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O perceber do valor na ?tica material de Max Scheler

Volkmer, S?rgio Augusto Jardim 10 July 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 379952.pdf: 684873 bytes, checksum: b6fdcf954c514edb97b9c27d3393e988 (MD5) Previous issue date: 2006-07-10 / Este trabalho traz o resultado de uma investiga??o sobre a fundamenta??o gnosiol?gica e antropol?gica da ?tica material dos valores de Max Scheler, enfocando sobretudo a percep??o dos valores na sua chamada fase fenomenol?gica, cuja obra mais marcante ? O formalismo na ?tica e a ?tica material dos valores (1913-1916). Na dimens?o gnosiol?gica, a percep??o dos valores tem car?ter sentimental ou emocional, ou ainda dito afetivo. Isto significa que o esp?rito tem atos de intui??o que n?o se limitam aos atos da consci?ncia intelectiva. Os atos de perceber sentimental s?o atos intencionais pelos quais o valor se d? de modo imediato para o esp?rito. A consci?ncia intelectiva somente tem acesso ao valor de modo mediado. O saber emocional ou afetivo ? anterior ao conhecer intelectivo. ? o que d? a este seus objetos. Isto se ap?ia em novas perspectivas antropol?gicas. A antropologia de Max Scheler sepulta de vez o puro idealismo racionalista. O ser conhecedor ? um ser vivente. Trata-se de uma vis?o de homem que mant?m o p? na mat?ria mesma da vida, nos impulsos da natureza, nas v?rias esferas de ser que o constituem, sem ser naturalista: a esfera do ser vivente em geral, a esfera animal, a esfera da comunidade, e a esfera do esp?rito, o diferencial pelo qual o homem se constitui como pessoa. A pessoa ? centro espiritual de atos ligado ? dimens?o do vivente, ser livre que pode e deve transitar entre as suas esferas constituintes, ?s quais est?o relacionados os valores. Voltando assim ? ?tica, da mesma forma que na antropologia a id?ia de esferas hier?rquicas aponta para uma superioridade dos valores menos relativos ao que ? contingente, superando assim tanto a ?tica idealista quanto a empirista, e fazendo sobressair o valor absoluto da pessoa. O ato bom ? o que vai al?m da boa inten??o, e realiza concretamente um bem no mundo. O bem maior ? a realiza??o da pessoa.
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Consequ?ncias morais do conceito de m?-f? em Jean-Paul Sartre

Castro, Fabio Caprio Leite de 10 January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 343433.pdf: 990917 bytes, checksum: 9d54061deb9a39bdca02783e0b957ae2 (MD5) Previous issue date: 2006-01-10 / O conceito de m?-f?, concebido por meio da ontologia fenomenol?gica sartriana, permite buscar um caminho em dire??o a uma filosofia moral da exist?ncia. Tomando-se as premissas ontol?gicas sobre o modo de ser do Para-si-para-outro, a liberdade ? uma condena??o existencial. Essa condi??o pode ser assumida na ang?stia ou encoberta na m?-f?. Ao assumir a ang?stia, a consci?ncia assume a sua liberdade em situa??o. Ao mascar?-la, a consci?ncia faz um esfor?o para Ser que se mostra na situa??o e, portanto, traz implica??es para a Alteridade. A fim de aprofundar os reflexos que a conduta de m?-f? apresenta na rela??o com o outro, a obra sartriana ? tomada em todo o seu conjunto. Com isso, torna-se poss?vel identificar as condutas de m?-f? e descrever paradigmas de condutas inaut?nticas. Embora Sartre n?o tenha elaborado filosoficamente uma resposta sobre as conseq??ncias morais da m?-f?, h? no conjunto de sua obra elementos que permitem esclarecer o problema. A conduta aut?ntica coloca como fim a liberdade em situa??o frente ao outro. Justamente porque a m?-f? tem conseq??ncias morais que a autenticidade deve ser preferida e buscada por meio da convers?o moral.
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A dupla estrutura do conhecimento : rela??o entre teoria e compreender pr?vio do ser-no-mundo em Martin Heidegger

Seibt, Cezar Lu?s 20 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 416088.pdf: 669147 bytes, checksum: 62883236934b0f2c6b25619ad5bd0518 (MD5) Previous issue date: 2009-08-20 / O problema da presente tese ? o conhecimento. Contrap?e ? metaf?sica do conhecimento ou ?s Teorias do Conhecimento a alternativa da fenomenologia hermen?utica de Martin Heidegger. Iniciamos por apresentar alguns elementos fundamentais elaborados pela tradi??o na busca de solucionar o problema atrav?s das diversas teorias explicativas do conhecimento. Mostramos que a tradi??o metaf?sica parte da separa??o entre sujeito e objeto, pressupondo esses dois entes contrapostos que entram na rela??o cognoscitiva, enquanto o pensamento de Heidegger busca descrever fenomenologicamente o horizonte pr?vio, o solo f?tico, dentro do qual se desenvolvem as separa??es e poss?veis teorias. Apresentamos, por isso, a dupla estrutura do conhecimento, sendo que o elemento prim?rio e origin?rio ? o compreensivo ser-no-mundo do Dasein e todos os demais comportamentos s?o dele derivados. O problema mente e mundo, experi?ncia interna e experi?ncia externa, recorrentes e centrais no pensamento moderno s?o, a partir das contribui??es de Heidegger, postos sob nova luz. Se a separa??o mente e mundo conduz ? necessidade de elabora??o de teorias para garantir a correspond?ncia ou verdade entre o objeto e o que se diz dele, o conhecer visto a partir da fenomenologia (uma fenomenologia do conhecimento) retorna para a condi??o f?tica onde j? sempre se est? na abertura compreensiva do ser. Neste n?vel n?o ? preciso justificar ou provar a veracidade, pois a verdade ? o modo de ser do ente que conhece. N?o ?, no entanto, uma supera??o ou elimina??o dos projetos da metaf?sica, que mant?m sua validade, mas um exerc?cio de retorno para o lugar onde se constituem como tais e ?, por isso, um reencontro consigo mesmo e retorno para o ser-no-mundo, para aqu?m da objetifica??o. Conhecer ? um modo de ser do Dasein, marcado pela finitude, pela conting?ncia, pela temporalidade. N?o h?, neste caso, fundamento externo ? pr?pria rela??o, pois a transcend?ncia ? finita, emerge na diferen?a ontol?gica e se movimenta no c?rculo hermen?utico, num jogo de desvelamento e velamento. A partir desse ?mbito podem-se pensar os limites e as possibilidades do conhecimento.
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A abertura da possibilidade como possibilidade de abertura

Fr?hlich, Sandro 08 July 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 416190.pdf: 863574 bytes, checksum: 38b593c32b3b82323c6936ee3630f025 (MD5) Previous issue date: 2009-07-08 / O trabalho, a partir da filosofia e pensamento de Martin Heidegger, busca primeiramente repor a quest?o que ficou esquecida no decorrer da hist?ria - sobre o sentido do Ser. Interroga??o que ? posta e proposta a partir do m?todo da fenomenologia hermen?utica. Neste questionar h? um ente privilegiado: o Dasein. A ess?ncia do Dasein ? a sua exist?ncia e seu ser ? tamb?m compreens?o do Ser. Dasein que ? ser-no-mundo e ser-com-os-outros, sempre em rela??o de ocupa??o com os entes e de solicitude com os demais. Como ser-em o Dasein ? disposi??o afetiva, compreens?o e discurso. Lan?ado na exist?ncia constitui-se numa tr?plice estrutura: exist?ncia, facticidade e deca?da. Sua disposi??o afetiva fundamental ? a ang?stia. O ser do Dasein ? revelado como cuidado: ? um antecipar-se-a-sisendo-j?-em (no mundo) em-meio-de (o ente que comparece dentro do mundo). Na antecipa??o, o Dasein confronta-se com a morte; em sua finitude, a morte se lhe revela como a possibilidade da impossibilidade da exist?ncia. Assumindo o ser-para-a-morte de forma verdadeira e aut?ntica, esta se constitui como uma antecipa??o para uma possibilidade que ? pr?pria, n?o-respectiva, insuper?vel, certa e indeterminada. No interrogar-se quanto ao ser todo e pr?prio, surge como testemunho a consci?ncia, que o conclama a assumir o seu poderser pr?prio e lhe revela a culpabilidade. Pela culpabilidade assume ser-fundamento de um ser que est? determinado por um n?o, sendo fundamento de uma niilidade. O calado projetar-se em disposi??o de ang?stia para o mais pr?prio ser-culp?vel denomina-se ent?o como a resolu??o. Resolu??o que ? sempre antecipadora, uma compreens?o original do seu ser-parao- fim, ou seja, um antecipar-se para a morte.
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A morte como defini??o de caminhos-fundamentos para elabora??o de uma ?tica da alternidade na medicina paliativa : um ensaio

Rodrigues, Carlos Frederico de Almeida 03 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 416405.pdf: 187156 bytes, checksum: 05482fb8d1d5f1c9cd5d627efb8fe698 (MD5) Previous issue date: 2009-08-03 / O presente trabalho possui como objetivo o de analisar, desde uma leitura filos?fico-interpretativa, o papel da medicina frente aos pacientes terminais. Para tanto, utilizou-se do pensamento de Emmanuel Levinas, sobretudo, de tr?s de seus conceitos - o rosto, a defer?ncia respeitosa e responsabilidade sem escapat?ria. Munidos desses conceitos, abordamos a morte e a terminalidade, n?o como indignas do ser humano, e sim como momento mesmo da afirma??o de sua alteridade e de oportunidade para constru??o de um sentido, ou seja, de uma rela??o humana mais profunda. Nessa senda, justificamos a cria??o de uma nova especialidade a medicina paliativa local e momento da constru??o de uma nova abordagem da terminalidade e da dignidade humana. A justificativa se faz por meio da afirma??o de que a medicina tradicional, sendo baseada no dom?nio racional/ontol?gico, n?o ? capaz de englobar um momento de tempo t?o distinto.
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A beatitude na filosofia moral de Tom?s de Aquino

Pichler, Nadir Antonio 09 September 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 416906.pdf: 624574 bytes, checksum: 17a74ad2713416f587a541e32c517a7d (MD5) Previous issue date: 2009-09-09 / O prop?sito desta pesquisa, de car?ter anal?tico e sint?tico, ? investigarmos a natureza da beatitude na filosofia moral de Tom?s de Aquino. Fundamentado principalmente nos tratados da Summa contra gentiles, Summa theologiae, Super Boetium de Trinitate e Compendium theologiae, analisaremos a busca da beatitude humana pela contempla??o do objeto supremo, Deus, origem, raz?o e fim ?ltimo das criaturas. De acordo com esse itiner?rio, defenderemos a tese de que ? imposs?vel nesta vida alcan?ar a beatitude perfeita pela contempla??o da ess?ncia divina. S? ? poss?vel conhecer, seja por meio da raz?o natural seja pela revela??o, os efeitos de Deus, almejando somente uma beatitude imperfeita, ficando a perfeita para a outra vida. Diante disso, estruturamos o texto em tr?s cap?tulos. No primeiro, abordaremos a s?ntese filos?fico-teol?gica, inserindo a busca pela beatitude no contexto da filosofia do ser, porque o ser, Deus, sustenta toda a estrutura do edif?cio tomista. Depois, sobre os pressupostos da filosofia moral e a natureza da alma intelectiva. No segundo, sobre os fundamentos da beatitude imperfeita, seguindo a divis?o da vida humana em ativa e contemplativa. Por meio desta, pela virtude da sabedoria, o Aquinate procura elevar a alma intelectiva do s?bio ? verdade mais intelig?vel, transcendente e eterna, Deus. No terceiro, analisaremos as possibilidades e os limites contemplativos de Deus nesta vida, iniciando a reflex?o sobre os atributos de Deus oriundos pelo conhecimento dos efeitos sens?veis, ou seja, a posteriori. Ap?s isso, adentraremos nas propriedades espec?ficas da contempla??o da ess?ncia divina, apresentando os argumentos decisivos de Tom?s de Aquino para justificar a impossibilidade da beatitude perfeita neste mundo.
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Conhecimento e justifica??o na epistemologia da mem?ria

Guimar?es, Ricardo Rangel 17 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 417435.pdf: 227217 bytes, checksum: 783b34d30b03eaa4407edd3a76471017 (MD5) Previous issue date: 2009-08-17 / O conte?do da presente disserta??o versa sobre t?picos fundamentais da epistemologia da mem?ria de Robert Audi e Sven Bernecker. Num primeiro momento, s?o investigados aspectos b?sicos destas epistemologias, para posteriormente se analisarem as suas teorias respectivas, a saber, a teoria epistemol?gica e a teoria representacional da mem?ria. De posse destes referenciais, o que ? buscado s?o poss?veis rela??es e contraposi??es entre estas teorias, que ser?o comparadas e confrontadas na medida em que ambas s?o expostas, utilizando-se o problema da lembran?a sem cren?a de Bernecker ( Lembro que P, mas n?o creio que P ), bem como sem justifica??o e conhecimento, como baliza para uma defesa da teoria representacional e/ou epistemol?gica da mem?ria, bem como oferecer poss?veis cr?ticas a uma e/ou a outra teoria em discuss?o para pesquisa ulterior e futura.
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A converg?ncia ao Uno no contexto das En?adas

Marques, Rudinei dos Santos 08 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 421480.pdf: 560466 bytes, checksum: c6c76a9671f72a3f009a489ab200030f (MD5) Previous issue date: 2010-03-08 / Este trabalho tem como objetivo investigar, a partir das En?adas, o que s?o e como se articulam os dois momentos da filosofia plotiniana, process?o e retorno, analisando o processo dedutivo a partir do qual o Uno se faz m?ltiplo, os tr?s caminhos ascensionais que reconduzem da multiplicidade ? unidade, bem como a import?ncia do autoconhecimento para o caminho de retorno, enfatizando que o sistema de Plotino, forjado a partir da filosofia precedente e de sua pr?pria experi?ncia existencial, tem como prop?sito central a reunifica??o com o Uno.
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Que ? compreender? : estudo a partir de Hans-Georg Gadamer

Pegoraro, Evandro 12 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 421542.pdf: 290957 bytes, checksum: 53b291745eb75c59b7f76ef0740227ba (MD5) Previous issue date: 2010-01-12 / Esta disserta??o tem o objetivo de recriar o conceito de compreens?o (Verstehen) na obra Verdade e M?todo de Hans-Georg Gadamer. Para ele, a compreens?o consiste num atributo da experi?ncia de mundo do ser humano. A tese ? desenvolvida a partir de dois pressupostos: (i) o conceito de Lebenswelt de Husserl, o qual ? condi??o de possibilidade de conhecimento: antes de ser sujeito cognoscente j? se ? objeto no mundo; (ii) a contribui??o de Heidegger, na defini??o de fenomenologia como hermen?utica atrav?s da retomada do sentido do ser no Dasein, que ? conhecida sob o nome de hermen?utica da facticidade. Primeiramente, tratase do modo de ser da obra de arte como par?metro a fim de se investigar o fen?meno da compreens?o. Assim como a experi?ncia da obra de arte, o conceito de jogo possui um fim em si mesmo, que se configura enquanto o espectador (o jogador) envolve-se no espet?culo (no jogo). Posteriormente, trata-se de pensar o princ?pio da historicidade da compreens?o, o qual inclui a substancialidade da historicidade do int?rprete e a consci?ncia do valor da tradi??o no ato de compreender textos. Aqui, a reabilita??o do preconceito como condi??o de possibilidade do int?rprete torna-se chave. Quando se diz da experi?ncia hermen?utica querse referir ? experi?ncia da finitude humana que nunca ? repetida, e est? em constante processo de aprendizado. Por fim, trata-se do car?ter da linguagem da compreens?o como meio privilegiado da experi?ncia hermen?utica. Especificamente, ? na linguagem - como di?logo - que se mostra o car?ter especulativo, no qual o sentido da coisa em quest?o mostra-se tal e qual ela ?. Nela ? que a compreens?o encontra sua objetividade e, por isso, d? ? compreens?o o car?ter de universalidade. Portanto, a finitude, a historicidade humana e o modo de ser linguagem s?o pressupostos da compreens?o, os quais atuam no acontecer da compreens?o e lhe d?o o car?ter de legitimidade ainda que n?o sejam demonstr?veis.
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Constela??o vital : da vida excitada ? vida incitada um ensaio sobre o pensamento de Theodor W. Adorno

Santos, Marcelo Leandro dos 06 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 425381.pdf: 1143214 bytes, checksum: 66ddb8b44e380716b36bd6211e8ca0e7 (MD5) Previous issue date: 2010-08-06 / Este estudo revisita Adorno desde o prisma do sentido de seu pensamento. A refer?ncia principal ? sua obra Minima moralia, um conjunto de 153 aforismos escritos entre os anos de 1944 e 1947. A relev?ncia filos?fica da referida obra apresenta como caracter?stica marcante o fato de ser contr?ria ? euforia. Por esse motivo, Nietzsche ? criticado como representante de uma mensagem excessivamente confiante com sua no??o de ci?ncia alegre. Em contrapartida, Adorno pauta sua cr?tica desde uma triste ci?ncia. Para tal, Adorno desmembra a potencialidade dial?tica do pensamento como dimens?o humana por excel?ncia, a qual distingue homem de natureza, homem de Deus. A prerrogativa inadi?vel ? de que o mundo humano tem de ser constru?do desde o sentido humano, ou seja, desde a consci?ncia do uso da raz?o. Assim, ? observado que a raz?o instrumental descaracteriza o humano e, por isso, ela produz o inumano. Rompendo com o uso instrumental da raz?o, Adorno busca uma produ??o cuja pr?xis esteja comprometida com a viabiliza??o racional do desenvolvimento humano. Por isso, o trabalho intelectual combina apenas com a decep??o. Nesse sentido, determinada sociologia do trabalho ? necessariamente questionada por Adorno. A produ??o humana ter de ser reavaliada, na medida em que se mostra capaz de estabelecer uma vida deformada, atrav?s de uma falsa humaniza??o oriunda do pensamento administrado. Adorno identifica a estupidez [Dummheit] como experimento de inibi??o intelectual, que provoca uma cultura semiformada [Halbbildung], a qual constitui uma cr?tica extremamente fraca ao contexto da falsa humaniza??o. Explorando o car?ter exclusivista da subjetividade moderna, o aparelho publicit?rio projeta falsas imagens para o sempre id?ntico. A produ??o humana se envolve nessa ess?ncia adulterada [Unwesen]. Um modelo de produ??o trabalho intelectual [Kopfarbeit] que sai desse la?o ? o ensaio, o qual luta conscientemente contra o m?todo cartesiano do conhecimento. O paradigma da reden??o [Erl?sung] se apresenta para Adorno na 7 tentativa de restabelecer a dimens?o consciente do pensamento: o ser humano que n?o destr?i seu sentido. Por essa raz?o, a filosofia pode ultrapassar o aspecto ut?pico, a pr?pria negatividade, tendo como argumento a urg?ncia do pensamento consciente. A tese aqui defendida ? a seguinte: a hist?ria somente se humaniza atrav?s de uma pr?xis verdadeiramente delicada em contraponto com a pot?ncia dial?tica do pensamento.

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