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Caracterização das gelatinases no gânglio trigeminal durante o desenvolvimento de inflamação crônica temporomandibular em ratos / Characterization of gelatinases in the trigeminal ganglion during development of chronic temporomandibular inflammation in rats

Glauce Crivelaro do Nascimento 03 May 2011 (has links)
A dor é um importante sintoma que sinaliza danos teciduais ou agentes potencialmente prejudiciais ao organismo, evocando respostas sensoriais e motoras de proteção. A dor orofacial apresenta alta prevalência na sociedade atual, sendo esta condição associada a tecidos duros e moles da cabeça, face, pescoço e a estruturas intraorais. Considerando as dores orofaciais de origem músculo-esquelética, destacam-se àquelas causadas pela Disfunção Temporomandibular (DTM). A DTM apresenta etiologia multifatorial, caracterizada por quadros crônicos envolvendo a região cervical, a musculatura mastigatória e a articulação temporomandibular (ATM). Desde que a inflamação das ATMs é considerada a principal causa da dor em pacientes portadores de DTM, a busca por novas opções terapêuticas para esta disfunção envolve estudos desta articulação, abrangendo aspectos fisiológicos, morfológicos e moleculares. Considerando o processo inflamatório e os aspectos moleculares envolvidos no desenvolvimento desta condição, é possível que as enzimas proteolíticas extracelulares, destacando-se as Metaloproteinases da Matriz (MMPs), as quais estão envolvidas na reabsorção de colágeno e de outras macromoléculas, tenham participação ativa neste processo. Em particular, estudos demonstraram que as MMPs estão envolvidas na modulação da dor neuropática, bem como estão presentes no líquido sinovial de portadores de inflamação da ATM. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da administração do Adjuvant de Freund (CFA) intraarticular, bilateralmente nas ATMs de ratos, na sensibilidade mecânica e nociceptiva, bem como avaliar a expressão das MMPs, em particular da MMP-2 e MMP-9, no gânglio trigeminal, nas diferentes fases de desenvolvimento da inflamação. Os resultados mostraram que a inflamação das ATMs promoveu alodinia mecânica e hiperalgesia orofacial. Em adição, a administração de doxiciclina (inibidor inespecífico das MMPs) reduziu as alterações na sensibilidade mecânica e nociceptiva. A quantificação das MMPs no gânglio trigeminal demonstrou que o início da inflamação promove aumento da MMP-9 (1 e 3 dias), enquanto que nas fases tardias do processo inflamatório acompanha-se o aumento da expressão da MMP-2 (3, 7 e 10 dias). / Pain is an important symptom that signals tissue damage or potentially harmful agents to the body and evokes sensory and motor protection. The orofacial pain is a type of symptoms that appears in high prevalence in modern society. This painful condition is associated with hard and soft tissues of the head, face, neck and intraoral structures. Considering the pain of musculoskeletal origin, we can highlight those caused by temporomandibular dysfunction (TMD). The TMD has a multifactorial etiology, characterized primarily by chronic conditions involving the neck, the chewing muscles and temporomandibular joint (TMJ). Inflammation of the TMJ is considered the main cause of pain in patients with TMD. Thus, the search for new therapeutic options for this disorder involves studies in the TMJ region encompassing physiological, morphological and molecular aspects. Considering the inflammatory process as the main cause of pain present in TMD, it is extremely important to understand the molecular aspects involved in developing this condition. In this context, extracellular proteolytic enzymes, highlighting the metaloproteniases matrix metalloproteinases (MMPs) play major role in the resorption of collagen and other macromolecules. The proteolytic activity of these MMPs is controlled by tissue inhibitors of metalloproteinases (TIMPs), which contribute to the maintenance of metabolic balance and structure of the extracellular matrix. Therefore, the objective of this study was to assess whether the type MMP gelatinases (MMP-2 and MMP-9) of the trigeminal ganglion participate in the development of mechanical allodynia and hyperalgesia in rats orofacial chronic inflammation bilateral TMJ. Our results demonstrated the presence of orofacial hyperalgesia, as well as mechanical allodynia in animals with temporomandibular inflammation induced by CFA and an increase in the expression and activity of gelatinases in the trigeminal ganglion of these animals. Still, there was a decrease in nociceptive orofacial hipersensitivity in animals that received a non-specific inhibitor for MMPs (doxycycline, 30mg/kg/day) for 10 days.
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Efeito do enriquecimento ambiental, associado ou não a atividade física, nas funções nociceptiva, ambulação e controle motor em modelo animal de dor crônica muscular difusa

Dourado, Solano Savio Figueiredo 02 March 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fibromyalgia is a complex syndrome with unknown etiology, characterized by the presence of chronic widespread musculoskeletal pain, having the reduction of the physical/ functional performance as a major comorbidity. Pharmacological treatment of fibromyalgia presents limited effectiveness, making it important to use non-pharmacological therapies, such as physical activity, cognitive behavioral therapy and distracting techniques. The qualification of the environment and the AF has been associated with the treatment of conditions that increase the peripheral and central nociceptive activity. This study proposes the investigation of environmental enrichment (EE), a technique based on physical, sensory and cognitive stimulation, and physical activity (PA) as strategies for fibromyalgia prevention. To this end, 24 male Wistar rats were divided into five intervention groups: 1) EE, 2) PA, 3) EE + PA and 4) control, where they were maintained for 4 weeks. After this time, was diffuse chronic muscle pain induced by two injections of acidic saline in the left gastrocnemius muscle. We evaluated the mechanical paw withdrawal threshold (von Frey electronic), temperature threshold (Hot Plate), neuromuscular activity (Rod Route), ambulation (number of quadrants) through the Open Field in six stages: basal after the 1st, 2nd, 3rd and 4th weeks and 24 hours after induction of diffuse chronic pain model. The animals kept with environmental enrichment and physical activity (EE + PF) showed a significant increase in mechanical and thermal thresholds after the third (P<0.001) and second (P<0002) weeks, respectively, when compared to the other groups. This increase remained at the post-induction assessment, while the other groups showed a significant decrease (P<0.01), suggesting the development of hyperalgesia. In the engine testing, EA + FA group showed a significant increase in neuromuscular activity from the first week compared to the other groups (P<0.01), keeping the increase even after induction, while in the other groups there was a significant decrease in performance (P<0.01), whereas in other groups, there was a significant reduction in weight gain (P<0.01). In the Open Field, a significant increase in the total ambulation in AE + AF group from the 1st week (P<0.01) compared to the other groups. These results suggest an association between environmental enrichment and physical activity as a preventive strategy for chronic musculoskeletal pain and optimization of motor control in a model of diffuse chronic muscle pain. / A fibromialgia é uma síndrome complexa, com etiologia indefinida, caracterizada pela presença de dor musculoesquelética crônica generalizada, tendo, como uma das principais comorbidades, a redução do desempenho físico/funcional. O tratamento farmacológico da fibromialgia apresenta efetividade limitada, tornando importante a utilização de terapias não farmacológicas, destacando-se a atividade física (AF), terapia cognitivo-comportamental e técnicas distratoras. A qualificação do ambiente e a AF tem sido associadas ao tratamento de doenças que aumentam a atividade nociceptiva periférica e central. Assim, o presente estudo propõe a investigação do enriquecimento ambiental (EA), técnica baseada em estimulação física, sensorial e cognitiva, e indução à atividade física (AF) voluntária como recursos para prevenção da fibromialgia em um modelo experimental. Para isso, 24 ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos: (1) EA, (2) AF, (3) EA + AF e (4) controle, mantidos nesses protocolos por 4 semanas. Após este período, foi induzida dor muscular crônica difusa através de dupla injeção de salina ácida no músculo gastrocnêmio esquerdo. Foram avaliados o limiar mecânico de retirada da pata (von Frey eletrônico), limiar térmico (Hot Plate), atividade neuromuscular (Rota Rod), ambulação (nº de quadrantes) através do Campo Aberto, em seis momentos: basal, após a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª semanas e 24 horas após indução do modelo de dor crônica difusa. Os animais mantidos com enriquecimento ambiental e atividade física (EA+AF) apresentaram aumento significativo do limiar mecânico e da latência térmica a partir da terceira (P<0,001) e segunda (P<0,002) semanas, respectivamente, quando comparado aos outros grupos. Esse aumento se manteve no momento pós-indução, enquanto nos outros grupos houve uma redução significativa (P<0,02), sugerindo o desenvolvimento de hiperalgesia. Já no teste motor, o grupo AE+AF apresentou aumento significativo na atividade neuromuscular a partir da primeira semana quando comparado aos outros grupos (P<0,01), mantendo esse aumento mesmo após a indução, enquanto nos outros grupos houve uma redução significativa (P<0,02). No Campo Aberto, houve aumento significativo na ambulação total no grupo AE+AF a partir da 1ª semana (P<0,01) em comparação aos demais grupos. Esses resultados sugerem a associação entre o enriquecimento ambiental e a atividade física como uma estratégia preventiva da dor musculoesquelética crônica e otimização do controle motor em um modelo de dor crônica muscular difusa.
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O papel do receptor TRPA1 no desenvolvimento e manutenção da hiperalgesia induzida pela carragenina / The role of transient receptor potential A 1 (TRPA1) in the development and maintenance of carrageenan-induced hyperalgesia

Bonet, Ivan José Magayewski, 1986- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Cláudia Herrera Tambeli / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-22T19:36:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bonet_IvanJoseMagayewski_M.pdf: 8243433 bytes, checksum: a5cdaab90bdcc5bbba66a0e5e4a1293f (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: O Receptor Potencial Transiente Ankiryn 1 (TRPA1) é um canal não seletivo a cátions importante na fixação do limiar nociceptivos e pertencente à superfamília de canais TRP. É expresso em fibra C-nociceptiva e células não neuronais envolvidas na liberação de mediadores pró-inflamatórios. No presente estudo, investigamos se o TRPA1 contribui para a hiperalgesia induzida pela carragenina em ratos, e se essa contribuição é mediada por mecanismos de inflamação, tais como liberação de citocinas pró-inflamatórias e migração de neutrófilos e/ou sensibilização direta do neurônio aferente primário. Avaliamos a sensibilização do nociceptor induzida pela carragenina utilizando estímulos mecânico (analgesímetro mecânico) e químico (capsaicina), com ou sem bloqueio farmacológico local do receptor TRPA1 pelo seu antagonista seletivo HC 030031. A carragenina induziu hiperalgesia com pico na terceira hora, persistindo até vigésima quarta hora. O bloqueio farmacológico do receptor TRPA1 por co-administração de HC 030031 diminuiu significativamente a hiperalgesia induzida pela carragenina na terceira hora e a pós-administração de HC 030031 (2hrs 55min) reduziu na terceira e na sexta hora. O silenciamento do gene do TRPA1, induzido por um pré-tratamento intratecal com Oligonucleotídeo antisense, preveniu a hiperalgesia induzida pela carragenina após 24 horas além de reduzir significativamente a expressão de TRPA1 em células dos gânglios da raiz dorsal (GRD) (L5-6). O tratamento com carragenina, por sua vez, não alterou a expressão do receptor TRPA1 no GRD, e tampouco afetou os níveis de citocinas e a migração de neutrófilos no tecido periférico (patas). Concluímos que TRPA1 tem papel importante no desenvolvimento e manutenção da hiperalgesia inflamatória induzida pela carragenina por contribuir diretamente na excitabilidade do nociceptor. Baseado nesses achados, sugerimos que o bloqueio de TRPA1 é uma estratégia promissora no desenvolvimento de futuras drogas para o controle e tratamento da dor / Abstract: The Transient Receptor Potential Ankiryn 1 (TRPA1) is a nonselective cation channel, important in setting nociceptive threshold belonging to the superfamily of TRP channels. It is expressed in nociceptive C-fibers and in non-neuronal cells involved in pro-inflammatory mediators release. In this study, we asked whether TRPA1 contributes to carrageenan-induced hyperalgesia in rats, and whether this contribution is mediated by mechanisms in inflammation, such as cytokine release and neutrophil migration and/or by a direct sensitization of the primary afferent nociceptors. We measured the carrageenan-induced nociceptive sensitization using a mechanical (mechanical analgesymeter) and a chemical (capsaicin) stimulus, with or without pharmacological blockade of TRPA1 by its selective antagonist HC 030031. Carrageenan-induced Hiperalgesia has peaked at the third hour and persisted until the twenty-fourth hour. Pharmacological blockade of TRPA1 receptor by co-administration of HC 030031 significantly lowered carrageenan-induced hiperalgesia at the third hour and post-administration (2hrs 55min) decreased at both third and sixth hours. The neuronal TRPA1 gene silencing induced by intrathecal pre-treatment with antisense oligodoexynucleotide completely prevented carrageenan-induced hyperalgesia over 24 hours and significantly reduced TRPA1 expression in the dorsal root ganglia cells (DRG ) (L5-6). However, carrageenan treatment, did not affect the TRPA1 expression on DRG, neither affected the cytokines levels and neutrophil migration in peripheral tissue (paws). We conclude that TRPA1 plays an important role in the development and maintenance of carrageenan-induced inflammatory hyperalgesia by directly contributing to nociceptor excitability. Based on these findings, we suggest that TRPA1 blockade is a promising strategy for the development of future drugs to pain treatment and control / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Biologia Funcional e Molecular
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Mecanismos envolvidos nos efeitos do seleneto vinílico bis substituído (svbs) em modelos animais de depressão e de dor / Mechanisms involved in the effects of bis selenide in animal models of depression and pain

Jesse, Cristiano Ricardo 18 March 2011 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The association between depression and chronic pain is frequent and bidirectional. The high number of patients with depression and chronic pain who are refractory to currently available drugs makes it important search for new drugs to treat these disease. The bis selenide is an organic selenium compound with activities such as antioxidant, antinociceptive and anti-inflammatory in mice. Thus, this study investigated the effect of bis selenide in models of depression and pain in mice, besides the pharmacological mechanisms involved. Oral administration of bis selenide (5mg/kg, p.o.) reduced the immobility time in tail suspension test (TST) with a maximal effect at 1 hour and it remained up to 6 hours in relation to control group. The effect caused by bis selenide in reducing the immobility time was observed at doses of 0.5, 1 and 5 mg/kg in the TST and the forced swimming test (FST) (article 1). The antidepressant-like activity of bis selenide was reversed by pretreatment with p-chlorophenylalanine ethyl ester (PCPA, an inhibitor of synthesis of serotonin), ketanserin (5-HT2A/2C receptor antagonist), ondansetron (5 -HT3 receptor antagonist) (article 1), L-arginine (an amino acid precursor of nitric oxide (NO)), sildenafil (phosphodiesterase inhibitor type 5, PDE-V), S-nitroso-N-acetyl-penicillamine (SNAP, an NO donor) (article 2), cromakalim (potassium channels - K+- opener), minoxidil (K+ channels opener) and GW 9662 (antagonist of peroxisome proliferator activated receptors gamma (PPARγ) (article 3). However, the antidepressant-like effect of SVBS (1 mg / kg, po) was not prevented by pretreatment with prazosin (α1-receptor antagonist), yohimbine (α2-receptor antagonist), propranolol (β-receptor antagonist), SCH 23390 (D1 receptor antagonist), sulpiride (D2 receptor antagonist) and WAY 100635 (selective antagonist of 5-HT1A) (article 1). Furthermore, when administered in a sub-active dose, the bis selenide (0.1 mg / kg, p.o.) showed a synergistic action with fluoxetine (an selective serotonin inhibitor reuptake), NG-nitro-L-arginine (an inhibitor of the NO synthase (NOS)), 7-nitroindazole (7-NI, a specific inhibitor of NOS neurornal), methylene blue (inhibitor of NOS and guanylate cyclase (GC)), 1H-1,2,4] oxadiazole [4, 3-a] quinoxaline-1-one (ODQ, a specific inhibitor of GC) (article 2), tetraethylammonium (TEA, a non-specific inhibitor of K(+) channels), glibenclamide (an ATP-sensitive K(+) channel inhibitor) charibdotoxin (a large and intermediate conductance calcium-activated K(+) channel inhibitor) and apamin (a small-conductance calcium-activated K(+) channel inhibitor) (article 3). The administration of bis selenide (0.1 5 mg/kg, p.o.) also did not modify the activity of monoamine oxidase A and B (MAO-A and MAO-B) and Na+K+ATPase in mice. The levels of nitrite/nitrate in the brain of mice were reduced by treatment of bis selenide (1 mg/kg). Treatment with bis selenide (1 and 5 mg/kg) decreased the depressive-like behavior and mechanical hypernociception in mice subjected to chronic constriction injury (CCI) (article 4). Moreover, the administration of bis selenide (5 and 10 mg/kg, po) showed a reduction in mechanical hyperalgesia and edema in inflammatory models induced by intraplantar (i.pl.) injection of Complete Freund Adjuvant (CFA), carrageenan (Cg) and prostaglandin E2 (PGE2) (article 5). The mechanical hyperalgesia induced by i.pl. injection of CFA or the brachial plexus avulsion (BPA) was attenuated by chronic administration of bis selenide without causing tolerance during treatment. Concomitant administration of bis selenide (5 and 10 mg/kg) with vincristine for 7 days attenuated the mechanical hyperalgesia from 3 to 28 days. According to this study, it may suggest that the mechanisms responsible for the antidepressant-like effect of bis selenide involve the modulation of serotonin (5-HT2A/C and 5-HT3) and PPARγ receptors and the NO/GMPc/K+ pathway. Furthermore, treatment with bis selenide reduced the depressive-like behavior induced by CCI and the mechanical hyperalgesia in inflammatory (CFA, Cg and PGE2) and neuropathic (BPA and vincristine) models. Thus, this study demonstrated that treatment with bis selenide showed antidepressant-like and anti- hyperalgesic effects in different models in mice. / A associação entre a depressão e a dor crônica é freqüente e bidirecional. O elevado número de pacientes com depressão e dores crônicas que são refratários aos medicamentos disponíveis atualmente torna importante a busca por novas drogas para o tratamento destas doenças. O seleneto vinílico bis substituído (SVBS) é um composto orgânico de selênio com atividades antioxidante, antinociceptiva e antiinflamatória em camundongos. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito do SVBS em modelos de depressão e dor em camundongos, além dos mecanismos farmacológicos envolvidos. A administração oral do SVBS (5 mg/kg, per oral, p.o.) reduziu o tempo de imobilidade no teste da suspensão da cauda (TSC) com um efeito máximo em 1 hora e permaneceu significativo em relação ao controle até 6 horas. O efeito causado pelo SVBS em reduzir o tempo de imobilidade foi observado nas doses de 0,5, 1 e 5 mg/kg no TSC e no teste do nado forçado (TNF) (artigo 1). A atividade do tipo antidepressiva do SVBS foi revertida pelo tratamento prévio com p-clorofenilalanina etil éster (PCPA, inibidor da síntese de serotonina (5-HT)), cetanserina (antagonista dos receptores 5-HT2A/2C), ondansetrona (antagonista dos receptores 5-HT3) (artigo 1), L-arginina (aminoácido precursor de óxido nítrico (NO)), sildenafil (inibidor da fosfodiesterase tipo 5, PDE-V), S-nitroso-N-acetil-penicilamina (SNAP, um doador de NO) (artigo 2), cromacalina (abrem os canais de potássio - K+), minoxidil (abrem os canais de K+) e GW 9662 (antagonista dos receptores ativados da proliferação de peroxissomos-gama (PPARγ) (artigo 3). Entretanto, o efeito do tipo antidepressivo do SVBS (1 mg/kg, p.o.) não foi prevenido pelo tratamento prévio com prazosin (antagonista de receptores α1), ioimbina (antagonista de receptores α2), propranolol (antagonista de receptores β), SCH 23390 (antagonista de receptores D1), sulpirida (antagonista de receptores D2) e WAY 100635 (antagonista seletivo de receptores 5-HT1A) (artigo 1). Além disso, quando administrado em uma dose sub-ativa, o SVBS (0,1 mg/kg) apresentou uma ação sinérgica com a fluoxetina (antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina), NG-nitro-L-arginina (inibidor da óxido nítrico sintase (NOS)), 7-nitroindazol (7-NI, inibidor seletivo da NOS neuronal), azul de metileno (inibidor da NOS e da guanilato ciclase (GC)), 1H- 1,2,4]oxadiazolo [4,3-a]quinoxalin-1-ona (ODQ, inibidor seletivo da GC) (artigo 2), tetraetilamônio (TEA, bloqueador dos diferentes tipos de canais de K+, inclusive os dependentes de voltagem), glibenclamida (bloqueador de canais de K+ dependente de ATP), caribdotoxina (bloqueador de canais de K+ de alta condutância ativados por cálcio) e apamina (bloqueador de canais de K+ de baixa condutância ativados por cálcio) (artigo 3). A administração do SVBS (0,1-5 mg/kg, p.o.) também não modificou a atividade das enzimas monoamina oxidase-A e B (MAO-A e MAO-B) e Na+K+ATPase no cérebro dos camundongos. Os níveis de nitrito/nitrato no cérebro foram reduzidos com o tratamento com SVBS (1 mg/kg, p.o.). O tratamento com SVBS (1 e 5 mg/kg) diminui o comportamento do tipo depressivo e a dor nos camundongos submetidos à injúria por constrição crônica (ICC) (artigo 4). Além disso, a administração do composto SVBS (5 e 10 mg/kg, p.o.) demonstrou uma redução na hiperalgesia e no edema induzidos pela administração intraplantar (i.pl.) de Adjuvante Completo de Freund (ACF), carragenina (Cg) e prostaglandina E2 (PGE2) (artigo 5). A hiperalgesia mecânica induzida pela administração i.pl. de ACF ou pela avulsão do plexo braquial (ABP) foi atenuada com a administração crônica do SVBS, sem causar tolerância durante o tratamento. A administração concomitante de SVBS (5 e 10 mg/kg, p.o.) com vincristina durante 7 dias atenuou a hiperalgesia mecânica do 3º ao 28º dia de teste. De acordo com o presente estudo pode-se sugerir que os mecanismos responsáveis pela ação do tipo antidepressiva do SVBS envolvem a modulação dos receptores serotonérgicos (5-HT2A/C e 5-HT3), PPARγ e via do NO/GMPc/K+. Além disso, o tratamento com SVBS reduziu o comportamento depressivo induzido pela ICC e a hiperalgesia mecânica em modelos inflamatórios (ACF, Cg e PGE2) e neuropáticos (ABP e vincristina). Desta forma, o presente estudo demonstrou que o tratamento com SVBS apresentou efeitos do tipo antidepressivo e anti-hiperalgésico em diferentes modelos em camundongos.
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Avaliação do envolvimento de células microgliais e citocinas em modelo de dor musculoesquelética. / Evaluation of microglia cells and cytokines involvement in a musculoskeletal pain model.

Freitas, Milena Fernandes de 25 July 2017 (has links)
Nos últimos anos, os estudos de nosso grupo foram focados na área de dor, avaliando diferentes modelos experimentais de dor aguda, neuropática e muscular. A busca por mecanismos moduladores destes tipos de dores são alvo de grande estudo, uma vez que o fenômeno da dor é peculiar e torna-se de difícil tratamento em muitos casos. Distúrbios (VER) musculoesqueléticos são as principais causas de incapacidade nas pessoas durante seus anos de trabalho. Diversos estudos tem sido realizados lesionando o músculo gastrocnêmio como modelo experimental em diferentes animais para melhor entendimento deste tipo de dor. O nosso objetivo foi observar possíveis alterações histológicas no tecido muscular, avaliar a alteração na sensibilidade nociceptiva e a atividade locomotora dos animais após a indução de dor muscular crônica, bem como observar o envolvimento das células gliais na medula espinal destes animais. Em adição, avaliamos a participação de determinadas citocinas com o intuito de obter um perfil inflamatório em nosso modelo experimental. Nossos resultados demonstraram um quadro de inflamação instalada no tecido muscular de animais com miosite crônica através das analises histológicas realizadas. Os testes comportamentais tanto para hiperalgesia mecânica como térmica e alodinia confirmaram a instalação do quadro álgico uma vez que os animais com miosite apresentaram uma queda em seus limiares nociceptivos em relação aos grupos controle. A atividade locomotora dos animais também se demonstrou comprometida após a indução de miosite. Em relação à participação das células gliais neste modelo, demonstramos que houve um aumento na expressão de GFAP e OX-42, correspondentes à marcação astrócitos e células da microglia na porção lombar da medula espinal dos animais com miosite, quando comparados ao grupo controle. Quanto à participação dos mediadores sistêmicos, observamos um aumento nos níveis de IL-1&#946; e fractalquina (FKN) no sangue dos animais, enquanto o nível de IL-10 permaneceu baixo em relação ao grupo controle. Com nossos achados esperamos colaborar com o aprimoramento de estratégias terapêuticas para tratamento de dores musculares. / In the last years, the studies of our group were focused on the area of pain, evaluating different experimental models of acute, neuropathic and muscular pain. The search for mechanisms modulating types of pain are the subject of great study, since the phenomenon of pain is peculiar and becomes difficult in many cases. Musculoskeletal (VER) disorders are the leading causes of disability in people during their working years. Several studies have been carried out with the model of experimental model in different animals to better understand this type of pain. Our objective was to observe the non-muscular histological changes, to evaluate the nociceptive sensitivity and a locomotor activity of the animals after an induction of chronic muscular pain, as well as to observe the involvement of the glial cells in the spinal cord of the animals. In addition, we evaluated the participation of certain cytokines in order to obtain an inflammatory profile in our experimental model. Our results demonstrated a picture of inflammation installed without muscle tissue of animals with chronic myositis through histological analysis. Behavioral tests for both mechanical and thermal hyperalgesia and allodynia confirmed the onset of pain since animals with myositis showed a decrease in their nociceptive thresholds in relation to the control groups. The locomotor activity of the animals was also shown to be impaired after an induction of myositis. Regarding the participation of glial cells in this model, we demonstrated that there was an increase in the expression of GFAP and OX-42, corresponding to marking astrocytes and microglia cells in the portion of the spinal cord of animals with myositis, when compared to the control group. Regarding the participation of systemic mediators, we observed an increase in the levels of IL-1&#946; and fractalkin (FKN) in the blood of the animals, while the level of IL-10 remained low in relation to the control group. With the findings we hope to collaborate with the improvement of therapeutic strategies for the treatment of muscular pain.
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Síndrome dolorosa disfuncional em doentes com sensibilidade exteroceptiva assimétrica: caracterização de uma entidade clínica / Dysfunctional pain syndrome in patients with asymmetric exteroceptive sensitivity: characterization of a clinical entity

Kaziyama, Helena Hideko Seguchi 17 December 2014 (has links)
Proporção significativa dos doentes que preenchem os critérios atuais que caracterizam a síndrome fibromiálgica apresenta dor assimétrica e alterações do exame da sensibilidade distintas dos doentes com a apresentação clássica, \"simétrica\", de fibromialgia (SFM). Denomina-se esta entidade clínica como Síndrome Dolorosa Disfuncional com Sensibilidade Exteroceptiva Assimétrica (SFM-SDDSEA). Este grupo de doentes apresenta particularidades quanto ao resultado do tratamento e impactos negativos na qualidade de vida significativamente distintos daqueles com o quadro de fibromialgia \"clássica\". O presente estudo objetivou analisar aspectos clínicos, psicofísicos e neurofisiológicos de amostra de doentes que preenchem os novos critérios diagnósticos da SFM e que apresentam SFM-SDDSEA comparando-os aos dos doentes com SFM \"clássica\" e aos voluntários saudáveis. Método. Foram incluídas 32 doentes (45,9±8,5 anos) do sexo feminino que preencheram os Critérios para o Diagnóstico de Fibromialgia do Colégio Americano de Reumatologia (CAR) de 2010 e 31 voluntárias saudáveis (43±2 anos). Dezenove doentes apresentavam quadro clínico \"clássica\" da SFM e 13, SFM-SDDSEA (dor assimétrica e definida como EVA com diferença maior que 40% entre os dois dimídios). Foram utilizados para a avaliação: a Escala Visual Analógica (EVA), a Versão Resumida do Questionário de Dor McGill, a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), o Questionário de Impacto de Fibromialgia (QIF), o Inventário Breve de Dor (IBD), os valores dos limiares de dor à pressão nos pontos dolorosos mensurados com o algiômetro de Fischer (PD), o teste quantitativo de sensibilidade (TQS) e a excitabilidade cortical aferida com estimulação magnética transcraniana (EMT). Resultados. Os doentes com SFM-SDDSEA apresentaram maior escores de interferência da dor nas atividades diárias em relação aos com SFM (54,7±8,9 e 37,6±13,5; respectivamente, p < 0,0001) e maior impacto da dor na qualidade de vida em relação a SFM de acordo com o QIF (73,6±13,9 e 58,3±13,9; respectivamente, p < 0,004). Doentes com SFM-SDDSEA apresentaram limiares de dor à pressão assimétrica, sendo mais baixos no hemicorpo onde a dor era mais intensa (27,74±7,90 e 35,86±8,37; respectivamente, p=0,007). Nos doentes do grupo SFM-SDDSEA, os limiares de dor à pressão do lado mais doloroso foram semelhantes aos dos doentes com SFM (27,77±1,25 e 27,74±2,20; respectivamente, p=0,472), ao passo que os limiares no hemicorpo menos doloroso foram significativamente mais elevados do que os de doentes com SFM (35,86±2,32 e 27,77±1,25; respectivamente, p<0,031). Os doentes com SFM-SDDSEA apresentaram valores maiores de facilitação intracortical no hemisfério contralateral ao hemicorpo em que a dor era mais intensa (1,64±1,06 e 3,35±2,31; respectivamente, p=0,008) e maior amplitude de potencial evocado motor (PEM) à 140% do limiar motor (827±996 e 2134±1495; respectivamente, p=0,005). Conclusões. Doentes com SFM-SDDSEA apresentaram maior impacto dos sintomas dolorosos na qualidade de vida e maior interferência nas atividades diárias, alterações da excitabilidade cortical e limiares de evocação de dor frente aos estímulos pressóricos diferentes daqueles com SFM. Estes resultados indicam que a SFM-SDDSEA constitui entidade clínica à parte, com mecanismos de ocorrência de doença, resposta ao tratamento e prognósticos diferentes da SFM \"clássica\" / Aim of Investigation: A significant proportion of patients fulfilling the diagnostic criteria of fibromyalgia syndrome (FMS) present asymmetrical ongoing pain and abnormalities on the physical examination that are not present in patients with \"classical\" symmetric FMS. From the clinical perspective, this condition has been named FMS-Dysfunctional Pain Syndrome with Asymmetrical Exteroceptive Sensibility (DPSAES). Patients with DPSAES usually present higher negative impact in quality of life when compared to the more \"classic\" FMS patients. The present study aimed at characterizing the clinical, psychophysical and neurophysiological aspects of the FMS-DPSAES patients and compared them to those of \"classic\" FMS patients and healthy controls. Methods: Thirty-two patients (45.9±8.5yo) fulfilling the 2010 American College of Rheumatology FMS Diagnostic Criteria and 31 age-matched healthy controls (HC) (43.0±2.1 yo) were included. Nineteen patients had \"classical\" FMS and 13 had FMS-DPSAES (defined as asymmetrical pain with a more than 40% pain intensity difference between body sides). The following tools were used: The Visual Analogic Scale (VAS), the Short Version of the McGill Pain Questionnaire (MPQ), the Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ), and the Brief Pain Inventory (BPI). The quantitative sensory test battery was performed and included pressure, thermal and mechanical detection and pain thresholds in both hands and suprathreshold stimulations. Cortical excitability measurements were performed in all participants with the transcranial magnetic stimulation. Results: When compared to patients with \"classical\" FMS patients with DPSAES presented higher scores in pain interference in daily activities (54.73±8.90 and 37.66±13.56; respectively; p < 0.0001); higher negative impact in quality of life (73.67±13.90 and 58.38±13.97; respectively, p < 0.004), and lower pressure pain thresholds on the most painful body side (27.74±7.96 and 35.86±8.37; respectively, p=0.007). Cortical excitability parameters were asymmetrical in FMS-DPSAES patients and showed higher intracortical facilitation (3.35±2.31 and 1.64±1.06; respectively, p=0.008) and higher amplitude of motor evoked potentials in the brain hemisphere contralateral to the more painful body side in FMS-DPSAES (2134±1495 and 827±996; respectively; p=0.005). Conclusions: Patients with FMS-DPSAES had higher negative impact in quality of life, distinct cortical excitability profile changes and different pressure pain thresholds compared to patients with \"classical\" FMS. The current evidence suggests that FMS-DPSAES may be a clinical entitiy distinct from FMS with its own mechanisms, response to treatment and prognosis
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Mobilização neural em rato Wistar reverte comportamento e mudanças celulares que caracterizam a dor neuropática. / Neural mobilization reverses behavioral and cellular changes that characterize neuropathic pain in rats Wistar.

Santos, Fabio Martinez dos 10 February 2012 (has links)
A técnica de Mobilização Neural (MOB) é um método não-invasivo que demonstrou clinicamente ser eficaz na redução da sensibilidade à dor e, conseqüentemente, na melhoria da qualidade de vida após a dor neuropática. O presente estudo examinou os efeitos da MOB sobre a sensibilidade dolorosa induzida pela constrição crônica (CCI) do nervo isquiático de ratos. A CCI foi realizada em ratos machos adultos, submetidos posteriormente a dez sessões de MOB, iniciadas 14 dias após a lesão. Durante o tratamento, os animais foram avaliados em testes comportamentais para a nocicepção por meio de comportamentos tais como testes para a alodinia e hiperalgesia térmica e mecânica. Ao término das dez sessões, o nervo isquiático e a medula espinal foram retirados e processados para detecção de NGF e proteína zero por análise de Western Blot. Os DRG´s foram processados para detecção de NGF e GFAP para análise de Werstern Blot e imuno-histoquímica de fluorescência. A MOB reverteu parcialmente a resposta hiperalgesica mecânica e a alodínica desde a segunda sessão, enquanto que a hiperalgesia térmica foi bloqueada desde a quarta sessão de MOB. Com relação aos ensáios de Western Blot, observamos um aumento da densidade óptica para NGF e proteína zero (PO) no nervo isquiático dos animais com CCI após tratamento com MOB. Entretanto, não foi possível observar mudanças estatísticas para o NGF quando analisamos a medula espinal em todos os grupos analisados. Nos ensaios de Western Blot e imuno-histoquímica dos DRG´s observamos uma diminuição da imunorreatividade (IR) para NGF e GFAP nos animais tratados com MOB. Assim, acreditamos que a MOB diminui os sintomas da dor neuropática induzida pela CCI do nervo isquiático, além de favorecer a regeneração do nervo isquiático devido ao aumento local de NGF e Proteína zero. / The Neural Mobilization technique is a noninvasive method that has proved clinically effective in reducing pain sensitivity and consequently in improving quality of life after neuropathic pain. The present study examined the effects of Neural Mobilization (MOB) on pain sensitivity induced by chronic constriction injury (CCI) in rats. The CCI was performed on adult male rats, submitted thereafter to 10 sessions of MOB, each other day, starting 14 days after the CCI injury. Over the treatment period, animals were evaluated for nociception using behavior tests, such as tests for allodynia and thermal and mechanical hyperalgesia. At the end of the sessions, the nerve isquiatic and spinal cord were analyzed using Western Blot assays for neural growth factor (NGF) and protein zero (PO) and the dorsal root ganglia (DRG) were analyzed using Western Blot and immunohistochemistry assays for neural growth factor (NGF) and glial fibrillary acidic protein (GFAP). The results showed that MOB treatment induced an early reduction (in the second session) of the hyperalgesia and allodynia in CCI-injured rats, which persisted until the end of the treatment. On the other hand, only after the 4th session we observed a blockede of thermal sensitivity. Regarding cellular changes, we observed a increase of NGF and PO expression after MOB in the nerve isquiatic when compared to CCI animals. We also observed a decrease of NGF and GFAP expression after MOB in the DRG when compared to CCI animals. In spinal cord no observed statistically difference. Was observed these data provide evidence that MOB treatment reverses pain symptoms in CCI-injured rats and decreases the level of GFAP and NGF in DRG. In addition to promoting the regeneration of the isquiatic nerve due to increased local NGF and protein zero.
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Mediação química da hiperagesia induzida pelos venenos de serpentes Bothrops jararaca e Bothrops asper e por uma miotoxina com atividade de fosfolipase A2 isolada do veneno de Bothrops asper / Chemical mediation of hyperalgesia induced by Bothrops jararaca and Bothrops asper snake venoms and by a phospholipase A2 miotoxin isolated from Bothrops asper venom.

Chacur, Marucia 01 December 2000 (has links)
Os venenos do gênero Bothrops induzem efeitos locais caracterizados por hemorragia, necrose, edema e dor intensa. Apesar da importância clínica do fenômeno de dor, os estudos sobre os mecanismos envolvidos na gênese deste fenômeno são ainda escassos. Além disso, não existem dados sobre a capacidade do antiveneno em neutralizar este fenômeno. Neste trabalho foi investigada, a capacidade dos venenos de Bothrops jararaca, Bothrops asper e da miotoxina III (Fosfolipase A2, variante Asp 49), uma toxina isolada do veneno de Bothrops asper, em induzir hiperalgesia em ratos, a mediação química deste fenômeno e a capacidade dos antivenenos em neutralizar esta ação dos venenos. A possível correlação entre a hiperalgesia e a resposta edematogênica causada pelos venenos ou miotoxina foi também avaliada. O limiar de dor foi determinado antes e em diferentes tempos após a administração dos venenos ou toxina, empregando o teste de pressão de pata de rato. Para o estudo da resposta edematogênica, o aumento do volume das patas posteriores foi determinado por pletismografia. Os venenos e a toxina, administrados por via intraplantar, nas doses de 5µg (VBj), 15µg (VBa) ou 10µg (MIII), induziram hiperalgesia e edema, com respostas máxima na 1a (VBj, MIII) ou 2a (VBa) hora, não sendo mais detectadas na 24a hora. Para o estudo da neutralização, foram utilizados o antiveneno botrópico produzido no Instituto Butantan e o antiveneno polivalente produzido no Instituto Clodomiro Picado da Costa Rica, administrados por via endovenosa, 15 min. ou imediatamente antes ou 15 min. após a injeção dos venenos. O AVIB, quando injetado 15 min. antes do VBj, foi capaz de reverter a hiperalgesia induzida pelo veneno. Em relação ao edema, esta inibição foi observada quando o antiveneno foi administrado 15 min. ou imediatamente antes do VBj. Por outro lado, o AVCP não interferiu com a dor e o edema acarretados pelo VBa. Quando o VBj e o VBa foram incubados, in vitro, por 30 min., a 370C com os AV correspondentes, a hiperalgesia e o edema foram abolidos. Estes resultados indicam que a incapacidade do AVCP, quando administrado in vivo, de bloquear a hiperalgesia e o edema induzidos pelo VBa, não é consequência da ausência de anticorpos específicos no antiveneno, uma vez que estes efeitos foram inibidos quando o veneno foi pré-incubado com o antiveneno. Para avaliação da mediação química da hiperalgesia e do edema, os animais foram submetidos a tratamentos com inibidores de síntese, antagonistas de receptores, anticorpos ou drogas depletoras destes mediadores. Os resultados mostraram que o Hoe-140, dexametasona e NDGA inibem a hiperalgesia induzida pelo VBa, enquanto que apenas a prometazina interferiu com o edema causado pelo veneno. A hiperalgesia induzida pela MIII foi revertida pelo tratamento com prometazina, metisergida, Hoe-140, dexametasona e por NDGA, enquanto que o edema foi inibido apenas por prometazina e dexametasona. Estes dados sugerem que: a) a MIII é um importante componente do veneno para a geração de hiperalgesia, b) a bradicinina e os derivados da lipoxigenase são mediadores da dor acarretada pelo VBa e pela MIII, c) histamina e serotonina participam também da hiperalgesia induzida pela miotoxina e d) a histamina é mediador do edema induzido pelo VBa e pela MIII. Com relação à hiperalgesia induzida pelo VBj, somente o tratamento com Hoe-140 diminuiu este fenômeno, indicando a participação da bradicinina. Por outro lado, este tratamento não foi capaz de interferir com o edema induzido por este veneno. Cabe ressaltar que TEIXEIRA et al. (1994) demonstraram a participação de eicosanóides e PAF na hiperalgesia induzida pelo VBj. Os dados em conjunto sugerem ainda, dissociação entre os fenômenos de dor e edema acarretados por ambos os venenos e pela miotoxina. / Bothrops venoms cause pronounced local tissue-damage characterized by hemorrhage, myonecrosis, edema and pain. Venom-induced pain has been poorly investigated, despite its clinical relevance. Furthermore, the ability of antivenom to neutralize hyperalgesia induced by these venoms is not known. In the present study the hyperalgesia and edema induced by Bothrops jararaca (BjV) and Bothrops asper (BaV) venom and by myotoxin III-MIII (Asp49- phospholipase A2), a toxin isolated from BaV, were investigated. The chemical mediators involved in these phenomena and the ability of the antivenom to neutralize the hyperalgesia and edema induced by these venoms were also investigated. Pain threshold was assessed before and at several intervals after venom injection, using the rat paw pressure test. Edema of paw was measured phethysmographically at the same periods of time. The intraplantar injection of BjV (5µg/paw), BaV (15µg/paw) or MIII (10µg/paw) caused hyperalgesia and edema, whose peak were observed at the 1st (BjV, MIII) or 2nd (BaV) hours after venom/toxin administration, decreasing thereafter. For neutralization studies, the antivenoms produced either at Instituto Butantan from Brazil (AVIB) or Instituto Clodomiro Picado from Costa Rica (AVCP) were administered intravenously 15 min prior to, or immediately before, or 15 min after venoms injection. When the antivenom from Instituto Butantan was injected 15 min. before BjV, the hyperalgesia and edema were abolished. Furthermore, partial inhibition of edema was also observed when the antivenom was injected together with BjV. On the other hand, hyperalgesia and edema induced by BaV were not modified by AVCP. Incubation of BjV and BaV, for 30 min. at 37oC, with the antivenoms in vitro, abolished the hyperalgesia and edema. The inability of the in vivo treatment with antivenom in abolishing hyperalgesia and edema induced by BaV seems not to be related to the lack of neutralizing antibodies in antivenom, because neutralization was achieved in pre-incubation experiments. In order to investigate the chemical mediation of hyperalgesia and edema induced by the venoms or toxin, animals were treated with several drugs. Pretreatment with Hoe-140, dexamethasone and NDGA blocked the hyperalgesia induced by BaV, whereas only promethazine reduced the edema induced by this venom. The MIII-induced hyperalgesia was blocked by promethazine, methysergide, Hoe-140, dexamethasone and NDGA, whereas the edema was reduced only by promethazine and dexamethasone. These results suggest that: a) MIII may contribute to the BaV-induced hyperalgesia, b) bradykinin and leukotrienes mediate the BaV- and MIII-induced pain and MIII; c) histamine and serotonin also participate in the myotoxin-induced hyperalgesia and d) the edema induced by BaV and MIII is mediated by histamine. Pre-treatment of the animals with Hoe-140 abolished BjV-induced hyperalgesia, suggesting that bradykinin may mediate the venom-induced hyperalgesia. However, this treatment did not modify the BjV-induced edema. It is important to stress that previous studies have shown that BjV-induced hyperalgesia is mediated, at least partially, by eicosanoids and PAF (TEIXEIRA et al.,1994). The data presented herein also suggest that distinct mechanisms may be involved in the development of hyperalgesia and edema induced by both venoms and myotoxin III.
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Efeitos da associação do ultrassom e laser de baixa potência na nocicepção e recuperação funcional de ratos submetidos à lesão nervosa periférica. / Effects of the combination os Ultrasound an low-power Laser therapy in nociception and functional recovery of rats with peripheral nerve injury.

Grecco, Leandro Henrique 17 September 2013 (has links)
O objetivo do presente estudo foi avaliar, em ratos, a eficácia da aplicação conjunta do Ultrassom e do Laser na nocicepção e recuperação funcional do nervo isquiático submetido à lesão por pinçamento. Neste estudo, os ratos foram submetidos ao pinçamento do nervo isquiático (pinça regulável á 5000g durante 5 minutos). Este pinçamento acarretou hiperalgesia mecânica e térmica, alodinia mecânica, além de disfunção motora. O Ultrassom, na dosagem de 1.0 W/cm2 e o Laser, na dosagem de 6 J, causaram antinocicepção e induziram recuperação funcional parcial. A aplicação conjunta de ambos os recursos físicos, além de antinocicepção, acarretou melhor recuperação funcional. Em conclusão, a aplicação conjunta do Ultrassom e Laser é eficaz no controle da nocicepção resultante do pinçamento do nervo isquiático, além de acelerar o processo de regeneração nervosa, favorecendo o restabelecimento da função motora. / The aim of this study was to evaluate, in rats, the effectiveness of the application of the Ultrasound and Laser in nociception and functional recovery of rat sciatic nerve injury. In this study, the sciatic nerve was submitted to crush injury by a forceps especially constructed for this purpose and calibrated for a static load of 5000 g, for 5 minutes. The nerve crushing causes the development of mechanical and thermal hyperalgesia, mechanical allodynia, and motor dysfunction. The Ultrasound, at a dosage of 1.0 W/cm2, and the Laser, at a dose of 6 J, induced antinociception and partial functional recovery. The combined application of both physical resources, in addition to antinociception, resulted in a faster histopathological changes recovery. In conclusion, the application of Ultrasound and Laser is effective in the control of nociception resulting from sciatic nerve crushing, and in accelerating the process of nerve regeneration, favoring the restoration of motor function.
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Terapia LASER de baixa intensidade no controle da dor neuropática crônica e na regeneração do nervo isquiático de ratos. / Low intensity LASER therapy in the control of chronic neuropatic pain and the regeneration of the ischial nerve of rats.

Silva, Mara Evany de Oliveira 12 March 2019 (has links)
A técnica de laserterapia é um método não invasivo utilizado por diversas áreas da saúde, e tem se mostrado eficaz no tratamento da diminuição da sensibilidade a dor. O presente estudo visa elucidar os efeitos desta terapia nas alterações moleculares induzida pela constrição crônica (CCI) do nervo isquiático de ratos. Esta técnica é aplicada em dias intercalados e tem a duração de 10 sessões. Ao finalizarmos o tratamento com laserterapia os animais foram eutanasiados e os gânglios das raízes posteriores (DRG L4L6) e o nervo isquiático foram retirados para posterior análise. Os DRGs foram processados para detecção da Substância P (SP) e do receptor de potencial transitório vanilóide tipo I (TRPV1). Ainda submetemos o nervo isquiático para a detecção do fator de crescimento neural (NGF) e proteína zero (P0). Nossos resultados demonstraram uma reversão da hipernocicepção dos animais tratados com LASER. Ainda, observamos um aumento da expressão de SP e TRPV1 nos animais com lesão e uma diminuição após o tratamento com LASER. Com relação aos ensaios referente ao nervo isquiático, podemos observar que houve um aumento da densidade óptica para o NGF e para a P0 após tratamento. Esses resultados podem ser observados de modo qualitativo por meio da técnica de imunohistoquímica de fluorescência. Nossos resultados em conjunto, demonstram a eficácia da laserterapia para reversão da hipernocicepção dos animais com lesão. Ainda, esta técnica é capaz de modular liberação de mediadores que participação do processo álgico, além de induzir a regeneração do nervo isquiático. / The laser therapy technique is a noninvasive method used by several health areas, and has been shown to be effective in treat pain sensitivity. The present study aims to elucidate the effects of this therapy on molecular changes induced by chronic constriction (CCI) in rats. This technique was applied every other day, during 10 sessions. At the end of treatment, the animals were euthanized and the posterior root ganglia (DRG L4-L6) and sciatic nerve were removed for further analysis. The DRG\'s were processed for the detection of Substance P (SP) and transient potential receptor type I (TRPV1). In addition, we submit the sciatic nerve for the detection of neural growth factor (NGF) and zero protein (P0). Our results demonstrated a reversal of hypernociception in animals treated with LASER. Furthermore, we observed an increase in SP and TRPV1 expression in animals with lesion and a decrease after LASER treatment. With respect to the tests referring to the sciatic nerve, we could observe that there was an increase in the optical density for NGF and P0 after treatment. These results can be observed qualitatively by fluorescence immunohistochemistry. Our results together demonstrate the efficacy of laser therapy for the reversal of hypernociception of animals with lesions. Furthermore, this technique is able to modulate the release of mediators that participate in the algic process; in addition, this technique is also able to induce regeneration of sciatic nerve in rats.

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