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Força de preensão manual e força máxima de mordida em indivíduos dentados e desdentados totais /Jabr, Camila Luiz. January 2019 (has links)
Orientador: João Neudenir Arioli Filho / Resumo: A mensuração da força de mordida permite a avaliação da funcionalidade e da atividade do sistema estomatognático, sendo esta uma variável de grande importância para o cirurgião-dentista no estabelecimento do correto plano de tratamento e prognóstico das reabilitações orais. Os dinamômetros para medida de força manual são preditores de força global e apresentam acessibilidade técnica e financeira. O objetivo deste estudo foi estimar a correlação entre a força de preensão manual (FP) média e força máxima de mordida (FM) de indivíduos jovens dentados (G1), adultos dentados (G2) e desdentados totais usuários de próteses totais bimaxilares (G3) do sexo feminino. Após preencher o termo de consentimento livre e esclarecido, os participantes foram submetidos ao teste de mensuração da FP com o auxílio do dispositivo eletrônico digital na mão dominante e não dominante, um total de três mensurações para cada mão, para obtenção da média das mesmas. Posteriormente, através de um gnatodinamômetro digital, foi mensurada a FM na região de molar sendo considerada a média de três mensurações de cada lado. Foram calculados o Coeficiente de Correlação de Pearson (r) e Análise de Variância multivariada (MANOVA). Para comparação das médias, pós-teste de Tukey e de Games-Howell, a nível de significância de 5%. Observou-se uma correlação de moderada a forte entre as variáveis para todos os grupos: G1, G2 e G3 (r=0,838; 0,707; 0,643; respectivamente) e uma diferença significativa entre as médias de F... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The measurement of bite force allows the evaluation of the functionality and activity of the stomatognathic system, being a variable of great importance for the dentistry professionals in the establishment of the correct treatment plan for oral rehabilitations. Dynamometers for manual force measurement are predictors of global strength and have technical and financial accessibility. The aim of this study was to estimate the correlation between the average handgrip force (HF) and maximum bite force (BF) of young dentate (G1), dentate adults (G2) and female total edentulous users of bimaxillary total dentures (G3). After signed the consent form, the participants were submitted to the HF measurement test using the digital electronic device on both hands, three measurements for each hand, to obtain the average of the same ones. Subsequently, through a digital gnatodynamometer, BF was measured in the molar region and the average of three measurements on each side was considered. The Pearson Correlation Coefficient (r) and the Multivariate Analysis of Variance (MANOVA) were calculated. In order to compare the obtained average data, post-tests of Tukey and Games-Howell have been performed at a significance level of 5%. A moderate to strong correlation was observed among the variables for all groups: G1, G2 and G3 (r=0.838, 0.707, and 0.643, respectively) and a significant difference among the average BF data being G1>G2>G3 (p<0.05). Regarding the average of HF, G3 statistically diff... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Função e massa muscular em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaSanchez, Fernanda Figueirôa [UNESP] 22 March 2007 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2007-03-22Bitstream added on 2014-06-13T18:50:44Z : No. of bitstreams: 1
sanchez_ff_dr_botfm.pdf: 1771868 bytes, checksum: 429488c50f3fd192853726c00c1fd7c1 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta manifestações sistêmicas e, dentre entre elas, as alterações nutricionais são bastante evidentes. A perda de peso e o índice de massa do corpo (IMC) foram os primeiros indicadores do estado nutricional relacionados ao prognóstico em pacientes com DPOC. Entretanto, estudos recentes ressaltam a maior prevalência da depleção da massa magra do corpo (MMC) nestes pacientes. Embora algumas repercussões da depleção da MMC em pacientes com DPOC sejam conhecidas, as informações sobre a distribuição, mecanismos e características das alterações parecem contraditórios. Alguns estudos sustentam a idéia de que a fraqueza muscular é proporcional à perda de massa muscular. Por outro lado, os resultados de estudos recentes sugerem que as alterações qualitativas ou funcionais são mecanismos, adicionais à atrofia, envolvidos na disfunção muscular de pacientes com DPOC. Outro aspecto contraditório é o envolvimento de diferentes grupos musculares; alguns estudos mostram que a função dos músculos dos membros superiores (MMSS) encontra-se relativamente preservada enquanto outros sugerem a existência de fraqueza muscular generalizada. O impacto da disfunção muscular na endurance e na tolerância ao exercício também é controverso. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência e as repercussões da depleção da massa muscular sistêmica e localizada em pacientes com DPOC. Foram avaliados sessenta e dois pacientes com DPOC atendidos no Ambulatório de Pneumologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP; vinte e seis pacientes (VEF1: 49,0±18,0%) com depleção de MMC e trinta e seis pacientes... / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) presents significant systemic manifestations and, among them, the nutritional alterations are very important. Loss of body weight and the body mass index (BMI) were the first indicators of the nutritional status related to the prognosis in patients with COPD. However, recent studies have shown the predominance of the fat-free mass (FFM) depletion in these patients. Although some consequences of FFM depletion are well known, information regarding the distribution, mechanism and characteristics of the modification remains unclear. Some researches support the idea that the muscular weakness is proportional to the loss of FFM. On the other hand, results of recent investigations suggest that either the qualitative or functional alterations are mechanisms, additional to the atrophy, involved in the muscular dysfunction in patients with COPD. Another controversial aspect is related to the involvement of different muscular groups; some findings show that the function of the upper-limb muscles are relatively preserved while others suggest the existence of generalized muscular weakness. The impact of the muscular dysfunction in the endurance function and in exercise tolerance is also controversial. The goals of this research were to evaluate the prevalence and the consequences of the systemic and peripheral FFM depletion in patients with COPD. Sixty-two patients with COPD attending to the respiratory outpatient clinic (Botucatu School of Medicine UNESP) were included in the study; twenty-six (FEV1: 49.0l18.0%) with FFM depletion and thirty-six (FEV1: 59.8l24.4%) without FFM depletion. The depletion was characterized by the presence of FFM index <15 kg/m2, for women, and <16 kg/m2, for men. Patients were, in average, 64.0l9.3 years old and 68% were male... (Complete abstract, access undermentioned eletronic address)
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Os sistemas de treinamento de força pirâmide crescente e drop-set não promovem maiores ganhos de força, massa muscular e mudanças na arquitetura muscular comparado ao treinamento de força tradicional em homens treinados / Crescent pyramid and drop-set systems do not promote greater strength gains, muscle hypertrophy, and changes on muscle architecture compared with traditional resistance training in welltrained menAngleri, Vitor 30 October 2017 (has links)
Submitted by Vitor Angleri (vitorangleri@yahoo.com.br) on 2018-05-02T16:17:29Z
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Dissertação de Mestrado - Vitor Angleri.pdf: 1302162 bytes, checksum: 832753371a88a53c8e8a61c770b548f3 (MD5) / Rejected by Eunice Nunes (eunicenunes6@gmail.com), reason: Boa noite Vitor,
Verficiamos que faltou a folha de aprovação com a assinatura dos membros de sua banca que deve estar inserida em sua dissertaçaõ
Solicite o modelo em sua Secretaria de Pós-graduação, e acesse novamente o sistema para fazer o Upload.
Fico no aguardo para finalizarmos o processo.
Abraços
Eunice on 2018-05-10T00:00:53Z (GMT) / Submitted by Vitor Angleri (vitorangleri@yahoo.com.br) on 2018-05-10T00:44:15Z
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Dissertação de Mestrado - Vitor Angleri.pdf: 1487406 bytes, checksum: 9a50755dd6f895bf57d39a1cd797334f (MD5) / Rejected by Ronildo Prado (ri.bco@ufscar.br), reason: Oi Vitor,
Faltou inserir a folha de aprovação na dissertação ou tese.
Abraços
Ronildo on 2018-05-16T13:17:22Z (GMT) / Submitted by Vitor Angleri (vitorangleri@yahoo.com.br) on 2018-05-16T14:18:50Z
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O documento inserido como folha de aprovação não é o correto. Este é a ata de defesa.
A folha de aprovação contém apenas a assinatura dos membros da banca.
Se a folha de aprovação não estiver contigo solicite na Secretaria de Pós-graduação.
Fico à disposição.
Abraços
Ronildo on 2018-05-22T12:11:12Z (GMT) / Submitted by Vitor Angleri (vitorangleri@yahoo.com.br) on 2018-05-28T19:32:11Z
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Previous issue date: 2017-10-30 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Purpose The aim of this study was to compare the effects of crescent pyramid (CP) and Drop-set (DS) systems with traditional resistance training (TRAD) with equalized total training volume (TTV) on maximum dynamic strength (1-RM), muscle cross-sectional area (CSA), pennation angle (PA) and fascicle length (FL). Methods Thirty-two volunteers had their legs randomized in a within-subject design in TRAD (3-5 sets of 6-12 repetitions at 75% 1-RM), CP (3-5 sets of 6-15 repetitions at 65-85% 1-RM) and DS (3-5 sets of ~50-75% 1-RM to muscle failure) protocols. Each leg was trained for 12 weeks. Participants had one leg fixed in the TRAD while the contralateral leg performed either CP or DS to allow for TTV equalization. Results The CSA increased significantly and similarly for all protocols (TRAD: 7.6%; CP: 7.5%; DS: 7.8%). All protocols showed significant and similar increases in leg press 45º (TRAD = 25.9%; CP = 25.9%; DS = 24.9%) and leg extension 1-RM loads (TRAD = 16.6%; CP = 16.4%; DS = 17.1%). All protocols increased PA (TRAD = 10.6%; CP = 11.0%; DS = 10.3%) and FL (TRAD = 8.9%; CP = 8.9%; DS = 9.1%) similarly. Conclusion CP and DS systems do not promote greater gains in strength muscle hypertrophy and changes in muscle architecture compared to traditional resistance training. / Objetivo: Comparar os efeitos dos sistemas pirâmide crescente (PC) e Drop-set (DS) com o treinamento de força tradicional (TRAD) na força máxima dinâmica (1-RM), área de secção transversa muscular (AST), ângulo de penação (AP) e comprimento do fascículo (CF). Métodos: Trinta e dois voluntários tiveram as pernas aleatorizadas em um design intra-sujeito nas protocolos TRAD (3-5 séries de 6-12 repetições à 75% 1-RM), PC (3-5 séries de 6-15 repetições a 65-85% 1-RM) e DS (3-5 séries à ~50-75% 1-RM até a falha muscular). Cada perna foi treinada por 12 semanas. Os participantes tiveram uma perna fixada no protocolo TRAD, enquanto a perna contralateral realizou a protocolo PC ou DS. Resultados: A AST aumentou significantemente e similarmente para todos os protocolos (TRAD: 7,6%; CP: 7,5%; DS: 7,8%). Todos os protocolos demonstraram aumentos significantes e similares nos valores de 1-RM para o leg press 45º (TRAD = 25,9%; CP = 25,9%; DS = 24,9%) e cadeira extensora (TRAD = 16,6%; CP = 16,4%; DS = 17,1%). O AP e o CF aumentaram significantemente e de maneira similar para todos os protocolos (TRAD = 10,6% e 8,9%, respectivamente; CP = 11,0% e 8,9%, respectivamente; DS = 10,3% e 9,1%, respectivamente). Conclusão: Os sistemas PC e DS não promovem maiores ganhos em força, massa muscular ou arquitetura muscular comparado ao treinamento de força tradicional. / FAPESP: 2015/16090-4
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Efetividade de um programa de treinamento de alongamento estático passivo sobre a flexibilidade e força muscular : ensaio clínico randomizadoMársico, Cristine January 2015 (has links)
Introdução: O alongamento destaca-se como recurso empregado pelos fisioterapeutas no tratamento e prevenção de doenças musculoesqueléticas. Porém, a diversidade de técnicas, frequência, duração de sustentação do alongamento geram dúvidas do que é realmente necessário para se obter melhores resultados com o alongamento. Objetivo: Comparar dois tempos distintos de duração de alongamento em um programa de seis semanas de treinamento de alongamento estático passivo, 30s e 60s, sobre a flexibilidade e a força dos músculos isquiotibiais e força de quadríceps de mulheres jovens. Material e Métodos: Esta pesquisa se caracteriza por um estudo clínico randomizado de acompanhamento longitudinal. A amostra foi composta por 45 mulheres com idades entre 20 e 40 anos, divididas em três grupos (G30) programa de treinamento de alongamento estático passivo com 30 segundos de duração; (G60) programa de treinamento de alongamento estático passivo com 60 segundos de duração e (GC) grupo controle, sem intervenção. As coletas foram realizadas em três etapas, que consistiu em (1) pré-teste para avaliar a flexibilidade e força muscular de quadril e joelho, (2) a intervenção, onde foram executados alongamentos com diferentes tempos de execução, 30 e 60 segundos, realizados duas vezes por semana durante 6 semanas e (3) pós teste que consistiu na reavaliação da flexibilidade e força, após período de intervenção. Para obtenção dos valores de amplitude de movimento do quadril e do joelho foi utilizado um goniômetro universal e para a coleta de dados relativa à força muscular, o dinamômetro isocinético Cybex Norm. A análise estatística consistiu na aplicação do teste de Shapiro Wilk e Levene para ver a normalidade e homogeneidade dos dados, respectivamente. Para a comparação entre os grupos (G30, G60 e GC) e intragrupos em momentos distintos (pré e pós) foi utilizado uma ANOVA two way de medidas repetidas. Para avaliar as diferenças identificadas o post-hoc de Bonferroni foi utilizado. A análise foi feita no software SPSS 20.0 e o nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados: Os resultados do presente estudo mostram um aumento significativo no pico de torque concêntrico de extensores do joelho do momento pré para o pós nos grupos de 30 segundos (G30) e 60 segundos (G60) e uma diminuição significativa para o controle (GC). O pico de torque excêntrico dos extensores do joelho também apresentou um aumento significativo do momento pré para o pós em todos os grupos. Porém não apresentou diferença significativa nos picos de torque concêntrico e excêntrico de flexores do joelho. Em relação à amplitude de movimento de quadril e joelho, não houve diferença significativa entre os grupos nem intragrupos nos diferentes momentos. Conclusão: Os resultados mostraram que um único alongamento, de 30s ou 60s, executado duas vezes por semana num período de treinamento de seis semanas é insuficiente para promover aumento na amplitude de movimento de quadril e joelho e de ganho de força do grupo muscular alongado (isquiotibiais). No entanto, parece influenciar no aumento da força do grupo muscular oposto ao alongado (quadríceps). / Introduction: Stretching is a resource widely used by physiotherapists to treat and prevent musculoskeletal disorders. However, discrepancies in stretching techniques, training period, and duration of stretching make it complicated to ensure what stretching parameters lead to the most satisfactory results. Objective: to compare the effect of two distinct durations of stretching (30s and 60s) on hamstrings flexibility and strength of untrained young women during a six-weeks training program. Material e Methodos: This research is characterized as a randomized clinical longitudinal study. Forty-five women (20 to 40 years old) participated in this study, they were divided in three groups: passive static stretching held for 30 seconds (G30); passive static stretching held for 60 seconds (G60); and control group, no intervention (CG). Data collection was carried out in three phases: (1) pre-test of hamstrings’ flexibility and strength; (2) Intervention, in which either 30s or 60s of passive static stretching was performed twice a week for six weeks; (3) post-test of hamstrings’ flexibility and strength. Hip and knee range of motion was measured using a universal goniometer, whereas the information about knee force production was gathered using an Isokinetic Dynamometer. Regarding statistical analyses, Shapiro WilK and Levene tests were used to data normalization and homogenization, respectively. For inter-groups (G30, G60, and CG), and intra-groups (pre and post) comparisons a mixed ANOVA two way was performed. If significant interaction was observed, a Bonferroni post hoc test was conducted. All data were analyzed using SPSS 20, and statistical significance was set as p ≤ 0.05.Results: The results of the present study show significant increase of knee extensors Eccentric and Concentric Peak Torque in both G30 and G60 after stretching training, CG showed significant decrease on knee extensor Concentric Peak Torque, and increase on knee extensor Eccentric Peak Torque after stretching training. Nevertheless, knee flexors Concentric and Eccentric Peak Torque remained unaltered in all groups after stretching training. In relation to range of hip and knee movement, there was no significant difference between the groups or intra groups or the times. Conclusion: The findings showed that a single stretch , 30 or 60 s, of static stretching performed twice a week for six weeks are not sufficient to improve flexibility or strength of the stretched muscles. However, this parameter has an effect muscle strength of the antagonist group.
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Reprodutibilidade da avaliação da força muscular, da amplitude de movimento e da funcionalidade do quadril em sujeitos saudáveisMorales, Anete Beling January 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A avaliação da articulação do quadril continua sendo considerada complexa e desafiadora. Avanços recentes nas técnicas cirúrgicas e de imagem têm contribuído para a identificação das estruturas que contribuem para a dor no quadril. Medidas válidas, confiáveis, reprodutíveis e repetíveis são necessárias para que se possa identificar mudanças que ocorreram na articulação do quadril ao longo do tempo, e para avaliar os desfechos do tratamento realizado. Tanto no ambiente clínico como no de pesquisa, um processo sistemático de avaliação é fundamental para constituir uma prática baseada em evidência. Entretanto, são poucos os estudos encontrados na literatura que avaliaram a reprodutibilidade da avaliação da força muscular, da amplitude de movimento (ADM) e da funcionalidade do quadril em sujeitos saudáveis, medidas fundamentais para que se possa avaliar os efeitos de intervenções clínicas no tratamento de pacientes com problemas na articulação do quadril e comparar com dados normativos. OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade de um protocolo de avaliação da força muscular, ADM e funcionalidade de quadril em sujeitos saudáveis. MATERIAIS E MÉTODOS: 15 voluntários saudáveis (30 quadris), de ambos os sexos, entre 22 e 37 anos, foram submetidos ao teste e reteste, com um único avaliador, da força muscular, da amplitude de movimento e da funcionalidade do quadril. Quatro sessões de avaliação foram realizadas no Setor de Plasticidade Neuromuscular do Laboratório de Pesquisa do Exercício da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As avaliações foram compostas por: (1) medidas antropométricas, (2) aplicação de questionários funcionais, (3) teste de agachamento unipodal, (4) avaliação fotogramétrica e goniométrica da ADM do quadril, (5) teste de força máxima com dinamômetro manual e dinamômetro isocinético, (6) avaliação da dor. RESULTADOS: a dinamometria manual apresentou excelente reprodutibilidade, com coeficiente de correlação intraclasse (CCI) > 0,9 (com intervalos de confiança (ICs) entre 0,85 e 0,99) e valores de erro padrão de medida relativo (EPM%) inferiores a 10%. Os testes dos rotadores externos em 0°, 10° e 20° de rotação interna; dos rotadores internos em 15° de rotação externa e dos abdutores do quadril da dinamometria isocinética e os da rotação externa ativa e passiva e da rotação interna bilateral passiva da fotogrametria da ADM do quadril também apresentaram reprodutibilidade considerada excelente, com CCIs > 0,75, e valores aceitáveis do EPM e EPM%. Porém, tanto na dinamometria isocinética quanto na avaliação da ADM, em muitas das situações testadas, os testes permaneceram com a reprodutibilidade entre razoável e boa (CCIs entre 0,48 a 0,75, no geral), com ICs muito amplos, principalmente para a avaliação da ADM. No dinamômetro isocinético, os testes dos rotadores externos foram mais reprodutíveis que o dos rotadores internos; e os testes em extremos articulares de ambos rotadores foram menos reprodutíveis. A classificação do Kappa do teste de agachamento unipodal foi satisfatória (k=0,59). Os testes menos reprodutíveis foram: a fotogrametria da abdução ativa do quadril (CCI=0,39), da abdução passiva do quadril (CCI=0,48) e a ADM ativa de flexores do quadril realizada com um goniômetro (CCI=0,51). CONCLUSÃO: Uma boa parte dos testes apresentou reprodutibilidade excelente e justifica a aplicação no ambiente clínico, quando realizados por um único avaliador. Entretanto, aprimoramentos nas técnicas utilizadas são necessários a fim de melhorar a reprodutibilidade e reduzir os erros de medida na avaliação do quadril. / INTRODUCTION: The assessment of the hip is still considered complex and challenging. Recent advances in surgical and imaging techniques have contributed to the identification of structures that contribute to hip pain. Measures that are valid, reliable, reproducible and repeatable are necessary to identify changes that have occurred at the hip joint over time, and to evaluate the treatment outcomes. Both at the clinical and research settings, a systematic evaluation process is crucial to provide an evidence-based practice. However, there are few studies in the literature that evaluated the reliability of muscle strength, range of motion (ROM) and hip function measurements in healthy subjects, fundamental steps to assess the effects of clinical interventions in the treatment of patients with problems in the hip joint and compare with normative values. PURPOSE: To evaluate the reliability of an assessment protocol of muscle strength, ROM and hip functionality in healthy subjects. MATERIALS AND METHODS: 15 healthy volunteers (30 hips), of both sexes, between 22 and 37 years of age, were submitted to the test and retest, with a single investigator, of muscle strength, ROM and hip functionality. Four test sessions were held at the Neuromuscular Plasticity Department of the Exercise Research Laboratory at the Federal University of Rio Grande do Sul. The hip assessment included: (1) anthropometric measurements, (2) patient-reported outcome measures, (3) single leg squat test, (4) photogrammetric and goniometric hip ROM examination, (5) maximum strength test with handheld and isokinetic dynamometers, (6) pain evaluation by intensity rating scale. RESULTS: the handheld dynamometer showed excellent reliability with intraclass correlation coefficient (ICC) > 0.9 (with confidence intervals (CIs) between 0.85 and 0.99) and relative standard error values (% SEM) of less than 10%. The external rotators tests at 0°, 10° and 20° of internal rotation; internal rotators at 15° of external rotation, and hip abductors on an isokinetic dynamometer, and active and passive external rotation and bilateral passive internal rotation taken by photogrammetric analysis of the hip also showed excellent reliability, with ICCs> 0.75, and acceptable SEM and SEM% values. However, in many tests performed on the isokinetic dynamometer and in ROM assessment, the reliability remained between fair and good (ICCs between 0.48 to 0.75 overall), with very large CIs, especially for the assessment of ROM. At the isokinetic dynamometer, testing of the external rotators was more reliable than the internal rotators; and the strength rotators tests at the extremes ROMs the reliability was lower. The kappa interpretation for the single leg squat test was satisfactory (k = 0.59). The worst reliability tests were photogrammetry of active hip abduction (ICC = 0.39), passive hip abduction (ICC = 0.48) and active ROM of the hip flexors performed with a goniometer (ICC = 0.51). CONCLUSION: A good part of the tests showed excellent reliability and justifies the application at the clinical setting, when performed by a single investigator. However, improvements are needed in some of the used techniques to improve the reliability and reduce measurement errors in the assessment of the hip.
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Reprodutibilidade intra e interavaliador na avaliação funcional do quadrilTorresan, Anna January 2017 (has links)
A avaliação da articulação do quadril é considerada desafiadora e medidas reprodutíveis são fundamentais para construir uma prática baseada em evidências. O objetivo da presente dissertação de Mestrado foi avaliar a reprodutibilidade intra e interavaliador do teste de força máxima isométrica com dinamômetro manual, da avaliação fotogramétrica e goniométrica da amplitude de movimento (ADM) e da medida do deslocamento angular do quadril 2-D em vídeo por meio do teste de agachamento unipodal em sujeitos saudáveis. No Capítulo I, por meio de uma ampla revisão de literatura, percebemos a existência de divergências no que diz respeito à avaliação do quadril, uma vez que não foi observada uma avaliação sistematizada envolvendo as medidas mais comumente indicadas na prática clínica. O capítulo II avaliou a reprodutibilidade intra e interavaliador por três avaliadores para os desfechos força muscular por dinamometria manual (rotadores internos (RI) e externos (RE), adutores (ADU) e abdutores (ABD) e flexores (FLX) e extensores (EXT)), ADM do quadril por goniometria (FLX ativa (ATI) e passiva (PAS); RE ATI e PAS e os movimentos de rotação interna bilateral (RI BIL) e EXT ativas e fotogrametria (RE e RI BIL de forma ativa ATI e PAS e deslocamento angular durante o agachamento unipodal para as variáveis flexão de joelho no plano sagital (FLX JOE PS), báscula pélvica (BASC), adução do quadril (ADU QUA) e adução do joelho (ADU JOE) Todas as variáveis foram avaliadas nos lados direito (DIR) e esquerdo (ESQ). Vinte sujeitos do sexo masculino (27,0 ± 4,9 anos; massa corporal: 80,07 ± 13,13 kg; estatura: 1,78 ± 0,06 cm; dominância direita [n=18, 90%]), foram submetidos a dois dias de avaliação da funcionalidade do quadril por três avaliadores: (1) dia 1 pelo avaliador 1; (2) dia 2 por três avaliadores (avaliador 1, 2 e 3, com 30 minutos de intervalo entre as avaliações). A análise dos dados foi realizada no software SPSS v. 20.0, por meio de estatística descritiva (média, DP - desvio padrão) e inferencial (ICC – intraclass correlation coefficient; SEM – Standard error measurement; MDC – minimal detectable change = 1,96*SEM) (α<0,05). O teste t pareado foi utilizado para examinar se houve diferença sistemática entre o teste e re-teste e a ANOVA One-Way para medidas repetidas foi utilizada para comparar as médias entre os avaliadores. Havendo efeito principal significativo, foi utilizado um teste post-hoc de Bonferroni para comparações múltiplas (p≤0,05). Para as medidas de força de todos os grupos musculares, a reprodutibilidade intra-avaliador revelou valores de ICC classificados como excelentes para todos os grupos musculares avaliados (ICC≥0,89; p<0,001) com valores médios de SEM = 11,83 ± 2,94 N e MDC = 23,21 ± 5,80 N A reprodutibilidade interavaliador revelou valores de ICC excelentes para todos os grupos musculares (ICC≥0,90; p<0,001) com valores médios de SEM = 10,69 ± 1,96 N e MDC = 20,93 ± 3,86 N. Em relação às medidas de ADM obtidas por goniometria, a reprodutibilidade intravaliador foi classificada como excelente (ICC≥0,77; p<0,05) com valores médios de SEM = 2,67 ± 0,54°e MDC = 5,21 ± 1,04°, com exceção da ADM de FLX PASS DIR (ICC≥0,68; p=0,100), EXT ATI DIR (ICC=0,73; p=0,030) e ESQ (ICC=0,66; p=0,011), consideradas satisfatórias. A reprodutibilidade interavaliador dos valores de ADM por goniometria foram classificadas como excelentes na comparação interavaliadores (ICC≥0,77; p<0,001) com valores médios de SEM = 5,22 ± 1,04° e MDC = 6,95 ± 6,34°, com exceção dos valores de ICC da variável EXT ESQ ATI considerada satisfatória (ICC=0,62), Quanto à ADM obtidas através da fotogrametria, as medidas apresentaram valores de ICC para reprodutibilidade intra e interavaliador classificados como excelentes (ICC≥0,93 e ≥0,96, respectivamente; p<0,001) e valores médios de SEM = 1,94 ± 0,39°e MDC = 3,8 ± 0,76° (intra-avaliador) e de 1,43 ± 0,18° e 2,80 ± 0,34° (interavaliador), respectivamente Para os valores de deslocamento angular durante o agachamento unipodal, com exceção dos valores de ICC da variável de ADU QUA ESQ (ICC=0,62; p=0,021), classificada como satisfatória, todos os valores de ICC foram considerados excelentes para todas as medidas de reprodutibilidade intra-avaliador (ICC≥0,82; p<0,001), com valores médios de SEM = 2,55 ± 1,01° e MDC = 4,98 ± 1,99°. Para reprodutibilidade interavaliador, todos os valores de ICC foram classificados como excelentes (ICC≥0,87; p<0,001), com valores médios de SEM = 1,78 ± 0,65° e MDC = 3,48 ± 1,26°. Os resultados demonstram que os testes avaliados podem ser usados tanto na prática clínica quanto em pesquisas, pois apresentam medidas confiáveis, uma vez que sua reprodutibilidade intra e interavaliador são satisfatórias/excelentes. Entretanto, aprimoramentos nas técnicas utilizadas são necessários a fim de melhorar a reprodutibilidade e reduzir os erros de medida na avaliação do quadril. / The evaluation of the hip joint continues to be considered challenging and reproducible measures are key to building an evidence-based practice. The objective of this Master's thesis was to evaluate the intra and inter-rater reproducibility of the isometric maximum strength test with manual dynamometer, the photogrammetric and goniometric evaluation of range of motion (ROM) and the 2-D video analysis of single leg squat test in healthy subjects. In Chapter I, through a large literature review, we noticed the existence of disagreements regarding hip assessment, since a systematized evaluation involving the measures most commonly indicated in clinical practice was not observed. Chapter II evaluated the intra and inter-rater reproducibility by three evaluators for manual dynamometry: internal and external rotators (IR and ER), adductors (ADD) and abductors (ABD), flexors (FLX) and extensors (EXT ), hip ROM by goniometry (active extension and bilateral internal rotation; active and passive flexion and external rotation); and by photogrammetry (active and passive IR and ER) and angular displacement during single leg squat (knee flexion in the sagittal plane (KFLX SP), pelvic drop (PD), hip adduction (HADD) and knee adduction (KADD). All variables were evaluated on the right (R) and left (L) sides Twenty male subjects (27.0 ± 4.9 years, body mass: 80.07 ± 13.13 kg, height: 1.78 ± 0.06 cm, right dominance [n = 18, 90%]) were submitted to two days of evaluation of hip functionality by three evaluators: (1) day 1 by the evaluator 1; (2) day 2 by three evaluators (evaluator 1, 2 and 3, with a 30-minute interval between evaluations). Data analysis was performed in SPSS v. 20.0, by means of descriptive statistics (mean, SD - standard deviation) and inferential (ICC - intraclass correlation coefficient; SEM) (α<0.05). The paired t-test was used to examine whether there was a systematic difference between the test and re-test and the One-Way ANOVA for repeated measures was used to compare the means among the evaluators. For the strength measurements of all muscle groups, the intra-rater reproducibility revealed values classified as excellent for all muscle groups evaluated (ICC≥0.89; p<0.001) with SEM values = 11.83 ± 2.94 N and MDC = 23.21 ± 5.80 N. The inter-rater reproducibility revealed excellent ICC values for all muscle groups (ICC≥0.90, p<0.001) with SEM values = 10.69 ± 1.96 N and MDC = 20.93 ± 3.86 N Regarding the measurements of ROM obtained by goniometry, the intra-rater reproducibility was classified as excellent (ICC≥0.77, p<0.05) with mean values of SEM = 2.67 ± 0.54° and MDC = 5.21 ± 1.04°, with the exception of passive right flexion (ICC=0.68; p=0.100), active right extension (ICC=0.73; p=0.030) and active left extension (ICC=0.66; p=0.011), considered satisfactory. The inter-rater reproducibility of ROM values by goniometry were classified as excellent in the inter-rater comparison (ICC≥0.77; p<0.001) with SEM values = 5.22 ± 1.04° and MDC = 6.95 ± 6.34, with the exception of ICC values of the active left extension considered satisfactory (ICC=0.62). Regarding the ROM obtained through photogrammetry, the measurements presented ICC values for intra and inter-rater reproducibility classified as excellent (ICC≥0.93 and ≥0.96, respectively; p<0.001) and mean values of SEM = 1.94 ± 0.39° and MDC = 3.8 ± 0.76° (intra-rater) and 1.43 ± 0.18° and 2.80 ± 0.34° (inter-rater), respectively. For the values of angular displacement during unipodal single leg squat, except for the ICC values of the left hip adduction variable (ICC=0.62; p=0.021), classified as satisfactory, all were considered excellent for all measures (ICC≥0.82, p<0.001), with SEM values = 2.55 ± 1.01° and MDC = 4.98 ± 1.99°. For inter-rater reproducibility, all ICC values were classified as excellent (ICC≥0.87; p<0.001), with SEM values = 1.78 ± 0.65° and MDC = 3.48 ± 1.26°. The results demonstrate that the tests evaluated can be used both in clinical practice and in research, since they present reliable measures, since their intra and inter-rater reproducibility are satisfactory/excellent. However, improvements in the techniques used are necessary to improve reproducibility and reduce measurement errors in hip assessment.
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Associação entre desempenho técnico e funcional com propriedades biomecânicas do quadril de bailarinas clássicas no movimento développé à la seconde / Relationship between technical and functional performance with biomechanical properties in classical ballet dancers during the développé à la seconde movementMetzen, Fernanda January 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O ballet clássico é uma técnica de dança cujo desempenho está relacionado com demandas específicas tanto na capacidade de produção de força muscular como na flexibilidade. Estas repetidas solicitações biomecânicas conduzem a adaptações crônicas musculoesqueléticas. O quadril é uma das articulações exigidas nestes aspectos, visto que os movimentos do ballet clássico precisam ser realizados na máxima amplitude de movimento, principalmente durante sua flexão (FLX), extensão (EXT), abdução (ABD) e rotação externa (RE). Em praticantes de ballet clássico, a avaliação biomecânica do quadril é objeto de um maior número de investigações no seu aspecto relacionado às lesões, sendo menor o número de produções científicas que a examinaram sob a ótica do desempenho. Ainda mais incomuns são as pesquisas que incluem como uma variável de interesse a morfologia da musculatura envolvida nos movimentos. O desempenho dos bailarinos pode ser avaliado sob os aspectos técnico e funcional. O aspecto técnico diz respeito à capacidade de realizar um gesto específico da modalidade de acordo com um padrão ideal, na visão de especialistas da área. O aspecto funcional é aquele avaliado por medidas objetivas de quantidade de movimento, como a amplitude alcançada pelo quadril no mesmo gesto do ballet clássico. Neste sentido, alguns estudos avaliam o desempenho técnico enfatizando questões qualitativas e subjetivas, como a estética. Quanto à avaliação do desempenho funcional de gestos específicos da modalidade com ênfase no quadril, o en dehors parece ser o movimento mais investigado. A escassez de conhecimento acerca da relação entre variáveis biomecânicas (e.g. força e amplitude de movimento - ADM) e morfológicas (e.g. espessura muscular - EM) com o desempenho técnico e funcional no ballet clássico representa um hiato importante no conhecimento que liga a prática à ciência na área da dança. OBJETIVO: Assim, este estudo objetiva verificar a associação entre desempenho técnico, funcional absoluto e funcional relativo com variáveis biomecânicas do quadril de bailarinas clássicas durante o movimento de développé à la seconde. METODOLOGIA: Esta pesquisa de desenho transversal de associação, contou com uma amostra de 21 bailarinas (19,6 ± 3,6 anos; 55,5 ± 7,1Kg; 162,5 ± 6,0cm). A coleta foi constituída pelas seguintes avaliações: (1) antropometria e dados relacionados ao tempo de prática; (2) ADM’s do quadril através de cinemetria e discos de rotação; (3) capacidade de produção de força das musculaturas do quadril obtida por dinamometria isométrica manual; (4) espessura dos músculos glúteo médio e glúteo máximo por ultrassonografia; (5) desempenho técnico através de uma planilha de pontuação preenchida por cinco experts; e (6) desempenhos funcional absoluto e funcional relativo através do ângulo articular máximo do quadril no movimento développé à la seconde. Todos os dados coletados foram quantitativos. Na análise estatística, primeiramente foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para testar a normalidade da distribuição de todos os dados. Foram aplicados testes de correlação entre os desempenhos técnico, funcional absoluto e funcional relativo com cada uma das demais variáveis (ADM passiva e ativa, EM, torque, ADM ativa de rotação externa com discos de rotação, idade e tempo de ballet). Coeficiente de Correlação de Pearson foi utilizado nos dados paramétricos e o Coeficiente de Correlação de Spearman nos dados não paramétricos. Cada avaliação de desempenho (desempenho técnico, funcional absoluto e funcional relativo) foi submetida a uma análise de Regressão Linear Múltipla com as quatro variáveis que previamente apresentaram os maiores valores de correlação. RESULTADOS: O desempenho técnico apresentou maiores correlações com a ADM passiva de FLX (r = 0,44), ADM ativa de FLX (r = 0,41), torque de EXT (r = 0,47) e torque de FLX (r = 0,55). O desempenho funcional absoluto apresentou maiores correlações com a ADM passiva de RE (r = 0,72), ADM ativa de FLX (r = 0,50), torque de EXT (r = 0,57) e torque de FLX (r = 0,67). Os valores de correlação do desempenho funcional relativo foram maiores com a ADM passiva de RE, (r = 0,48), ADM ativa de FLX (r = 0,48), torque de FLX, (r = 0,56) e torque EXT (r = 0,49). A Regressão Linear Múltipla demonstrou uma associação de 56% (R2 = 0,557) entre as variáveis desempenho técnico e torque flexor, e de 17% (R2 = 0,728) entre o desempenho técnico e a ADM ativa de FLX. Para as variáveis desempenho funcional absoluto e torque flexor, a associação foi de 67% (R2 = 0,673). Já o desempenho funcional absoluto e ADM ativa de FLX mostraram associação de 11% (R2 = 0,783). Por fim, o desempenho funcional relativo revelou associação de 56% (R2 = 0,562) com o torque flexor e 15% (R2 = 0,716) com a ADM ativa de FLX. CONCLUSÃO: O torque flexor e amplitude de movimento de flexão de quadril são as variáveis biomecânicas mais fortemente associadas ao desempenho técnico, funcional absoluto e funcional relativo no movimento de développé à la seconde do ballet clássico. Presume-se que a inclusão de um treinamento específico dessas duas variáveis – torque flexor e amplitude de flexão de quadril - pode contribuir significativamente para aprimorar a execução dos movimentos específicos na articulação do quadril exigidos pelo ballet clássico. / INTRODUCTION: Classical ballet is a dance modality whose performance is related to the specific demands of muscle strength capacity and flexibility. These repeated biomechanical demands lead to chronic musculoskeletal adaptations. The hip is one of the joints required in these biomechanical aspects, as ballet movements are performed at maximum range of motion, especially during flexion (FLX), extension (EXT), abduction (ABD) and external rotation (ER). In classical ballet practitioners, a biomechanical evaluation of the hip is the object of a greater number of investigations related to joint injuries. A smaller number of scientific productions has evaluated the hip by a performance’s perspective. Even more unusual are surveys that include the morphology of the muscles involved in the movements as a variable of interest. Dancer’s performance can be evaluated under technical and functional aspects. The technical aspect is related to the dancer’s ability to execute a specific gesture of classical ballet according to an ideal standard, in the view of specialists of the area. The functional aspect is evaluated by objective measures of the movement, such as the range of motion (ROM) reached by the hip joint in the same gesture of the classic ballet. In this sense, some studies evaluate technical performance emphasizing qualitative and subjective issues, such as aesthetics. Regarding the evaluation of the functional performance of classical ballet’s specific gestures with emphasis in the hip, the most investigated movement seems to be the en dehors. The lack of information on the relationship between biomechanical variables (e.g., strength and ROM) and morphological (e.g., muscle thickness - MS) with technical and functional performance in classical ballet represents an important hiatus on the existent knowledge. PURPOSE: This study aimed at verifying the association between technical performance, absolute and relative functional performances to biomechanical variables of the hip of classical ballet dancers during the développé à la seconde movement. METHODOLOGY: This associative cross-sectional study had a sample of 21 dancers (19.6 ± 3.6 years, 55.5 ± 7.1 kg, 162.5 ± 6.0 cm). The data extraction consisted of the following evaluations: (1) anthropometry and data related to years of experience; (2) hip’s ROM through kinematics and rotating discs; (3) strength capacity of hip musculature obtained by hand-held dynamometry; (4) gluteus maximus and gluteus medius muscles thickness (MT) by ultrasonography; (5) technical performance through a score sheet completed by five experts; and (6) absolute and relative functional performances of the hip joint maximum angle during the développé à la seconde movement. All the collected data were quantitative. In relation to the statistical analysis, the Shapiro-Wilk was first applied to test the data normality distribution. After that, correlation tests were applied between the technical performance, absolute and relative functional performances with all the variables (passive and active ROM, MT, torque, active ER ROM with rotational discs, age and ballet experience). Pearson's Correlation Coefficient was used in the parametric data and the Spearman Correlation Coefficient in non-parametric data. Technical, absolute and relative functional performances were submitted to a Multiple Linear Regression analysis with the four variables that previously presented the highest correlation values. RESULTS: Technical performance showed higher correlations with the passive FLX ROM (r = 0.44), active FLX ROM (r = 0.41), EXT torque (r = 0.47) and FLX torque (r = 0.55). Absolute functional performance showed higher correlations with passive ER ROM (r = 0.72), active FLX ROM (r = 0.50), EXT torque (r = 0.57) and FLX torque (r = 0.67). Correlation values of the relative functional performance were higher with the passive ER ROM (r = 0.48), active FLX ROM (r = 0.48), FLX torque, (r = 0.56), and EXT torque (r = 0.49). Multiple Linear Regression showed a 56% association (R2 = 0.557) between the technical performance and flexor torque and 17% (R2 = 0.728) between the technical performance and the active FLX ROM. The association was 67% (R2 = 0.673) between absolute functional performance and flexor torque, whereas the absolute functional performance and the active FLX ROM showed an association of 11% (R2 = 0.783). Finally, there was an association of 56% (R2 = 0.562) between relative functional performance FLX torque and 15% (R2 = 0.716) with active FLX ROM, respectively. CONCLUSION: The hip FLX torque and hip flexion ROM were the biomechanical variables with the strongest associations with the different performances (technical, absolute and relative functional) during the développé à la seconde movement. The inclusion of a specific training of these two variables - FLX torque and hip flexion ROM - might significantly contribute in improving the execution of the specific hip joint movements required by classical ballet for this specific classical ballet movement.
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Equilíbrio de força muscular e retardo eletromecânico na articulação do ombro entre atletas de diferentes modalidades esportivasMinozzo, Felipe January 2017 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar o equilíbrio de força muscular e o tempo de retardo eletromecânico na articulação do ombro entre atletas de diferentes modalidades esportivas, os quais utilizam predominantemente rotações internas e externas de ombro durante as suas práticas esportivas. Fizeram parte do estudo 41 sujeitos do sexo masculino, sendo 15 atletas profissionais de Voleibol (24,07 ± 5,13 anos; 91,60 ± 11,67 kg; 198,47 ± 5,90 cm), 14 atletas profissionais de Judô (26,64 ± 7,30 anos; 87,36 ± 15,20 kg; 178,07 ± 6,90 cm) e 12 atletas universitários de Handebol (23,17 ± 4,70 anos; 84,75 ± 13,50 kg; 182,08 ± 6,20 cm). Para a mensuração de força máxima, de diferença contralateral (i.e. lados direito vs. esquerdo) e para o cálculo das razões entre rotação interna e externa de ombro, os participantes realizaram testes de dinamometria isocinética em condições isométricas e isocinéticas. Durante os testes isométricos foi realizada a coleta do sinal eletromiográfico dos músculos peitoral maior e infraespinal, o que possibilitou o cálculo do retardo eletromecânico. Os resultados demonstram que atletas de Judô possuem força isométrica de rotação interna de ombro significativamente (p<0,01) maior quando comparados com atletas de Voleibol e de Handebol. Atletas de Judô apresentam valores de razão agonista/antagonista isométrica de membro direito significativamente (p<0,03) inferiores aos grupos Voleibol e Handebol, bem como significativamente (p<0,01) inferiores ao grupo Voleibol em relação ao membro esquerdo O tempo de retardo eletromecânico apresentou diferenças entre os grupos somente na rotação externa, em que o grupo Voleibol apresentou valores do membro direito significativamente (p<0,01) mais curtos quando comparados com o grupo Handebol e valores de membro esquerdo significativamente (p<0,01) mais curtos quando comparados com os grupos Handebol e Judô. Picos de torque isocinéticos apresentaram diferença somente para rotação interna de membro direito, em que o grupo Judô apresentou valores significativamente (p<0,001) maiores quando comparados com o grupo Voleibol. Já para membro esquerdo, detectou-se diferença significativa (p<0,01) no ângulo de pico de torque de rotação interna de membro esquerdo entre o grupo Judô e Handebol. Os resultados do estudo permitem concluir que a prática de cada modalidade esportiva avaliada neste estudo promoveu adaptação dos músculos do ombro, de acordo com a demanda da modalidade esportiva. Assim, atletas de Judô necessitam realizar reforço dos músculos rotadores externos do ombro, tanto concêntrica quanto excentricamente, visto o desequilíbrio muscular causado pela especificidade da modalidade. Por outro lado, atletas de Voleibol apresentam satisfatório equilíbrio muscular na articulação do ombro por conta de altos níveis de força excêntrica de rotação externa exigidos na prática deste esporte; além disso, os curtos períodos de tempo de retardo eletromecânico apresentados por estes atletas reforçam a constatação de equilíbrio desta articulação. Atletas de Handebol apresentam satisfatório equilíbrio muscular na articulação do ombro, entretanto apresentam valores altos de retardo eletromecânico, sendo indicado que estes atletas realizem reforço de rotação externa de ombro, sobretudo em velocidade elevada, com o objetivo de diminuir o tempo necessário para ativar estes grupos musculares. / The purpose of this study was to evaluate and compare the muscular balance and the electromechanical delay time of the shoulder joint between athletes of different sports modalities who use predominantly internal and external rotations of the shoulder. The study consisted of a total of 41 male subjects, of whom 15 were professional Volleyball players (n = 15, 24.07 ± 5.13 years, 91.60 ± 11.67 kg, 198.47 ± 5.90 cm), 14 professional Judo athletes (26.64 ± 7.30 years, 87.36 ± 15.20 kg, 178.07 ± 6.90 cm) and 12 university Handball athletes (23.17 ± 4.70 years, 84.75 ± 13.50 kg, 182.08 ± 6.20 cm). To evaluate peak torque, upper limb side-to-side asymmetry and for the calculation of conventional and functional ratios, all subjects performed isokinetic dynamometry tests under isometric and dynamic conditions. During the isomeric tests, the electromyographic signal was collected from the pectoralis major and infraspinal muscles, which allowed the calculation of the electromechanical delay. The results demonstrate that Judo athletes have internal shoulder rotation isometric strength significantly (p<0.01) higher when compared to Volleyball and Handball athletes. Judo athletes presented isometric agonist/antagonist ratio of right limb significantly (p<0.03) lower than the Volleyball and Handball groups, as well as significantly (p<0.01) lower than the Volleyball group in relation to the left limb. The electromechanical delay time presented differences between the groups only in the external shoulder rotation, which the Volleyball group presented significantly lower values of right limb (p<0.01) when compared to the Handball group and left limb times significantly (p<0.01) shorter when compared with the Handball and Judo groups Dynamic peak torque presented difference only for internal shoulder rotation of the right limb, which the Judo group presented values significantly (p<0.001) higher when compared to the Volleyball group. For the left upper limb, a significant difference (p<0.01) was detected in the peak torque angle of internal shoulder rotation between the Judo and Handball groups. The results of the study allow to considering that the practice of each evaluated sports modalities adapts the shoulder of its athletes in different ways. Judo athletes need to perform external shoulder rotation muscular strengthening, both in concentric and eccentric modes due to muscle imbalance caused by the specificity of the modality. Volleyball athletes have reasonable muscle balance in the shoulder joint due to the high levels of eccentric strength of external rotation, in addition the short time periods of electromechanical delay presented by these athletes reinforce even more the balance of this joint. Handball athletes have reasonable muscle balance in the shoulder joint; however, they presented high values of electromechanical delay, so it is indicated that these athletes need to perform muscular strengthening of external rotation of the shoulder in order to reduce the time required to activate these muscles.
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Efeitos de um treinamento físico sobre o equilíbrio estático e dinâmico de mulheres idosas residentes na área de abrangência do Programa Saúde da Família de São CarlosAveiro, Mariana Chaves 08 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-08 / Universidade Federal de Minas Gerais / IBGE estimative for relative Brazilian elderly participation was 9.49% in 2008 and 29.75% in 2050. However, the country has been organized to define public policy to elderly people. Health Family Program has been presented as a strategy to consolidate this policy. Physical therapy participates of this system with a different perspective. It is also performing prevention and health promotion practices. If it‟s known functional mobility and fall risks between among elderly people, could contribute for a health diagnostic that direct decisions related to therapeutic projects in Health Family Unit with the purpose of falls and disability prevention. Despite of it has been established that different training exercise programs could be efficient to prevent falls and disability, it is not known the effects of a low-intensity resistance, balance and coordination program with great adhesion among community-dwelling elderly women. Objectives: The purpose of this study was to assess the mobility and risk for falls in elderly people living in Health Family program area and to analyze the effects of a group-based low intensity exercise training program for mobility, postural control, isometric torque, isokinetic torque, power and time acceleration and quality of life among community-dwelling elderly women. Methods: Initially, elderly from Health Family Program area were evaluated through Mini-Mental State Examination (MMSE) and Timed Up & Go test (TUG) and answered about fall events in the last year. After, elderly women were invited to a group-based low intensity exercise training program for 12 weeks. Women that consent to participate were randomized through sealed envelopes. Training group performed stretching exercises, ankle and knee muscle strengthening and balance training for 12 weeks, two days per week under the supervision of a physiotherapist. Participants in the control group did not undergo any training and were instructed to maintain their usual level of physical activity. 28 community-dwelling elderly women completed the study. They were evaluated through isometric peak torque and isokinetic peak torque, power and time acceleration 60 e 120/s; postural control at stable force platform BERTEC at bipodal stance with eyes opened and closed and unipodal and tandem stance; mobility by Timed Up & Go test; functional balance by Berg Balance Scale; and, quality of life by World Health Organization quality of life questionnaire abbreviated version (WHOQOL-bref). Statistical analyses were performed by ANOVA Kruskal-Wallis, Mann Whitney U, Wilcoxon and Chi-square tests. The level of significance used for all comparisons was 5% (p ≤ 0.05). Results: Participants who had suffered at least one fall in the last year presented the worst value in the TUG when compared to non-fallers (p<0.001). Women prevalence were higher for fallers (p<0.001). No significant association was found between falls and cognitive impairment by MMSE (p=0.11). TUG performance presents significant difference for different elderly age groups (p<0.001). Training group presented a significant improvement to Psychological Domain after 12-week training. Control group presented a significant impairment for General Score and Physical and Psychological Domais. Training group also presented a significant increase to isokinetic peak torque at 60/s for knee flexors, knee extensors and ankle plantar flexors; power at 60/s for knee extensors and knee flexors, ankle dorsiflexors and plantar flexors. It was also observed a significant increase to isokinetic peak torque at 120/s knee flexors and extensors; power at 120/s for knee flexors and extensors. Time acceleration presented a significant decrease for knee extensors and ankle dorsiflexors at 60°/s and knee extensors at 120°/s. Furthermore, training group presented a significant improvement to performance at TUG that was maintained after 12 weeks that the training finished. Conclusion: Low-intensity group-based exercise training program may be efficient to improve knee isometric peak torque and knee and ankle isokinetic peak torque, power and time acceleration and performance at TUG. / A projeção do IBGE para a participação relativa da população brasileira com 60 anos ou mais foi de 9,49% para 2008 e 29,75% para 2050. Entretanto, o país tem se mobilizado na definição de políticas públicas para os idosos. Como estratégia de consolidação destas políticas institui-se o Programa de Saúde da Família (PSF). O fisioterapeuta insere-se neste sistema numa nova perspectiva de atuação, focada nas práticas de prevenção e promoção e não restrita aos procedimentos de reabilitação. Conhecer a mobilidade funcional e risco de quedas entre esta população idosa podem contribuir para o diagnóstico de saúde da área de abrangência, direcionando uma tomada de decisão adequada que norteie os planos terapêuticos, nas Unidades de Saúde da Família (USF) com objetivo de prevenção de quedas e incapacidades decorrentes. Embora esteja bem estabelecido que diferentes programas de treinamento possam ser eficientes para prevenção de incapacidade e risco de quedas, ainda não estão bem estabelecidos os efeitos de um programa de treinamento de resistência, equilíbrio e coordenação de baixa intensidade e grande aderência entre mulheres idosas da comunidade. Objetivo: Avaliar a mobilidade e risco de quedas da população idosa da área de abrangência de São Carlos e avaliar os efeitos de um treinamento de resistência, equilíbrio e coordenação sobre a mobilidade, controle postural, torque isométrico, torque, potência e tempo de aceleração isocinético e qualidade de vida de mulheres da comunidade. Método: Os idosos da área de abrangência de São Carlos foram avaliados por meio do Mini- Exame do Estado Mental (MEEM), teste Timed Up & Go (TUG) e questionados sobre a ocorrência de eventos de quedas nos anos anteriores em uma primeira etapa do estudo. Em seguida foram convidadas, as mulheres com idade superior a 60 anos, a participarem de um programa de treinamento de resistência, equilíbrio e coordenação por 12 meses. As mulheres que aceitaram participar foram randomizadas para os grupos Controle e Treinamento. Vinte e oito mulheres completaram o estudo e foram avaliadas no início e após 12 semanas de treinamento quanto ao torque isométrico, torque, potência e tempo de aceleração isocinético a 60 e 120/s; controle postural em plataforma de força nas posturas apoio bipodal olhos abertos e olhos fechados, apoio unipodal sobre a perna direita e esquerda, apoio bipodal com pés alinhados, na posição de tandem, perna direita e esquerda anteriormente; mobilidade pelo TUG; equilíbrio funcional pela Escala de equilíbrio de Berg; e, qualidade de vida pelo questionário da Organização Mundial de Saúde, versão abreviada, WHOQOL-bref. Para comparação entre os grupos foram realizados os teste não paramétrico ANOVA de Kruskal-Wallis e/ou Mann-Whitney U. Para avaliação dos efeitos do treinamento foi realizado o teste não paramétrico Wilcoxon. Para avaliar as associações entre variáveis foi realizado o teste Qui-quadrado. Foi adotado um nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Os participantes considerados caidores demoraram maior tempo para a realização do TUG (caidores 13,35±4,57; não caidores 11,71±3,61). Foi encontrada uma maior prevalência de mulheres entre os caidores. Não houve associação significativa entre idosos caidores e status cognitivo, avaliado pelo MEEM. Quanto maior a idade, maior foi o tempo gasto para a realização do TUG. O Grupo treinamento apresentou uma melhora significativa para o Domínio Psicológico após 12 semanas de treinamento de fisioterapia, e o Grupo Controle apresentou uma piora significativa após 12 semanas para o Escore Geral e os Domínios Físico e Psicológico. O grupo treinamento também apresentou melhora significativa para o torque isométrico de flexores e extensores de joelho; avaliação isocinética a 60 e 120/s, ou seja, pico de torque, potência de flexores de joelho a 60 e 120/s; pico de torque, potência e tempo de aceleração de extensores de joelho a 60 e 120/s; potência e tempo de aceleração de dorsiflexores a 60/s; pico de torque e potência de flexores plantares a 60/s. Ainda, o grupo treinamento apresentou melhora significativa para o desempenho no TUG. Não foram observadas diferenças significativas para o controle postural e equilíbrio funcional para os grupos treinamento e controle; e, variáveis isométricas e isocinéticas para o grupo controle. Após 12 semanas da finalização do treinamento, as voluntárias mantiveram um desempenho no TUG superior ao início do treinamento. Conclusão: Um programa de treinamento, que inclua alongamentos, treinamento de resistência, equilíbrio e coordenação, realizado por 12 semanas, foi eficiente em melhorar a qualidade de vida, torque muscular isométrico de joelho, torque muscular, potência e tempo de aceleração isocinético de joelho e tornozelo e desempenho no TUG.
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Fisioterapia respiratória em cirurgia bariátrica: procediemntos de avaliação e intervençãoMoulim, Marcela Cangussu Barbalho 16 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-16 / Universidade Federal de Sao Carlos / Obesity, considered a worldwide epidemic, causes serious damage to health, especially to the respiratory function. These changes are caused by the extra adipose tissue in the chest wall and abdominal cavity of obese patients, which impairs the movement of the diaphragm and compress the lungs. In view of the limitations of conservative treatments, surgical interventions have been recommended as treatment of choice. This procedure can be carried out by laparoscopy or laparotomy (open). Because the pulmonary function is already in a compromised state before the operation in obese individuals, the choice for the surgical procedure to be used should consider the impact on respiration, thereby reducing the risk of developing postoperative pulmonary complications. Thus, the goal of the first study was to compare the effect on lung function and on pain of bariatric surgery performed by laparoscopy and laparotomy. Participated in this study 26 obese women who underwent bariatric surgery by laparoscopy (LG, n = 13) or laparotomy (OG, n = 13). The respiratory evaluation was performed in the preoperative period and on the second postoperative day by spirometry and other tests that evaluated respiratory muscle strength and diaphragmatic mobility. Pain was assessed by visual analogue scale on the second postoperative day. The results indicate that although there was no difference in the incidence of pulmonary complications and hospital stay between the groups, bariatric surgery performed by laparoscopy caused less pain and less impairment of pulmonary function in the postoperative period. Knowing the degree of impairment of pulmonary function in the postoperative period of bariatric surgery, especially by lapartomy, some strategies have been studied in order to attenuate these changes, such as preoperative inspiratory muscle training (IMT). Therefore, the objective of the second study was to determine whether the preoperative IMT in open bariatric surgery, is able to mitigate the impact of surgical trauma on muscle strength, in lung volumes and diaphragmatic mobility. We evaluated 32 obese women who underwent open bariatric surgery and randomized into two groups: one group that underwent preoperative IMT (IMT group - n = 15) or who received only conventional treatment (control group - n = 17). Tests were conducted to evaluate the respiratory muscle strength, lung volume and diaphragmatic excursion before the training period, after the training period and the first postoperative day. According to the results, could be verified that preoperative IMT improves inspiratory muscle strength (MIP) and attenuates the negative impact of open bariatric surgery to this variable, although it seems not to influence the MEP, the lung volume and diaphragmatic excursion. Additionally, studies have suggested that weight loss can reverse many changes in lung function caused by obesity. Therefore, in the third and final study, we evaluated the lung function of some patients (n = 14) of first and second study, sedentary, 1 year after bariatric surgery by means of spirometry and respiratory muscle strength tests. From the results we found that weight loss induced by bariatric surgery provides an improvement in ventilatory mechanics, increased lung volumes and respiratory endurance (MVV). However, there was also a reduction in respiratory muscle strength, probably caused by loss of lean body mass and reducing the burden breathing after weight loss. / A obesidade, considerada uma epidemia mundial atualmente, causa sérios danos à saúde em geral e especialmente à função respiratória. Essas alterações são causadas pelo grande depósito de gordura na região do tórax e abdômen dos obesos, que prejudica a movimentação do músculo diafragma, levando à redução do espaço intratorácico ocupado pelos pulmões. Nos casos de obesidade mórbida, a cirurgia tem sido recomendada como tratamento de escolha, já que o tratamento conservador é, na maioria das vezes, falho. Tal procedimento pode ser realizado por videolaparoscopia ou por laparotomia. Por se tratar de indivíduos que já apresentam prejuízos à função pulmonar no período pré-operatório, a escolha da via de acesso cirúrgico em obesos deve também levar em consideração aquela técnica que tenha menor repercussão na função pulmonar, reduzindo assim o risco de aparecimento de complicações pulmonares no período pós-operatório. Sendo assim, o objetivo do primeiro estudo foi comparar a repercussão na função pulmonar e na dor da cirurgia bariátrica realizada por videolaparoscopia e por laparotomia. Participaram desse estudo 26 mulheres obesas, que realizaram a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia (GV, n=13) ou laparotomia (GL, n=13). A avaliação respiratória foi realizada no período pré-operatório e no segundo dia de pós-operatório por meio da espirometria, da manovacuometria e da mobilidade diafragmática. A dor foi avaliada pela escala visual analógica no segundo dia de pós-operatório. Os resultados obtidos indicam que apesar de não ter havido diferença na incidência de complicações pulmonares e no tempo de internação hospitalar entre os grupos, a cirurgia bariátrica realizada por videolaparoscopia causou menos dor e menor prejuízo à função pulmonar no período pós-operatório. Sabendo do grau de comprometimento da função pulmonar no período pós-operatório de cirurgia bariátrica, especialmente por laparotomia, algumas estratégias têm sido estudadas com o objetivo de atenuar essas alterações, tais como o treinamento muscular inspiratório (TMI) no pré-operatório. Sendo assim, o objetivo do segundo estudo foi verificar se a fisioterapia respiratória, por meio do TMI, realizada no préoperatório de cirurgia bariátrica aberta, é capaz de atenuar o impacto do trauma cirúrgico na força muscular respiratória, nos volumes pulmonares e na mobilidade diafragmática. Foram avaliadas 32 mulheres obesas submetidas à cirurgia bariátrica aberta e randomizadas em dois grupos: um grupo que realizou TMI no pré-operatório (grupo TMI - n=15) e outro que recebeu apenas o tratamento convencional (grupo controle n=17). Foram realizados testes para avaliação da força muscular respiratória, dos volumes pulmonares e da mobilidade diafragmática antes do período de treinamento, após o período de treinamento e no primeiro dia de pós-operatório. De acordo com os resultados pôde-se verificar que o TMI pré-operatório aumenta a força muscular inspiratória (PImax) e atenua o impacto negativo da cirurgia bariátrica aberta para essa variável, apesar de parecer não influenciar a PEmax, os volumes pulmonares e a mobilidade diafragmática. Adicionalmente, estudos têm sugerido que a perda de peso pode reverter muitas alterações da função pulmonar causadas pela obesidade. Por isso, no terceiro e último estudo, foi avaliada a função pulmonar de parte das voluntárias (n=14) do primeiro e segundo estudo, sedentárias, após 1 ano da realização da cirurgia bariátrica, por meio dos testes de espirometria e manovacuometria. A partir dos resultados observamos que a perda de peso induzida pela cirurgia bariátrica promove uma melhora na mecânica ventilatória, aumento dos volumes pulmonares e da endurance respiratória (VVM). No entanto, houve também uma redução na força dos músculos respiratórios, provavelmente causada pela perda de massa magra e redução da sobrecarga respiratória após a perda de peso.
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