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Avaliação da expressão imunoistoquímica de PTEN, AKT fosforilada e receptor de androgênio em carcinomas de mama HER-2 positivos / Immunohistochemical assesment of PTEN, phosphorilated AKT and androgen receptor expression in HER2-positive breast carcinomasLin, Francini de Mattos Lima 17 December 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Os carcinomas HER-2 positivos representam cerca de 20- 30% de todos os tumores da mama e se caracterizam por curso clínico mais agressivo, com alta proliferação celular e resistência a apoptose, determinados por cascatas de sinalizações intracelulares, tais como a via PI3K/AKT. O trastuzumabe, um anticorpo monoclonal humanizado que se liga à molécula de HER-2, é o tratamento padrão destas pacientes. A resposta a monoterapia com trastuzumabe varia de 12-30% e a persistência da ativação da via PI3K/AKT é um dos mecanismos de resistência. A ativação do AKT começa com a fosforilação do PIP2 a PIP3 pela PI3K. A desfosforilação do PIP3 é mediada pela PTEN e sua deficiência é um dos fatores possivelmente implicados na resistência ao trastuzumabe. Além da resistência à terapêutica, os tumores HER-2 positivos são heterogêneos quanto ao seu comportamento biológico. A busca de diferentes padrões morfológicos e moleculares neste grupo de carcinomas pretende identificar subgrupos prognósticos e preditivos, permitindo a individualização terapêutica. OBJETIVOS: Estudar a expressão imunoistoquímica de duas moléculas da via de sinalização PI3K/AKT (PTEN e AKT fosforilada) e explorar a via de sinalização androgênica através da expressão do receptor de androgênio e dos perfis morfológico e molecular apócrinos. METODOLOGIA: O estudo foi retrospectivo com revisão dos preparados histológicos e construção de blocos de microarranjos com amostras dos tumores para estudo imunoistoquímico. Na revisão foram avaliados: tipo histológico, características morfológicas apócrinas, presença de componente in situ, graus histológico e nuclear, receptores de estrogênio e progesterona, e atividade proliferativa através da expressão imunoistoquímica do Ki-67. Os preparados histológicos foram submetidos à pesquisa de PTEN, AKT fosforilada e receptor de androgênio. Pacientes, familiares e médicos foram contatados para recuperação do seguimento e evolução. RESULTADOS: Foram estudadas 104 pacientes portadoras de carcinoma primário da mama. A expressão de PTEN esteve reduzida em 20/104 (19,2%) dos casos e foi mais freqüente nos tumores com AKT positivo (p= 0,06). O grupo de tumores sem perda de expressão de PTEN apresentou maior atividade proliferativa. A AKT foi positiva em 71/104 (68,3%) casos e se associou a maior grau de diferenciação e à expressão de receptor de androgênio. O receptor de androgênio foi positivo em 89/104 (85,6%) dos casos e esteve associado ao menor grau histológico (p=0,018), receptor de estrogênio (p=0,008) e menor atividade proliferativa (p=0,001). A ausência da expressão do receptor de estrogênio (perfil molecular apócrino) foi identificada em 41/104 casos (39,4%) e se associou a tumores com grau histológico mais alto. O perfil morfológico apócrino foi identificado em 71 (68,3%) dos casos e se associou a alto grau histológico e nuclear. O seguimento foi possível em 55 casos e observamos tendência a menor sobrevida livre de doença nos tumores AKTpositivos e RA-negativos. CONCLUSÕES: Nossos resultados comprovam a heterogeneidade dos carcinomas mamários HER-2 positivos e indicam diferenças em pelos menos duas vias de sinalização celulares como possíveis explicações para as mesmas: a via PI3K/AKT e a androgênica / BACKGROUND: HER-2 positive carcinomas represent about 20-30% of all breast tumors and are characterized by a more aggressive clinical course with high cell proliferation and apoptosis resistance, determined by cascades of intracellular signals, such as the PI3K/AKT pathway. Trastuzumab, a humanized monoclonal antibody that binds to HER-2 molecule, is the standard treatment for these patients. The response to monotherapy with trastuzumab ranges from 12-30% and the persistence of activation of the PI3K/AKT pathway is one of mechanisms of resistance. Activation of AKT begins with the phosphorylation of PIP2 to PIP3 by PI3K. The dephosphorylation of PIP3 is mediated by PTEN and its deficiency is one of the factors possibly involved in resistance to trastuzumab. In addition to resistance to therapy, HER-2 positive tumors are heterogeneous in their biologic behavior. The search for different morphological and molecular patterns of carcinomas in this group aims to identify prognostic and predictive subgroups, allowing for customized therapy. OBJECTIVES: To study the immunohistochemical expression of two molecules of the signaling pathway PI3K/AKT (phosphorylated AKT and PTEN) and to explore the androgen signaling pathway through the expression of androgen receptor and apocrine morphological and molecular profiles. METHODS: This study retrospectively reviewed the histological preparations and built tissue microarray with tumor samples for immunohistochemical study. We assessed histologic type, apocrine morphology, presence of in situ component, histologic and nuclear grade, estrogen and progesterone receptors and proliferative activity through the immunohistochemical expression of Ki-67. The tissue preparations were examined for PTEN, phosphorylated AKT and androgen receptor. Patients, relatives and physicians were contacted for retrieval of follow-up data. RESULTS: We studied 104 primary breast cancer patients. The expression of PTEN was reduced in 20/104 (19.2%) cases and was more frequent in tumors with positive AKT (p = 0.06). The group of tumors without loss of PTEN expression showed higher proliferative activity. AKT was positive in 71/104 (68.3%) cases and was associated with a higher degree of differentiation and with expression of androgen receptor. The androgen receptor was positive in 89/104 (85.6%) cases and was associated with lower histological grade (p = 0.018), estrogen receptor (p = 0.008) and lower proliferative activity (p = 0.001). The absence of expression of estrogen receptor (apocrine molecular profile) was identified in 41/104 cases (39.4%) and was associated with tumors of higher histologic grade. The apocrine morphological profile was identified in 71 (68.3%) cases and was associated with high histological grade and nuclear. Follow-up was possible in 55 cases and a trend for shorter disease-free survival was observed in AKT-positive and AR-negative tumors. CONCLUSIONS: Our results confirmed that HER-2-positive breast cancers are heterogeneous and indicate that differences in at least two cellular signaling pathways PI3K/AKT and androgen pathway might underliy such a heterogeneity
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Neoplasias mamárias em cadelas : estudo epidemiológico e expressão de HER-2 em carcinomasAndrade, Mariana Batista 16 March 2017 (has links)
As neoplasias mamárias em cadelas são afecções de significativa importância em medicina veterinária pela sua alta frequência, além de serem modelo para o estudo do câncer de mama na mulher. Nesse sentido, se faz necessária a realização de estudos continuados acerca da frequência de tumores e suas características clinicopatológicas. Constituem ainda um grupo heterogêneo de tumores quanto aos padrões histológicos e comportamento biológico, o que torna mais complexo e urgente a identificação de fatores de prognóstico e que possibilitem diagnosticar e tratar de forma mais eficaz animais portadores de tumor de mama. Nos últimos anos, tem se intensificado estudos dirigidos à identificação de marcadores moleculares envolvidos nos inúmeros eventos celulares que ocorrem durante a carcinogênese, como crescimento e diferenciação celular, proliferação, invasão e metástase. O receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER-2) é uma glicoproteína de membrana da família tirosina-quinase, codificada por um gene de mesmo nome, diretamente relacionada a mudanças significativas na proliferação celular e sobrevivência das células tumorais. Durante o processo de mutação desse gene ocorre hiperativação da cascata de sinalização intracelular, que resulta em rápido crescimento das células tumorais. Na mulher, a superexpressão de HER-2 está associada a neoplasias mamárias cujos parâmetros morfológicos sugerem malignidade e pior prognóstico, resultando em alta taxa de recidiva e de mortalidade no estágio inicial da doença, além de elevada incidência de metástases. Entretanto, na cadela, estudos que investigaram o papel do HER-2 nas neoplasias mamárias, com emprego da imunohistoquímica, não são consensuais até então, mantendo obscuro o significado da sobrexpressão de HER-2 nestas neoplasias. Com intuito de auxiliar na determinação de fatores prognósticos fidedignos para os tumores mamários nas cadelas, o presente trabalho teve como objetivos: determinar a prevalência de lesões mamárias diagnosticadas em cadelas no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia entre 2004 e 2014, bem como a relação entre aspectos epidemiológicos (idade e raça) e clínicopatológicos (ulceração, tamanho do tumor e comportamento biológico) na ocorrência dos tumores de mama; e verificar a expressão de HER-2 em carcinomas mamários de cadelas e sua relação com o tipo e grau histológico, idade das cadelas, metástase em linfonodos e à distância, tamanho tumoral e estadiamento clínico. / Mammary tumors in female dogs are important diseases in veterinary medicine due to their high frequency, besides being a model for the study of breast cancer in women. So, it is necessary to continuous studies on the frequency of tumors and their clinicopathological characteristics. They also constitute a heterogeneous group of tumors in correlation with histological patterns and biological behavior, which makes it more complex and urgent to identify prognostic factors and to make it possible to diagnose and treat animals with mammary tumors more effectively. In the last years, there have been intensified the number of studies about the identification of molecular markers involved in the innumerable cellular events that occur during carcinogenesis, such as cell growth and differentiation, proliferation, invasion and metastasis. HER-2 is a membrane glycoprotein of the tyrosine kinase family, encoded by a gene with the same name, directly related to significant changes in cell proliferation and survival of tumor cells. During mutation process of this gene, hyperactivation of intracellular signaling cascade results in a rapid growth of tumor cells. In women, HER-2 overexpression is associated with breast neoplasms whose morphological parameters suggest poor prognosis and malignancy, resulting in a high rate of recurrence and mortality in the early stage of the disease, as well as a high incidence of metastases. However, in the female dog, until now the extensive variability of results obtained from immunohistochemical protocols proposed for molecular classification, keeps the meaning of HER-2 overexpression in these neoplasms obscure. In order to assist determination of the reliable prognostic factors for canine breast neoplasms, the present study: determined the prevalence of breast lesions diagnosed in female dogs in Laboratory of Veterinary Pathology of the Federal University of Uberlândia between 2004 and 2014, as well as the correlation between epidemiological aspects (age and breed) and clinicopathological (ulceration, tumor size and biological behavior) in the occurrence of breast tumors; verified the HER-2 expression in female mammary carcinomas of dogs and their relationship with the type and histological grade, age of patient, metastasis in lymph nodes or distants, tumor size and clinical staging. / Tese (Doutorado)
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"Cicatrização de perfurações subagudas de membrana timpânica de chinchilas tratadas com fator de crescimento epitelial e pentoxifilina" / Healing of subacute tympanic membrane perforations in chinchillas treated with epidermal growth factor and pentoxifyllineJeanne da Rosa Oiticica Ramalho 21 February 2006 (has links)
O efeito do fator de crescimento epitelial e da pentoxifilina, isolados ou em associação, foi avaliado em perfurações subagudas de membranas timpânicas de chinchilas, comparando-se ao grupo controle. O fator de crescimento epitelial auxiliou o processo de cicatrização de perfurações subagudas de membranas timpânicas, o que não se observou com a pentoxifilina. O percentual de cicatrização das perfurações foi de 30,3%, 3,6%, 16,5% e 8,7% nos grupos fator de crescimento epitelial, pentoxifilina, fator de crescimento epitelial com pentoxifilina e controle, respectivamente / The effect of epidermal growth factor and pentoxifylline, in combination or alone, was evaluated in chinchillas with subacute tympanic membrane perforations, and compared with a control group. Epidermal growth factor helped in the healing of subacute tympanic membrane perforations, but the same was not observed for pentoxifylline. The healing rate of perforations was 30.3%, 3.6%, 16.5% and 8.7% for the following groups: epidermal growth factor, pentoxifylline, epidermal growth factor with pentoxifylline and untreated controls, respectively
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Leucoplasia oral: tratamento cirúrgico com laser de CO2 e de diodo e análise por imuno-histoquímica da expressão de proteínas relacionadas à carcinogênese (p53, COX-2 e EGFR) / Oral leukoplakia: surgical treatment with CO2 and diode lasers and analysis of the expression of proteins related to carcinogenesis (p53, COX-2 e EGFR) by immunohistochemistryVivian Cunha Galletta Kern 03 March 2010 (has links)
Leucoplasia oral (LO) é uma lesão potencialmente maligna, definida como uma placa branca que não pode ser caracterizada como outra doença da mucosa oral. Dentro de certo consenso, as LOs devem ser tratadas, mas nenhum tratamento disponível tem a capacidade de prevenir a transformação maligna. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do tratamento cirúrgico das LOs por lasers de CO2 e diodo e verificar a ocorrência de desfechos clínicos de recidivas, desenvolvimento de novas lesões ou transformação maligna após o tratamento. Adicionalmente foi realizado estudo imunohistoquímico em material biopsiado das lesões e em tecido normal gengival (grupo controle). Fatores reconhecidamente de risco como hábitos nocivos (álcool e tabagismo), características clínicas das lesões, grau de displasia, bem como a expressão dos anticorpos investigados, foram analisados e relacionados com a ocorrência de desfechos clínicos em 40 pacientes atendidos no ambulatório de Estomatologia Clínica. Os cortes histológicos das lesões foram classificados de acordo com o grau de displasia e com um sistema binário, e subsequentemente foram testados para os anticorpos anti-p53, anti-COX-2 e anti- EGFR através de reação imuno-histoquímica. Análise de Kaplan-Meier, seguida do teste de log-rank e análise de regressão de Cox avaliaram a ocorrência de recorrência, desenvolvimento de novas lesões e transformação maligna e possíveis fatores relacionados com esses desfechos clínicos. Teste de odds ratio e de x2 avaliaram a expressão dos anticorpos investigados em LOs e grupo controle. Pacientes com LO apresentaram idade média de 60,5 anos e a relação homem/mulher foi de 1,35:1. Hábitos de tabagismo e etilismo foram prevalentes em homens. A maior parte das lesões era < 2 cm (57,1%), tinha aspecto homogêneo (67,3%) e displasia epitelial (61,2%); apenas 7 lesões eram de alto risco (sistema binário). Desfechos clínicos de recorrência, desenvolvimento de novas lesões ou transformação maligna foram observados em 37,5% dos pacientes; 2 pacientes desenvolveram malignidade em sítios distintos da LO inicial. Análise estatística mostrou associação entre desfecho de recorrência e lesões de alto risco, e entre desfecho de desenvolvimento de novas lesões e mulheres acima de 60 anos. Os anticorpos p53 e COX-2 foram mais expressos em LOs que no grupo controle, mas a expressão de nenhum anticorpo foi relacionada com os desfechos clínicos avaliados. O tratamento por lasers de alta potência (CO2 e diodo) mostrou-se eficiente na remoção das lesões, embora não tenha evitado desfechos clínicos de recorrência, desenvolvimento de novas lesões e transformação maligna. Lesões de alto risco e mulheres acima de 60 anos constituíram fatores de risco aos desfechos clínicos, enquanto os anticorpos analisados não foram eficientes para prognosticar a evolução das LOs. / Oral leukoplakia (OL) is a potentially malignant lesion, defined as a white patch that cannot be characterized as any other disease of the oral mucosa. In general, OL should be treated; however no treatment available has been able to prevent malignant transformation. The aim of this study was to evaluate the efficacy of surgical treatment with CO2 and diode lasers in 40 patients with OL and the occurrence of clinical outcomes of recurrence, development of new lesions or malignant transformation, after treatment. Additionally, an immunohistochemistry study was performed in OL biopsy-specimen and in gingival normal tissue (control group). Recognized risk factors such as habits (alcohol and tobacco), clinical characteristics of lesions, grade of dysplasia, as well as the expression of immunohistochemistry reaction were analyzed. Histological slides of lesions were classified according to the grade of dysplasia and a binary system, and subsequently tested for the anti-p53, anti-COX-2 and anti-EGFR antibodies by immunohistochemistry assay. Kaplan-Meier analysis along with log-rank test and Cox regression analysis were used to assess the occurrence of clinical outcomes and the association with risk factors. Odds ratio and x2 tests evaluated the expression of the investigated antibodies in OLs and in the control group. Patients with OL had a mean age of 60.5 years and the men/women ratio was of 1.35:1. Smoking and alcohol habits were more prevalent among men than in women. Lesions were clinically characterized as measuring less than 2 cm (57.1%), with a homogenous aspect (67.3%) and histologically with epithelial dysplasia (61.2%); only 7 lesions were classified as of high-risk (binary system). Clinical outcomes (recurrence, development of new lesions and malignant transformation) were observed in 37.5% patients; 2 patients developed malignancy in areas distant from the initial OL site. Statistical analysis showed association between recurrence and high-risk lesions, and between development of new lesions and women over 60 years old. Anti-P53 and anti-COX-2 antibodies were more expressed among OL than in the control group, but no antibody expression was related to the clinical outcomes analyzed. Surgical treatment with high-power lasers (CO2 and diode) showed to be efficient in the removal of OL lesions, but it did not avoid clinical outcomes of recurrence, development of new lesions and malignant transformation. High-risk lesions and women over 60 years old constituted risk factors for the clinical outcomes, while the analized antibodies were not usefull markers to characterize OL lesions with higher risk of malignancy.
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Avaliação da expressão imunoistoquímica de PTEN, AKT fosforilada e receptor de androgênio em carcinomas de mama HER-2 positivos / Immunohistochemical assesment of PTEN, phosphorilated AKT and androgen receptor expression in HER2-positive breast carcinomasFrancini de Mattos Lima Lin 17 December 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Os carcinomas HER-2 positivos representam cerca de 20- 30% de todos os tumores da mama e se caracterizam por curso clínico mais agressivo, com alta proliferação celular e resistência a apoptose, determinados por cascatas de sinalizações intracelulares, tais como a via PI3K/AKT. O trastuzumabe, um anticorpo monoclonal humanizado que se liga à molécula de HER-2, é o tratamento padrão destas pacientes. A resposta a monoterapia com trastuzumabe varia de 12-30% e a persistência da ativação da via PI3K/AKT é um dos mecanismos de resistência. A ativação do AKT começa com a fosforilação do PIP2 a PIP3 pela PI3K. A desfosforilação do PIP3 é mediada pela PTEN e sua deficiência é um dos fatores possivelmente implicados na resistência ao trastuzumabe. Além da resistência à terapêutica, os tumores HER-2 positivos são heterogêneos quanto ao seu comportamento biológico. A busca de diferentes padrões morfológicos e moleculares neste grupo de carcinomas pretende identificar subgrupos prognósticos e preditivos, permitindo a individualização terapêutica. OBJETIVOS: Estudar a expressão imunoistoquímica de duas moléculas da via de sinalização PI3K/AKT (PTEN e AKT fosforilada) e explorar a via de sinalização androgênica através da expressão do receptor de androgênio e dos perfis morfológico e molecular apócrinos. METODOLOGIA: O estudo foi retrospectivo com revisão dos preparados histológicos e construção de blocos de microarranjos com amostras dos tumores para estudo imunoistoquímico. Na revisão foram avaliados: tipo histológico, características morfológicas apócrinas, presença de componente in situ, graus histológico e nuclear, receptores de estrogênio e progesterona, e atividade proliferativa através da expressão imunoistoquímica do Ki-67. Os preparados histológicos foram submetidos à pesquisa de PTEN, AKT fosforilada e receptor de androgênio. Pacientes, familiares e médicos foram contatados para recuperação do seguimento e evolução. RESULTADOS: Foram estudadas 104 pacientes portadoras de carcinoma primário da mama. A expressão de PTEN esteve reduzida em 20/104 (19,2%) dos casos e foi mais freqüente nos tumores com AKT positivo (p= 0,06). O grupo de tumores sem perda de expressão de PTEN apresentou maior atividade proliferativa. A AKT foi positiva em 71/104 (68,3%) casos e se associou a maior grau de diferenciação e à expressão de receptor de androgênio. O receptor de androgênio foi positivo em 89/104 (85,6%) dos casos e esteve associado ao menor grau histológico (p=0,018), receptor de estrogênio (p=0,008) e menor atividade proliferativa (p=0,001). A ausência da expressão do receptor de estrogênio (perfil molecular apócrino) foi identificada em 41/104 casos (39,4%) e se associou a tumores com grau histológico mais alto. O perfil morfológico apócrino foi identificado em 71 (68,3%) dos casos e se associou a alto grau histológico e nuclear. O seguimento foi possível em 55 casos e observamos tendência a menor sobrevida livre de doença nos tumores AKTpositivos e RA-negativos. CONCLUSÕES: Nossos resultados comprovam a heterogeneidade dos carcinomas mamários HER-2 positivos e indicam diferenças em pelos menos duas vias de sinalização celulares como possíveis explicações para as mesmas: a via PI3K/AKT e a androgênica / BACKGROUND: HER-2 positive carcinomas represent about 20-30% of all breast tumors and are characterized by a more aggressive clinical course with high cell proliferation and apoptosis resistance, determined by cascades of intracellular signals, such as the PI3K/AKT pathway. Trastuzumab, a humanized monoclonal antibody that binds to HER-2 molecule, is the standard treatment for these patients. The response to monotherapy with trastuzumab ranges from 12-30% and the persistence of activation of the PI3K/AKT pathway is one of mechanisms of resistance. Activation of AKT begins with the phosphorylation of PIP2 to PIP3 by PI3K. The dephosphorylation of PIP3 is mediated by PTEN and its deficiency is one of the factors possibly involved in resistance to trastuzumab. In addition to resistance to therapy, HER-2 positive tumors are heterogeneous in their biologic behavior. The search for different morphological and molecular patterns of carcinomas in this group aims to identify prognostic and predictive subgroups, allowing for customized therapy. OBJECTIVES: To study the immunohistochemical expression of two molecules of the signaling pathway PI3K/AKT (phosphorylated AKT and PTEN) and to explore the androgen signaling pathway through the expression of androgen receptor and apocrine morphological and molecular profiles. METHODS: This study retrospectively reviewed the histological preparations and built tissue microarray with tumor samples for immunohistochemical study. We assessed histologic type, apocrine morphology, presence of in situ component, histologic and nuclear grade, estrogen and progesterone receptors and proliferative activity through the immunohistochemical expression of Ki-67. The tissue preparations were examined for PTEN, phosphorylated AKT and androgen receptor. Patients, relatives and physicians were contacted for retrieval of follow-up data. RESULTS: We studied 104 primary breast cancer patients. The expression of PTEN was reduced in 20/104 (19.2%) cases and was more frequent in tumors with positive AKT (p = 0.06). The group of tumors without loss of PTEN expression showed higher proliferative activity. AKT was positive in 71/104 (68.3%) cases and was associated with a higher degree of differentiation and with expression of androgen receptor. The androgen receptor was positive in 89/104 (85.6%) cases and was associated with lower histological grade (p = 0.018), estrogen receptor (p = 0.008) and lower proliferative activity (p = 0.001). The absence of expression of estrogen receptor (apocrine molecular profile) was identified in 41/104 cases (39.4%) and was associated with tumors of higher histologic grade. The apocrine morphological profile was identified in 71 (68.3%) cases and was associated with high histological grade and nuclear. Follow-up was possible in 55 cases and a trend for shorter disease-free survival was observed in AKT-positive and AR-negative tumors. CONCLUSIONS: Our results confirmed that HER-2-positive breast cancers are heterogeneous and indicate that differences in at least two cellular signaling pathways PI3K/AKT and androgen pathway might underliy such a heterogeneity
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Estudo de polimorfismos dos genes EGF e EGFR em astrocitomas difusamente infiltrativos / Polymorphisms of EGF e EGFR genes in diffusely infiltrative astrocytomasKeila Cardoso Barbosa 11 April 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Os astrocitomas difusamente infiltrativos são os tumores mais freqüentes de Sistema Nervoso Central (SNC) com uma taxa de 5-7 novos casos por 100.000 pessoas ano. São tumores altamente invasivos e estão associados com alterações de alguns genes como EGF (fator de crescimento epidérmico) e o EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico), que podem criar um aumento da atividade mitogênica, acarretando aumento de proliferação e maturação celular, apoptose, angiogênese e metástase. O nível de expressão destes genes pode ser influenciado por alterações genéticas, como a presença de polimorfismos. Uma mudança única de base (SNP) pode alterar a expressão gênica e, sendo assim, estar associada ao aumento do risco de desenvolver astrocitomas. Nesse trabalho, foram analisados 2 SNPs na região não traduzida (c.-191C>A e c.-216G>T) e um SNP no exon 16 (c.2073A>T) do gene EGFR, e um outro SNP na região não traduzida no gene EGF (c.61A>G). Os SNPs foram associados a expressão gênica do EGFR e a sobrevida dos pacientes. MÈTODOS: Foi realizado um estudo caso-controle com 193 casos de astrocitomas difusamente infiltrativos e 200 controles por amplificação por PCR seguido de digestão enzimática. Os produtos digeridos das amostras foram analisados por eletroforese em gel de agarose e poliacrilamida e corados com brometo de etídeo. A expressão gênica foi realizada após extração de RNA do tecido tumoral seguida de transcrição reversa e PCR em tempo real. Testes de qui-quadrado, odds ratio (OR), intervalo de confiança 95% (IC95%), t de Student e curvas de Kaplan-Meier foram realizados para análises estatística. RESULTADOS: A análise das freqüências dos genótipos dos polimorfismos mostrou uma diferença na distribuição entre casos e controles para o polimorfismo c.2073A>T. Pacientes com o genótipo TT apresentou um menor risco para astrocitoma quando comparados com o genótipo AA (OR=0,51, IC95%=0,29-0,99). Nenhuma correlação foi encontrada para os outros polimorfismos analisados. Também não foi encontrada correlação entre os genótipos dos polimorfismos e os níveis de expressão de EGFR e a sobrevida dos pacientes. CONCLUSÃO: Nosso trabalho mostrou haver um possível fator de proteção quando o paciente é portador do genótipo TT, o que pode levar a uma diminuição do risco de desenvolver o tumor. Pacientes com genótipo TT do polimorfismo c.2073A>T do gene EGFR apresentam um menor risco para astrocitomas difusamente infiltrativos do que os com o genótipo AA. / INTRODUCTION: Diffusely infiltrative astrocytomas are the most frequent tumors of the Central Nervous System (CNS) with a rate of 5-7 new cases in 100,000 individuals per year. They are highly invasive, and they are associated to alterations in some genes as EGF (epidermal growth factor) and EGFR (epidermal growth factor receptor), which may increase mitogenic activity, leading to increase of proliferation, cellular maturation, apoptosis, angiogenesis, and metastasis. Genetic alterations, as presence of polymorphisms of single nucleotide change (SNP) could influence their expression level, and thus could be associated to increased risk in developing astrocytomas. In the present study, two SNP of non-coding region (c.-191C>A and c.-216G>T) and one SNP in exon 16 (c.2073A>T) of EGFR, and another SNP of non-coding region of EGF (c.61A>G) were analyzed. The SNPs were associated to EGFR expression level and to survival time. METHOD: a case-control study of 193 of diffusely infiltrative astrocytomas and 200 controls was carried out, with PCR amplification and enzymatic digestion, which products were analyzed in agarose gel or polyacrylamide gel electrophoresis stained by ethidium bromide. EGFR expression level was studied by real time PCR after RNA extraction followed by reverse transcription of tumor tissues compared to epileptic non-neoplastic brain tissues. Stastistical analysis were performed by chi-square, odds ratio (OR), 95% confidence interval (95% CI), Student-t test and Kaplan Meier. RESULTS: The polymorphic genotype frequency was different between case and controls for the polymorphism c.2073A>T. Patients with TT genotype presented lower risk to develop astrocytoma when compared to genotype AA (OR=0.51, CI95%=0.29- 0.99). No other correlation was observed for the remaining studied polymorphisms. There was neither correlation between the polymorphic genotypes and the EGFR expression levels nor with survival time. CONCLUSION: The present study showed a possible protection factor in developing astrocytomas for the patients harboring the genotype TT of c.2073A>T polymorphism of EFGR, thus the patients presenting TT genotype have lower risk to develop diffusely infiltrative astrocytoma than patients presenting the genotype AA.
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Desestruturação de lipid rafts por ácido docosaexaenoico (DHA) induz apoptose em células epiteliais luminais da glândula mamária humana transformadas pela superexpressão de HER-2 / Lipid rafts disruption by docosahexaenoic acid (DHA) induces apoptosis in transformed human mammary luminal epithelial cells harboring HER-2 overexpressionGraziela Rosa Ravacci 21 March 2013 (has links)
A superexpressão de receptores HER-2 é anormalidade celular de grande relevância clínica no câncer de mama. Ela ocorre em aproximadamente 30% de carcinomas de mama incluindo lesões pré-neoplásicas e malignas, e está associada a prognóstico desfavorável. A hiperativação dos receptores HER-2, consequência natural de sua superexpressão, promove proliferação celular aberrante e tumorigênese. Admite-se que a ativação e envio de sinais via HER-2 possa acontecer quando estes receptores se encontram em compartimentos específicos da membrana celular, os lipid rafts. Assim, um número maior de HER-2 poderia implicar em maior quantidade de lipis rafts. Para testar essa hipótese, usamos modelo de transformação oncogênica que nos permitiu avaliar, especificamente, os efeitos da superexpressão de HER-2 e identificar a quantidade de lipid rafts. Para isso utilizamos a linhagem celular HB4a, derivada de célula epitelial luminal do tecido mamário humano normal com baixa expressão de HER-2; e a linhagem HB4aC5.2, um clone derivado da HB4a, que superexpressa receptores HER-2. Nas células HB4aC5.2, a superexpressão de HER-2 foi acompanhada pelo aumento dos lipid rafts na membrana celular, bem como, hiperativação de sinais de sobrevivência, proliferação (aumento da ativação de proteínas Akt e Erk1/2, respectivamente), e taxa de proliferação celular duas vezes mais rápida que a linhagem normal HB4a. Adicionalmente, a superexpressão de HER-2 foi associada com aumento da lipogênese celular (fenótipo lipogênico), dependente do aumento de ativação da enzima FASN e da superexpressão de DEPTOR. A FASN é responsável pela síntese de palmitato, utilizado para formação de lipid rafts. A superexpressão de DEPTOR, por modular a atividade transcricional de PPAR?, pode evitar a lipotoxicidade do excesso de palmitato. Além disso, DEPTOR, por sua capacidade em reduzir atividade do complexo mTORC1, contribui para sobrevivência celular dependente da proteína Akt. Em continuidade, consideramos, como segunda hipótese, que a desestruturação de lipid rafts poderia influenciar negativamente a ativação dos receptores HER-2. Para isso tratamos, as mesmas linhagens celulares anteriormente descritas, com ácido docosaexaenoico (DHA), um tipo de ácido graxo ômega-3. Nossos resultados mostraram que, nas células HB4aC5.2, o tratamento com DHA desestruturou os lipid rafts, inibiu a sinalização iniciada pelos receptores HER-2 ( diminuição da ativação das proteínas Akt, Erk1/2, FASN, atividade transcricional de PPAR? e expressão de DEPTOR) e reverteu o fenótipo lipogênico. Adiciona-se que essas modificações celulares e moleculares foram acompanhadas por indução significativa de morte e apoptose. As mesmas alterações não foram observadas nas células normais HB4a. Em conclusão, o presente estudo reforça a associação entre a presença de HER-2 e lipid rafts. Adicionalmente aponta que a desestruturação de lipid rafts por DHA reduz a sinalização de HER-2. Por fim, sugere que distúrbios em lipid rafts, induzidos por DHA, possam representar ferramenta útil no controle da sinalização aberrante deflagrada pelos receptores HER-2, e aponta potencial terapêutico na suplementação de DHA para quimioprevenção e tratamento do câncer de mama HER-2 positivo. / HER-2 receptor overexpression is a cellular abnormality of great clinical significance in breast cancer. It is described in approximately 30% of breast carcinomas, including preneoplasic and malignant lesions, and is associated with poor prognosis. Hyperactivation of HER-2 receptors, a natural consequence of its overexpression, promotes aberrant cell proliferation and tumorigenesis. For signal activation and transduction to occur, HER-2 must be localized in specific compartments in the cell membrane: the lipid rafts. Therefore, we hypothesize that a greater number of HER-2 receptors could indicate a greater quantity of lipid rafts. To test this, we used an oncogenic transformation model that specifically allowed assessment of the effects of HER-2 overexpression and identification of the quantity of lipid rafts: an HB4a cell line derived from normal human breast tissue luminal epithelial cells with low HER-2 expression, and an HB4aC5.2 cell line, a clone derived from HB4a that overexpresses HER-2 receptors. In the HB4aC5.2 cells, HER-2 overexpression was accompanied by an increase in lipid rafts in cell membranes as well as hyperactivation of survival signals, proliferation (increased activation of the proteins Akt and ERK1/2, respectively), and an increased rate of proliferation, compared to the normal HB4a line. In addition, HER-2 overexpression was associated with increased cellular lipogenesis (lipogenic phenotype), dependent on the increased activation of the FASN enzyme and the overexpression of DEPTOR. FASN is responsible for the synthesis of palmitate, used to synthesize lipid rafts. Overexpression of DEPTOR by modulating PPAR? transcriptional activity, may avoid lipotoxicity from excess palmitate. Moreover, DEPTOR, with its ability to reduce mTORC1 complex activity, contributes to cell survival dependent on Akt. To continue, we considered as a second hypothesis that the disruption of lipid rafts could negatively influence HER-2 receptor activation. For this, we treated the same cell lines described above with docosahexaenoic acid (DHA), a omega-3 fatty acid. Our results showed that in HB4aC5.2 cells DHA treatment disrupted the lipid rafts, inhibited signaling initiated by HER-2 receptors (reduced activation of Akt, ERK1/2, and FASN proteins, PPAR? transcriptional activity, and DEPTOR expression) and reversed the lipogenic phenotype. In addition, these cellular and molecular changes were accompanied by a significant induction of apoptosis and death. The same changes were not observed in normal HB4a cells. In conclusion, the present study reinforces the association between HER-2 presence and lipid rafts. It also indicates that the disruption of lipid rafts by DHA reduces HER-2 signaling. Finally, it suggests that DHA-induced disturbances in lipid rafts may represent a useful tool in controlling aberrant signaling triggered by HER-2 receptors, and indicate therapeutic potential in DHA supplementation for chemoprevention and treatment of HER-2 positive breast cancer.
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Avaliação dos biomarcadores urinários de inflamação e de remodelação tecidual na disfunção vesical em pacientes com hiperplasia prostática benigna / Evaluation of urinary biomarkers of inflammation and tissue remodeling in bladder dysfunction in patients with benign prostatic hyperplasiaConti, Paulo Sajovic de 08 February 2019 (has links)
INTRODUÇÃO: A HD está presente em aproximadamente 50% dos pacientes com OIV devido HPB e 30% dos casos não apresentarão melhora após o tratamento cirúrgico. Até o momento, nenhuma característica clínica pode predizer acuradamente quais pacientes serão beneficiados. Há espaço para o aprimoramento de novos métodos diagnósticos não invasivos capazes de discriminar quais os melhores candidatos à cirurgia. Neste estudo nós analisamos o papel de cinco biomarcadores urinários moleculares associados à HD e à OIV em pacientes com HPB que serão submetidos à RTUP. MÉTODOS: Um estudo prospectivo e controlado analisou 71 pacientes candidatos à RTUP devido HPB, submetidos ao procedimento cirúrgico entre 2011 a 2016. O grupo controle foi composto por pacientes assintomáticos apresentando IPSS menor que 6, volume prostático menor que 30 gramas, ausência de resíduo pósmiccional e fluxometria máxima >= 15ml/s. Todos os pacientes do grupo de estudo realizaram estudo urodinâmico no pré-operatório e 63 pacientes no período pósoperatório. Nós analisamos a presença, o período de início (primeira vs segunda metade do enchimento vesical) e a amplitude ( 40 cmH2O) das CVIs, assim como o grau de obstrução infravesical. A coleta da urina foi realizada no pré-operatório para os pacientes do grupo de estudo. A urina foi analisada para 5 quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento usando teste de ELISA. Os valores de concentração das proteínas foram analisados de forma absoluta e normalizados para os níveis de creatinina (/Cr). RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi 67 anos (50 a 88). A HD estava presente em 39 (54,9%) pacientes. De acordo com aferições pré-operatórias, a média da concentração urinária de IL-6/Cr (p=0,007), MCP-1(p=0,000), MCP-1/Cr (p=0,000), EFG/Cr (p=0,044) e MMP-1/Cr (p=0,043) estavam respectivamente cerca de 4,5x, 7,1x, 23x, 1,7x e 2,2x vezes significativamente aumentadas em relação aos controles assintomáticos. O nível de EGF foi 1,3 vezes maior nos pacientes que iniciaram CVI tardiamente quando comparados àqueles que iniciaram as contrações na fase inicial de enchimento vesical (p=0,044). A amplitude das CVIs, o fluxo urinário, a complacência, o índice de contratilidade, e o schafer não apresentaram correlações estatísticas com as proteínas estudadas. Em relação a presença de HD, os níveis urinários de IL-6 (p=0,003), MCP-1(p=0,002), e MCP-1/Cr (p=0,002) foram respectivamente 1,8x, 2x, e 2,7 vezes aumentados em relação aos pacientes submetidos à cirurgia sem HD ao estudo urodinâmico. O MCP-1/Cr foi o marcador com melhores propriedades diagnósticas para HD, apresentando área sob a curva (AUC) de 0,71 (95% CI 0,59 a 0,84). A dosagem do MCP-1 não ajustada pela creatinina apresentou uma AUC de 0,71 (95% CI 0,59 a 0,83). A IL-6, por sua vez, teve uma AUC de 0,70 (95% CI 0,58 a 0,82). Todos os outros biomarcadores apresentaram propriedades inadequadas neste cenário para avaliação da HD e OIV. Em relação à resolução ou persistência da HD após 12 meses de tratamento cirúrgico, os níveis dos biomarcadores NGF/Cr (p=0.005) e MMP-1/Cr (p=0.021) foram superiores entre os pacientes que não obtiveram interrupção das CVIs no pós-operatório. Demonstraram serem úteis para predizer a persistência da HD no pós-operatório, o NGF/Cr com AUC de 0,77 (95% CI 0,62 à 0,92) (p=0,006) e o MMP-1/Cr com AUC de 0,72 (95% CI 0,56 à 0,88) (p=0,022). CONCLUSÕES: Vias neuronais parecem estar relacionadas com o período de início das CVIs durante a fase de enchimento vesical. A presença de níveis elevados na urina de biomarcadores inflamatórios e de reparo tecidual sugere um papel da inflamação na gênese da HD, e pode ajudar no diagnóstico não invasivo deste achado no pré-operatório. MCP-1, MCP-1 /Cr e IL-6 foram associados a presença de de HD ao estudo urodinâmico em pacientes com HPB candidatos a RTUP. O nível de EGF/Cr foi associado a contrações vesicais tardias. O MMP-1/Cr foi relacionado a maior pressão detrusora. O biomarcador MCP-1/Cr demonstrou-se ser útil no diagnóstico de HD nos pacientes com HPB. NGF/Cr e MMP-1/Cr demonstraram-se ser úteis para predizer a persistência da HD no pós-operátorio / INTRODUCTION: Detrusor hyperactivity (DH) is present in approximately 50% of patients with bladder outlet obstruction (BOO) due to benign prostatic hyperplasia (BPH), and 30% of the cases will not show improvement after surgical treatment. To date, no clinical feature can accurately predict which patients will benefit from surgical treatment. This rate can be improved because new noninvasive diagnostic methods are capable of determining the best candidates for surgery. In this study, we analyzed the role of five molecular biomarkers in urine associated with DH and BOO in patients with BPH undergoing transurethral resection of the prostate (TURP). METHODS: This prospective and controlled study analyzed 71 patients who were candidates for TURP due to BPH and underwent surgery between 2011 and 2016. The control group consisted of asymptomatic patients with International Prostate Symptom Scores (IPSSs) less than 6, prostate volume less than 30 grams, absence of estimated postvoid residual volume and a maximum flow rate >= 15 ml/s. All patients in the study group underwent a preoperative urodynamic study, with 63 patients undergoing a repeat urodynamic study during the postoperative period. We analyzed the presence, onset period (first vs second half of bladder filling) and amplitude ( 40 cmH2O) of the involuntary detrusor contractions (IDCs), as well as the degree of BOO. Urine was collected preoperatively from patients in the study group. The urine was analyzed for five chemokines, cytokines and growth factors using ELISAs. The protein concentrations were analyzed as absolute and creatinine (/Cr)-adjusted values. RESULTS: The mean age of the patients was 67 years (50 to 88). DH was present in 39 (54.9%) patients. According to preoperative measurements, the mean urine concentrations of IL-6/Cr (p = 0.007), MCP-1 (p = 0.000), MCP-1/Cr (p = 0.000), EGF/Cr (p = 0.044) and MMP-1/Cr (p = 0.043) were approximately 4.5, 7.1, 23, 1.7 and 2.2 times, respectively, those of asymptomatic controls (all significantly increased). The EGF level was 1.3 times higher in patients with late IDCs than in those whose contractions started in the early stage of bladder filling (p = 0.044). The IDC amplitude, urinary flow, compliance, bladder contractility index, and Schafer\'s grade were not significantly correlated with the proteins studied. In patients with DH, urinary levels of IL-6 (p = 0.003), MCP-1 (p = 0.002), and MCP- 1/Cr (p = 0.002) were 1.8, 2, and 2.7 times higher, respectively, than in patients without DH who underwent surgery, according to the urodynamic study. MCP- 1/Cr had the best diagnostic properties for DH, with an area under the curve (AUC) of 0.71 (95% CI: 0.59 to 0.84). The non-Cr adjusted MCP-1 concentration had an AUC of 0.71 (95% CI: 0.59 to 0.83). Additionally, IL-6 had an AUC of 0.70 (95% CI: 0.58 to 0.82). All other biomarkers were inadequate for DH and BOO evaluation. Regarding the resolution or persistence of DH 12 months after surgery, the NGF/Cr (0.13 vs 0.08, p = 0.005) and MMP-1/Cr (0.11 vs 0.04, p = 0.021) levels were higher in patients for whom the IDCs continued during the postoperative period. The following factors were shown to be useful for predicting the persistence of DH during the postoperative period: NGF/Cr, with an AUC of 0.77 (95% CI: 0.62 to 0.92) (p = 0.006), and MMP-1/Cr, with an AUC of 0.72 (95% CI: 0.56 to 0.88) (p = 0.022). CONCLUSIONS: Neural pathways appear to be related to the onset period of IDCs during bladder filling. The presence of high urinary levels of inflammatory and tissue repair biomarkers suggests a role of inflammation in the genesis of DH and may aid in the noninvasive diagnosis of this condition during the preoperative period. MCP-1, MCP-1/Cr and IL-6 were associated with the presence of DH in the urodynamic studies of patients with BPH who were candidates for TURP. The EGF/Cr level was associated with late detrusor contractions. MMP-1/Cr was associated with increased detrusor pressure. The MCP-1/Cr biomarker was shown to be useful for the diagnosis of DH in patients with BPH. NGF/Cr and MMP-1/Cr were shown to be useful in predicting the persistence of DH during the postoperative period
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