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Efeito do uso sistêmico de alendronato sódico no tecido ósseo e nas estruturas dentárias mineralizadas: estudo químico, mecânico e morfológico, em modelo murino / Effect of the systemic use of sodium alendronate on bone tissue and mineralized dental structures: A chemical, mechanical and morphological study in a murine model.

Lucisano, Marília Pacifico 10 December 2010 (has links)
Os bisfosfonatos representam uma classe de drogas que agem sobre o metabolismo ósseo e são amplamente utilizadas na prevenção e tratamento de estados osteopênicos e osteoporóticos. Os objetivos do presente estudo foram avaliar, in vivo, o efeito do uso sistêmico de alendronato sódico: na densidade mineral óssea de ratos, por meio da densitometria óptica radiográfica e da técnica de absortometria radiológica de dupla energia (DXA); e nas estruturas dentárias mineralizadas de incisivos murinos, por meio da espectrometria na região do infravermelho, espectroscopia de fluorescência, microdureza transversal, microscopia eletrônica de varredura e microscopia de luz polarizada. Foram utilizados 45 ratos Wistar, com 36-42 dias de idade, pesando em média 200-230g, os quais foram divididos em dois grupos: experimental (n= 25) e controle (n= 20). No grupo experimental foram administradas duas doses semanais de 1mg/Kg de alendronato de sódio quimicamente puro diluído em água destilada, via gavagem, enquanto que os animais do grupo controle receberam apenas água destilada. Decorrido o período de 60 dias, os animais foram mortos por sobredose anestésica e, em seguida, foram extraídos os incisivos superiores e removidas as tíbias. As tíbias foram submetidas à avaliação da densidade mineral óssea por meio de análise radiográfica e da técnica de absortometria radiológica de dupla energia (DXA). Os incisivos superiores foram submetidos às seguintes avaliações: análise química por espectrometria na região do infravermelho e espectroscopia de fluorescência, microdureza transversal do esmalte e da dentina; microscopia eletrônica de varredura e microscopia de luz polarizada. Os resultados numéricos obtidos foram submetidos à análise estatística por meio do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, utilizando o software SAS (Statistical Analysis System) for Windows versão 9.1.3. O nível de significância adotado foi de 5%. O grupo experimental apresentou valores de densidade mineral óssea superiores (p<0,05) em relação ao grupo controle, pelos métodos da densitometria óptica radiográfica e DXA. A análise química pelos métodos de espectrometria na região do infravermelho e espectroscopia de fluorescência permitiu detectar a presença do alendronato na estrutura dentária mineralizada do grupo experimental e que a porcentagem dessa incorporação foi de 0,0018% por elemento dental. Os resultados da microdureza transversal do esmalte e da dentina não revelaram diferença estatisticamente significante entre os grupos experimental e controle (p>0,05). Não foram observadas diferenças morfológicas significativas entre as amostras de ambos os grupos por meio da análise por microscopia eletrônica de varredura e microscopia de luz polarizada. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que o tratamento com alendronato sódico provocou aumento na densidade mineral óssea da metáfise proximal da tíbia e que o alendronato incorporou-se nas estruturas dentárias mineralizadas, porém sem provocar efeitos significativos na microdureza e na morfologia do esmalte e da dentina de incisivos de ratos. / Bisphosphonates represent a class of drugs that act on bone metabolism and are widely used in the prevention and treatment of osteopenic and osteoporotic states. The objectives of this study were to evaluate, in vivo, the effect of the systemic use of sodium alendronate on: the mineral bone density of rats, by radiographic optical densitometry and dual-energy x-ray absorptiometry (DXA); the mineralized dental structures of murine incisors, by analysis of infrared (IR) spectrometry, fluorescence spectroscopy, cross-sectional microhardness (CSMH), scanning electron microscopy (SEM) and polarized light microscopy (PLM). Forty-five Wistar rats aged 36-42 days and weighing 200-230 g were assigned to two groups: experimental (n= 25) and control (n= 20). The experimental group received two weekly doses of 1 mg/kg of chemically pure sodium alendronate diluted in distilled water, via gavage, while the animals of the control group received only distilled water. After 60 days, the animals were killed by anesthetic overdose, and the maxillary incisors were extracted and the tibias were removed. The mineral bone density of the tibias was analyzed radiographically and by DXA. The maxillary incisors were subjected to the following evaluations: chemical analysis by IR spectrometry and fluorescence spectroscopy, enamel and dentin CSMH, SEM and PLM. The results were subjected to statistical analysis by the Kruskal-Wallis non-parametric test, using the SAS (Statistical Analysis System) software for Windows version 9.1.3. The significance level was set at 5%. The experimental group presented higher mineral bone density (p<0.05) than the control group, by radiographic optical densitometry and DXA. The chemical analysis by IR spectrometry and fluorescence spectroscopy revealed the presence of alendronate in the mineralized dental structure of the specimens of the experimental group, with a percentage of incorporation of 0.0018% per tooth. The results of enamel and dentin CSMH did not show statistically significant difference between the experimental and control groups (p>0.05). There were no significant morphological differences among the specimens of the groups by SEM and PLM. Based on the obtained results, it may be concluded that the treatment with sodium alendronate caused an increase in the mineral bone density of the proximal tibial metaphysis, and that alendronate was incorporated in the mineralized dental structures without causing significant effects in the enamel and dentin microhardness and morphology of rat incisors.
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Contribuição das forças musculares isocinéticas de joelho e tronco para aquisição da massa óssea em atletas de futebol feminino / Contributions of knee and trunk isokinetic muscular strength to bone mass acquisition in female soccer players

Michele Forgiarini Saccol 31 October 2007 (has links)
OBJETIVO: Analisar a contribuição da força muscular isocinética de flexores e extensores do joelho dominante e tronco na aquisição da massa óssea das regiões correspondentes a aplicação dessas forças em atletas de futebol feminino (GAF). MÉTODOS: vinte e duas atletas de futebol feminino foram comparadas com 20 controles pareados (GC). O conteúdo mineral ósseo (CMO) e a densidade mineral óssea (DMO) foram avaliados em corpo total, coluna lombar e quadril dominante (fêmur total e colo femoral) pelo software pediátrico do densitômetro Hologic QDR (modelo Discovery, Bedford, MA, USA). Pela análise de corpo total, foram determinadas as variáveis de composição corporal e a massa óssea do membro inferior dominante, tronco e cabeça. A força muscular no movimento de flexão e extensão do joelho e do tronco foi avaliada pelo dinamômetro isocinético Biodex Multi-joint System 3 (Shirley, NY, USA) na velocidade de 60°/s, com 5 repetições do modo concêntrico/excêntrico. As variáveis concêntricas de pico de torque, trabalho na repetição máxima e trabalho total dos flexores e extensores foram considerados. Foram utilizados o teste t de Student para análise entre grupos e os coeficientes de correlação de Pearson e de regressão linear simples para o GAF. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes para idade, peso, altura, raça e ingestão de cálcio (p>0.05), porém o GAF apresentou maior percentual de massa magra e menor percentual de gordura corporal que o GC (p<0.001). Todos os sítios ósseos submetidos à carga mecânica durante o exercício físico apresentaram valores significativamente superiores no GAF, assim como todas as variáveis de força isocinética concêntrica de joelho dominante e tronco (p<0.05 e p<0.001). As variáveis de massa óssea de todas as regiões avaliadas do GAF apresentaram correlações positivas com o peso, índice de massa corporal, massa magra total e do tronco. A DMO das regiões analisadas não apresentou nenhuma correlação significante com as variáveis de força muscular. Porém, todas as variáveis de força de flexão do tronco correlacionaram-se positivamente com o CMO do corpo total e do tronco, assim como as variáveis de extensão do joelho demonstraram associações positivas com o CMO do quadril e do membro inferior dominante. CONCLUSÃO: A força muscular exerceu uma contribuição positiva na aquisição do CMO dos sítios específicos. Esses resultados de correlação positiva entre a força e a quantidade mineral óssea de sítios específicos provêem evidências adicionais de um papel da força muscular na aquisição da massa óssea regional. / OBJECTIVE: to analyze the contribution of isokinetic muscular strength of dominant knee and trunk flexors and extensors in the acquisition of bone mass in the correspondent regions that these forces are applied in female soccer players. METHODS: twenty-two female soccer athletes (GAF) were compared with 20 matched-controls (GC). The bone mineral content (BMC) and bone mineral density (BMD) were evaluated in whole body, lumbar spine and dominant hip (femoral neck and total hip) with the paediatric software of Hologic QDR (Discovery model, Bedford, MA, USA). From whole body scan, the variables of body composition and bone mass of dominant leg, trunk and head were also determined. The muscular strength of flexion and extension movements in dominant knee and trunk were evaluated with the Biodex Multi-joint System 3 (Shirley, NY, USA) with 60°/s, and 5 repetitions at concentric/eccentric mode. The concentric variables peak torque, maximal repetition total work and total work of flexors and extensors were considered. Statistical analysis was performed using Student\'s t-test to compare groups and additionally Pearson\'s correlation coefficient and linear regression analysis to GAF. RESULTS: Both groups were similar regarding age, weight, height, race and calcium intake (p>0.05), however GAF presented a higher percentage of lean body mass and a lower percentage of body fat compared to GC (p<0.001). All loaded sites during exercise had significantly higher values of bone mass for GAF, and so for all isokinetic concentric strength variables of dominant knee and trunk (p<0.05 e p<0.001). Bone mass variables of GAF regions presented positive correlations with weight, body mass index, total and trunk lean mass. The BMD of any region presents significant correlations with variables of strength performance. Nevertheless, all strength variables of trunk flexors were positively correlated with BMC of whole body and trunk, so as knee dominant extensors with BMC of hip and dominant leg. CONCLUSION: muscular strength exerted a positive contribution to BMC acquisition at specifics sites. These results of positive correlation between force and bone mineral quantity of specific sites give us further evidences of the muscle strength role in the acquisition of regional bone mass.
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Estudo da regeneração óssea guiada em mandíbula de ratos idosos / Advanced age impairs guided bone regeneration: a study in rat jaw model

Celey Aparecida Eugenio Silveira Casadio 01 October 2012 (has links)
Atualmente há um número crescente de idosos necessitando reabilitação com enxerto ósseo, no entanto pouco se sabe sobre o efeito do envelhecimento fisiológico sobre este processo. Este estudo teve como objetivo comparar a regeneração óssea guiada na mandíbula de ratos adultos e velhos. Ratos Wistar machos, com 9 meses (adultos) e 20 meses (velhos) de idade, foram avaliados 0, 7, 28 e 120 dias após a cirurgia. O protocolo cirúrgico incluiu a remoção de osso autógeno da calvária e sua fixação com implante de titânio na mandíbula. A formação óssea foi avaliada através da densidade mineral óssea (DMO), microtomografia computadorizada (?CT), análise histomorfométrica e taxa de aposição mineral. Cento e vinte dias após a cirurgia, os animais velhos apresentaram uma redução da variação da DMO na tíbia quando comparada com adultos (-0,022±0,007 vs. 0,011±0,004 g/cm2, respectivamente, p=0,004) e no fêmur (-0,036±0,01 vs. 0,024±0,007 g/cm2, respectivamente, p=0,000). A análise de ?CT revelou uma redução no percentual de volume ósseo nos ratos velhos quando comparados aos adultos (52,34±1,98 vs. 61,46±2,0 %, respectivamente, p=0,032). A análise histomorfométrica confirmou estes dados, tanto no percentual de área óssea (44,0±1,9 vs. 51,0±1,4 e %, velho vs. adulto, p=0,014) quanto no contacto osso-implante (63,5±3,4 vs. 73,0±1,7%, velho vs. adulto, p=0,028). A taxa de aposição mineral óssea também foi significativamente menor nos ratos velhos em comparação com os adultos, tanto na região da mandíbula (1,23±0,05 vs 2,62±0,33 ?m/dia, respectivamente, p=0,001) quanto na região do implante (0,16±0,03 vs. 1,17±0,06 ?m/dia, respectivamente, p=0,001). Em conclusão, nossos resultados sugerem que o processo de envelhecimento, por si só, afeta a capacidade de regeneração ossea de animais velhos que não são caracterizados como osteoporóticos e sugerem que isso deva ser levado em conta durante o tratamento de pacientes idosos. / Currently there are an increasing number of elderly requiring rehabilitation with bone graft, however little is known about the effect of physiological aging on this process. This study aimed to compare guided bone regeneration in adult and old normal rats. Male Wistar rats with 9 months (adult) and with 20 months (old) were evaluated at 0, 7, 28 and 120 days after surgery. The surgical protocol included the removal of autogenous parietal bone and insertion in the jaw with titanium implant. Bone formation was evaluated through bone mineral density (BMD), X-ray computerized microtomography (3D?CT), histomorphometric analysis and mineralization apposition rate. At baseline, adults and old animals presented similar values of BMD. 120 days after surgery, old animals presented a reduction of tibia BMD when compared with adults (-0.022±0.007 vs. 0.011±0.004 g/cm2, respectively, p=0.004) and of femur (-0.036±0.01 vs. 0.024±0.007 g/cm2, respectively, p=0.000). The 3D?CT analysis revealed a reduction of new-formed bone volume in the old group when compared with adult (52.34±1.98 vs. 61.46±2.0 %, respectively, p=0.032). Histomorphometric analysis corroborates these data, since 120 days after surgery the % of bone area and bone-implant contact were impaired in old rats. Mineralization apposition rate was also impaired in mandible and at implant region of old rat. Together our results suggest that the ageing process per se affect bone regenerative capacity and calls for attention of surgeons to this retard during the treatment of elderly patients.
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Avaliação da frequência de doença osteometabólica entre portadores de pancreatite crônica alcoólica e sua correlação com os hábitos alimentares e a composição corporal / Frequency of osteometabolic disease among patients with alcoholic chronic pancreatitis and its correlation with eating habits and body composition

Maria Beatriz Sobral de Oliveira 09 December 2015 (has links)
O tecido ósseo é extremamente complexo que, juntamente com a cartilagem, constitui o sistema esquelético. Tanto os ossos quanto a cartilagem são compostos por tecido metabolicamente ativo com duas funções básicas para o organismo, uma mecânica e outra bioquímica. O impacto do déficit calórico e da perda de peso pode reduzir a massa óssea e mudar a composição corpórea. Na pancreatite crônica alcoólica o paciente relata ingestão alcoólica por longo período, além da referência do alto consumo de cigarros e de uma alimentação deficiente. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a frequência da doença osteometabólica, os hábitos alimentares, a frequência de deficiência de vitamina D assim como, se os achados de massa corpórea por densitometria de corpo total se relacionam à deficiência de massa óssea, em indivíduos portadores de pancreatite crônica de etiologia alcoólica. Foram avaliados três grupos de pacientes do sexo masculino com pancreatite crônica alcoólica. Foram divididos de acordo com o resultado da densitometria óssea: 5 pacientes no grupo da osteoporose, 26 no grupo da osteopenia e 8 no grupo normal. Todos os pacientes foram submetidos ao registro alimentar de três dias, mensuração de peso, altura, cintura e quadril, Índice de Massa Corpórea (IMC) e exames laboratoriais. A composição corpórea foi avaliada pela densitometria óssea por raios X de dupla energia (DXA) e por bioimpedância elétrica. 79% dos pacientes do sexo masculino com pancreatite crônica alcoólica tiveram densidade mineral óssea comprometida. Os pacientes que tinham vitamina D prescrita foram excluídos porém nos nossos resultados a maioria dos pacientes apresentavam níveis normais da vitamina. Em relação ao tabagismos, dos pacientes fumavam. Os pacientes com maior comprometimento ósseo eram mais magros,contudo, não houve diferença entre os pacientes de acordo com o IMC. Os pacientes classificados pelo DXA como normais eram mais jovens do que os pacientes com osteopenia e osteoporose. Em síntese, a osteoporose e osteopenia são fontes subvalorizadas de morbidade em pacientes com pancreatites crônicas sendo necessárias diretrizes de gestão de saúde óssea neste grupo de pacientes / The bone tissue is extremely complex, along with cartilage constitutes the skeletal system. Both bones as cartilage are composed of metabolically active tissue with two basic functions for the body, mechanical and biochemistry. The impact of the caloric deficit and weight loss can reduce bone mass and change body composition. In chronic alcoholic pancreatitis patients alcohol intake over a long period, in addition to reference the high consumption of cigarettes and poor nutrition. The objectives were to evaluate the frequency of osteometabolic disease, eating habits, the frequency of vitamin D deficiency and how the body mass found by total body densitometry relate to bone deficiency in individuals with chronic pancreatitis of alcoholic etiology . We evaluated three groups of male patients with chronic pancreatitis alcoholic. They were according to the results of bone densitometry. 5 in osteoporosis group, 26 in the osteopenia group and 8 in the normal group. All patients underwent three-day food record, measurements of weight, height, waist and hip, body mass index (BMI) and laboratory tests. The body composition was evaluated by densitometry by dual energy X-ray absorptiometry (DXA) and electrical bioimpedance. 79% of male patients with alcoholic chronic pancreatitis had compromised bone mineral density. Patients were prescribed vitamin D were excluded however results in the majority of patients had normal levels of the vitamin. Half of all patients smoking. Patients with higher bone involvement were thinner, there was no difference between patients according to BMI. Patients classified as normal by DXA were younger than patients with osteopenia and osteoporosis. In summary, osteoporosis and osteopenia are undervalued sources of morbidity in patients with chronic pancreatitis and necessary health management guidelines bone in this group of patients
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Avaliação da microarquitetura e resistência óssea por tomografia computadoriazada quantitativa periférica de alta resolução (HR-pQCT) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil / Bone impairment assessed using high resolution peripheral quantitative computed tomography (HR-pQCT) in juvenile-onset systemic lupus erythematosus

Juliane Aline Paupitz 26 January 2016 (has links)
Objetivo: Avaliar por HR-pQCT a densidade mineral óssea volumétrica (vDMO), a microarquitetura e as características biomecânicas do rádio distal e tíbia, assim como os marcadores laboratoriais do metabolismo ósseo em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil (LESJ) comparados com controles saudáveis e determinar se este método permite identificar parâmetros que diferenciem pacientes com e sem fraturas vertebrais (FV). Métodos: Foram avaliadas 56 pacientes e comparadas a 56 controles saudáveis pareados por sexo, idade e estágio de Tanner. A HRpQCT foi realizada no rádio distal e na tíbia. Marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo foram avaliados: pró-peptídeo amino-terminal do colágeno tipo I (P1NP), telo-peptídeo carboxi-terminal do colágeno tipo I (CTX), paratormônio intacto (iPTH), esclerostina (SOST) e 25hidroxivitamina D (25OHD). Fratura vertebral foi avaliada por VFA-DXA (método semiquantitativo de Genant). Resultados: Redução na densidade volumétrica e na resistência óssea, assim como comprometimento da microarquitetura óssea tanto cortical como trabecular foram encontrados em pacientes com LESJ comparados com controles saudáveis, principalmente no rádio distal (p < 0.05). Além disso, pacientes com FV apresentavam valores significantemente menores nos parâmetros trabeculares, somente no rádio distal, comparados com pacientes sem FV (Total.DMO: 229,45 ± 42,09 vs 275,93 ± 56,87 mg/cm3; p = 0,034; Trabecular.DMO [Tb.DMO]: 136,96 ± 30,84 vs 163,17 ± 30,45 mg/cm3; p = 0,034; BV/TV: 0,114 ± 0,026 vs 0,136 ± 0,029; p = 0,034) e também menores valores em relação a propriedades biomecânicas (Módulo Aparente: 1236 ± 334 vs 1523 ± 367 N/mm2; p = 0,039). Pacientes com fratura vertebral apresentaram maiores índices de SLICC/ACR-DI (0,67 ± 0,78 vs 0,11 ± 0,32; p = 0,002). Parâmetros laboratoriais do metabolismo ósseo foram semelhantes entre os grupos avaliados. Análise de regressão logística incluindo parâmetros que foram significativos na análise univariada revelaram que Tb.DMO (OR:0,98; 95%IC 0,95-0,99; p = 0,039) e SLICC/ACR-DI (OR:7,37; 95% IC 1,75-30,97; p = 0,006) foram fatores de risco independentes para fratura vertebral. Conclusões: Este é o primeiro estudo demonstrando que pacientes com lúpus de início juvenil apresentam alteração na microarquitetura e resistência óssea, particularmente no rádio distal. Além disso, nossos resultados demonstram que as fraturas vertebrais estão associadas a um comprometimento trabecular e também evidenciamos a associação do dano da doença nesta condição de fragilidade óssea / Objective: The aim of this study was to investigate using HR-pQCT the volumetric bone mineral density (vBMD), microarchitecture and biomechanical features at distal radius and tibia, and laboratory bone markers in JoSLE patients compared to controls and determine whether this method can discriminate JoSLE patients with or without VF. Methods: We compared 56 female JoSLE patients with age- and Tanner- matched healthy controls. HR-pQCT was performed at distal radius and at tibia. Serum levels of amino-terminal pro-peptide of type I collagen (P1NP), C-terminal telopeptide of type I collagen (CTX), intact parathormone (iPTH), sclerostin (SOST) and 25 hydroxivitamin D (25OHD) were evaluated. Vertebral fractures (VF) were analyzed by VFA-DXA (Genant\'s method). Results: Reduced parameters of density and strength as well as microarchitecture alteration of cortical and trabecular bone were observed in JoSLE patients compared to controls, mainly at distal radius (p < 0.05). In addition, patients with VF had a significant decrease in trabecular bone parameters solely at distal radius (Total.BMD: 229.45 ± 42.09 vs. 275.93 ± 56.87 mg/cm3; p = 0.034; Trabecular.BMD[Tb.BMD]: 136.96 ± 30.84 vs. 163.17 ± 30.45 mg/cm3; p = 0.034; BV/TV: 0.114 ± 0.026 vs. 0.136 ± 0.29; p=0.034; Apparent modulus: 1,236 ± 334 vs. 1,523 ± 367 N/mm2; p = 0.039) and higher score disease damage (SLICC/ACR-DI: 0.67 ± 0.78 vs. 0.11 ± 0.32; p = 0.002). Bone metabolism markers were alike in all groups evaluated. Logistic regression analysis including parameters that were significant at univariate analysis reveal that Tb.BMD (OR:0.98, 95%CI 0.95-0.99, p = 0.039) and SLICC/ACR-DI (OR:7.37, 95%CI 1.75-30.97, p=0.006) were independent risk factors for vertebral fractures. Conclusion: In conclusion, this is the first demonstration of bone microstructure and strength deficit in JoSLE patients, particularly at distal radius. Furthermore, our results show that VF are associated with trabecular radius compromise and emphasizes the potential detrimental effect of disease damage in this condition
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Estado nutricional, massa óssea, aptidão cardiorrespiratória, força muscular e populações linfocitárias de pacientes com imunodeficiência comum variável / Nutritional status, bone mass, cardiorespiratory fitness, muscle strength and lymphocyte populations of patients with common variable immunodeficiency

Daniel Barreto de Melo 14 August 2017 (has links)
A imunodeficiência comum variável (ICV) é a imunodeficiência primária sintomática mais frequente em adultos, caracterizada pela redução dos níveis séricos de IgG e de ao menos um dos isotipos IgA ou IgM. Em aproximadamente 50% dos casos a imunidade celular também está comprometida, podendo ser detectadas alterações quantitativas e funcionais das populações de linfócitos T. Os pacientes geralmente cursam com infecções crônicas ou recorrentes do trato respiratório e gastrointestinal, sendo comuns também as associações com doenças autoimunes e inflamatórias, doença granulomatosa, linfoproliferações benignas e malignidades como carcinomas e, em especial, linfomas. Como decorrência, os pacientes com ICV mantêm um quadro de inflamação crônica, maior risco de desnutrição, osteoporose e perda de massa muscular, além de menor aptidão cardiorrespiratória e comprometimento da função muscular, os quais mais recentemente têm sido relacionados a alterações de populações linfocitárias T e B em contextos patológicos variados. Este estudo teve por objetivo caracterizar em pacientes com ICV o estado nutricional, a massa óssea, a aptidão cardiorrespiratória e a força muscular e relacioná-los à contagem de subpopulações linfocitárias e parâmetros inflamatórios em sangue periférico. A composição corporal e a massa óssea foram avaliadas por densitometria por dupla emissão de raios-X (DXA), o índice de massa corporal (IMC) a partir do peso e estatura, a aptidão cardiorrespiratória por teste cardiorrespiratório máximo, a força muscular por dinamômetro de mão. As populações linfocitárias de células CD4+, CD8+ e CD19+ no sangue periférico foram avaliadas por citometria de fluxo. Os parâmetros inflamatórios séricos avaliados foram velocidade de hemossedimentação, proteína C reativa (PCR), ferritina, transferrina e beta-2 microglobulina. Realizaram-se testes de comparação entre médias e modelos de regressão linear, assumindo p<0,05. Foram avaliados 34 pacientes com média de idade de 37,3 ± 10,8 anos. Aproximadamente metade dos indivíduos (47,1%) estava eutrófica, 41,2% apresentavam sobrepeso ou obesidade e apenas uma minoria (11,8%) estava desnutrida, sendo a média do IMC do grupo inteiro 24,24 ± 4,64 kg/m2. Apesar da baixa prevalência de desnutrição, 27,7% dos pacientes demonstraram diminuição de massa muscular e 57,6% de massa óssea. Quanto à aptidão cardiorrespiratória e à força muscular, 88,9% e 17,9% dos pacientes foram classificados com baixa aptidão e fraqueza, respectivamente, sendo a média do consumo de oxigênio no pico do exercício (VO2pico) 25,38 ± 6,39 ml/kg/min. No que diz respeito às populações linfocitárias, as médias das contagens de linfócitos foram: CD4+ 615 ± 242 cel/mm3; CD8+ 680 ± 528 cel/mm3 e CD19+ 149 ± 131 cel/mm3. Não foram observadas associações entre a diminuição da capacidade cardiorrespiratória e os valores das diversas subpopulações linfocitárias analisadas. A análise dos modelos de regressão, incluindo variáveis de controle, demonstrou que os níveis mais baixos de linfócitos B CD19+ estavam relacionados à diminuição dos parâmetros de massa muscular; por outro lado, observou-se associação positiva entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a massa magra, massa muscular apendicular (MMA), massa muscular apendicular relativa (MAR), densidade mineral óssea (DMO) lombar e seu T-score, DMO de fêmur total e seus T- e Z-scores, não havendo associação com os marcadores inflamatórios. A partir de valores de linfócitos TCD4+, foi gerado um ponto de corte (650 células/mm3), para maior risco de osteopenia e osteoporose (p=0,029). Quando os pacientes foram distribuídos abaixo ou acima desse valor, foi observada diferença estatística quanto ao peso (p=0,004), massa magra (p=0,027), MMA (p=0,022) MAR (p=0,029), circunferência do braço (p=0,013) e panturrilha (p=0,005), conteúdo mineral ósseo total (p=0,005), DMO lombar (p=0,005) e respectivos T- (p=0,005) e Z-scores (p=0,016), DMO de fêmur (p < 0,001) e seus T- (p=0,001) e Z-scores (p=0,001), DMO de colo de fêmur (p=0,035) e T-score (p=0,041), não sendo significativo apenas para o Z-score do colo femoral (p=0,053). Em conclusão, foram observados em pacientes com ICV o predomínio de eutrofia e sobrepeso; baixa aptidão cardiorrespiratória; diminuição da massa muscular e massa óssea, que apresentou associação aos baixos valores de linfócitos T CD4+; e a relação entre a diminuição da massa e força muscular e a redução dos linfócitos B CD19+. Esses resultados são inéditos e sugestivos de que os valores de linfócitos T CD4+ abaixo de 650 células/mm3 possam ser preditivos para a presença de alterações do metabolismo ósseo e da massa muscular em pacientes com imunodeficiência comum variável / Common variable immunodeficiency (CVID) is the most frequent symptomatic primary immunodeficiency in adults, characterized a marked decrease of serum IgG and of at least one of the isotypes IgA or IgM. Around half of the patients also have impairment of cell-mediated immunity, in which T lymphocytes quantity and function changes can be observed. CVID patients frequently have chronic or recurrent respiratory and gastrointestinal infections, autoimmune, autoinflammatory and granulomatous diseases, benign lymphoproliferative disorders and malignancy, such as carcinoma and especially lymphoma. Thus, they are at a chronic inflammatory state, with a higher risk for malnourishment, osteoporosis and muscle mass loss, besides low cardiorespiratory fitness and muscle strength, which was recently related to T and B lymphocytes changes in different disease contexts. This study aimed to characterize nutritional status, bone mass, cardiorespiratory fitness, muscle strength and link them to lymphocyte populations and inflammatory markers of patients with CVID. Body composition and bone mass were assessed by dual-energy X-ray absorptiometry (DXA), body mass index (BMI) by weight and height, cardiorespiratory fitness by maximal cardiorespiratory fitness test, muscle strength by hand dynamometer. Peripheral blood CD4+, CD8+ and CD19+ lymphocytes were assessed by flow cytometry. Serum inflammatory markers erythrocyte sedimentation rate, C reactive protein, ferritin, transferrin and beta-2 microglobulin were measured. Difference between means and linear regression tests were made, assuming p<0,05. Thirty-four patients with mean age of 37.3 ± 10.8 years were assessed in this study. Mean BMI was 24.24 ± 4.64 kg/m2, in which around half (47.1%) were eutrophic, 41.2% were overweight or obese and the minority (11.8%) was malnourished. Despite low prevalence of malnourishment, 27.7% of the patients had low lean mass and 57.6% had low bone mass. Regarding cardiorespiratory fitness and muscle strength, 88.9% and 17.9% were classified as low and weak, respectively, presenting a VO2peak of 25.38 ± 6.39 ml/kg/min. Concerning lymphocyte populations, CD4+ lymphocyte count was 615 ±242 cells/mm3, T CD8+ was 680 ±528 cells/mm3 and B CD19+ was 149 ±131 cells/mm3. There was no association between cardiorespiratory fitness and lymphocytes subsets counts. Regressions models which included controlling variables showed that lower B CD19+ cells are related to the decrease of muscle mass parameters; on the other hand, we observed a positive association between T CD4+ lymphocyte count and lean mass, appendicular lean mass (ALM), relative ALM, total bone mineral content, lumbar spine bone mineral density (BMD) and its T-score, femur BMD and its T- and Z-score, having no association with inflammatory markers. Using T CD4+ values, a cutoff (650 cells/mm3) was generated for increased risk of osteopenia and osteoporosis (p=0,029). When all patients were divided in two groups, above and below this cutoff, it was seen statistical difference for weight (p=0,004), lean mass (p=0,027), ALM (p=0,022), relative ALM (p=0,029), arm (p=0,013) and calf (p=0,005) circumferences, total bone mineral content (p=0,005), lumbar BMD (p=0,005) and its T- (p=0,005) and Z-scores (p=0,005), femur BMD (p < 0,001) and its T- (p=0,001) and Z-scores (p=0,001), femoral neck BMD (p=0,035) and its T-score (p=0,041), but not for femoral neck Z-score (p=0,053). After all, there were observed the following alterations in patient with CVID: predominance of eutrophy and overweight; low cardiorespiratory fitness; decrease of muscle mass and bone mass, which were associated to lower values of T CD4+ lymphocytes; relationship between the decrease of muscle mass and strength and the decrease of B CD19+ count. Similar data has never been published literature and is highly suggestive that T CD4+ lymphocytes count below 650 cells/mm3 in CVID patients can predictive of changes to the bone metabolism and muscle mass
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Avaliação da qualidade óssea de bovinos / Assessment of bone quality of bovine

Erbereli, Rogério 18 August 2017 (has links)
A qualidade óssea em grandes animais é avaliada pela densidade mineral óssea (DMO) utilizando a técnica de densitometria óptica em imagens radiográficas; o objetivo desse trabalho foi avaliar e comparar a qualidade óssea baseada na microarquitetura de uma forma inédita. Foram selecionados 20 bovinos, 10 da raça Canchim e 10 da raça Nelore, com controle dos processos biológicos e bioquímicos do nascimento até o abate aos 24 meses de idade, antes de entrarem na fase adulta. O osso metatarsal foi escolhido por suportar maior carga e amostras da diáfise do osso cortical seco foram obtidas. A avaliação da estrutura cristalina de ossos metatarsais secos foi realizada utilizando difração de raios X com a aplicação do método de refinamento de Rietveld, avaliando parâmetros de rede, tamanho de cristalito e microdeformação. A técnica de nanoindentação permitiu avaliar os módulos de elasticidade e valores de nanoindentação. A composição química razão cálcio e fósforo do material, resistência à deformação plástica, valores de microdureza, e imagens de microscopia eletrônica de varredura e microscopia óptica foram realizadas. A comparação entre os resultados das duas raças, Canchim e Nelore, dos valores de parâmetros de rede da estrutura cristalina da hidroxiapatita, tamanho de cristalito, microdeformações, relação cálcio e fósforo, microdurezas Vickers/Knoop, nanodureza Vickers e módulo de elasticidade indicaram que a qualidade óssea das raças Canchim e Nelore é estatisticamente semelhante para 30% dos parâmetros estudados e que para os demais 70% dos parâmetros estudados não há semelhança. / The bone quality in large animals is evaluated by bone mineral density (BMD) using the optical densitometry technique in radiographic images; The objective of this study was to evaluate and compare bone quality based on microarchitecture unpublished. Twenty bovines were selected, 10 from the Canchim breed and 10 from the Nelore breed, with control of the biological and biochemical processes from birth to slaughter at 24 months of age, before entering adulthood. The metatarsal bone was chosen because it supported higher load and samples of the diaphysis of the dry cortical bone were obtained. The evaluation of the crystalline structure of dry metatarsal bones was performed using X - ray diffraction with the application of the Rietveld refinement method, evaluating network parameters, crystallite size and microdeformation. The nanoindentation technique allowed to evaluate the modulus of elasticity and nanoindentation values. The chemical composition calcium and phosphorus ratio of the material, resistance to plastic deformation, values of microhardness, and scanning electron microscopy images and optical microscopy were performed. The comparison between the results of the two races, Canchim and Nelore, of the network parameter values of the hydroxyapatite crystal structure, crystallite size, microdeformations, calcium and phosphorus ratio, Vickers/Knoop microhardness, Vickers nanodness and modulus of elasticity indicated that Quality of the Canchim and Nelore races is statistically similar for 30% of the studied parameters and that for the ofter 70% of the studied parameters there is no similarity.
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Estado nutricional, massa óssea, aptidão cardiorrespiratória, força muscular e populações linfocitárias de pacientes com imunodeficiência comum variável / Nutritional status, bone mass, cardiorespiratory fitness, muscle strength and lymphocyte populations of patients with common variable immunodeficiency

Melo, Daniel Barreto de 14 August 2017 (has links)
A imunodeficiência comum variável (ICV) é a imunodeficiência primária sintomática mais frequente em adultos, caracterizada pela redução dos níveis séricos de IgG e de ao menos um dos isotipos IgA ou IgM. Em aproximadamente 50% dos casos a imunidade celular também está comprometida, podendo ser detectadas alterações quantitativas e funcionais das populações de linfócitos T. Os pacientes geralmente cursam com infecções crônicas ou recorrentes do trato respiratório e gastrointestinal, sendo comuns também as associações com doenças autoimunes e inflamatórias, doença granulomatosa, linfoproliferações benignas e malignidades como carcinomas e, em especial, linfomas. Como decorrência, os pacientes com ICV mantêm um quadro de inflamação crônica, maior risco de desnutrição, osteoporose e perda de massa muscular, além de menor aptidão cardiorrespiratória e comprometimento da função muscular, os quais mais recentemente têm sido relacionados a alterações de populações linfocitárias T e B em contextos patológicos variados. Este estudo teve por objetivo caracterizar em pacientes com ICV o estado nutricional, a massa óssea, a aptidão cardiorrespiratória e a força muscular e relacioná-los à contagem de subpopulações linfocitárias e parâmetros inflamatórios em sangue periférico. A composição corporal e a massa óssea foram avaliadas por densitometria por dupla emissão de raios-X (DXA), o índice de massa corporal (IMC) a partir do peso e estatura, a aptidão cardiorrespiratória por teste cardiorrespiratório máximo, a força muscular por dinamômetro de mão. As populações linfocitárias de células CD4+, CD8+ e CD19+ no sangue periférico foram avaliadas por citometria de fluxo. Os parâmetros inflamatórios séricos avaliados foram velocidade de hemossedimentação, proteína C reativa (PCR), ferritina, transferrina e beta-2 microglobulina. Realizaram-se testes de comparação entre médias e modelos de regressão linear, assumindo p<0,05. Foram avaliados 34 pacientes com média de idade de 37,3 ± 10,8 anos. Aproximadamente metade dos indivíduos (47,1%) estava eutrófica, 41,2% apresentavam sobrepeso ou obesidade e apenas uma minoria (11,8%) estava desnutrida, sendo a média do IMC do grupo inteiro 24,24 ± 4,64 kg/m2. Apesar da baixa prevalência de desnutrição, 27,7% dos pacientes demonstraram diminuição de massa muscular e 57,6% de massa óssea. Quanto à aptidão cardiorrespiratória e à força muscular, 88,9% e 17,9% dos pacientes foram classificados com baixa aptidão e fraqueza, respectivamente, sendo a média do consumo de oxigênio no pico do exercício (VO2pico) 25,38 ± 6,39 ml/kg/min. No que diz respeito às populações linfocitárias, as médias das contagens de linfócitos foram: CD4+ 615 ± 242 cel/mm3; CD8+ 680 ± 528 cel/mm3 e CD19+ 149 ± 131 cel/mm3. Não foram observadas associações entre a diminuição da capacidade cardiorrespiratória e os valores das diversas subpopulações linfocitárias analisadas. A análise dos modelos de regressão, incluindo variáveis de controle, demonstrou que os níveis mais baixos de linfócitos B CD19+ estavam relacionados à diminuição dos parâmetros de massa muscular; por outro lado, observou-se associação positiva entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a massa magra, massa muscular apendicular (MMA), massa muscular apendicular relativa (MAR), densidade mineral óssea (DMO) lombar e seu T-score, DMO de fêmur total e seus T- e Z-scores, não havendo associação com os marcadores inflamatórios. A partir de valores de linfócitos TCD4+, foi gerado um ponto de corte (650 células/mm3), para maior risco de osteopenia e osteoporose (p=0,029). Quando os pacientes foram distribuídos abaixo ou acima desse valor, foi observada diferença estatística quanto ao peso (p=0,004), massa magra (p=0,027), MMA (p=0,022) MAR (p=0,029), circunferência do braço (p=0,013) e panturrilha (p=0,005), conteúdo mineral ósseo total (p=0,005), DMO lombar (p=0,005) e respectivos T- (p=0,005) e Z-scores (p=0,016), DMO de fêmur (p < 0,001) e seus T- (p=0,001) e Z-scores (p=0,001), DMO de colo de fêmur (p=0,035) e T-score (p=0,041), não sendo significativo apenas para o Z-score do colo femoral (p=0,053). Em conclusão, foram observados em pacientes com ICV o predomínio de eutrofia e sobrepeso; baixa aptidão cardiorrespiratória; diminuição da massa muscular e massa óssea, que apresentou associação aos baixos valores de linfócitos T CD4+; e a relação entre a diminuição da massa e força muscular e a redução dos linfócitos B CD19+. Esses resultados são inéditos e sugestivos de que os valores de linfócitos T CD4+ abaixo de 650 células/mm3 possam ser preditivos para a presença de alterações do metabolismo ósseo e da massa muscular em pacientes com imunodeficiência comum variável / Common variable immunodeficiency (CVID) is the most frequent symptomatic primary immunodeficiency in adults, characterized a marked decrease of serum IgG and of at least one of the isotypes IgA or IgM. Around half of the patients also have impairment of cell-mediated immunity, in which T lymphocytes quantity and function changes can be observed. CVID patients frequently have chronic or recurrent respiratory and gastrointestinal infections, autoimmune, autoinflammatory and granulomatous diseases, benign lymphoproliferative disorders and malignancy, such as carcinoma and especially lymphoma. Thus, they are at a chronic inflammatory state, with a higher risk for malnourishment, osteoporosis and muscle mass loss, besides low cardiorespiratory fitness and muscle strength, which was recently related to T and B lymphocytes changes in different disease contexts. This study aimed to characterize nutritional status, bone mass, cardiorespiratory fitness, muscle strength and link them to lymphocyte populations and inflammatory markers of patients with CVID. Body composition and bone mass were assessed by dual-energy X-ray absorptiometry (DXA), body mass index (BMI) by weight and height, cardiorespiratory fitness by maximal cardiorespiratory fitness test, muscle strength by hand dynamometer. Peripheral blood CD4+, CD8+ and CD19+ lymphocytes were assessed by flow cytometry. Serum inflammatory markers erythrocyte sedimentation rate, C reactive protein, ferritin, transferrin and beta-2 microglobulin were measured. Difference between means and linear regression tests were made, assuming p<0,05. Thirty-four patients with mean age of 37.3 ± 10.8 years were assessed in this study. Mean BMI was 24.24 ± 4.64 kg/m2, in which around half (47.1%) were eutrophic, 41.2% were overweight or obese and the minority (11.8%) was malnourished. Despite low prevalence of malnourishment, 27.7% of the patients had low lean mass and 57.6% had low bone mass. Regarding cardiorespiratory fitness and muscle strength, 88.9% and 17.9% were classified as low and weak, respectively, presenting a VO2peak of 25.38 ± 6.39 ml/kg/min. Concerning lymphocyte populations, CD4+ lymphocyte count was 615 ±242 cells/mm3, T CD8+ was 680 ±528 cells/mm3 and B CD19+ was 149 ±131 cells/mm3. There was no association between cardiorespiratory fitness and lymphocytes subsets counts. Regressions models which included controlling variables showed that lower B CD19+ cells are related to the decrease of muscle mass parameters; on the other hand, we observed a positive association between T CD4+ lymphocyte count and lean mass, appendicular lean mass (ALM), relative ALM, total bone mineral content, lumbar spine bone mineral density (BMD) and its T-score, femur BMD and its T- and Z-score, having no association with inflammatory markers. Using T CD4+ values, a cutoff (650 cells/mm3) was generated for increased risk of osteopenia and osteoporosis (p=0,029). When all patients were divided in two groups, above and below this cutoff, it was seen statistical difference for weight (p=0,004), lean mass (p=0,027), ALM (p=0,022), relative ALM (p=0,029), arm (p=0,013) and calf (p=0,005) circumferences, total bone mineral content (p=0,005), lumbar BMD (p=0,005) and its T- (p=0,005) and Z-scores (p=0,005), femur BMD (p < 0,001) and its T- (p=0,001) and Z-scores (p=0,001), femoral neck BMD (p=0,035) and its T-score (p=0,041), but not for femoral neck Z-score (p=0,053). After all, there were observed the following alterations in patient with CVID: predominance of eutrophy and overweight; low cardiorespiratory fitness; decrease of muscle mass and bone mass, which were associated to lower values of T CD4+ lymphocytes; relationship between the decrease of muscle mass and strength and the decrease of B CD19+ count. Similar data has never been published literature and is highly suggestive that T CD4+ lymphocytes count below 650 cells/mm3 in CVID patients can predictive of changes to the bone metabolism and muscle mass
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Évaluation de la densité osseuse et du statut nutritionnel en vitamine D chez des enfants prépubères avec allergie au lait non résolue

Perrone, Vanessa 12 1900 (has links)
L'allergie au lait de vache (ALV) représente l'allergie alimentaire la plus fréquemment rencontrée durant l'enfance. Cette allergie a longtemps été reconnue comme transitoire mais des données récentes révèlent que celle-ci est persistante chez environ 15% des enfants qui en sont touchés durant l'enfance, posant ainsi un risque à leur santé. La présente étude examine 26 enfants avec ALV et 12 enfants contrôles recrutés au CHU Sainte-Justine durant l’hiver 2011-2012. L'objectif étant de comparer la densité minérale osseuse (DMO) et les niveaux sériques de 25(OH)D d'enfants prépubères avec ALV non résolue à un groupe contrôle d'enfants avec autres allergies alimentaires, en plus d'évaluer les apports en calcium et en vitamine D ainsi que l'adhérence à la supplémentation chez cette population. La DMO lombaire (L2-L4) ne diffère pas significativement entre les groupes. Cependant, une faible densité osseuse, caractérisée par un score-Z entre -1,0 et -2,0 pour l'âge et le sexe, est détectée chez plus de 30% des enfants avec ALV et plus de 16% du groupe contrôle, sans allergie au lait. Tel qu'attendu, les apports en calcium sont significativement moins élevés chez les enfants avec ALV comparé au groupe contrôle, avec près de 90% de tous nos participants ne rencontrant pas les besoins pour l’âge en vitamine D. Plus de la moitié des enfants avec ALV présentent une concentration de 25(OH)D inférieure à 75 nmol/L. Cependant, notre étude n'a décelé aucune différence entre les niveaux sériques de 25(OH)D des enfants avec ALV comparativement au groupe contrôle. Enfin, l'adhérence à la supplémentation est jugée adéquate chez plus de 75% de notre groupe d'enfants avec ALV, soit ≧ 4 journées par semaine, un facteur aussi associé à une meilleure atteinte de leurs apports nutritionnels en calcium et en vitamine D. Enfin, ces résultats soulignent l'importance de suivre la santé osseuse d'enfants avec ALV ainsi qu'avec allergies multiples, qui présentent un risque de faible densité osseuse. L'intervention nutritionnelle devrait suivre l'adhérence à la supplémentation chez les enfants avec ALV non résolue, afin d'optimiser les apports nutritionnels insuffisants en calcium et en vitamine D / Cow's milk allergy (CMA) is the most frequent food allergy seen during childhood. Though usually recognized as transient, recent data suggest that the evolution of CMA has changed over time, having become more persistent and therefore, more capable of jeopardizing child growth and development. The following study included 26 children with proven CMA and 12 controls, recruited at Sainte-Justine hospital, during the winter of 2011-2012. The aim of this study was to compare bone density and vitamin D status (25(OH)D) in prepubertal children with CMA to a control group of children without milk allergy and to document calcium and vitamin D intake as well as the adherence to supplementation in this population. Bone mineral density did not differ significantly between groups. However, low bone mass, as defined by a z score between -1,0 and -2,0 for gender and age, was detected in over 30% of cow's milk allergic children and in over 16% of allergic controls. Calcium intake was significantly lower in children with CMA. Overall, nearly 90% of our study population failed to meet daily recommended intakes for vitamin D, with over 50% of cow's milk allergic children presenting vitamin D status below 75 nmol/L. No difference was detected regarding vitamin D status between groups. Finally, the majority of children with CMA presented a good adherence to calcium and vitamin D supplementation, ≧ 4 days per week, a factor that was associated with a better overall dietary intake of these nutrients. It is therefore important to follow bone health of children with CMA as well as with multiple food allergies, as they present a risk for low bone mass during a period of skeletal growth. Nutrition interventions should monitor supplement adherence in children with CMA to optimize dietary intake of calcium and vitamin D, which are presently insufficient.
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Suivi longitudinal de la densité osseuse et du statut en vitamine D chez des enfants prépubères avec une allergie au lait de vache non résolue

St-André, Jenny-Lyne 04 1900 (has links)
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