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Dermatofitoses : estudo de 16 anos na região metropolitana no Sul do BrasilHeidrich, Daiane January 2013 (has links)
Introdução: os dermatófitos afetam 40% da população mundial, e no sul do Brasil encontrase o maior número de portadores de HIV/habitante do país, sendo necessário, portanto, um controle epidemiológico desses fungos. Objetivo: determinar a prevalência dos dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre, Brasil, e comparar as espécies a partir dos dados dos pacientes. Métodos: foi realizado um estudo transversal com dados de pacientes atendidos em hospital de referência, no período de 1996-2011, sendo que as análises estatísticas utilizadas para cada objetivo específico do trabalho foram: regressão linear simples (determinar o comportamento da prevalência ao longo dos anos); Qui-quadrado (comparar a prevalência dos fungos entre o gênero masculino e feminino); Mann-Whitney U (comparar a idade dos pacientes entre os gêneros); Kruskal-Wallis (comparar a idade dos pacientes entre as espécies de dermatófitos); Qui-quadrado corrigido por Bonferroni (comparar a proporção étnica dos casos acometidos por cada espécie com a proporção amostral) e teste exato de Fisher/análise de resíduos (determinar as diferenças entre os locais anatômicos afetados pelos fungos). Em todas as análises, foi considerado =0,05. Resultados: foram obtidos 14.214 casos positivos no exame micológico cultural, sendo que 9.048 foram positivos para dermatófitos, o que torna este o maior estudo epidemiológico sobre dermatofitoses do país. Trichophyton rubrum ocorreu em 59,6% dos casos, seguido de T. interdigitale (34%), Microsporum canis (2,6%), Epidermophyton floccosum (1,5%), M. gypseum (1,3%), T. tonsurans (0,9%) e T. violaceum (1 caso). Para T. interdigitale, E. floccosum, T. rubrum e M. canis, os coeficientes angulares das regressões lineares foram +1,119, +0,211, -0,826 e -0,324% ao ano, respectivamente. No gênero masculino verificou-se maior prevalência de infecção (79,3% versus 54,9%), porém as mulheres acometidas apresentaram idade superior aos homens. T. interdigitale e M. canis foram mais frequentes em pacientes caucasianos, enquanto T. rubrum acometeu menos pacientes pardos do que o esperado. Tinea unguium foi a dermatofitose mais prevalente (48,5%), sendo as unhas dos pés mais acometidas do que as unhas das mãos (94,4% versus 4,1%), seguida de tinea pedis (33,1%), corporis (6,8%), cruris (5,9%), manuum (2,4%), capitis e facie (1,5% cada) e barbae (0,07%). T. rubrum foi o fungo predominante em todas as regiões do corpo, exceto no couro cabeludo, em que M. canis foi responsável por 75% dos casos. As maiores associações positivas para cada espécie foram: T. rubrum (região inguinal); T. interdigitale e E. floccosum (pele dos pés); M. canis e T. tonsurans (couro cabeludo); M. gypseum (face). Conclusão: este estudo corrobora os demais estudos da região quanto à distribuição dos dermatófitos, sendo T. rubrum a espécie mais comum. T. tonsurans apresenta baixíssima prevalência, diferentemente de outros estados brasileiros, onde esse fungo está entre os primeiros do ranking. Porém, este estudo mostrou diferença entre homens e mulheres quanto à idade e à prevalência na infecção por dermatófitos. Além disso, observamos uma diminuição na prevalência de T. rubrum e M. canis, acompanhada de um aumento de T. interdigilate e E. floccosum. Nesse sentido, é preciso haver mais estudos epidemiológicos na região para o devido acompanhamento e controle da evolução das dermatofitoses. / Background: dermatophytes affect 40% of the world population. In Brazil, largest number of patients with HIV/inhabitant occurs in the south, requiring epidemiological control of these fungi. Objective: to determine the prevalence of dermatophytes in the metropolitan area of Porto Alegre, Brazil, and to compare species based on patient data. Methods: we conducted a cross-sectional study with data of patients from a highly respected hospital 1996-2011. The statistical analyses performed for each specific objective were: Simple linear regression (to determine the prevalence of behavior over the years), Chi-square (to compare prevalence of fungi between the genders), Mann-Whitney U (to compare patients' age between the genders), Kruskal-Wallis (to compare the ages of pacients among species of dermatophytes); Chi-square corrected by Bonferroni (to compare ethnic proportion of cases affected by each species with the sample proportion), Fisher's Exact Test / Analysis waste (to determine differences between anatomical sites affected by fungi). In all analyses, = 0.05 was considered. Results: were obtained 14,214 cases mycological culture-positive, being 9,048 cases positive for dermatophytes, making this work the largest epidemiological study of dermatophytosis in the country. Trichophyton rubrum occurred in 59.6% of cases, followed by T. interdigitale (34%), Microsporum canis (2.6%), Epidermophyton floccosum (1.5%), M. gypseum (1.3%), T. tonsurans (0.9%) and T. violaceum (1 case). The slopes of the linear regressions, for T. interdigitale, E. floccosum, T. rubrum and M. canis, were +1.119, +0.211, -0.826 and -0.324% per year, respectively. Males presented higher prevalence of infection (79.3% versus 54.9%), but women were older than men. T. interdigitale and M. canis were most prevalent in Caucasians and T. rubrum was less prevalent in brown people than expected. Tinea unguium was more prevalent of the dermatophytosis (48.5%) being toenails more affected than fingernails (94.4% vs. 4.1%), followed by tinea pedis (33.1%), corporis (6.8%), cruris (5.9%) manuum (2.4%), facie and capitis (1.5% each one) and barbae (0.07%). T. rubrum was the predominant fungus in all regions of the body except in the scalp where M. canis was the responsible for 75% of the cases. The species with the highest positive associations were: T. rubrum (groin); T. interdigitale and E. floccosum (skin of the feet); M. canis and T. tonsurans (scalp); M. gypseum (face). Conclusion: this study corroborates other similar studies in the region related to the distribution of dermatophytes, being T. rubrum the most common species followed by T. interdigitale, and being T. tonsurans the one that presents a very low prevalence, unlike other States. However, this study showed gender differences in relation to age and prevalence of the infection by dermatophytes. Moreover, we observed a decrease in the prevalence of T. rubrum and M. canis and an increase of T. interdigilate and E. floccosum. In this sense, the continuation of epidemiological studies in the region is necessary for monitoring and controlling the evolution of dermatophytosis.
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Determinantes do déficit antropométrico em crianças menores de 5 anos de idade em Tete- Moçambique. Uma abordagem hierarquizadaDaniel, Jonas Baltazar 19 December 2014 (has links)
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Dissertação_Nut_ Jonas Baltazar Daniel.pdf: 825221 bytes, checksum: 1e3a8dc60431c11847f5024b3f235852 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-04-20T12:44:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Dissertação_Nut_ Jonas Baltazar Daniel.pdf: 825221 bytes, checksum: 1e3a8dc60431c11847f5024b3f235852 (MD5) / OBJETIVO identificar os fatores determinantes do déficit de crescimento ponderal e linear em crianças menores de 5 anos de idade. MÉTODOS Estudo transversal com dados secundários de estudo realizado em 2012, em quatro distritos Angonia, Tsangano, Magoe e Changara na província de Tete em Moçambique, que envolveu 628 crianças. Utilizou-se a técnica de regressão polinomial e abordagem hierarquizada para determinar os fatores associados aos déficits ponderal e linear. RESULTADOS A prevalência do déficit ponderal moderado e grave foi 19,3% e para altura para a idade foi de 41,9%. No nível básico a posse de 0 a 1 bem material durável se associou com o déficit leve do peso em relação á idade (OR;1,46: IC: 1,02-2,11) e o tercil de posse de 0 a 1 bem aumentou em 2,71 (IC: 1,23-5,96) e em 3,12 vezes (IC: 1,40-7,00) o déficit linear leve e moderado/grave, respectivamente. A falta de acesso á terra pelo agregado familiar aumentou em 98% (IC: 1,02-3,83) a prevalência do déficit leve do indicador peso para a idade. Os fatores situados no nível intermediário da determinação, após o ajuste pelas variáveis do nível básico, revelaram que a ausência de latrina no domicilio elevou em 2,01 vezes (IC: 1,09-3,70) o déficit moderado e grave do peso e ter latrina não melhorada elevou em 2,17 vezes (IC: 1,02-4,61) a forma moderada/grave do déficit da altura/idade. O nível de escolaridade primária materna (OR; 2,38: IC: 1,11-5,10) também se associou com a forma leve da deficiência ponderal. No nível imediato da hierarquia foram identificadas que a desparasitação da criança (OR; 1,91: IC: 1,07-3,40) considerada neste estudo como proxy da morbidade parasitária e a tosse (OR; 2,42: IC: 1,49-3,93) se associaram com os déficits moderado e grave do peso em relação a idade. Registrou-se ainda que as crianças que não consumiam leite materno tiveram déficits 1,91 vezes mais elevado (IC: 1,04-3,52) de deficiência no crescimento linear, quando comparado com aquele de crianças que mamavam ao peito no momento da entrevista. Conclusões: Assim, pode-se concluir que nos países onde as condições precárias de vida marcantes, os fatores determinantes da saúde e nutrição na infância se inter-relacionam em diferentes níveis de hierarquia e, as condições sociais e econômicas determinam o padrão inadequado de acesso e consumo de bens materiais de subsistência que juntos constroem o perfil de risco para o estado de saúde e doença nesta população.
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Níveis de TSH e sintomas depressivos em mulheres acima de 35 anos do Município do Rio de Janeiro / TSH levels and depressive symptoms in women over 35 years in the Rio de Janeiro City.Joanna Miguez Nery Guimarães 24 April 2007 (has links)
Alguns estudos vêm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depressão; entretanto, esta associação é ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalência de sintomas depressivos numa amostra probabilística de mulheres e investigou se existe uma associação entre níveis de TSH e a presença de sintomas
depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no município do Rio de
Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilística por
conglomerado, em três estágios de seleção, tendo por base os setores censitários do município. A função tireoidiana foi medida pelo TSH sérico, a partir das amostras coletadas
no domicílio. Para avaliação da presença/ausência de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram também coletados dados sócio demográficos e outras informações de saúde da participante. A prevalência de sintomas depressivos, frequências e associações foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos específicos do pacote SAS (versão 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de não-resposta
igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalência de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relação aos níveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (≥6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A análise ajustada mostrou que mulheres com nível de TSH≥6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da análise as participantes que auto-referiram diagnóstico prévio de doença tireoidiana, a associação entre níveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significância. Concluindo, foi observada alta prevalência de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com níveis elevados de TSH. Os resultados chamam atenção para a importância de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana. / Some studies have been indicating that hypothyroidism is a risk factor for depression; however, this association is still controversial. The present study estimated the prevalence of
depressive symptoms in a probabilistic sample of women and investigated whether there was any association between thyroid-stimulating hormone (TSH) levels and the presence of
depressive symptoms. A cross-sectional population-based study was carried out and sample of women aged 35 years and over living in the municipality of Rio de Janeiro (RJ) was
evaluated. They were interviewed and blood samples were taken. The sample design proposed for this study followed a model of probabilistic sampling by clusters, with three selection
stages based on the census tracts of municipality. Thyroid functions was measured from serum TSH levels, using samples collected in the subjects homes. To assess the presence/absence of depressive symptoms, a standardized validated instrument (PRIME-MD) was used. Sociodemographic data and other information on participants health were also
gathered. The prevalence of depressive symptoms, frequencies and associations were calculated while taking into account the design of this complex sample, using specific
procedures from the SAS statistical package (version 9.1). Out of a sample of 1500 women, 1298 were interviewed. The no-response rate was 13.5%. The final sample was composed of
1249 participants, among whom a prevalence of depressive symptoms of 45.9% was found. Regarding TSH levels, 4.8% of the sample was above the cutoff point adopted (≥6.0 mUl/ml).
Of these, 61.9% presented depressive symptoms, versus 44.9% among the women with TSH <6.0 (p=0.04). The adjusted analysis showed that the women with TSH levels ≥ 6.0 had twice as much chance of presenting depressive symptoms as did those with normal TSH levels (OR= 2.04). when the participants who self-reported a previous diagnosis of thyroid disease were excluded from the analysis, the association between TSH levels and depressive symptoms lost its significance. High prevalence of depressive symptoms was observed in the sample, specially among the group with high TSH levels. The results draw attention towards the importance of investigating thyroid comorbidity in depressed patients.
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Aptidão física relacionada à saúde associada a fatores sociodemográficos e maturação sexual em adolescentes brasileiros de origem étnica germânicaMinatto, Giseli January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. / Made available in DSpace on 2012-10-26T12:26:15Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / A aptidão física é um importante marcador de saúde desde a infância e adolescência. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi verificar o perfil da aptidão física relacionada à saúde (composição corporal, aptidão muscular e aptidão cardiorrespiratória) de acordo com a idade cronológica e biológica (maturação sexual) e estimar a prevalência da baixa aptidão física e sua associação com os indicadores sociodemográficos (idade, zona de domicílio e nível econômico) controlados pela maturação sexual em adolescentes residentes em uma cidade de pequeno porte e de colonização germânica. Estudo epidemiológico seccional, de base escolar realizado com os adolescentes (10 a 17 anos) da rede pública de ensino de São Bonifácio, SC (n=277; 145 rapazes e 132 moças). Utilizou-se a bateria de testes FITNESSGRAM® para a mensuração e avaliação da composição corporal (percentual de gordura), flexibilidade (teste de senta e alcança modificado), força/resistência muscular (teste de abdominal e flexão de braços em suspensão modificado) e aptidão cardiorrespiratória (Vaivém # consumo máximo de oxigênio - VO2max). Sexo, idade cronológica, nível econômico e zona de domicílio foram coletados como variáveis independentes. A maturação sexual foi auto-avaliada por meio das pranchas de desenvolvimento dos pelos púbicos. Aplicaram-se os testes t de Student, ANOVA one-way e two-way, teste post hoc de Bonferroni e os equivalentes não paramétricos, teste U de Mann-Witney e Kruskal-Wallis. Foram estimadas as razões de chances (OR) e seus respectivos intervalos de confiança (IC95%) nos testes de regressão logística binária e multinomial. As freqüências relativas foram testadas por meio do teste de duas proporções. A prevalência de adolescentes com baixa aptidão física em todos os componentes simultaneamente foi de 74,6% para os rapazes e 88,5% para as moças (p=0,01). As moças apresentaram maiores médias de percentual de gordura corporal e de flexibilidade (p<0,01), enquanto os rapazes apresentaram melhor (p<0,01) desempenho nos testes de flexão de braços e vaivém. O percentual de gordura corporal, nos rapazes, diferiu entre os estágios maturacionais, sendo a diferença de 11,4% no estágio P1 (p=0,04) e de 10,2% no P3 (p<0,01) em relação ao estágio P5. Na aptidão muscular, a flexibilidade no estágio P2 foi menor em 5,1cm comparado a P5 (p=0,03) e diferenças foram encontradas no teste de abominais (p=0,02) e para aptidão cardiorrespiratória (p<0,01). Nas moças, médias de VO2max foram mais baixas para as adolescentes nos estágios finais de maturação. Nas associações, as moças de 10-13 anos estiveram menos expostas a combinação do excesso de gordura corporal com a aptidão cardiorrespiratória baixa (OR=0,17; IC95%=0,07-0,46) em relação às de 14-17 anos e a baixos níveis de aptidão física nos três componentes comparadas aquelas com níveis satisfatórios (OR=0,09; IC95%=0,01-0,72). As adolescentes residentes na zona rural apresentaram maiores chances de ter as combinações do excesso de gordura corporal com a aptidão muscular baixa (OR=5,08; IC95%=1,31-19,80) e da aptidão muscular baixa com a aptidão cardiorrespiratória baixa (OR=5,49; IC95%=1,24-24,36) e maior exposição a dois (OR=9,53; IC95%=1,68-54,09) componentes baixos independentemente da combinação. Programas efetivos de intervenção são necessários para a promoção de mudanças no perfil da aptidão física relacionada à saúde dos adolescentes de São Bonifácio, SC, com especial atenção às moças de 14-17 anos e as residentes na zona rural.
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Indicadores antropométricos de obesidade e fatores sociodemográficos e de saúde associados à pressão arterial elevada em adultos de Florianópolis, Santa Catarina, BrasilSilva, Diego Augusto Santos January 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física / Made available in DSpace on 2013-03-04T18:36:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
308804.pdf: 2308579 bytes, checksum: 199fb38d0f8e1885e5fdef57886df000 (MD5) / Este estudo teve como objetivo analisar a associação de indicadores antropométricos de obesidade generalizada e central e fatores individuais sociodemográficos e de saúde com níveis pressóricos elevados em adultos de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Esta pesquisa faz parte do projeto EpiFloripa Adultos 2009, caracteriza-se como transversal, de base populacional com amostra de 1.720 adultos (20 a 59 anos de idade), de ambos os sexos, residentes na cidade de Florianópolis. A coleta de dados foi domiciliar e ocorreu entre setembro de 2009 e janeiro de 2010. As pressões arteriais, sistólica e diastólica, foram avaliadas por meio de um aparelho digital de pulso, devidamente calibrado. Os indicadores antropométricos de obesidade analisados foram o índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, razão circunferência da cintura-estatura (RCest), índice de conicidade (índice-C), percentual de gordura corporal (%G) estimado por meio de equações que consideram o IMC e a circunferência da cintura. Todos os indicadores antropométricos apresentaram boa capacidade preditiva para hipertensão, sendo que o IMC, a circunferência da cintura e a RCest foram os melhores indicadores. Valores elevados de %G e dos demais indicadores foram associados com a hipertensão. Os homens, sujeitos com cor de pele preta, faixa etária acima de 40 anos, tercil intermediário de renda per capita, escolaridade menor que 12 anos, inativos fisicamente, IMC > 25 kg/m², circunferência da cintura elevada e com percepção negativa do estado de saúde foram os grupos mais vulneráveis a apresentar hipertensão. O presente estudo sugere que indicadores antropométricos de obesidade generalizada e central apresentam poder discriminatório e magnitude de associação semelhante para hipertensão em adultos, e que fatores individuais passíveis de modificação microestruturais e macroestruturais estão fortemente associados à hipertensão arterial. / This study aimed to analyze the association between anthropometric indicators of general and central obesity and individual sociodemographic and health factors with high blood pressure among adults from Florianopolis, Santa Catarina, Brazil. This research is part of a project entitled EpiFloripa Adultos 2009, which is a cross-sectional population-based study with a sample composed of 1,720 adults (20-59 years) from both sexes living in the city of Florianopolis, SC, Brazil. Data were collected at home and occurred between September 2009 and January 2010. Systolic and diastolic blood pressure was evaluated by means of a digital pulse device, properly calibrated. Anthropometric indicators of obesity were analyzed using body mass index (BMI), waist circumference, waist-to-height ratio (WHtR), conicity index (C-index), body fat percentage (% BF) estimated by equations that consider BMI and waist circumference. All anthropometric indicators showed good predictive capacity for hypertension, and BMI, waist circumference and WHtR were the best indicators. High %BF values and other indicators were associated with hypertension. Men, subjects with black skin color, aged over 40 years, intermediate tertile of per capita income, educational level lower than 12 years, physical inactivity, BMI > 25 kg / m², high waist circumference and negative health state perception were the groups most vulnerable to show hypertension. The present study suggests that anthropometric indicators of general and central obesity have similar discriminatory power and magnitude of association for hypertension in adults, and that individual factors that can be micro structurally and macro structurally changed are strongly associated with hypertension.
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Violência contra o idoso e fatores associadosBolsoni, Carolina Carvalho January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2012 / Made available in DSpace on 2013-06-25T19:27:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
312612.pdf: 1434035 bytes, checksum: 660d37dc130b7d2d0fd0c78f277ec8f4 (MD5) / A proporção de pessoas com idade superior a 60 anos está crescendo mais rapidamente que qualquer outra faixa etária em todo o mundo. Além das perdas biológicas, psicológicas e sociais, o idoso se defronta com as dificuldades do ambiente onde vive e os locais que frequenta. Um tema que vem gerando preocupação é a violência contra o idoso, que no decorrer dos últimos anos, está começando a fazer parte das políticas destinadas a esta população, pois ela traz consequências graves aos mesmos. A dissertação teve como objetivo estimar a prevalência de violência contra idosos e fatores associados, a partir de um estudo transversal realizado na cidade de Florianópolis, SC nos anos de 2009 e 2010. Foram calculadas as prevalências de cada tipo de violência (psicológica, verbal, financeira e física) e verificada a prevalência da violência geral segundo as categorias das variáveis exploratórias. Em seguida, por meio da Regressão Logística, testaram-se os fatores associados à violência geral. Constatou-se que as mulheres relataram sofrer mais violência em relação aos homens. Solteiros(as) ou divorciados(as) apresentaram maior frequência do desfecho. Da mesma forma, a violência foi mais prevalente naqueles indivíduos menos escolarizados, com dependência moderada/grave para realizar suas atividades diárias e percepção de saúde ruim. Indivíduos que moravam sozinhos; com cuidador, filhos ou netos apresentaram maior proporção de violência. Desta forma enfatizamos que são necessárias políticas e planejamento que subsidiem e oferecem estruturas para que os idosos e seus familiares ou cuidadores possam ter um envelhecimento mais saudável, e que desta forma eles sejam menos vítimas de violência.<br> / Abstract : The proportion of people aged over 60 is growing faster than any other age group worldwide. Besides the loss biological, psychological and social, the elderly are faced with the difficulties of the environment where they live and the places he frequents. A topic that has generated concern is violence against the elderly, who over the past year, is beginning to be part of policies aimed at this population, because it brings serious consequences to them. The dissertation aimed to estimate the prevalence of violence against the elderly and related factors, from a cross-sectional study conducted in the city of Florianópolis, SC in 2009 and 2010. Prevalences were calculated for each type of violence (psychological, verbal, financial and physical) and verified the prevalence of violence under the general categories of explanatory variables. Then, by means of logistic regression, we tested the factors associated with violence in general. It was found that women reported experiencing more violence than men. Singles (s) or divorced (as) had a higher frequency of the outcome. Similarly, violence was more prevalent in those less educated individuals with moderate / severe dependency to perform their daily activities and perception of poor health. Individuals who lived alone, with caregivers, children or grandchildren had a higher proportion of violence. Thus we emphasize that policies are needed that support and planning and provide facilities for the elderly and their families or caregivers can have a healthier aging, and thus they are less victims of violence.
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Estilo de vida de acadêmicos de educação física da UFSCPacheco, Ricardo Lucas January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:24:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
322560.pdf: 988941 bytes, checksum: 69165c6d1363ed5245e7d3d5d57cb90c (MD5)
Previous issue date: 2013 / O estilo de vida é caracterizado por padrões de comportamentoidentificáveis que podem ter um efeito profundo na saúde dosseres humanos. Objetivou-se analisar o estilo de vida dosacadêmicos dos cursos de Educação Física da UniversidadeFederal de Santa Catarina ? Bacharelado e Licenciatura. Oestudo utilizou dois inquéritos, o primeiro com 236 acadêmicosde educação física, sendo 109 do sexo feminino, 127 domasculino, com 112 acadêmicos do Bacharelado e 124 daLicenciatura e o segundo com 757 acadêmicos de outros centrosde ensino, além dos da educação física. Para a avaliação doestilo de vida foi usado o questionário ?Estilo de Vida Fantástico?.Para a análise dos dados foi empregada a estatística descritiva epara verificar a associação do estilo de vida global e seusdomínios com o sexo e com a habilitação, foram realizados ostestes ?Qui-quadrado? e o teste ?Exato de Fisher?, sendoconsiderado um nível de significância de 5% (p<0,05). Para osegundo inquérito utilizou-se a regressão logística binária,ajustada pelas variáveis exploratórias (sexo, idade, trabalhoremunerado, escolaridade da mãe, turno de estudo e estadocivil), para estimativa do odds ratio e do intervalo de confiança de95%. Observou-se que o estilo de vida global apresentou índicede inadequação baixo, (3,0%), porém quando analisados os seusdomínios, foram encontrados altos valores de inadequação nosdomínios atividade física, (46%), nutrição, (18%), álcool, (44%),comportamento, (40,3%) e introspecção, (26%). Quandocomparado o estilo de vida e seus domínios com o sexo,encontrou-se inadequação do sexo feminino no estilo de vidageral (p= 0,04) e no domínio introspecção (p= 0,02), e do sexomasculino nos domínios álcool, (p= 0,01) e trabalho, (p= 0,01).Na comparação de estilo de vida e seus domínios com ahabilitação dos acadêmicos, foi encontrado índice deinadequação para os da Licenciatura no domínio atividade física,10(p= 0,05) e para os do Bacharelado no domínio sono, cinto desegurança, stress e sexo seguro, (p= 0,05). Na comparaçãodestes acadêmicos com os de outras áreas, acadêmicos do sexomasculino de: ciências exatas, agrárias, da terra e engenharias;ciências sociais aplicadas; e ciências humanas, linguística, letrase artes (p= 0,05) apresentaram maiores chances de inadequaçãono estilo de vida global. Nos domínios, nutrição, (p< 0,01), tabacoe tóxicos, (p< 0,01), e tipo de comportamento (p< 0,01),acadêmicos dos outros cursos apresentaram maior chance deinadequação, já no domínio álcool (p= 0,01), apresentarammenor chance de inadequação. Quanto ao sexo feminino,acadêmicas de outras áreas apresentaram, nos domíniosatividade física, (p< 0,01) e nutrição, (p= 0,02), maior chance deinadequação, ao passo que no domínio álcool, (< 0,01)apresentaram menor chance de inadequação. Tais achadospermitem concluir que existe inadequação no estilo de vidaglobal dos acadêmicos de educação física, mais especificamentenos domínios: atividade física; álcool; sono, cinto de segurança,stress e sexo seguro; introspecção e trabalho. <br> / Abstract : Lifestyle is characterized by identifiable behavior patterns thatmay have a deep effect over human health. The present studyaimed to analyze the Santa Catarina Federal University PhysicalEducation (PE) graduation students? lifestyle ? from both bachelorand teaching degrees. It was employed two investigations: thefirst one, with 236 PE students (109 females and 127 males) frombachelor degree (112) and teaching degree (124). The secondone investigated 757 academics from other university coursesother than the before mentioned PE students. The "FantasticLifestyle" questionnaire was employed in order to assess theacademics? lifestyle. In the data analysis, it was employeddescriptive statistics and, to verify the association between globallifestyle and its domains with sex and university coursehabilitation the ?Qui-square? and ?Fisher?s Exact? tests wereapplied, with a 5% (p<0,05) significance level. In the secondinvestigation, it was used the binary logistic regression, adjustedby the exploratory variables (sex, age, remunerated job, mother?seducation level, classes period and marital status) to estimate theodds ratio and the 95% confidence interval. It was observed thatthe global lifestyle showed low inadequacy levels (3,0%), but,when its dimensions were analyzed, it was found highinadequacy levels in the factors Physical Activity (46%), Nutrition(18%), Alcohol (44%), Behavior (40,3%) and Introspection (26%).When lifestyle and its dimensions were compared according tothe sex variable, women showed both inadequate global lifestyle(p=0.04) and Introspection factor (p=0.02), and men showedinadequate levels in two dimensions: Alcohol (p=0.01) and Work(p=0.01). When comparing lifestyle and its factors according tothe students? habilitation degrees, the teaching degree academicsshowed inadequacy levels in Physical Activity (p=0.05) and thebachelor degree students showed inadequate levels in theSleeping, Seatbelt, Stress and Safe Sex dimensions (p=0.05).When comparing the PE academics with other university12academics, teaching degree students showed inadequacy in thePhysical Activity factor (p=0.05) and bachelor degree academicshad inadequate levels in the Sleeping, Seatbelt, Stress and SafeSex dimensions (p=0.05). When comparing these students withacademics from other university courses, male students fromExact, Agro, Earth and Engineering sciences; Applied SocialSciences; Human, Linguistic, Language and Arts Sciences(p=0.05) showed higher probability of global lifestyle inadequacy.In the dimensions of Nutrition (p<0.01), Tobacco and Narcotics(p<0.01) and Behavior Type (p<0.01), non-PE students showedmore inadequacy probability. The female non-PE studentsshowed higher inadequacy probability in the Physical Activity(p<0.01) and Nutrition (p=0.02) dimensions, and lowerinadequacy probability in the Alcohol factor (p<0.01). Consideringthe present results, it is possible to infer that there is inadequacyin the PE students global lifestyle and also in the followingdimensions: Physical Activity, Alcohol, Sleeping, Seatbelt, Stressand Safe Sex; Introspection and Work.
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Níveis de TSH e sintomas depressivos em mulheres acima de 35 anos do Município do Rio de Janeiro / TSH levels and depressive symptoms in women over 35 years in the Rio de Janeiro City.Joanna Miguez Nery Guimarães 24 April 2007 (has links)
Alguns estudos vêm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depressão; entretanto, esta associação é ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalência de sintomas depressivos numa amostra probabilística de mulheres e investigou se existe uma associação entre níveis de TSH e a presença de sintomas
depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no município do Rio de
Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilística por
conglomerado, em três estágios de seleção, tendo por base os setores censitários do município. A função tireoidiana foi medida pelo TSH sérico, a partir das amostras coletadas
no domicílio. Para avaliação da presença/ausência de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram também coletados dados sócio demográficos e outras informações de saúde da participante. A prevalência de sintomas depressivos, frequências e associações foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos específicos do pacote SAS (versão 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de não-resposta
igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalência de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relação aos níveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (≥6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A análise ajustada mostrou que mulheres com nível de TSH≥6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da análise as participantes que auto-referiram diagnóstico prévio de doença tireoidiana, a associação entre níveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significância. Concluindo, foi observada alta prevalência de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com níveis elevados de TSH. Os resultados chamam atenção para a importância de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana. / Some studies have been indicating that hypothyroidism is a risk factor for depression; however, this association is still controversial. The present study estimated the prevalence of
depressive symptoms in a probabilistic sample of women and investigated whether there was any association between thyroid-stimulating hormone (TSH) levels and the presence of
depressive symptoms. A cross-sectional population-based study was carried out and sample of women aged 35 years and over living in the municipality of Rio de Janeiro (RJ) was
evaluated. They were interviewed and blood samples were taken. The sample design proposed for this study followed a model of probabilistic sampling by clusters, with three selection
stages based on the census tracts of municipality. Thyroid functions was measured from serum TSH levels, using samples collected in the subjects homes. To assess the presence/absence of depressive symptoms, a standardized validated instrument (PRIME-MD) was used. Sociodemographic data and other information on participants health were also
gathered. The prevalence of depressive symptoms, frequencies and associations were calculated while taking into account the design of this complex sample, using specific
procedures from the SAS statistical package (version 9.1). Out of a sample of 1500 women, 1298 were interviewed. The no-response rate was 13.5%. The final sample was composed of
1249 participants, among whom a prevalence of depressive symptoms of 45.9% was found. Regarding TSH levels, 4.8% of the sample was above the cutoff point adopted (≥6.0 mUl/ml).
Of these, 61.9% presented depressive symptoms, versus 44.9% among the women with TSH <6.0 (p=0.04). The adjusted analysis showed that the women with TSH levels ≥ 6.0 had twice as much chance of presenting depressive symptoms as did those with normal TSH levels (OR= 2.04). when the participants who self-reported a previous diagnosis of thyroid disease were excluded from the analysis, the association between TSH levels and depressive symptoms lost its significance. High prevalence of depressive symptoms was observed in the sample, specially among the group with high TSH levels. The results draw attention towards the importance of investigating thyroid comorbidity in depressed patients.
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Dermatofitoses : estudo de 16 anos na região metropolitana no Sul do BrasilHeidrich, Daiane January 2013 (has links)
Introdução: os dermatófitos afetam 40% da população mundial, e no sul do Brasil encontrase o maior número de portadores de HIV/habitante do país, sendo necessário, portanto, um controle epidemiológico desses fungos. Objetivo: determinar a prevalência dos dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre, Brasil, e comparar as espécies a partir dos dados dos pacientes. Métodos: foi realizado um estudo transversal com dados de pacientes atendidos em hospital de referência, no período de 1996-2011, sendo que as análises estatísticas utilizadas para cada objetivo específico do trabalho foram: regressão linear simples (determinar o comportamento da prevalência ao longo dos anos); Qui-quadrado (comparar a prevalência dos fungos entre o gênero masculino e feminino); Mann-Whitney U (comparar a idade dos pacientes entre os gêneros); Kruskal-Wallis (comparar a idade dos pacientes entre as espécies de dermatófitos); Qui-quadrado corrigido por Bonferroni (comparar a proporção étnica dos casos acometidos por cada espécie com a proporção amostral) e teste exato de Fisher/análise de resíduos (determinar as diferenças entre os locais anatômicos afetados pelos fungos). Em todas as análises, foi considerado =0,05. Resultados: foram obtidos 14.214 casos positivos no exame micológico cultural, sendo que 9.048 foram positivos para dermatófitos, o que torna este o maior estudo epidemiológico sobre dermatofitoses do país. Trichophyton rubrum ocorreu em 59,6% dos casos, seguido de T. interdigitale (34%), Microsporum canis (2,6%), Epidermophyton floccosum (1,5%), M. gypseum (1,3%), T. tonsurans (0,9%) e T. violaceum (1 caso). Para T. interdigitale, E. floccosum, T. rubrum e M. canis, os coeficientes angulares das regressões lineares foram +1,119, +0,211, -0,826 e -0,324% ao ano, respectivamente. No gênero masculino verificou-se maior prevalência de infecção (79,3% versus 54,9%), porém as mulheres acometidas apresentaram idade superior aos homens. T. interdigitale e M. canis foram mais frequentes em pacientes caucasianos, enquanto T. rubrum acometeu menos pacientes pardos do que o esperado. Tinea unguium foi a dermatofitose mais prevalente (48,5%), sendo as unhas dos pés mais acometidas do que as unhas das mãos (94,4% versus 4,1%), seguida de tinea pedis (33,1%), corporis (6,8%), cruris (5,9%), manuum (2,4%), capitis e facie (1,5% cada) e barbae (0,07%). T. rubrum foi o fungo predominante em todas as regiões do corpo, exceto no couro cabeludo, em que M. canis foi responsável por 75% dos casos. As maiores associações positivas para cada espécie foram: T. rubrum (região inguinal); T. interdigitale e E. floccosum (pele dos pés); M. canis e T. tonsurans (couro cabeludo); M. gypseum (face). Conclusão: este estudo corrobora os demais estudos da região quanto à distribuição dos dermatófitos, sendo T. rubrum a espécie mais comum. T. tonsurans apresenta baixíssima prevalência, diferentemente de outros estados brasileiros, onde esse fungo está entre os primeiros do ranking. Porém, este estudo mostrou diferença entre homens e mulheres quanto à idade e à prevalência na infecção por dermatófitos. Além disso, observamos uma diminuição na prevalência de T. rubrum e M. canis, acompanhada de um aumento de T. interdigilate e E. floccosum. Nesse sentido, é preciso haver mais estudos epidemiológicos na região para o devido acompanhamento e controle da evolução das dermatofitoses. / Background: dermatophytes affect 40% of the world population. In Brazil, largest number of patients with HIV/inhabitant occurs in the south, requiring epidemiological control of these fungi. Objective: to determine the prevalence of dermatophytes in the metropolitan area of Porto Alegre, Brazil, and to compare species based on patient data. Methods: we conducted a cross-sectional study with data of patients from a highly respected hospital 1996-2011. The statistical analyses performed for each specific objective were: Simple linear regression (to determine the prevalence of behavior over the years), Chi-square (to compare prevalence of fungi between the genders), Mann-Whitney U (to compare patients' age between the genders), Kruskal-Wallis (to compare the ages of pacients among species of dermatophytes); Chi-square corrected by Bonferroni (to compare ethnic proportion of cases affected by each species with the sample proportion), Fisher's Exact Test / Analysis waste (to determine differences between anatomical sites affected by fungi). In all analyses, = 0.05 was considered. Results: were obtained 14,214 cases mycological culture-positive, being 9,048 cases positive for dermatophytes, making this work the largest epidemiological study of dermatophytosis in the country. Trichophyton rubrum occurred in 59.6% of cases, followed by T. interdigitale (34%), Microsporum canis (2.6%), Epidermophyton floccosum (1.5%), M. gypseum (1.3%), T. tonsurans (0.9%) and T. violaceum (1 case). The slopes of the linear regressions, for T. interdigitale, E. floccosum, T. rubrum and M. canis, were +1.119, +0.211, -0.826 and -0.324% per year, respectively. Males presented higher prevalence of infection (79.3% versus 54.9%), but women were older than men. T. interdigitale and M. canis were most prevalent in Caucasians and T. rubrum was less prevalent in brown people than expected. Tinea unguium was more prevalent of the dermatophytosis (48.5%) being toenails more affected than fingernails (94.4% vs. 4.1%), followed by tinea pedis (33.1%), corporis (6.8%), cruris (5.9%) manuum (2.4%), facie and capitis (1.5% each one) and barbae (0.07%). T. rubrum was the predominant fungus in all regions of the body except in the scalp where M. canis was the responsible for 75% of the cases. The species with the highest positive associations were: T. rubrum (groin); T. interdigitale and E. floccosum (skin of the feet); M. canis and T. tonsurans (scalp); M. gypseum (face). Conclusion: this study corroborates other similar studies in the region related to the distribution of dermatophytes, being T. rubrum the most common species followed by T. interdigitale, and being T. tonsurans the one that presents a very low prevalence, unlike other States. However, this study showed gender differences in relation to age and prevalence of the infection by dermatophytes. Moreover, we observed a decrease in the prevalence of T. rubrum and M. canis and an increase of T. interdigilate and E. floccosum. In this sense, the continuation of epidemiological studies in the region is necessary for monitoring and controlling the evolution of dermatophytosis.
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Prevalência de obesidade, hipertensão arterial e níveis glicêmicos alterados em mulheres com câncer de mama de um núcleo de reabilitação do interior de São Paulo / Prevalence of obesity, high blood pressure and altered glucose levels in women with breast cancer from a rehabilitation center in the heartland of São Paulo StateLóris Aparecida Prado da Cruz 31 May 2016 (has links)
As modalidades terapêuticas para o câncer de mama têm promovido avanços no seu tratamento, levando ao aumento da sobrevida das mulheres. Contudo, com o aumento do tempo de vida, há também o risco do aumento de comorbidades relacionadas à idade, ao tratamento e à doença, sendo as principais: a obesidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM). Assim, realizou-se o presente estudo com o objetivo de identificar a prevalência de obesidade, HAS e níveis glicêmicos alterados entre mulheres com câncer de mama que frequentam um núcleo de reabilitação e avaliar a distribuição destas comorbidades em relação à idade, tempo de diagnóstico do câncer de mama, circunferência da cintura, hormonioterapia, tratamento quimioterápico e hábitos de vida. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, no qual foram incluídas 67 mulheres com câncer de mama. Para a coleta de dados utilizou-se um instrumento com variáveis sociodemográficas e clínicas, além das avaliações antropométricas, pregas cutâneas, bioimpedância, pressão arterial sistêmica e coletado sangue para glicemia de jejum, no período de setembro a novembro de 2015. Foi realizada análise descritiva, resultando em tabelas de frequência para variáveis qualitativas; para identificar a relação entre as variáveis qualitativas ordinais ou nominais foi empregado o teste exato de Fischer e para estudar a relação entre as medidas contínuas e categóricas da pesquisa foram empregadas técnicas de estatística não paramétrica com o teste de Mann-Whitney (MW) e Kruskal-Wallis (KW). Em relação à obesidade, encontrou-se que 34,3% das participantes eram pré-obesas e 29,9% apresentavam índice de massa corpórea (IMC) com parâmetros de obesidade leve a grave; 53,7% eram hipertensas e 20,9% diabéticas. Encontrou-se associação entre idade e HAS; circunferência da cintura e HAS; níveis glicêmicos e circunferência da cintura; IMC e circunferência da cintura; idade e DM; e idade e circunferência da cintura. Os resultados encontrados mostram alta prevalência de obesidade, hipertensão arterial e níveis glicêmicos alterados nas mulheres participantes, assim como possibilitaram identificar os fatores associados às comorbidades, sendo estes a idade, hábitos de vida e tratamentos realizados para o câncer de mama / The therapeutic modalities for breast cancer have promoted advances in its treatment leading to increased survival of women. However, with the increase in longevity, there is also the risk of comorbidities related to age, to treatment and to the disease, the main ones being: obesity, systemic arterial hypertension (SAH) and diabetes mellitus (DM). Thus, the objective of the present study was to indentify the prevalence of obesity, SAH and altered glucose levels among women with breast câncer who attend a rehabilitation center and to evaluate the distribution of such comorbidities in relation to age, time of breast cancer diagnosis, waist circumference, hormone therapy, chemotherapy treatment and life habits. This is an observational, descriptive and transversal study, which included 67 women with breast cancer. An instrument with sociodemographic and clinical variables was used for the collection of data, in addition to anthropometric evaluations, skin folds, bioimpedance, systemic arterial pressure and blood collected for fasting blood glucose test, from September to November, 2015. A descriptive analysis was perfomed resulting in frequency tables for qualitative variables; the Fischer exact test was employed to identify the relationship between the ordinal or nominal qualitative variables, whereas non-parametric statistical techniques with the Mann-Whitney (MW) and Kruskal-Wallis (KW) test were employed to study the relationship between continuous and categorical measures of the survey. In relation to obesity, 34.3% of participants were found to be pre-obese, 29.9% had a body mass índex (BMI) with mild to severe obesity parameters, 53.7% were hypertensive and 20.9% had diabetes. Association was found between age and SAH; waist circumference and SAH; blood glucose levels and waist circunference; BMI and waist circunference; age and DM; and age and waist circunference. The findings show high prevalence of obesity, high blood pressure and altered glucose levels in the participating women, and allow for identification of the factors associated with comorbidities, namely age, life habits and breast cancer treatments
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