveis de formação, coordenavam e/ou participavam dessas atividades. As demandas atendidas nessa modalidade compreendem, principalmente, usuários portadores de doenças crônicas (hipertensão e diabetes) e gestantes. A ocasião em que acontecem essas atividades favorece ao usuário obter acesso a outros tipos de atendimento. Dessa forma, mais de 50% das Unidades realizam verificação de sinais vitais, hemoglicotestes, verificação de peso e altura, e, em menor proporção, distribuição de medicação. Conclui-se que, essas práticas são de uso crescente e representam parcela significativa dos atendimentos nos serviços básicos de saúde de Porto Alegre. Assim, elas fazem parte da rotina de atendimentos sistemáticos e atuam de maneira a vincular progressivamente os usuários à prática assistencial e à unidade, na medida em que eles têm a vantagem de usufruir múltiplos atendimentos. Além disso, evidenciou-se que as atividades de grupo têm relevância terapêutica por favorecerem a troca de informações, o aprendizado, esclarecimentos sobre aspectos relacionados à saúde e doenças e estimulam a participação “negociada” da população no que se refere às práticas terapêuticas e às suas próprias condições de vida e saúde. São, portanto, práticas inclusivas capazes de vincular os usuários aos serviços e de reformular, ainda que pontualmente, o modelo assistencial vigente. Essas reflexões apontam para a necessidade de compreender essas práticas na sua dimensão de qualificação da assistência coletiva e na dimensão estratégica de compensação de atendimento às crescentes demandas de saúde. / It is a research about an assistential modality which has been more and more used by the services of basic health attention, especially in Basic Attention Networks. Some workshops, groups for promoting education in health as well as educative lectures constitute different assistential activities in relation to the traditional attendance in health. Thus, reflections for a better comprehension about the introduction of such practices in health services emerge as a necessary issue. Among other aspects, the core goal of this research is to explore and know the profile of the service offered in the units which form the Net of Basic Health of Porto Alegre, with emphasis on the activities in groups. Professionals from each unit who make part of this net were interviewed and data concerning the structure of services was collected. 116 professionals of a total of 124 services of health were approached, from those, 96 developed activities in groups in the period in which the data was collected. It was verified that, in most services, every or most part of professionals from different areas of health and different levels of formation coordinate and/or participate in the mentioned activities. People attended in this modality are, mainly, users who have chronic diseases (hypertension and diabetes) and pregnant women. In this way, more than 50% of the units verify vital signs, do hemoglicotests, measure weigh and height, and, in small number, deliver medication. It is concluded that such practices are being used more and more and they represent an important parcel of the attendances done in the basic health services in Porto Alegre. They make part of the routine of systematic attendances and they act in order to progressively entail the users to the assistential practice and to the unit, since they have the advantage of using different services (attendances). Moreover, it was made evident that the activities in group have a therapeutic relevance because they favor the exchange of information, learning, elucidation about aspects related to health and diseases and they stimulate the “negotiated” participation of the population concerning the therapeutic practices and their own conditions of life and health. Therefore, they are inclusive practices which are able of binding the users to the services and of reformulating, even though not completely, the current assistential model. These reflections point to the necessity of comprehending such practices in their dimension of promoting the qualification of collective assistance and in the strategic dimension of compensating the attendance offered to the growing demands of health. / Se trata de una pesquisa sobre una modalidad asistencial cada vez más utilizada por los servicios de atención básica de salud, en especial en las Redes de Atención Básica. Las oficinas, grupos de promociones y educación en salud y las palestras educativas constituyen actividades asistenciales diferenciadas en relación a los demás atendimientos tradicionales en salud. De ese modo, surgen reflexiones necesarias para la comprensión de la introducción de esas prácticas en los servicios. Entre otros aspectos, el objetivo central de esta pesquisa es el de explorar para conocer el perfil de la asistencia prestada en las unidades que componen la Red Básica de Salud de Porto Alegre, con enfoque en las actividades de grupo. Se entrevistó profesionales de cada unidad componente de esta red y fueron colectados datos referentes a estructura de los servicios. Fueron abordados 116 profesionales de un total de 124 servicios de salud, siendo que, 96 de estos desarrollaban actividades de grupos en período en que los datos fueron colectados. Se constató que, en gran parte de los servicios, todos o la mayoría de los profesionales de diferentes áreas de la salud y niveles de formación coordinan y/o participan de esas actividades. Las demandas atendidas en esa modalidad comprenden, principalmente, usuarios portadores de enfermedades crónicas (hipertensión y diabetes) y embarazadas. De esa forma, más de 50% de las unidades realizan verificación de señales vitales, hemoglicotestes, verificación de peso y altura, y, en menor proporción, entrega de medicación. Se concluye que esas prácticas son de uso creciente y representan parcela significativa de los atendimientos en los servicios básicos de salud de Porto Alegre. Además de eso, se evidenció que las actividades de grupo tienen relevancia terapéutica por estar favoreciendo el cambio de información, el aprendizaje, esclarecimientos sobre aspectos relacionados a la salud y enfermedades y estimulan la participación “negociada” de la populación en lo que se refiere a las prácticas terapéuticas y sus propias condiciones de vida y salud. Son, por lo tanto, prácticas inclusivas capaces de vincular los usuarios a los servicios y de reformular, aunque, puntualmente, el modelo asistencial vigente. Esas reflexiones apuntan para la necesidad de comprender esas prácticas en su dimensión de calificación de la asistencia colectiva y en la dimensión estratégica de compensación de atendimiento a las crecientes demandas de salud.
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"Lugares de (não) ver?" : as representações sociais da violência contra a mulher na atenção básica de saúde

Leal, Sandra Maria Cezar January 2010 (has links)
Este estudo aborda as representações sociais da violência contra a mulher (VCM) de profissionais da saúde e usuárias da Atenção Básica de Saúde. O objetivo geral foi conhecer e analisar as representações, considerando os atendimentos nos serviços na região Partenon/Lomba do Pinheiro, no município de Porto Alegre. Tratase de um estudo qualitativo que analisa e confronta dimensões da violência, na perspectiva teorico-metodológica das Representações Sociais. Os participantes da pesquisa foram 40 profissionais de saúde e 122 mulheres usuárias dos serviços da região do estudo. A geração dos dados foi realizada por meio de instrumentos com questões-estímulo de evocações e entrevista semiestruturada. Na análise utilizaramse softwares: Epi info versão 3.5.1; o Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para a categorização do conteúdo das entrevistas, na perspectiva dimensional de Serge Moscovici. As representações das usuárias são ancoradas em elementos da violência de gênero. O serviço de saúde só foi lembrado como espaço para “tratar as lesões físicas”. As evocações dos profissionais culpabilizam a mulher por ser dependente e submissa, e o ciúme e o uso de drogas como desencadeantes do ato violento, associado a elementos que qualificam os homens como covardia e machismo. Identificou-se que as enfermeiras destacam na mulher a desvalorização, submissão, associados ao medo. Para o grupo dos médicos, a falta de resolutividade está associada a questões sociais e dificultam a resolução do problema. A dimensão campo de representação foi constituída por elementos que qualificam a mulher com autoestima baixa, submissão e dependência, e o agressor, representado como “homem doente”, e, principalmente, pelo “estranhamento” em atender esses agravos na demanda dos serviços de saúde da ABS, configurando-se em “um não lugar”. A dimensão informação é traduzida pela naturalização da VCM como expressão das dificuldades individuais e coletivas. A dimensão atitude foi expressa nas queixas difusas das mulheres, que “não falam claramente” da situação de violência, no estabelecimento do vínculo “dependente” da vontade da mulher, na fragmentação das práticas que representam o descompromisso com o problema, mas, também, uma estratégia “para lidar com ele”, no trabalho em equipe, principalmente, como suporte para o profissional, pelo encaminhamento para “outros” serviços, também como alternativa de “não envolvimento”. Por fim, as representações sociais da VCM, na perspectiva de profissionais de saúde e usuárias, apontam elementos que permitem o entendimento da complexidade que envolve os serviços, as redes de proteção e as redes sociais. Atestam a fragilidade dos “modelos” formativos e assistenciais e os limites da clínica para fazer frente a esses eventos, desvendando o que se chamou de “insuficiência diagnóstica”. Nesse sentido, podem auxiliar na compreensão e na legitimação de ações e responsabilização de instituições e profissionais de saúde, promovendo a atenção integral, na perspectiva dos princípios do SUS e da preservação da vida. / This study is about the social representations regarding violence against woman (VAW) of health professionals and users of the Basic Health Care. The general objective was learning and analyzing such representations taking into consideration the services within Partenon/Lomba do Pinheiro sections in the municipality of Porto Alegre. It is a qualitative study that analyzes and compares violence dimensions under the theoretical and methodological perspective of the Social Representations. The participants of the research comprised 40 health professionals and 122 women who are users of the services in the studied section. The data generation was made by means of instruments with evoking-stimulating questions and semi-structured interview. In order to perform the analysis, the following softwares were utilized: Epi info 3.5.1 version; Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVT. The representations of the users anchor in elements of gender violence. The health service was recalled as a space to “treat physical lesions”. Recalls from the professionals blame the women for being dependant and submissive while jealousy and use of drugs are seen as drivers of violent acts in connection with elements that qualify men like cowardice and male chauvinism. In addition, the nurses point out among women the feeling of self-devaluation and submission connected with fear. For the group of physicians, the lack of determination is related to social issues so that the resolution of the problem becomes difficult. The dimension representation field was constituted by elements that qualify the woman with low self-esteem, submission and dependence while the aggressor is represented as a “sick man” and, mainly, by “amazement” for attending such offences within the demands of the BHC health services what configure “a nonplace”. The information dimension is translated by the VAW naturalization as the expression of individual and collection difficulties. The attitude dimension was expressed upon the diffuse claims of the women who “do not speak clearly” about the situation of violence, in establishing the “dependent” bond of the woman´s wish, in the fragmentation of the practices that represent the lack of commitment with the problem but also a strategy in order “to deal with it” in the team work, mainly as a support for the professional, by directing to “other services” and also as an alternative for “non-involvement”. Finally, under the perspective of health professionals and users, VAW social representations point out to elements that allow the understanding of the complexity that involves the services, the protection networks and the social networks. They evidence the fragility of the educative and assistance “models” and the clinic limits in order to face such events, what unveils what has been named as “diagnosis insufficiency”. In this sense, they can help in the comprehension and legitimacy of actions and in attributing responsibility to institutions and health professionals by promoting integral care under the perspective of the SUS principles and of the life preservation. / Este estudio aborda las representaciones sociales de la violencia contra la mujer (VCM) de profesionales de salud y usuarias de la Atención Primaria de Salud. El objetivo general es conocer y analizar las representaciones, considerando los atendimientos en los servicios en la región Partenon/Lomba do Pinheiro, en la municipalidad de Porto Alegre. Se trata de un estudio cualitativo que analiza y confronta dimensiones de la violencia, en la perspectiva teórica y metodológica de las Representaciones Sociales. Los participantes de la pesquisa fueron 40 profesionales de salud y 122 mujeres usuarias de los servicios de la región del estudio. La generación de los datos fue realizada por medio de instrumentos con cuestiones-estímulo de evocaciones y entrevista semi-estructurada. En el análisis, se utilizaron los programas: Epi info versión 3.5.1; el Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para la categorización del contenido de las entrevistas en la perspectiva dimensional de Serge Moscovici. Las representaciones de las usuarias son ancoradas en elementos de la violencia de género. El servicio de salud solamente fue recordado como espacio para “tratar las lesiones físicas”. Las evocaciones de los profesionales culpan la mujer por ser dependiente y sumisa, y la envidia y el uso de drogas como desencadenantes del acto violento, asociado a elementos que califican los hombres como cobardía y machismo. Se identificó que las enfermeras destacan, en la mujer, la desvalorización y la sumisión, asociadas al medo. Para el grupo dos médicos, la falta de resolutividad está asociada a cuestiones sociales y dificultan la resolución del problema. La dimensión campo de representación fue constituida por elementos que califican la mujer con autoestima baja, sumisión y dependencia, y el agresor, representado como “hombre enfermo”, y, principalmente, por el “asombro” por atender esos agravios en la demanda de los servicios de salud de la ABS configurándose en “un no lugar”. La dimensión información se traduce por la naturalización de la VCM como expresión de las dificultades individuales y colectivas. La dimensión actitud se expresó en las quejas difusas de las mujeres, que “no hablan claramente” de la situación de violencia, en el establecimiento del vínculo “dependiente” de la voluntad de la mujer, en la fragmentación de las prácticas que representan el descompromiso con el problema, pero, también, una estrategia “para verse con él”, en el trabajo en equipo, principalmente, como soporte para el profesional, por el encaminamiento para “otros” servicios, también como alternativa de “no envolvimiento”. Por fin, las representaciones sociales de la VCM, bajo la perspectiva de profesionales de salud y de las usuarias, apuntan elementos que permiten el entendimiento de la complejidad que envuelve los servicios, las redes de protección y las redes sociales. Atestan la fragilidad de los “modelos” formativos y asistenciales y los límites de la clínica para hacer frente a esos eventos, descubriendo lo que se nombró “insuficiencia diagnóstica”. En ese sentido, pueden ayudar en la comprensión y en la legitimidad de acciones y responsabilización de instituciones y profesionales de salud, promoviendo la atención integral, bajo la perspectiva de los principios del SUS y de la preservación de la vida.

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