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Após a angústia: sobre propriedade e impropriedade na analítica existencial de Heidegger / After the anguish: about property and impropriety in Heidegger's existential analyticAntunes, Ezildo 22 June 2017 (has links)
Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2017-11-08T16:59:31Z
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Previous issue date: 2017-06-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Guided by mainly in the book Being and time fom the german phylosopher Martin Heidegger (1889-1976), this book aims to anwer the question: What comes after the anguish? In order to carry out this aim, the work consider the themes from existencial analitic, subproject from the biggest study to know the fundamental ontology. In the subproject in question, Heidegger presentes us the being-there, the entity who comprehends the being and, for that insinuate like privileged being. Seeking for total characterization of this entity, Heidegger is presenting on the pages of the work mentioned, the constitutives structures by himself, nominated of existencial. In the initial chapters of this work, after realizing the preliminar consideration of existencial analitic, we will go to the identification of these existencial. First of all, being-there, stands out about the traditional conception of human being, it is, through out the responsable existence by himself. Thus, the comprehension about this being-there, goes on in existencial seek out of this biggest character to know, being an entity of power-be. In this way, the existentiality of being-there is always in the world to which he was launched, and it is in the world to being-there it will inaugurate its first existential behaviors. From now on in the diverse ways of occupation, being-there, througt out of the use that he does of the tools, will go experienced the entire world to know, the significance. In this way, the being-there is being in the world who will exist in the most of the time improper use, it is in the way of work of the tools, he will experience the totality of the world to know the significance. In this way, the being-there is to being in the world who will go existente in the most of times in order to, it is in the use of anyone object, in the occupations and protected by the dictatorial character of the impersonal. In this way, escape the truth of its existence, it is, the possibility of “recognize” by himself like a being the power-being. The opportunity that this entity beside its existence guided in decadence, has in your constitution nominated affective tone, which will go straight the way as the being-there look himself connected with the world. Among the many affective tones Heidegger presents exactaly in the paragraph forty the Being and time the anguish such as the fundamental affective tone. It has the fundamental character, because he puts the being-there in front of himself, suspend the occupational mobilizers and, more than that, it will be in the anguish crisis that the being-there can rediscover like being the power-being that it is. Passed the anguish crisis, what decision can take the being-there? As we have seen, being-there is an entity of possibilities, that is, even after being suspended before the nothingness that is, through the 'clear night' of anguish, being-there, as a possibility, can decide by the character of impropriety of its existence if, on the one hand, to intensify its existence in the most banal everyday, that is, to submerge himself more and more in the occupations, being guarded by the impersonal and thus always fleeing from the encounter with its own being. On the other hand, if the being-there decided by propriety as a way of existence, he tends to search for the truth of its existence, guided by that who it is in essence: care. Therefore, being-there will develop a careful handle with its own existence, redefine its projects in the authentic way. / Pautado principalmente na obra Ser e tempo do filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976), o objetivo desse trabalho é responder à pergunta: O que vem após a angústia? Para que esse objetivo seja atingido, o trabalho transita por temas da analítica existencial, subprojeto da investida maior de Heidegger, a saber, a ontologia fundamental. No subprojeto em questão, Heidegger apresenta-nos o ser-aí, o ente que compreende o ser e, por isso, insinua-se como ente privilegiado. Na busca pela caracterização total desse ente, Heidegger vai apresentando, nas páginas da obra predita, as estruturas constitutivas do mesmo, as quais denomina de existenciais. Nos capítulos iniciais desse trabalho, após realizar as considerações preliminares da analítica existencial, partimos para identificação desses existenciais. Em primeiro lugar, ser-aí salta por sobre o conceito tradicional de homem, isto é, por ser através da existência responsável pelo seu próprio ser. Assim, a partir da compreensão disso, ser-aí se movimenta em existencialidade em busca do seu caráter maior, a saber, ser um ente de poder-ser. Deste modo, a existencialidade do ser-aí se configura sempre no mundo ao qual este fora lançado, e é no mundo que ser-aí vai inaugurar seus primeiros comportamentos existenciais. A partir dos diversos modos de ocupação, ser-aí, através do uso que faz dos utensílios, vai experimentar a totalidade do mundo, a saber, a significância. Desse modo, o ser-aí é ser-no-mundo o qual vai existir na maioria das vezes de forma imprópria, isto é, na lida com os utensílios, nas ocupações cotidianas e tutelado pelo caráter ditatorial do impessoal. Assim, escapa-lhe a verdade de sua existência, isto é, a possibilidade de se ‘reconhecer’ como um ente-de-poder-ser. De sorte que este ente, para além de sua existência pautada na decadência, possui em sua constituição as assim denominadas tonalidades afetivas, as quais vão direcionar o modo pelo qual ser-aí se vê afinado com o mundo. Dentre as várias tonalidades afetivas, Heidegger apresenta exatamente no §.40 de Ser e tempo a angústia como tonalidade afetiva fundamental. Ela possui o caráter de fundamental, porque vai colocar o ser-aí de frente com o seu próprio ser, suspender os mobilizadores ocupacionais e, mais do que isso, será na crise da angústia que ser-aí pode redescobrir-se como ente de poder-ser que ele é. Passada a crise da angústia, que decisão pode tomar o ser-aí? Como vimos, ser-aí é um ente de possibilidades, isto é, mesmo depois de ser suspenso diante do nada que é, através da ‘noite clara’ da angústia, ser-aí, como possibilidade, pode decidir pelo caráter de impropriedade de sua existência se, por um lado, intensificar sua existência na cotidianidade mais banal, isto é, submergir-se cada vez mais nas ocupações sendo tutelado pela impessoal e assim fugindo sempre do encontro com seu próprio ser. Por outro lado, se ser-aí decidir-se pela propriedade como modo de existir, ele tende a buscar a verdade de sua existência, orientando-se por aquilo que ele é em essência: cuidado. Sendo assim, ser-aí se movimentará numa lida cuidadosa com a própria existência, ressignificando seus projetos de forma autêntica.
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Psicodiagnóstico interventivo / colaborativo : uma prática psicológica na perspectiva fenomenológica existencialSiqueira, Danielle de Fátima da Cunha Cavalcanti de 10 March 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-03-10 / This study started due to concerns and questions regarding the need to explore the collaborative dimension in Interventive Psychodiagnosis within the author‟s clinical
activities. The phenomenal basis was given by the report of four psychologists‟ clinical experiences on Interventive Psychodiagnosis. Oral narratives unveil a shared story, in agreement with the plurality of concepts in the situation and with another temporality, what allows the elaboration and communication of experienced meaning. Traversed paths show the contribution of the existential phenomenological matrix as a possibility for grounding the collaborative dimension in Interventive Psychodiagnosis face to ontological elements of Heidegger‟s Existential Analytics
and Gadamer‟s Philosophical Hermeneutic. Narratives were analyzed according to the Analysis of Meaning, which is a methodological proposal developed by Dulce Critelli to understand reality. This procedure made it possible to reflect upon the collaborative dimension of Interventive Psychodiagnosis implicated in the dialogue between psychologist and client or among clients in a Psychodiagnostic group. Using Gadamer‟s language, it is said that every dialogue goes beyond a simple exchange
of opinions and true dialogue demands that partners are open to the possibility of modification that comes from the dialogue. Furthermore, an affective disposition for
openness and acceptance towards otherness is needed, what presupposes the initial presence of previous determinations each participant‟s prior horizon. In this way, collaborative dimension is understood as a fusion of horizons , in which each component is determined by the way it integrates with one another, allowing another
common understanding regarding questioned phenomenon. Such game has a central action in Gadamerian hermeneutic and in clinical practice, enabling to discover other understanding possibilities that lead to other ways of acting and
dealing with suffering. Results contribute to rethink psychologists‟ actions, broadening the possibilities for receiving families and children in the context of health
institutions / Este estudo partiu de inquietações experienciadas pela autora em sua atividade clínica na prática com o Psicodiagnóstico Interventivo, na perspectiva fenomenológica existencial. Sua base fenomenal residiu no relato das experiências clínicas de quatro psicólogos que atuam com o Psicodiagnóstico Interventivo. As narrativas colhidas contemplam o relato oral, desvelando a estória compartilhada afinada com a pluralidade de conceitos da situação e da temporalidade outra, o que
permite elaborar e comunicar o sentido do vivido. O caminho percorrido demarca a contribuição da matriz fenomenológica existencial como possibilidade de contribuir para fundamentar a dimensão colaborativa do Psicodiagnóstico Interventivo
mediante os fundamentos ontológicos presentes na Analítica Existencial, de Heidegger e na Hermenêutica Filosófica, de Gadamer. As narrativas foram analisadas segundo a Analítica do Sentido, proposta metodológica de compreensão
do real desenvolvida por Dulce Critelli. Tal procedimento possibilitou refletir a dimensão colaborativa do Psicodiagnóstico Interventivo implicada na conversação
entre psicólogo e cliente ou entre os clientes que participam do grupo de Psicodiagnóstico. Na linguagem gadameriana, todo conversação não se mostra como mera troca de opiniões; para que aja verdadeiramente diálogo é necessário
que os parceiros se encontrem abertos à possibilidade de modificação proveniente do diálogo. Para tanto, é necessário uma disposição afetiva de abertura e acolhimento do outro na sua alteridade, o que pressupõe a presença inicial de
determinações prévias horizonte prévio de cada participante. Nessa direção, a dimensão colaborativa é compreendida como fusão entre os horizontes , na qual
cada componente se determina a partir do modo como se integra ao outro, permitindo uma compreensão outra, comum sobre o fenômeno interrogado. Tal jogo possui uma ação central na hermenêutica gadameriana e, na prática clínica do
Psicodiagnóstico, possibilita encontrar outras possibilidades compreensivas que conduzam a outros modos de agir e de lidar com o sofrimento. Tais resultados contribuem para repensar a ação do psicólogo, ampliando as possibilidades de
acolher famílias e crianças no contexto das instituições de saúde
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[en] GOD, FULL HAPINESS OF HUMAN BEING: GOD’S CONCEPT IN THE THEOLOGY OF ANDRES TORRES QUEIRUGA / [pt] DEUS, FELICIDADE PLENA DO SER HUMANO: O CONCEITO DE DEUS NA TEOLOGIA DE ANDRÉS TORRES QUEIRUGARONALDO SILVEIRA MOTTA 28 May 2012 (has links)
[pt] O conceito de Deus é algo que se forma na mente humana. Ao longo da vida, diferentes culturas, povos, línguas e nações sempre acharam a imagem de Deus como seus costumes e experiências. De modo particular, as nossas Igrejas tenham comunicado a mensagem do Evangelho que recebeu através da Sagrada Escritura e transmitidos pela tradição ao longo dos séculos. Quando o verdadeiro espírito da lei é perdida, a conclusão é que a letra mata. Isso é o que aconteceu com o conceito de Deus quando se tornou um motivo de perseguição, exclusão e medo. O teólogo espanhol Andrés Torres Queiruga pesquisa através da reflexão sobre este assunto, envolvendo um repensar da teologia hoje, porque com o advento da modernidade o paradigma de pensamento humano mudou por conta da revolução cultural. A perspectiva de um mundo onde os eventos naturais foram atribuídos a Deus ou ao diabo, de acordo com o que era bom ou ruim, não cabe mais hoje, como a ciência considera o mundo regido por leis naturais autônomas. Nesse caso, esta visão mítica de Deus se torna para a modernidade, supérflua, como a sua explicação causal antiga, trouxe um grande dano para a fé. Queiruga procura em Jesus de Nazaré vida, o núcleo da experiência do Abba. A verdadeira resposta cristã a essa situação, apresenta o rosto terno de Deus revelada pelo Messias. Esta experiência paterna de Deus traz alegria e dá consciência de realização existencial plena para quem encontrar o prazer em sentir a filiação divina. / [en] The concept of God is something that forms in the human mind. Along life, different cultures, peoples, languages and nations have always found the image of God as their customs and experiences. In a particular way, our Churches have communicated the Gospel message they received through the Holy Scripture and handed down by tradition along the centuries. When the real spirit of the law is lost, the conclusion is that letter kills. That s what happened to the concept of God when it became a reason for exclusion, persecution and fear. The Spanish theologian Andres Torres Queiruga searches through reflection on this subject, an involving rethink of theology today, because with the advent of modernity, the human thinking paradigm has changed on account of the cultural revolution. The perspective of a world where natural events were attributed to God or the devil, according to what was good or bad, no longer fits today, as science considers the world governed by autonomous natural laws. In such case, this mythic vision of God becomes for modernity, superfluous, as their former causal explanation, has brought great harm to faith. Queiruga searches in Jesus of Nazareth’s life, the core of Abba’s experience. The truly Christian response to this situation, presents the tender face of God revealed by the Messiah. This God s paternal experience brings joy and the conscience of full existential realization for the one who find pleasure in feeling divine filiation.
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Antropologia e psicanálise existencial na obra sartreana / Anthropology and Existential Psychoanalysis in the Sartrean oeuvre.Odasaki, Alvaro Hideki 01 June 2017 (has links)
O objetivo do presente trabalho é expor a Psicanálise existencial, descrita em O Ser e o Nada (1943/2008), como fio condutor entre a dimensão individual e coletiva na obra sartreana. Especificamente, tentar interpretar o método de compreensão da ontologia fenomenológica como tentativa primordial de formular a purificação do campo antropológico. Em outras palavras, mostrar que a subjetividade não pode ser enquadrada partindo dos pressupostos da ciência tradicional, que reifica o processo existencial. A fim de alcançar esse objetivo, nossa exposição é divida em duas partes: (1) elucidação das premissas da Psicanálise existencial e (2) interpretar a obra Questão de método (1957/1966) a partir dos resultados adquiridos em (1). Portanto, primeiramente expomos o sujeito como projeção existencial para, então, demonstrar que a dinâmica social está intimamente articulada com essa estrutura subjetiva. Isso significa que, em alguma medida não existe separação ontológica entre a dimensão individual e a coletiva. Nesse sentido, salientamos como, segundo Sartre, o existencialismo pode auxiliar as pretensões marxistas. Nesta investigação, pode-se perceber que, apesar da inflexão presente na trajetória intelectual sartreana, a tentativa de humanizar os meios pelos quais se investiga as ações humanas esteve sempre presente nos escritos de Sartre. É nesse sentido que propomos a articulação entre Psicanálise existencial e o método de compreensão do campo antropológico. / The aim of the present work is to expose existential psychoanalysis, which is described in Being and Nothingness (1943/2008), as being the guiding thread between the individual and the collective dimensions in the Sartrean oeuvre. Specifically, we try to interpret the comprehension method of phenomenological ontology as a primordial attempt to formulate the \"purification\" of the anthropological field. In other words, to show that subjectivity can not be framed within the assumptions of traditional science, thus reifying the existential process. In order to do so, our exposition is divided into two parts: (1) the elucidation of the premises of existential psychoanalysis and (2) the interpreting of the work Search for a Method (1957/1966) in light of the results acquired in (1). Therefore, we first expose the subject as an existential projection to then proceed to demonstrate that social dynamics is intimately articulated with this subjective structure. This means that, to some extent, there is no ontological separation between the individual and collective dimensions. In this sense, we underline how, according to Sartre, existentialism can aid in Marxist pretensions. In this research, it is possible to see that, despite the inflection present in Sartre\'s intellectual trajectory, the attempt to \"humanize\" the means by which human actions are investigated was always present in his writings. It is in this sense that we propose the articulation between existential psychoanalysis and the comprehension method of the anthropological field.
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João e o vício: por entre o cuidar de ser / João and the Addiction: through the caring of beingGorenstein, Marcos Geraissate 29 April 2013 (has links)
Este estudo buscou uma compreensão acerca do fenômeno vício. Pela perspectiva da Fenomenologia Existencial, a pergunta sobre o que do ser do vício implica na descrição da forma pela qual este fenômeno se dá a ver, o como. O vício pôde ser explicitado em um caráter singular, pela experiência no contato com um homem viciado em cocaína, João. O percurso desse contato foi narrado a partir das considerações de Walter Benjamin sobre a narrativa e o narrador. O vício pôde ser compreendido como uma experiência dissonante, na qual a emergência da droga dissolve a urgência no cuidado próprio. Inapropriado do cuidado de si, o viciado incumbe àqueles ao redor da responsabilidade para a tarefa, na mesma medida em que se apresenta como uma ferramenta para a droga. Contudo, através dos suportes para sua sustentação, pode lançar-se no angustiante empreendimento de deixar de ser quem é para realizar-se como ser de possibilidades / Through the Existential Phenomenology´s perspective, the question what is the addiction´s being implies on the description over the way this phenomenon appears to sight, the how. The addiction could be made explicit in a singular character, through the experience from the contact with a cocaine addicted man, João. The course of this contact has been narrated using Walter Benjamin´s considerations regarding narrative and narrator. The addiction could be comprehended as a dissonant experience, in which the drugs emergency dissolves the own care´s urgency. Ill-fated on the self care, the addicted delegates to those around the responsibility for this task, to the same extent which he presents himself as a tool for the drug. Nevertheless, through the backings for his sustenance, he can leap into the anguishing enterprise of letting be who he is, to actualize himself as a being made of possibilities
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Ser adulto sobrevivente de câncer infantil: uma compreensão fenomenológica / Be-adult-survivor-of-childhood-cancer: a fenomenologic comprehensionRocha, Shirley Santos Teles 23 September 2009 (has links)
O presente estudo tem o objetivo de compreender o que é ser adulto sobrevivente de câncer infantil. O método utilizado foi o fenomenológico-existencial e foi desenvolvido no Ambulatório de Curados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo e contou com a colaboração de sete adultos que tiveram câncer na infância. Foi realizada uma entrevista a partir da questão norteadora: Conte-me como está a sua vida. A análise das entrevistas foi construída à luz de algumas idéias de Martin Heidegger em Ser e Tempo (2005). Ser-adulto-sobrevivente-de- câncer-infantil se desvelou como um ser que se lança e que já está lançado e se projetando, resgata o vigor de ter sido, que se atualiza a cada instante. Assim, a vivência do adulto sobrevivente de câncer infantil desvela-se na temporalidade: vigor de ter sido, atualidade e porvir. Dessa forma, ter vivenciado câncer na infância constitui o existir do adulto, ainda que não se queira lembrar, podendo esta vivência ser impulsionadora do existir. Dessa forma, ser-sobrevivente-de-câncer-infantil-no-mundo-com-os-outros é ser projeto, é porvir, é lançar-se, é existir na fluidez da existência, ora na busca de si mesmo, ora buscando ser igual a todo mundo, sendo impessoal, sendo normal, porém a busca pela normalidade dá-se a partir do ser diferente, da busca de si mesmo, pois somos singular e plural ao mesmo tempo. Foi possível perceber que os adultos sobreviventes de câncer infantil necessitam de programas de acompanhamento que atendam às suas demandas e necessidades Porém, esse acompanhamento não deve ficar restrito ao âmbito metafísico, é necessário abertura para estar, co-existir com esse adulto sobrevivente, para que assim possa compreender o seu modo de existir. Assim, o profissional de saúde, em sua atuação, lidará com as diferentes formas de ser no mundo do sobrevivente, além da dimensão biológica do funcionamento do corpo humano. E isso só é possível, quando a equipe de saúde e o paciente constróem relações autênticas. Porém, essa atuação convoca a equipe de saúde a se colocar, a perceber-se co-existente, tendo que cuidar do seu vir a ser, buscando ou se perdendo de si mesma. / The aim of this work is to comprehend what is be an adult survivor of childhood cancer using the method existential-phenomenologic. This work was developed in the Ambulatório de Curados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo and it count on the colaboration of seven adults that had childhood cancer. An interview was held from the following guiding question: tell me how your live is. The analysis of the interviews were developed using the ideas of Martin Heidegger in the book Ser e Tempo (2005). Be-adult-survivor-of-childhood-cancer was viewed as a being that throws oneself and that is already thrown and that, projecting oneself, recovers the strength of have been that renews every instant. Thus, the experience of live of the adult survivor of childhood cancer manifests on the temporality: the strength of have been, the present and the future. Then, to have experienced cancer during the childhood is part of the existence of the adult, even if he does not want to remember and this experience can even stimulate his existence. Thus, be-adult-survivor-of-childhood-cancer-in-the-world-with-the-other is be project, is future, is to throw oneself, is to exist in the flow of the existence, once looking for oneself, once trying to be equal to the other, being impersonal, being normal. However, the search of the normality happens from the I am different looking for himself/herself, because we are singular and plural at the same time. It was noted that the adult survivors of childhood cancer need accompaniment programs that attend your necessities. Nevertheless, this accompaniment cannot be restricted to the metaphysic field. It is necessary to be open to be with and to coexist with this adult survivor in order to understand your way of existence. Then, in your actuation, the health professional will deal with the different ways of the be in the world of the survivor, besides the biological dimension of the work of the human body. This is only possible when the health team and the patient build an authentic relation. Although, this actuation requires that the health team to perceive coexistent taking care of your own will be, searching or loosing itself.
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Os significados da conjugalidade na contemporaneidade para os jovens : um olhar fenomenológico-existencial / The meanings of conjugality in contemporaneity for young: a phenomenological-existential perspective (Inglês)Souza, Marcela Romero de 04 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-04 / This dissertation aims to understand the meanings of contemporary conjugality for young university students living in Fortaleza-CE, based on the phenomenological-existential view of Jean-Paul Sartre. The research uses the progressive-regressive method for the analysis and the discussion of the collected data is launched on open interviews with 10 young adults, aged between 18 and 26 years, seeking to capture the phenomenon through its dialectical movement. Conjugality is a social phenomenon existing in many cultures and times, but has undergone transformations throughout history. As a mundane phenomenon, it has its meanings built through the relation of man to his environment, changing himself, together, to the culture and society in which he finds himself. Permeated by rules and values in constant transition, new ways of being a couple emerge in contemporary times. In this way, its meaning has its own characteristics, depending on the context in which it is inserted. Thus, the research seeks to answer the following research question: in contemporary times, what are the meanings of conjugality for young fortalezenses? The text thus discusses, through the existential phenomenology of Jean Paul Sartre and Simone de Beauvoir, the transformations through which conjugality has been passing through time, as well as the meanings it has for men and women, using concepts such as freedom and project of being to understand the experiences and perceptions of these young people about the contemporary conjugal relations. From the analysis, it can be concluded that many young people have identified conjugality as a relation of companionship and respect between people, regardless of sex, who maintains a daily relationship and a division of responsibilities of the home. However, although marital relations have undergone several changes, revealing innumerable ways of being a couple, the Fortalezense context is perceived as an environment permeated by a macho patriarchal culture, with the social and conjugal roles of men and women being often, in ideologies based on the biological differentiation of the subjects. However, it is possible for the subjects to transcend the situations in which they find themselves, through their project of being. To this, many seek to enter universities, to increase their professional and financial independence ways of achieving conjugality based on equality among their members.
Keywords: Conjugality; Contemporaneidade; Existential Phenomenology; Jean-Paul Sartre; Simone de Beauvoir. / A presente dissertação tem como objetivo compreender os significados da conjugalidade na contemporaneidade para jovens universitários residentes em Fortaleza-CE, a partir do olhar fenomenológico-existencial de Jean-Paul Sartre. A pesquisa utiliza o método progressivo-regressivo para a análise e a discussão dos dados coletados a partir de entrevistas abertas com 10 jovens adultos, de idade entre 18 e 26 anos, buscando captar o objeto de estudo por meio do seu movimento dialético. A conjugalidade constitui um fenômeno social existente em diversas culturas e épocas, mas que sofreu transformações ao longo da história. Como fenômeno social, possui seus significados construidos por meio da relação do homem com seu meio, se modificando, juntamente, à cultura e à sociedade nas quais se encontra. Permeada por regras e valores em constante transição, emergem, na contemporaneidade, novos modos de ser casal. Dessa forma, seu significado apresenta características próprias, a depender do contexto no qual está inserido. Assim, a pesquisa busca responder ao seguinte questionamento de pesquisa: na contemporaneidade, quais os significados da conjugalidade para os jovens fortalezenses? O texto discute, assim, por meio da fenomenologia existencial de Jean Paul Sartre e de Simone de Beauvoir, as transformações pelas quais a conjugalidade vem passando com o decorrer do tempo, assim como os significados que esta possui para homens e mulheres, utilizando conceitos como liberdade e projeto de ser para compreender as vivências e percepções desses jovens acerca das relações conjugais contemporâneas. A partir da análise, pode-se concluir que muitos jovens identificaram a conjugalidade como uma relação de companheirismo e respeito entre pessoas, independentemente do sexo, que mantém um convívio diário e uma divisão de responsabilidades do lar. Porém, apesar de as relações conjugais terem passado por diversas mudanças, revelando, na contemporaneidade, inúmeras formas de ser casal, o contexto Fortalezense é apreendido como um ambiente permeado por uma cultura patriarcal machista, sendo os papéis sociais e conjugais de homens e mulheres pautados, muitas vezes, em ideologias sustentadas na diferenciação biológica dos sujeitos. No entanto, aos sujeitos é possibilitado transcender as situações nas quais se encontram, por meio do seu projeto de ser. Para isso, muitos buscam no ingresso de universidades, na ascensão profissional e na independência financeira formas de alcançar uma conjugalidade pautada na igualdade entre seus membros.
Palavras-chave: Conjugalidade; Contemporaneidade; Fenomenologia Existencial; Jean-Paul Sartre; Simone de Beauvoir.
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Um estudo a respeito do existencial compreensão na obra Ser e Tempo de Martin HeideggerBueno, Ricardo Radin 11 June 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-06-11 / This paper intends to discuss about the existential understanding in the work
Being and Time by Martin Heidegger. This should be donne having in sight
Dasein as it was conceptualized by the author as having a fundamental
relationship with his own existence in the world, this determining its essence.
Thus, the existential understanding participates of the triumvirate: state-of-mind,
understanding and language, that define the being-there in its opening.
Focusing on understanding the meaning of being, determining the daily life od
Dasein, the work evolves as described below. In the first chapter, something is
said about the time of study of Heidegger that preceded the writing of Being and
Time. In the second chapter, something is said about Husserl and the particular
impact that his ideas had in heideggerian thought, often build as a possible
response to them. In the third chapter, the work Being and Time is clearly
thematized, and something is said about its structure, especially in the
characteristics of Dasein which refers to being-in-the-world, everyday being,
understanding and interpretation. In the fourth chapter something is said about
the consequences of Heidegger s hermeneutics as presented, with regard to
what Heidegger presents as unique in the understanding of being of Dasein / O presente trabalho pretende discorrer a respeito do existencial compreensão
dentro da obra Ser e Tempo de Martin Heidegger. Para isso, deve-se ter em
vista o Dasein tal como foi conceituado pelo autor, como tendo relação
fundamental com sua própria existência no mundo, esta determinando a sua
essência. Desse modo, o existencial compreensão participa do triunvato:
disposição, compreensão e linguagem, que definem o ser-aí em sua abertura.
Focando-se na compreensão do sentido do ser, determinante da vivência
cotidiana do Dasein, o trabalho se desenvolve do modo descrito a seguir. No
primeiro capítulo, algo é falado a respeito dos tempos de estudo de Heidegger
que precederam a escrita de Ser e Tempo. No segundo capítulo, algo é falado
a respeito de Husserl e o impacto especial que suas idéias tiveram no
pensamento Heideggeriano, muitas vezes construído como uma resposta
possível a elas. No terceiro capítulo, a obra Ser e Tempo é claramente
tematizada, e algo é falado a respeito de sua estrutura, especialmente as
características do Dasein no que se referem a ao ser-no-mundo, cotidianidade,
compreensão e temporalidade da compreensão, e interpretação. No quarto
capítulo algo é falado a respeito das consequências da hermenêutica
heideggeriana tal como foi apresentada, no que diz respeito ao que Heidegger
apresenta de singular na compreensão do ser pelo Dasein
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João e o vício: por entre o cuidar de ser / João and the Addiction: through the caring of beingMarcos Geraissate Gorenstein 29 April 2013 (has links)
Este estudo buscou uma compreensão acerca do fenômeno vício. Pela perspectiva da Fenomenologia Existencial, a pergunta sobre o que do ser do vício implica na descrição da forma pela qual este fenômeno se dá a ver, o como. O vício pôde ser explicitado em um caráter singular, pela experiência no contato com um homem viciado em cocaína, João. O percurso desse contato foi narrado a partir das considerações de Walter Benjamin sobre a narrativa e o narrador. O vício pôde ser compreendido como uma experiência dissonante, na qual a emergência da droga dissolve a urgência no cuidado próprio. Inapropriado do cuidado de si, o viciado incumbe àqueles ao redor da responsabilidade para a tarefa, na mesma medida em que se apresenta como uma ferramenta para a droga. Contudo, através dos suportes para sua sustentação, pode lançar-se no angustiante empreendimento de deixar de ser quem é para realizar-se como ser de possibilidades / Through the Existential Phenomenology´s perspective, the question what is the addiction´s being implies on the description over the way this phenomenon appears to sight, the how. The addiction could be made explicit in a singular character, through the experience from the contact with a cocaine addicted man, João. The course of this contact has been narrated using Walter Benjamin´s considerations regarding narrative and narrator. The addiction could be comprehended as a dissonant experience, in which the drugs emergency dissolves the own care´s urgency. Ill-fated on the self care, the addicted delegates to those around the responsibility for this task, to the same extent which he presents himself as a tool for the drug. Nevertheless, through the backings for his sustenance, he can leap into the anguishing enterprise of letting be who he is, to actualize himself as a being made of possibilities
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Sentido de vida en adultos mayores institucionalizados desde una perspectiva humanista-existencialMolina Codecido, César Rodrigo January 2016 (has links)
Magíster en Psicología Clínica Adultos Mención Humanista-Existencial / La población envejecida en el mundo ha aumentado, situación que en Chile se
observa tanto a nivel de adultos mayores institucionalizados y no
institucionalizados (SENAMA, 2013b). Por otro lado, la evidencia señala que
variables como el sentido de vida promueven el bienestar en los adultos mayores
(Steger, Shigehiro & Kashdan, 2009). En este marco, la presente investigación
tuvo por objetivo caracterizar el sentido de vida de los adultos mayores al interior
de una institución desde una perspectiva humanista-existencial. Para ello, se
entrevistaron 8 adultos mayores con edades entre los 70 y 99 años, bajo la técnica
de relato de vida. Se efectuó un análisis narrativo temático, donde se observaron 3
temáticas en torno al sentido de vida. Los hallazgos permiten inferir que los
adultos mayores orientan su vida hacia sí mismos y hacia las demás personas al
interior de la institución, situación que les permite tener un sentido de vida
cotidiano en el Hogar. Estos resultados permitirán generar intervenciones que
promuevan un sentido de vida en adultos mayores que se encuentren ante una
frustración existencial
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