• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 75
  • Tagged with
  • 79
  • 79
  • 79
  • 54
  • 48
  • 22
  • 15
  • 15
  • 13
  • 13
  • 13
  • 12
  • 12
  • 11
  • 11
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
21

Desigualdade socioeconômica nos gastos catastróficos em saúde no Brasil

Boing, Alexandra Crispim January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:57:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 320595.pdf: 5005314 bytes, checksum: 29edf710ecd9670a710c7b3ca037fbff (MD5) Previous issue date: 2013 / Na presente tese objetivou-se analisar a prevalência e as desigualdades socioeconômicas nos gastos catastróficos em saúde (GCS). Adicionalmente, descreveu-se a variação na proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza (LP) em 2002-3 e 2008-9 ao se deduzir os diferentes tipos de gastos em saúde de seus rendimentos. As análises foram realizadas a partir dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2002-3 (n=48.470 domicílios) e 2008-9 (n=55.970 domicílios). O GCS foi definido como despesas em excesso de 10% e 20% do consumo total e 40% da capacidade de pagamento dos domicílios. O Indicador Econômico Nacional e a escolaridade do chefe da família foram consideradas variáveis socioeconômicas. A desigualdade socioeconômica foi estimada através da diferença relativa entre as taxas, a razão das taxas e o índice de concentração. Os gastos catastróficos variaram entre 0,7% a 21,0%, a depender do ponto de corte. Foi identificado aumento na prevalência de GCS entre 2002-3 e 2008-9 de 25,0% quando utilizado o ponto de corte de 20% em relação ao total de consumo e de 100% quando se utilizou o ponto de 40% da capacidade de pagamento. Observou-se aumento da desigualdade socioeconômica na prevalência de gasto catastrófico em saúde no Brasil entre 2002-3 e 2008-9, sendo que a prevalência foi de até 5,20 vezes maior entre os mais pobres e 4,17 vezes maior entre os menos escolarizados. Para responder aos objetivos referentes à descrição e variação na proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza no Brasil, utilizaram-se dois pontos de corte para definir pobreza: rendimento per capita diário inferior a US$2,0, conforme proposto pelo Banco Mundial (BM), e rendimento per capita mensal inferior a R$100,0 (2002-3) e R$140,0 (2008-9), conforme recomendado pelo Programa Bolsa Família (PBF). Para identificar os fatores sociodemográficos associados ao empobrecimento dos domicílios foi utilizada regressão logística multivariável. Houve aumento da proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza no Brasil após a subtração dos gastos em saúde. Considerando-se a LP recomendada pelo BM, em 2002-3 o acréscimo foi de 2,5 pontos percentuais (ou 7,7%) e em 2008-9 de 1,3 ponto percentual (ou 21,7%). Já na LP utilizada pelo PBF a variação foi de 1,6 (11,9%) e 1,3 (17,3%) ponto percentual, respectivamente. Os gastos com medicamentos foram os que mais contribuíram para o aumento de domicílios pobres. Os fatores associados com o empobrecimento, segundo LP do BM, foram residir na área rural, apresentar pior situação econômica e presença de crianças no domicilio. Quando utilizada a LP do Bolsa Família os fatores associados foram apresentar pior situação econômica e presença de crianças no domicilio. Os resultados reforçam a necessidade de elaboração de políticas e ações para garantir o acesso ao sistema público de saúde, aos medicamentos e proteger contra o gasto catastrófico em saúde e o risco de empobrecimento no Brasil.<br> / Abstract : The present thesis aimed to analyze the prevalence and socioeconomic inequalities in catastrophic expenditures in health (CHE). The variation in the proportion of households living below the poverty line (PL) after deducting different types of health expenditure from family incomes was also described. All analyzes were performed using data from the 2002-3 and 2008-9 Household Budget Survey (n=48,470 households and 55,970 households respectively). The CHE was defined as expenses in excess of 10% and 20% of total household consumption and 40% of households' ability to pay. The National Economic Indicator and schooling were the socioeconomic variables. Socioeconomic inequality measures used were the relative difference between rates, the rate ratios and the concentration index. The catastrophic expenditures ranged from 0.7% to 21.0% of the households. The prevalence of CHE increased to 25.0% between 2002-3 and 2008-9 when the cut-off point of 20% was adopted related to the total consumption, and 100% when the cut-off point of 40% of the payment capacity was used. There was a significant increase in the socio-economic inequalities regarding the prevalence of catastrophic health expenditure between 2002-3 and 2008-9 in Brazil; this was 5.20 times higher among the poorest and 4.17 times higher in those with the lowest level of education. To describe the variation in the proportion of households living below the poverty line, two cut-off points to define poverty were used: daily per capita income of less than $ 2.0, as proposed by the World Bank (WB), and monthly income per capita of less than U.S. $ 100.0 (2002-3) and R $ 140.0 (2008-9), as recommended by Bolsa Família Program (BFP). To identify the sociodemographic factors associated with the impoverishment of households, multivariable logistic regression analyses were performed. An increase in households living below the poverty line in Brazil after subtraction of health expenditures from the family income was identified. Considering the LP recommended by the WB in 2002-3, the increase was 2.5 percentage points (or 7.7%) and in 2008-9 by 1.3 percentage points (or 21.7%). When the LP (PBF) was taken into account, the variation was 1.6 (11.9%) and 1.3 (17.3%) percentage points, respectively. Expenditure on medicine was the main factor that contributed to an increase in the number of PL households. The associated factors with poverty when LP (WB) was considered were residing in rural areas, belonging to the lowest economic status and presence of children in the household. Using PL (BFP), the associated factors were belonging to the lowest economic status and the presence of children in the household. These findings reinforce the need to develop policies and actions to ensure access to the public health care system, drugs and protection against catastrophic health expenditure and the risk of impoverishment in Brazil.
22

Judicialização e eqüidade no tratamento da hepatite C : estudo de caso sobre o tratamento com interferona alfa em um serviço de referência do SUS em Porto Alegre, RS

Anjos, Renata Sacco dos January 2009 (has links)
Introdução: Este estudo propõe explorar a relação entre judicialização da saúde e equidade no acesso ao tratamento no SUS. Métodos: Utilizou-se comparação de médias e proporções para avaliar a presença ou não de diferenças socioeconômicas (SE) entre 1) três grupos de pacientes com hepatite C crônica - requerentes de Interferon Convencional pela via administrativa (ICA), requerentes de Interferon Peguilado pela via judicial (IPJ) e demandantes de Interferon Peguilado pela via administrativa (IPA) 2) dos pacientes com a população da região metropolitana de Porto Alegre. Resultados: Entre os grupos, a diferença SE não foi estatisticamente significativa, mas comparados à população, nos três grupos havia maior proporção de pacientes nas classes A e B (mais altas) do que na D e E (mais baixas) da classificação da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa): no grupo IPJ, 50% das classes A e B e 0% das classes D e E; no IPA, 49,3% das classes A e B e 8,9% das D e E; e no ICA, 44,9% das classes A e B e 6,1% das D e E, enquanto na população como um todo 34,3% estariam nas classes A e B, e, 20,2% nas classes D e E (p<0,001). Diferenças na proporção de pacientes com seguros de saúde privados pertencentes aos três grupos e a população total também foram estatisticamente significativas. Conclusões: Nossos dados permitem inferir que há iniqüidade no acesso a tratamento com medicamento de alto custo entre usuários portadores de hepatite C, porém este fato não é explicado por diferença no acesso a diferentes regimes de tratamento no SUS ou mesmo pela judicialização. Os determinantes atuam antes, no acesso diferenciado ao próprio sistema público conforme a inserção sócioeconômico- cultural dos beneficiários. / Introduction: This study aimed to explore the relationship between Judicialization of Health and equity in the access of treatment via SUS (Brazilian’s Unified Health System). Methods: Means and proportion comparisons were used to evaluate socioeconomic (SE) differences 1) among three groups of patients with chronic Hepatitis C: a) receiving conventional Interferon through an administrative process (ICA), b) receiving Pegylated Interferon through an administrative process (IPA) and c) receiving Pegylated Interferon through a judicial process (IPJ); and 2) between those grups and the whole population of the metropolitan area of Porto Alegre, Brazil. Results: No statistically significant SE differences were found among the patients belonging to each of the three groups, but significant differences were found between each groups and the whole population (P<0,001). While in the whole population 34,3% of the subjects were classified as belonging to classes A and B and 20,2% to classes D and E, in the IPJ group, 50% of the subjects belonged to classes A and B and no one to classes D and E; in the IPA group, 49,3% belonged to classes AB and 8,9% to the DE; and in the ICA group, the proportions were respectively 44,9% AB and 6,1% DE. Proportions covered by private health insurance were also significantly different between the three groups and the population. Conclusions: Considering that hepatites C is not expected to disproportionally affect the highest SE strata, we may say that there is inequity in the access of patients to treatment in the SUS. This fact, however, is not explained by differences in the type or way of access to the medication, including judicialization. The iniquity seems to be previously determined, by differentiated access to specialized care at the public health system, according to socioeconomical and cultural status of the beneficiary.
23

Perfis da mortalidade de idosos no Nordeste: estudo comparativo entre três faixas etárias e seus fatores contextuais relacionados

Mendes, Tamires Carneiro de Oliveira 27 March 2018 (has links)
Submitted by Automação e Estatística (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-06-15T21:36:03Z No. of bitstreams: 1 TamiresCarneiroDeOliveiraMendes_TESE.pdf: 2135829 bytes, checksum: 87e25db9ad9ccce3c6b641dec3fd2f92 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-06-21T21:00:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TamiresCarneiroDeOliveiraMendes_TESE.pdf: 2135829 bytes, checksum: 87e25db9ad9ccce3c6b641dec3fd2f92 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-21T21:00:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TamiresCarneiroDeOliveiraMendes_TESE.pdf: 2135829 bytes, checksum: 87e25db9ad9ccce3c6b641dec3fd2f92 (MD5) Previous issue date: 2018-03-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A população idosa cresce aceleradamente e revela uma variabilidade de características que se refletem em diferentes níveis de saúde. Para que as políticas públicas atendam de forma eficaz às novas demandas, faz-se essencial conhecer a real situação de saúde, sendo as estatísticas de mortalidade um importante instrumento para a produção de bases objetivas para tal. Nesse sentido, o presente estudo, do tipo ecológico, propõe-se a analisar o perfil da mortalidade de idosos nos municípios da região Nordeste no período de 2001 a 2015, bem como identificar os fatores socioeconômicos contextuais relacionados. A população idosa foi analisada sob a perspectiva da sua heterogeneidade, dividindo-a em: 60 a 69 anos (idosos mais jovens ou sexagenários), 70 a 79 anos (septuagenários) e 80 anos ou mais de idade (longevos). A partir de dados oriundos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), as causas de óbito, segundo capítulo CID-10, foram medidas por meio da Mortalidade Proporcional (MP) para a análise descritiva da região Nordeste como um todo e através do Coeficiente de Mortalidade Específico por Idade (CMId) para o delineamento dos perfis da mortalidade dos municípios. Dados do IBGE, Programa das Nações Unidas (PNUD) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) foram resumidos pela Análise de Componentes Principais para todo o contexto brasileiro e, em seguida, nos municípios nordestinos. Os grupos (clusters) de municípios com perfis da mortalidade similares foram definidos por meio da Análise de Conglomerados não Hierárquicos do tipo K-means, sendo comparados entre si e com os índices socioeconômicos através dos testes t de Student, Mann-Whitiney, ANOVA ou Kruskal-Wallis, em função do número de grupos e da distribuição dos dados, ao nível de significância de 5%. Ademais, realizou-se a distribuição espacial exploratória dos achados. No período investigado, foram registrados 2.461.383 óbitos em idosos no Nordeste, sendo 44,2% destes correspondentes aos longevos, 31,4% aos septuagenários e 24,4% aos sexagenários. A maior parte dos óbitos ocorreu no ambiente hospitalar (55,5%), entre indivíduos do sexo masculino (50.8%), de raça/cor parda (49,0%), casados (37,1%) e sem nenhum ano de estudo (34,5%). Quanto às causas de morte, as doenças cardiovasculares detêm a maior carga de óbitos (35,8%), seguida das causas mal definidas (15,4%) e das neoplasias (13,1%). Na Análise de Conglomerados, formaram-se cinco clusters para o segmento de sexagenários (Alta carga de neoplasias, Alta carga de causas mal definidas, Baixa cobertura, Perfil de taxas intermediárias e Alta mortalidade e bom registro), três para os septuagenários (Maior qualidade de informações, Baixa cobertura e causas mal definidas e Perfil de baixa cobertura) e dois clusters para os longevos (Doenças cardiovasculares e causas mal definidas e Baixa cobertura e causas mal definidas). Foram construídos os Índices de Privação e de Ruralidade para os municípios do Brasil e, para o Nordesde, Contexto socioeconômico favorável, Pouca escolaridade e maior assistência do Estado, e Urbanização e seus reflexos, sendo este o fator mais importante para a discriminação dos municípios nordestinos. A análise bivariada evidenciou que níveis satisfatórios dos determinantes socioeconômicos contextuais estão relacionados a padrões de mortalidade mais próximos das características modernas de transição epidemiológica, além de maior qualidade do SIM, sendo tal influência maior nos idosos mais jovens. Depreende-se que os idosos longevos se diferenciam dos outros grupos de idosos, com padrões de mortalidade mais homogêneos, mais afetados pela qualidade do SIM e menos influenciados pelos fatores socioeconômicos contextuais. Por fim, o estudo permitiu identificar municípios prioritários, agrupados nos perfis sanitários mais desfavoráveis, para o Planejamento em Saúde, devendo-se considerar o contexto socioeconômico, especialmente o nível de urbanização, para a redução das iniquidades em saúde. / The elderly population grows rapidly and reveals a variability of characteristics that result in different levels of health. In order to make public policies adequate to the new demands, it is essential to comprehend the real health pattern and the mortality statistics are an important instrument to produce objective bases for this. In this sense, this ecological study proposes to analyze the mortality profile of the elderly in the northeastern municipalities from 2001 to 2015, as well as to identify the contextual socioeconomic factors related. The elderly population was analyzed from the perspective of their heterogeneity, dividing it into three groups: 60 to 69 years old (younger or sexagenarians), 70 to 79 years (septuagenarians) and 80 years old or older (oldest-old). Based on data from the Mortality Information System (SIM) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IGBE), the causes of death, according to ICD-10 chapters, were measured using Proportional Mortality (MP) for the descriptive analysis of the Northeast region as a whole and through the Age-specific Mortality Coefficient (CMId) for the delineation of the mortality profiles in municipalities level. Data from IBGE, United Nations Program (PNUD) and the Institute of Applied Economic Research (IPEA) were summarized by Principal Component Analysis for Brazil and then in the Northeastern municipalities specifically. The clusters of municipalities with similar mortality profiles were defined by means of K-means Clustering Analysis and compared with each other and with the socioeconomic indices by Student's T test, Mann-Whitiney, ANOVA or Kruskal-Wallis, according to the number of groups and the distribution of the data, at a 5% significance level. In addition, the results were analyzed spatially. In the studied period, 2,461,383 deaths were recorded in the elderly in Northeast. 44.2% of the deaths corresponded to the octogenarians, 31.4% to the septuagenarians and 24.4% to the sexagenarians. Most of the deaths occurred in the hospital (55.5%), among males (50.8%), brown race (49.0%), married (37.1%) and without any study (34.5%). Regarding the causes of death, cardiovascular diseases have the highest number of deaths (35.8%), followed by ill-defined causes (15.4%) and neoplasms (13.1%). The clustering analysis formed five clusters for the sexagenarians group (High burden of neoplasms, High burden of ill-defined causes, Low coverage, Intermediate profile and High mortality and good registration), three for the septuagenarians (Highest quality of information, Low coverage and Ill-defined causes and low coverage profile) and two clusters for octogenarian’s individuals (Cardiovascular diseases and ill-defined causes and low coverage and ill-defined causes). The indices of Deprivation and Rurality were constructed for the Brazilian municipalities and, in the application of the analysis specifically in Northeast, the first one was divided in two components (Favorable socioeconomic context and Low education and higher State assistance) and the second was adapted as Urbanization and its reflexes. The last one was the most important factor for the discrimination of the northeastern municipalities. The bivariate analysis showed that satisfactory levels of contextual socioeconomic determinants are related to mortality patterns that are closer to the modern characteristics of epidemiological transition, as well as a higher quality of the SIM, and this influence is greater in the younger individuals. Oldest-old people differ from other older age groups because they have more homogeneous mortality patterns, more affected by the quality of SIM and less influenced by contextual socioeconomic factors. Finally, the study identified priority municipalities, grouped in the most unfavorable health profiles, for Health Planning, that must considerate the socioeconomic context, especially the level of urbanization, to reduce health inequities.
24

Judicialização e eqüidade no tratamento da hepatite C : estudo de caso sobre o tratamento com interferona alfa em um serviço de referência do SUS em Porto Alegre, RS

Anjos, Renata Sacco dos January 2009 (has links)
Introdução: Este estudo propõe explorar a relação entre judicialização da saúde e equidade no acesso ao tratamento no SUS. Métodos: Utilizou-se comparação de médias e proporções para avaliar a presença ou não de diferenças socioeconômicas (SE) entre 1) três grupos de pacientes com hepatite C crônica - requerentes de Interferon Convencional pela via administrativa (ICA), requerentes de Interferon Peguilado pela via judicial (IPJ) e demandantes de Interferon Peguilado pela via administrativa (IPA) 2) dos pacientes com a população da região metropolitana de Porto Alegre. Resultados: Entre os grupos, a diferença SE não foi estatisticamente significativa, mas comparados à população, nos três grupos havia maior proporção de pacientes nas classes A e B (mais altas) do que na D e E (mais baixas) da classificação da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa): no grupo IPJ, 50% das classes A e B e 0% das classes D e E; no IPA, 49,3% das classes A e B e 8,9% das D e E; e no ICA, 44,9% das classes A e B e 6,1% das D e E, enquanto na população como um todo 34,3% estariam nas classes A e B, e, 20,2% nas classes D e E (p<0,001). Diferenças na proporção de pacientes com seguros de saúde privados pertencentes aos três grupos e a população total também foram estatisticamente significativas. Conclusões: Nossos dados permitem inferir que há iniqüidade no acesso a tratamento com medicamento de alto custo entre usuários portadores de hepatite C, porém este fato não é explicado por diferença no acesso a diferentes regimes de tratamento no SUS ou mesmo pela judicialização. Os determinantes atuam antes, no acesso diferenciado ao próprio sistema público conforme a inserção sócioeconômico- cultural dos beneficiários. / Introduction: This study aimed to explore the relationship between Judicialization of Health and equity in the access of treatment via SUS (Brazilian’s Unified Health System). Methods: Means and proportion comparisons were used to evaluate socioeconomic (SE) differences 1) among three groups of patients with chronic Hepatitis C: a) receiving conventional Interferon through an administrative process (ICA), b) receiving Pegylated Interferon through an administrative process (IPA) and c) receiving Pegylated Interferon through a judicial process (IPJ); and 2) between those grups and the whole population of the metropolitan area of Porto Alegre, Brazil. Results: No statistically significant SE differences were found among the patients belonging to each of the three groups, but significant differences were found between each groups and the whole population (P<0,001). While in the whole population 34,3% of the subjects were classified as belonging to classes A and B and 20,2% to classes D and E, in the IPJ group, 50% of the subjects belonged to classes A and B and no one to classes D and E; in the IPA group, 49,3% belonged to classes AB and 8,9% to the DE; and in the ICA group, the proportions were respectively 44,9% AB and 6,1% DE. Proportions covered by private health insurance were also significantly different between the three groups and the population. Conclusions: Considering that hepatites C is not expected to disproportionally affect the highest SE strata, we may say that there is inequity in the access of patients to treatment in the SUS. This fact, however, is not explained by differences in the type or way of access to the medication, including judicialization. The iniquity seems to be previously determined, by differentiated access to specialized care at the public health system, according to socioeconomical and cultural status of the beneficiary.
25

Estudo de correlação das internações hospitalares por câncer, poluição relacionada ao tráfego e nível sócio-econômico no município de São Paulo / Correlation study of hospital admissions for cancer, air pollution related to traffic and socioeconomic status in the city Sao Paulo

Ribeiro, André de Almeida 02 September 2011 (has links)
Introdução - A exposição à poluição do ar é responsável por diversos efeitos à saúde e se distribui de forma diferenciada na população conforme o nível sócio-econômico. Objetivos - Explorar relações entre internações hospitalares por tipos de câncer e indicadores ambientais e sócioeconômico, na escala de áreas de pequeno tamanho, no município de São Paulo. Métodos - Revisaram-se estudos ecológicos sobre desigualdades sócio-econômicas em câncer e estudos sobre os efeitos da poluição ambiental do ar relacionada ao tráfego sobre o risco de câncer, publicados entre 1998 e 2008. Empreendeu-se a seguir estudo ecológico, com uso de unidade delimitada por grid (500 por 500 metros) e setor censitário, englobando todos os indivíduos internados em hospitais públicos ou privados com diagnóstico principal de neoplasia primária invasiva, no período de 2004 a 2006. As internações foram georreferenciadas e alocadas às unidades de estudo, sendo cada caso contado apenas uma vez. A densidade de tráfego foi calculada para cada unidade da grid a partir de dados de contagem veicular. Utilizaram-se modelos de regressão logística para explorar as associações entre densidade de tráfego, Índice de Desenvolvimento Humano e taxas de internação hospitalar. Resultados - O estudo de revisão mostrou que o nível sócio-econômico se associou de modo distinto de acordo com o tipo de neoplasia maligna. A maioria dos estudos observaram associação positiva da poluição ambiental do ar com câncer, com achados mais consistentes para exposição a material particulado inalável e câncer de pulmão. Do estudo ecológico verificou-se risco aumentado de internação por neoplasias respiratórias em adultos e hematológicas em crianças e adolescentes associado a morar em áreas com maior densidade de tráfego por veículos totais, movidos a gasolina e a diesel, com claro gradiente dose-resposta. O nível sócio-econômico da área 6 de moradia esteve associado positivamente e em gradiente com as medidas de densidade de tráfego e com os cânceres de mama e de próstata. Conclusões - Investigações se fazem necessárias em megacidades de países em desenvolvimento sobre os riscos à saúde relacionados à poluição ambiental do ar devida ao tráfego e sobre o modo como se desenvolveu a rede viária e o tráfego de veículos em sua relação com os locais ocupados historicamente pelas diferentes classes sociais. Estudos que contornem as limitações aqui encontradas poderão fornecer estimativas mais precisas e acuradas / Introduction - Exposure to air pollution is responsible for various health effects and is distributed differently in the population according to socioeconomic status. Objectives - To explore relationships between hospital admissions for cancers and socio-economic and environmental indicators, on a small-area scale, in São Paulo city. Methods - First we reviewed ecological studies on socioeconomic inequalities in cancer and studies on the effects of traffic-related air pollution on the risk of cancer, published between 1998 and 2008. Then an ecological study was undertaken, using a unit defined by grid (500 by 500 meters) and census tract, and embraced all individuals admitted to public or private hospitals with a main diagnosis of primary invasive cancer during the period 2004 to 2006. Hospitalizations were georeferenced and allocated to units of study, each case counted only once. The traffic density was calculated for each grid unit from vehicle count data. We used logistic regression models to explore the associations between traffic density, Human Development Index and rates of hospitalization. Results - The review showed that the socioeconomic status was associated differently according to the type of malignancy. Most studies found a positive association of environmental air pollution with cancer, the most consistent findings for exposure to inhalable particulate matter and lung cancer. The ecological study found an increased risk of hospitalization for respiratory cancers in adults and for hematologic cancers in children and adolescents associated with living in areas with higher total, gasoline and diesel traffic density, with a clear dose-response gradient. The socioeconomic status of the living area was positively associated in gradient with measures of traffic density and with breast and prostate cancers. 8 Conclusions - Investigations are necessary in megacities of developing countries about the health risks of traffic-related environmental air pollution and about how the development of the road network and vehicle traffic relates to sites historically occupied by different social classes. Studies that circumvent the limitations found here may provide more precise and accurate estimates
26

Cárie dentária e desigualdades socioeconômicas no Brasil / Dental caries and socioeconomic inequalities in Brazil

Haroldo José Mendes 30 May 2014 (has links)
O estudo dos determinantes sociais dos processos de saúde e doença da população é um importante campo da Saúde Coletiva, indicando que o entendimento desses fatores favorece ações concretas de cuidado e respostas às necessidades de saúde, principalmente na promoção, prevenção, tratamento e recuperação da saúde, aumenta a redução de vulnerabilidades, de iniquidades em saúde e promove justiça social. A presente pesquisa teve como objetivos verificar a evolução dos indicadores socioeconômicos e de cárie dentária, ocorrida no Brasil entre os anos 2000 e 2010, e a influência dos determinantes socioeconômicos na ocorrência de cárie dentária no Brasil, no ano de 2010. Trata-se de um estudo do tipo ecológico de caráter exploratório envolvendo dados secundários oficiais coletados dos inquéritos populacionais em Saúde Bucal, dos anos de 2003 e 2010, e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. O teste de correlação de Spearman foi utilizado para avaliar as diferenças encontradas entre os indicadores socioeconômicos e de cárie dentária entre os anos 2000 e 2010 e as técnicas de análise exploratória multivariada, denominadas Análise de Agrupamentos e Análise do Componente Principal, utilizadas para verificar a similaridade e influência entre os indicadores socioeconômicos e de cárie dentária no ano de 2010. Os resultados mostraram que entre os anos 2000 e 2010 houve melhora significativa em todos os indicadores socioeconômicos estudados em todas as regiões administrativas. Neste mesmo período, também houve melhora significante nos índices de ocorrência de cárie dentária em todas as faixas etárias (5, 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 anos ou mais) e em todas as regiões do Brasil. Todas as variáveis de ocorrência de cárie dentária (Prevalência de Cárie, ceod/CPOD e número de dentes cariados, restaurados e perdidos por cárie) relativos aos grupos etários de 5, 12 e 15 a 19 anos, foram influenciados pelo determinante socioeconômico compreendido pela desigualdade de renda. Entre os adultos (35 a 44 anos) e idosos (65 a 74 anos) as variáveis de ocorrência de cárie dentária sofreram influencia dos aspectos físico-materiais na produção da saúde e da doença, das desigualdades de renda e das relações entre a saúde das populações e as condições nas quais ela vive. Os indicadores analisados podem contribuir na elaboração de modelos de decisão em saúde, na explicação dos processos organizativos e da desigualdade na oferta de serviços e recursos humanos em saúde bucal no Brasil. / Analysis of the social determinants of health and disease processes in the population is an important field in Public Health, indicating that understanding on these factors favors concrete actions of care and responses to the health needs, especially for health promotion, prevention, treatment and recovery; it reduces the vulnerabilities and health inequalities and promotes social justice. This study analyzed the evolution of socioeconomic indicators and dental caries in Brazil between the years 2000 and 2010, as well as the influence of socioeconomic determinants on the occurrence of dental caries in Brazil in the year 2010. This ecological exploratory study involved official secondary data collected from population oral health surveys in the years 2003 and 2010, and from the Human Development Atlas in Brazil 2013. The Spearman correlation test was used to evaluate the differences observed in socioeconomic indicators and dental caries between the years 2000 and 2010, and techniques of multivariate exploratory analysis, called Group Analysis and Main Component Analysis, were used to verify that similarity and the influence between socioeconomic indicators and dental caries in the year 2010. The results revealed that, between the years 2000 an there was significant improvement in all socioeconomic indicators analyzed in all administrative regions. In the same period, there was also significant improvement in rates of occurrence of dental caries in all age groups (5, 12, 15 to 19, 35 to 44 and 65 year and in all Brazilian regions. All variables of dental caries (caries prevalence, dmft/DMFT and number of teeth decayed, restored and lost due to caries) related to the age groups of 5, 12 and 15 to 19 years were influenced by the socioeconomic determinant related to income inequality. Concerning the adults (35 to 44 years) and elderly individuals (65 to 74 years), the variables of dental caries were influenced by physical-material aspects related to health and disease processes, income inequalities and relationships between population health and living conditions. The indicators analyzed may contribute to the establishment of health decision models, explanation of organizational processes and inequality in service providing and human resources in oral health in Brazil.
27

Cárie dentária e desigualdades socioeconômicas no Brasil / Dental caries and socioeconomic inequalities in Brazil

Mendes, Haroldo José 30 May 2014 (has links)
O estudo dos determinantes sociais dos processos de saúde e doença da população é um importante campo da Saúde Coletiva, indicando que o entendimento desses fatores favorece ações concretas de cuidado e respostas às necessidades de saúde, principalmente na promoção, prevenção, tratamento e recuperação da saúde, aumenta a redução de vulnerabilidades, de iniquidades em saúde e promove justiça social. A presente pesquisa teve como objetivos verificar a evolução dos indicadores socioeconômicos e de cárie dentária, ocorrida no Brasil entre os anos 2000 e 2010, e a influência dos determinantes socioeconômicos na ocorrência de cárie dentária no Brasil, no ano de 2010. Trata-se de um estudo do tipo ecológico de caráter exploratório envolvendo dados secundários oficiais coletados dos inquéritos populacionais em Saúde Bucal, dos anos de 2003 e 2010, e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. O teste de correlação de Spearman foi utilizado para avaliar as diferenças encontradas entre os indicadores socioeconômicos e de cárie dentária entre os anos 2000 e 2010 e as técnicas de análise exploratória multivariada, denominadas Análise de Agrupamentos e Análise do Componente Principal, utilizadas para verificar a similaridade e influência entre os indicadores socioeconômicos e de cárie dentária no ano de 2010. Os resultados mostraram que entre os anos 2000 e 2010 houve melhora significativa em todos os indicadores socioeconômicos estudados em todas as regiões administrativas. Neste mesmo período, também houve melhora significante nos índices de ocorrência de cárie dentária em todas as faixas etárias (5, 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 anos ou mais) e em todas as regiões do Brasil. Todas as variáveis de ocorrência de cárie dentária (Prevalência de Cárie, ceod/CPOD e número de dentes cariados, restaurados e perdidos por cárie) relativos aos grupos etários de 5, 12 e 15 a 19 anos, foram influenciados pelo determinante socioeconômico compreendido pela desigualdade de renda. Entre os adultos (35 a 44 anos) e idosos (65 a 74 anos) as variáveis de ocorrência de cárie dentária sofreram influencia dos aspectos físico-materiais na produção da saúde e da doença, das desigualdades de renda e das relações entre a saúde das populações e as condições nas quais ela vive. Os indicadores analisados podem contribuir na elaboração de modelos de decisão em saúde, na explicação dos processos organizativos e da desigualdade na oferta de serviços e recursos humanos em saúde bucal no Brasil. / Analysis of the social determinants of health and disease processes in the population is an important field in Public Health, indicating that understanding on these factors favors concrete actions of care and responses to the health needs, especially for health promotion, prevention, treatment and recovery; it reduces the vulnerabilities and health inequalities and promotes social justice. This study analyzed the evolution of socioeconomic indicators and dental caries in Brazil between the years 2000 and 2010, as well as the influence of socioeconomic determinants on the occurrence of dental caries in Brazil in the year 2010. This ecological exploratory study involved official secondary data collected from population oral health surveys in the years 2003 and 2010, and from the Human Development Atlas in Brazil 2013. The Spearman correlation test was used to evaluate the differences observed in socioeconomic indicators and dental caries between the years 2000 and 2010, and techniques of multivariate exploratory analysis, called Group Analysis and Main Component Analysis, were used to verify that similarity and the influence between socioeconomic indicators and dental caries in the year 2010. The results revealed that, between the years 2000 an there was significant improvement in all socioeconomic indicators analyzed in all administrative regions. In the same period, there was also significant improvement in rates of occurrence of dental caries in all age groups (5, 12, 15 to 19, 35 to 44 and 65 year and in all Brazilian regions. All variables of dental caries (caries prevalence, dmft/DMFT and number of teeth decayed, restored and lost due to caries) related to the age groups of 5, 12 and 15 to 19 years were influenced by the socioeconomic determinant related to income inequality. Concerning the adults (35 to 44 years) and elderly individuals (65 to 74 years), the variables of dental caries were influenced by physical-material aspects related to health and disease processes, income inequalities and relationships between population health and living conditions. The indicators analyzed may contribute to the establishment of health decision models, explanation of organizational processes and inequality in service providing and human resources in oral health in Brazil.
28

A influência de aspectos contextuais e individuais na saúde bucal de adultos do Rio Grande do Sul: um estudo multinível

Koltermann, Annie Pozeczek 25 August 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T20:05:14Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A dentição funcional possui importante papel na manutenção da capacidade mastigatória, a qual está intimamente relacionada com o número de dentes presentes na boca. Para manter tal funcionalidade é necessária a presença mínima de 20 dentes bem distribuídos nos arcos dentários superior e inferior. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito de aspectos individuais e contextuais na ausência de dentição funcional de adultos do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. / Oral functionality has important role in maintaining masticatory capacity. This can be achieved with the presence of at least 20 functional teeth in mouth. The objective of this study was to investigate the effect of individual and contextual factors on the functional dentition status of Brazilian adults.
29

Estudo de correlação das internações hospitalares por câncer, poluição relacionada ao tráfego e nível sócio-econômico no município de São Paulo / Correlation study of hospital admissions for cancer, air pollution related to traffic and socioeconomic status in the city Sao Paulo

André de Almeida Ribeiro 02 September 2011 (has links)
Introdução - A exposição à poluição do ar é responsável por diversos efeitos à saúde e se distribui de forma diferenciada na população conforme o nível sócio-econômico. Objetivos - Explorar relações entre internações hospitalares por tipos de câncer e indicadores ambientais e sócioeconômico, na escala de áreas de pequeno tamanho, no município de São Paulo. Métodos - Revisaram-se estudos ecológicos sobre desigualdades sócio-econômicas em câncer e estudos sobre os efeitos da poluição ambiental do ar relacionada ao tráfego sobre o risco de câncer, publicados entre 1998 e 2008. Empreendeu-se a seguir estudo ecológico, com uso de unidade delimitada por grid (500 por 500 metros) e setor censitário, englobando todos os indivíduos internados em hospitais públicos ou privados com diagnóstico principal de neoplasia primária invasiva, no período de 2004 a 2006. As internações foram georreferenciadas e alocadas às unidades de estudo, sendo cada caso contado apenas uma vez. A densidade de tráfego foi calculada para cada unidade da grid a partir de dados de contagem veicular. Utilizaram-se modelos de regressão logística para explorar as associações entre densidade de tráfego, Índice de Desenvolvimento Humano e taxas de internação hospitalar. Resultados - O estudo de revisão mostrou que o nível sócio-econômico se associou de modo distinto de acordo com o tipo de neoplasia maligna. A maioria dos estudos observaram associação positiva da poluição ambiental do ar com câncer, com achados mais consistentes para exposição a material particulado inalável e câncer de pulmão. Do estudo ecológico verificou-se risco aumentado de internação por neoplasias respiratórias em adultos e hematológicas em crianças e adolescentes associado a morar em áreas com maior densidade de tráfego por veículos totais, movidos a gasolina e a diesel, com claro gradiente dose-resposta. O nível sócio-econômico da área 6 de moradia esteve associado positivamente e em gradiente com as medidas de densidade de tráfego e com os cânceres de mama e de próstata. Conclusões - Investigações se fazem necessárias em megacidades de países em desenvolvimento sobre os riscos à saúde relacionados à poluição ambiental do ar devida ao tráfego e sobre o modo como se desenvolveu a rede viária e o tráfego de veículos em sua relação com os locais ocupados historicamente pelas diferentes classes sociais. Estudos que contornem as limitações aqui encontradas poderão fornecer estimativas mais precisas e acuradas / Introduction - Exposure to air pollution is responsible for various health effects and is distributed differently in the population according to socioeconomic status. Objectives - To explore relationships between hospital admissions for cancers and socio-economic and environmental indicators, on a small-area scale, in São Paulo city. Methods - First we reviewed ecological studies on socioeconomic inequalities in cancer and studies on the effects of traffic-related air pollution on the risk of cancer, published between 1998 and 2008. Then an ecological study was undertaken, using a unit defined by grid (500 by 500 meters) and census tract, and embraced all individuals admitted to public or private hospitals with a main diagnosis of primary invasive cancer during the period 2004 to 2006. Hospitalizations were georeferenced and allocated to units of study, each case counted only once. The traffic density was calculated for each grid unit from vehicle count data. We used logistic regression models to explore the associations between traffic density, Human Development Index and rates of hospitalization. Results - The review showed that the socioeconomic status was associated differently according to the type of malignancy. Most studies found a positive association of environmental air pollution with cancer, the most consistent findings for exposure to inhalable particulate matter and lung cancer. The ecological study found an increased risk of hospitalization for respiratory cancers in adults and for hematologic cancers in children and adolescents associated with living in areas with higher total, gasoline and diesel traffic density, with a clear dose-response gradient. The socioeconomic status of the living area was positively associated in gradient with measures of traffic density and with breast and prostate cancers. 8 Conclusions - Investigations are necessary in megacities of developing countries about the health risks of traffic-related environmental air pollution and about how the development of the road network and vehicle traffic relates to sites historically occupied by different social classes. Studies that circumvent the limitations found here may provide more precise and accurate estimates
30

Georeferenciamento da mortalidade materna em Porto Alegre entre 1999 e 2008, segundo características sócio-demográficas, obstétricas e tipo de serviço de saúde de atenção primária

Schmidt, Soraia Nilsa January 2010 (has links)
A mortalidade materna é conhecida como um importante indicador de saúde relacionado à qualidade de vida e ao desenvolvimento de uma população, sendo considerada evitável em 95% dos casos. Apesar dos avanços tecnológicos, a mortalidade materna no nosso meio ainda não alcançou os níveis considerados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudo realizado em Porto Alegre, RS, mostrou que há um padrão muito heterogêneo de causas. Tais aspectos instigaram a realização deste estudo, cujos objetivos foram caracterizar a distribuição geográfica da mortalidade materna em Porto Alegre, segundo suas causas, características sócio-demográficas, obstétricas e tipo de serviço de saúde de referência em atenção primária, no período de 1999 a 2008. Foram estudados 96 casos correspondentes à totalidade dos óbitos maternos no período. Os dados foram obtidos no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), complementados por busca em prontuários hospitalares e nos registros do Comitê Municipal de Estudos e Prevenção das Mortes Maternas (CMEPMM). Analisou-se a razão de morte materna (RMM), a RMM proporcional por grupos de causas, cor da pele [branca e não branca (preta, parda e amarela)], escolaridade, faixa etária e variáveis obstétricas O georreferenciamento foi realizado através da identificação do código de logradouros (CDL) dos endereços das declarações de óbito alocadas no território das gerências distritais do município. Os programas utilizados foram: Link Plus, Access e Excel 2003, ArcView Gis 3.2.a e Arc Explorer 2.0. Os resultados mostraram que a mortalidade materna no período foi de 47,84 óbitos/100.000 nascidos vivos (NV), com uma diminuição média de 3% ao ano. Entretanto, algumas causas estão aumentando, como SIDA e doenças clínicas. As principais causas foram as doenças clínicas, SIDA, doenças cardiovasculares (DCV) e a doença hipertensiva da gestação (DIHG). O risco de óbito foi maior para a faixa etária de 35 anos ou mais, para as mulheres com cor de pele não branca e com menor escolaridade, sendo de grande magnitude nas analfabetas. Todas as causas tiveram maior risco de óbito nas não brancas. As causas como aborto, hemorragia, infecção puerperal e SIDA, associadas às condições de maior vulnerabilidade social, foram mais importantes para as mulheres com cor de pele não branca, menor escolaridade e nas que não realizaram pré-natal. O georreferenciamento mostrou que há diferenças no risco de óbito materno, risco de óbito proporcional por tipo de causa (aborto, hemorragia, SIDA), escolaridade e cor de pele, identificando áreas de iniqüidades, mesmo dentro de regiões com melhor colocação no ranking do desenvolvimento humano municipal. Embora a mortalidade materna esteja reduzindo, seu perfil evidencia iniqüidades que necessitam de intervenções, tanto nos determinantes sociais quanto na qualidade da assistência à saúde. / Maternal mortality is known as a major health indicator related to quality of life and to population development, and it is considered avoidable in 95% of cases. Despite technological advances, maternal mortality in our country has not reached levels considered acceptable by the World Health Organization (WHO). A previous study in Porto Alegre, RS, showed a very heterogeneous pattern of causes. These aspects led to the present study, whose aims were to characterize the spatial distribution of maternal mortality in Porto Alegre according to sociodemographic and obstetrical causes and type of reference health services in primary care, during the period from 1999 to 2008. Ninety-six cases were studied, corresponding to the total number of maternal deaths between 1999 and 2008. The data were obtained from the SIM and SINASC systems, and complemented by looking at hospital charts and the records of the Municipal Committee of Studies and Prevention of Maternal Deaths (CMEPMM). Analyses were performed according to the maternal mortality ratio (MMR), proportional MMR according to groups of causes, skin color [white or nonwhite (black, brown and yellow)] schooling and age group, and some obstetrical variables. Georeferencing was performed by identifying street codes (código de logradouros –CDL) of territorialization areas of the municipal management districts. The programs used were Link Plus, Access and Excel 2003, ArcView Gis 3.2.a and Arc Explorer 2.0. The data showed that maternal mortality in Porto Alegre, was 47.84 deaths/100,000 live births (LB), and presented a mean reduction of 3% a year. However, some causes are increasing, such as AIDS and clinical diseases. The main causes were clinical diseases, AIDS, cardiovascular diseases (CVD), and hypertensive disorders of pregnancy (HDP). The risk of death was higher for the age group of 35 years or over, non-white skin color, less schooling, and higher in illiterate women. All causes presented a higher risk of death in non-white skin color. Causes such as abortion, hemorrhage, puerperal infection and AIDS, associated with greater social vulnerability, were more important for non-white women with less schooling and those who did not receive antenatal care. Geographic distribution allowed observing that there are differences in the risk of maternal death, risk of death proportional to type of cause (abortion, hemorrhage, AIDS), level of schooling, skin color, identifying areas of iniquity even within regions better placed in the ranking of municipal human development.. Although maternal deaths have been diminishing their profile shows iniquities that require intervention, both in social determinants and in improving the quality of health care.

Page generated in 0.4688 seconds