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O CONSTRUTIVISMO KANTIANO NA TEORIA DA JUSTIÇA COMO EQUIDADE DE JOHN RAWLS / THE KANTIAN CONSTRUCTIVISM IN THE THEORY OF JUSTICE AS FAIRNESS OF JOHN RAWLSFerreira, Samir Dessbesel 01 March 2006 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The dissertation has as a principal aim to approach the argumentative model in moral philosophy named by Rawls in terms of kantian constructivism, in order to explain the use
that Rawls does of this model in his own theory, the theory of justice as fairness. To do it, Its is initially searched for a general characterization of the constructivist model and its
kantian variant to enlighten that the distinctive part of the kantian constructivist resides in the notion of moral person, free and equal, used in its construction procedure. In Rawl s
interpretation of Kant practical philosophy, it is found an enlightened application of the constructivist model in terms of presenting several common aspects in comparison to the
theory of justice as fairness. In this perspective, the work focuses on the analysis of the principal resource that Rawls uses to justify his principles of justice, the original position.
This as a procedure of construction inspired in the classic contractarianism establishes a set of limitations about the deliberation of agents ideally conceited. As Rawls searches to
present a justification to these limitations, he is supported by a form of coherent argument, what compromise the intended neutrality of the procedure, in terms of its justificatory
status. Considering the specific demands of a political concept of justice as well as the notion of justification associate to it, the work aims to explain which function executes the original position in the justice theory as equity as the constructivism kantian is presented as a model of justification. / A dissertação tem como objetivo principal abordar o modelo de argumentação em filosofia moral denominado por Rawls de construtivismo kantiano, de modo a esclarecermos o uso
que Rawls faz deste modelo em sua própria teoria, a teoria da justiça como equidade. Para tanto, inicialmente buscamos encontrar uma caracterização geral do modelo construtivista e
de sua variante kantiana, de modo a esclarecermos que o traço distintivo do construtivismo kantiano reside na noção de pessoa moral, livre e igual, utilizada em seu procedimento de
construção. Na interpretação que Rawls faz da filosofia prática kantiana, encontramos uma aplicação do modelo construtivista bastante esclarecedora, na medida em que apresenta diversos aspectos comuns com a própria teoria da justiça como equidade. A partir disso, nos detemos na análise do principal recurso que Rawls utiliza para justificar seus princípios de justiça, a posição original. Esta, enquanto procedimento de construção inspirado no contratualismo clássico, estabelece um conjunto de cerceamentos sobre a deliberação de agentes idealmente concebidos. Na medida em que Rawls busca apresentar uma justificativa para tais cerceamentos, apóia-se sob uma forma de argumento coerencial, o que tanto compromete a pretensa neutralidade do procedimento, quanto seu próprio status justificatório. A partir disso, e considerando as exigências específicas de uma concepção política de justiça, bem como a noção de justificação à ela associada, buscamos esclarecer que função desempenha a posição original na teoria da justiça como equidade, na medida em que o construtivismo kantiano é tomado como um modelo de justificação.
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Heidegger, Levinas: el Fenómeno Moral del Habitar Heideggeriano a la Luz del Sentido de la Relación Etica en LevinasRamírez Alenk, Alberto January 2007 (has links)
El siguiente trabajo, en términos muy generales, procurará entablar una descripción, análisis y posible discusión crítica, respecto a la factibilidad o no de existencia de una razón moral o ética, su necesidad y sentido fundamental, tomando en consideración el pensamiento y reflexión filosófica de dos teóricos contemporáneos de envergadura, cuyos escritos, discursos y profundas especulaciones, deben sin duda reconocerse como instancias propias de lo más alto y mayor que pudo habernos presentado el riguroso y esencial acontecer del siglo XX, a saber -propuestos y enunciados en orden de aparición temporal- Martín Heidegger y Emmanuel Levinas. Ambos autores, -contemporáneos históricos del devenir y acontecer de un siglo de signos y designios radicalmente caóticos en el ámbito de una ética de la responsabilidad, mas, generoso en nuevas aperturas intelectuales y descubrimientos científicos- poseen vínculos cercanos y referentes comunes que en cierta medida entrelazan sus filosofías, no obstante la distancia y distinción infinita que pueda existir en relación a sus orientaciones individuales-esenciales de orden filosófico, que demandan y demarcan sus resultados teóricos, sus imperativos, sus ausencias y consecuencias en el tiempo
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"O outro crucificado" e "o olhar do outro": um estudo comparativo entre Jon Sobrino e Emmanuel LévinasDenardi, Marcos Rogério January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / The current dissertation: “The Other Crucified” and “The Others look”: a comparative study between Jon Sobrino and Emannuel Levinas claims to reflect a philosophical category, that applied into the theology engages at the defence of the human creature: its thinking, action and faith. In the categories of: “Other”, “Look”, Alterity” and “Totalization”, thematizes the relations and the interpersonal engagement, as of Emannuel Levinas, French philosopher and Jon Sobrino, Christologer of El Salvador. Divided in three sections, the production starts clearing the alterity cathegory and its constellations, according to the French philosopher, read with the Luis Carlos Susin, Ricardo Timm de Souza’s support and other interpretes, such as its aplicability to the human relations. The second section attempts to descript in general lines the Jon Sobrino’s Christology, destacting the concept of place as decisive in his thinking, wnile the third section, claims to coadunate the thinking of these two autors. In the conclusion appear the discovered approximations, with promimenre to the relation for its envyronment and to the people as of where they elaborated theirs reflections, helping the “ encurvated”, “vitimized” and “crucified” of our times. / A presente dissertação: “O Outro Crucificado” e “o olhar do Outro”: um estudo comparativo entre Jon Sobrino e Emmanuel Lévinas, pretende refletir uma categoria filosófica, que aplicada a teologia compromete na defesa do ser humano: do seu pensar, agir e da sua fé. Nas categorias de: “Outro”, “Olhar”, “Alteridade” e “Totalização”, tematiza as relações e o comprometimento interpessoal, a partir de Emmanuel Lévinas, filósofo francês e Jon Sobrino, Cristólogo, de El Salvador. Dividido em três seções, o trabalho inicia clareando a categoria de alteridade e suas constelações, segundo o pensador francês lido com a ajuda de Luis Carlos Susin, Ricardo Timm de Souza e outros intérpretes, bem como sua aplicabilidade às relações humanas. A segunda seção procura descrever em linhas gerais a Cristologia de Jon Sobrino, destacando o conceito de lugar como decisivo para seu pensamento, enquanto a terceira, pretende coadunar o pensamento destes dois autores. Na conclusão destacam-se as aproximações descobertas, com destaque para a relação ao seu ambiente e às pessoas a partir de onde elaboraram suas reflexões, em favor dos “encurvados”, “vitimizados” e “crucificados” do nosso tempo.
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Responsabilidade: sobre a consciência moral e a alteridade no pensamento de Viktor Frankl e Emmanuel LevinasMota, Gustavo Rubin da January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Responsibility is the term connection between the thought of Emmanuel Levinas and Viktor Frankl, by which is consistent moral consciousness as a possible encounter with another human. Freedom and responsibility before any deliberate or intentional subject, in which the respondent by human indigence of another Master who reports to break the monism of a strong bio psyche and sociology, whose predominant aspect is the person in charge of any condition. Consciousness previous intelligibility while Bad conscience that does not close in a circularity of Even, putting into crisis selfhood and meaning to be found and updated in meetings and confrontation with the social meanings. Encounters through the traces inscribed in face epiphenomenon of the other's presence and Absent, the "He" that is the otherness that recognizes the other in its absolute say. Pronounceable say the flow of time in sensitivity brought to disinterestedness and input Others meeting as anarchical and dissymmetry, causing the other the trauma of what would be the obvious. Meaning of life post as liability prior to any free initiative of the subject, which collects on the Other traces of the third, the "He" look like infinitive - face that speaks to me, I want the clutter in your selfhood, and exposes the human to justice before the others, absolutely another. Confrontation with the responsibility of nakedness and misery of Others, which calls for the unity of the one- respondent, taking him hostage in unconditional replacement source of appeal arising from (Illeité) – “he-ity” and calls for replacement, give support to the less is more, the infinite in ethical language. / Responsabilidade é o termo de ligação entre o pensamento de Viktor Frankl e Emmanuel Levinas, pelo qual se coaduna a consciência moral como possibilidade de encontro com o outro humano. Consciência anterior à liberdade e a qualquer ato deliberado ou intencional do sujeito, em que o humano respondente pela indigência do outro, Mestre que reporta à quebra do monismo de um bio-psiquismo e sociologismo forte, cujo aspecto preponderante é a pessoa como responsável sobre toda a circunstância. Consciência anterior à inteligibilidade, enquanto Má consciência em que não se fecha numa circularidade do Mesmo, pondo em crise a egoidade e o sentido para sê-la encontrado e atualizado nos encontros e confronto com os sentidos sociais. Encontros por meio dos traços inscritos no rosto, epifenômeno da presença do outro e do Ausente, do “Ele” que é a alteridade que reconhece o outro em seu absoluto Dizer. Dizer pronunciável no fluxo do tempo de uma sensibilidade levada para o desinteresse e na entrada do Outrem como encontro anárquico e pela dissimetria, provocando no outro o trauma daquilo que seria a obviedade. Sentido da vida posto como responsabilidade anterior a qualquer iniciativa livre do sujeito, que diante do Outro recolhe os vestígios do terceiro, do “Ele” como infinição do olhar-rosto que fala ao eu, Desejo que o desordena em sua egoidade, e expõe o humano para justiça diante do outrem, absolutamente outro. Confronto com a responsabilidade diante da nudez e miséria de Outrem, que clama pela unicidade do um-respondente, tomando-o como refém na incondicional substituição nascente do apelo que surge da eleidade e conclama para a substituição, dar suporte ao que é mais no menos, do infinito na linguagem ética.
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A questão da inauguração do sujeito ético a partir da responsabilidade diante da morte do outro: Levinas e FreudBraga, Eneida Cardoso January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Ce travail envisage de présenter la thèse de l'émergence du sujet éthique à partir de la responsabilité en face de la mort de l'Autre, à travers le dialogue entre quelques idées principales de la pensée de Levinas et de Sigmund Freud. Dans ce dialogue, nous tenons à montrer différents points d’ouverture de leurs conceptions théoriques qui nous pointent l'importance de la trace d'absence comme une possibilité de garder incessante la recherche et la continuité de la vie. Nous cherchons à mettre en évidence ainsi la mort par rapport à l'infini, et non comme une finitude du temps. Dans ce contexte, nous discutons de la pertinence du lien entre la violence, la précipitation et l'indifférence - caractéristiques de la contemporanéité - et de la temporalité, comme possibilité d'un avenir qui n` est pas un simple reflet du présent. Ainsi, à partir de la responsabilité de l'altérité dans sa forme la plus radicale - la mort ou l'absence de l'autre, le sujet peut se constituer dans sa subjectivité. fre / Este trabalho propõe-se a apresentar a tese do surgimento do sujeito ético a partir da responsabilidade diante da morte do Outro, através da interlocução entre algumas ideias principais dos pensamentos de Emmanuel Levinas e Sigmund Freud. Nesta interlocução, procuramos evidenciar diferentes pontos de abertura em suas concepções teóricas que nos apontem para a significância do vestígio da ausência como possibilidade de manter incessante a busca e a continuidade da vida. Procuramos ressaltar, desta forma, a morte como relação ao infinito, e não como uma finitude no tempo. Neste contexto, abordamos a relevância do atrelamento entre a violência, a pressa e a indiferença, - características da contemporaneidade - e a temporalidade, como possibilidade de um futuro que não seja mero reflexo do presente. Assim, a partir da responsabilidade pela alteridade na sua forma mais radical - a morte ou ausência do outro, o sujeito pode constituir-se em sua subjetividade.
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Educação, ética e diálogo desde Levinas e GadamerCarbonara, Vanderlei January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / The text Education, ethics and dialogue since Levinas and Gadamer, presented as a doctoral thesis in the Postgraduate Program in Education from PUC-RS, intends to investigate the relations between education and dialogue, in order to achieve the concept of education understood here as inseparable from its ethical condition. Admitting the inexistence of any universal grounding which support education, as well as any predetermined goals that guide educative action, this text takes the theoretical direction in favor of an ethical discursivity as a way to legitimate educational discourse. Furthermore, this theoretical course has a clear option in the conceptions of dialogue brought up by two philosophers: Emmanuel Levinas and Hans-Georg Gadamer. Therefore, in the text there is an elaboration of theoretical bases which enable us to understand the educational phenomenon, assuming the dialogue as the first movement of its occurrence. Once this introduction is made, it should be said that this paper develops around the following question: considering the impossibility of universal groundings for education and the resulting requirement to constructing legitimacy through discursivity, what implications can the dialogue conceptions presented in the philosophical theories of Levinas and Gadamer bring to the understanding of educational phenomenon? In order to answer this question rightly, observing the prior conjectures already mentioned, the text is organized around four important concepts which are articulately investigated together: sensibility, subjectivity, language and education. Each chapter is organized regarding one of these four concepts.Through these chapters is possible to observe a progressive elaboration of the final thesis, which is presented in two articulate stages: firstly as a conceptual dialogue between Levinas and Gadamer, who never had such oncoming in life; from this approach between both authors, derives the idea of dialogue that justifies the concept of education presented in the text. The concept of sensibility provides the title to the chapter that explores it in a direct articulation with the aesthetic experience, reaching one of the richest ideas of this study: openness, term often used by Gadamer and rather close to the Levinasian idea of welcome. The concept of subjectivity is explored in the second chapter, from the limits of modern philosophy of consciousness, to the openness to intersubjectivity as the condition so that it is possible to talk about a conception of subject. After the initial approach about sensibility and the attitude taken towards subjectivity based on intersubjectivity, a condition of originality that the dialogue takes in human relations starts to be justified. The third chapter aims to explain the concept of language, articulating authors referring to the philosophical movement of the linguistic turn up to the proposal of an ethical character of language: the dialogue as inaugural of ethics and, consequently, as first movement in education. The final chapter dedicates to summarize these four concepts in favor of what is formulated in the research question as “comprehension of educational phenomenon”. Thus, the text culminates presenting a conception of education which arises from the openness to the other revealed in the dialogue, and which has its occurrence marked by the possibility of the subject to constitute itself in the educative relation established.Read in a transversal way, the text enables us to perceive that: a) at the beginning of each chapter the debate context about the concept under discussion is presented, indicating the problems concerning education; b) at the second and third part of each chapter the aforementioned concepts from Levinas and Gadamer works are explored, respectively; c) at the fourth part of each chapter the first stage of the thesis elaboration takes place, which is the construction of a dialogue between the two authors referred; d) and, finally, at the last stage of each chapter, the concepts are applied to the reflection about the educational phenomenon until it culminates in the final thesis of this work. This whole work is presented as a theoretical study about the issue, built from a conceptual philosophic referential which was understood and applied so as to justify a comprehension about education. It is not an elaboration of a pedagogical proposal to be implanted. Instead, this work intends to be a philosophical description of a human phenomenon: the education. As such, the thesis does not point out for actions to be made, but describes and analyzes conceptually which movements can be recognized as educative action. The educational phenomenon can be understood, through this study, as a human event that: a) starts to manifest itself from an encounter between subjects who set up, in openness, into a conversation; and b) creates conditions so that each subject is able to elaborate their life experiences so as to provide a human sophistication from sensibility to rationality. / O texto Educação, ética e diálogo desde Levinas e Gadamer, apresentado como tese doutoral junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-RS, propõe-se a investigar as relações entre educação e diálogo, a fim de perscrutar uma concepção de educação aqui concebida como inseparável de sua condição ética. Admitindo a inexistência de quaisquer fundamentos universais que sustentem a educação, e quaisquer finalidades predeterminadas que orientem a ação educativa, o texto toma a direção teórica em favor de uma discursividade ética como via de legitimidade do discurso educacional. E este percurso teórico tem uma opção clara nas concepções de diálogo trazidas por dois filósofos: Emmanuel Levinas e Hans-Georg Gadamer. Portanto, ao longo do texto encontra-se a elaboração de bases teóricas que possibilitem a compreensão do fenômeno educacional, assumindo o diálogo como movimento primeiro de seu acontecimento. Feitas essas considerações, cabe dizer que o presente trabalho orienta-se em torno da seguinte questão: considerando-se a impossibilidade de fundamentos universais para a educação e a consequente exigência de construção de legitimidade via discursividade, que implicações as concepções de diálogo apresentadas nas teorias filosóficas de Levinas e Gadamer podem trazer para a compreensão do fenômeno educacional? A fim de responder adequadamente à questão apontada, observando os pressupostos já referidos, o texto organiza-se em torno de quatro grandes conceitos que são explorados articuladamente entre si: sensibilidade, subjetividade, linguagem e educação. Em torno de cada um destes quatro conceitos é organizado um dos capítulos da tese.Ao longo destes capítulos observa-se uma elaboração gradual da tese final, que se apresenta em duas etapas articuladas: primeiramente como diálogo conceitual entre Levinas e Gadamer, dois autores que em vida não tiveram tal aproximação; desta aproximação entre os autores, deriva a concepção de diálogo que justificará a concepção de educação apresentada ao longo do texto. O conceito de sensibilidade dá título ao capítulo que o explora em articulação direta com a experiência estética e chega até uma das ideias mais caras a este estudo: a abertura, termo recorrentemente utilizado por Gadamer e bastante próximo da ideia levinasiana de acolhida. O conceito de subjetividade é explorado no segundo capítulo desde os limites da filosofia moderna da consciência, até a abertura à intersubjetividade como condição para que se possa ainda tratar de uma concepção de sujeito. Com a abordagem inicial sobre a sensibilidade e o posicionamento dado à subjetividade a partir da intersubjetividade, começa-se a justificar uma condição de originalidade que o diálogo toma nas relações humanas. O terceiro capítulo explora o conceito de linguagem, articulando os autores de referência ao movimento filosófico do giro linguístico até a proposição de um caráter ético da linguagem: o diálogo como inaugural da ética e, por conseguinte, como movimento primeiro na educação. O capítulo final dedica-se a fazer a síntese dos conceitos já abordados em favor do que é tratado na questão de pesquisa como “compreensão do fenômeno educacional”. Deste modo, o texto culmina apresentando uma concepção de educação que se origina da abertura a outrem manifesta no diálogo, e que tem seu acontecimento marcado pela possibilidade que dá ao sujeito de formar-se na relação educativa estabelecida.Se lido de modo transversal, o texto permitirá perceber que: a) ao início de cada capítulo é apresentado um contexto de debate sobre o conceito em voga, apontando a problemática atinente à educação; b) na segunda e terceira partes de cada capítulo exploram-se os conceitos mencionados a partir das obras de Levinas e de Gadamer, respectivamente; c) na quarta parte de cada capítulo dá-se a primeira etapa de formulação de tese, que é a construção de diálogo entre os dois autores de referência; d) e, por fim, na última etapa de cada capítulo, os conceitos são aplicados à reflexão sobre o fenômeno educacional até culminar com a tese final do trabalho. Todo o trabalho apresenta-se como um estudo teórico sobre o tema, construído a partir de um referencial conceitual filosófico que foi interpretado e aplicado de modo a justificar uma compreensão sobre a educação. Não se trata da elaboração de uma proposta pedagógica a ser implantada. Antes disso, o trabalho propõe-se a ser uma descrição filosófica sobre um fenômeno humano: a educação. Como tal, a tese não aponta ações a serem praticadas, mas descreve e analisa conceitualmente quais movimentos podem ser reconhecidos como ação educativa. O que se compreende por fenômeno educacional, a partir deste estudo, é um acontecimento humano que: a) principia a manifestar-se a partir de um encontro entre sujeitos que se põe, em abertura, numa conversação; e b) promove condições para que cada sujeito seja capaz de elaborar as experiências vividas de modo a, assim, proporcionar um refinamento humano desde a sensibilidade até a racionalidade.
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Dar la mano sobre algunos trazos y trances del poema en el pensamiento de la alteridad: Levinas, Celan y DerridaCabrera, Honatan Fajardo January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Según Paul Celan el poema está de camino quizás al otro totalmente otro, experiencia imposible en la exposición a las alteridades que imanta las lecturas de Emmanuel Levinas en Paul Celan De l’être à l’autre(1972) y de Jacques Derrida en Schibboleth pour Paul Celan (1986) y Béliers le dialogue ininterrompu: entre deux infinis, le poème (2003). Sin ignorar las rupturas, la distancia, la pasión de verdad indesligable del secreto sin secreto, el cortante quiasma que solicita portar sin reposo, a la vez que dejarse portar por el otro, a la vera del fin y del otro lado del mundo, en el interminable giro de aliento dictado, hiperbolizado, virado, contrafirmado en la antecedencia de cualquier otro totalmente otro, el peregrinaje del poema, irreductible a la autosuficiencia soberbia de lo bello, a la autotelia, aventura en la inaprensible errancia meridional de las cenizas a la abertura irremediable del pensamiento a lo que arriba, en memoria de lo que in-finitamente nutre el por venir aquí y ahora. spa / Segundo Paul Celan o poema está de caminho quiçá ao outro totalmente outro, experiência impossível na exposição à alteridade que imanta as leituras de Emmanuel Levinas no Paul Celan De l’être à l’autre (1972) e de Jacques Derrida no Schibboleth pour Paul celan (1986) e Béliers le dialogue ininterrompu: entre deuxinfinis, le poème (2003). Sem esquecer as rupturas, a distancia, a paixão de verdade inseparável do segredo sem segredo, o cortante quiasma que solicita portar sem repouso ao outro, ao mesmo tempo em que se deixar portar pelo outro, à beira do fim e do outro lado do mundo, na interminável mudança de alento ditada, hipérboliçada, virada, contra-assinada na antecedência de qualquer outro totalmente outro, a peregrinagem do poema, irredutível à auto-suficiência soberbia do belo, à autotelia, aventura na inapreensível errancia meridional das cinzas à abertura irremediável do pensamento ao que vem, na memória do que in-finitamente nutre o por vir aqui e agora.
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O sujeito é de sangue e carne: a sensibilidade como paradigma ético em Emmanuel LevinasSantos, Luciano Costa January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Une lecture qui parcourt la pensée de Emmanuel Levinas permet de refaire et d’articuler ses traits et moments principaux, et par ce cheminement nous cherchons d’approfondir le sens éthique de la subjectivité comme responsabilité pour l’Autre ou l’un-pourl’Autre, et de montrer que l’humain s’ouvre par la possibilite extraordinaire du fait que l’altérité de l’Autre puisse intervenir dans le sujet avant même de sa propre identité pour soi-même. Le point aigu de cette thèse cherche à soutenir que le sens éthique de la subjectivité n’apparaît pas suffisamment sans une exhaustive référence à sa sensibilité et son incarnation. Cette articulation nodale entre éthique et incarnation ou entre responsabilité et sensibilité se montre avec patence à partir des descriptions de l’arc de constitution de la subjectivité, soit comme être pour-soi par la jouissance et l’appropriation économique des choses du monde, soit comme l’un-pour-l’Autre susceptible d’être affecté par l’altérité d’autrui et de lui répondre par le don de ses ressources et, en dernière instance, par le don de soi-même, compte tenu du fait que le sujet se constitue en premier chef par la jouissance et la possession. Cette affectabilité inscrite dans la sensibilité humaine comme responsabilité qui la rend non-indifférente à la différence de l’Autre avant même son propre pouvoir de décision, est décrite par Levinas comme “vulnérabilité” et trouve dans la maternité son analogon par excellence. fre / Numa leitura itinerante do pensamento de Emmanuel Levinas, que refaz e articula seus principais momentos, intentamos aprofundar o sentido ético da subjetividade enquanto responsabilidade pelo Outro ou um-para-o-Outro, mostrando que o humano se abre com a possibilidade extraordinária de que a alteridade do Outro venha a contar para o sujeito antes que a sua própria identidade para si mesmo. O ponto agudo deste projeto é sustentar que o sentido ético da subjetividade não emerge de modo suficiente sem uma exaustiva referência à sua dimensão sensível e encarnada. Esta articulação nodal entre ética e encarnação, ou responsabilidade e sensibilidade, torna-se patente à medida em que se descreve o arco de constituição da subjetividade, quer como ser para-si, no gozo sensível e na apropriação econômica das coisas do mundo, quer como um-para-o-Outro, na suscetibilidade a ser afetado pela alteridade de outrem e responder por ela com o dom dos próprios recursos ou, em última instância, com o dom de si mesmo, uma vez que o sujeito primariamente se constitui a partir do que ele frui e tem. Esta afetabilidade responsiva inscrita na sensibilidade humana, que a torna não-indiferente à diferença do Outro antes de seu próprio poder de decisão, é descrita por Levinas com o termo “vulnerabilidade” e encontra na maternidade o seu analogon por excelência.
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Grandeza e falsidade da arte: a questão estética na obra de Emmanuel LevinasCastro, Mauro César de January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / The present work has as its aim to investigate the constitution of the aesthetic question in the Levinas’ work. Levinas presents a precise antiaesthetic critic from the association between arts, exotism and idolatry. Arts would be the field of silence, of image, of the return to the same, what leads to a denial of the subject and of ethics. On the other hand, Levinas suggests a kind of “redemption” of arts throughout the criticism, converging aesthetics and ethics. The present works aims to investigate the recurrences, continuities, unfoldings and ruptures in the dealing with the aesthetic question in several texts by Levinas, taking as an hypothesis the interpretation that the positive and negative approaches towards aesthetics converge in Levinas’ work. In the first chapter, it is emphasized the musicality of the work of art and the phenomenon of exotism; in the second its plasticity and the phenomenon of idolatry; in the third, the concepts of work and art criticism as the possibility of convergence between ethics and aesthetics. / O presente trabalho tem por objetivo investigar a constituição da questão estética na obra de Levinas. Levinas apresenta uma austera crítica antiestética a partir da associação entre arte, exotismo e idolatria. A arte seria o campo do silêncio, da imagem, da estátua e do retorno ao mesmo, o que se traduz em negação do sujeito e da ética. Por outro lado, Levinas sugere uma certa “redenção” da arte através da crítica, fazendo convergir estética e ética. O presente trabalho pretende averiguar as recorrências, continuidades, desdobramentos ou rupturas no trato da questão estética nos diversos textos de Levinas e toma como hipótese a interpretação de que as valorações positiva e negativa convivem ao longo de toda sua obra. No primeiro capítulo, enfatiza-se o caráter de musicalidade da obra de arte e o fenômeno do exotismo; no segundo, sua plasticidade e o fenômeno da idolatria; no terceiro, os conceitos de obra e de crítica da arte como possibilidade de convergência entre estética e ética.
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Ética e política em Levinas: um estudo sobre alteridade, responsabilidade e justiça no contexto geopolítico contemporâneoCosta, José André da January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Le travail étudie la relation entre l’éthique et la politique à partir de la catégorie de l’Alterité chez Levinas. Dans les oeuvres : «Entre Nous, Totalité et Infinit, Autrement qu’être ou au – delà de l’essence et Difficile liberté apparaissent l’Éthique, la Politique et la Sociabilité comme des thèmes articulés. Dans ces oeuvres le «face-à-face» est vu pas en soi même. S’il était vu de lui - même, il ne viabiliserait pas le penser avec l’autre et aussi ne serait pas possible penser l’édification d’une société humaine. L’Éthique prescrit une politique et un droit. Le principe pour cette réalisation est la philosophie de l’alterité. L’éthique comme philosophie première est le respect à l’alterité de l’autre. La responsabilité par l’autre exige replacer l’autonomie dans un nouveau palier de la pensée. Le Moi n’a jamais existé ni existera dans une indépendance absolue d’autonomie totale. Le sujet est historique et social ; nait toujours dans une relation pluriel. C’est l’alterité qui rend possible la constitution du Moi. Se l’autre n’existait pas, le Moi perdrait la condition de possibilité de son exister en tant que sujet historique. L’éthique est vue, alors, comme la dimension capable de restruturer les relations humaines à partir du respect alterité de chaque membre de la relation. L’éthique moderne de l’autonomie ferme les portes pour l’alterité. Dans l’analyse de Levinas, un des problèmes soulevé, à propos de la critique au sujet autonome de la modernité, c’est que l’alterité se présenté à lui en étant identique aux autres choses, il n’y a pas de differensation entre autri et les autres objets. L’Autre n’est pas une position du Moi – mais une interpellation permanente. La présence de l’autre devant le Moi, dans la perspective de l’autonomie moderne, c’est une présence subjuguée et dominée. Levinas a fait une alerte dans l’oeuvre Totalité et Infinit, en disant que le face à face, de lui-même, il ne rendrait pas possible le penser, l’édification de la sociabilité humaine. C’est dans cet aspect que l’éthique proposée par Levinas a une prescription politique. Après identifier les conditions dans lesquelles se donne l’opposition et l’actualisation de l’éthique, de la politique et de la sociabilité, plus facilement on comprend comment on justifie l’éthique et la politique chez Levinas. La symétrie qui marque la relation avec l’alterité d’Autrui exige repenser les notions de régulation égalitarisme, sociabilité et émancipation. La pluralité objective est la marque des relations humaines et les caractérise comme rencontre pluriel. La politique «se passe» avec l’arrivée du tiers, sur les paramètres en ce qui concerne l’organisation de la Pluralité humaine. La justice arrive avec la nécessité de comparer l’Autre au tiers. La rencontre polarise dans l’être, mais dans le mouvement de ce qui va vers l’Autre pour instaurer la paix et la justice. Pour Levinas celle-ci serait la source de légitimé de l’État ; et si l’État n’accomplissait pas cette vocation, s’il ne permettait pas les relations interpersonnelles ou s’il occupait leurs place, il serait illégitime. La politique est le moment en que le Moi s’ouvre à l’alterité de l’autre, en restant en garde de la responsabilité par l’Autre dans la relation du face-à-face. La politique commence dans l’instant où la subjectivité humaine pleinement alerte de sa responsabilité par l’autre, par le face-à-face, prend la conscience du tiers. Cela signifie faire une déposition du sujet autonome de la modernité de son pouvoir de légiférer les principes qui gouvernent la dimension de la justice. / O trabalho investiga a relação entre ética e política a partir da categoria de Alteridade em Levinas. Nas obras Entre Nós, Totalidade e Infinito, De Otro modo que ser o más allá de la Esencia e a Difícil Liberdade aparecem a Ética, a Política e a Sociabilidade como temas articulados. Nestas obras o “face a face” é visto não em si mesmo. Se fosse visto por si só, não possibilitaria o pensar com o outro e também não seria possível pensar a edificação de uma sociedade humana. A Etica prescreve uma política e um direito. A proposta para esta realização é a filosofia da alteridade. A ética como filosofia primeira é o respeito à alteridade do outro. A responsabilidade pelo outro exige reposicionar a autonomia num novo patamar do pensamento. O Eu nunca existiu nem existirá numa independência absoluta de autonomia total. O sujeito é histórico e social nasce sempre numa relação plural. É a alteridade que possibilita a constituição do Eu. Se o Outro não existisse, o Eu perderia a condição de possibilidade de seu existir enquanto sujeito histórico. A ética é vista, então, como a dimensão capaz de reestruturar as relações humanas a partir do respeito pela alteridade de cada membro da relação. A ética moderna da autonomia fecha as portas para a alteridade. Na análise de Levinas um dos problemas levantados, a propósito da crítica ao sujeito autônomo da modernidade, é que a alteridade se apresenta a ele como sendo idêntica às outras coisas, não há diferenciação entre o Outro e os demais objetos. O Outro não é uma posição do Eu – mas uma interpelação permanente. A presença do Outro diante do Eu, na perspectiva da autonomia moderna, é uma presença subjugada e dominada. Levinas fez um alerta na obra Totalidade e Infinito, dizendo que o face a face, por si só, não possibilitaria o pensar a edificação da sociabilidade humana, é neste aspecto que a ética proposta por Levinas tem uma prescrição política. Após identificar as condições nas quais se dá o confronto e a atualização da ética, da política e da sociabilidade, mais facilmente compreende-se como se justifica a ética e a política em Levinas. A assimetria que marca a relação com a alteridade do Outro exige repensar as noções de regulação, igualitarismo, sociabilidade e emancipação. A pluralidade concreta é a marca das relações humanas e as caracteriza como encontro plural. A política “acontece” com a chegada do Terceiro, sobre os parâmetros que dizem respeito à organização da Pluralidade humana.A justiça acontece com a necessidade de comparar o Outro ao Terceiro. O encontro tem sentido como realização da Justiça. A significância que motiva o agir ético não está mais polarizado no ser, mas no movimento do que vai em direção ao Outro para instaurar a paz e a justiça. Para Levinas esta seria a fonte de legitimidade do Estado; e se o Estado não cumprisse esta vocação, se não permitisse as relações interpessoais ou ocupasse o lugar delas ele seria ilegítimo. A política é o momento em que o Eu se abre à alteridade do outro, ficando em alerta da responsabilidade pelo Outro na relação do face a face. A política começa no instante em que a subjetividade humana plenamente alerta de sua responsabilidade pelo outro, pelo face a face, toma consciência da presença do Terceiro. Isto significa fazer uma destituição do sujeito autônomo da modernidade do seu poder de legislar os princípios que regem a dimensão da justiça.
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