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Coping religioso, resiliência e qualidade de vida de pessoas com HIV/AIDSBrito, Hérica Landi de 17 March 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-04-29T13:01:00Z
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2016_HericaLandiBrito.pdf: 1676062 bytes, checksum: 411ac644299ece57dd8847e41f16484e (MD5) / A infecção por HIV/aids traz implicações médicas, psicológicas e sociais que impõem esforços adaptativos às pessoas soropositivas. Apesar disso, estudos demonstram que muitas delas preservam sua qualidade de vida e bem-estar psicológico. Essas mudanças decorrem em grande parte do advento do tratamento antirretroviral que transformou a aids em condição crônica, trazendo perspectivas reais de uma vida longa e saudável para as pessoas soropositivas. Autores têm apontado a resiliência como um dos fatores que permite às pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) persistirem ou se adaptarem à soropositividade. No contexto do processo saúde-doença, esta refere-se à capacidade de uma pessoa lidar com os estressores decorrentes da enfermidade, readaptando-se de forma positiva, o que contribui para o aprendizado e o crescimento pessoal mesmo diante das adversidades e limitações que podem surgir e oferecer riscos à saúde. Um aspecto que pode contribuir para a promoção da resiliência e, consequentemente, para a adaptação de PVHA é a religiosidade. Estudos indicam que estas utilizam sua dimensão religiosa e/ou espiritual para lidar com a condição de soropositividade, com possibilidade de influências diversas sobre a qualidade de vida. O processo pelo qual as pessoas, por meio da religião, tentam lidar com exigências pessoais ou situacionais em suas vidas é denominado coping religioso. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo geral investigar associações entre estratégias de coping religioso (positivo e negativo), resiliência e qualidade de vida em pacientes com HIV/aids. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, de corte transversal, de caráter correlacional e preditivo. Participaram do estudo 200 pessoas soropositivas acompanhadas em um ambulatório especializado em HIV/aids de um hospital da cidade de Goiânia que responderam aos seguintes instrumentos: questionário geral sobre aspectos sociodemográficos, médico-clínicos e religiosos; Escala Breve de Enfrentamento Religioso; Escala de Avaliação da Resiliência e o World Health Organization Quality of Life-HIV Bref. Os dados foram analisados mediante o uso do software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) for Windows versão 20, com técnicas estatísticas descritivas e inferenciais. Do total de participantes, 105 eram homens (52,5%). A média etária foi de 39 anos (DP=10,9) e os pacientes haviam recebido o diagnóstico, em média, há sete anos (DP= 6,3). Os dados sugeriram um relacionamento ortogonal entre coping religioso positivo (CRP) e negativo (CRN) de modo que associações não significativas foram encontradas (rs=0,12; p=0,08), indicando que ambos estão medindo padrões distintos do coping religioso. A média do CRP foi maior que a de CRN, sendo 3,5 (DP=0,52) e 1,7 (DP=0,68), respectivamente, o que significa que os participantes utilizaram mais CRP do que CRN, indicador de modos mais adaptativos para lidar com estressores relativos à soropositividade. Nas análises bivariadas realizadas neste estudo, as estratégias de coping religioso foram associadas de forma significativa com duas características sociodemográficas: escolaridade e idade. De acordo com os resultados, pessoas com menor escolaridade fizeram mais uso de CRN e pessoas mais velhas (39 anos ou mais) utilizaram mais CRP. O Teste H de Kruskal-Wallis mostrou que não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quanto ao uso do coping religioso positivo, negativo e coping religioso geral segundo o tempo de diagnóstico, tempo de uso da medicação antirretroviral, níveis de células T CD4+, mas indicou maior utilização de coping religioso geral pelas pessoas com carga viral indetectável (H=11,42; p=0,003). Os participantes apresentaram bons níveis médios de resiliência (M=3,06; DP=0,41) sendo, portanto, capazes de enfrentar as dificuldades decorrentes da soropositividade e de aprender com elas. As análises de correlação indicaram que resiliência associou-se significativa e positivamente ao coping religioso positivo (rs =0,37; p=0,01) e ao coping religioso total (rs =0,36; p=0,000). Com o coping religioso negativo, essa associação foi negativa (rs =-0,1; p=0,04). Na análise de regressão múltipla padrão, tanto o CR negativo quanto o positivo foram preditores significativos da resiliência, de modo que escores mais altos de resiliência resultaram de uma maior utilização de coping religioso positivo e menor utilização do coping religioso negativo na amostra de PVHA que participaram desse estudo. Resiliência não se associou a nenhuma das variáveis sociodemográficas e médico-clínicas analisadas. Por fim, os pacientes com HIV/aids apresentaram bons escores médios de QV, classificados como intermediários, sendo que a dimensão meio ambiente apresentou a menor média. Os preditores da QV foram: resiliência, escolaridade e coping religioso negativo. Nossos resultados não confirmam estudos anteriores com PVHA que identificaram associações significativas entre coping religioso positivo e melhor QV ou seja, não reforçam a existência de associação positiva entre CRP e QV, pois apenas o coping religioso negativo foi significativamente correlacionado a esta variável, sendo a direção dessa relação negativa, indicando que as pessoas que apresentaram melhor QV fizeram uso de menos coping religioso negativo. Cabe ressaltar, assim, as influências relevantes das variáveis psicossociais coping religioso e resiliência, ao lado da escolaridade na predição dos resultados de QV, o que revela a importância das redes de apoio psicossocial no cuidado de pessoas que vivem com HIV/aids. Os resultados confirmaram o papel importante que o coping religioso pode desempenhar no processo de superação das adversidades relacionadas à convivência com a infecção por HIV/aids e destacam o papel destas estratégias na QV de PVHA e, portanto, estas deveriam ser rotineiramente avaliadas pelos profissionais de saúde. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The HIV/AIDS provides medical, psychological and social implications that require adaptation efforts to seropositive people. Nevertheless, studies show that many of them preserve their quality of life and psychological well-being. These changes result largely from the advent of antiretroviral treatment that has transformed AIDS in a chronic condition, bringing real prospects for a long and healthy life for seropositive people. Authors have pointed resilience as one of the factors that allows people living with HIV / AIDS (PLWHA) persist or adapt to seropositivity. Resilience in the context of the health-disease, refers to the ability of a person dealing with the stressorsarising from infirmity, readapting positively contributing to learning and personal growth even into the face of adversity and limitations that can arise and pose risks to health. One aspect that can contribute to promoting resilience and hence for adaptation of people living with HIV/AIDS is religiousness. Studies indicate that the use their religious and/or spiritual dimension to deal with seropositive status, with the possibility of many influences on the quality of life. The process by which people, through religion, try to deal with personal or situational requirements in their lives is called religious coping. Therefore, this study aimed to investigate the associations between religious coping strategies (positive and negative), resilience and quality of life in patients with HIV/AIDS. This is a quantitative and cross-sectional research with a correlational and predictive character. The study included 200 HIV positive patients followed in outpatient settings by a specialized hospital in the city of Goiania who responded to these instruments: General questionnaire on sociodemographic, clinical-medical and religious aspects; the Brazilian Ways of Religious Coping Scale; Resilience Scale and World Health Organization Quality of Life-HIV BREF. Data were analyzed by using SPSS software (Statistical Package for Social Sciences) for Windows version 20, with descriptive and inferential technical statistics. Among all subjects, 105 were male (52.5%). The average age was 39 years (SD = 10.9) and patients had been diagnosed, on average, seven years before (SD = 6.3). The data suggested an orthogonal relationship between positive religious coping (CRP) and negative (CRN) so that no significant associations were found (r = 0.12; p = 0.08), indicating that both are measuring different religious coping patterns. The CRP average was greater than the CRN, being 3.5 (SD = 0.52) and 1.7 (SD = 0.68), respectively, which means that participants used more CRP than CRN, indicator of more adaptive ways to deal with stressors related to seropositivity. In bivariate analyzes performed in this study, religious coping strategies were significantly associated with two sociodemographic characteristics: age and education. According to the results, people with less education have made more use of CRN and older people (39 and older) have used more CRP. The Kruskal-Wallis H test showed that there were no statistically significant differences between the groups regarding the use of positive religious coping, negative and total religious coping according to the time of diagnosis, time of use of antiretroviral medication, CD4 + cells levels but indicated more use of total religious coping by persons with undetectable viral load (M = 11.42; p = 0.003). Participants showed good average levels of resilience (M = 3.06, SD = 0.41) and is thus able to cope with the difficulties arising from seropositivity and learn from them. Correlation analysis indicated that resilience was associated significantly and positively to the positive religious coping (r = 0.37; p = 0.01) and total religious coping (r = 0.36; p = 0.001). With the negative religious coping this association was negative (rs = -0.1; p = 0.04). In multiple regression analysis both negative CR as positive were significant predictors of resilience, so that higher scores of resilience resulted from increased use of positive religious coping and less use of negative religious coping in the sample of HIV-positive people who participated in this study. Resilience was not associated with any of thesociodemographic and medical clinical variables analyzed. Finally, patients with HIV/AIDS obtained good mean scores of QOL, classified as intermediate, and the dimension environment had the lowest average. The predictors of QoL were: resilience, education and negative religious coping. Our results do not support previous studies with PLWHA that have identified significant associations between positive religious coping and better QOL that is not reinforce the existence of a positive association between CRP and QOL because only the negative religious coping was significantly related to this variable and the direction of this relationship was negative, indicating that people that had better QOL made use of less negative religious coping. It is noteworthy, therefore, the relevant influences of psychosocial variables religious coping and resilience side of education to the prediction of QOL results, which reveals the importance of psychosocial support networks in the care of people living with HIV/AIDS. The results confirmed the important role that religious coping may play in the process of overcoming the adversities related to living with HIV / AIDS and highlight the role of these strategies in the QOL of PLWHA and therefore this should be routinely evaluated by health professionals.
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Entre as políticas sociais e a autonomia a partir dos conceitos bioéticos : o exemplo da política de HIV/aidsMedeiros, Rafaela Mendes 31 March 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Cátedra UNESCO de Bioética, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-05-23T16:15:38Z
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2016_RafaelaMendesMedeiros.pdf: 1252565 bytes, checksum: 25ee44cceffa95c3a13abfbb544588bd (MD5) / O presente trabalho tem como objetivo entender melhor, à luz do conceito de autonomia e justiça da bioética, como as visões desses mesmos conceitos são vistos pelos formuladores e gestores de políticas sociais de saúde referentes ao HIV/Aids no país. Foi feito um estudo sobre o conceito de política social no Brasil e o conceito de justiça que o baseia, sempre pensando em alargar o conceito à luz da visão bioética. Além disso, foi investigado como o conceito de autonomia em práticas consideradas de risco à transmissão do HIV e do fato de algumas pessoas não quererem se tratar quando HIV positivos são vistos por formuladores e gestores de políticas sociais de saúde relacionadas ao HIV, também à luz dos conceitos bioéticos. Para isso, foram entrevistadas 6 (seis) pessoas que trabalham na gestão do Ministério da Saúde e que lidam diretamente com os temas de políticas sociais de HIV. As falas delas serviram para exemplificar os conceitos de justiça, autonomia e equidade que embasam as políticas sociais, sempre pensando em suas realidades diárias de trabalho. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study aims to understand, in the light of the concepts of autonomy and justice of bioethics, how formulators and social health policy makers related to HIV/aids in the country understand those same concepts. The concept of social policy in Brazil and the concept of justice that bases those policies were studied aiming on extending these concepts in the light of bioethics. Furthermore, it was investigated how the concept of autonomy in risky practices to HIV transmission and the fact some HIV positive people do not want to go on treatment are seen by formulators and social policy makers of health related to HIV, also in the light of the bioethical concepts. Six (6) people who deal directly with the issues of social HIV policies were interviewed at their working places at the Ministry of Health. Their statements were used in this research to illustrate the concepts of justice, autonomy and equity that support social policies, always concentrating on their daily realities of work.
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Absorção intestinal de D-xilose em crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humanaPerin, Nilza Medeiros January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. / Made available in DSpace on 2012-10-17T18:37:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T16:04:06Z : No. of bitstreams: 1
171398.pdf: 4075666 bytes, checksum: a2727a30fa29faced45ed230353a1cc8 (MD5) / A absorção intestinal de D-xilose foi avaliada em 104 crianças de 18 meses a 14 anos, infectadas pelo HIV, atendidas em um ambulatório de referência regional. Das crianças estudadas, somente 8 (7,7%) apresentaram o teste da D-xilose alterado. A análise de correspondência múltipla aplicada aos dados encontrados sugeriu uma associação entre o teste da D-xilose alterado e a presença de Cryptosporidium. Não se encontrou associação entre o teste alterado e diarréia, estado nutricional, alteração imunológica e parasistas entéricos clássicos.
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Cuidando da mulher gestante com HIV fundamentado na teoria de ParseCoelho, Rita de Cássia Heinzen de Almeida January 2001 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. / Made available in DSpace on 2012-10-18T04:18:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
189191.pdf: 522349 bytes, checksum: 2d3db164fc3755ee1517ee9bb1bbb1c9 (MD5) / Diante da feminização da epidemia do HIV/AIDS, justifica-se a necessidade de aprofundamento do conhecimento em busca de novas possibilidades do cuidado à mulher gestante com HIV para melhor compreensão deste ser. Trata-se de um estudo qualitativo, onde buscou-se cuidar de mulheres gestantes com HIV, orientado por um referencial teórico. Este foi construído à partir de idéias da própria autora, fundamentado na Teoria de Rosemere Rizzo Parse. Os conceitos utilizados foram: ser humano-ambiente-família, saúde, enfermagem, e profissionais de saúde. A implementação do referencial teórico aconteceu no serviço de ambulatório de referência para gestantes com HIV, da Maternidade Carmela Dutra, localizada no município de Florianópolis-SC. A população alvo deste estudo constituiu-se de quatro gestantes em controle pré-natal no referido serviço. Na prática, o processo de enfermagem deu-se através de encontros vivenciados pela enfermeira e a mulher gestante com HIV, em três dimensões: esclarecer significado, sincronizar ritmo e mobilizar a transcendência, para um viver mais saudável e com mais qualidade de vida. As três dimensões ocorreram de maneira simultânea, não prescritiva. Ao analisar a aplicação do referencial teórico na prática a autora pôde perceber a transformação em sua maneira de cuidar, fundamentada na Teoria de Parse, colocando a mulher gestante com HIV sujeito de sua saúde, rompendo o paradigma vigente. Este estudo possibilitou também melhor compreensão do que é vivenciar uma gestação concomitantemente com teste positivo para o HIV, e a importância do papel da enfermeira como cuidadora numa relação sujeito-sujeito.
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Relações amorosas na adolescência e riscoAguiar, Adriana de January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T20:32:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
294451.pdf: 839144 bytes, checksum: c5ccab5387a0d14c657584d242c4ced0 (MD5) / A infecção pelo HIV representa uma das maiores pandemias da história. Os dados mostram que hoje as relações sexuais são a via de maior transmissão e aspectos sentimentais envolvidos nas relações amorosas têm se constituído obstáculo para a adoção de condutas de proteção, como o uso do preservativo. O amor, por estar presente em grande parte das relações amorosas, é um sentimento que pode estar envolvido na subestimação do risco, pois é responsável pela idealização do parceiro. O início das relações amorosas e sexuais tem lugar na adolescência o que, somado às características próprias desta fase, insere este grupo no contexto de vulnerabilidade ao HIV. Esta dissertação teve como objetivo investigar a relação entre o amor e a percepção de risco em relação ao HIV entre adolescentes estudantes do ensino médio, em diferentes tipos de relacionamento. Tratou-se de um estudo exploratório, de natureza descritiva e comparativa, com 301 adolescentes de escolas públicas de Florianópolis. Foi aplicado um questionário em situação coletiva, composto de 3 blocos de questões: 1) características sócio-demográficas; 2) relacionamento amoroso e 3) risco em relação ao HIV. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e relacional, com auxílio do software SPSS, análise
de conteúdo e análise lexicográfica, com software ALCESTE e SPAD. Os resultados mostram que, em geral, o risco em relação ao HIV/Aids é negado pelos adolescentes, pois os mesmos subestimam suas chances de infecção quando se comparam a outros indivíduos e consideram como mínimo o risco de se contaminar ao longo de suas vidas. O amor não apareceu diretamente associado à auto-percepção de risco, porém, juntamente com o namoro, se apresenta como complicador do sexo protegido. Ele também apareceu indiretamente associado à percepção de risco, visto que apresentou relação com a subestimação do risco do parceiro amoroso. Observou-se que os significados compartilhados em relação ao amor aparecem associados ao risco em relação ao HIV/Aids a medida que justificam práticas arriscadas, como o não uso do preservativo. / HIV infection is one of the greatest pandemics in history. Today, sexual intercourse is the main transmission mode a and emotional aspects involved in romantic relationships render more difficult the adoption of protective behaviors, such as condom. As an emotion present in most relationships, love is a feeling that may be involved in the underestimation of risk, because it is responsible for the idealization of the partner. Adolescents are especially vulnerable to the HIV because, despite the particular characteristics of this stage, sexual and romantic relationships are here iniciated. This thesis aims to investigate the relationship between love and HIV risk perception of high school students engaged in different types of relationship. The study was
exploratory, descriptive and comparative, and had as participants 30
adolescents from public schools of Florianopolis. A questionnaire was applied in a collective situation, consisting of three sets of questions: 1) socio-demographic characteristics, 2) romantic relationship and 3) risk in relation to HIV. Data were analyzed though descriptive and relational statistics (SPSS); content analysis and lexical analysis (ALCESTE and SPAD). Results show that in general, HIV contamination risk is denied by adolescents since they underestimate their chances of infection when compared to others. Moreover, they consider that their risk of contamination throughout their life is minimal. The feeling of love was not directly associated to self-perception of risk. However, its association to romantic relationships underlines the complexity of safe sex. Love feeling was also indirectly associated with the risk perception though an underestimation of the risk associated to the loving partner. Finally, it was noticed that the shared notions about love are associated to HIV risk taking practices because they justify risky behaviours, such as not using condoms.
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Avaliação da resposta imune celular contra HIV em camundongos imunizados pela via intravaginal com uma vacina de adenovírus recombinanteSouza, Ana Paula Duarte de January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia / Made available in DSpace on 2012-10-22T15:33:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
224660.pdf: 451595 bytes, checksum: 3e0c71af98b488467aeb316ddc597ae0 (MD5) / Vacinas contra HIV que estimulem resposta imune de mucosas, especialmente no trato genital feminino, podem ser mais eficazes na prevenção ou contenção da infecção pelo HIV. Adenovírus humano (Ad) do sorotipo 5, que têm sido utilizados como vetores de vacinas contra HIV, apresentam como limitação a pré-existência de anticorpos neutralizantes na população. Para superar este problema foi desenvolvido um Ad recombinante a partir de um vírus de origem símia - AdC6gag. Este estudo avaliou a resposta imune celular específica contra HIV em sítios sistêmicos e de mucosa após a imunização intravaginal de camundongos BALB/c com AdC6gag. Demonstrou-se que imunização intravaginal foi capaz de induzir células T CD8+ Gag-específicas no trato genital, linfonodos ilíacos e baço. A resposta imune avaliada através da marcação intracelular de IFN- produzido por células T CD8+ estimuladas por 5 horas com peptídeo contendo Gag foi demonstrada utilizando-se diferentes doses do vetor, mas a dose de 105 PFU de AdC6gag foi capaz de induzir a melhor resposta no trato genital e linfonodos ilíacos 14 dias após a imunização intravaginal. 105 e 104 PFU de AdC6gag induziram a melhor resposta no baço 7 dias após a imunização. A imunização intravaginal com AdC6gag induziu melhor resposta de células T CD8+ no trato genital e linfonodos ilíacos que as imunizações intranasal e intramuscular. As freqüências de células T CD8+ Gag-específicas estimuladas no trato genital pela imunização intravaginal IV (3,8%) e intranasal IN (0,94%) aumentaram com uma estratégia de dose-reforço IN-IV (27,46%) quando se utilizou 105 PFU de AdC6gag. A resposta de células T CD8+ Gag-específicas induzidas com AdC6gag no trato genital e baço é de longa duração, podendo ser detectada 90 dias após a imunização. AdC6gag aumentou a população de células T no trato genital após imunização intravaginal com diferentes doses. As mulheres constituem hoje 50% dos indivíduos infectados e 70 a 80 % dos novos casos de HIV ocorrem através de transmissão heterossexual. A indução de células T CD8+ específicas na mucosa pode ser importante, uma vez que estas células estão implicadas no controle da replicação viral. Este estudo sugere que AdC6gag pode induzir eficientemente células T CD8+ no trato genital, e que estas freqüências podem pode ser aumentadas com uma estratégia de dose reforço com vias de mucosa distintas.
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Prevalência dos marcadores das hepatites B e C em pacientes soropositivos para o HIV da região serrana do Estado de Santa CatarinaSouza, Ester Santos de January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T08:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
269117.pdf: 1029137 bytes, checksum: 288b039b84fe733cf88ca503eda6a95b (MD5) / A presença do vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C (HCV) no portador do vírus da imunodeficiência humana (HIV) reveste-se de importância clínica, na medida que a ocorrência de tais co-infecções parece favorecer um pior prognóstico do paciente, bem como interferir nos resultados da terapêutica aplicada. A co-infecção HBV/HIV ocorre em número considerável e é explicada pelas vias de transmissão comuns a estes dois vírus, basicamente sexual, vertical e parenteral, sendo esta última mais observada para o HCV em relação ao HIV, e a via sexual é mais eficiente para a transmissão do HIV. Metade de todos os pacientes infectados pelo HIV são co-infectados com o HBV ou com o HCV, o que causa impacto na qualidade de vida, na sobrevida e nos custos com tais pacientes. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo soroepidemiológico verificando a soroprevalência dos marcadores das Hepatites virais B e C, avaliando a co-infecção em pacientes soropositivos para o HIV da região serrana do Estado de Santa Catarina. Foram analisadas amostras de sangue de 165 pacientes soropositivos para o HIV que compareceram ao Programa DST/HIV AIDS da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Lages-SC. Para análise estatística utilizou-se a distribuição de frequências e porcentagem. O estudo demonstrou o perfil dos pacientes soropositivos para o HIV, revelando predomínio do sexo feminino (59,4%), raça branca (76,4%), solteiros (42,4%), com prevalência na faixa etária entre 31 e 49 anos (63,03%) e com grau de escolaridade mais baixo, com 63,6% apresentando nível fundamental (completo e incompleto). O fator de risco mais prevalente foi o relacionamento heterossexual (64,8%), seguido do uso de drogas injetáveis (7,3%). A soroprevalência para os marcadores HBsAg foi de 0,61%; para anti-HBc, 11,52% e anti-HBs, 21,82%. Para o anticorpo anti-HCV, foi observado a prevalência de 10,30%, sendo a principal categoria de exposição, o uso de drogas injetáveis. 14 (8,48%) apresentavam co-infecção com marcadores do HBV e /ou HCV. Dentre estes, 9 (5,45%) apresentavam infecção passada e anticorpos contra o vírus HBV. 2 (1,21%) pacientes do sexo masculino apresentavam sorologia positiva para três marcadores, ou seja a infecção para o HCV e infecção passada para o HBV e em três pacientes (1,82%) possuíam a prevalência para a infecção da hepatite C e infecção passada da hepatite B. Nenhum paciente apresentou a co-infecção HIV/HCV/HBV. / The presence of the hepatitis B (HBV) virus and of the hepatitis C (HCV) in the carrier of the virus of the human imunodeficiency (HIV) it is covered of clinical importance, in the measure that the occurrence of such co-infections seems to favor a worse prognostic of the patient, as well as to interfere in the results of the applied therapeutics. The co-infection HBV/HIV happens in considerable number and it is explained by the transmission roads common to these two viruses, basically sexual, vertical and parenteral, being this last one more observed for HCV in relation to HIV, and the sexual road is more efficient for the transmission of HIV. All the patients half infected by HIV is co-infected with HBV or with HCV, what causes impact in the life quality, in the up life and in the costs with such patient. The objective of this work went accomplish a serumepidemiological study verifying the serumprevalence of the markers of the Hepatitis you turn B and C, evaluating the co-infection in serumpositives patients for HIV of the mountainous area of Santa Catarina's State. Samples of blood of 165 serumpositives patients were analyzed for HIV that attended the Program DST/HIV SIDA of the Epidemic Surveillance of the Municipal Clerkship of Health of Lages-SC. For statistical analysis it was used the distribution of frequencies and percentage. The study demonstrated the profile of the patient serumpositives for HIV, revealing prevalence of the feminine sex (59,4%), white race (76,4%), single (42,4%), with prevalence in the age group between 31 and 49 years (63,03%) and with degree of lower escolaridade, with 63,6% presenting fundamental level (complete and incomplete). The factor of risk more prevalent was the heterosexual relationship (64,8%), followed by the use of drugs you injected (7,3%). The serumprevalence for the markers HBsAg was of 0,61%; for anti-HBc, 11,52% and anti-HBs, 21,82%. For the antibody anti-HCV, the prevalence of 10,30%, was observed being the main exhibition category, the drug use injected. 14 (8,48%) they presented co-infection with markers of HBV and /or HCV. these, 9 (5,45%) they presented last infection and antibodies against the virus HBV. 2 (1,21) patient of the masculine sex they presented positive sorology for three markers, that is to say the infection for HCV and infection passed for HBV and in three patient (1,82%) they possessed the prevalence for the infection of the hepatitis C and passed infection of the hepatitis B. Any patient one presented the co-infection HIV/HCV/HBV.
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Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividadeOrlandi, Renata 26 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T06:50:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
296910.pdf: 2504202 bytes, checksum: b55388e392625907e1422141a2eb2717 (MD5) / O recebimento da notícia diagnóstica, o aparecimento de sintomas e a aderência ao tratamento antirretroviral abrem precedentes para uma infinidade de mudanças no cotidiano das pessoas que vivem e convivem com o HIV. Face à revelação diagnóstica, as pessoas que vivem com o HIV podem acionar a sua rede social ou manter em segredo o seu status sorológico, tornando o enfrentamento da contaminação um processo desgastante e solitário. Haja vista a tendência mundial e também brasileira de feminização da epidemia torna-se estratégico o desenvolvimento de pesquisas voltadas para essa população. O objetivo deste estudo foi investigar como a rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV participa do enfrentamento da soropositividade. Metodologicamente, o trabalho se caracteriza como qualitativo, transversal, descritivo e exploratório. Para a coleta de dados foram empregados a entrevista semi-estruturada, o mapa de redes e o genograma, bem como foram consultados os prontuários médicos das pessoas investigadas. Participaram do estudo mulheres infectadas pelo HIV com idades compreendidas entre 20 e 59 anos que haviam recebido o diagnóstico há mais de um ano e que apresentavam condições emocionais para lidar com o procedimento de investigação. Os dados foram coletados em um hospital de referência no tratamento de doenças infecciosas, em uma cidade situada no sul do Brasil com altos índices de casos notificados. O procedimento de análise foi ancorado na Teoria Fundamentada Empiricamente. Para a organização e processamento dos dados foi utilizado o software Atlas/ti 5.0. Foram tomadas todas as medidas éticas aplicáveis à execução da investigação científica. O segredo e/ou a impossibilidade de falar abertamente sobre o vírus HIV foi mencionado pelas entrevistadas e o estigma atrelado à Aids destacou-se nos relatos. Referente aos recursos pessoais empregados na resolução de problemas relacionados ao HIV foram destacados: as medidas de auto-cuidado em saúde, o delineamento de projetos de vida, as estratégias psicológicas para ressignificar soropositividade e a atuação da rede social significativa. As participantes que apresentaram mais recursos no enfrentamento do problema, as que referiram maior bem estar, assim como melhores condições clínicas de saúde apresentaram redes sociais significativas mais eficientes e dinâmicas no que diz respeito à composição, às funções, à heterogeneidade, à freqüência de contatos, à proximidade geográfica, à intimidade e às interconexões. Ainda que isoladas, as iniciativas de profissionais de saúde no sentido de acolher membros da rede social dessas mulheres no processo de enfrentamento da soropositividade foram bem vistas e pareceram repercutir na qualidade da ajuda. Para além do mapeamento e acionamento de membros, a articulação da ajuda e o favorecimento dos processos comunicacionais entre todos estes e as pessoas que demandam o apoio parece ser um foco estratégico de atuação das equipes de saúde, as quais podem atuar tanto no envolvimento de pessoas, como no fortalecimento e na criação de conexões entre os sub-sistemas que compõem as redes sociais significativas. Enfatiza-se a relevância de pesquisas futuras dirigidas ao estudo da participação das redes sociais significativas no processo de enfrentamento da soropositividade sob a perspectiva dos membros destas mesmas redes, subsidiando políticas públicas dirigidas tanto à população que apresenta este status sorológico como às pessoas que as cercam e lhes ofertam ajuda.
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Qualquer semelhança não é mera coincidênciaOliveira, Esmael Alves de January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:26:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Ao propor como tema desta tese a análise do cinema moçambicano sobre o HIV/Aids, o intuito foi o de refletir - alicerçado na perspectiva antropológica e em diálogo com outros discursos (filosófico, literário e cinematográfico) - sobre as tessituras desta experiência narrativa em Moçambique, em torno deste assunto, buscando elencar suas especificidades, articulações e sentidos. Em termos metodológicos, vali-me da análise de algumas imagens e procurei investigar a relação entre cinema e os imaginários sociais no tocante ao HIV/Aids. Assim, considerei que a imagética moçambicana - expressa no cinema, jornais, relatórios oficiais, entrevistas, depoimentos, etc - forneceu pistas importantes para compreender as complexas relações entre sujeitos, instituições, práticas e discursos - relações essas quase sempre marcadas por diferentes clivagens (global/local) e intersecções: gênero, classe social, faixa etária, religião, entre outros. Esse cruzamento de perspectivas, à semelhança de um grande mosaico, permitiu-me entender - a partir da justaposição dos diferentes cenários - os discursos e posicionamentos encontrados. A multiplicidade de imagens e narrativas se constituiu em chaves significativas para a apreensão da problemática em questão levando-me a considerar tanto as diferentes lógicas e agenciamentos de sujeitos e instituições quanto as diversas moralidades em jogo presentes na intrincada rede de interpretação e construção de sentidos contidos nas "imagens" analisadas. Deste modo, ao problematizar cartazes das campanhas do Ministério da Saúde de Moçambique, filmes de diferentes cineastas moçambicanos bem como entrevistas e recortes de jornais, quis evidenciar os diversos regimes de verdade que fundamentam práticas e discursos que se expressam no cinema e nas narrativas que o primeiro elabora sobre temas complexos, dotados de forte dimensão político-social. A partir destas reflexões, acredito trazer uma contribuição relevante para o campo de investigação da Antropologia contemporânea na medida em que, ao estabelecer esta conexão entre imagens, imaginários e significados, busco evidenciar questões e aspectos até então pouco explorados nas abordagens convencionais, questões estas que emergem de modo privilegiado na narrativa imagética de Moçambique.<br> / Abstract: By proposing as the theme of this dissertation the analysis of the Mozambican cinema regarding HIV/Aids, the purpose was to think - based on the anthropological perspective and in dialogue with other discourses (philosophic, literary and cinematographic) - over the weaving of such narrative experience in Mozambique, about this subject matter, in an effort to survey its specificities, articulations, and meanings. In methodological terms, I analyzed some images and sought to investigate the relationship between cinema and social imageries related to HIV/Aids. Thus, I considered that the Mozambican imagetic - expressed in the cinema, newspapers, official reports, interviews, testimonies, etc. - provided important clues to understand the relations between subjects, institutions, practices and discourses - relations which are almost always marked by the different cleavages (global/local) and intersections, including gender, social class, age group, and religion. Such crossed perspectives, like a great mosaic, allowed me to comprehend - based on the overlapping of different scenarios - the discourses and standpoints I have found. The multiplicity of images and narratives are significant keys to apprehend the problem in question and led me to consider both the different logics and agencies of subjects and institutions as well the several moralities at stake present in the intricate net of interpretation and construction of meanings contained in the "images" I have analyzed. Thus, by problematizing campaign posters produced by Mozanbique´s Healh Department, films by different Mozambican movie makers as well interviews and newspaper clippings, I tried to demonstrate the several regimes of truth that are the ground of practices and discourses which are expressed by the cinema and the narratives that the former produces about complex topics, with a strong political and social dimension. Based on these reflections, I believe I was able to bring a significant contribution to the field of investigation in contemporary Anthropology as, by establishing a connection between images, imageries and meanings, I seek to highlight issues and aspects that had been little explored until now in the conventional approaches, issues that emerge in a privileged way in the imagetic narrative of Mozambique.
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Importância da citometria de fluxo na avaliação da resposta imune celular em indivíduos portadores de tuberculose pulmonar soronegativos ou soropositivos ao HIVGaspar, Pâmela Cristina January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:39:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis (MTB) transmitida diretamente de pessoa para pessoa, através da inalação de partículas infectadas pelo MTB. A TB é considerada um problema de saúde pública mundial. A cada ano, são registrados mundialmente, aproximadamente, 9 milhões de novos casos de TB e 1,4 milhões de mortes decorrentes da doença. Indivíduos infectados pelo MTB podem desenvolver tanto uma doença progressiva quanto uma infecção latente, dependendo do seu estado imunológico. Com o advento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), caracterizada como uma disfunção grave do sistema imunológico de pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), houve um profundo impacto sobre o aumento do número de novos casos de TB. Apesar da forte correlação entre o desenvolvimento da TB e a diminuição de células T CD4+ no sangue periférico de indivíduos coinfectados pelo MTB/HIV estar bem estabelecida, a resposta imune celular pulmonar permanece incerta. Informações relacionadas à citologia do escarro de pacientes com TB são escassas e não se sabe exatamente se há diferenças na resposta imune celular pulmonar entre os pacientes HIV soropositivos e HIV soronegativos. Estas observações reforçam a importância da pesquisa para o desenvolvimento e avaliação de métodos que permitam o estudo das células que envolvem a resposta imune pulmonar no combate à infecção pelo MTB, principalmente nos casos de coinfecção pelo HIV/MTB. A análise das células de escarro por microscopia óptica é um método bem estabelecido para a determinação das subpopulações leucocitárias. No entanto, essa metodologia possui algumas limitações, como a impossibilidade de diferenciação de subtipos celulares morfologicamente idênticos e a necessidade de uma amostra de boa qualidade. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi a investigação da importância da citometria de fluxo na avaliação da resposta imune celular em indivíduos portadores de tuberculose pulmonar ativa e bacilíferos soro negativos ou soro positivos ao HIV. Inicialmente, realizou-se a padronização da citometria de fluxo para avaliação dos fenótipos leucocitários do escarro. Após a padronização, avaliou-se a celularidade de 30 amostras de escarro de pacientes portadores de TB pulmonar ativa e bacilíferos. Os resultados demonstraram que os neutrófilos (95,68%) compunham maior percentual do que os monócitos/macrófagos (2,62%) e os linfócitos (1,64%) na celularidade total das amostras de escarro analisadas. Além disso, com relação ao total de linfócitos T (100%),foram observados em média 12,31% de linfócitos T auxiliares, 24,13% de linfócitos T citotóxicos, 62,85% de linfócitos T gama/delta (?d) e 0,02% de linfócitos T com fenótipo CD4+ e CD8+. Após a determinação da celularidade, os resultados das amostras de escarro foram subdividos em dois grupos, soropositivos e soronegativos ao HIV. Na associação desses subgrupos leucocitários acima descritos, foram observadas diferenças estatisticamente significativas somente para os percentuais de monócitos/macrófagos. Os resultados encontrados mostram que a citometria de fluxo é um método eficaz para avaliar os diferentes subtipos de linfócitos presentes nas amostras de escarro, mesmo daquelas consideradas inviáveis para análise por microscopia óptica. Sendo assim, é de grande importância para o enriquecimento das informações associadas à imunologia da coinfecção pelo MTB/HIV.<br> / Abstract : Tuberculosis (TB) is an infectious disease caused by Mycobacterium tuberculosis (MTB) that is transmitted directly from person to person through inhalation of infected particles MTB. TB is considered a worldwide public health problem. Each year, an estimated 9 million people developed TB and 1.4 million died from the disease. MTB-infectious individuals may develop either a progressive disease as well as a latent infection, and it is imune-dependent status. With the advent of Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) that is characterized as a severe dysfunction of the immune system of patients infected with human immunodeficiency virus (HIV), there was a profound impact on increasing number of new TB cases. Despite the strong relationship between the TB development and the decrease of CD4 + cells in peripheral blood of co-infected MTB/HIV individuals be well established, the lung cellular immune response remains unclear. Information regarding the sputum of TB patients is scarce and it is not known exactly if there are cellular differences in lung immune response among HIV-positive and HIV-negative individuals. These observations emphasize the importance of research for development and evaluation techniques to study cells that surround the pulmonary immune response against MTB infection, especially in cases of coinfection HIV/MTB. The analysis of sputum cells by optical microscopy is a well-established method for the determination of leukocyte subpopulations. However, this methodology has some limitations such as the inability to differentiate morphologically identical cell subtypes and the need for a good quality sputum sample. Given the above, the aim of this study was to investigate the importance of flow cytometry to assess the cellular immune response in individuals with active pulmonary TB and bacillary, in HIV-negative or HIV-positive. First, the standardization of flow cytometry was done for assessment of leukocyte phenotypes sputum. After standardization, there were evaluated the cellularity of 30 sputum samples from patients with active pulmonary TB. The results demonstrated that neutrophils (95.68%) comprised the greatest percentage of sputum cellularity cells comparing to monocytes/macrophages (2.62%) and lymphocytes (1.64%) populations in the analyzed samples. Besides that, regarding to total T-lymphocytes (100%) there were observed on average of 12.31% of T helper, 24.13% of T cytotoxic, 62.85% of T gamma/delta (?d) and 0.02% of T with the phenotype CD4+ and CD8+. After the sputum cellularity determination, the results of the sputum samples were subdivided into two groups,HIV-positive and HIV-negative. In the association of these leukocyte subsets described above, only statistically significant differences were observed for the percentage of monocytes/ macrophages. The results show that flow cytometry is a powerful method to evaluate the different subtypes of lymphocytes present in sputum samples, even those considered unviable for analysis by light microscopy. Therefore, flow cytometry is of great importance to enrich the informations about the co infection MTB/HIV immunology.
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