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Efeitos da ingestão protéica na progressão da doença renal e nos parâmetros inflamatório e oxidativo de pacientes com insuficiência renal em fase pré-diálise

Pizzato, Alessandra Campani January 2006 (has links)
Introdução: A maioria dos distúrbios metabólicos presentes na doença renal crônica (DRC) resulta, principalmente, do acúmulo de produtos do metabolismo do nitrogênio presentes nos alimentos ricos em proteínas. Dietas hiperprotéicas estão associadas à hiperperfusão, hipertensão e hiperfiltração glomerular e, conseqüentemente, à progressão da DRC. A dietoterapia tem um papel importante no tratamento da DRC, consistindo, principalmente, na redução da oferta diária de proteínas. Objetivo: Verificar o efeito da intervenção dietoterápica no estado nutricional, na progressão da doença renal e nos parâmetros inflamatórios, lipídicos, estado oxidativo e níveis séricos de potássio, de pacientes com insuficiência renal crônica em fase pré-dialítica. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo randomizado controlado cruzado em pacientes com DRC Estágio IV, em atendimento ambulatorial. O estudo constou de dois grupos de pacientes com DRC em fase pré-dialítica, que seguiram dois esquemas dietoterápicos diferentes, durante seis semanas: 21 pacientes iniciaram com prescrição de dieta normoprotéica (1 g/kg/dia) e 20 com prescrição de dieta hipoprotéica (0,6 g/kg/dia). Após esse período, os grupos inverteram as dietas. Foram avaliados parâmetros dietéticos, bioquímicos e antropométricos no momento basal e após seis e doze semanas. Os dados foram analisados segundo a intenção de tratamento na análise de crossover e por adesão à dieta hipoprotéica. Utilizaramse testes ANOVA para medidas repetidas e correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi o de P < 0,05. Resultados: Foram avaliados 41 pacientes. Apenas um paciente (2,4%) foi considerado desnutrido e 28 (68%) apresentaram sobrepeso ou obesidade. Dezessete pacientes (41,5%) foram considerados inflamados, de acordo com o nível de PCR. Houve baixa adesão à dieta hipoprotéica.Não se observou prejuízo no estado nutricional dos pacientes durante o seguimento de prescrição de dieta hipoprotéica. Nos pacientes não inflamados observou-se melhora nos parâmetros de função renal, ao passo que, nos inflamados, estes parâmetros apresentaram deterioração. Observaram-se correlações negativas significativas entre os níveis séricos de HDL-colesterol e creatinina; HDL-colesterol e IMC; e correlações positivas significativas entre colesterol-total e uréia; LDL-colesterol e uréia; PNA/kg e HDL, triglicerídios e tirosina; triglicerídios e fibrinogênio; triglicerídios e creatinina; uréia e albumina. Conclusões: A adesão à dieta hipoprotéica foi muito pequena. A dieta hipoprotéica não interferiu no estado nutricional. A presença de inflamação influenciou, negativamente, a evolução da função renal. O perfil lipídico esteve relacionado ao estado nutricional, aos fatores de progressão da DRC e à inflamação; a lipoperoxidação esteve associada aos níveis séricos de albumina. / Background: Most metabolic disorders presented by patients with chronic renal disease (CRD) are mainly a result of accumulation of products of nitrogen metabolism, present in protein rich foods. High protein diets are associated with hyperperfusion, hypertension and hyperfiltration of the glomeruli and, as a consequence, may accelerate the progression of CRF. Nutritional therapy plays an important role in CRF treatment, consisting mainly in reduction of daily protein intake. Objective: To verify the effect of nutrition therapy intervention on nutritional status, on renal disease progression and on inflammatory and lipid parameters, oxidative status and potassium serum levels in patients with chronic renal insufficiency in the pre dialysis period. Patients and Methods: A crossover controlled prospective, randomized study in outpatients with stage IV CRD was carried out. The study consisted in the follow up of two groups of patients with CRD in the pre dialysis period. By randomization 21 patients were started on a 1g protein/kg/day diet prescription and 20 patients on low protein diet (0.6g/kg/day). After six weeks diets were reversed between the two groups and followed for another six week period. Dietetic, biochemical and anthropometric parameters were assessed at baseline and after 6 and 12 weeks. Data were analyzed according to the intention to treat approach in the crossover analysis and by adherence to the low protein diet. ANOVA for repeated measures and Spearman´s correlation tests were used for statistical analysis. The significance level adopted was P < 0.05. Results: 41 patients were evaluated. Only one patient (2.4%) was considered undernourished and 28 patients (68%) presented either over weighted or obese. Seventeen patients (41.5%) were considered inflamed according to the level of C reactive protein (CRP). Low adherence to the low protein diet was observed. Damage on nutritional status was not observed on low protein diet. In non-inflamed patients an improvement on renal function parameters was observed, whereas in the inflamed ones these parameters presented deterioration. Significant negative correlations between HDL-cholesterol serum levels and creatinine, HDL-cholesterol and body mass index (BMI) were observed. Significant positive correlations were observed between total cholesterol and urea, LDL-cholesterol and urea, PNA/kg and HDL, triglycerides and tyrosine, triglycerides and fibrinogen, triglycerides and creatinine, urea and albumin. Conclusions: Patients adhered poorly to low protein diets. Low protein diet did not influence the nutritional status. Presence of inflammation influenced negatively the evolution of renal function. The lipid profile was related to the nutritional status, to the progression factors of CRF and to inflammation. Lipoperoxidation was associated to serum levels of albumin.
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Índice de massa corporal e valores de impedância bioelétrica de crianças e adolescentes indígenas Kaingang, Rio Grande do Sul, Brasil

Barufaldi, Laura Augusta January 2009 (has links)
Fundamentos: São necessárias avaliações do estado nutricional de povos indígenas, como forma de mensurar influências ambientais e sociais sobre as condições de vida e saúde e fornecer subsídios para intervenções. Este estudo, de base escolar, objetivou descrever o estado nutricional de crianças e adolescentes Kaingang pela antropometria e pela impedância bioelétrica (IBE) e comparar as classificações geradas pelos dois métodos. Métodos: Estudaram-se 3207 indígenas (73,6% dos matriculados) das 35 escolas de 12 Terras Indígenas Kaingang do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram mensurados peso e estatura conforme WHO (1995) e parâmetros de resistência (R) e reactância (Xc), em Ohm, mediante impedanciômetro RJL Systems Electrode Placement. O índice estatura/idade e o índice de massa corporal/idade foram calculados e classificados segundo WHO (2007). A composição corporal foi avaliada pela Análise Vetorial de Impedância Bioelétrica (BIVA) conforme Piccoli et al (1994). A comparação entre classificações da antropometria e BIVA foi realizada graficamente, com base nas elipses de tolerância do gráfico RXc. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Resultados: A idade média da amostra foi de 10,8 anos (+2,9), sendo 56,8% adolescentes e 50,6% do sexo masculino. Encontraram-se prevalências de déficit estatural (E/I) de 15,5% e 19,9% e de excesso de peso pelo IMC/Idade de 5,7% e 6,7%, respectivamente para crianças e adolescentes. Para ambos os sexos e faixas etárias, a amostra apresentou desvio em direção ao quadrante inferior esquerdo do gráfico RXc, indicando maior proporção de gordura em relação ao tecido não gordo. Para as crianças do sexo masculino a proporção de indivíduos além da elipse de tolerância de 95% foi de 2,7% e a proporção de indivíduos com classificações discrepantes, relativas à antropometria, foi de 94,6%. As mesmas proporções alcançaram, respectivamente, 2,3% e 77,1% para os adolescentes do sexo masculino; 2,5% e 85,4% para as crianças do sexo feminino e 0,6% e 94,8% para as adolescentes do sexo feminino. Conclusão: Aponta-se a transição nutricional entre os Kaingang, caracterizada por prevalências importantes de déficit estatural e excesso de peso. As discrepâncias entre as classificações do IMC/idade e BIVA sinalizam a necessidade de estudos que procurem conciliar maior número de técnicas de avaliação nutricional, como a conciliação da antropometria com a IBE. / Background: Indigenous nutritional status evaluations are necessary, as a way to measure social and environmental influences on health and life conditions and to provide subsidies for interventions. This school-based study aimed to describe the nutritional status of Kaingang children and adolescents by anthropometry and bioelectrical impedance (BIA), and to compare classifications obtained by both methods. Methods: 3207 indigenous (73.6% of the enrolled) of the 35 schools in 12 Indigenous Lands Kaingang of Rio Grande do Sul, Brazil were studied. Weight and height were measured according to WHO (1995) and resistance parameters (R) and reactance (Xc), in Ohm, by impedanciometer RJL Systems Electrode Placement. Height/ age index and body mass/ age index were classified based on WHO (2007). Body composition was evaluated by Bioelectric Impedance Vector Analysis (BIVA) according to Piccoli et al (1994). Comparisons between anthropometry and BIVA classifications were done graphically, based on the tolerance ellipses of RXc graph. Significant p values <0.05. Results: The average age of the sample was 10.8 years (+2.9), 56.8% of adolescents and 50.6% of males. Prevalence of stunting (H/A) of 15.5% and 19.9% and overweight (BMI/ age) of 5.7% and 6.7% were found, respectively for children and adolescents. For both sexes and age groups deviation toward the lower left quadrant of RXC graph was shown, indicating a higher proportion of fat in relation to not fat tissues. For male children, proportion of subjects beyond the 95% tolerance ellipse was 2.7% and proportion of subjects with discrepant classifications, relative to anthropometry, was 94.6%. The same proportions achieved, respectively, 2.3% and 77.1% of male adolescents, 2.5% and 85.4% of female children, and 0.6% and 94.8% of female adolescents. Conclusions: The study points the nutritional transition among the Kaingang, characterized by important prevalence of stunting and overweight. Discrepancies between classifications of BMI/age and BIVA signal the necessity of studies that look for the conciliation of differents nutritional evaluation techniques, as anthropometry and BIA.
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Concentração plasmática da grelina total, grelina acetilada, leptina, GH e IGF-I em crianças e adolescentes com doença renal crônica / Plasma levels of acylated and total ghrelin in pediatric patients with mild to severe chronic kidney disease

Naufel, Maria Fernanda Soares [UNIFESP] 29 July 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:46Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-07-29 / Background The mechanisms responsible for the uraemic anorexia are poorly understood. In children and adults with chronic kidney disease (CKD) increased levels of the orexigenic hormone ghrelin are often found. However, no data exits in relationship to concentration of acylated ghrelin in pediatric patients with CKD. Methods Cross-sectional study of acylated and total ghrelin plasma levels in pediatric patients with mild CKD undergoing conservative treatment (MCKD group, n = 19) and patients with end stage renal disease undergoing hemodialysis (ESRD group, n = 24) compared with healthy controls (n =20). The correlations between total or acyl ghrelin with leptin, GH, IGF-I, glomerular filtration rate (GFR) and anthropometric and nutritional measurements were also undertaken. Results ESRD patients had significantly lower BMI Z-score and energy intake while both ESRD and MCKD groups had lower height-for-age Z-score than control group. ESRD patients also exhibited higher total ghrelin levels (2009.7±1278.0 pg/ml, mean±SD) than either MCKD (1117.5±891.9 pg/ml) or controls (655.3±255.6 pg/ml). However, plasma acyl ghrelin levels did not differ between groups. The ESRD group had normal GH but low IGF-I levels. When all 43 uraemic subjects were combined, total ghrelin correlated positively with GH (r =0.340, p=0.0255) and negatively with IGF-I (r= - 0.415, p=0.0057) and GFR (r= -0.534, p<0.0002). Both total and acyl ghrelin correlated negatively with nutritional status. Conclusion The present findings suggest that most of the increased total ghrelin in CKD pediatric patients is desacylated. As desacyl ghrelin has been shown to inhibit feeding, its high levels may contribute to malnutrition and growth deficit in CKD patients. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Fatores associados ao nascimento de pequenos para a idade gestacional em adolescentes com idade menor ou igual a 15 anos

Alves, Maria Francisca Alves January 2014 (has links)
Introdução: A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública pela alta prevalência e morbimortalidade para a mãe e filho, principalmente em adolescentes mais jovens. Objetivo: Analisar a associação entre os fatores para neonatos pequenos para a idade gestacional. Metodologia: Estudo transversal com uma amostra de 364 puérperas adolescentes com idade menor ou igual a 15 anos, que tiveram parto na maternidade do Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará (Brasil) entre Fevereiro de 2012 a Março de 2013. As adolescentes foram divididas em dois grupos: grupo com neonato pequeno para a idade gestacional (PIG) e grupo com não pequeno para a idade gestacional (NPIG). Foram coletados dados sócio-demográficos, clínicos, de assistencia ao pré-natal, do parto, do puerpério e aferidas medidas antropométricas (prega triciptal e circunferência do braço). Utilizou-se o teste t-Student para comparação das variáveis contínuas entre amostras independentes e o teste do X2 para comparação de variáveis categóricas. Regressão de Poisson foi realizada para controle de fatores de confusão (análise multivariada). Resultados: No período de estudo, 8.153 mulheres tiveram partos naquela maternidade e dessas 487 (5,97%) eram adolescentes ≤15 anos, sendo 364 incluídas no estudo. A proporção de RN PIGs foi de 34,61%. O grupo de RNs PIG realizou menor número de consultas pré-natais (p=0,037), maior prevalência de estado nutricional classificado como “muito baixo peso” (p<0,001) e maior prevalência de parto vaginal (p=0,023) diferindo significativamente do grupo NPIG. O estado nutricional e parto normal permaneceram significativos mesmo após ajuste de fatores de confusão. O risco de prevalência para nascimento de RN PIG foi 30% maior no grupo de mães classificadas como “muito baixo peso” através da escala de referencia de Frisancho para avaliação do estado nutricional. (RP 1,30 IC 95% 1,13-1,50) (p<0,001). Conclusão: Em nosso estudo, 15.4% das adolescentes ≤ 15 anos apresentava circunferência braquial compatível com o diagnóstico “muito baixo peso” pela escala de Frisancho, demonstrando elevada prevalência de baixo estado nutricional materno nessa faixa etária. O nascimento de RN PIG em adolescentes ≤ 15 anos de idade está independentemente associado ao estado nutricional materno classificado como “muito baixo peso” pela medida da circunferência braquial. / Introducion: Adolescent pregnancy is considered a public health problem by the high prevalence, morbidity and mortality for mother and child, especially in younger adolescents. Objective: This study aimed to analyze the factors associated to the birth of small for gestational age. Methodology: Cross-sectional study with a sample of 364 postpartum adolescents younger or equal to 15 years old, who gave birth in the maternity of Hospital da Santa Casa de Misericórdia of Pará (Brazil) between February 2012 and March 2013. The adolescents were divided into two groups: those who gave birth to small for gestational age (SGA) and those who gave birth to non-small for gestational age (NSGA). Socio-demographic, clinical, prenatal care, delivery and postpartum data were collected and anthropometric measures were taken (triceps skinfold and mid-arm circumference). The Student’s t test was used to compare continuous variables in independent samples and the X2 test to compare categorical variables. Poisson regression was performed to control confounding factors (multivariate analysis). Results: During the study period, 8,153 women gave birth at that maternity, 487 (5.97%) were adolescents ≤ 15 years, from these 364 were enrolled in the study. The proportion of SGA was 34.61%. The group SGA held fewer prenatal visits (p = 0.037), higher prevalence of nutritional status classified as "very low weight" (p <0.001) and vaginal delivery (p = 0.023),significantly different from the group NSGA. The nutritional status and vaginal delivery remained significant even after adjustment for confounders. The prevalence risk for SGA birth was 30% higher in the group of mothers classified as "very low weight” by Frisancho reference scale for assessment of nutritional status. (PR 1.30 95% CI 1.13 to 1.50) (p <0.001). Conclusion: In our study, 15.4% of adolescents ≤ 15 years had arm circumference compatible with the "very low weight" condition, demonstrating the high prevalence of poor maternal nutrition status in this group. The birth of SGA among adolescents ≤ 15 years of age is independently associated to maternal nutritional status classified as "very low weight" by the mid-arm circumference measure.
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Saúde mental materna e estado nutricional de crianças aos seis meses de vida / Maternal mental health and child nutricional status at six months of life

Bruna Kulik Hassan 27 April 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Apesar do declínio dos déficits nutricionais em menores de cinco anos nas últimas décadas, a desnutrição infantil ainda se configura como problema de saúde pública, apresentando altas prevalências em algumas regiões do Brasil e em outros países em desenvolvimento, além de inúmeras repercussões negativas na morbi-mortalidade. A saúde mental materna (SMM) tem sido cada vez mais considerada como um aspecto relevante para a saúde infantil. Apesar disso, pouco enfoque tem sido dado às suas repercussões sobre o estado nutricional infantil. Investigar a associação entre SMM e estado nutricional infantil no sexto mês de vida. Conduziu-se um estudo seccional inserido em uma coorte prospectiva com 235 crianças aos seis meses advindas de unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro. Para formar os desfechos, médias de peso-para-comprimento e peso-para-idade foram expressas em escores z usando a nova curva de referência da OMS (2006) para menores de cinco anos. Aplicou-se a versão em português do General Health Questionnaire com 12 itens (GHQ-12) e 4 opções de resposta para aferição da SMM. Utilizou-se sistemas de pontuação de forma a gerar duas variáveis discretas: GHQ-bimodal (zero a 12 pontos) e GHQ-Likert (zero a 36 pontos). Tomando como referência a variável GHQ-bimodal, foram empregados os pontos de corte >3 para detecção de transtornos mentais comuns (TMC), >5 para transtornos mentais mais graves e >9 para sintomas depressivos. A análise da associação entre SMM e desfechos nutricionais se baseou em modelos de regressão linear. A amostra revelou escores z médios de 0,23 para peso-para-comprimento e de 0,05 para peso-para-idade. As prevalências de TMC, transtornos mentais mais graves e sintomas depressivos foram de 39,9%, 23,7% e 8,3%, respectivamente. Após ajuste pelo peso ao nascer, maiores pontuações no GHQ-bimodal e GHQ-Likert estiveram associadas a menores médias de peso-para-comprimento. Para este desfecho, os filhos de mulheres com transtornos mentais mais graves tinham, em média, 0,37 escores-z mais baixos em relação aos filhos de mulheres sem estes agravos (p = 0,026). Observou-se, também, uma média de 0,67 escores-z mais baixos em filhos de mulheres com sintomas depressivos em relação aos filhos de mulheres não deprimidas (p = 0,010). Apenas sintomas depressivos na mãe estiveram associados significativamente com valores médios mais baixos de escore-z de peso-para-idade (p = 0,041). Não se observou associação significante entre TMC e os desfechos avaliados. A SMM esteve relacionada à inadequação do estado nutricional de crianças aos seis meses. O reconhecimento precoce e tratamento destes agravos durante o puerpério poderiam ser estratégias adjuvantes para melhorar a situação nutricional infantil e, por fim, reduzir a morbi-mortalidade associada aos déficits nutricionais. / Despite the decline of nutritional deficits in children under five years in the last decades, infant malnutrition remains a public health problem, with high prevalence in some regions of Brazil and other developing countries and numerous adverse effects on morbidity and mortality. Maternal mental health (MMH) is being increasingly considered a relevant aspect in the context of child health. Nevertheless, little focus has been given to the MMH impact on nutritional status. To investigate the association between maternal mental health and child nutritional status at six months of life. A cross-sectional study inserted in a prospective cohort was conducted with 235 children at six months of age recruited in primary health care centers in Rio de Janeiro, Brazil. To form the outcomes, means of weight-for-length and weight-for-age were expressed in z scores using the new WHO growth standards (2006) for children under five years of age. The Portuguese version of the General Health Questionnaire with 12 items and four answer options (GHQ-12) was applied to measure MMH. Two scoring systems were used to create discrete variables: GHQ-bimodal score (zero to 12 points) and GHQ-Likert score (zero to 36 points). Using the GHQ-bimodal score a cut-off point of >3 was used for the detection of common mental disorders (CMD), a cut-off of >5 for more severe mental disorders, and a cut-off of >9 for depressive symptoms. Analysis of association between MMH and nutritional outcomes was based on linear regression models. The sample showed average z scores of 0.23 for weight-for-length and 0.05 for weight-for-age. The prevalence of CMD, more severe mental disorders and depression was 39.9%, 23.7% and 8.3%, respectively. After adjusting for birth weight, higher scores of GHQ-bimodal and GHQ-Likert were associated with lower mean z scores of weight-for-length. For this outcome, children of women with more severe mental disorders had, on average, 0.37 z-scores lower when compared to children of women without these disorders (p = 0.026). Also, children of women with depressive symptoms had, on average, 0.67 z-scores lower than those from non-depressive mothers (p = 0.010). Only maternal depressive symptoms showed significantly association with lower weight-for-age (p = 0,041). There was no statistically significant association between TMC and both nutritional outcomes. MMH was related to inadequate nutritional status of children at six months of age. Early recognition and treatment of mental health problems in the postpartum period might be an adjuvant strategy to improve child nutritional status and ultimately reduce the morbidity and mortality associated with nutritional deficits.
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Índice de massa corporal e valores de impedância bioelétrica de crianças e adolescentes indígenas Kaingang, Rio Grande do Sul, Brasil

Barufaldi, Laura Augusta January 2009 (has links)
Fundamentos: São necessárias avaliações do estado nutricional de povos indígenas, como forma de mensurar influências ambientais e sociais sobre as condições de vida e saúde e fornecer subsídios para intervenções. Este estudo, de base escolar, objetivou descrever o estado nutricional de crianças e adolescentes Kaingang pela antropometria e pela impedância bioelétrica (IBE) e comparar as classificações geradas pelos dois métodos. Métodos: Estudaram-se 3207 indígenas (73,6% dos matriculados) das 35 escolas de 12 Terras Indígenas Kaingang do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram mensurados peso e estatura conforme WHO (1995) e parâmetros de resistência (R) e reactância (Xc), em Ohm, mediante impedanciômetro RJL Systems Electrode Placement. O índice estatura/idade e o índice de massa corporal/idade foram calculados e classificados segundo WHO (2007). A composição corporal foi avaliada pela Análise Vetorial de Impedância Bioelétrica (BIVA) conforme Piccoli et al (1994). A comparação entre classificações da antropometria e BIVA foi realizada graficamente, com base nas elipses de tolerância do gráfico RXc. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Resultados: A idade média da amostra foi de 10,8 anos (+2,9), sendo 56,8% adolescentes e 50,6% do sexo masculino. Encontraram-se prevalências de déficit estatural (E/I) de 15,5% e 19,9% e de excesso de peso pelo IMC/Idade de 5,7% e 6,7%, respectivamente para crianças e adolescentes. Para ambos os sexos e faixas etárias, a amostra apresentou desvio em direção ao quadrante inferior esquerdo do gráfico RXc, indicando maior proporção de gordura em relação ao tecido não gordo. Para as crianças do sexo masculino a proporção de indivíduos além da elipse de tolerância de 95% foi de 2,7% e a proporção de indivíduos com classificações discrepantes, relativas à antropometria, foi de 94,6%. As mesmas proporções alcançaram, respectivamente, 2,3% e 77,1% para os adolescentes do sexo masculino; 2,5% e 85,4% para as crianças do sexo feminino e 0,6% e 94,8% para as adolescentes do sexo feminino. Conclusão: Aponta-se a transição nutricional entre os Kaingang, caracterizada por prevalências importantes de déficit estatural e excesso de peso. As discrepâncias entre as classificações do IMC/idade e BIVA sinalizam a necessidade de estudos que procurem conciliar maior número de técnicas de avaliação nutricional, como a conciliação da antropometria com a IBE. / Background: Indigenous nutritional status evaluations are necessary, as a way to measure social and environmental influences on health and life conditions and to provide subsidies for interventions. This school-based study aimed to describe the nutritional status of Kaingang children and adolescents by anthropometry and bioelectrical impedance (BIA), and to compare classifications obtained by both methods. Methods: 3207 indigenous (73.6% of the enrolled) of the 35 schools in 12 Indigenous Lands Kaingang of Rio Grande do Sul, Brazil were studied. Weight and height were measured according to WHO (1995) and resistance parameters (R) and reactance (Xc), in Ohm, by impedanciometer RJL Systems Electrode Placement. Height/ age index and body mass/ age index were classified based on WHO (2007). Body composition was evaluated by Bioelectric Impedance Vector Analysis (BIVA) according to Piccoli et al (1994). Comparisons between anthropometry and BIVA classifications were done graphically, based on the tolerance ellipses of RXc graph. Significant p values <0.05. Results: The average age of the sample was 10.8 years (+2.9), 56.8% of adolescents and 50.6% of males. Prevalence of stunting (H/A) of 15.5% and 19.9% and overweight (BMI/ age) of 5.7% and 6.7% were found, respectively for children and adolescents. For both sexes and age groups deviation toward the lower left quadrant of RXC graph was shown, indicating a higher proportion of fat in relation to not fat tissues. For male children, proportion of subjects beyond the 95% tolerance ellipse was 2.7% and proportion of subjects with discrepant classifications, relative to anthropometry, was 94.6%. The same proportions achieved, respectively, 2.3% and 77.1% of male adolescents, 2.5% and 85.4% of female children, and 0.6% and 94.8% of female adolescents. Conclusions: The study points the nutritional transition among the Kaingang, characterized by important prevalence of stunting and overweight. Discrepancies between classifications of BMI/age and BIVA signal the necessity of studies that look for the conciliation of differents nutritional evaluation techniques, as anthropometry and BIA.
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Saúde mental materna e estado nutricional de crianças aos seis meses de vida / Maternal mental health and child nutricional status at six months of life

Bruna Kulik Hassan 27 April 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Apesar do declínio dos déficits nutricionais em menores de cinco anos nas últimas décadas, a desnutrição infantil ainda se configura como problema de saúde pública, apresentando altas prevalências em algumas regiões do Brasil e em outros países em desenvolvimento, além de inúmeras repercussões negativas na morbi-mortalidade. A saúde mental materna (SMM) tem sido cada vez mais considerada como um aspecto relevante para a saúde infantil. Apesar disso, pouco enfoque tem sido dado às suas repercussões sobre o estado nutricional infantil. Investigar a associação entre SMM e estado nutricional infantil no sexto mês de vida. Conduziu-se um estudo seccional inserido em uma coorte prospectiva com 235 crianças aos seis meses advindas de unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro. Para formar os desfechos, médias de peso-para-comprimento e peso-para-idade foram expressas em escores z usando a nova curva de referência da OMS (2006) para menores de cinco anos. Aplicou-se a versão em português do General Health Questionnaire com 12 itens (GHQ-12) e 4 opções de resposta para aferição da SMM. Utilizou-se sistemas de pontuação de forma a gerar duas variáveis discretas: GHQ-bimodal (zero a 12 pontos) e GHQ-Likert (zero a 36 pontos). Tomando como referência a variável GHQ-bimodal, foram empregados os pontos de corte >3 para detecção de transtornos mentais comuns (TMC), >5 para transtornos mentais mais graves e >9 para sintomas depressivos. A análise da associação entre SMM e desfechos nutricionais se baseou em modelos de regressão linear. A amostra revelou escores z médios de 0,23 para peso-para-comprimento e de 0,05 para peso-para-idade. As prevalências de TMC, transtornos mentais mais graves e sintomas depressivos foram de 39,9%, 23,7% e 8,3%, respectivamente. Após ajuste pelo peso ao nascer, maiores pontuações no GHQ-bimodal e GHQ-Likert estiveram associadas a menores médias de peso-para-comprimento. Para este desfecho, os filhos de mulheres com transtornos mentais mais graves tinham, em média, 0,37 escores-z mais baixos em relação aos filhos de mulheres sem estes agravos (p = 0,026). Observou-se, também, uma média de 0,67 escores-z mais baixos em filhos de mulheres com sintomas depressivos em relação aos filhos de mulheres não deprimidas (p = 0,010). Apenas sintomas depressivos na mãe estiveram associados significativamente com valores médios mais baixos de escore-z de peso-para-idade (p = 0,041). Não se observou associação significante entre TMC e os desfechos avaliados. A SMM esteve relacionada à inadequação do estado nutricional de crianças aos seis meses. O reconhecimento precoce e tratamento destes agravos durante o puerpério poderiam ser estratégias adjuvantes para melhorar a situação nutricional infantil e, por fim, reduzir a morbi-mortalidade associada aos déficits nutricionais. / Despite the decline of nutritional deficits in children under five years in the last decades, infant malnutrition remains a public health problem, with high prevalence in some regions of Brazil and other developing countries and numerous adverse effects on morbidity and mortality. Maternal mental health (MMH) is being increasingly considered a relevant aspect in the context of child health. Nevertheless, little focus has been given to the MMH impact on nutritional status. To investigate the association between maternal mental health and child nutritional status at six months of life. A cross-sectional study inserted in a prospective cohort was conducted with 235 children at six months of age recruited in primary health care centers in Rio de Janeiro, Brazil. To form the outcomes, means of weight-for-length and weight-for-age were expressed in z scores using the new WHO growth standards (2006) for children under five years of age. The Portuguese version of the General Health Questionnaire with 12 items and four answer options (GHQ-12) was applied to measure MMH. Two scoring systems were used to create discrete variables: GHQ-bimodal score (zero to 12 points) and GHQ-Likert score (zero to 36 points). Using the GHQ-bimodal score a cut-off point of >3 was used for the detection of common mental disorders (CMD), a cut-off of >5 for more severe mental disorders, and a cut-off of >9 for depressive symptoms. Analysis of association between MMH and nutritional outcomes was based on linear regression models. The sample showed average z scores of 0.23 for weight-for-length and 0.05 for weight-for-age. The prevalence of CMD, more severe mental disorders and depression was 39.9%, 23.7% and 8.3%, respectively. After adjusting for birth weight, higher scores of GHQ-bimodal and GHQ-Likert were associated with lower mean z scores of weight-for-length. For this outcome, children of women with more severe mental disorders had, on average, 0.37 z-scores lower when compared to children of women without these disorders (p = 0.026). Also, children of women with depressive symptoms had, on average, 0.67 z-scores lower than those from non-depressive mothers (p = 0.010). Only maternal depressive symptoms showed significantly association with lower weight-for-age (p = 0,041). There was no statistically significant association between TMC and both nutritional outcomes. MMH was related to inadequate nutritional status of children at six months of age. Early recognition and treatment of mental health problems in the postpartum period might be an adjuvant strategy to improve child nutritional status and ultimately reduce the morbidity and mortality associated with nutritional deficits.
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Parâmetros de avaliação nutricional para detectar desnutrição em pacientes com AIDS em tratamento com antirretrovirais / Nutritional assessment parameter to detect malnutrition in Aids patients on retroviral therapy

Carla Alexandra Almeida Salmazo 11 August 2010 (has links)
A avaliação do estado nutricional em pacientes com HIV é de grande importância, pois as conseqüências provocadas pelo processo patológico da doença estão associadas com perda de peso corporal, massa magra e desnutrição grave, o que prediz aumento da morbimortalidade. Os valores de linfometria CD4 também têm sido utilizados como preditores a curto e médio prazo para o desenvolvimento de infecções oportunistas, as quais são incomuns em pacientes com CD4 >200 cels/mm3. Partindo deste conhecimento, optou-se por estudar o estado nutricional de homens e mulheres HIV positivos de acordo com a contagem de células CD4. Utilizou-se como parâmetros nutricionais o índice de massa corporal (IMC), a área muscular do braço corrigida (AMBc), albumina sérica e o ângulo de fase (AF). Foram estudados 39 pacientes HIV positivos, acompanhados pelo ambulatório de doenças infectoparasitárias do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ). Não foi observada desnutrição na população estudada, quando avaliada pelo IMC e albumina em ambos os sexos, independente do número de células CD4. Entretanto, a AMBc e o AF, tanto nos homens quanto nas mulheres, demonstraram comprometimento nos parâmetros de massa magra. Em relação à associação entre os indicadores nutricionais e o número de células CD4, foi observado correlação significante com a AMBc e a albumina no grupo estudado. A correlação de acordo com o sexo manteve-se significante em ambos os grupos para AMBc e com uma tendência positiva (p=0,06) entre o AF e CD4 no grupo dos homens. Portanto, estes resultados demonstram que para avaliar o estado nutricional, principalmente o compartimento de massa corporal magra de pacientes HIV positivos sob terapia antirretroviral, é preciso utilizar indicadores mais sensíveis, mesmo naqueles pacientes com melhor estado de controle da doença. / The assessment of nutritional status in patients with HIV is of great importance, because the consequences caused by the pathological process of the disease are associated with weight loss, lean body mass and severe malnutrition, which predicts increased morbidity and mortality. The values of CD4 linfometria have also been used as predictors of short and medium term development of opportunistic infections, which are uncommon in patients with CD4 counts > 200 cells/mm3. Based on this knowledge, we chose to study the nutritional status of HIV positive men and women according to CD4 cell count. Participants had the following nutritional parameters assessed: body mass index (BMI), corrected arm muscle area (AMA), serum albumin and the phase angle (PA). We studied 39 HIV-positive patients, under treatment in a infectious diseases clinic of the University Hospital Pedro Ernesto (HUPE). None of patients has malnutrition according BMI and albumin in both sexes, regardless of the number of CD4 cells. However, in men and women to AMA and the PA, have demonstrated reductions in parameters of lean body mass. Regarding the association between nutritional indicators and the number of CD4 cells, we observed a significant correlation with the AMA and albumin in the study group. The correlation according to gender remained significant in both groups for AMA and a positive trend (p = 0.06) between the PA and CD4 in males. Therefore these results demonstrate that to assess nutritional status, especially the compartiment of lean body mass in HIV positive patients under antirretrovirals, it is necessary to use more sensitive, even in patients with the best state of disease control.
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Fatores associados ao nascimento de pequenos para a idade gestacional em adolescentes com idade menor ou igual a 15 anos

Alves, Maria Francisca Alves January 2014 (has links)
Introdução: A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública pela alta prevalência e morbimortalidade para a mãe e filho, principalmente em adolescentes mais jovens. Objetivo: Analisar a associação entre os fatores para neonatos pequenos para a idade gestacional. Metodologia: Estudo transversal com uma amostra de 364 puérperas adolescentes com idade menor ou igual a 15 anos, que tiveram parto na maternidade do Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará (Brasil) entre Fevereiro de 2012 a Março de 2013. As adolescentes foram divididas em dois grupos: grupo com neonato pequeno para a idade gestacional (PIG) e grupo com não pequeno para a idade gestacional (NPIG). Foram coletados dados sócio-demográficos, clínicos, de assistencia ao pré-natal, do parto, do puerpério e aferidas medidas antropométricas (prega triciptal e circunferência do braço). Utilizou-se o teste t-Student para comparação das variáveis contínuas entre amostras independentes e o teste do X2 para comparação de variáveis categóricas. Regressão de Poisson foi realizada para controle de fatores de confusão (análise multivariada). Resultados: No período de estudo, 8.153 mulheres tiveram partos naquela maternidade e dessas 487 (5,97%) eram adolescentes ≤15 anos, sendo 364 incluídas no estudo. A proporção de RN PIGs foi de 34,61%. O grupo de RNs PIG realizou menor número de consultas pré-natais (p=0,037), maior prevalência de estado nutricional classificado como “muito baixo peso” (p<0,001) e maior prevalência de parto vaginal (p=0,023) diferindo significativamente do grupo NPIG. O estado nutricional e parto normal permaneceram significativos mesmo após ajuste de fatores de confusão. O risco de prevalência para nascimento de RN PIG foi 30% maior no grupo de mães classificadas como “muito baixo peso” através da escala de referencia de Frisancho para avaliação do estado nutricional. (RP 1,30 IC 95% 1,13-1,50) (p<0,001). Conclusão: Em nosso estudo, 15.4% das adolescentes ≤ 15 anos apresentava circunferência braquial compatível com o diagnóstico “muito baixo peso” pela escala de Frisancho, demonstrando elevada prevalência de baixo estado nutricional materno nessa faixa etária. O nascimento de RN PIG em adolescentes ≤ 15 anos de idade está independentemente associado ao estado nutricional materno classificado como “muito baixo peso” pela medida da circunferência braquial. / Introducion: Adolescent pregnancy is considered a public health problem by the high prevalence, morbidity and mortality for mother and child, especially in younger adolescents. Objective: This study aimed to analyze the factors associated to the birth of small for gestational age. Methodology: Cross-sectional study with a sample of 364 postpartum adolescents younger or equal to 15 years old, who gave birth in the maternity of Hospital da Santa Casa de Misericórdia of Pará (Brazil) between February 2012 and March 2013. The adolescents were divided into two groups: those who gave birth to small for gestational age (SGA) and those who gave birth to non-small for gestational age (NSGA). Socio-demographic, clinical, prenatal care, delivery and postpartum data were collected and anthropometric measures were taken (triceps skinfold and mid-arm circumference). The Student’s t test was used to compare continuous variables in independent samples and the X2 test to compare categorical variables. Poisson regression was performed to control confounding factors (multivariate analysis). Results: During the study period, 8,153 women gave birth at that maternity, 487 (5.97%) were adolescents ≤ 15 years, from these 364 were enrolled in the study. The proportion of SGA was 34.61%. The group SGA held fewer prenatal visits (p = 0.037), higher prevalence of nutritional status classified as "very low weight" (p <0.001) and vaginal delivery (p = 0.023),significantly different from the group NSGA. The nutritional status and vaginal delivery remained significant even after adjustment for confounders. The prevalence risk for SGA birth was 30% higher in the group of mothers classified as "very low weight” by Frisancho reference scale for assessment of nutritional status. (PR 1.30 95% CI 1.13 to 1.50) (p <0.001). Conclusion: In our study, 15.4% of adolescents ≤ 15 years had arm circumference compatible with the "very low weight" condition, demonstrating the high prevalence of poor maternal nutrition status in this group. The birth of SGA among adolescents ≤ 15 years of age is independently associated to maternal nutritional status classified as "very low weight" by the mid-arm circumference measure.
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Efeitos da ingestão protéica na progressão da doença renal e nos parâmetros inflamatório e oxidativo de pacientes com insuficiência renal em fase pré-diálise

Pizzato, Alessandra Campani January 2006 (has links)
Introdução: A maioria dos distúrbios metabólicos presentes na doença renal crônica (DRC) resulta, principalmente, do acúmulo de produtos do metabolismo do nitrogênio presentes nos alimentos ricos em proteínas. Dietas hiperprotéicas estão associadas à hiperperfusão, hipertensão e hiperfiltração glomerular e, conseqüentemente, à progressão da DRC. A dietoterapia tem um papel importante no tratamento da DRC, consistindo, principalmente, na redução da oferta diária de proteínas. Objetivo: Verificar o efeito da intervenção dietoterápica no estado nutricional, na progressão da doença renal e nos parâmetros inflamatórios, lipídicos, estado oxidativo e níveis séricos de potássio, de pacientes com insuficiência renal crônica em fase pré-dialítica. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo randomizado controlado cruzado em pacientes com DRC Estágio IV, em atendimento ambulatorial. O estudo constou de dois grupos de pacientes com DRC em fase pré-dialítica, que seguiram dois esquemas dietoterápicos diferentes, durante seis semanas: 21 pacientes iniciaram com prescrição de dieta normoprotéica (1 g/kg/dia) e 20 com prescrição de dieta hipoprotéica (0,6 g/kg/dia). Após esse período, os grupos inverteram as dietas. Foram avaliados parâmetros dietéticos, bioquímicos e antropométricos no momento basal e após seis e doze semanas. Os dados foram analisados segundo a intenção de tratamento na análise de crossover e por adesão à dieta hipoprotéica. Utilizaramse testes ANOVA para medidas repetidas e correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi o de P < 0,05. Resultados: Foram avaliados 41 pacientes. Apenas um paciente (2,4%) foi considerado desnutrido e 28 (68%) apresentaram sobrepeso ou obesidade. Dezessete pacientes (41,5%) foram considerados inflamados, de acordo com o nível de PCR. Houve baixa adesão à dieta hipoprotéica.Não se observou prejuízo no estado nutricional dos pacientes durante o seguimento de prescrição de dieta hipoprotéica. Nos pacientes não inflamados observou-se melhora nos parâmetros de função renal, ao passo que, nos inflamados, estes parâmetros apresentaram deterioração. Observaram-se correlações negativas significativas entre os níveis séricos de HDL-colesterol e creatinina; HDL-colesterol e IMC; e correlações positivas significativas entre colesterol-total e uréia; LDL-colesterol e uréia; PNA/kg e HDL, triglicerídios e tirosina; triglicerídios e fibrinogênio; triglicerídios e creatinina; uréia e albumina. Conclusões: A adesão à dieta hipoprotéica foi muito pequena. A dieta hipoprotéica não interferiu no estado nutricional. A presença de inflamação influenciou, negativamente, a evolução da função renal. O perfil lipídico esteve relacionado ao estado nutricional, aos fatores de progressão da DRC e à inflamação; a lipoperoxidação esteve associada aos níveis séricos de albumina. / Background: Most metabolic disorders presented by patients with chronic renal disease (CRD) are mainly a result of accumulation of products of nitrogen metabolism, present in protein rich foods. High protein diets are associated with hyperperfusion, hypertension and hyperfiltration of the glomeruli and, as a consequence, may accelerate the progression of CRF. Nutritional therapy plays an important role in CRF treatment, consisting mainly in reduction of daily protein intake. Objective: To verify the effect of nutrition therapy intervention on nutritional status, on renal disease progression and on inflammatory and lipid parameters, oxidative status and potassium serum levels in patients with chronic renal insufficiency in the pre dialysis period. Patients and Methods: A crossover controlled prospective, randomized study in outpatients with stage IV CRD was carried out. The study consisted in the follow up of two groups of patients with CRD in the pre dialysis period. By randomization 21 patients were started on a 1g protein/kg/day diet prescription and 20 patients on low protein diet (0.6g/kg/day). After six weeks diets were reversed between the two groups and followed for another six week period. Dietetic, biochemical and anthropometric parameters were assessed at baseline and after 6 and 12 weeks. Data were analyzed according to the intention to treat approach in the crossover analysis and by adherence to the low protein diet. ANOVA for repeated measures and Spearman´s correlation tests were used for statistical analysis. The significance level adopted was P < 0.05. Results: 41 patients were evaluated. Only one patient (2.4%) was considered undernourished and 28 patients (68%) presented either over weighted or obese. Seventeen patients (41.5%) were considered inflamed according to the level of C reactive protein (CRP). Low adherence to the low protein diet was observed. Damage on nutritional status was not observed on low protein diet. In non-inflamed patients an improvement on renal function parameters was observed, whereas in the inflamed ones these parameters presented deterioration. Significant negative correlations between HDL-cholesterol serum levels and creatinine, HDL-cholesterol and body mass index (BMI) were observed. Significant positive correlations were observed between total cholesterol and urea, LDL-cholesterol and urea, PNA/kg and HDL, triglycerides and tyrosine, triglycerides and fibrinogen, triglycerides and creatinine, urea and albumin. Conclusions: Patients adhered poorly to low protein diets. Low protein diet did not influence the nutritional status. Presence of inflammation influenced negatively the evolution of renal function. The lipid profile was related to the nutritional status, to the progression factors of CRF and to inflammation. Lipoperoxidation was associated to serum levels of albumin.

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