Esta dissertação é fruto de uma pesquisa realizada em uma enfermaria feminina de clínica médica de um hospital universitário público da cidade do Rio de Janeiro. Nesta pesquisa, busquei uma compreensão sobre as relações e articulações do trabalho médico e de enfermagem. Partindo da perspectiva hermenêutica, busquei estabelecer conversações com, e entre, sujeitos de pesquisa, grupos profissionais, o próprio estabelecimento hospitalar, a biomedicina - seus fatos e artefatos. Ademais, foram inspiradores para a desejada compreensão os science studies e seus exemplos de como acompanhar e interpretar especialistas em seus campos de prática. A pesquisa, especificamente, foi construída e desenvolvida com o uso de métodos qualitativos, como a observação etnográfica e entrevistas semiestruturadas, tendo a primeira servido de fundamentação para a segunda. O exercício interpretativo posto em curso desde a projeção da pesquisa não se esgotou com o seu término: teve continuidade e se fez presente na produção desta dissertação, ao modo de uma narrativa. Para sustentar a opção pela narrativa, assumo-a como um relato de risco, da maneira como sugere Latour para se descrever as redes e seus atores. Assim, pretendi incluir no texto a intensa movimentação e toda a sorte de eventos que se colocam como desafio às práticas destes profissionais, além de conferir agência aos sujeitos e às coisas. Dentro desta proposta, a narrativa traz um prólogo em que se posiciona entre os trabalhos do campo da Saúde Coletiva; em sua introdução, oferece um resumo ampliado de sua construção; no capítulo um, discorre sobre como o pesquisador negociou a existência da pesquisa com a instituição hospitalar, e trata também de um de seus fundamentos, a hermenêutica filosófica, em conversações com Rorty e Ayres. No segundo, traz um relato sobre a constituição coletiva de médicos e enfermeiros a partir de Fleck. Convida, ainda, um dos sujeitos da pesquisa a oferecer um conceito que ilumina as tensões das relações cotidianas entre enfermeiras e médicos; apresenta, a partir do conceito oferecido, alguns retratos destas relações. No terceiro, o caso de uma usuária que teve o prolongamento de sua vida decidida em uma reunião e um telefonema, é usado com o conceito de paradigma, em Kuhn, para dizer sobre as visões de mundo de médicos e enfermeiras. No quarto, tenta tornar dinâmica a constituição coletiva de médicos e enfermeiras ao relacioná-la às suas visões de mundo, aos processos de enculturação dos dois grupos profissionais; para isso recorre ao conceito de conhecimento tácito e às distintas categorias de expertise, como desenvolvidas por Collins e Evans. Diz sobre o que médicos e enfermeiras sabem do que estão falando/fazendo. Por fim, propõe duas possibilidades de desfecho para a dissertação: a primeira, que as práticas de médicos e enfermeiros são incomensuráveis entre si; a segunda, que médicos e enfermeiros dividem uma zona de troca forçada. Há ainda um encerramento. Nele, através da descrição de uma médica virtuosa, convida os leitores a uma conversa sobre os sujeitos contemporâneos e sobre o mundo em que vivemos.

Neste trabalho, analisamos o modo como o processo de seleção de pessoal se estabeleceu em meio às determinações de sentido nesta que Martin Heidegger denominou a era da técnica. Esse filósofo descreve a época em que vivemos como uma era que se caracteriza essencialmente pela ênfase no pensamento técnico-calculante, em que todas as coisas são tomadas pelo caráter da mensuração e calculabilidade. Nesse sentido, podemos afirmar que a era moderna detém como verdades algumas características, como: fundo de reserva, funcionalidade (serventia) e a produtividade sem limites. Esse modelo de pensamento tem um impacto direto na realização do processo de seleção de pessoal pela Psicologia, haja vista ser esse o critério básico exigido para que o trabalhador seja aprovado. Ocorre que, ao tomar esse critério como a única e absoluta verdade da capacidade do trabalhador, outras capacidades e motivações, quando muito, ficam relegadas a um segundo plano. O homem, tomado como um estoque de matéria-prima, com funcionalidades específicas e pela determinação da produtividade incessante, passa a se comportar de modo autômato, tal como a máquina, cuja utilidade dura enquanto durar a necessidade de sua produção, sendo descartado quando outras necessidades se sobrepõem àquela. Através da análise da trajetória da organização do trabalho e sua interface com a Psicologia, procuramos esclarecer o domínio do caráter técnico instrumental que vem sustentando a Psicologia no modo de realização da seleção de pessoal, baseando-nos em autores como Sampaio, Chiavenato, Pontes e Leme. Apresentamos, também, a contribuição de outros autores, como Sennett, Dejours e Schwartz, que tentaram, a seu modo, construir uma análise crítica da relação homem-trabalho sob os parâmetros predominantes na atualidade. Por fim, por meio a uma visada fenomenológico-hermenêutica, pudemos refletir sobre o processo de seleção em Psicologia e compreender como esta, ao ser constantemente interpelada pela era da técnica, vem tomando os atributos dessa era como verdades absolutas e, assim, estabelecendo seu fazer em seleção de pessoal sob essas verdades. Ao orientar seu fazer por esse modo, a Psicologia, comprometida com o processo de seleção, compactua, sedimenta e fortalece essa forma de pensar em que o homem é tomado como objeto de produção tal qual a máquina, consolidando uma relação homem-trabalho em bases preponderantemente deterministas e, como tal, aprisionadoras. A proposta aqui desenvolvida consiste em evidenciar a possibilidade de outra posição da Psicologia frente ao modo de estabelecimento do processo de seleção, de forma a resistir à perspectiva de homem apenas como um fator produtivo. / In this work, we examined how the process of personnel selection was established at determinations of a period called by Martin Heidegger as the era of technology. This philosopher describes the time we live in such an era that is essentially characterized by the emphasis on technical and calculating thought, in which all things are made by the character of the measurement and accountability. In this way, we can say that the modern era has some characteristics taken as truths, as reserve fund, functionality (usefulness) and productivity without limits. This type of thinking has a direct impact on the achievement of the personnel selection process by Psychology, considering this is the basic criterion required for the worker to be approved. However, if this criterion is taken as a absolute truth and capacity of the worker, other capabilities and motivations are relegated to low priority. Man, taken as a stock of raw material, with specific functionalities and at determination of uninterrupted productivity, begins to behave automaton mode, such as machine, whose usefulness lasts as long as the need for its production. Afterwards, he is discarded when other needs overlap those former needs. Through the analysis of the industrial work trajectory and its interface with Psychology, we could clarify the field of the instrumental technical model that has sustained Psychology in the way of accomplishing personnel selection, based in Sampaio, Chiavenato, Pontes and Leme theories. We also presented the contribution of other authors such as Sennett, Dejours and Schwartz, who have tried, in their own way, to build a critical analysis of worker labor relationship, under current parameters. Finally, through a phenomenological-hermeneutic sight, we could meditate on the selection process in Psychology and to understand how this, which is constantly challenged by the era of technology, has been taking the attributes of that era as absolute truths and thus establishing its making in personnel selection under these truths. Guiding its doing by this way, Psychology, committed to the process of selection, complies, consolidates and strengthens this way of thinking, in which man is regarded as an object of production such the machine, consolidating a man-work relationship predominantly on deterministic and, as such, imprisoning bases. The proposal developed here is to emphasize the possibility of another position of Psychology in relation to the mode of the established selection process, in order to resist the prospect of man only as a productive factor.

Background: Breastfeeding is globally recognised as a gold standard of nutrition, recommended for the first six months of an infant’s life. Despite its benefits, most women in Ghana do not breastfeed, as recommended by World Health Organization (WHO) and United Nations International Children Emergency Fund (UNICEF). Aim: To gain in-depth understanding of first-time Ghanaian mother lived experience of breastfeeding. Design/Method: A longitudinal qualitative design was adopted, underpinned by the hermeneutic phenomenological approach, as described by van Manen (1990). The study explored the lived experiences of thirty first-time women recruited from antenatal clinic. A series of three semi-structured, in-depth interviews were conducted; the first in late pregnancy, the second in the first week following childbirth and the final one between four and six months postpartum. Findings: Inductive thematic analysis informed by van Manen (1990) and principles of hermeneutic interpretation allowed the emergence of four main themes: the ‘Breastfeeding Assumption,' Breastfeeding as Women’s Business,’ the Postnatal Experience of Breastfeeding and ‘Family as Enabler or Disabler’. Within the context of this study, breastfeeding is expressed as an activity within the family and social environment. The overall phenomenon that emerged was ‘Social Conformity’. This demonstrates an understanding of the breastfeeding experience suffused with emotions as women project an image of themselves as successful breast feeders in order to conform to family and social expectations. Conclusion: Findings from the study demonstrated the multifactorial dimensions of breastfeeding. Most importantly, it was identified that first-time breastfeeding women use emotion work to cope with their experience of breastfeeding, within the social context. It was suggested that midwives play a pivotal role in helping women develop realistic expectations prior to breastfeeding. Furthermore encouraging family centered education that promotes holistic support for women. The findings therefore suggested the need for better antenatal education based on evidence-based practice. Breastfeeding women require individualised support that assesses their emotional needs and offers encouragement. Developing policies that ensure training of midwives and breastfeeding advocates was recommended. Future research could explore the impact of these interventions on breastfeeding practices, helping first time women to breastfeed effectively.

This thesis explores how those involved in a mobile-slaughtering mode of beef production engage with, and experience cattle bodies throughout the beef producing process. These experiences are examined in relation to historical accounts of how people have experienced cattle bodies in both pre-industrialized and post industrialized modes of beef production. Furthermore, an ethnographic study of a Swedish mobile-slaughtering company was conducted, followed by analysis using hermeneutic phenomenology and the concepts of liminality and Ellis’ boundary labour (2014). This thesis has shown that cattle bodies are experienced differently depending on the context of interaction, and that these experiences are both similar and different from those in pre-industrial and industrial beef production. This research contributes to a larger body of research exploring human-animal interactions, and contributes to understanding the experiences of those who are engaged in beef production.

Genom en holistisk syn, med utgångspunkt i vår uppfattning av entreprenörskap var från uppväxten gav vi oss ut på en så kallad Heffaklumpsjakt för att utveckla vår förförståelse för entreprenören. Via en kvadrohermeneutisk utgångspunkt och en abduktiv forskningsprocess tolkades tre livsberättelser med vad vi såg som riktiga entreprenörer. Utifrån livsberättelserna upptäckte vi egenskaper/beteenden som var viktiga för entreprenörernas framgång. De var oberoende, beslutsfattare, innovatörer, tävlare, människokännare och mentorer spelade roll för dem. Hur dessa egenskaper gav sig uttryck skilde sig hos de tre entreprenörerna. Vi insåg att det är orättvist att koppla egenskaperna till individer, egenskaperna är så pass breda och kan passa in på individer som inte direkt är entreprenörer. Däremot kan vi se att framkomna beteenden kan ge en god grund till entreprenörskap, men de är inte måsten hos en entreprenör. / Through a holistic outlook from out childhood and what we thought entrepreneurship was we tried to grasp the so called Heffalump. In that way we, were going to develop our preunderstanding about the entrepreneur. With a quadro-hermeneutics standpoint and an abductive research process three life stories were made with what we perceived as true entrepreneurs. From their life stories we came across characteristics/behaviours that were important for the success of the entrepreneurs. They were independent, decision makers, innovators, competitors, had high social skills and had help from mentors. These characteristics/behaviour expressed themselves in different manners with the entrepreneurs. We realized it would not be fair to connect them generally to all entrepreneurs since they are so wide and can fit many different types of people. We did, however realize that they instead of a requirement could make a good foundation for entrepreneurship.

Esta dissertação é fruto de uma pesquisa realizada em uma enfermaria feminina de clínica médica de um hospital universitário público da cidade do Rio de Janeiro. Nesta pesquisa, busquei uma compreensão sobre as relações e articulações do trabalho médico e de enfermagem. Partindo da perspectiva hermenêutica, busquei estabelecer conversações com, e entre, sujeitos de pesquisa, grupos profissionais, o próprio estabelecimento hospitalar, a biomedicina - seus fatos e artefatos. Ademais, foram inspiradores para a desejada compreensão os science studies e seus exemplos de como acompanhar e interpretar especialistas em seus campos de prática. A pesquisa, especificamente, foi construída e desenvolvida com o uso de métodos qualitativos, como a observação etnográfica e entrevistas semiestruturadas, tendo a primeira servido de fundamentação para a segunda. O exercício interpretativo posto em curso desde a projeção da pesquisa não se esgotou com o seu término: teve continuidade e se fez presente na produção desta dissertação, ao modo de uma narrativa. Para sustentar a opção pela narrativa, assumo-a como um relato de risco, da maneira como sugere Latour para se descrever as redes e seus atores. Assim, pretendi incluir no texto a intensa movimentação e toda a sorte de eventos que se colocam como desafio às práticas destes profissionais, além de conferir agência aos sujeitos e às coisas. Dentro desta proposta, a narrativa traz um prólogo em que se posiciona entre os trabalhos do campo da Saúde Coletiva; em sua introdução, oferece um resumo ampliado de sua construção; no capítulo um, discorre sobre como o pesquisador negociou a existência da pesquisa com a instituição hospitalar, e trata também de um de seus fundamentos, a hermenêutica filosófica, em conversações com Rorty e Ayres. No segundo, traz um relato sobre a constituição coletiva de médicos e enfermeiros a partir de Fleck. Convida, ainda, um dos sujeitos da pesquisa a oferecer um conceito que ilumina as tensões das relações cotidianas entre enfermeiras e médicos; apresenta, a partir do conceito oferecido, alguns retratos destas relações. No terceiro, o caso de uma usuária que teve o prolongamento de sua vida decidida em uma reunião e um telefonema, é usado com o conceito de paradigma, em Kuhn, para dizer sobre as visões de mundo de médicos e enfermeiras. No quarto, tenta tornar dinâmica a constituição coletiva de médicos e enfermeiras ao relacioná-la às suas visões de mundo, aos processos de enculturação dos dois grupos profissionais; para isso recorre ao conceito de conhecimento tácito e às distintas categorias de expertise, como desenvolvidas por Collins e Evans. Diz sobre o que médicos e enfermeiras sabem do que estão falando/fazendo. Por fim, propõe duas possibilidades de desfecho para a dissertação: a primeira, que as práticas de médicos e enfermeiros são incomensuráveis entre si; a segunda, que médicos e enfermeiros dividem uma zona de troca forçada. Há ainda um encerramento. Nele, através da descrição de uma médica virtuosa, convida os leitores a uma conversa sobre os sujeitos contemporâneos e sobre o mundo em que vivemos.

Neste trabalho, analisamos o modo como o processo de seleção de pessoal se estabeleceu em meio às determinações de sentido nesta que Martin Heidegger denominou a era da técnica. Esse filósofo descreve a época em que vivemos como uma era que se caracteriza essencialmente pela ênfase no pensamento técnico-calculante, em que todas as coisas são tomadas pelo caráter da mensuração e calculabilidade. Nesse sentido, podemos afirmar que a era moderna detém como verdades algumas características, como: fundo de reserva, funcionalidade (serventia) e a produtividade sem limites. Esse modelo de pensamento tem um impacto direto na realização do processo de seleção de pessoal pela Psicologia, haja vista ser esse o critério básico exigido para que o trabalhador seja aprovado. Ocorre que, ao tomar esse critério como a única e absoluta verdade da capacidade do trabalhador, outras capacidades e motivações, quando muito, ficam relegadas a um segundo plano. O homem, tomado como um estoque de matéria-prima, com funcionalidades específicas e pela determinação da produtividade incessante, passa a se comportar de modo autômato, tal como a máquina, cuja utilidade dura enquanto durar a necessidade de sua produção, sendo descartado quando outras necessidades se sobrepõem àquela. Através da análise da trajetória da organização do trabalho e sua interface com a Psicologia, procuramos esclarecer o domínio do caráter técnico instrumental que vem sustentando a Psicologia no modo de realização da seleção de pessoal, baseando-nos em autores como Sampaio, Chiavenato, Pontes e Leme. Apresentamos, também, a contribuição de outros autores, como Sennett, Dejours e Schwartz, que tentaram, a seu modo, construir uma análise crítica da relação homem-trabalho sob os parâmetros predominantes na atualidade. Por fim, por meio a uma visada fenomenológico-hermenêutica, pudemos refletir sobre o processo de seleção em Psicologia e compreender como esta, ao ser constantemente interpelada pela era da técnica, vem tomando os atributos dessa era como verdades absolutas e, assim, estabelecendo seu fazer em seleção de pessoal sob essas verdades. Ao orientar seu fazer por esse modo, a Psicologia, comprometida com o processo de seleção, compactua, sedimenta e fortalece essa forma de pensar em que o homem é tomado como objeto de produção tal qual a máquina, consolidando uma relação homem-trabalho em bases preponderantemente deterministas e, como tal, aprisionadoras. A proposta aqui desenvolvida consiste em evidenciar a possibilidade de outra posição da Psicologia frente ao modo de estabelecimento do processo de seleção, de forma a resistir à perspectiva de homem apenas como um fator produtivo. / In this work, we examined how the process of personnel selection was established at determinations of a period called by Martin Heidegger as the era of technology. This philosopher describes the time we live in such an era that is essentially characterized by the emphasis on technical and calculating thought, in which all things are made by the character of the measurement and accountability. In this way, we can say that the modern era has some characteristics taken as truths, as reserve fund, functionality (usefulness) and productivity without limits. This type of thinking has a direct impact on the achievement of the personnel selection process by Psychology, considering this is the basic criterion required for the worker to be approved. However, if this criterion is taken as a absolute truth and capacity of the worker, other capabilities and motivations are relegated to low priority. Man, taken as a stock of raw material, with specific functionalities and at determination of uninterrupted productivity, begins to behave automaton mode, such as machine, whose usefulness lasts as long as the need for its production. Afterwards, he is discarded when other needs overlap those former needs. Through the analysis of the industrial work trajectory and its interface with Psychology, we could clarify the field of the instrumental technical model that has sustained Psychology in the way of accomplishing personnel selection, based in Sampaio, Chiavenato, Pontes and Leme theories. We also presented the contribution of other authors such as Sennett, Dejours and Schwartz, who have tried, in their own way, to build a critical analysis of worker labor relationship, under current parameters. Finally, through a phenomenological-hermeneutic sight, we could meditate on the selection process in Psychology and to understand how this, which is constantly challenged by the era of technology, has been taking the attributes of that era as absolute truths and thus establishing its making in personnel selection under these truths. Guiding its doing by this way, Psychology, committed to the process of selection, complies, consolidates and strengthens this way of thinking, in which man is regarded as an object of production such the machine, consolidating a man-work relationship predominantly on deterministic and, as such, imprisoning bases. The proposal developed here is to emphasize the possibility of another position of Psychology in relation to the mode of the established selection process, in order to resist the prospect of man only as a productive factor.

Levinas’ standpoint in the hermeneutic turn: language as ethics”. This paper develops Emmanuel Levinas’ conceptions about language and its placein the linguistic-hermeneutic turn of contemporary philosophy. It examines the relations with the authors associated to this turn (Heidegger, Gadamer, Ricoeurand Derrida) due to the importance given to language and, at the same time, it sets him apart from them for his original ethical transmutation of language. This paper also considers the main philosophical notions by which Levinas treats the topic of language: desire, diachrony, the said and the saying, trace, absence, no-indifference, otherness. / El artículo desarrolla la concepción de Emmanuel Levinas sobre el lenguaje y su ubicación dentro del giro lingüístico-hermenéutico de la filosofía contemporánea. Se lo relaciona con los autores comprendidos en este esto giro (Heidegger, Gadamer, Ricoeur, Derrida) por la importancia concedida al lenguaje a la vez que se lo distingue radicalmente de ellos por su original transmutación ética del lenguaje. En la argumentación se recuperan las nociones filosóficas principales con que Levinas tematiza la cuestión del lenguaje: deseo, diacronía, decir y dicho, huella, ausencia, no-indiferencia.

O presente trabalho é um caminhar em busca do justo, algo primordial para uma vida de sentido, principalmente nos tempos atuais em que parece estar no esquecimento. Para tanto um breve olhar histórico sobre a questão da justiça no pensamento ocidental desde as origens, com destaque para algumas noções, é relevante e necessário. Contextualizada a questão da justiça no tempo, trilha-se pela via investigativa fenomenológica de Martin Heidegger com o intuito de buscar o sentido existencial do justo, ou seja, tentar responder que entendemos por justiça e qual o seu sentido na complexa realidade hodierna em que as interrelações humanas vivem às sombras da técnica legalista. / This work is a walk in search of the justice, something essential for a life of meaning, especially in these times when it seems to be forgotten. A brief historical look at the question of justice in Western thought from the beginning, highlighting some notions, it is relevant and necessary. Contextualized the question of justice in time, track by the investigative phenomenological way of Martin Heidegger in order to get the existential sense of the just, that is, try to answer what we mean by justice and what is its meaning in today\'s complex reality in which human interrelations live in the shadow of legalistic technology .

A dissertação problematiza e investiga o papel da canção no panorama brasileiro, cotejando as matrizes indígenas (Jecupé, 1998 e 2001) e afrodescendentes (Hampate-Ba, 2010), como forma de contribuir para um re-encantamento das relações e das jornadas pessoais de autoformação frente ao capitalismo massificador, ao racionalismo instrumental e os limites aristotélicocartesianos da herança escolar. Baseado numa perspectiva mitohermeneutica (Ferreira-Santos & Almeida, 2012), desenvolve reflexões lastreadas nos fenomenólogos da existência (Merleau- Ponty e Gaston Bachelard), além das contribuições básicas no estudo da forma canção em Tatit (2002 e 2004), Jorge (1998) e Wisnik (1989). Dessa forma, uma possível resposta frente ao desolamento das instituições burocráticas, e em especial, na escola; seja precisamente um processo de re-encantamento que proprie o início das jornadas das pessoas (aprendizes e professores, comunidade e gestores) pelo viés da autoformação através do acalanto. / The dissertation discusses and investigates the role of song in the Brazilian landscape, comparing indigenous arrays (Jecupé, 1998 and 2001) and African descent (Hampaté-Ba, 2010), in order to contribute to a re-enchantment of relations and personal journeys self-formation against the massificador capitalism, instrumental rationality and the Aristotelian-Cartesian limits of school heritage. Based on myth-hermeneutical perspective (Ferreira-Santos & Almeida, 2012), develops reflections backed the phenomenologists of existence (Merleau-Ponty and Gaston Bachelard), beyond the basic contributions in the form-song study Tatit (2002 and 2004), Jorge (1998 ) and Wisnik (1989). Thus, one possible response facing the desolation of bureaucratic institutions, and in particular in schools; is precisely a process of re-enchantment that proprie the start of journeys people (learners and teachers, community and managers) the bias of self-training through the lullaby.