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A RELAÇÃO ONTOLÓGICA ENTRE VIDA E EXISTÊNCIA NA ABORDAGEM HERMENÊUTICO-FENOMENOLÓGICA DE MARTIN HEIDEGGER / THE ONTOLOGICAL RELATIONSHIP BETWEEN LIFE AND EXISTENCE IN THE APPROACH HERMENEUTIC-PHENOMENOLOGICAL MARTIN HEIDEGGERSilveira, André Luiz Ramalho da 22 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation aims to reconstruct the general relationship between the senses of being and life's existence on the Martin Heidegger's ontology. After reconstruction and comparison between the two notions, it will be possible see what Heidegger called ontological abyss between life and existence. The notion of existence will be reconstructed from the fundamental ontology and existential analytics developed by Heidegger in Being and Time. With the notion of existence, Heidegger thinks the human being in his relationship with being unavoidable. In this way, the human being conceived as being-there is essentially determined by understanding of being. Although, Heidegger shows that human existence is essentially determined by temporality. Thus, temporality is presented by Heidegger as the sense of being of being-there. Furthermore, the being-there has to be the fundamental constitution-the-world, so it is not possible to think that being without the relationship with the world. From the reconstruction of existential analysis it is possible to show that Heidegger conceives as hermeneutics of nature. It is within the hermeneutic arises the problem of life. Life is understood as the sense of being of living organisms, but this theme is not developed in Sein Und Zeit. Life is characterized by a withdrawal at the opening of the world being there. Thus, Heidegger elaborates the hermeneutical conditions so that we can properly grasp through what he calls private interpretation of life. The systematic development of the meaning of life is to be presented by Heidegger lecture in 1929/30, entitled The Fundamental Concepts of Metaphysics: World, Finitude, Solitude. In this lecture, Heidegger thematizes the phenomenon of life from the thesis guideline "the animal is poor in world." Besides, Heidegger says that every creature is organism. In this sense, to present the phenomenon of life, Heidegger investigates the organism concept in conjunction with biological and zoological research. These investigations show the organism as a structure endowed with pulsional capacity and creative agencies. Also, taking the animality like an example, Heidegger shows the animal's essence as captivation, so the animal's behavior is always disrupted and absorbed on a circle of disinhibition. So the animal as compared to man, is seen as private world. In the same reading, Heidegger presents human existence not as being in the world but in terms of forming world. In this way, we will see how the change occurs in relation to Being and Time and the existence of life is separated by a gap, so just watershed between these two ways of being is possible only in comparative. / A presente dissertação tem como objetivo geral reconstruir a relação entre os sentidos de ser da vida e da existência na ontologia de Martin Heidegger. Após a reconstrução e a comparação entre as duas noções, será possível ver o que Heidegger chamou de abismo ontológico entre a vida e a existência. A noção de existência será reconstruída a partir da ontologia fundamental e da analítica existencial desenvolvida por Heidegger em Ser e Tempo. Com a noção de existência, Heidegger pensa o ser humano em sua relação incontornável com o ser. Neste sentido, o ente humano, concebido como ser-aí, é essencialmente determinado pela compreensão de ser. Contudo, Heidegger mostra que a existência humana é determinada essencialmente pela temporalidade. Dessa forma, a temporalidade é apresentada por Heidegger como o sentido de ser do ser-aí. Além disso, o ser-aí possui como constituição fundamental o ser-no-mundo, de modo que não é possível pensar esse ente sem essa relação com o mundo. A partir da reconstrução da analítica existencial, é possível mostrar o que Heidegger concebe como hermenêutica da natureza. É no interior da hermenêutica que surge o problema da vida. A vida é entendida como o sentido de ser dos organismos vivos, mas esse tema não é elaborado em Ser e Tempo. A vida é caracterizada por um retraimento na abertura de mundo do ser-aí. Dessa forma, Heidegger elabora as condições hermenêuticas para que se possa apreender adequadamente através do que ele chama de interpretação privativa da vida. O desenvolvimento sistemático do sentido de ser da vida é apresentado por Heidegger na preleção de 1929/30, intitulada Os Conceitos Fundamentais da Metafísica: Mundo, Finitude, Solidão. Nessa preleção, Heidegger tematiza o fenômeno da vida a partir da tese diretriz o animal é pobre de mundo . Além disso, Heidegger diz que todo vivente é organismo. Neste sentido, para apresentar o fenômeno da vida, Heidegger investiga a noção de organismo em conjunção com pesquisas biológicas e zoológicas. Essas investigações mostram o organismo como uma estrutura pulsional dotada de aptidões e criadora de órgãos. Além disso, ao tomar como exemplo a animalidade, Heidegger apresenta a essência do animal como perturbação, de modo que o comportamento do animal é sempre perturbado e absorvido em um círculo de desinibição. Assim sendo, o animal, em comparação com o homem, é visto como privado de mundo. Nessa mesma preleção, Heidegger apresenta a existência humana não mais como ser-no-mundo, mas sim nos termos de formação de mundo. Nesse sentido, será visto como ocorre essa mudança em relação à Ser e Tempo e como a existência é separada da vida por um abismo intransponível, de modo que apenas marco divisor entre esses dois sentidos de ser somente é possível em termos comparativos.
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A existência do casamento entre pessoas do mesmo sexo / The existence of some sex marriagePaulo Henrique Garcia Hermosilla 19 May 2014 (has links)
Em matéria de casamento, a doutrina majoritária sustenta que as causas de nulidade devem ser textuais ou expressas, não se admitindo nulidades virtuais. Nesse ambiente, surgiu a teoria da inexistência, criada pela doutrina como forma de impugnação do casamento realizado na ausência de seus elementos fundamentais: consentimento, celebração, e dualidade de sexo. Tal teoria, já conhecida pelos canonistas, foi desenvolvida e divulgada após a Revolução Francesa, a partir dos estudos do jurista tedesco Zachariae von Linghental, a partir dos comentários de Napoleão Bonaparte junto ao Conselho de Estado francês, quando da elaboração do Código Civil francês de 1804. O objetivo deste trabalho é analisar, após dois séculos dos estudos de Zachariae, o impacto sofrido pela teoria da inexistência a partir da aprovação, por diversos países, do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A partir surgiu o seguinte problema de pesquisa: existe o casamento entre pessoas do mesmo sexo? A pesquisa percorreu as seguintes etapas: pesquisa doutrinária, com ênfase para a doutrina francesa do século XIX, e pesquisa jurisprudencial nacional. O principal resultado alcançado, após as leituras e pesquisas efetuadas, foi a conclusão de que, hoje, no Brasil, a existência jurídica do casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma realidade. / On marriage, the majority doctrine holds that the grounds of invalidity should be textual or expressed, not admitting virtual nonentities. Consent, celebration, and duality of sex: In this environment, the lack of theory, created by the doctrine as a way of challenging the marriage in the absence of its key elements emerged. Such a theory, now known by the canonists, was developed and released after the French Revolution, from the studies of boredom jurist Zachariae von Linghental, from the comments of Napoleon Bonaparte by the French Council of State, when preparing the French Civil Code 1804. The objective of this work is to analyze, after two centuries of dissemination of studies Zachariae, the impact suffered by the theory of absence from the adoption by many countries, marriage between persons of the same sex. From the following research problem emerged: is there a marriage between persons of the same sex? The research has taken the following steps: doctrinal research, with emphasis on the French doctrine of the nineteenth century, and national case search. The main result achieved after the readings and performed research, was the finding that, today, in Brazil, the legal existence of marriage between persons of the same sex is a reality.
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Subjetividade, liberdade e existência: aproximações e distanciamentos entre Sartre e RogersCruz, Bruno Alves de Araújo 17 August 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-08-17 / This work reflects the dialogue’s century XIX between philosophy and psychology, when the latter sought to achieve scientific status, and defined its object of study. This return is due to the fact that new science, seeking its place among the other, stay away from their original object in order to adapt the methods of positive science, which eventually led to the objectivism behavior. Also due to the fact that the philosophy does not leave the task of understanding the subjectivity, especially the phenomenological tradition. Moreover, it is justified to see that the psychology, developed in the clinic, does not leave the understanding of subjectivity, since it considers as a fundamental element of the human relationship with the world. To resume the dialogue between philosophy and psychology, seeks to bring to psychology the opportunity to understand what had been its original object. To achieve this dialogue, we chose to use the work of the philosopher Jean-Paul Sartre and the psychotherapist Carl R. Rogers, with the objective of pointing between the two thinkers and distances the approximations in the treatment of the concepts of subjectivity, freedom and existence. In making the works of Sartre, it was found that the subjectivity and spirit has the freedom, which is the annihilation through which you can open a crack in its interior, including the not in his being, enabling it to support itself from the choices you make to your life. Therefore, Sartre points to the indeterminacy that is the relation of subjectivity to their being and the world, since "the existence precedes essence." In Rogers, it was found that subjectivity is fundamental to achieving the organic trend, as is the freedom that allows you to choose various ways to meet their needs and thus realize all possible organic. / Esse trabalho retoma o diálogo do século XIX entre filosofia e psicologia, quando esta última pretendeu alcançar estatuto de cientificidade e definiu seu objeto de estudo, a subjetividade. Tal retorno se deve ao fato dessa nova ciência, buscando seu lugar dentre as outras, se afastar de seu objeto inicial a fim de se adequar aos métodos das ciências positivas, que acabou conduzindo-a ao objetivismo comportamentalista. Também se deve ao fato de que a filosofia não abandonou a tarefa de compreender a subjetividade, sobretudo a tradição fenomenológica. Além disso, se justifica por verificar que a psicologia, desenvolvida na clínica, não abandona a compreensão da subjetividade, uma vez que a considera como elemento fundamental da relação do ser humano com o mundo. Ao retomar o diálogo entre filosofia e psicologia, pretende-se trazer para a psicologia a possibilidade de compreender aquilo que tinha sido seu objeto inicial. Para realizar esse diálogo, optou-se por utilizar os trabalhos desenvolvidos pelo filósofo Jean-Paul Sartre e pelo psicoterapeuta Carl R. Rogers, com o objetivo de apontar entre esses dois pensadores as aproximações e distanciamentos no tratamento dos conceitos de subjetividade, liberdade e existência. Ao tomar os trabalhos de Sartre, verificou-se que a subjetividade possui como essência a liberdade, que consiste na nadificação por meio da qual pode abrir uma fissura em seu interior, inserindo o nada em seu ser, possibilitando fundamentar-se a si mesma a partir das escolhas que realiza em sua existência. Com isso, Sartre assinala a indeterminação que consiste a relação da subjetividade com seu ser e com o mundo, uma vez que “a existência precede a essência”. Em Rogers, verificou-se que a subjetividade é fundamental para a tendência orgânica à realização, uma vez que a liberdade que a constitui permite escolher diversos maneiras de satisfazer suas necessidades e assim realizar todas as possibilidades organísmicas.
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Decaimento exponencial para a equação da onda semilinear com dissipação localmente distribuídaSousa, Jakcney Luan Azevedo de 18 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / We consider the semilinear wave equation utt u+f(u)+a(x)ut = 0 in a bounded
domain Q Rn+1, with su ciently regular boundary , subject the boundary condition
u = 0. We investigate the existence, uniqueness and asymptotic behavior, when
t ! 1, of solution, considering a 2 L1+ (
) and f under some adequate conditions. / Consideramos a equa c~ao da onda semilinear utt u + f(u) + a(x)ut = 0 em um
dom nio limitado Q Rn+1, com fronteira su cientemente regular , sujeita a condi c~ao
de contorno u = 0. Investigamos a exist^encia, unicidade e comportamento assint otico,
quando t ! 1, da solu c~ao, considerando a 2 L1+ (
) e f sob algumas condi c~oes
adequadas.
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A farsa do ego: ontologia e historicidade em SartreTavares, Leonardo de Sousa Oliveira 16 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-16 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Avec l’analyse que été fait du essai La transcendance de l’Ego à la maturation du concept de Ego (Ipséité) dans Sartre de l’Être e le Néant, nous visons à atteindre non seulement une compréhension précise de ce que l'Ego. Plus que cela, nous cherchons définir ce que cet objet transcendant representé en face de la totalité de l'ontologie phénoménologique. Pour atteindre cet objectif, nous avons utilisé pour principalement une approche conceptuelle qui exprime des la continuité qui existe entre le jeune Sartre phénoménologue et le Sartre existentialiste. Ainsi, nous avons conclu l'analyse sartrienne du concept Ego avec une question qui nous dirige pour identification de la capitonnage qui comble l’Ego transcendant. Et en fin de compte, nous appelons à la constitution de conscience qui jette l’Ego loin de lui-même. Ceci est un effort de pour la relécture d’un concept qui sera, censément, analisé das son fondement constitutif, l’historicité. / Com a análise que se fez do ensaio A transcendência do Ego até o amadurecimento do conceito de Ego (ipseidade) no Sartre de O ser e o nada, nós almejamos atingir não só a compreensão precisa do que é o Ego. Mais do que isso, buscamos definir o que esse objeto transcendente representa diante da totalidade da ontologia fenomenológica. Para viabilizar tal intento, nós nos utilizamos, principalmente, de uma aproximação conceitual que expressa a continuidade que há entre o jovem Sartre fenomenólogo e um Sartre existencialista. Desse modo, concluímos a análise sartriana do conceito de Ego com um questionamento que nos direciona para a identificação do estofo que preenche o Ego transcendente. E, em última instância, apelamos para a constituição da consciência que o projeta para fora de si. Trata-se de um esforço para a releitura de um conceito que será, supostamente, analisado em seu fundamento constituinte, a historicidade.
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A estética da existência como ética possível: Foucault e a reinvenção do sujeitoSilva, Keitiana de Souza 08 September 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-09-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Cet article introduit la notion de sujet éthique selon le philosophe français Michel Foucault
(1926-1984). On prend comme base ses dernières écrits théoriques, selon lesquels on caractérise
ses concepts éthiques de soin de soi et d esthétique de l'existence. Ce sont des concepts portés
par lui dès la morale classique et presentés comme possibilité de vivre l éthique aujourd hui. À
théoriser le problème éthique chez Foucault, il était nécessaire d abord ajouter la notion de sujet
dans l ensemble de ce travail-ci, qu il dit est fondé sur la puissance et les connaissances qui sont
étranges à la conscience du sujet. À partir de la réglementation et de la sujétion modernes, tous
les formations subjetives n ont pu plus être autonomes, de sort que l action éthique reste
empeché. De cette même façon, il réfléchit sur la formation éthique des anciens Grecs, en
établissant la différence entre l'éthique et la morale. La première est calquée sur la choix de la
forme de vie, tandis que la seconde est fondée sur l'obéissance à des règles imposées. Dans
l'éthique antique, il y avait le désir de rendre la vie une oeuvre d'art, vers laquelle le sujet pourrait
constituer sa vie par ses choix individuels. L'éthique de Foucault est donc basée sur les principes
de cette liberté, de choisir et de résister aux contraintes réglementaires. Par ailleurs, est présenté
dans le dernier Foucault le sujet qui résiste a des normativités morales, à la recherche d'une autoréinvention
subjective. Le sujet n'accepte la soumission qu a lui été donné comme un principe
d'identité et devient l'inventeur de sa propre vie, postulant de faire de sa vie une oeuvre d'art. Pour
afficher le sujet éthique et esthète de lui-même, on utilise les premières travaux de l'auteur, à la
recherche de la notion du sujet présent dans la tradition philosophique et critiqué par lui. Plus
tard, on discute la notion de soin de soi: de l'antiquité à la modernité, qui est le principe éthique
de ce qu'il caractérise comme esthétique de l'existence. Chez Foucault, on comprend que la
réinvention du sujet et le but de rendre la vie une oeuvre d'art consistent proprement dans l'oeuvre
du philosophe, attachée à des manières éthiques possibles, lesquelles se trouvent dans une façon
de vie indépendante vers la société contemporaine, même si ce sujet se réinvent selon un style
propre, pourqu il puisse être considéré comme fou, perverti, délinquant et subversif. Pour ce
sujet éthique, Foucault a rejeté les modèles sociaux dominants selon la sujétion. Pour cela, il
cherche la littérature, parce qu'en elle l'auteur doit avoir la liberté de se réinventer. Ainsi, ce
travail postule placer ce sujet éthique vers l'esthétique de l'existence, qui est présenté par
Foucault, non pas comme une solution pour une société sans éthique et la morale, mais comme
une possibilité. / O presente trabalho apresenta a noção de sujeito ético segundo o filósofo francês Michel
Foucault (1926 - 1984). Tomando como fundamento teórico os últimos escritos do autor,
caracterizamos os conceitos de ética do cuidado de si e estética da existência, apresentados por
ele como a ética antiga e como a possibilidade de vivência ética na contemporaneidade. Para
tratar do problema ético em Foucault, foi necessário abordar a noção de sujeito no conjunto da
sua obra que, segundo ele, é fundado a partir de poderes e saberes que são alheios, a partir de
normatividades e de assujeitamento, que não viabiliza uma formação subjetiva autônoma de si
mesmo, impossibilitando a ação ética. Da mesma forma, ele reflete sobre a formação ética dos
gregos antigos, estabelecendo a diferença entre ética e moral. A primeira fundamenta-se na
escolha da forma de vida, enquanto a segunda baseia-se na obediência a preceitos impostos. Na
ética antiga há o desejo de fazer da vida uma obra de arte, na qual o sujeito se constitui a partir
de suas escolhas individuais. A ética foucaultiana é baseada nos princípios de liberdade, escolha
e resistência às imposições normativas. Ademais, é apresentado no último Foucault o sujeito que
resiste às normatividades de ordem moral, em busca de uma reinvenção subjetiva de si. Esse
sujeito não aceita o assujeitamento que lhe foi imposto como princípio de identidade e torna-se
inventor da sua própria vida, postulando fazer dela uma obra de arte. Para apresentar esse sujeito
ético e esteta de si, recorremos às primeiras fases que compõem a obra do autor, em busca de
abordar a noção de sujeito presente na tradição filosófica e criticada por ele. Posteriormente,
problematizamos, a partir do mesmo, a noção de cuidado de si desde a antiguidade até a
modernidade, pois para o autor, é o princípio ético daquilo que ele caracteriza como estética da
existência. A partir de Foucault, entendemos que a reinvenção do sujeito, como propósito de
fazer da vida uma obra de arte, é na obra do filósofo, a ética possível, que pode ser encontrada
em estilos de vida autônomos na contemporaneidade, mesmo que esse sujeito que se reinventa, a
partir de estilos próprios, possa ser considerado como louco, pervertido, deliquente e subversivo.
O sujeito ético foucaultiano é rechaçado pelo modelo social dominante por resistir à sujeição.
Por ser assim, ele é representado na literatura, pois nela os autores gozam da liberdade de se
reinventarem. Dessa forma, esse trabalho postula pontuar esse sujeito ético, que busca a estética
da existência, e que é apresentada por Foucault, não como solução para uma sociedade moralista
e sem ética, mas como uma possibilidade.
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Arte como necessidade da existência na filosofia de Nietzsche.Herculano, Josimar Rodrigues 31 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The art that in Nietzsche s philosophy goes through all his lifetime and beyond that stretches for all posterity, is in this paper approached as being, according to philosophical thinking, the highest of the existential forms. In a consequent way, this leads to the understanding and acknowledgement that art is, in all the forms that it can be expressed by its muses - and especially for Nietzsche regarding tragic art in ancient Greece -, much more than what it seems to be, that is, inversely, the very existence manifests itself, necessarily, through art, therefore it is impossible to think of each one in an unconnected manner. More than a simple connection,existence, that is, life and art in a Nietzschean sense, in other words, creation, appear as all the crystalized forms of that that has no absolute shape or as Nietzsche described them according to his interpretation of the myths of Dionysus and Apollo. The first as being the representation of the misshapen and the hollow, that is, of the chaos and the abyssal darkness; the latter, on the other hand, as being the one that represents the rising of the being that, from the abyssal darkness, appears on the surface of existence usually and through the perception of the beautiful forms, but also through the opposing perception of the ugliness that, however, even the latter when expressed aesthetically through artistic inebriation both Dionysian and Apollonian, only occur due to its subordination to the natural artistic creation of both forms, beautiful and ugly, that is, through a soothing pathos, in other words, resisting against the unavoidable Nietzschean will to be in any way that it becomes, and all that, beyond good and evil. / A arte que na filosofia de Nietzsche ocupa todo o tempo de sua vida e para além desta estendese por toda posteridade é aqui neste escrito abordada como sendo, segundo o pensamento do filósofo, a mais elevada das formas existenciais. Uma constatação que submete de modo
consequente ao entendimento e à compreensão de ser ela, a arte, sob todas as formas que suas musas a expressam - especialmente para Nietzsche no que refere à arte trágica na Grécia antiga-, muito mais do que parece, quer dizer, inversamente, que a própria existência se manifesta de
modo necessário através da arte, portanto, que é impossível pensar uma e outra de uma forma desconexa. Mais do que uma simples conexão a existência, isto é, vida e arte no sentido nietzschiano, ou seja, enquanto criação, é uma e mesma coisa e que assim sendo, aparecem sob todas as formas cristalizadas daquilo que no fundo, não possui forma definitiva alguma ou como Nietzsche as descreveu conforme sua visão e interpretação dos mitos de Dionísio e Apolo. O primeiro mito como sendo o representante do disforme e do sem fundo, isto é, do caos ou o nada abissal; o segundo como sendo aquele que por sua vez, representa o apaziguamento da irrupção criadora, artística do ente desde o nada abissal aparecendo na superfície do existir normalmente e através do sentimento das formas belas, mas também pelo
sentimento contrário do feio que, todavia, mesmo este último quando expresso esteticamente via embriaguez tanto dionisíaca quanto apolínea, só ocorre devido sua subordinação à criação artística natural das formas tanto belas quanto feias, isto é, por um pathos que possa apaziguar, ou seja, resistindo à inelutável vontade nietzschiana de ser de qualquer modo que venha a ser, e isto tudo, para além de bem e mal.
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Existência na paciência: uma Introdução no Pensamento de S. A. KierkegaardGermano, Ramon Bolivar Cavalcanti 10 October 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-10-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In this work we develop a route of approach of to Kierkegaard's work that, taking into account three different moments of his production, allows us a more rigorous and lucid view of his activity as an author and particularly of his way of interpreting the human existence. Bearing in mind the complex nature of the Kierkegaardian corpus accentuated by its indirect form of communication we decided to develop a reading that focused on the meaning that the human existence occupies in the thoughts of the author. Our reading also introduces some of the issues and concepts that form the general understanding framework of human existence as it is understood by Kierkegaard. We show how the existence needs to be understood from a new conception of freedom, as well as from a new understanding of the relationship between being and thinking that is, to be understood as inter-esse which essentially leads to a replacement problem of truth. We conclude with an approach to the problem of becoming yourself or with the question of acquisition of the self (Selv) in patience. With this we approach a more coherent and rigorous comprehension of the interpretation that Kierkegaard makes of human existence particularly taking into account the role that patience takes this reading and by extension, we trace a route of approach of his activity as an author. / No presente trabalho desenvolvemos um itinerário de aproximação da obra de Kierkegaard que, levando em conta três momentos distintos de sua produção, nos possibilite uma visão mais lúcida e rigorosa de sua atividade como autor e, particularmente, de sua forma de leitura da existência humana. Cientes do caráter complexo do corpus kierkegaardiano acentuado pela forma indireta de sua comunicação resolvemos desenvolver uma leitura que, voltada para o sentido que a existência humana ocupa no pensamento do autor, nos introduza em alguns dos problemas e conceitos fundamentais que formam o quadro geral de compreensão da existência assim como a entende Kierkegaard. Mostramos como a existência precisa ser compreendida a partir de uma nova concepção da liberdade, bem como a partir de uma nova compreensão da relação entre ser e pensar isto é, precisa ser compreendida como inter-esse o que leva fundamentalmente a uma recolocação do problema da verdade. Concluímos com uma abordagem do problema de tornar-se si mesmo ou com a questão da aquisição do si-mesmo (Selv) na paciência. Com isso nos aproximamos de uma compreensão mais coerente e rigorosa da leitura que Kierkegaard faz da existência humana levando particularmente em conta o papel que a paciência ocupa nessa leitura bem como, por extensão, traçamos um itinerário de aproximação de sua atividade como autor.
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Martin Heidegger: ontologia, existência e mundoFernandes, Leila Medeiros 25 June 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-06-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The research seeks the explanation of the following concepts: ontology, existence and world in the heideggerian phenomenology, in opposition to the metaphysician sense of world, as it has been considered by the ontology so far. In that direction, it had been approached the theme of the existence following the conductive thread of the understanding strutucture of Dasei while this being is constituted as an access to the subject of being and its sense. / A pesquisa visa à explicitação dos conceitos de ontologia, existência e mundo na fenomenologia heideggeriana, e sua contraposição ao sentido metafísico de mundo, tal como fora até então considerado pela tradição ontológica. Nessa direção abordamos o tema da existência seguindo o fio condutor da estrutura compreensiva do Dasein enquanto este ente se constitui como via de acesso à questão do ser e seu sentido.
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Estéticas da existência e sexualidade operária: discursos LGBTTTS no chão de fábrica em Campina Grande - PB (2009 -2016).ARAÚJO, João Diogo Trindade Cordeiro. 16 May 2018 (has links)
Submitted by Lucienne Costa (lucienneferreira@ufcg.edu.br) on 2018-05-16T17:37:48Z
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JOÃO DIOGO TRINDADE CORDEIRO ARAÚJO – DISSERTAÇÃO (PPGH) 2018.pdf: 1616526 bytes, checksum: cfb4e8c27aa3bb7db0ee51cba1eb4353 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-16T17:37:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2018 / Essa dissertação de mestrado tem por objetivo discutir como eram vivenciadas as práticas educativas da sexualidade e as estéticas da existência a partir das narrativas orais dos operários LGBTTTs que atuavam de forma direta ou indireta no chão de fábrica da cidade de Campina Grande – PB, no período que vai de 2009 a 2016. Para costurar os corpos analisados nesse texto, dialogamos com a História do Tempo Presente a partir das narrativas de operários homoafetivos cisgêneros, assim como através de uma operária transexual e de suas memórias. Problematizamos as práticas educativas da sexualidade, como o machismo, a homofobia e a transfobia, com fins de oferecer visibilidade a sujeitos que, por representarem uma minoria historicamente excluída da sociedade, são alvos do discurso biológico. As narrativas foram interpretadas pelas tramas da História Cultural, com a metodologia da Análise do Discurso sob o prisma de Michel Foucault (1985), autor que colaborou com os conceitos sobre o dispositivo da sexualidade e estética da existência. Judith Butler (2008) se fez presente na discussão sobre o conceito de abjeto e Guacira Lopes Louro (2015) emergiu traçando uma linha tênue entre gênero e corpo. Com esses olhares teóricos, identificamos nas experiências fabris as relações entre operários masculinos e suas singularidades. Observamos as táticas para se aproximar afetivamente ou assediar sexualmente o outro, que representava a diferença de gênero e sexualidade no âmbito do trabalho. Concluímos que no cotidiano dos operários LGBTTTS percebemos as táticas de defesa para sobreviver a um ambiente impregnado por práticas discriminatórias. / This work aimed to discuss how the educational practices of sexuality and the aesthetics of existence were experienced through the narratives of LGBTTT workers who worked directly or indirectly on factory floor. To build this operation, we dialogue with Present Time History through the narratives of homaffetive and cisgender workers, as well as a transsexual worker. We problematize the educational practices of sexuality such as male dominance, homophobia and transphobia in order to offer expression to subjects that, because they represent a minority, are historically excluded from society and targets of biological discourse. The narratives were interpreted through Cultural History with the methodology of the discourse analysis by the prism of Michel Foucault (1985), author who collaborated with the concepts on the device of sexuality and aesthetics of existence. Judith Butler (2008) was present in the discussion about the concept of abject and Guacira Lopes Louro (2015) emerged drawing a fine line between gender and body. With these theoretical views we identify in the factory experiences the relations between male workers and their singularities. We observed the tactics to approach affectively or sexually harass the other that represented the difference of gender and sexuality in the scope of the work. In the daily life of the LGBTT's workers we perceive the tactics of defense to survive an environment impregnated by discriminatory practices.
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