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Estudo da natureza do prejuízo na fluência e nomeação de verbos na doença de Alzheimer e na afasia progressiva primária não-fluente

Beber, Bárbara Costa January 2014 (has links)
Introdução: Indíviduos com danos cerebrais podem apresentar dissociação na produção de verbos e substantivos. Há uma maior diversidade de transtornos neurológicos que apresentam prejuízo na produção de verbos do que de substantivos, e esses transtornos normalmente apresentam danos em circuitos cerebrais frontais. No entanto, pouco se sabe sobre a natureza do prejuízo na produção de verbos em cada transtorno neurológico. Objetivo: A presente tese de doutorado teve como objetivo investigar a produção de verbos em diferentes doenças neurodegenerativas e no envelhecimento normal através das tarefas de fluência e nomeação de verbos. Métodos: para atingir o objetivo geral, foram realizados três estudos que originaram três artigos científicos. O primeiro artigo realizou uma adaptação da tarefa de fluência de verbos para o português brasileiro, obteve a performance de 62 brasileiros idosos saudáveis para esta tarefa e a influência de fatores demográficos, clínicos e da aplicação de outras tarefas de fluência verbal previamente à fluência de verbos. O segundo artigo investigou a natureza dos déficits da produção de verbos na doença de Alzheimer (DA). Para isso 35 pacientes com DA em fase leve e moderada foram avaliados para as tarefas de fluência e nomeação de verbos, assim como 35 idosos saudáveis (controles). Também analisou-se a influência da frequência das palavras nas tarefas estudadas. O terceiro artigo, investigou a natureza dos déficits na produção de verbos na Afasia Progressiva Primária (APP) não-fluente. Foram avaliados 12 pacientes com APP não-fluente e 9 sujeitos controle. Todos partcipantes foram avaliados através de tarefas de nomeação e fluência de verbos e de substantivos. Um efeito de manipulabilidade foi estudado na tarefa de nomeação. Correlatos neurais foram investigados utilizado a técnica de Voxel Based Morphometry (VBM) a partir de imagens de ressonância magnética (RM) estrutural dos pacientes. Resultados: No primeiro artigo obteve-se a performance dos idosos saudáveis na fluência de verbos (11,73±5,80), a correlação com a escolaridade (r=0,616), MEEM escore total (r=0,399), MEEM Atenção e Cálculo (r=0,393), e MEEM Linguagem (r=0,322). Não houve influência da aplicação prévia de tarefas de fluência verbal na fuência de verbos. No segundo artigo, os pacientes com DA mostraram prejuízo tanto na tarefa de nomeação de verbos (p<0,000; F=36,983) quanto na fluência de verbos (p<0,000; F=21,460), porém a primeira foi mais comprometida que a segunda. A performance dos pacientes com DA na nomeação de verbos foi influenciada pela severidade da doença e pela frequência das palavras. No terceiro artigo, os pacientes com APP não-fluente foram comprometidos em todas tarefas de nomeação e de fluência verbal, porém foram significativamente piores em verbos do que em substantivos. Não houve efeito de manipulabilidade. As áreas atróficas Broadmann 44 (p<0,001) e giro pré-central (p<0,001) se correlacionaram com o prejuízo na nomeação de verbos, enquanto as áreas atróficas 44 e 45 de Broadman (p<0,001, ambas) se correlacionaram com o prejuízo na fluência de verbos. Conclusões: Nossos achados indicam que o prejuízo na produção de verbos parece ter uma natureza predominantemente semântica na DA e prodominantemente gramatical na APP não fluente. As evidências levantam questões importantes também para a neurobiologia da linguagem. / Background: Individuals with brain damage may show dissociation in the verb and noun production. There is a larger diversity of neurological disorders that show impairment in verbs rather in nouns, and these disorders use to present damage in the frontal brain circuits. However, little is known about the nature of the verb production impairment in each one of these neurological disorders. Objective: The current doctoral thesis had the aim of investigating the verb production in different neurodegenerative diseases and in the normal elderly, using verb fluency and verb naming tasks. Methods: to reach the main aim, we carried out three studies that resulted in three articles. In the first article we adapted the verb fluency task for Brazilian Portuguese, we obtained the performance of 62 healthy elderly people for this task, and we verified the influence of demographic and clinical factors as well as of the previous application of other verbal fluency tasks. The second article investigated the nature of the verb production deficits in the Alzheimer’s disease (AD). Thirty-five mild and moderate AD patients and 35 healthy controls were evaluated for verb fluency and verb naming tasks. It also analyzed the influence of word frequency in the used tasks. The third article investigated the nature of verb production deficits in the nonfluent variant of Primary Progressive Aphasia (nfPPA). Twelve patients with nfPPA and 9 healthy controls were evaluated for verb and noun fluency and naming tasks. A manipulability effect was studied in the naming task. Neural correlates were investigated by Voxel Based Morphometry (VBM) of structural Magnetic Ressonance Imaging (MRI) of the patients. Results: The first article obtained the healthy elderly people performance for verb fluency (11.73±5.80), a correlation with education (r=0.616), MMSE total score (r=0.399), MMSE Attention and Calculation (r=0.393), and with MMSE Language (r=0.322). There was no influence of previous application of verbal fluency tasks on the verb fluency. In the second article, the AD patients showed deficits in the verb naming (p<0.000; F=36.983) and in the verb fluency (p<0.000; F=21.460), however the first task was more impaired than the second one. The AD patients performance in the verb naming was influenced by the disease severity and by word frequency. In the third article, the nfPPA patients were impaired in all naming and fluency tasks, however they were significantly worse in verbs than in nouns. There was no effect of manipulability. Atrophy on BA 44 (p<0.001) and on precentral gyrus (p<0.001) correlated with impairment in verb naming. Atrophy on BA 44 and 45 (p<0.001 for both) correlated with impairment in verb fluency. Conclusions: Our findings indicate the verb production deficits seem to have a more predominant semantic nature in AD and more predominant grammatical nature in nfPPA. This evidence brings up important questions for the neurobiology of language.
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Avaliação da atividade neuroprotetora do gangliosídio GM1 em modelo in vivo e in vitro de toxicidade do peptídeo β-amiloide

Kreutz, Fernando January 2014 (has links)
A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa caracterizada por perda da memória e das demais funções cognitivas. Sua patogenia envolve a produção do peptídeo β-amiloide (Aβ), através da clivagem da proteína precursora amiloide (APP) por β- e γ-secretases (amiloidogênese), e a posterior agregação do Aβ em oligômeros e/ou fibrilas. A toxicidade do Aβ tem sido associada a diversos mecanismos, a incluir desde seu efeito oxidante e inflamatório, até sua propriedade de induzir necrose por ruptura das membranas neurais, ou apoptose via ativação de cascatas sinalizatórias. Como etapa comum a estes mecanismos de toxicidade, a interação do peptídeo com membranas neurais, em particular com o gangliosídio GM1 (constituinte dos rafts), parece ser indispensável ao dano neural associado ao peptídeo, bem como à ativação da cascata amiloide que caracteriza o ciclo patológico Aβ-amiloidogênese. O GM1 é um gangliosídio de membrana que, quando administrado exogenamente, apresenta propriedades neurotróficas e neuroprotetoras, inclusive em modelos de DA. Os mecanismos envolvidos nesta neuroproteção, no entanto, ainda precisam ser melhor elucidados. Com isto, o objetivo da presente tese foi avaliar o potencial efeito neuroprotetor do GM1 em modelo in vivo e in vitro de toxicidade do Aβ1-42 fibrilado, e propor mecanismos para esta neuroproteção. Inicialmente, demonstramos que o GM1 (0,30 mg/kg), quando co-administrado (icv) com Aβ (2 nmol) previne o déficit cognitivo induzido pelo peptídeo (teste de reconhecimento de objetos), bem como a redução na atividade da Na+,K+-ATPase (enzima envolvida na regulação da transmissão sináptica) no hipocampo de ratos Wistar machos. Demonstrou-se, além disso, que este efeito neuroprotetor do GM1 é acompanhado de aumento nas defesas antioxidantes, em córtex e hipocampo (TRAP). Como a toxicidade do Aβ e a modulação da amiloidogênese parecem ser dependentes de alterações na estrutura dos microdomínios de membrana (rafts), investigamos o efeito da injeção (icv) de Aβ e do tratamento (icv) com GM1 sobre a integridade dos rafts e sobre a distribuição das proteínas APP e BACE1 (β-secretase) nestes microdomínios. Observamos que o Aβ promoveu um desmonte parcial nos rafts, acompanhado de um aumento na distribuição de APP e BACE1 nestes microdomínios, efeitos estes que foram prevenidos pelo tratamento com GM1. Em virtude de os rafts modularem diversas funções neurais, e de a co-localização de APP e BACE1 nos rafts ser um evento necessário a amiloidogênese, os resultados aqui obtidos, reforçam a ideia de que o GM1 exerça sua função neuroprotetora ao preservar a arquitetura das membranas e que o mesmo poderia frear a ativação da amiloidogênese induzida pelo Aβ, ao prevenir a redistribuição das proteínas APP e BACE1 aos rafts lipídicos. A fim de avaliar a atividade neuroprotetora do GM1 em modelo in vitro da DA, e de investigar a sua propriedade de interagir com o Aβ impedindo a interação deste às membranas neurais, avaliamos o efeito da incubação de GM1 (10, 20 e 30μM) frente à toxicidade do Aβ (0,5μM) em células de neuroblastoma humano SH-SY5Y, bem como, verificamos o efeito de uma prévia incubação Aβ-GM1 (in vitro) sobre a toxicidade induzida pelo peptídeo. Como resultado, observamos que o GM1 promoveu neuroproteção nas três concentrações testadas e que esta neuroproteção foi, pelo menos parcialmente, mediada por sua capacidade de interagir in vitro com o Aβ. Nossos dados, em conjunto, reforçam as evidências que apontam o GM1 como uma potencial droga neuroprotetora em modelos de DA. / Alzheimer's disease (AD) is a neurodegenerative disorder characterized by a loss of memory and impairment of other cognitive functions. Its pathogenesis involves the production of β-amyloid peptide (Aβ) by cleavage of the amyloid precursor protein (APP) by β- and γ-secretases (amyloidogenesis) and the subsequent aggregation of Aβ into oligomers and/or fibrils. Aβ toxicity has been associated with several mechanisms, ranging from its oxidant and inflammatory effects until their property to induce necrosis by neural membrane rupture, or apoptosis via activation of signaling cascades. As a common step to these toxicity mechanisms, the peptide interaction with neural membranes, particularly with GM1 ganglioside (component of membrane rafts), seems to be pivotal to the peptide induced neural damage, as well as the amyloid cascade activation that characterizes the pathological vicious cycle Aβ- amyloidogenesis. GM1 is a membrane ganglioside provided of neurotrophic and neuroprotective properties in AD models, when exogenously administered. The mechanisms of neuroprotection, however, need to be further elucidated. By this way, the aim of this PhD thesis was to evaluate the potential neuroprotective effect of GM1 in in vivo and in vitro models of fibrilar Aβ1-42 toxicity, and to propose mechanisms for this neuroprotection. Initially, we demonstrated that GM1 (0.30 mg/kg.), when co-administered (icv) with Aβ (2nmol), prevents the peptide induced cognitive deficit (object recognition task), as well as Aβ induced reduction in Na+,K+-ATPase activity (a enzyme involved in synaptic transmission regulation) in the hippocampus from male Wistar rats. We have shown, furthermore, that this neuroprotective effect of GM1 is accompanied by an increase in antioxidant defenses in the cortex and hippocampus (TRAP). As Aβ toxicity, as well as the modulation of amyloidogenesis, appear to be dependent on changes in the structure of membrane microdomains (rafts), we have investigated the effect of Aβ icv injection and GM1icv treatment on raft integrity and on the distribution of APP and BACE1 (β- secretase) proteins in these microdomains. As result, Aβ promoted a partial raft disassemble, accompanied by an increase in the distribution of APP and BACE1 to these microdomains, effects that were prevented by GM1 treatment. Considering that rafts modulate several neural functions, and that APP and BACE1 co-localization into lipid rafts is pivotal to amyloidogenesis, our results reinforce the idea that GM1 neuroprotection is mediated by membrane architecture preservation, and that GM1 treatment could slow down the Aβ induced activation of amyloidogenesis, by prevention of APP and BACE1 redistribution into lipid rafts. In order to evaluate the GM1 neuroprotective activity in an in vitro AD model, and to investigate GM1 property of interacting with Aβ and preventing its interaction with neuronal membranes, we evaluated GM1 (10, 20 and 30μM) effect against Aβ (0,5 μM)-induced toxicity in SHSY5Y human neuroblastoma cells, as well as, we verified the effect of a Aβ-GM1 in vitro preincubation on the peptide-induced toxicity. As our results indicate, the three tested GM1 concentrations promoted neuroprotection and this effect was, at least partially, mediated by its ability to in vitro interact with Aβ peptide. Our data, when taken together, reinforce the evidence suggesting GM1 as a potential neuroprotective drug in AD models.
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Estudo genético e de instabilidade genômica da doença Alzheimer em pacientes de Vitória-ES

Belcavello, Luciano 20 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:34:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_7353_Tese_Luciano Belcavello.pdf: 2053795 bytes, checksum: e3d35b38ca73d88e904fdf567649007d (MD5) Previous issue date: 2014-02-20 / FAPES / FACITEC / A doença Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa complexa e a forma mais comum de demência em idosos, sendo caracterizada pela perda progressiva da memória e da função cognitiva. Ainda que sua causa seja desconhecida, os fatores genéticos e o estresse oxidativo desempenham um papel importante na patogênese da DA e alguns estudos citogenéticos mostraram que células de pacientes com DA apresentam níveis aumentados de danos aos cromossomos. Neste estudo caso-controle, objetivou-se investigar se polimorfismos nos genes CLU (rs11136000) e CR1 (rs6701713) estão associados com risco para a DA em uma amostra de 243 indivíduos (82 pacientes com DA e 161 controles idosos saudáveis, pareados por idade e gênero). O ensaio do micronúcleo (MN) com bloqueio da citocinese em linfócitos de sangue periférico e o ensaio do MN em células esfoliadas da mucosa bucal foram utilizados para avaliar as frequências de biomarcadores de danos cromossômicos em 10 pacientes com DA e 10 controles. Adicionalmente, realizou-se o ensaio de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico para quantificar o nível plasmático de malondialdeído (MDA), um biomarcador de peroxidação lipídica, em uma amostra de 50 indivíduos (25 pacientes com DA e 25 controles). Não foi observada associação dos polimorfismos em CLU e CR1 com risco para DA (p> 0.05). Pacientes com DA apresentaram frequências significativamente aumentadas de biomarcadores de danos cromossômicos avaliadas em linfócitos (MN, pontes nucleoplasmáticas e brotos nucleares) e em células de mucosa bucal (MN, brotos nucleares e células binucleadas) em relação aos controles (p< 0.05). As frequências de biomarcadores de morte celular avaliadas em células de mucosa bucal (cromatina condensada, cariorrexe e picnose) bem como o nível de MDA plasmático foram encontrados significativamente aumentados em pacientes com DA quando comparados com os controles (p< 0.05). Esses resultados reforçam as hipóteses de que a instabilidade genômica e o estresse oxidativo estão envolvidos na etiologia da DA, e podem contribuir significativamente para a degeneração observada nos pacientes.
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Investigação do efeito neuroprotetor da melatonina em modelo in vitro de toxicidade do peptídeo ß-amilóide

Hoppe, Juliana Bender January 2009 (has links)
O aumento da longevidade da população mundial tem como conseqüência uma maior prevalência de doenças neurodegenerativas. A Doença de Alzheimer (DA) é a desordem neurodegenerativa mais prevalente e a principal causa de demência após os 60 anos. A DA caracteriza-se por um crescente declínio na função mental e memória do paciente. Esses sintomas são explicados por uma marcante perda neuronal e pela presença de alterações estruturais no tecido cerebral: os emaranhados neurofibrilares (NFTs) intracelulares constituídos pela proteína tau hiperfosforilada e as placas senis extracelulares constituídas pela proteína beta-amilóide (Aß). Estudos recentes têm evidenciado que um processo inflamatório crônico, desencadeado pelo acúmulo de Aß, possui um papel central no processo neurodegenerativo da DA. Alguns dos componentes característicos da neuroinflamação na DA são astrogliose, microgliose e elevação dos níveis de citocinas. Estratégias terapêuticas para o tratamento de doenças do SNC têm sido amplamente pesquisadas. Dentre essas moléculas a melatonina tem demonstrado potencial atividade neuroprotetora, porém os mecanismos celulares e moleculares para esta atividade permanecem pouco conhecidos. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo investigar o efeito neuroprotetor da melatonina em modelo in vitro de toxicidade do Aß25-35. Para esse propósito foram utilizadas culturas de hipocampo de rato tratadas cronicamente com melatonina, nas concentrações de 25µM, 50µM ou 100µM, e expostas a 25µM do peptídeo Aß por 6h, 12h, 24h ou 48h.A morte celular foi quantificada pela medida da incorporação de iodeto de propídeo (IP), um marcador de morte celular. Os resultados do presente estudo mostraram que o tratamento com melatonina nas concentrações de 50µM e 100µM preveniu a morte celular induzida pela exposição das culturas organotípicas de hipocampo de rato ao peptídeo Aß por 48h. A melatonina em todas as concentrações usadas nesse trabalho preveniu a hiperfosforilação da proteína tau induzida pela exposição por 48h ao peptídeo Aß. A ativação da GSK-3ß observada após 12h de exposição ao Aß25- 35 foi prevenida pelo pré-tratamento com 100µM de melatonina. Uma significante ativação glial foi observada após 48h de exposição das culturas organotípicas ao Aß, evidenciado através do aumento do imunoconteúdo da GFAP e da reatividade da Isolectina B4, enquanto que o tratamento com melatonina 100µM foi capaz de prevenir a ativação de astrócitos e microglia. Os níveis de TNF-a mostraram-se aumentados após 24h e 48h de exposição ao Aß e foi observada redução significativa desses nas culturas pré-tratadas com melatonina 100µM. Os níveis de IL-6 aumentaram apenas após 48h de exposição ao Aß25-35, sendo esse efeito prevenido pela melatonina na concentração de 100µM. O tratamento das culturas com melatonina por 14 dias antes da exposição ao peptídeo Aß25-35 apresentou efeito neuroprotetor no modelo in vitro de toxicidade ao peptídeo beta-amilóide. Embora mais estudos sejam necessários para compreensão do mecanismo neuroprotetor da melatonina nessa patogênese, os resultados desse trabalho sugerem que a melatonina possa exercer sua neuroproteção através da inibição da hiperfosforilação da proteína tau, diminuição da atividade da GSK-3ß, prevenção da ativação de astrócitos e da microglia e inibição da liberação dos mediadores pró-inflamatórios TNF-a e IL-6. / The increase of the average life expectancy of the world-wide population has been followed by increase in the prevalence of neurodegenerative diseases. Alzheimer's disease (AD) is the most prevalent age-related neurodegenerative disorder affecting people 60 years and older. The AD is characterized for an increasing decline in the mental function and memory of the patient. These symptoms are explained by a marked neuronal loss and the presence of structural alterations in the cerebral tissue: the intracellular neurofibrilary tangles (NFTs) of the hyperphosphorylated protein tau and extracellular amyloid-beta (Aß) into senile plaques. Recent evidence suggests that a chronic inflammatory process, triggered by Aß deposition, plays an important role in the pathogenesis of AD. Neuroinflammation associated with AD is characterized by astrogliosis, microgliosis and citokyne elevation. Therapeutic strategies for the treatment of CNS diseases have been widely researched. Substantial evidence indicates that melatonin has neuroprotective effects; however, the cellular and molecular mechanisms remain poorly informed. Therefore, the present work was designed to investigate the neuroprotective effects in an in vitro model of toxicity by Aß25-35. For this purpose, organotypic slice cultures of rat hippocampus were treated chronically with melatonin, 25µM, 50µM or 100µM, and then exposed to 25µM of Aß25-35 for 6h, 12h, 24h or 48h. Cell death was quantified by measuring propidium iodide (PI) uptake, a marker of necrotic dead cell. The results of the present study had shown that the pretreatment with melatonin, at concentrations of 50µM and 100µM, prevented cell damage in hippocampus induced by the exposure to 25µM of Aß25-35 for 48h. The treatment with melatonin in all the concentrations prevented the hyperphosphorylation of protein tau induced by 25µM of Aß25- 35 peptide. Melatonin also prevents GSK-3ß activation after 12h of Aß exposition. A marked glial activation was showed after exposure of hippocampal cultures to Aß25-35 for 48h, as evidenced by GFAP and Isolectin B4 increase in reactivity, and the treatment with 100µM of melatonin prevented the activation of astrocytes and microglia.The exposure to 25µM of Aß25-35 for 24h and 48h increased the TNF-α concentration in the medium and the pretreatment with 100µM of melatonin significantly reduced the levels of this cytokine after 48h of exposure to peptide. In addition, IL-6 levels increased only after 48h of exposition to Aß25-35 and the pretreatment with 100µM of melatonin also prevented this increase. The treatment of cultures with melatonin for 14 days before the peptide exposure exercised neuroprotective effects in the in vitro model of toxicity by Aß25-35. Although further studies are necessary for understanding the neuroprotective mechanisms in AD, the data suggests that the melatonin could to exert neuroprotection through the inhibition of tau hyperphosphorylation, reduction of GSK-3ß activity, prevent microglial and astroglial activation and reduce the release of pro-inflammatory factors, as TNF-a and IL-6.
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Características de idosos com doença de Alzheimer e seus cuidadores : uma série de casos em um serviço de neurogeriatria

Luzardo, Adriana Remiao January 2006 (has links)
Este estudo buscou descrever as características dos idosos com doença de Alzheimer e seus cuidadores, além de avaliar o grau de dependência dos idosos e sobrecarga dos cuidadores em um serviço de Neurogeriatria de um Hospital Universitário de Porto Alegre. Foi utilizado o método exploratório descritivo do tipo série de casos. Participaram desta investigação 36 pares de idosos – cuidadores, no período de agosto a novembro de 2004. Os resultados mostraram que os idosos com doença de Alzheimer eram em sua maioria do sexo feminino 24 (66,7%), casados 18 (50%), com média de idade de 75,19  6,14 anos, com mais de quatro anos de estudo 20 (55,6%). A maior parte dos idosos apresentava dependência importante 20 (55,6%) e 8 (22,2%), dependência parcial para as atividades básicas da vida diária. Os cuidadores eram do sexo feminino 30 (83,3%), casados 25 (69,4%), em sua maioria filhas 16 (44,4%) e esposas 11 (30,6%), com média de idade de 59,33  12,29 anos, com oito anos ou menos de estudo 19 (52,8%). Os cuidadores investigados apresentaram média de sobrecarga – efeitos psicossociais da doença de 34,08  12,34. A maioria dos cuidadores apresentou sobrecarga moderada 20 (55,6%) e 9 (25%) sobrecarga moderada a severa. A sobrecarga produzida pelas demandas de cuidados ao idoso com doença de Alzheimer pode ser minimizada, pela adoção de estratégias e de políticas públicas eficazes que viabilizem as ações em saúde, representando melhor qualidade de vida para o idoso e seu cuidador.
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Avaliação do risco cardiovascular, cognição e humor das cuidadoras idosas de pacientes com doença de Alzheimer / Evaluation of cardiovascular risk, cognition and mood of older caregivers of patients with Alzheimer\'s disease

Tatiana Rezende Madaleno 24 November 2016 (has links)
A Doença de Alzheimer (DA) vem apresentando aumento progressivo, sendo a causa de demência mais comum nos idosos (acima de 60 anos). Diante disso, há preocupação com alterações do estado de saúde dos cuidadores que compreendem na sua maioria familiares. Cuidar dos pacientes com demência por Doença de Alzheimer pode levar ao estresse crônico e má qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo avaliar fatores de risco cardiovascular, cognição e humor em cuidadoras idosas de pacientes com demência por Doença de Alzheimer, comparando-as com as não cuidadoras. As cuidadoras foram selecionadas por meio da revisão de prontuários do Hospital das Clínicas e do Centro de Saúde Escola da FMRP-USP. As idosas do grupo controle foram selecionadas na mesma área de moradia das idosas cuidadoras. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram realizadas visitas previamente agendadas na casa de todas as participantes. Critérios de exclusão: diabetes; neoplasias malignas e doenças autoimunes, além de outras doenças debilitantes. Foram avaliadas idade, escolaridade, peso, altura, circunferência abdominal e Indice de Massa corpórea (IMC). Foi realizada avaliação laboratorial: dosagem de insulina de jejum; glicemia de jejum; colesterol total e HDL; triglicérides; creatinina; ureia; sódio; potássio; cálcio e TSH. Além disso, foi feita a avaliação da pressão arterial (PA) em domicílio pela pesquisadora e com a Medida Residencial de Pressão Arterial (MRPA), além da avaliação da cognição e humor, com a Escala de Depressão Geriátrica (EDG), Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.). A análise estatística foi realizada com o Teste Quiquadrado, Teste \"t\" de Student, Mann-Whiney e regressão logística simples e múltipla para a estimação do Odds Ratio bruto e ajustado (ORA). Foram avaliadas 62 idosas, sendo 31 cuidadoras de pacientes com Doença de Alzheimer e 31 do grupo controle. Verificou-se que os níveis de colesterol total foram mais elevados em idosas cuidadoras. Não houve diferenças entre os valores de PA sistólica e diastólica entre os grupos em relação às medidas realizadas pela pesquisadora e com a MRPA. De acordo com os resultados, as idosas cuidadoras apresentaram rastreio positivo para depressão em 58%, enquanto que o grupo controle apresentou apenas 16% (ORA=6,62, p<0,01). Em relação ao diagnóstico feito pelo M.I.N.I, 38,7% das cuidadoras apresentaram episódio depressivo, sendo superior ao controle (9,7%) (ORA=5,42, p=0,02). Verificouse que 35,5% das cuidadoras apresentaram transtorno de ansiedade diagnosticado, com 16% no grupo controle (ORA=4,79, p=0,03). A presença do companheiro interferiu para que as cuidadoras apresentassem mais transtorno de ansiedade (p=0,04). Não houve diferença entre a cognição dos grupos pela avaliação do MEEM. Cuidadoras idosas de pacientes dementados com Doença de Alzheimer apresentaram níveis de colesterol mais elevados, mais episódios depressivos e mais transtorno de ansiedade do que as não cuidadoras. A presença do companheiro interferiu para que apresentassem mais transtorno de ansiedade / Alzheimer´s disease (AD) has shown a progressive increase in incidence, being the most common cause of dementia in the older individuals (above 60 years old). Therefore, there is concern with health status change in caregivers, who are mostly relatives. Taking care of AD patients with dementia can lead to chronic stress and poor quality of life. This study aimed to evaluate cardiovascular risk factors, cognition and mood in older caregivers of patients with AD dementia, comparing them with non-caregivers. The caregivers were selected through the review of the Hospital\'s medical records and School Health Center of FMRP-USP. Control group of elderly women were selected in the same housing area of older caregivers. All participants signed a consent form. Visits were previously scheduled and were at the home of all participants. Exclusion criteria: diabetes; malignancies and autoimmune diseases, and other debilitating diseases. Were evaluated: age, education, weight, height, waist circumference and body mass index (BMI). Laboratory testing was performed: fasting insulin; fasting glucose; Total and HDL cholesterol; triglycerides; creatinine; urea; sodium; potassium; calcium and TSH. In addition, blood pressure (BP) evaluation was made at home by the researcher and by the Home Blood Pressure Monitoring (HBPM), and the assessment of cognition and mood, with the Geriatric Depression Scale (GDS), Mini Exam Mental State Examination (MMSE) and Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). Statistical analysis was performed with Chi-square test, test \"t\" test, Mann-whiney and multiple logistic regression and simple to estimate the gross and adjusted Odds Ratio (AOR). 62 older women were assessed, 31 caregivers of demented AD patients and 31 control group It was found that the total cholesterol levels were higher in elderly caregivers (AOR = 3.57, p = 0.03). There was no difference between the systolic and diastolic values between the groups in relation to the measures carried out by the researcher and HBPM. According to the results, older caregivers had a positive screening for depression in 58%, while the control group showed only 16% (AOR = 6.62, p <0.01). Regarding the diagnosis made by M.I.N.I, 38.7% of caregivers had depressive episode, higher than the control (9.7%) (AOR = 5.42, p = 0.02). It was found that 35.5% of caregivers had diagnosis of anxiety disorder, with 16% in the control group (AOR = 4.79, p = 0.03). The presence of the companion interfered, so that the caregivers presented more anxiety disorder (p = 0.04). There was no difference between cognition groups by assessing the MMSE. Concluding, caregivers of patients with AD have higher cholesterol levels, more depressive episodes and anxiety disorder than non-caregivers. The presence of the companion interfered to submit more anxiety disorder
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Avaliação dos efeitos da administração crônica de nanopartículas de ouro sobre parâmetros moleculares e bioquímicos em modelo de demência em ratos

Pires, Allison José January 2015 (has links)
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. / Com o aumento progressivo da expectativa de vida e consequentemente do envelhecimento populacional, doenças crônicas degenerativas, em particular os quadros demenciais como a Doença de Alzheimer (DA), se tornaram cada vez mais prevalentes. As alterações histopatológicas características da DA são placas neuríticas (senil) formadas pelo peptídeo β-Amilóide 40/42 (Aβ 40/42) e os emaranhados neurofibrilares composta por agregados de proteína TAU hiperfosforilado (fosfo-TAU). Também ocorre distrofia de neurônios, gliose e perda neuronal. Um crescente corpo de evidências implica deficiências na via de sinalização da insulina no cérebro com o desenvolvimento de β-Amilóide e hiperfosforilação de tau. Além disso, alguns estudos demonstram que a insulina apresenta ação neuroprotetora contra os efeitos deletérios da neuroinflamação e estresse oxidativo no SNC. O modelo de resistência cerebral à insulina via administração intracerebroventricular (ICV) de estreptozotocina (STZ) replica alguns achados bioquímicos em pacientes com DA como diminuição da glicose cerebral, do metabolismo energético, redução do fluxo sanguíneo cerebral, estresse oxidativo e disfunção colinérgica. As Nanopartículas de Ouro (GNP) possui efeito anti-inflamatório e antioxidante e têm sido utilizado em pesquisas com ótimos resultados em modelo animal de Diabetes Mellitus, porém seu mecanismo de ação ainda não está totalmente esclarecido. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da administração crônica de GNP sobre parâmetros moleculares e bioquímicos após injeção ICV de STZ em cérebro de ratos jovens. Os animais foram distribuídos randomicamente em 6 grupos experimentais: “G1” – Sham; “G2” - STZ; “G3” – STZ + GNP 24h; “G4” – STZ + GNP 48h; “G5” - Sham + GNP 24h e “G6” – Sham + GNP 48h. Os animais foram anestesiados e logo após foi realizado injeções ICV bilaterais de STZ (3mg/kg). O tratamento com GNP foi realizado por injeção intraperitoneal na dose de 2,5 mg/L com tamanho de partícula de 20 nm. A frequência de administração de GNP foi a intervalos de 24h para os grupos G3 e G5 e 48h para os grupos G4 e G6 durante 21 dias. Após este período foi realizado a cirurgia estereotáxica e posterior análises. A distribuição de GNP no tecido cerebral, hepático e muscular foi similar em todos os grupos, porém a concentração cerebral foi maior nos grupos G3 e G4. Ocorreu um aumento dos níveis de NF-κB e IL-1β no grupo STZ em relação ao Sham e uma redução significativa de NF-κB no grupo STZ + GNP 48h. O grupo STZ induziu um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, aumento nos níveis de danos oxidativos e uma diminuição na atividade das enzimas antioxidantes e nos níveis de Glutationa (GSH) em relação ao Sham, entretanto, o grupo STZ + GNP 48h reverteu essas alterações. Além disso, o percentual de sobrevida foi de 25%, 35% e 65% para os grupos 2, 3 e 4 respectivamente. Os resultados obtidos por este estudo apontam à GNP como um promissor tratamento da Doença de Alzheimer, contudo, mais estudos devem ser direcionados para melhor compreensão do papel das GNP.
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Liraglutida em um modelo animal de demência do tipo Alzheimer induzido pela administração de βA1-42 em camundongo: efeito na memória, neuroinflamação, diferença entre sexos e idade

Mina, Francielle Gonçalves January 2017 (has links)
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde. / A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, caracterizada por uma perda progressiva de neurônios, levando a uma perda acentuada de memória. A principal fisiopatologia da DA é o acúmulo do peptídeo β-amilóide (βA) e a formação dos emaranhados neurofibrilares, causado pela hiperfosforilação da tau. Atualmente, estudos indicam que a Diabetes mellitus 2 (DM2) e DA apresentam mecanismos biológicos semelhantes, tais como, disfunção na sinalização da insulina, neuroinflamação e perda de memória. Até o momento, sabe-se que o tratamento para a DA é apenas paliativo, não interrompe a progressão da doença. Além disso, sabe-se que mulheres apresentam maiores riscos para o desenvolvimento de DA. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da liraglutida, um agonista do peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1, sobre a memória espacial, memória de habituação ao campo aberto e neuroinflamação em camundongos Black C57/BL6 machos ou fêmeas, com 3 ou 12 meses de idade. Para isso, o experimento foi dividido em duas etapas: etapa 1 corresponde aos animais com 3 meses de idade e etapa 2, aos animais com 12 meses de idade. Primeiramente foi realizado uma curva dose-resposta na Etapa 1. Os animais foram submetidos à administração de oligômeros βA1-42 (OβA1-42 - 400pmol) intracerebroventricular (i.c.v.). Decorridas 24 horas da administração de OβA1-42 foi iniciado o tratamento via subcutânea (s.c) com liraglutida (0,001 mg/kg, 0,01 mg/kg ou 0,1 mg/kg) durante 17 dias. Foi avaliada a memória espacial pelos testes de labirinto octogonal e labirinto em Y e a memória de habituação no campo aberto, e no 18º dia, 24 horas após a última administração de liraglutida, os animais foram mortos e o hipocampo foi dissecado para análises dos níveis de citocinas (fator de necrose tumoral α -TNFα-, Interleucina 1β - IL-1β-, IL-4 e IL-10). Os animais machos com 3 meses que receberam administração i.c.v de OβA1-42 mostraram dano na memória espacial tanto no labirinto octogonal quanto no labirinto em Y e na memória de habituação ao campo aberto. O tratamento com liraglutida (0,001 e 0,01 mg/kg) reverteu o dano da memória espacial. Na memória de habituação ao campo aberto, o tratamento com liraglutida (0,01 e 0,1 mg/kg), reverteu o dano induzido pelo OβA1-42. Já nas fêmeas, os animais que receberam OβA1-42 tiveram dano somente no tempo, mas não nos erros totais para encontrar a recompensa, indicando dano na memória espacial, e também apresentaram dano na memória de habituação ao campo aberto e liraglutida (0,01 e 0,1 mg/kg) foi capaz de reverter esse dano. Nos parâmetros inflamatórios, nos machos, liraglutida (0,01 mg/kg) sozinha e OβA1-42, induziram aumento dos níveis de TNF-α e liraglutida (0,001 e 0,01 mg/kg) reverteu o efeito induzido pelo OβA1-42. Já nas fêmeas, o OβA1-42 induziu aumento dos níveis de TNFα, IL-1β, IL-4 e IL-10, e o tratamento com liraglutida (0,01 e 0,1mg/kg) reverteu este efeito. Nos animais com 12 meses de idade, foi realizado o tratamento com liraglutida (0,01 mg/kg), dose com melhor resposta em animais com 3 meses. Foi possível observar que nos machos, a liraglutida reverteu o dano na memória espacial (tempo para encontrar a comida) causado pelo envelhecimento e pelo OβA1-42 no último dia do teste do labirinto octagonal. A liraglutida também reverteu o dano na memória espacial, avaliada no labirinto em Y, causado pelo OβA1-42. Na memória de habituação, a liraglutida reverteu o dano do envelhecimento (somente no parâmetro cruzamentos). Quanto às citocinas, o tratamento com 0,01 mg/kg de liraglutida, diminuiu os níveis de IL-4 e IL-10 nos animais que receberam injeção i.c.v de OβA1-42. Já nas fêmeas com 12 meses de idade, no labirinto octagonal e em Y, não houve diferença entre os grupos. Porém na habituação ao campo aberto, o tratamento com liraglutida conseguiu melhorar a memória de habituação. Já nos níveis de citocinas, o tratamento com 0,01 mg/kg de liraglutida, diminuiu os níveis de TNF-α, IL-4 e IL-10 causados pelos OβA1-42. Os resultados apresentados mostram que a liraglutida apresenta efeito protetor, em machos e fêmeas com 3 ou 12 meses submetidos ao modelo animal de demência induzido pelos OβA1-42. Este estudo é pioneiro em mostrar o efeito do tratamento com liraglutida em 7 machos e fêmeas. Neste sentido, este estudo mostra a importância dos estudos sobre as diferenças comportamentais entre os sexos nas doenças e em seus tratamentos.
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Efeito da associação de lítio e memantina na memória e neuroinflamação em um modelo animal de demência do tipo Doença de Alzheimer em ratos

Feijó, Daniel Proença January 2017 (has links)
Tese de Doutorado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde. / A Doença de Alzheimer (DA) é a demência mais prevalente entre as doenças neurodegenerativas. O declínio cognitivo é a principal característica desta demência. As características fisiopatológicas incluem, acúmulo de β-amiloide1-42 (βA1-42), emaranhados neurofibrilares e neuroinflamação. Atualmente, os fármacos aprovados para doença não podem evitar a progressão desta. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do lítio e/ou memantina na memória e neuroinflamação em um modelo animal de demência do tipo DA induzido pela administração de oligômeros βA1-42. Foram utilizados 160 ratos Wistar machos adultos, os quais foram administrados com βA1-42 ou fluido cerebroespinhal artificial (ACSF) intrahipocampal. Após 24 horas, iniciou-se o tratamento por via oral com memantina (5 mg/kg), lítio (5 mg/kg), água ou associação de memantina e lítio durante 17 dias. Entre o 14º e 18° foram realizados os testes comportamentais para avaliar memória espacial (labirinto octogonal), memória de trabalho (labirinto octogonal) e memória de habituação (campo aberto) nestes animais. No 18º dia, os animais foram submetidos a eutanásia, o córtex frontal e hipocampo foram dissecados para análises imunoquímcas. Foi possível observar que a administração de βA1-42 causou danos na memória espacial e na memória de habituação quando comparado ao controle, e o tratamento com lítio, memantina e associação destes foram capazes de recuperar esses danos quando observado a latência e os erros totais para encontrar a recompensa no labirinto octogonal, e o número de cruzamentos no aparato de habituação ao campo aberto. Além disso, os animais que receberam a associação obtiveram uma performance ainda melhor já que foram mais rápidos e cometeram menos erros que o grupo administrado com βA1-42, desde o primeiro dia do teste no labirinto octogonal. A memória de referência dos animais submetidos ao modelo foi recuperada por todos tratamentos, e a memória de trabalho foi recuperada com o tratamento com memantina ou associação de lítio e memantina. Houve aumento dos níveis de IL-1β no córtex frontal e hipocampo dos animais administrados com βA1-42, e este foi revertido pelo lítio, memantina e associação destes. Os níveis de TNF-α não foram alterados no córtex frontal, mas no hipocampo houve uma redução desta citocina com todos os tratamentos, exceto o grupo βA1-42, quando comparado ao grupo controle. Houve redução dos níveis de IL-4 em ambas estruturas após a administração de βA1-42, porém no córtex o tratamento com lítio, memantina e associação aumentaram esses níveis e no hipocampo apenas a memantina e a associação aumentou os níveis de 10 IL-4. Na sinalização da neuroinflamação avaliada no hipocampo foi possível observar que a administração de βA1-42 causou aumento do conteúdo de TLR2 e NLRP3. O tratamento com lítio e associação deste com memantina causou reversão da redução de TRL2. Apenas a associação causou reversão do aumento de NLRP3. Assim, o lítio, a memantina e associação de ambos mostrou ter resultados benéficos na memória dos animais e isso pode em parte ser explicado pela redução de citocinas e proteínas relacionadas a neuroinflamação. Parece que o efeito da associação está relacionado com a redução do NLRP3, uma proteína que compõe o complexo inflamassoma. Dessa forma, a associação destes fármacos
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Complexos de metais de transição multifuncionais para o tratamento e diagnóstico da doença de Alzheimer / Multifunctional transition metal complexes to treatment and diagnosis of Alzheimer´s disease

Silva, Débora Eduarda Soares 29 February 2016 (has links)
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