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O problema da liberdade na filosofia de Arthur Schopenhauer / The problem of freedom in the philosophy of Arthur Schopenhauer.Katia Cilene da Silva Santos 06 August 2010 (has links)
Nesta dissertação, buscamos lançar luz sobre a contradição, declarada por Schopenhauer como sendo aparente, entre a necessidade que rege a conduta humana por meio dos motivos e do caráter, e a liberdade no fenômeno, implicada na possibilidade de negação da Vontade por indivíduos singulares. Percorremos algumas obras de Schopenhauer, investigando as condições que desvendam essa contradição aparente. Assim, examinamos, por um lado, a recusa ao livre-arbítrio, e por outro, o modo como Schopenhauer explica como o indivíduo pode, através do conhecimento, subtrair-se à lei da motivação e, pela supressão da sua vontade individual, restabelecer o livre-arbítrio. / In this dissertation, we seek to shed light on the contradiction stated by Schopenhauer as apparent between the need that rules the human conduct through the motives and character, and freedom in the phenomenon, implied the possibility of denial of the will in single individuals. We have gone through some of the Schopenhauers work, investigating the conditions that reveal this apparent contradiction. Thus, we examine on the one hand, the denial of free will, and on the other hand, the way Schopenhauer explains how individuals can, through knowledge, escape the law of motivation and, through the suppression of their choice, restore free will.
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Liberdade democrática versus liberdade filosófica: um estudo dos usos do conceito de eleuthería na República de Platão / Democratical freedom versus philosophical freedom: a study of the uses of the concept of eleuthería in Platos RepublicLouise Walmsley Nery 15 August 2016 (has links)
O presente trabalho tem por objeto de estudo os usos do conceito de eleuthería na República de Platão. Tem-se por ponto de partida uma gama de conceitos relativos à noção de liberdade na antiguidade, propondo-se a analisar o diálogo segundo duas concepções antagônicas de eleuthería. A primeira delas é a mais comum na abordagem dos diálogos platônicos, trata-se da ideia de fazer o que se quer e esse sentido é encontrado, sobretudo, no exame da forma de governo democrática e do homem que corresponde a esse regime político. Para uma compreensão adequada desse sentido, propõe-se que se entenda o que está em jogo quando se tece uma crítica ao regime democrático. Esse sentido é tido como essencialmente negativo, pois traz consequências indesejáveis dentro do contexto em que é apresentado. Supõe-se que haja um outro sentido de eleuthería presente no diálogo, o qual não é tratado sistematicamente e que é apenas sugerido nas entrelinhas da mais bela cidade, a kallípolis. Diante da necessidade de mostrar que esse sentido pode integrar a economia da obra, parte-se de indícios textuais nos quais a liberdade não está associada à forma de governo democrática para mostrar que a caracterização de uma liberdade positiva parece ser possível. Esse sentido positivo estaria associado a um certo ideal de excelência. Por fim, sugere-se que de acordo com esse sentido positivo a expressão fazer o que se quer possa ser interpretada de uma forma completamente diversa da encontrada no contexto democrático. / The present work has as object of study the uses of the concept of eleuthería in Plato\'s Republic. As starting point we have a wide range of concepts related to the notion of freedom in antiquity, it is proposed the analysis of the dialogue according to two antagonical concepts of eleuthería. The first is the most common in Plato\'s dialogues, it is the idea of \"to do whatever one wants\" and this meaning is found, above all, when examining the democratic government and the corresponding man to this political regime. For an adequate comprehension of this meaning, it is proposed the understanding of what is at stake when a critique of the democratic regime is made. This meaning is held essentially as negative because it brings undesirable consequences in the context in which it is presented. It is supposed that there is other meaning of eleuthería present in the dialogue which is not sistematically addressed and is only suggested between the lines of the most beautiful city, the kallípolis. Facing the necessity of showing that this meaning can integrate the economy of the work, starting from textual indications in which freedom is not associated to the democratic way of government to show that the characterization of a positive freedom seems possible. This positive meaning could be associated to a certain ideal of excellency. In the end it is suggested that, according to this meaning the expression \"to do whatever one wants\" could be interpreted in a completely diverse way of the meaning found in the democratic context.
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O ser da Política e a política do ser: o confronto entre Hannah Arendt e Martin Heidegger em Ser e Tempo / The being of politics and the politics of being: the confrontation between Arendt and Heidegger in Being and TimeNewton Gomes Pereira 24 November 2008 (has links)
Martin Heidegger foi um dos grandes pensadores do século XX, influenciando grande parte dos filósofos contemporâneos. Uma de suas grandes influências é a teórica política Hannah Arendt. A analítica existencial heideggeriana tem sido exaustivamente estudada. No entanto, existe quase uma lacuna na investigação teórica das implicações políticas de Ser e Tempo. O objetivo dessa pesquisa é evidenciar em que medida a teoria política arendtiana é tributária da reflexão de Heidegger e em que pontos ela o confronta. / Martin Heidegger is one of the greatest thinkers in the 20th century. He has been a major influence since the publishing of his master piece, Being and Time. The Political theorist Hannah Arendt is one of his most gifted disciples. The heideggerian existencial analytic has already been debated by many thinkers and philosophers. Nevertheless, there is almost a blank in the theoretical study of the political implications of Being and Time. The purpose of this research is to point out in what way the arendtian political theory was influenced by Heidegger\'s thought and, more than that, the confrontation between these two thinkers.
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O paradoxo da liberdade: Psicanálise e História em Sartre / The paradox of freedom: Psychoanalysis and History in SartreRenato dos Santos Belo 19 June 2006 (has links)
Logo após a sua publicação, 1943, a obra O Ser e o Nada de Sartre foi alvo de comentários críticos que apontavam seu caráter idealista. Essas leituras enfatizavam a incompatibilidade entre a afirmação sartriana de uma liberdade absoluta do homem e as condições históricas que acabariam por determiná- lo. Quando Sartre publicou em 1960 a sua Crítica da Razão Dialética (\"encontro\" com o marxismo), tudo se passou como a confirmação do idealismo presente em O Ser e o Nada, a ponto de se operar a divisão de seu pensamento em antes e depois da Crítica. Sartre, no entanto, ao defender o absoluto da liberdade afirma também que não há liberdade sem situação. Tentaremos enfatizar essa difícil relação entre liberdade e situação a partir da apresentação da concepção sartriana de liberdade, bem como pelo exame da proposta psicanalítica de Sartre. / Right after its publication in 1943, Sartre\'s Being and nothingness has received critical commentaries that pointed out its idealistic character. These lectures emphasized the incompatibility between Sartre\'s assertion of man\'s absolute freedom and the historical conditions which would determine it. When Sartre publishes, in 1960, his Critique of dialectic reason (\"encounter\" with Marxism), everything is seen as the confirmation of the idealism of Being and nothingness, overcoming the division of his thought in before and after the Critique. However, when Sartre defends the absolute of freedom he also affirms that there is no freedom without situation. We will try to emphasize this difficult relation between freedom and situation through the presentation of Sartre\'s concept of freedom, as well as through the examination of his psychoanalytic proposal.
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Entre Bergson e Espinosa: eternidade ou duração? / Between Bergson and Espinosa: eternity or duration?Marinê de Souza Pereira 10 June 2011 (has links)
Ao afirmar que a sua filosofia vê na duração o próprio tecido de que a realidade é feita, no último capítulo de A evolução criadora, Bergson explicita o seu projeto de construção de uma nova metafísica. Sabemos que a originalidade de sua empreitada está fundamentalmente nessa exigência da apreensão do tempo, sua transitoriedade e fluidez, como aquilo de que a realidade é feita. Trata-se de declarar a realidade temporal como definição da própria existência do mundo e da experiência humana sem a duração, não se pode falar em causalidade efetiva ou livre escolha. Sendo assim, a exigência de uma metafísica da duração se colocaria de imediato em contraposição não a uma filosofia somente, mas à história da filosófica como um todo, cuja crítica é essencial para a construção e consolidação do pensamento bergsoniano. Contudo, pensamos que, na tradição filosófica, destaca-se um autor com quem Bergson dialogou intensamente, declaradamente ou não, e que pouco esteve presente nos trabalhos dos estudiosos do seu pensamento: Espinosa. Pretendemos reconstituir esse diálogo a partir de um campo de comunicação que possibilite revelar seus pontos de entrecruzamento, confrontação e encontro. Talvez assim, o desencontro maior - entre uma filosofia da duração e, outra, da eternidade- mostre-se, ao fim e ao cabo, apenas aparente. / By stating that his philosophy \"sees in duration the own tissue that reality is made\" in the last chapter of Creative Evolution, Bergson explains his project to build a new metaphysics. We know that the originality of his work is based in this exigency of the sense time, its transience and fluidity, as that from which reality is made. It is time to declare the temporal reality as definition of the own existence of the world and human experience without the duration one can not speak in effective causality or free choice. Thus, the requirement of a metaphysics of duration is put immediately in opposition not only to one philosophy, but the history of philosophy as a whole, whose criticism is essential to building and consolidating of the Bergson\'s thought. However, we believe that, in the philosophical tradition, there is an author with whom Bergson spoke intensely, openly or not, and that little was present in the work of scholars of his thought: Espinosa. We intend to reconstruct this dialogue from a communication space that allows to reveal their points of intersection, confrontation and meeting. Perhaps then the biggest mismatch - between a philosophy of duration, and another, of eternity-shows, after all, only apparent.
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A Liberdade Humana em Marx: Trabalho e PolÃtica / Human freedom: work and politicsJames Wilson JanuÃrio de Oliveira 21 February 2008 (has links)
nÃo hà / O presente trabalho tem por finalidade esboÃar o conceito de liberdade humana no pensamento de Marx. Para tanto, faz-se necessÃrio a explicitaÃÃo de dois outros conceitos essenciais para a compreensÃo do que seja a liberdade para Marx, que à o trabalho e a polÃtica. O trabalho, enquanto ato gÃnese da socialidade humana, à o ato que possibilita a real efetivaÃÃo da liberdade do homem, pois, para que ele possa se afirmar livre, o mesmo tem que suprimir as suas carÃncias. Para isso, ele tem que transformar a natureza e ao transformÃ-la, por meio do trabalho, ele tambÃm transforma a sua prÃpria natureza, adquirindo novas habilidades; mas, o problema conforme Marx à que o trabalho dentro da lÃgica do capital passa a ser estranho ao trabalhador, nÃo permitindo ao mesmo o reconhecer-se no objeto, nem no seu processo de produÃÃo, acarretando assim a perda da sua universalidade, bem como do seu estranhamento frente aos outros indivÃduos. Isso implicarà na propriedade privada dos meios de produÃÃo e na divisÃo forÃada do trabalho. E a polÃtica, que para Marx se configura como a criadora dos feixes sociais, possibilitando a comunidade a sua auto-gestÃo e afirmando, por conseguinte, as liberdades individuais; porÃm na modernidade passarà a ser exercida por poucos, atravÃs da polÃtica representativa que cinde os indivÃduos em cidadÃos e burgueses, sobrepondo o Estado polÃtico aos seus membros, que configurarà segundo Marx, como o comità privado da burguesia. Para que a liberdade humana se exteriorize, à conditio sine qua non a superaÃÃo dessa forma de trabalho estranhado e dessa polÃtica representativa moderna, que sà serà possÃvel no comunismo, jà que o mesmo à o reino dos homens necessitados, livres, emancipados. à o reino do tempo livre para que os indivÃduos possam se produzir e reproduzir de maneira diversificada, que possibilite a sua fruiÃÃo do corpo e do espÃrito, a sua plena emancipaÃÃo humano-social. / The present work aims at delineating the concept of human freedom in Marxâs thinking. To this end, it is necessary that two other essential concepts be expounded in order to help with the understanding of what freedom is for Marx, namely, work and politics. Work, as the first expression of human society, is the act that shapes up manâs freedom in an actual configuration; for in order that he is able to claim that he is free he has first to eliminate his needs. To this end, he has to change nature, and in this process, by means of the work, he will also change his own nature by acquiring new skills; but, according to Marx, the problem is that the work within the logic of capital becomes strange to the worker, and the worker is not able to see himself neither in the object nor in the production process which generates the loss of his universality as well as his estrangement before other individuals. This will lead to private ownership of means of production and forced division of work. And politics, that for Marx is shaped as a generator of social conglomerates, makes possible that a community administer itself having as an upshot individual freedom; which, in the present, will be exercised by only a few by means of representative politics that separate individuals between citizens and bourgeois, positioning the political State over its members which will configure, according to Marx, the private bourgeois committee. In order that human freedom is exteriorized the sine qua non condition is that this model of estranged work and modern representative politics be superseded and this will only be possible with Communism which is the kingdom of the needy, free and emancipated men. It is the kingdom of free time where individuals may produce and reproduce in a diverse manner that would entail satisfaction of body and soul, full human and social emancipation.
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EscravidÃo e liberdade no Piauà oitocentista: alforrias, reescravizaÃÃo e escravidÃo ilegal de pessoas livres (1850-1888)Francisca Raquel da Costa 00 August 2018 (has links)
nÃo hà / Buscando romper com anÃlises que enxergam uma escravidÃo branda no Piauà e,
consequentemente, com a visÃo de uma elite benevolente que, supostamente, nÃo utilizavam
da mÃo de obra escrava devido à quase inexistÃncia da mesma na regiÃo por ser esta baseada
economicamente na produÃÃo pecuarista. Nesse sentido, esta tese evidencia as lutas
empreendidas pelos escravos, assim como pelos libertos, libertandos e pessoas livres de cor
para alcanÃar e manter a liberdade, ainda durante a permanÃncia do regime escravista na
provÃncia piauiense, evidenciando a fragilidade de efetivaÃÃo da mesma. Dessa forma,
institui-se enquanto outro objetivo do trabalho discutir acerca da questÃo da liberdade e os
diversos caminhos percorridos pelos escravos para 8lcanÃa-la e pelos libertos para mantÃ-la
no Piauà escravista do sÃculo XIX, destacando as experiÃncias de construÃÃo dessa liberdade e
a linha tÃnue existente entre esta e a escravidÃo e evidenciando os desafios encontrados por
estes sujeitos. Para tanto, foram utilizadas diversificadas fontes histÃricas para reconstituir as
trajetÃrias de senhores, escravos, libertandos e libertos que vivenciaram o cotidiano da
escravidÃo na provÃncia na segunda metade do sÃculo XIX. Destacamos que as experiÃncias
destes agentes sociais estiveram relacionadas Ãs questÃes econÃmicas, sociais e culturais,
assim como pelas transformaÃÃes ocorridas no Piauà naquele perÃodo, tais como: a falta de
uma estrutura econÃmica, o intenso fluxo de escravos deslocados atravÃs do trÃfico
interprovincial com o fechamento do trÃfico de escravos da Ãfrica para o Brasil,
especialmente na Ãpoca das secas de 1877-1879 e, por fim, a promulgaÃÃo da lei do Ventre
Livre de 1871, que procurou legalizar o alcance da liberdade pelos cativos atravÃs de diversos
dispositivos legais, redefinindo e moldando as tensas relaÃÃes sociais tecidas entre senhores e
escravos. / In order to break with analyzes that see a soft slavery in Piauà and also break with the vision
of a benevolent elite, supposedly, due to the almost inexistence of slave labor in the region
that was economically based on cattle ranching. Thus, this thesis demonstrates the struggles
undertaken by the slaves, as well as the freedmen and free people of color to achieve and
maintain freedom, even during the permanence of the slave regime in the province of PiauÃ,
evidencing the fragility of its effectiveness. The objectives of this work are: to discuss the
question of freedom and the various ways the slaves had to reach it, and the freedmen to keep
it in the slave-owning Piauà of the nineteenth century; to emphasize the experiences of
building this freedom, the thin line between this freedom and the slavery and to highlight the
challenges encountered by these subjects. To this end, diverse historical sources were used to
reconstruct the trajectories of slave-owners, slaves and freedmen who experienced the
provinceâs day-to-day life of slavery in the second half of the nineteenth century. We
emphasize that the experiences of these social agents were related to economic, social and
cultural issues, as well as to the transformations that occurred in Piauà in that period such
as: the lack of an economic structure; the intense flow of slaves displaced through
interprovincial trafficking due to the closing of the slave trade from Africa to Brazil,
especially in the dry season of 1877-1879; and finally the promulgation of the Free Womb
Law of 1871, which sought to legalize the attainment of liberty by captives through various
legal devices, redefining and shaping the tense social relations woven between slave-owners
and slaves.
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DuraÃÃo, consciÃncia, memÃria e liberdade em Bergson / Duration: consciencie, memory, freedom in Bergson / DuraÃÃo, consciÃncia, memÃria e liberdade em Bergson / Duration: consciencie, memory, freedom in BergsonCarlos Diogo MendonÃa da Silva 25 September 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente trabalho dissertativo à um conciso delineamento sobre o pensamento de Henri Bergson (1859 â 1941), filÃsofo francÃs, com o objetivo de dissertar sobre a noÃÃo de DuraÃÃo. Sabendo que tal conceito nÃo està separado do que chamamos de teoria da memÃria,pois o autor pensando a relaÃÃo entre consciÃncia e mundo, percebe que esta duraÃÃo tambÃm à antes de tudo, ConsciÃncia, e, por conseguinte, MemÃria.Tal duraÃÃo de nossa consciÃncia implica numa indivisibilidade entre passado e presente, pois cada estado passado sempre à retido no presente, sendo este indissociÃvel dos estados passados. Desse modo, o pretÃrito à o em si, o inconsciente ou, exatamente, segundo Bergson, o virtual. A retenÃÃo diz respeito à prÃpria essÃncia de nossa consciÃncia, pois nÃo podemos ter consciÃncia sem reter o passado em algum grau e antecipar o futuro num determinado grau de aÃÃo sobre o mundo. A hipÃtese que fundamente este trabalho à que toda aÃÃo no mundo para Bergson à sempre corporal, sendo que à por meio do corpo que modificamos tudo o que nos cerca, podendo entÃo afirmar que a duraÃÃo tambÃm à criaÃÃo, logo duraÃÃo à ConsciÃncia, MemÃria e Liberdade. Com efeito,nos propomos no presente estudo um diÃlogosobre o conceito de duraÃÃo e saber em que condiÃÃes a duraÃÃo se torna consciÃncia de si, sendo que o filÃsofo toma a evoluÃÃo da vida como a histÃria de uma corrente da consciÃncia que penetrou na matÃria carregada de uma multiplicidade de virtualidades. Para tanto, faz-se necessÃrio elucidarmos nas obras de doutrina: Ensaio sobre os dados imediatos da consciÃncia (1889), MatÃria e memÃria (1896) e EvoluÃÃo criadora (1907), a fim de percorrer o caminho do autor na fundamentaÃÃo de sua Ontologia, pois segundo Frederich Worms, à possÃvel tomar a obra de Bergson como uma intuiÃÃo inicial sobre a prÃpria duraÃÃo. Por fim, o escopo desse trabalhomostra que o verdadeiro ato livre à criaÃÃo de si mesmo e por si mesmo, pois a prÃpria duraÃÃo à originalidade onde nada se repete. A prÃpria realidade dura, ou seja, existe um movimento de ininterrupta criaÃÃo que sà percebemos intuitivamente em nÃs mesmos enquanto um eu. / O presente trabalho dissertativo à um conciso delineamento sobre o pensamento de Henri Bergson (1859 â 1941), filÃsofo francÃs, com o objetivo de dissertar sobre a noÃÃo de DuraÃÃo. Sabendo que tal conceito nÃo està separado do que chamamos de teoria da memÃria,pois o autor pensando a relaÃÃo entre consciÃncia e mundo, percebe que esta duraÃÃo tambÃm à antes de tudo, ConsciÃncia, e, por conseguinte, MemÃria.Tal duraÃÃo de nossa consciÃncia implica numa indivisibilidade entre passado e presente, pois cada estado passado sempre à retido no presente, sendo este indissociÃvel dos estados passados. Desse modo, o pretÃrito à o em si, o inconsciente ou, exatamente, segundo Bergson, o virtual. A retenÃÃo diz respeito à prÃpria essÃncia de nossa consciÃncia, pois nÃo podemos ter consciÃncia sem reter o passado em algum grau e antecipar o futuro num determinado grau de aÃÃo sobre o mundo. A hipÃtese que fundamente este trabalho à que toda aÃÃo no mundo para Bergson à sempre corporal, sendo que à por meio do corpo que modificamos tudo o que nos cerca, podendo entÃo afirmar que a duraÃÃo tambÃm à criaÃÃo, logo duraÃÃo à ConsciÃncia, MemÃria e Liberdade. Com efeito,nos propomos no presente estudo um diÃlogosobre o conceito de duraÃÃo e saber em que condiÃÃes a duraÃÃo se torna consciÃncia de si, sendo que o filÃsofo toma a evoluÃÃo da vida como a histÃria de uma corrente da consciÃncia que penetrou na matÃria carregada de uma multiplicidade de virtualidades. Para tanto, faz-se necessÃrio elucidarmos nas obras de doutrina: Ensaio sobre os dados imediatos da consciÃncia (1889), MatÃria e memÃria (1896) e EvoluÃÃo criadora (1907), a fim de percorrer o caminho do autor na fundamentaÃÃo de sua Ontologia, pois segundo Frederich Worms, à possÃvel tomar a obra de Bergson como uma intuiÃÃo inicial sobre a prÃpria duraÃÃo. Por fim, o escopo desse trabalhomostra que o verdadeiro ato livre à criaÃÃo de si mesmo e por si mesmo, pois a prÃpria duraÃÃo à originalidade onde nada se repete. A prÃpria realidade dura, ou seja, existe um movimento de ininterrupta criaÃÃo que sà percebemos intuitivamente em nÃs mesmos enquanto um eu. / This dissertational work is a concise outline of the thought of Henri Bergson (1859-1941), French philosopher, in order to speak about the notion of duration. Knowing that such a concept is not separate from what we call the theory of memory, because the author, thinking about the relationship between consciousness and world, realizes that this duration is also first of all consciousness, and therefore memory. Such duration of our consciousness implies an indivisibility between past and present, for every past state is always retained in the present, which is inseparable from the past states. Thus, the past is in itself the unconscious or exactly, according to Bergson, the virtual. Retention refers to the very essence of our consciousness because we can not be conscious without retaining the past in some degree and anticipate the future in a certain degree of action onto the world. The hypothesis justifying this work is that every action in the world to Bergson is always bodily, and it is through the body that we change everything around us, and can then affirm that the duration is also creation, therefore duration is Consciousness, Memory and Freedom. We propose in this study a dialogue on the concept of duration and knowing in which conditions the duration becomes self-consciousness, being that the philosopher takes the evolution of life as the story of a Consciousness chain that penetrated the matter charged with a plurality of virtualities. To this end, it is necessary to elucidate the doctrine of works: An Essay on the immediate data of consciousness (1889), Matter and Memory (1896) and Creative Evolution (1907) in order to follow the path of the author in the groundings of his Ontology, because according to Frederich Worms, it is possible to take the work of Bergson, as an initial intuition about the duration itself. Finally, the scope of the present workit shows that the real free act is creation of itself and by itself, for the very duration is originality where nothing is repeated. The very reality endures, in other words, there is a movement of uninterrupted creation which we only intuitively perceive in ourselves as a self. / This dissertational work is a concise outline of the thought of Henri Bergson (1859-1941), French philosopher, in order to speak about the notion of duration. Knowing that such a concept is not separate from what we call the theory of memory, because the author, thinking about the relationship between consciousness and world, realizes that this duration is also first of all consciousness, and therefore memory. Such duration of our consciousness implies an indivisibility between past and present, for every past state is always retained in the present, which is inseparable from the past states. Thus, the past is in itself the unconscious or exactly, according to Bergson, the virtual. Retention refers to the very essence of our consciousness because we can not be conscious without retaining the past in some degree and anticipate the future in a certain degree of action onto the world. The hypothesis justifying this work is that every action in the world to Bergson is always bodily, and it is through the body that we change everything around us, and can then affirm that the duration is also creation, therefore duration is Consciousness, Memory and Freedom. We propose in this study a dialogue on the concept of duration and knowing in which conditions the duration becomes self-consciousness, being that the philosopher takes the evolution of life as the story of a Consciousness chain that penetrated the matter charged with a plurality of virtualities. To this end, it is necessary to elucidate the doctrine of works: An Essay on the immediate data of consciousness (1889), Matter and Memory (1896) and Creative Evolution (1907) in order to follow the path of the author in the groundings of his Ontology, because according to Frederich Worms, it is possible to take the work of Bergson, as an initial intuition about the duration itself. Finally, the scope of the present workit shows that the real free act is creation of itself and by itself, for the very duration is originality where nothing is repeated. The very reality endures, in other words, there is a movement of uninterrupted creation which we only intuitively perceive in ourselves as a self.
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Liberdade e responsabilidade em o ser e o nada de Jean-Paul Sartre: perspectiva Ãtica de um engajamento intelectual / Freedom and responsibility in the Being and Nothingness by Jean-Paul Sartre: ethical perspective of an intellectual engagementLuciana Lima Fernandes 28 September 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A filosofia de Jean-Paul Sartre (1905 â 1980) à comumente dividida em dois momentos, o primeiro voltado Ãs questÃes mais filosÃficas, sendo a-histÃrico e metafÃsico e tendo O ser e o nada (1943) como obra central, enquanto o segundo estaria mais preocupado com o homem na histÃria e com uma filosofia mais prÃtica, tendo a CrÃtica da razÃo dialÃtica (1960) como obra principal. A ideia de nosso trabalho Ã, negando tal polarizaÃÃo, defender que a obra de 1943 està longe de ser a-histÃrica ou metafÃsica. Pelo contrÃrio, nela sua concepÃÃo de liberdade à ligada necessariamente a uma situaÃÃo, està voltada para a aÃÃo e relaciona-se à responsabilidade dos homens em cada uma dessas situaÃÃes. Para defender nossa posiÃÃo, analisaremos alguns elementos biogrÃficos que indicam o engajamento intelectual do filÃsofo, seja em sua vida pÃblica, seja enquanto escritor, bem como investigaremos suas concepÃÃes de liberdade e responsabilidade presentes em O ser e o nada. à dessa forma, relacionando as anÃlises de sua vivÃncia como intelectual e como escritor engajado com o estudo da liberdade e responsabilidade, que buscaremos compreender a filosofia de Sartre como uma filosofia prÃtica, histÃrica e voltada para a aÃÃo, delineando assim os primeiros passos para a construÃÃo de uma Ãtica. / The philosophy of Jean-Paul Sartre (1905 - 1980) is commonly divided into two stages, the first facing the most philosophical questions, ahistorical being and metaphysical and
with Being and Nothingness (1943) as central work, while the second I would be more
concerned with man in history and with a more practical philosophy, and dialectical reason of Criticism (1960) as the main work. The idea of our work is denying such bias,
arguing that the work 1943 is far from being ahistorical or metaphysics. Rather there his conception of freedom is necessarily linked to a situation, it is focused on action and is related to the responsibility of men in each of these situations. To defend our position,
we will analyze some biographical elements that indicate the intellectual engagement of the philosopher, whether in his public life, both as a writer and investigate their conceptions of freedom and responsibility present in Being and Nothingness. It is thus relating the analysis of his experience as an intellectual and as engaged writer to the study of freedom and responsibility that seek to understand the philosophy of Sartre as a practical philosophy, history and focused on the action, thus outlining the first steps towards construction of an ethic.
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Bergson, liberdade e aprendizagem / Bergson, freedom and learningAllison Duarte Barbosa 29 July 2016 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Em seu primeiro livro, Ensaio Sobre os Dados Imediatos da ConsciÃncia, Bergson busca resolver ou dissolver o âproblema da liberdadeâ por meio de depuraÃÃo do tempo da similitude com o espaÃo. Como resultado, ele apresenta uma percepÃÃo singular da liberdade, irredutÃvel aos termos do determinismo e dos defensores do livre arbÃtrio. Para isso, o autor teve de se confrontar com a problemÃtica da CrÃtica kantiana e efetuar nela certas alteraÃÃes. O problema desta pesquisa Ã: que efeitos crÃticos e positivos essas alteraÃÃes exercem na investigaÃÃo da aprendizagem? Que relaÃÃo entre liberdade, no sentido de Bergson, e aprendizagem pode se apresentar por conta desses desdobramentos?
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