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Identificação de indivíduos idosos potecialmente com alteração da deglutição / Identification of older persons potentially with change in swallowingRech, Rafaela Soares January 2016 (has links)
A disfagia pode ser definida como uma dificuldade de deglutição. Representa um importante indicador de saúde da população idosa, pois além de se configurar em um dos sintomas de diversos agravos prevalentes neste segmento populacional, ainda pode estar associada a morbidade e mortalidade precoce, podendo conduzir diversas complicações clínicas. A presente dissertação é composta de dois manuscritos. O manuscrito I teve como objetivo avaliar a acurácia diagnóstica do Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista e do Eating Assessment Tool (EAT-10) comparada a do diagnóstico fonoaudiológico de disfagia (padrão ouro) em idosos independentes da comunidade e residentes de instituição de longa permanência. Trata-se de um estudo diagnóstico que avaliou clinicamente 265 idosos no sul do Brasil, dos quais 123 residentes de instituição de longa permanência e 142 da comunidade. Além disso, os idosos responderam ao instrumento de rastreamento autoaplicável EAT-10. A média de idade dos idosos foi de 73,5 (dp= 8,9) anos e a maioria eram mulheres (59,2%, n= 157). A prevalência de disfagia nesta população foi de 45,3% (n=120), variando entre 62,5% para os residentes de instituição de longa permanência e 37,5% para os idosos da comunidade. A acurácia diagnóstica do exame do cirurgião-dentista (CD) foi de 0,84. A sensibilidade foi 0,77, a especificidade foi 0,89, o valor preditivo positivo foi 0,85 e o negativo foi 0,83, a razão de verossimilhança positiva foi 7,02 e a negativa foi 0,25. O EAT-10 demonstrou acurácia diagnóstica de 0,72, a sensibilidade foi de 0,45, a especificidade foi de 0,95, o valor preditivo positivo foi de 0,87 e o negativo foi de 0,68, a razão de verossimilhança positiva foi de 8,31 e a negativa de 0,57. O Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista é um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. Em contraste, o EAT-10 se demonstrou um instrumento com baixa acurácia para rastreamento de idosos disfágicos. O manuscrito II teve como objetivo avaliar se a condição de saúde bucal e as alterações sensório-motoras orais estão associadas à disfagia orofaríngea em idosos. Uma fonoaudióloga avaliou a disfagia orofaríngea através da escala GUSS, bem como realizou uma avaliação sensório-motora oral. As condições de saúde bucal dos idosos foram avaliadas clinicamente por um CD. A população estudada foi composta por 46,4% de idosos vinculados a uma instituição de longa permanência e os demais eram independentes da comunidade Indivíduos com quatro ou mais alterações sensórias-motora orais apresentaram uma maior prevalência de disfagia (RP=2,01; IC95%1,27-3,18), bem como apresentaram uma condição de saúde bucal não funcional (RP=1,61; IC95%1,02-2,54). Os resultados se mantem na mesma direção, quando estratificados. Conclui-se que o exame simplificado desenvolvido neste estudo demonstrou ser um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. O CD pode ser um dos profissionais da área da saúde para que se identifiquem sinais e sintomas de alterações na deglutição, sendo que o referenciamento ao fonoaudiólogo representa um importante avanço na proposta de trabalho interdisciplinar. Além disso, os idosos sem queixas relativas à deglutição com condições de saúde bucal não funcional e alterações do sistema sensório-motor oral estão associados a maior prevalência de disfagia orofaríngea. É importante que se direcione esforços para a investigação de variáveis odontológicas e sintomas ligados a dificuldades de deglutição, visando avaliar mais detalhadamente os indivíduos mais suscetíveis à presença de disfagia orofaríngea ligada a variáveis de saúde bucal. / Dysphagia may be defined as a difficulty in swallowing. It presents itself as an important health indicator for the older person population, since, besides being one of the symptoms of several illnesses prevalent in this population segment, it can still be associated with morbidity and early mortality, and it may lead to several clinical complications. This dissertation comprises two manuscripts. The goal of the manuscript I was to assess the diagnostic accuracy of the Dentist Swallowing Assessment Test (DSAT), and of the Eating Assessment Tool (EAT-10), when compared with the speech-language therapy diagnosis of dysphagia (gold standard) for the elderly in community dwelling and for long-term care institutions’ residents. It is a diagnostic study that evaluated 265 older persons in southern Brazil, 123 were residents in long-term care facilities and 142 were community dwellers. Furthermore, the older persons responded to the self-administered screening tool EAT-10. The average age of the participants was 73.5 (sd= 8.9) years and the majority were women (59.2%, n=157). Prevalence of dysphagia in this population was 45.3% (n=120), varying between 62.5% for the long-term care institutions’ residents and 37.5% for the community dwellers. The diagnostic accuracy of the DSAT was 0.84. The sensitivity was 0.77, the specificity was 0.89, the positive predictive value was 0.85 and negative was 0.83, the positive likelihood ratio was 7.02 and the negative was 0.25. The EAT- 10 presented a diagnostic accuracy of 0.72, a sensitivity of 0.45, a specificity of 0.95, positive predictive value of 0.87 and a negative of 0.68, a positive likelihood ratio of 8.31 and a negative of 0.57. The DSAT is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. However, in contrast, the EAT-10 was shown to have low-accuracy to track older persons with dysphagia. The aim of the manuscript II was to assess if the oral health condition and the sensorimotor changes are correlated with oropharyngeal dysphagia in the older persons. It is a cross-sectional study comprising of 265 older persons. A speech-language therapy assessed the oropharyngeal dysphagia by using the GUSS scale, having carried out an oral sensorimotor evaluation as well. The oral health conditions of the older persons were clinically assessed by a dentist. The population studied encompassed 46,4% of older persons bounded to a long-term institution and the remaining were independent of the community. Individuals with four or more oral sensorimotor changes presented a higher prevalence of dysphagia (PR=2.01; CI95%1.27-3.18), presenting as well as non-functional oral health condition (PR=1.61; CI95%1.02-2.54). The results display the same direction when stratified. It is concluded that the simplified assessment developed in this study is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. The dentist may be one of the health professionals to identify signs and symptoms of changes in swallowing, being that the reference to the speech-language therapist represents an important advance in the proposal of interdisciplinary work, furthermore in older persons with no complaints regarding swallowing, non-functional oral conditions and disturbances of the sensorimotor system are associated with a higher prevalence of oropharyngeal dysphagia. An effort to investigate dental variables and symptoms that could be linked to difficulties in swallowing is important, so that individuals that are susceptible to oropharyngeal dysphagia due to their oral health can be assessed with effectiveness.
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Saúde oral e deglutição em idosos acometidos por Acidente Vascular EncefálicoMituuti, Cláudia Tiemi 26 May 2011 (has links)
As condições dentárias e o uso de próteses mal adaptadas podem contribuir com as dificuldades decorrentes da velhice, as quais podem ser potencializadas por alterações neurológicas, resultando em quadros de disfagia, importante causa de morbidade e mortalidade nessa população. O objetivo do presente trabalho foi verificar se o acometimento cerebral crônico acarreta implicações na função da deglutição em idosos, como também se a condição de saúde oral apresenta relação com o grau de disfunção da deglutição orofaríngea, em idosos acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE). Foram avaliados 30 idosos com idades entre 61 e 90 anos (mediana 73,5 anos), acometidos por AVE, sendo 15 homens e 15 mulheres. Os pacientes foram submetidos à avaliação odontológica quanto ao número de dentes cariados, perdidos e obturados, uso e condição das próteses, além de índices periodontal e de perda de inserção. Além diso foi aplicada a escala funcional de ingestão oral (FOIS) e realizada avaliação videoendoscópica da deglutição de alimentos de diferentes consistências. A partir dos resultados foram aplicados os testes de correlação de Spearman, para as associações, e o Kruskal Wallis para as comparações. Os indivíduos idosos pós-AVE desta pesquisa foram comparados a um grupo controle de 15 idosos saudáveis, tendo-se encontrado maior gravidade da disfagia para o grupo AVE para a consistência líquida (p=0,01). Especificamente para o grupo AVE houve correlação estatisticamente significante entre a classificação da escala FOIS e a necessidade de troca das próteses (p=0,02) e diferença entre grupos considerando diferentes tipos de prótese na deglutição de sólido (p=0,04). Devido à heterogeneidade da amostra, foram excluídos os dentados totais, desdentados totais sem reabilitação e indivíduos com mais de um episódio de AVE. Além disso, os mesmos foram divididos de acordo com o lado do corpo comprometido (direito e esquerdo) após o acometimento cerebral, resultando em 19 indivíduos. Não foram encontradas diferenças no desempenho da deglutição entre os grupos de indivíduos com hemicorpo direito e esquerdo comprometidos. Houve correlação entre a necessidade de troca das próteses e a classificação na escala FOIS (p=0,01) para os indivíduos com hemicorpo direito comprometido, enquanto para os indivíduos com comprometimento em hemicorpo esquerdo, foi observada correlação entre a deglutição de líquido e o número de dentes presentes (p=0,05) e ausentes (p=0,05). Além disso, para os 19 indivíduos, como também para os com hemicorpo esquerdo comprometido, verificou-se que aqueles com prótese parcial no arco superior tiveram melhores classificações na escala FOIS em relação aos indivíduos com prótese total (p=0,01). Já para os indivíduos com o hemicorpo direito comprometido, essa diferença foi verificada em relação às próteses utilizadas no arco inferior (p=0,04). O acometimento cerebral crônico influenciou a gravidade da disfagia para a consistência líquida, não tendo sido encontrada implicações sobre o nível da ingestão oral, como também para o grau da disfagia orofaríngea para alimentos pastoso e sólido. Houve influência do número de dentes, tipo e necessidade de uso ou troca das próteses dentárias sobre a deglutição em indivíduos acometidos por AVE, principalmente quando houve melhor delineamento dos grupos de acordo com o hemicorpo comprometido. / Dental conditions and the use of poorly fitted prostheses may contribute to difficulties deriving from aging, which may be potentiated by neurologic alterations, resulting in dysphagia, an important cause of morbidity and mortality in this population. This work aimed at verifying whether chronic cerebral involvement compromises the swallowing function in the elderly, as well as if the oral health condition is related to the degree of oropharyngeal swallowing dysfunction, in elderly people who had a stroke (CVA). Thirty elderly people, i.e., 15 men and 15 women, in the age range 61- 90 yrs (mean 73.5 yrs), presented with CVA, were assessed. The patients underwent dental assessment as to the number of decayed, missing and filled teeth, use and conditions of their prostheses, besides periodontal indexes and insertion loss. In addition, the functional oral intake scale (FOIS) was applied and video endoscopy to evaluate the swallowing of food of different consistency, performed. From the results, correlation tests, Spearman for associations, and Kruskal Wallis for comparisons, were applied. The post CVA elderly individuals of this research were compared to a control group of 15 healthy elderly subjects, with more dysphalgia severity in the CVA group, for liquid consistency (p=0.01). Specifically, for the CVA group, a statistically significant correlation was seen between FOIS scale rating and the need to replace the prostheses (p=0.02) and the difference between the groups, taking into account the types of prosthesis in the swallowing of solid foods (p=0.04). Owing to the heterogeneity of the sample, total dentulous, total edentulous patients with no rehabilitation and individuals with more than one episode of CVA, were excluded. Furthermore, they were divided according to the side of the body affected (right and left), following cerebral involvement, resulting in 19 individuals. No differences were found in the swallowing performance between the groups of subjects with compromised right and left hemi-body. There was a correlation between the need to replace the prostheses and the FOIS scale rating (p=0.01) for subjects with compromised right hemi-body, while for subjects with left hemi-body involvement, a correlation was observed between liquid swallowing and the number of teeth present (p=0.05) and absent (p=0.05). Furthermore, for these 19 individuals, as well as for those with compromised left hemi-body, it was verified that those with a partial prostheses in the upper arch scored better on the FOIS scale, as compared to those with total prostheses (p=0.01). Now, for individuals with a compromised right hemi-body, this difference was not verified in relation to the prostheses utilized in the lower arch (p=0.04). Chronic cerebral involvement influenced the severity of dysphalgia for liquid consistency, with no implications on the level of oral intake, as well as for the degree of oropharyngeal dysphagia for doughy and solid foods. The number of teeth, type and need to use or replace the dental prostheses influenced the swallowing of individuals presented with CVA, mainly when there was a better outlining of the groups, according to the hemi-body affected.
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O efeito do sabor azedo e da temperatura fria no tempo de trânsito faríngeo da deglutição em indivíduos após acidente vascular encefálico hemisférico isquêmicoCola, Paula Cristina [UNESP] 17 May 2007 (has links) (PDF)
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cola_pc_me_botfm.pdf: 756192 bytes, checksum: cfc7c96b2f22ee653b211037fae8901d (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A influência do sabor e da temperatura sobre a deglutição normal e patológica tem sido bastante estudada nas últimas décadas. No entanto, persistem questões a serem solucionadas, incluindo a lateralização hemisférica das lesões. O papel do sabor com e sem a mudança de temperatura em indivíduos disfágicos ainda não é totalmente esclarecido. Este estudo tem por objetivo verificar o efeito do sabor azedo e da temperatura fria no tempo de trânsito faríngeo da deglutição em indivíduos após acidente vascular encefálico (AVE) hemisférico isquêmico. Participaram deste estudo 30 indivíduos adultos, 15 com lesão à direita e 15 com lesão à esquerda, sendo que 16 eram do gênero masculino e 14 do gênero feminino, destros, com faixa etária variando de 41 a 88 anos (média de 62,3 anos) com ictus que variou de 1 a 30 dias (mediana de 6 dias). Para analisar o tempo de trânsito faríngeo da deglutição foi realizado o exame de videofluoroscopia da deglutição. Cada indivíduo foi observado durante a deglutição de bolo na consistência pastosa, oferecido em colher, com 5 ml cada, sendo ao todo 4 estímulos diferentes, um por vez, na seguinte ordem: natural, gelado, azedo e azedo gelado. Posteriormente as imagens foram digitalizadas e foi realizada através de software a medição do tempo de deslocamento do bolo pela fase faríngea. Os resultados mostraram que o tempo de trânsito faríngeo da deglutição foi significativamente menor ao deglutir o bolo com estímulo azedo gelado quando comparado aos outros estímulos. Concluindo-se, portanto, que os estímulos sabor azedo e temperatura fria concomitantes provocam mudanças na dinâmica da deglutição e podem proporcionar efeitos positivos em indivíduos com disfagia orofaríngea. / Over the past decade there were many studies over normal and pathological swallowing that discuss the influence of taste and temperature. Nevertheless there were many questions on the issue that remains to be solved, including the hemispheric lateralization of lesions dysphagic patients remains also to be fully understood. The objective is to establish the effect of sour taste and cold temperature on the pharyngeal swallowing transit time after ischemic hemisphere stroke. It was analyzed 30 patients, 15 subjects have right lesion and 15 at the left side, 16 male and 14 females with age range between 41 and 88 years old. The data were recorded one to 30 days after the ictus (median 6). Videofluoroscopy with specific software developed to measure the time of oral and pharyngeal transit was applied in patients each of them receiving 5 ml of paste bolus, including natural, cold, sour and cold sour, in this order. The results show that the time of pharyngeal transit bolus was significantly lower with sour taste compared with other kind of stimulus. The author concluded that sour taste with concomitant cold temperature shows influence over swallowing dynamics and may have benefic effects to patients with oropharyngeal dysphagia.
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Saúde oral e deglutição em idosos acometidos por Acidente Vascular EncefálicoCláudia Tiemi Mituuti 26 May 2011 (has links)
As condições dentárias e o uso de próteses mal adaptadas podem contribuir com as dificuldades decorrentes da velhice, as quais podem ser potencializadas por alterações neurológicas, resultando em quadros de disfagia, importante causa de morbidade e mortalidade nessa população. O objetivo do presente trabalho foi verificar se o acometimento cerebral crônico acarreta implicações na função da deglutição em idosos, como também se a condição de saúde oral apresenta relação com o grau de disfunção da deglutição orofaríngea, em idosos acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE). Foram avaliados 30 idosos com idades entre 61 e 90 anos (mediana 73,5 anos), acometidos por AVE, sendo 15 homens e 15 mulheres. Os pacientes foram submetidos à avaliação odontológica quanto ao número de dentes cariados, perdidos e obturados, uso e condição das próteses, além de índices periodontal e de perda de inserção. Além diso foi aplicada a escala funcional de ingestão oral (FOIS) e realizada avaliação videoendoscópica da deglutição de alimentos de diferentes consistências. A partir dos resultados foram aplicados os testes de correlação de Spearman, para as associações, e o Kruskal Wallis para as comparações. Os indivíduos idosos pós-AVE desta pesquisa foram comparados a um grupo controle de 15 idosos saudáveis, tendo-se encontrado maior gravidade da disfagia para o grupo AVE para a consistência líquida (p=0,01). Especificamente para o grupo AVE houve correlação estatisticamente significante entre a classificação da escala FOIS e a necessidade de troca das próteses (p=0,02) e diferença entre grupos considerando diferentes tipos de prótese na deglutição de sólido (p=0,04). Devido à heterogeneidade da amostra, foram excluídos os dentados totais, desdentados totais sem reabilitação e indivíduos com mais de um episódio de AVE. Além disso, os mesmos foram divididos de acordo com o lado do corpo comprometido (direito e esquerdo) após o acometimento cerebral, resultando em 19 indivíduos. Não foram encontradas diferenças no desempenho da deglutição entre os grupos de indivíduos com hemicorpo direito e esquerdo comprometidos. Houve correlação entre a necessidade de troca das próteses e a classificação na escala FOIS (p=0,01) para os indivíduos com hemicorpo direito comprometido, enquanto para os indivíduos com comprometimento em hemicorpo esquerdo, foi observada correlação entre a deglutição de líquido e o número de dentes presentes (p=0,05) e ausentes (p=0,05). Além disso, para os 19 indivíduos, como também para os com hemicorpo esquerdo comprometido, verificou-se que aqueles com prótese parcial no arco superior tiveram melhores classificações na escala FOIS em relação aos indivíduos com prótese total (p=0,01). Já para os indivíduos com o hemicorpo direito comprometido, essa diferença foi verificada em relação às próteses utilizadas no arco inferior (p=0,04). O acometimento cerebral crônico influenciou a gravidade da disfagia para a consistência líquida, não tendo sido encontrada implicações sobre o nível da ingestão oral, como também para o grau da disfagia orofaríngea para alimentos pastoso e sólido. Houve influência do número de dentes, tipo e necessidade de uso ou troca das próteses dentárias sobre a deglutição em indivíduos acometidos por AVE, principalmente quando houve melhor delineamento dos grupos de acordo com o hemicorpo comprometido. / Dental conditions and the use of poorly fitted prostheses may contribute to difficulties deriving from aging, which may be potentiated by neurologic alterations, resulting in dysphagia, an important cause of morbidity and mortality in this population. This work aimed at verifying whether chronic cerebral involvement compromises the swallowing function in the elderly, as well as if the oral health condition is related to the degree of oropharyngeal swallowing dysfunction, in elderly people who had a stroke (CVA). Thirty elderly people, i.e., 15 men and 15 women, in the age range 61- 90 yrs (mean 73.5 yrs), presented with CVA, were assessed. The patients underwent dental assessment as to the number of decayed, missing and filled teeth, use and conditions of their prostheses, besides periodontal indexes and insertion loss. In addition, the functional oral intake scale (FOIS) was applied and video endoscopy to evaluate the swallowing of food of different consistency, performed. From the results, correlation tests, Spearman for associations, and Kruskal Wallis for comparisons, were applied. The post CVA elderly individuals of this research were compared to a control group of 15 healthy elderly subjects, with more dysphalgia severity in the CVA group, for liquid consistency (p=0.01). Specifically, for the CVA group, a statistically significant correlation was seen between FOIS scale rating and the need to replace the prostheses (p=0.02) and the difference between the groups, taking into account the types of prosthesis in the swallowing of solid foods (p=0.04). Owing to the heterogeneity of the sample, total dentulous, total edentulous patients with no rehabilitation and individuals with more than one episode of CVA, were excluded. Furthermore, they were divided according to the side of the body affected (right and left), following cerebral involvement, resulting in 19 individuals. No differences were found in the swallowing performance between the groups of subjects with compromised right and left hemi-body. There was a correlation between the need to replace the prostheses and the FOIS scale rating (p=0.01) for subjects with compromised right hemi-body, while for subjects with left hemi-body involvement, a correlation was observed between liquid swallowing and the number of teeth present (p=0.05) and absent (p=0.05). Furthermore, for these 19 individuals, as well as for those with compromised left hemi-body, it was verified that those with a partial prostheses in the upper arch scored better on the FOIS scale, as compared to those with total prostheses (p=0.01). Now, for individuals with a compromised right hemi-body, this difference was not verified in relation to the prostheses utilized in the lower arch (p=0.04). Chronic cerebral involvement influenced the severity of dysphalgia for liquid consistency, with no implications on the level of oral intake, as well as for the degree of oropharyngeal dysphagia for doughy and solid foods. The number of teeth, type and need to use or replace the dental prostheses influenced the swallowing of individuals presented with CVA, mainly when there was a better outlining of the groups, according to the hemi-body affected.
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Avaliação da deglutição de pacientes em um centro de referência em esclerose múltipla no centro oeste do Brasil / Swallowing assessment in patients in a reference center for multiple sclerosis in central western BrazilAmaral, Inez Janaina de Lima 09 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-09 / The control of the symptoms of dysphagia in patients with Multiple Sclerosis (MS) has been underestimated by clinicians, patients and caregivers. Dysphagia has a prevalence between 33-43% of this population. The evaluation of the swallowing has been a major challenge in clinical practice, and without a unified method of diagnosis in this population. Identify patients with dysphagia in the early stages of MS is fundamental in preventing complications such as malnutrition, dehydration and death.
The aim of this study was to identify the presence or absence of swallowing desorders in patients diagnosed with MS in the Reference and Research Center for Multiple Sclerosisin the University Hospital of the Federal University of Goiás, in the midwest of Brazil.
This was a cross-sectional study between july 2015 and march 2016, with 73 patients above 18 years old with definite diagnosis of MS. It was excluded patients from other health units, outside the scope of the suty period, without clinical conditions associated with other diseases or who did not agree to participate.
The presence of dysphagia was found at 30.14% of the patients. This finding meets the results in other studies. The main manifestations were dificulties in qualifying and propel the food bolus, with changes in the oral and pharyngeal phases of swallowing. Thus, it is necessary the evaluation and monitoring of this population, guarateeing early intervention, reducing the risks to the quality of life. / O controle dos sintomas da disfagia nos pacientes com Esclerose Múltipla (EM) vem sendo subestimado pelos clínicos, pacientes e cuidadores. A disfagia tem prevalência conhecida entre 33-43% desta população. A avaliação da deglutição tem sido um grande desafio na prática clínica, e sem um método diagnóstico unificado para esta população. Identificar os pacientes com disfagia nos estágios iniciais da EM é fundamental na prevenção de complicações como desnutrição, desidratação e óbito.
O objetivo deste estudo foi identificar a presença ou não de alterações da deglutição de pacientes com diagnóstico de EM em atendimento no Centro de Referência e Investigação em Esclerose Múltipla do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, no Centro-oeste do Brasil.
Este foi um estudo transversal entre julho de 2015 e março de 2016, com 73 pacientes, acima de 18 anos de idade com diagnóstico definitivo de EM. Foram excluídos pacientes deoutras unidades de saúde, fora do período de abrangência do estudo, sem condições clínicas, com outras enfermidades associadas ou que não concordaram em participar do estudo.
A presença de disfagia foi encontrada em 30,14% dos pacientes. Esse achado vem de encontro com outros estudos. As principais manifestações observadas foram dificuldades de qualificação e propulsão do bolo alimentar, demonstrando comprometimento da fase oral e faríngea da deglutição. Assim, faz-se necessário a avaliação e acompanhamento desta população, garantindo a intervenção de forma precoce, diminuindo os riscos para a qualidade de vida.
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Videofluoroscopia da Deglutição : alterações esofágicas em pacientes com disfagia / Videofluoroscopic swallowing study : esophageal alterations in patients with dysphagiaScheeren, Betina January 2013 (has links)
Introdução: A Videofluoroscopia da Deglutição (VFD) é um exame dinâmico e permite a avaliação de todo o processo da deglutição, entretanto, a maioria dos estudos publicados relata apenas alterações na orofaringe e transição faringoesofágica, não sendo rotina o estudo do esôfago. O objetivo da presente pesquisa foi verificar a prevalência de alterações na fase esofágica à VFD em pacientes com disfagia cervical. Métodos: Pacientes com queixa de disfagia cervical submetidos à Videofluoroscopia da Deglutição incluindo estudo esofágico entre maio de 2010 e maio de 2012 tiveram seus exames revisados retrospectivamente. Os pacientes foram classificados em dois grupos: Grupo I - sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido e Grupo II – com diagnóstico de doença neurológica. Durante o exame os pacientes ingeriram três consistências de alimento (líquido, pastoso e sólido) contrastadas com sulfato de bário e 19 itens foram analisados segundo protocolo. A fase esofágica foi considerada alterada quando apenas um dos itens avaliados estivesse comprometido. Resultados: Trezentos e trinta e três (n=333) pacientes consecutivos foram estudados com 213 (64%) no Grupo I e 120 (36%) no Grupo II. Alterações esofágicas foram identificadas em 104 (31%) pacientes, sendo a prevalência maior no Grupo I (36,2%), principalmente, nos itens clareamento esofágico (16,9%) e contrações terciárias (16,4%). Pudemos observar que 12% dos indivíduos do Grupo I apresentaram somente alteração em fase esofágica. Conclusão: Avaliação da fase esofágica durante a Videofluoroscopia da Deglutição identificou alterações esofágicas em um terço dos pacientes com queixa de disfagia cervical, principalmente no grupo sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido. / Introduction: Videofluoroscopic Swallowing Study (VFSS) is a dynamic exam and allows the evaluation of the complete swallowing process. However, most published studies have only reported alterations in the oropharynx and pharyngoesophageal transition, leaving the analysis of the esophagus an under researched area. The goal of this study was to investigate the prevalence of alterations in the esophageal phase thorough VFSS in patients with cervical dysphagia. Methods: Consecutive patients with cervical dysphagia who underwent VFSS including esophageal analysis between May 2010 and May 2012 had their exams retrospectively reviewed. Patients were classified into two groups: Group I - without a pre-established etiological diagnosis and Group II - with neurological disease. During the exam, the patients ingested three different consistencies of food (liquid, pasty and solid) contrasted with barium sulfate and 19 items were analyzed according to a protocol. The esophageal phase was considered abnormal when at least one of the evaluated items was compromised. Results: Three hundred and thirty-three (n = 333) consecutive patients were studied - 213 (64%) in Group I and 120 (36%) in Group II. Esophageal alterations were found in 104 (31%) patients, with a higher prevalence in Group I (36,2%), especially on the items esophageal clearance (16,9%) and tertiary contractions (16,4%). It was observed that 12% of individuals in Group I only presented alterations on the esophageal phase. Conclusion: Evaluation of the esophageal phase of swallowing during VFSS detects abnormalities in patients with cervical dysphagia, especially in the group without pre-established etiological diagnosis.
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Intervenção fonoaudiológica em pacientes com disfagia, pós intubados e sem morbidades neurológicasTurra, Giovana Sasso January 2013 (has links)
Introdução e Objetivos: A intubação orotraqueal (IOT) é utilizada no centro de tratamento intensivo (CTI) em pacientes graves que precisam de auxílio para manter a respiração. Quando prolongada é considerada um dos principais fatores de risco para disfagia orofaríngea (DOF). Nestes casos, o controle neurológico central e nervos periféricos estão intactos, mas as estruturas anatômicas responsáveis pela deglutição podem sofrer prejuízos. O tratamento para a DOF visa proteger as vias aéreas e garantir a nutrição. A terapia de reabilitação da deglutição, através de técnicas e exercícios orofaciais e vocais, parece ser benéfica em pacientes disfágicos. Sendo assim, essa pesquisa apresentou como objetivo avaliar a eficácia da fonoterapia em pacientes com DOF, pós-intubados e sem comorbidades neurológicas. Metodologia: Foram avaliados 240 pacientes, dos quais 40 (16,6%) apresentaram DOF. De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, trinta e dois pacientes foram incluídos no estudo realizado de setembro de 2010 a dezembro 2012 no CTI de um hospital universitário. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: tratamento fonoaudiológico e controle, sendo que o primeiro (53%) recebeu orientações, técnicas terapêuticas, manobras de proteção de via aérea e de limpeza glótica, exercícios oromiofuncionais e vocais e introdução de dieta; o acompanhamento ocorreu durante 10 dias. Os dados da anamnese foram coletados do prontuário e o local de atendimento de todos os sujeitos foi à beira do leito. Os desfechos primários do estudo foram o tempo de permanência com sonda nasoentereral (SNE) e os níveis da escala FOIS. Resultados e Discussão: O grupo tratado permaneceu por menos tempo com SNE (mediana de 3 dias) em comparação ao grupo controle (mediana de 10 dias) (p< 0,001). No grupo controle houve o dobro de sujeitos com a SNE por ainda apresentarem DOF ao final do tempo de acompanhamento fonoaudiológico. O grupo tratado apresentou evolução significativa nos níveis da escala FOIS (entre 4 e 7) em relação ao controle (p=0,005). O grupo tratado apresentou evolução favorável nos níveis de gravidade pelo protocolo PARD (DOF moderada passou para leve). A consistência alimentar líquida (água) foi a que os pacientes mais apresentaram sinais clínicos de DOF. As doenças respiratórias foram as mais frequentes em ambos os grupos. Conclusões: Os achados desse estudo demonstram que o tratamento fonoaudiológico favorece a progressão mais rápida de alimentação por SNE para via oral em pacientes pós-intubados. Isto sugere que a Fonoaudiologia, na área de DOF, tem um papel importante dentro do plano de tratamento destes indivíduos, hipótese que deve ser confirmada por estudos adicionais. / Introduction: In intensive care units (ICU), orotracheal intubation (OTI) is used in severe patients who need assistance to maintain breathing. When OTI is prolonged, it is considered one of the main risk factors for oropharyngeal dysphagia (OPD). In these cases, the central neurological control and peripheral nerves are intact, but the anatomical structures responsible for swallowing may suffer damages. Treatment of OPD aims to protect the airways and nutrition of individuals. Swallowing rehabilitation therapy, by means of orofacial and vocal techniques and exercises, seems to be beneficial to dysphagic patients. Thus, this research presented as objective to evaluate the efficacy of the speech therapy in patients with OPD, post-intubated and without neurological comorbidities. Material and Methods: The recruitment period of the study was from September 2010 to December 2012 in the ICU of a university hospital. Two hundred and forty patients were assessed, of whom 40 presented OPD (16.6%). According to the inclusion and exclusion criteria, thirty-two patients were included in the study. Patients were randomized in two groups: speech treatment and control, and the first (53%) received daily, for a maximum period of 10 days, assessment, guidance, therapeutic techniques, airway protection and glottal cleaning maneuvers, oromiofunctional and vocal exercises, as well as introduction of diet. Anamnesis data were collected from the patient’s medical records, and all individuals were seen on the hospital bedside. Primary study outcomes were length of stay with nasoenteric tube (NET) and levels on the FOIS scale. Results and Discussion: When compared to the control group (median of 10 days), NET permanence was shorter in the treated group (median of 3 days) (p<0.001). The control group there was twice the number of individuals with NET because they still presented OPD at the end of the speech therapy follow up. The treated group showed a significant evolution in levels on the FOIS scale (between 4 and 7) when compared to the control group (p=0.005). The treated group presented a favorable evolution in severity levels by the PARD (from moderate to mild OPD). Patients showed most clinical signs of OPD with liquid-consistency (water). Respiratory disorders were the most frequent in both groups. During treatment, in some cases it was not possible to complete the length of intervention. In the GT, interruption happened in 2 cases (11.8%) due to death, in 3 cases, (17.6%) due to reintubation, in one patient (5.9%) due to clinical worsening and in one patient (5.9%) due to withdrawal from treatment. In the GC, 4 (26.7%) patients were re-intubated. All these patients remained in the study for an intention-to-treat analysis (ITT). Conclusion: The findings of this study demonstrate that speech therapy favors a faster progression from NET feeding to oral feeding in post-intubated patients. His suggests that Speech Therapy in OPD area, has an important role in the treatment plan of these individuals, this hypothesis should be confirmed by additional studies.
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Risco de disfagia orofaríngea e estado de saúde bucal em pessoas com paralisia cerebral /Brasil, Rita de Cássia Escobar de Arruda January 2018 (has links)
Orientadora: Roberta Gonçalves da Silva / Banca: Célia Maria Giacheti / Banca: Dionísia A. Lamônica / Resumo: Introdução: Pessoas com Paralisia Cerebral (PC) apresentam prognóstico e comorbidades diversificadas e suas manifestações estão relacionadas com limitações funcionais, tanto motoras globais como de controle neuromotor das funções orais, desencadeando dificuldades na comunicação, deglutição e saúde bucal. Objetivo: Este estudo teve por objetivo relacionar o risco de disfagia orofaríngea (DO) com o estado de saúde bucal na pessoa com Paralisia Cerebral. Método: Foram selecionados todos os prontuários com diagnóstico neurológico conforme CID 10, dentro da classificação de Paralisia Cerebral de distintos subtipos, do período de janeiro de 2011 a junho de 2017, do Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE) da Universidade Estadual Paulista - Unesp - Campus de Araçatuba, perfazendo 1868 indivíduos. Foram incluídos nesse estudo 345 prontuários, 194 do gênero masculino e 151 do gênero feminino, faixa etária de 1 a 60 anos, com média de 13,9 anos, e função motora grossa (GMFCS) que variou de I a V. Elaborado e aplicado instrumento de rastreio para disfagia orofaríngea na PC e para a classificação da saúde bucal nessa população. Resultados: Das 345 (100%) pessoas com PC, 197 (57,1%) apresentaram risco para DO e 148 (42,9%) não apresentaram. A associação entre risco de DO e subtipo de PC foi significante na PC quadriplégica espástica e com maior razão de chance que nos demais subtipos. Houve associação entre disfagia orofaríngea e saúde bucal na PC considerando o... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Introduction: People with Cerebral Palsy (CP) have different prognoses and comorbidities and their manifestations are related to functional limitations, both global motor and neuromotor control of oral functions, with impairment in communication, swallowing and oral health. Purpose: This study aimed to relate the risk of oropharyngeal dysphagia (OD) with oral health status in people with CP. Methods: All neurological records according within the classification of CP of different subtypes, from January 2011 to June 2017, were selected from the Center for the Assistance to the Individuals with Disabilities (CAOE) of the Paulista State University- Unesp - Campus of Araçatuba, comprising 1868 individuals. The study included 345 medical records, 194 males and 151 females, ranging from 1 to 60 years old, mean age of 13.9 years, and gross motor function (GMFCS), ranging from I to V. Screening for oropharyngeal dysphagia on CP and the classification of oral health in this population were proposed and applied. Results: Of the 345 (100%) people with CP, 197 (57.1%) presented risk for OD and 148 (42.9%) did not present. The association between OD risk and PC subtype was significant in spastic quadriplegic CP and with a higher odds ratio than in the other subtypes. There was an association between oropharyngeal dysphagia and oral health in CP considering motor performance (p: 0.0485). Conclusion: The risk of oropharyngeal dysphagia was more frequent in spastic quadriplegic CP and present... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Identificação de indivíduos idosos potecialmente com alteração da deglutição / Identification of older persons potentially with change in swallowingRech, Rafaela Soares January 2016 (has links)
A disfagia pode ser definida como uma dificuldade de deglutição. Representa um importante indicador de saúde da população idosa, pois além de se configurar em um dos sintomas de diversos agravos prevalentes neste segmento populacional, ainda pode estar associada a morbidade e mortalidade precoce, podendo conduzir diversas complicações clínicas. A presente dissertação é composta de dois manuscritos. O manuscrito I teve como objetivo avaliar a acurácia diagnóstica do Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista e do Eating Assessment Tool (EAT-10) comparada a do diagnóstico fonoaudiológico de disfagia (padrão ouro) em idosos independentes da comunidade e residentes de instituição de longa permanência. Trata-se de um estudo diagnóstico que avaliou clinicamente 265 idosos no sul do Brasil, dos quais 123 residentes de instituição de longa permanência e 142 da comunidade. Além disso, os idosos responderam ao instrumento de rastreamento autoaplicável EAT-10. A média de idade dos idosos foi de 73,5 (dp= 8,9) anos e a maioria eram mulheres (59,2%, n= 157). A prevalência de disfagia nesta população foi de 45,3% (n=120), variando entre 62,5% para os residentes de instituição de longa permanência e 37,5% para os idosos da comunidade. A acurácia diagnóstica do exame do cirurgião-dentista (CD) foi de 0,84. A sensibilidade foi 0,77, a especificidade foi 0,89, o valor preditivo positivo foi 0,85 e o negativo foi 0,83, a razão de verossimilhança positiva foi 7,02 e a negativa foi 0,25. O EAT-10 demonstrou acurácia diagnóstica de 0,72, a sensibilidade foi de 0,45, a especificidade foi de 0,95, o valor preditivo positivo foi de 0,87 e o negativo foi de 0,68, a razão de verossimilhança positiva foi de 8,31 e a negativa de 0,57. O Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista é um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. Em contraste, o EAT-10 se demonstrou um instrumento com baixa acurácia para rastreamento de idosos disfágicos. O manuscrito II teve como objetivo avaliar se a condição de saúde bucal e as alterações sensório-motoras orais estão associadas à disfagia orofaríngea em idosos. Uma fonoaudióloga avaliou a disfagia orofaríngea através da escala GUSS, bem como realizou uma avaliação sensório-motora oral. As condições de saúde bucal dos idosos foram avaliadas clinicamente por um CD. A população estudada foi composta por 46,4% de idosos vinculados a uma instituição de longa permanência e os demais eram independentes da comunidade Indivíduos com quatro ou mais alterações sensórias-motora orais apresentaram uma maior prevalência de disfagia (RP=2,01; IC95%1,27-3,18), bem como apresentaram uma condição de saúde bucal não funcional (RP=1,61; IC95%1,02-2,54). Os resultados se mantem na mesma direção, quando estratificados. Conclui-se que o exame simplificado desenvolvido neste estudo demonstrou ser um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. O CD pode ser um dos profissionais da área da saúde para que se identifiquem sinais e sintomas de alterações na deglutição, sendo que o referenciamento ao fonoaudiólogo representa um importante avanço na proposta de trabalho interdisciplinar. Além disso, os idosos sem queixas relativas à deglutição com condições de saúde bucal não funcional e alterações do sistema sensório-motor oral estão associados a maior prevalência de disfagia orofaríngea. É importante que se direcione esforços para a investigação de variáveis odontológicas e sintomas ligados a dificuldades de deglutição, visando avaliar mais detalhadamente os indivíduos mais suscetíveis à presença de disfagia orofaríngea ligada a variáveis de saúde bucal. / Dysphagia may be defined as a difficulty in swallowing. It presents itself as an important health indicator for the older person population, since, besides being one of the symptoms of several illnesses prevalent in this population segment, it can still be associated with morbidity and early mortality, and it may lead to several clinical complications. This dissertation comprises two manuscripts. The goal of the manuscript I was to assess the diagnostic accuracy of the Dentist Swallowing Assessment Test (DSAT), and of the Eating Assessment Tool (EAT-10), when compared with the speech-language therapy diagnosis of dysphagia (gold standard) for the elderly in community dwelling and for long-term care institutions’ residents. It is a diagnostic study that evaluated 265 older persons in southern Brazil, 123 were residents in long-term care facilities and 142 were community dwellers. Furthermore, the older persons responded to the self-administered screening tool EAT-10. The average age of the participants was 73.5 (sd= 8.9) years and the majority were women (59.2%, n=157). Prevalence of dysphagia in this population was 45.3% (n=120), varying between 62.5% for the long-term care institutions’ residents and 37.5% for the community dwellers. The diagnostic accuracy of the DSAT was 0.84. The sensitivity was 0.77, the specificity was 0.89, the positive predictive value was 0.85 and negative was 0.83, the positive likelihood ratio was 7.02 and the negative was 0.25. The EAT- 10 presented a diagnostic accuracy of 0.72, a sensitivity of 0.45, a specificity of 0.95, positive predictive value of 0.87 and a negative of 0.68, a positive likelihood ratio of 8.31 and a negative of 0.57. The DSAT is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. However, in contrast, the EAT-10 was shown to have low-accuracy to track older persons with dysphagia. The aim of the manuscript II was to assess if the oral health condition and the sensorimotor changes are correlated with oropharyngeal dysphagia in the older persons. It is a cross-sectional study comprising of 265 older persons. A speech-language therapy assessed the oropharyngeal dysphagia by using the GUSS scale, having carried out an oral sensorimotor evaluation as well. The oral health conditions of the older persons were clinically assessed by a dentist. The population studied encompassed 46,4% of older persons bounded to a long-term institution and the remaining were independent of the community. Individuals with four or more oral sensorimotor changes presented a higher prevalence of dysphagia (PR=2.01; CI95%1.27-3.18), presenting as well as non-functional oral health condition (PR=1.61; CI95%1.02-2.54). The results display the same direction when stratified. It is concluded that the simplified assessment developed in this study is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. The dentist may be one of the health professionals to identify signs and symptoms of changes in swallowing, being that the reference to the speech-language therapist represents an important advance in the proposal of interdisciplinary work, furthermore in older persons with no complaints regarding swallowing, non-functional oral conditions and disturbances of the sensorimotor system are associated with a higher prevalence of oropharyngeal dysphagia. An effort to investigate dental variables and symptoms that could be linked to difficulties in swallowing is important, so that individuals that are susceptible to oropharyngeal dysphagia due to their oral health can be assessed with effectiveness.
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Deglutição de parkinsonianos pré e pós riboflavina: queixa, aspectos funcionais e impacto na vida diária / Swallowing in Parkinson´s disease before and after riboflavin: complaint, functional aspects and impact on quality of lifeSilvério, Carolina Castelli [UNIFESP] 28 January 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:50Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009-01-28 / Objetivo: verificar a relação entre queixa, aspectos funcionais da deglutição e impacto na qualidade de vida referente à voz e à deglutição, em pacientes portadores da doença de Parkinson, submetidos à administração de riboflavina, no período de um ano. Métodos: participaram do estudo 16 pacientes portadores da Doença de Parkinson, com média de idade de 67,25 anos, média do nível de severidade da doença de II para III e média de tempo de diagnóstico da doença de Parkinson de 3,5 anos. As avaliações videofluoroscópicas da deglutição foram realizadas antes e após um ano da administração de riboflavina e restrição de carne vermelha e de aves. Foram realizadas a análise qualitativa da deglutição, a verificação da presença de queixa com relação à deglutição e aplicação de dois protocolos de qualidade de vida sendo relacionados um com o impacto da alteração vocal, e outro com o impacto da alteração na deglutição. A análise quantitativa compreendeu a realização de medidas de deslocamento do osso hióide, de abertura do esfíncter esofágico superior e de constrição da faringe. Resultados: foram observadas redução da queixa e discreta piora na qualidade de vida relacionada à voz e à deglutição, maior freqüência de ocorrência de deglutição normal, no momento pós-riboflavina. Não foram observadas diferenças significativas entre as medidas quantitativas. Conclusões: Conclui-se neste estudo que: houve melhora, apesar de não significativa, da queixa relacionada à deglutição; não ocorreram pioras significativas na dinâmica da deglutição, com exceção do deslocamento da cartilagem cricóidea na consistência de líquido fino após um ano de estudo; não houve piora com relação ao impacto na qualidade de vida, tanto relacionado à deglutição, quanto ao aspecto vocal; os pacientes que não apresentavam queixas de deglutição no momento pré apresentaram melhora na dinâmica da deglutição, com exceção da constrição da faringe; os pacientes com queixa de deglutição no momento pré apresentaram melhora nos índices de qualidade de vida e na auto-avaliação vocal segundo o QVV, no momento pós. / Objective: to verify the relation between clinical complaint, swallowing functional aspects and the impact on quality of life related to voice and swallowing in patients with Parkinson´s disease submitted to treatment with riboflavin during one year period. Method: sixteen patients with Parkinson´s disease participated in the study; mean age was 67.25 years old, mean degree of disease severity was II to III and mean time of disease diagnosis was 3.5 years. Videofluoroscopic evaluations were performed before and after one year of treatment with riboflavin and restriction diet of read meat and chicken. It were analyzed: qualitative analysis of swallowing, presence of complaints related to swallowing, application of questionnaires related to the impact of voice and swallowing alterations and quantitative analyses of swallowing, which included computerized measurements of hyoid bone and cricoid cartilage displacement, opening of the superior esophageal sphincter and pharyngeal constriction. Results: it were observed: decrease of complaints and slight worsening in quality of life impact regarding voice and swallowing and more frequent normal swallowing post riboflavin; there were no significant changes regarding quantitative measurements. Conclusions: there was a non significant improvement regarding swallowing complaints; it were not observed significant impairments of the swallowing dynamics, except for cricoid cartilage displacement during thin liquid ingestion at the end of the treatment; there was no impairment of quality of life regarding swallowing or voice; patients without swallowing complaints at the beginning of the treatment showed improvement in swallowing dynamics, except for pharyngeal constriction; patients with swallowing complaints at the beginning of the treatment showed improvement regarding quality of life and vocal selfevaluation after treatment. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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