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ViolÃncia infantojuvenil e o territÃrio da escola: o bullying como analisador de processos de subjetivaÃÃo contemporÃneos / Infantojuvenil violence and school territory: bullying as analyser of subjectivity Contemporary processJoÃo Paulo Pereira Barros 19 December 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / nÃo hà / Esta tese explora conexÃes entre a questÃo da violÃncia infantojuvenil e os processos de subjetivaÃÃo contemporÃneos, analisando especificamente uma das modulaÃÃes de violÃncia que mais tem sido destacada em contextos escolares e educacionais: o bullying. Coteja-se o assunto mediante interlocuÃÃes ligadas ao campo da Filosofia da DiferenÃa. Seu objetivo geral foi cartografar o dispositivo-bullying como um analisador de processos de subjetivaÃÃo contemporÃneos. Jà seus intentos especÃficos foram: problematizar questÃes teÃrico-conceituais acerca da violÃncia escolar, articulando-a à reflexÃo sobre a institucionalizaÃÃo e o panorama contemporÃneo da escola; empreender uma discussÃo arquegenealÃgica sobre o bullying, analisando suas condiÃÃes de emergÃncia como subcategoria de violÃncia; analisar modos de operaÃÃo do dispositivo-bullying no cotidiano escolar e seus efeitos de subjetivaÃÃo. A cartografia se delineou em dois momentos: uma arquegenealogia da invenÃÃo da categoria bullying e uma pesquisa-intervenÃÃo sobre como opera tal dispositivo na escola. A pesquisa-intervenÃÃo ocorreu de 2012 a 2013 em uma escola da cidade de ParnaÃba-PI. Dela participaram profissionais da escola; estudantes de 11 a 15 anos e familiares desses estudantes. Na pesquisa-intervenÃÃo, como estratÃgias de produÃÃo de dados, utilizou-se: observaÃÃo participante e produÃÃo de diÃrio de campo; entrevistas semiestruturadas com a direÃÃo da escola; oficinas com docentes e estudantes; rodas de conversas com familiares dos discentes. Como resultados, aponta-se que a categoria bullying inventa-se a partir de deslocamentos dos discursos cientÃfico e midiÃtico sobre violÃncia escolar, deslocamentos esses relacionados: à recomposiÃÃo do territÃrio escolar no contemporÃneo, na transiÃÃo de uma sociedade disciplinar para uma sociedade de controle; ao recrudescimento de um ethos neoliberal, dos dispositivos de seguranÃa e da noÃÃo de âriscoâ na contemporaneidade; Ãs configuraÃÃes das polÃticas de diferenÃa atualmente. A pesquisa-intervenÃÃo no territÃrio escolar complexifica a cartografia do dispositivo-bullying, apontando que ele movimenta discursividades que ratificam processos de naturalizaÃÃo e despolitizaÃÃo da violÃncia escolar, alÃm da reediÃÃo das tensÃes entre indisciplina e violÃncia escolar. No tocante Ãs prÃticas institucionais frente à violÃncia entre pares, sobressaem-se as prÃticas de vigilÃncia e sanÃÃo normalizadora, tais como advertÃncia, suspensÃo, expulsÃo e ampliaÃÃo de monitoramentos eletrÃnicos, alÃm de campanhas de âcultura de pazâ como estratÃgia de prevenÃÃo ao bullying e prÃticas de medicalizaÃÃo e judicializaÃÃo das relaÃÃes escolares. Assim, este estudo sustenta que o dispositivo-bullying opera atualizaÃÃes das articulaÃÃes entre disciplina e biopolÃtica. Ratificando a heterogenidade de prÃticas que atravessam a escola, tambÃm sÃo realÃadas frestas e linhas de fuga em se tratando desses modos de funcionamento ao mesmo tempo individualizantes e totalizantes do dispositivo-bullying, na medida em que, no cotidiano escolar, observaram-se desterritorializaÃÃes e movimentos inventivos que fabulam planos comuns a respeito da problemÃtica das violÃncias infantojuvenis. O texto se des-fecha sustentando que o dispositivo-bullying, importado de outras realidades, constitui uma nova tecnologia de normalizaÃÃo infantojuvenil tecida no bojo das artes neoliberais de governamentalizaÃÃo da vida, filiando-se Ãs tendÃncias retÃricas contemporÃneas sobre a diversidade, as quais, mais do que oferecerem resistÃncia a modos de subjetivaÃÃo hegemÃnicos, consideram a alteridade sob o signo do estereÃtipo e mascaram reais mecanismos de exclusÃo sÃcio-educacional. Contrapondo-se a esse vÃes, a tese sinaliza uma perspectiva Ãtico-estÃtico-polÃtica concernente Ãs violÃncias infantojuvenis que se vivificam no territÃrio escolar. / This is a research about one of the main kinds of infant-juvenile violence related to school routine nowadays: bullying. The argument is based on dialogues related to the field of Phylosophy of Difference. Its main goal was cartographying the bullying-dispositive as an analyzer of contemporary subjectivity processes. Its specific goals were: to problematize theorical and conceptual matters about school violence, articulating it to the reflection about institucionalization and the current situation of school; to undertake an arche-genalogical debate about bullying, analyzing its emergency conditions as a subcategory of violence; to analyze the ways of operation of the bullying-dispositive on school routine and its subjectivity effects. The cartography was designed in two moments: an arche-genealogy of the invention of category bullying and an intervention-research on how such a dispositive operates at school. The intervention-research happened between the years 2012 and 2013 in a school from Fortaleza, Brazil. Attended this research workers from the school; students from 12 to 15 years old and their families. In the intervention-research, as strategies to data outputs, it was used: participant observation and production of field diaries; semi-structured interview with school management; workshops with teachers and students; rounds of conversation with families of students. As results, it is pointed out that the category bullying is invented from displacements of scientific and media speeches. Such displacements are related to: the contemporary recovery of school territory, in the transition of a disciplinary society toward a control society; the recrudescence of a neoliberal ethos, as well as of the security dispositives and the contemporary ideia of risk; the policital shapes of difference nowadays. The intervention-research at school territory makes more complex the cartography of the bullying-dispositive, pointing out that it moves discourses that ratify naturalization processes and depolicization of school violence, in addition to the reissue of tensions between indiscipline and school violence. With regard to institutional practices for facing the peer violence, the highlights were the practices of surveillance and standardization sanction, such as warning, suspension, expulsion and expansion of electronic monitoring, in addition to "culture of peace" campaigns as bullying prevention strategy and medicalization practices as well as making school relations a judiciary issue. Thus, this study argues that the bullying-dispositive operates updates joints between discipline and biopolitics. Ratifying the heterogeneity of practices that cross the school, gaps and creepage distances are also highlighted in the case of these operating modes while individualizing and totalizing of the bullying-dispositive, in that, at school, there were deterritorializations and inventive movements that create common plans about the issue of infant-juvenile violences. The text concludes arguing that the bullying-dispositive, imported from other realities, is a new infant-juvenile standardization technology woven in the bulge of neoliberal arts of life government, and it is affiliated to contemporary retorical trends about diversity, wich, more than offer resistance to hegemonic subjectivity sahpes, consider the alteriry under the sign of stereotype and mask real mechanisms of social and educational exclusion. Opposed to this bias, the thesis indicates an ethical-aesthetic-political perspective concerning the infant-juvenil violences that vivify the school territory.
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Bullying em adolescentes : validade de constructo do questionário de bullying de olweus e associação com habilidades sociaisGonçalves, Francine Guimarães January 2015 (has links)
O bullying é um problema comum entre jovens em idade escolar, nos diferentes países, culturas e níveis socioeconômicos. Trata-se de um comportamento agressivo, ofensivo, repetitivo e frequente, perpetrado por uma pessoa contra outra ou por um grupo contra outros, com a intenção de ferir e humilhar, estabelecendo-se uma relação desigual de poder. O envolvimento com bullying está associado a pior ajustamento psicossocial, problemas de aprendizagem, evasão escolar ou de trocas frequentes de escolas, entre outros. Embora o comportamento de bullying seja multicausal, ainda são escassos estudos que avaliem a relação entre habilidades sociais de adolescentes e bullying. Um dos aspectos que dificultam a realização de pesquisas nessa área está relacionado à falta de instrumentos validados. Os objetivos do presente estudo são verificar a validade de constructo do Questionário de Bullying de Olweus (QBO) versão agressor e versão vítima e verificar a associação entre habilidades sociais e bullying em adolescentes. Trata-se de um estudo com alunos de ambos os sexos, oriundos de escolas da rede pública de Porto Alegre, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, com idade entre 10 e 17 anos. Para verificar o envolvimento com bullying, utilizou-se o QBO, com 23 questões para versão vítima e 23 para versão agressor com quatro opções de resposta (1=nenhuma vez a 4=várias vezes por semana). A validade de constructo foi verificada com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), utilizando-se o modelo de resposta gradual e o crédito parcial generalizado. As habilidades sociais foram avaliadas com o Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA), que é validado no Brasil. Para verificar a associação entre bullying e habilidades sociais, o critério de idade foi de 12 a 17 anos, conforme a recomendação do IHSA. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (CAAE 19651113.5.0000.5338). Os instrumentos, ambos de autorrelato, foram respondidos pelos adolescentes no horário de aula e após a autorização dos pais. Os resultados estão apresentados em dois artigos. No primeiro, foi incluído um total de 703 adolescentes, sendo 380(54%) meninas, com média de idade de 13(DP=1,58) anos. Após a análise para a construção dos escores finais do QBO pelo modelo da TRI, observou-se que a probabilidade de um adolescente responder à opção 3 (uma vez por semana) é zero para ambas as versões. De acordo com as curvas característica do item (CCI), optou-se pela unificação das alternativas 3 e 4 para mensuração mais fidedigna a realidade do comportamento de bullying. Os itens com maior discriminação para classificar como vítima foram, respectivamente, 20 (Disseram coisas maldosas sobre mim ou sobre a minha família); 15 (Fui perseguido[a] dentro ou fora da escola) e 3 (Me ameaçaram). Na versão agressor, os itens com maior discriminação foram, respectivamente, 22 (Forcei a agredir outro[a] colega); 15 (Persegui dentro ou fora da escola) e 3 (Fiz ameaças). No segundo artigo, foram incluídos 467 alunos, sendo 245(52,5%) do sexo feminino, com média de idade de 13,3(DP=1,18) anos. Considerando-se a interação habilidades sociais e sexo, as meninas apresentaram associação significativa com menor frequência do autocontrole (p=0,010) e da civilidade (p=0,031) e maior dificuldade das habilidades de autocontrole (p=0,033) e desenvoltura social (p=0,009). Em relação aos tipos de envolvimento com bullying, 59(12,6%) dos adolescentes classificaram-se como vítima, 60(12,8%) como agressores e 175(37,5%) como agressores vítimas. Observou-se associação significativa entre as meninas vítimas de bullying e maior dificuldade na habilidade de empatia comparada aos meninos (p=0,012) e aos demais tipos de bullying (p=0,022). Também foram as vítimas, independentemente do sexo, que apresentaram maior dificuldade em termos de autocontrole, assertividade, abordagem afetiva e o total das habilidades sociais em comparação aos não envolvidos (p<0,05). Os resultados sugerem que a utilização da TRI permite a construção de uma medida de avaliação mais objetiva e precisa do comportamento de bullying. Por meio da validação de constructo do QBO e da associação com habilidades sociais, o estudo demonstrou que existe um importante déficit de determinadas habilidades sociais nos diferentes tipos de envolvimentos com bullying, principalmente entre as vítimas, quando comparadas aos não envolvidos. Portanto, intervenções que incluam técnicas para melhorar as habilidades sociais podem desempenhar um relevante papel preventivo no envolvimento com bullying no ambiente escolar. / Bullying is a common problem among school-age children and adolescents across different countries, cultures and socioeconomic levels. Bullying consists of the repeated infliction of aggressive and offensive behaviors by one person against another or one group against others, with the intent of hurting or humiliating the victim, resulting in an imbalance of power. Involvement in bullying is associated with issues such as poor social adjustment, learning difficulties, truancy and frequent changes of schools. Although bullying is known to be a multicausal phenomenon, few studies have evaluated the relationship between social skills and bullying in adolescents. A major challenge to research in the area is the lack of validated instruments which can be used to assess either of these variables. The goals of the present study were therefore to evaluate the construct validity of the Olweus Bully/Victim Questionnaire (OBVQ) and investigate the association between social skills and bullying in adolescents. This study involved participants of both genders aged between 10 and 17 years recruited from grades five through nine of public schools in the city of Porto Alegre. Involvement in bullying was evaluated using the OBVQ, which consists of 23 victim questions and 23 bully questions, scored on a scale of 1 (never) to 4 (several times a week). Construct validity was investigated using item response theory (ITR), by means of graduated response and generalized partial credit models. Social skills were evaluated using the Adolescent Social Skills Inventory (ASSI), which has been validated for use in Brazilian adolescents. The association between bullying and social skills was investigated in a sample of 12- to 17-year olds, which corresponds to the age group for which the ASSI was validated. This study was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul and the Municipal Health Service of Porto Alegre (CAAE 19651113.5.0000.5338). The OBVQ and ASSI, both of which are self-report instruments, were administered to adolescents during school hours following parental consent. The results of this procedure are presented in two articles. The first involved a sample of 703 adolescents, of whom 380 (45%) were girls, with a mean age of 12 (SD=1.58) years. The analysis of the IRT model for OBVQ scores revealed that the probability of an adolescent responding to any of the items with option 3 (once a week) was zero in both versions of the questionnaire. Therefore, based on item characteristic curves (ICC), alternatives 3 and 4 were combined to ensure a more reliable measure of bullying behaviors. The most discriminating items in the victim questionnaire were items 20 (One or more classmates said bad things about me or my family); 15 (I was persecuted inside or outside the school) and 3 (I was threatened). The most discriminating items in the bully version were items 22 (Forced someone to hit a classmate); 15 (Persecuted a classmate inside or outside the school) and 3 (Made threats). The second article involved 467 students, of whom 245(52.5%) were female. The mean age of the sample was 13.3 (SD=1.18) years. An interaction between social skills and gender was identified, whereby girls were found to engage less frequently in the behaviors described in the selfcontrol (p=0.010) and civility scales (p=0.031), and found it more difficult to perform the behaviors listed in the self-control (p=0.033) and social ease scales (p=0.009). An analysis of student involvement in bullying revealed that 59 (12.6%) participants were considered victims, 60(12.8%) were classified as bullies and 175(37.5%) were categorized as bullyvictims. Female victims of bullying had more difficulty expressing empathy than boys (p=0.012) and participants with different types of involvement in bullying (p=0.022). Bullying victims of both genders also had more difficulty engaging in the behaviors listed in the self-control, assertiveness, and affective approach subscales, and obtained higher total scores on the difficulty engaging in ASSI behaviors than adolescents not involved in bullying (p<0.05). The results suggested that IRT can be used to develop a more objective and precise measure of bullying. By construct validating the OBVQ and verifying its association with social skills, the present study showed that the latter are significantly impaired in adolescents involved in bullying, especially the victims, as compared to those not involved. Therefore, interventions involving the improvement of social skills may play an important role in preventing bullying in schools.
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Bullying na adolescência : associação entre práticas parentais de disciplina e comportamento agressivo na escolaZottis, Graziela Aline Hartmann January 2012 (has links)
Bullying é o comportamento agressivo, ofensivo, repetitivo e frequente, perpetrado por uma pessoa ou grupo contra outra ou outros, com a intenção de ferir e humilhar, em uma relação desigual de poder. O bullying está associado a uma série de transtornos mentais, com repercussões importantes na vida adulta tanto das vítimas como dos agressores. O envolvimento com a prática de bullying na escola por crianças e adolescentes demonstra uma falha no processo de socialização, do desenvolvimento de empatia e de autocontrole, que uma disciplina parental apropriada deveria prover. Assim, torna-se importante compreender como as práticas utilizadas pelos pais para disciplinar estão associadas à prática de bullying na escola, de forma que intervenções mais abrangentes, além do âmbito escolar, possam ser implementadas. O presente estudo teve como objetivo verificar como práticas usualmente utilizadas pelos pais para disciplinar e controlar o comportamento de seus filhos estão associadas à prática de bullying por seus filhos, comparados com o grupo de adolescentes que não praticam bullying. Tanto práticas punitivas e assertivas, quanto práticas indutivas, positivas, foram investigadas. Especificamente, buscou-se verificar a associação entre o uso parental de punições corporais e agressão psicológica e a prática de bullying por seus filhos no ambiente escolar. Os participantes do estudo foram randomicamente selecionados a partir de uma amostra comunitária de 2.457 adolescentes que participaram do Projeto Transtornos de Ansiedade da Infância e Adolescência (PROTAIA), realizado em seis escolas públicas pertencentes à área de abrangência da Unidade Básica de Saúde Santa Cecília, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, realizado entre 2008 e 2009. Como critérios de inclusão do estudo atual, os adolescentes deveriam ter entre 10 e 15 anos, estarem ainda estudando nas escolas onde foram anteriormente avaliados e estarem presentes na escola no dia da coleta de dados. Uma versão brasileira para o Questionário de Bullying de Olweus foi utilizada para medir a frequência de bullying entre os alunos. O Dimensions of Discipline Inventory (DDI) – Child Report foi utilizado para avaliar a frequência de utilização de práticas parentais de disciplina punitivas e indutivas. Os instrumentos foram respondidos pelos adolescentes após a autorização dos pais. A associação entre prática de bullying e práticas parentais de disciplina foi verificada através de regressão logística. Dos 247 adolescentes avaliados, 98 (39,7%) praticavam bullying na escola uma ou mais vezes por semana, 107(43,3%) informaram terem sido fisicamente punidos no último ano e, destes, 38 (35,5%) referiram receber punições uma ou mais vezes por semana. A maior frequência de utilização de práticas punitivas, tanto pela mãe, quanto pelo pai, mostrou-se significativamente associada à prática de bullying por seus filhos. As mães que mais frequentemente utilizavam punição como disciplina apresentaram quatro vezes maior chance de ter um filho que pratica bullying na escola (OR= 4,36; IC95%= 1,87-10,16; p<0,001). Entre as diversas práticas de disciplina assertiva e punitiva, a agressão psicológica e as punições corporais foram as que apresentaram maior odds ratio; porém, a disciplina indutiva não apresentou associação. Os adolescentes que identificaram a figura paterna como não sendo o pai biológico apresentaram o dobro de chance de praticar bullying (OR=2,21; IC95%=1,25-3,91; p=0,009). O estudo demonstrou que práticas punitivas, usualmente utilizadas pelos pais com o objetivo de disciplinar e controlar o comportamento dos filhos, estão associadas à prática de bullying. Pesquisas que visem identificar por quais processos os diferentes membros da família influenciam o comportamento de bullying são necessárias. / Bullying is conceptualized as repeated behaviors performed by individuals with the intention of imposing psychological and physical harms to, or social isolation for, less powerful peers, through physical, verbal, and relational aggression for an extended period of time. It is associated with mental health problems and it has major consequences through the lifetime. Bullying perpetration at school reveals an impairment in both socialization process and development of empathy and self-control skills; characteristics that a good range of parental discipline should provide. Understanding how parental discipline practices are associated with bullying perpetration may furnish grounds for broader interventions involving families. The present study aimed to investigate the association between common parental discipline practices, either power assertive/punitive or inductive, and adolescent bullying perpetration, compared to students who were not classified as being bullies. Specifically, we looked for associations of corporal punishment and psychological aggression by parents with bullying at school. A random list of adolescents was created out of the database of 2,457 participants from the community screening phase of the PROTAIA Project (Childhood and Adolescence Anxiety disorders Project) , involving six schools of the catchment area of the Primary Care Unit of Hospital de Clínicas de Porto Alegre. The study was carried out between 2008 and 2009. In order to be eligible, participants should still be attending the same school where they were previously assessed, should be present at school on the day of the current data collection, and at an age between 10 to 15 years old. A Brazilian modified version of the Olweus Bully Victim Questionnaire was used to measure the frequency of bullying behavior. The Dimensions of Discipline Inventory (DDI) – Child Report was used to assess the frequency of the parental discipline practices, either power assertive/punitive or inductive. Students completed the questionnaires after parental authorization through a dissent form approach. Associations between the independent variables and the outcome were tested using binary logistic regression. The final sample consisted of 247 students, from which 98 (39.7%) had bullied others at school at least once a week in the current year, and were classified as bullies. Nearly half (n=107; 43.3%) reported having been physically punished in the current year, whereas 38 (35.5%) reported parental corporal punishment at least once a week. The usage of power assertive/punitive discipline, either by the mother or by the father, was significantly associated with their children’s bullying behavior at school. Mothers who mostly used power assertion and punishment as discipline were 4.36 (CI95%: 1.87-10.16; p<.001) times more likely of having a child who bullied others at school. Inductive discipline was not overall associated with bullying (p>.05). Examining each specific parental method within the power assertive/punitive discipline scale, mild forms of corporal punishment, such as spanking, and psychological aggression, either by the mother or the father, had the highest odds ratios. Being disciplined by a father figure who was not the biological father had more than twice the odds (OR=2.21; IC95%=1.25-3.91; p=.009) of the adolescent being a bully. Our study showed that bullying perpetration is strongly associated with common punitive practices used by parents to control their children’s behavior. More research is needed to identify the precise mechanisms by which family member may influence children's bullying behavior.
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O Bullying na escola: uma análise do discurso da mídia impressa pedagógicaNascimento, Talita Maria César 30 May 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2015-05-25T19:06:00Z
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Previous issue date: 2015-05-30 / FACEPE / Esta dissertação, realizada no Programa de Pós-graduação em Educação da UFPE, tem como objeto teórico de estudo o bullying escolarno discurso midiático da revista Nova Escola no período entre os anos de 2008 e 2011. O objetivo desta investigação é fazer emergir o discurso midiático sobre bullying na escola e, assim, compreender qual a rede discursiva que vem se constituindo sobre essa temática em artefatos culturais que têm um papel na formação do sujeito docente. Elegemos para nossa discussão teórico-metodológica a convergência entre a compreensão de cultura como um sistema de significação nos Estudos Culturais e o modo de problematização do discurso por Michel Foucault, prática que forma os objetos de fala. Esse mapa teórico e metodológico nos ajudou a investigar a revista Nova Escola, enquanto um artefato cultural cuja produção e consumo exercem um papel na estruturação dos sujeitos e das práticas sociais; permitiu entender as condições internas de produção e existência do discurso bullying na revista Nova Escola, bem como a maneira como podem intervir na formação do sujeito pedagógico. De forma mais específica, alisamos as regras do discurso sobre o bulllying na Revista Nova Escola. A análise indica que o discurso do bullying na escola se sustenta na atualidade em uma coexistência com outros objetos de saber, como gênero, raça, sexualidade, homofobia, violência doméstica, delinquência juvenil, diferença de classe social. Constatamos que o bullying, como formação discursiva, abarca não somente aspectos relacionados a dimensões psicológicas e cognitivas de indivíduos envolvidos. O bullying está na esteira de reflexões críticas e aprofundadas sobre educação, cultura, família, saúde pública, igualdade social, políticas públicas, ações da área jurídica e uma série de desdobramentos temáticos pertinentes às práticas da sociedade. Os sujeitos e lugares de onde emerge o discurso são psicólogos, psiquiatras, professores, pesquisadores, autores de livros sobre o assunto, ONGs, que enunciam o discurso e vão contribuindo para a sua construção. Pudemos observar que, na medida em que o discurso bullying vai tomando forma e ganhando cada vez mais destaque no cenário midiático, recai sobre a escola e consequentemente no professor a cobrança de lidar com o problema e de promover ações de intervenção e combate ao bullying em suas práticas. Nesse processo, crescem as matérias veiculadas na revista Nova Escola com dicas, sugestões, métodos de abordagem com os alunos e exemplos de ações já realizadas contra o bullying que obtiveram sucesso. Há, assim, uma apropriação explícita do discurso pedagógico pelo discurso midiático. A revista lança mão em seus textos de sugestões e orientações didáticas que dizem o que fazer, que trazem uma receita pronta de como agir diante do problema, ou seja, de como ser um professor que combate o bullying, que está envolvido em algum projeto com seus alunos com vistas à erradicação do problema na escola. O conjunto de enunciados do bullying na revista Nova Escola chama o professor a uma nova realidade, propõe discussões e práticas educativas que produzem no sujeito pedagógico novas maneiras de ser, de trabalhar, de relacionar-se com os indivíduos e com o cotidiano da escola.
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Fenômeno bullying : um estudo de caso sobre a violência simbólica no Colégio de Aplicação de Sergipe / BULLYING PHENOMENON: a case study of symbolic violence in the college application sergipeMendes, Gisele Millen 14 June 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the last years, news media and magazines of national coverage, constantly commentate on the bullying phenomenon. Bullying is a word from British origin, and it has no translation into Portuguese. It is a kind of violence that may happen among students of private as well as public schools, unleashed in a repeated form against one single and same victim along the time and within an instability of power, and it may cause irreparable psychological damages to psychism, to the personality, character and self - esteem of its victims, with consequences along all life. The phenomenon Bullying has been in practice for a long time at schools and is characterized as a symbolic and shrouded violence. As a matter of fact, students as well as educators have experienced it many times and don‟t know how to deal with it, mostly on prejudicing and disrespect situations to the others. No doubt the damages such problem cause to its victims, but it is necessary to make it clear that plays among students are not only important, but necessary to develop their identities and inter personal relations. The aim of this research is to understand if students suffer such problems on their dignities and if there is a demand to the recognition of the differences in CODAP Colégio de Aplicação , in Universidade Federal de Sergipe, at São Cristovão County-SE. It is a qualitative research, with some quantitative data, like data collection instruments that were used besides the literature review about the essay, questionnaires, with opened and closed questions for 82 students from the 6o. to the 9o. year of Fundamental Level, semi structured interviews with 14 teachers, Directors, Vice Directors, Pedagogical Supervisors, Phsycologists, Educational Orientators and general services workers of the school and observations of its common life. The majority of the teachers and students knew nothing about the subject, even though they thought the research was relevant to the school. For some interviewed teachers and office workers, the phenomenon bullying is practically non existing in the school; the plays, according to students‟ ages are the ones they refer to. 12 students were interviewed with the objective to clarify at what moment such plays turn into violence and which are the most common problems at school. As a result of the research, we can see that 62% of the interviewed students either were or are victims of some kind of prejudice in the researched school, but more than half of them don‟t bother with the annoyance and provocations. Such data demonstrate that it is necessary to go beyond the appearances of the results and take in consideration the students‟ perception related to the subject. / Nos últimos anos os noticiários e revistas de circulação nacional comentam sobre o fenômeno bullying de forma constante. Bullying é uma palavra de origem inglesa, sem tradução para o português. É um tipo de violência que pode acontecer entre os alunos, de escolas públicas ou privadas, desencadeada de forma repetida contra uma mesma vítima ao longo do tempo e dentro de um desequilíbrio de poder, podendo causar danos psicológicos irreparáveis ao psiquismo, à personalidade, ao caráter e à auto-estima de suas vítimas, manifestando suas sequelas ao longo de toda a vida. O fenômeno Bullying vem sendo praticado há muito tempo nas escolas e se caracteriza como uma violência simbólica e velada. De fato, como estudantes ou educadores, todos já o presenciaram, e muitas vezes não se sabe o que fazer em situações de preconceito e desrespeito ao outro. Não se discutem os males que este problema causa às suas vítimas, porém, é preciso deixar claro que as brincadeiras entre os alunos são importantes e necessárias para o desenvolvimento das suas identidades e das relações interpessoais. O objetivo desta pesquisa é entender se os alunos sofrem este problema na sua dignidade e se existe uma demanda por reconhecimento das diferenças no CODAP Colégio de Aplicação, situado no campus da Universidade Federal de Sergipe, no município de São Cristóvão-SE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com alguns dados quantitativos, pois instrumentos de coletas de dados foram utilizados, além da revisão da literatura sobre o tema, questionários, com perguntas abertas e fechadas para 82 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, entrevistas semi-estruturadas com 14 docentes, direção, vice-direção, supervisão pedagógica, psicóloga, orientadora educacional e auxiliar de serviços gerais da escola e observações do seu cotidiano. A maioria dos docentes e discentes desconhecia o assunto, apesar de acharem que a pesquisa seria muito relevante para o colégio. Para alguns docentes e funcionários entrevistados, o fenômeno bullying praticamente não existe na escola, o que existem são brincadeiras próprias da idade. Foram entrevistados 12 alunos com o objetivo de esclarecer em que momento a brincadeira se transforma em violência e quais são os problemas mais comuns na escola. Como resultado da pesquisa, percebeu-se que 62% dos alunos entrevistados já foram ou são vítimas de algum tipo de preconceito na escola pesquisada, porém, mais da metade destes alunos não se incomoda com as provocações. Este dado demonstra que é preciso ir além das aparências dos resultados e levar em conta a percepção dos alunos com relação ao assunto.
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Prevalência de bullying no cenário escolar do Recife e sua associação com fatores sociodemográficos e estilo parentalVIEIRA, Ricardo Alexandre Guerra 17 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-07-22T14:14:54Z
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Previous issue date: 2016-02-19 / CNPq / O objetivo deste estudo de corte transversal foi avaliar a prevalência de bullying e a associação entre bullying, fatores sociodemográficos e estilo parental em escolas públicas de ensino fundamental da Cidade do Recife. Os instrumentos de pesquisa foram o Formulário de Registro de Informações Pessoais, os critérios de classificação Econômica Brasil e o bullying questionário. Os dados foram pré-codificados e processados em microcomputador, pelo Programa SPSS versão 22. Em relação aos desfechos relacionados ao bullying foram criadas as seguintes variáveis: “sofreu”, “praticou”, “sofreu e/ou praticou bullying” e “não sofreu e não praticou bullying”. As variáveis explanatórias foram “sexo”, “faixa etária”, “cor da pele”, “ano escolar”, “localização da escola”, “classe social”, “grau de instrução do responsável” e “estilo parental”. A associação entre a variável dependente e as variáveis independentes foi realizada através do teste Qui-quadrado de Pearson ou teste de Qui-quadrado com correção de Yates, utilizando o nível de significância de 5%. Como medida de associação univariada foi calculada a Razão de Prevalência e seus respectivos intervalos de confiança. Para avaliar o efeito independente das variáveis explanatórias em relação ao desfecho, foi realizada a análise de regressão multivariada log-binomial. Utilizou-se o nível de significância de p<0,20 da estatística univariada no teste do qui-quadrado para selecionar as variáveis que entrariam no modelo final de análise multivariada. Os resultados indicaram que do total dos investigados, 48,66% se envolveram como vítimas e/ou praticantes de bullying, enquanto que 30,36% declararam terem sofrido e 23,66% praticado o fenômeno. Houve associação estatisticamente significante em relação às prevalências de quem “sofreu bullying” quanto à localização da escola (RPA “4”), de quem “praticou bullying” quanto à localização da escola (RPA’s “4” e “6”), as classes sociais “D e E”, a faixa etária compreendida entre “10 e 13” anos e o grau de instrução “fundamental II completo/médio incompleto”, de quem “sofreu e/ou praticou bullying” com relação às classes sociais “D e E” e as RPA’s “4” e “6”, e, de quem “não sofreu e não praticou bullying” em relação as RPA’s “1” , “2” “3” e “5”, o estilo parental “negligente” e as classes sociais “B2” e “C1”. A sensação predominante das vítimas em relação à intimidação sofrida foi “se sentiu mal” (40,4%), mas chamou atenção o fato do sentimento de “não se incomodar” ter tido um percentual destacado dentre as respostas (24,3%). No que se refere à influência das práticas educativas adotadas pelas famílias foi observada associação estatística entre “estilo parental negligente” e a prevalência de quem “não sofreu e não praticou bullying”. Conclui-se que a prevalência de bullying sofrido pelos indivíduos pesquisados apresentou um percentual elevado, mas se encontra em acordo com os parâmetros indicados pela literatura. A localização da escola, o grau de instrução dos responsáveis, a classe social e a faixa etária dos alunos foram associados ao fenômeno. Esses dados precisam ser considerados na busca de soluções para o enfrentamento do problema e demonstra a necessidade de se vincular às particularidades da escola e da população que a frequenta quando se estuda o fenômeno bullying. / The objective of this study was cross-sectional cohort to evaluate the prevalence of bullying and the association between bullying, sociodemographic factors and parental style in public elementary schools of the city of Recife. The research instruments were the Personal Information Registration Form, the criteria for classification Economic Brazil and the questionnaire bullying. Data were pre-coded and processed in a personal computer, by using SPSS software version 22. In relation to bullying-related outcomes, the following variables were created, "suffered", "practiced", "suffered and / or practiced bullying" and "did not suffer and practiced not bullying. " The explanatory variables were "sex", "age", "skin color", "school year", "school location," "class," "educational level of responsibility" and "parenting style". The association between the dependent variable and the independent variables was performed using Pearson's chi-square test or chi-square test with Yates correction, using a significance level of 5%. As univariate association measure was calculated prevalence ratio and their confidence intervals. To assess the independent effect of the explanatory variables on the outcomes, the analysis of log-binomial multivariate regression was performed. p significance level of <0.20 in the univariate statistics in the chi-square test to select the variables that enter the final model of multivariate analysis was used. The results indicated that the total surveyed, 48.66% were involved as victims and / or bullying practitioners, while 30.36% said they suffered and 23.66% practiced phenomenon. There was a statistically significant association in relation to the prevalence of those who "bullied" as the school's location (RPA "4"), who "practiced bullying" as the school's location (RPA's "4" and "6"), classes social "D and E", the age group between "10:13" years and the level of education "fundamental complete II / Some school", who "suffered and / or practiced bullying" in relation to social class "D and E "and the RPA's" 4 "and" 6 ", and who" did not suffer and practiced not bullying "over the RPA's" 1 "," 2 "," 3 "and" 5 "parenting style" negligent " and social class "B2" and "C1". The predominant feeling of the victims regarding the intimidation suffered was "felt bad" (40.4%), but drew attention to the fact that the feeling of "not bothering" have had a percentage prominent among the answers (24.3%) . With regard to the influence of the practices adopted by families was no association between "negligent parenting style" and the prevalence of those who "did not suffer and practiced not bullying." We conclude that the prevalence of bullying suffered by the individuals surveyed had a high percentage, but is in accordance with the parameters set out in the literature. The school location, the level of education of responsible, social class and age group of the students were associated with the phenomenon. These data need to be considered in the search for solutions to address the problem and demonstrates the need to link the school and particularities of the population that attends when studying the bullying phenomenon.
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Apego, autoconsciência e bullying escolarSANTOS, Jullyane Jocilene Souza 20 February 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-08-15T12:21:11Z
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Previous issue date: 2015-02-20 / O bullying escolar é um comportamento agressivo deliberado no qual uma(s) pessoa(s) inflige repetidamente outra(s) que é incapaz de se defender. Apesar da pluralidade de variáveis envolvidas no fenômeno, os achados da literatura mostram que há uma estreita relação entre a qualidade da vinculação afetiva entre mãe e criança e o nível de competência social para tornar-se um adolescente vítima ou praticante de bullying. Também se encontram indícios de que praticante e vítima apresentam formas particulares de refletir sobre a própria experiência subjetiva, quer sejam motivados pela qualidade de suas respectivas vivências de apego, quer sejam motivados pelas suas respectivas vivências escolares. Nesse sentido, a autoconsciência reflexiva constitui um modo epistemológico de refletir sobre si mesmo regado pelo autoconhecimento, ao passo que a autoconsciência ruminativa constitui uma maneira ansiosa de refletir sobre si mesmo, regado por aflição psicológica. Este estudo teve como objetivo elucidar as relações entre a prática e a vitimização no bullying e variáveis externas associadas como tipos de padrões de apego (seguro/inseguro) e estilos de autoreflexão (ruminação/reflexão). Para fins de testar a hipótese foi realizada uma pesquisa da qual participaram 293 adolescentes apresentando idades entre 12 e 18 anos. Para efetivação do objetivo, a aplicação de três escalas psicométricas – Escala de Disposição ao Bullying; Escala de Autoconsciência Situacional; e Escala das Experiências de Apego nas Relações de Amizade - foi coletiva em cada uma das salas de aula na qual a coleta de dados foi realizada após as garantias éticas vinculadas ao processo. Além das medidas relatadas os participantes também responderam um Questionário Sóciodemográfico contendo duas variáveis de interesse para este estudo (Sexo e Grau de União Familiar). Os dados foram tratados através do software estatístico SPSS, com o qual foram levantadas as principais estatísticas descritivas, após o que se procedeu a avaliação das características psicométricas das escalas do estudo com apoio em procedimentos da Análise Fatorial e Psicometria, tendo-se encontrado uma adequação dos instrumentos para uso no teste empírico da hipótese. Análises subseqüentes foram efetuadas com apoio nos coeficientes de correlação de Pearson, e Spearman, Regressões passo-a-passo e análise multivariada não métrica tipo SSA (Análise de Estrutura de Similaridade), para exame das inter-relações entre as variáveis, interpretados à luz da teoria das facetas. Entre os resultados elencamos: 1) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Prática de Bullying; 2) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Evitante, Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Vitimização; 3) Correlação Positiva entre Disposição à Vitimização e Autofoco Ruminativo; Correlação Positiva entre Disposição à Prática, Autofoco Ruminativo e Reflexivo. O bullying escolar é um tipo de violência cujos riscos de prática e de vitimização podem vir a ser incidentes em adolescentes cujos vínculos de apego são inseguros, o que confirma a importância crucial da relação entre pais e filhos tanto para o desenvolvimento dos padrões relacionais afetivos quanto para a aquisição da capacidade de autoconsciência reflexiva, sendo ambas as condições determinantes para conduzir-se socialmente no ambiente escolar. Concluímos a pesquisa atestanto que as disposições à prática e à vitimização no bullying escolar apresentam enlances desenvolvimentais com os vínculos de apego, e estes últimos com as disposições para as formas reflexivas de autofoco. / O bullying escolar é um comportamento agressivo deliberado no qual uma(s) pessoa(s) inflige repetidamente outra(s) que é incapaz de se defender. Apesar da pluralidade de variáveis envolvidas no fenômeno, os achados da literatura mostram que há uma estreita relação entre a qualidade da vinculação afetiva entre mãe e criança e o nível de competência social para tornar-se um adolescente vítima ou praticante de bullying. Também se encontram indícios de que praticante e vítima apresentam formas particulares de refletir sobre a própria experiência subjetiva, quer sejam motivados pela qualidade de suas respectivas vivências de apego, quer sejam motivados pelas suas respectivas vivências escolares. Nesse sentido, a autoconsciência reflexiva constitui um modo epistemológico de refletir sobre si mesmo regado pelo autoconhecimento, ao passo que a autoconsciência ruminativa constitui uma maneira ansiosa de refletir sobre si mesmo, regado por aflição psicológica. Este estudo teve como objetivo elucidar as relações entre a prática e a vitimização no bullying e variáveis externas associadas como tipos de padrões de apego (seguro/inseguro) e estilos de autoreflexão (ruminação/reflexão). Para fins de testar a hipótese foi realizada uma pesquisa da qual participaram 293 adolescentes apresentando idades entre 12 e 18 anos. Para efetivação do objetivo, a aplicação de três escalas psicométricas – Escala de Disposição ao Bullying; Escala de Autoconsciência Situacional; e Escala das Experiências de Apego nas Relações de Amizade - foi coletiva em cada uma das salas de aula na qual a coleta de dados foi realizada após as garantias éticas vinculadas ao processo. Além das medidas relatadas os participantes também responderam um Questionário Sóciodemográfico contendo duas variáveis de interesse para este estudo (Sexo e Grau de União Familiar). Os dados foram tratados através do software estatístico SPSS, com o qual foram levantadas as principais estatísticas descritivas, após o que se procedeu a avaliação das características psicométricas das escalas do estudo com apoio em procedimentos da Análise Fatorial e Psicometria, tendo-se encontrado uma adequação dos instrumentos para uso no teste empírico da hipótese. Análises subseqüentes foram efetuadas com apoio nos coeficientes de correlação de Pearson, e Spearman, Regressões passo-a-passo e análise multivariada não métrica tipo SSA (Análise de Estrutura de Similaridade), para exame das inter-relações entre as variáveis, interpretados à luz da teoria das facetas. Entre os resultados elencamos: 1) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Prática de Bullying; 2) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Evitante, Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Vitimização; 3) Correlação Positiva entre Disposição à Vitimização e Autofoco Ruminativo; Correlação Positiva entre Disposição à Prática, Autofoco Ruminativo e Reflexivo. O bullying escolar é um tipo de violência cujos riscos de prática e de vitimização podem vir a ser incidentes em adolescentes cujos vínculos de apego são inseguros, o que confirma a importância crucial da relação entre pais e filhos tanto para o desenvolvimento dos padrões relacionais afetivos quanto para a aquisição da capacidade de autoconsciência reflexiva, sendo ambas as condições determinantes para conduzir-se socialmente no ambiente escolar. Concluímos a pesquisa atestanto que as disposições à prática e à vitimização no bullying escolar apresentam enlances desenvolvimentais com os vínculos de apego, e estes últimos com as disposições para as formas reflexivas de autofoco.
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Bullying e sua prevenção: concepções e práticas de psicólogos escolaresAndrade, Géssica Castellani 20 February 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-02-19T14:25:30Z
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Previous issue date: 2014-02-20 / A violência escolar tem adquirido grande visibilidade na sociedade e o bullying, em específico, vem tomando proporções alarmantes com destaque inclusive nas mídias. O termo Bullying é de origem anglo-saxônica e vem da expressão “to bully”, que significa agredir, intimidar, maltratar. Embora o conceito de bullying não seja consensual na literatura, pode-se compreendê-lo como um comportamento agressivo, persistente e repetido, com a intenção de causar dano físico ou moral em um ou mais estudantes que são mais fracos e incapazes de defender-se, que é mantido apesar da emissão de sinais claros de oposição e desagrado por parte do alvo. Dentre as figuras envolvidas no bullying estão os agressores, as vitimas, as vítimas/agressoras e os observadores, que não estão diretamente envolvidos mas convivem num ambiente onde a problemática ocorre. Destaca-se ainda o papel da instituição escolar, seus gestores e, em especial, dos psicólogos escolares, como fundamentais na implementação de programas para identificar, intervir e prevenir o bullying de forma eficiente. O presente estudo visou investigar as concepções e as práticas adotadas por psicólogos escolares que atuam na cidade de Juiz de Fora e que se dirigem a prevenir e intervir em situações de bullying no contexto escolar. Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética, foi realizado o levantamento dos psicólogos escolares atuantes em escolas públicas e privadas da cidade, com o posterior convite a estes profissionais para a participação da pesquisa. Foram entrevistados 12 psicólogos escolares, utilizando-se um questionário de identificação e um roteiro semi-estruturado. O primeiro continha informações sobre sexo, idade, vínculo com a instituição, tempo de atuação na instituição de ensino, etc.; e o segundo abarcou 13 perguntas distribuídas a partir de 3 temáticas, a saber: concepções sobre o bullying, práticas adotadas e prevenção. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática e estrutural (Bardin, 2011). Os resultados demonstraram que a maioria dos psicólogos escolares buscou formação complementar através de cursos de pós-graduação, embora relatem escassez de capacitação no que tange ao bullying em seu contexto de trabalho. Os profissionais possuem conhecimentos e práticas limitadas e pouco consistentes no âmbito do bullying, com um foco reativo a despeito da prevenção. Desta forma, não foram identificados projetos preventivos amplos, que envolvessem toda a escola, o que vai de encontro com a literatura nacional e internacional sobre o tema. A família foi apontada como a principal fonte causadora do bullying e como o principal responsável por sua prevenção, apontando para uma dificuldade dos psicólogos assumirem a responsabilidade pela intervenção e prevenção. Identifica-se a necessidade de que o psicólogo escolar esteja preparado para intervir e prevenir o bullying no contexto escolar, com uma atuação proativa visando promover saúde psicológica e competências para o desenvolvimento humano. / School violence has acquired great visibility in society and bullying, in particular, has taken alarming proportions with highlights including the media. The term bullying is of Anglo-Saxon origin and comes from the expression "to bully", meaning harm, intimidate, abuse. Although the concept of bullying is no consensus in the literature, we can understand it as an aggressive, persistent and repeated behavior with intent to cause physical or mental harm to one or more students who are weaker and unable to defend themselves. That is maintained despite the issuance of clear signs of opposition and disapproval from the target. Among the figures involved in bullying are the aggressors, victims, victims/aggressors and the observers, who are not directly involved but live in an environment where the problem occurs. Another highlight is the role of the school, their managers and school psychologists as fundamental to implement programs to identify, intervene and prevent bullying efficiently. The present study aimed to investigate the concepts and practices for school psychologists who work in the city of Juiz de Fora and who turn to prevent and intervene in bullying situations in the school context. After the project was approved by the Ethics Committee, the acting school psychologists survey was conducted in public and private schools in the city, with a further invitation to these professionals for research participation. 12 school psychologists were interviewed using a questionnaire identification and a semi-structured script. The first contained information on gender, age, relationship with the institution, work experience in the educational institution, etc., and the second encompassed 13 questions distributed from 3 themes, namely: Conceptions about bullying , practices and prevention. The interviews were recorded, transcribed and analyzed for thematic and structural content (Bardin, 2011). The results showed that most school psychologists sought additional training through postgraduate courses, although to report lack of training in relation to bullying in their work context. Professionals possess knowledge and limited and inconsistent practices within the bullying, with a reactive despite prevention focus. Thus, no broad preventive projects, involving the whole school, which goes against the national and international literature on the topic were identified. The family was highlighted as the main root causes of bullying and how the primary responsibility for prevention, pointing to a difficulty of identifying the school psychologists and relational factors involved in the phenomenon, taking responsibility for intervention and prevention. Identifies the need for the school psychologist is prepared to intervene and prevent bullying in the school context, with a proactive approach to promote psychological health and skills for human development .
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Construção e validação de conteúdo de escala para estudantes de graduação sobre a ocorrência de violência interpessoal (\"bullying\") / Construction and content validation of a scale to undergraduate students on the occurrence of interpersonal violence (\"bullying\"Matheus Francoy Alpes 21 June 2018 (has links)
A violência interpessoal/bullying (VIP-B) pode ser comum no ensino superior e afetar o ajustamento e adaptação de estudantes à Universidade e a sua saúde mental. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar o conteúdo de uma escala sobre violência interpessoal (\"bullying\") no contexto da graduação. Um estudo exploratório anterior identificou diferentes categorias, incluindo violência na relação veteranocalouro, na relação professor-aluno, devido à orientação sexual e gênero; devido a características pessoais, origem étnica e classe social. Essas categorias deram origem à construção de uma versão inicial, com 83 afirmativas em uma Escala Likert de 5 pontos. Dez juízes especialistas com experiência profissional em violência e construção de escalas avaliaram esta versão e a concordância entre eles (valor do índice de validade do conteúdo: > 0,80) foi utilizada para manutenção dos itens da escala. A avaliação dos juízes levou à exclusão de 27 afirmativas e à adoção de uma escala Likert de quatro pontos para as respostas. Os juízes concordaram que os itens restantes eram pertinentes, significativos e estavam apresentados na ordem correta, com clareza, coerência e abrangência suficientes. Linguagem, layout e instruções para preenchimento e resposta também foram considerados apropriados. A versão final foi aplicada a estudantes (N=20) que concordaram que a escala era totalmente compreensível (18/20) ou quase compreensível (2/20), com todos os itens fáceis de responder. Com base no julgamento dos juízes e na opinião dos estudantes que participaram da aplicação piloto, a versão final de 56 itens da escala VIP-B foi composta e está pronta para ser submetida a outros procedimentos para validação completa (homogeneidade, fidedgnidade, consistência interna). Este estudo seguiu as etapas recomendadas na literatura para a construção e validação de conteúdo de instrumentos estruturados. O trabalho adicional com maior número de alunos permitirá completar a validação psicométrica da escala. A medição de VIP-B usando um instrumento válido e confiável é importante, pois essas situações podem afetar o ajustamento do estudante à Universidade e influenciar negativamente a aprendizagem e permanência estudantil. / Interpersonal violence/bullying (IPV-B) may be common in higher education and may affect the adjustment and adaptation of students to the university and their mental health. This study aimed at developing and validating the content of a scale on interpersonal violence (\"bullying\") in the context of undergraduate courses in health sciences. An earlier exploratory study identified different categories, including violence: in the veteran-freshman relationship, in the teacher-student relationship, against the woman, motivated by sexual orientation, personal characteristics, ethnic origin and social class. These categories gave rise to the construction of an initial 83- item version in a 5-point Likert Scale. Ten expert referees with professional experience in violence and scale construction evaluated this version and the agreement between them (value of content validity index: > 0.80) was used to maintain or exclude items from the scale. Referee evaluation led indeed to the exclusion of 27 items and the adoption of a 4-point Likert Scale. Referees did agree that the remaining items were relevant, meaningful and presented in the correct order, with sufficient clarity, coherence and comprehensiveness. Language, layout and instructions for completion and response were also considered appropriate. The final version was applied to undergraduate students (N = 20) who agreed that the scale was fully understandable (18/20) or almost comprehensible (2/20), with all items considered easy to answer. Based on referee judgment and students opinion, a final 56-item version of the IPV-B scale was composed and is ready for procedures aiming at completing validation (homogeneity, reliability, internal consistency). This study followed the steps recommended in the literature for the construction and content validation of structured instruments. Additional work with larger number of students will allow the psychometric validation of the scale to be completed. The measurement of IPV-B using a valid and reliable instrument is important, since these situations may affect student adjustment to the University and negatively influence learning and permanence.
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Bullying: prevalência, tipos e ocorrência de lesões maxilofaciais em escolares de 13 a 17 anos de Campina Grande-PB / Bullying: prevalence, types and occurrence of maxillofacial injuries in schoolchildren 13-17 years of Campina Grande-PBSantos, Jalber Almeida dos 25 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Objective: To investigate the prevalence and types of bullying, in addition, the incidence of maxillofacial injuries in victims of bullying by physical aggression in schoolchildren from 13 to 17 years of municipal schools in Campina Grande-PB, as well as analyze associated factors. Methodology: It was used simple random sampling for the selection of 525 schoolchildren from 14 public schools in the 3
rd
and 4
th
cycles. Data collection was performed by a single researcher using the TMR (Training and Mobility on Research) model questionnaire on bullying and a specific questionnaire for injuries of the maxillofacial complex. Were considered as victims of bullying students who admitted to suffer this kind of violence three or more times in the year of data collection. The data were stored in SPSS and analyzed using descriptive and analytics statistics through the chi-square and Fisher's exact tests
(p<0.05). Results : The average age of students was 14.22 years (± 1.14), 54.1% female. Among those surveyed, 23.6% were characterized as victims of bullying, most of them with 14 years of age (27.3%), male (31.5%), the 7
th
year (25.3%), with 4 or 5 good friends in class (27.1%), with no difference in involvement between the analyzed school shifts (morning and afternoon). There was an association between gender and the occurrence of school bullying (p<0.001). The most prevalent type of bullying was verbal (87.7%), followed by relational (37.7%) and physical (19.7%). The victims reported suffering physical abuse in 18.0% of cases and the jerks appeared as the main form of aggression (72.7%). Regarding the affected location of the body, face injuries accounted for 36.4%, among these, 50.0% reached the oral cavity with 100% involvement of soft tissue, and lips regions were the most affected (50.0%). Conclusion: It is concluded that there is a high prevalence of bullying, with boys constituting the main victims, the predominant type is the verbal bullying. The jerks were the main form of aggression, being the face the most affected region of maxillofacial complex. / Objetivo: Verificar a prevalência e os tipos de bullying, além, da ocorrência de lesões maxilofaciais nas vítimas de bullying por agressão física em escolares de 13 a 17 anos da rede municipal de ensino de Campina Grande-PB, bem como, analisar os fatores associados. Metodologia: Utilizou-se a amostragem aleatória simples para a seleção dos 525 escolares de 14 escolas municipais do 3° e 4° ciclos. A coleta de dados foi realizada por um único pesquisador, utilizando como instrumentos de pesquisa o questionário sobre bullying Modelo TMR (Training and Mobility on Research) e um formulário específico para lesões no complexo maxilofacial. Considerou-se como vítimas de bullying os alunos que admitiram sofrer esse tipo de violência por 3 ou mais vezes no ano da coleta. Os dados foram armazenados no SPSS e analisados por meio da estatística descritiva e analítica, através dos testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher (p<0,05). Resultados: A média de idade dos escolares foi de 14,22 anos (±1,14), sendo 54,1% do gênero feminino. Dentre os pesquisados, 23,6% foram caracterizados como vítimas de bullying, com a maioria de 14 anos de idade (27,3%), do gênero masculino (31,5%), do 7° ano de escolaridade (25,3%), com 4 ou 5 bons amigos na turma (27,1%), não existindo diferença de envolvimento entre os turnos escolar analisados (manhã e tarde). Houve associação entre o gênero do escolar e a ocorrência de bullying (p<0,001). O tipo de bullying mais prevalente foi o verbal (87,7%), seguido do relacional (37,7%) e do físico (19,7%). As vítimas reportaram sofrer agressões físicas em 18,0% dos casos e os empurrões se configuraram como as principais formas de agressão (72,7%). Com relação ao local do corpo atingido, lesões na face representaram 36,4%, dentre estas, 50,0% atingiram a cavidade oral com 100% de envolvimento de tecido mole, sendo os lábios as regiões mais acometidas (50,0%). Conclusão: Conclui-se ser elevada a prevalência de bullying, com os meninos constituindose nas principais vítimas, predominando o bullying do tipo verbal. Os empurrões foram a principal forma de agressão, sendo a face a região do complexo maxilofacial mais atingida.
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