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A inatividade da crença na teoria da motivação de David Hume

Soares, Franco Nero Antunes January 2016 (has links)
O objetivo principal desta pesquisa é defender a interpretação da filosofia de David Hume segundo a qual não há crença que possa ser a única causa de paixões motivacionais, volições ou ações. O problema que orienta a discussão é determinar até que ponto os aspectos cognitivos ou racionais da mentalidade controlam ou não o aparato emocional dos seres humanos. Em primeiro lugar, defende-se que a teoria das percepções resultante da metodologia empirista de Hume não inclui a noção de uma faculdade racional sobrenatural com conteúdos ou princípios inatos ou a priori. Em segundo lugar, defende-se ume leitura compatibilista da liberdade humana em Hume segundo a qual volições são as paixões motivacionais que necessariamente antecedem a produção de ações voluntárias. Depois, sustenta-se que os processos inferenciais que caracterizam a racionalidade humana segundo Hume não são suficientes para produzir paixões motivacionais, volições e ações. Por fim, defende-se que as percepções produzidas por raciocínios, as crenças, também não são suficientes para produzir tais efeitos práticos. Uma premissa importante para o argumento principal é que a presença de certas paixões motivacionais, cuja origem não pode ser atribuída a crenças ou a inferências, é necessária para a produção de ações. / The main objective of this research is to defend that no belief can be the sole cause of motivational passions, volitions or actions according to David Hume’s theory of motivation. The problem that guides the discussion is to determine to what extent the cognitive or rational aspects of the human mind control or not the emotional apparatus of human beings. First, it is argued that Hume’s empiricist theory of perceptions does not include the notion of a supernatural rational faculty with innate or a priori contents or principles. Second, it defends a compatibilist reading of human freedom in Hume whereby volitions are the motivating passions that necessarily precede the production of voluntary actions. Then, it is argued that the inferential processes that characterize human rationality according to Hume are not enough to produce motivational passions, volitions and actions. Finally, it is argued that perceptions produced by reasoning, beliefs, are not sufficient to produce such practical effects. An important premise for the main argument is the view that the presence of certain motivational passions, whose origin cannot be attributed to beliefs or inferences, it is necessary for the production of actions.
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Sensibilidade moral e normatividade em Hume

Lunardi, Giovani Mendonça January 2009 (has links)
A filosofia moral de David Hume é interpretada, predominantemente, como representante de um ceticismo normativo ou de uma moralidade psicologizada. Tais interpretações privilegiam um determinado hábito de leitura dos textos humeanos, influenciadas pelas denominadas "teorias da razão prática", afirmando que seu sistema filosófico não contempla a estrutura de racionalidade necessária para a fundamentação da normatividade da moralidade. De forma contrária, a presente investigação sustenta que a filosofia moral humeana permite uma interpretação normativa através do exame da "dinâmica dos sentimentos" presentes na natureza humana. A normatividade da moral é estabelecida, de acordo com o filósofo escocês, a partir do conteúdo valorativo dos sentimentos naturais de "dor" e "prazer" que "sentimos" de forma imediata. No entanto, isso não implica que sua filosofia moral possa ser reduzida a um puro hedonismo, subjetivismo ou relativismo moral. Defendemos que a sensibilidade moral, segundo Hume, providencia a discriminação das ações humanas com conteúdo valorativo através da comunicação dos sentimentos (simpatia) avaliados de um ponto de vista imparcial (espectador judicioso). Essa "dinâmica dos sentimentos" é o que denominamos de normatividade como reflexividade, ou seja, a sucessiva reflexividade produz um resultado normativo. Nossa tese conclui que, na visão do filósofo escocês, o problema da normatividade da moralidade pode ser respondido a partir das seguintes perspectivas: do conteúdo valorativo de sentimentos naturais, não de valores impostos por uma razão prática; da comunicação de sentimentos entre os agentes, não da deliberação solipsista do agente moral; do ponto de vista imparcial de um espectador judicioso, não dos interesses dos agentes envolvidos; da dinâmica de sentimentos com uma sucessiva reflexividade, não da reflexão de uma "pura razão". / David Hume's moral philosophy is mainly understood as a representative of a normative scepticism and also as a psychologised morality. Such conceptions privilege a reading habit of humeans texts influenced by the so called "theories of the practical reason'" stating that his philosophical system does not contemplate the rationality structure necessary for the grounds of normativity of morality. As opposed to this, the present investigation supports the idea that humean moral philosophy allows a normative interpretation by examining "dynamic of feelings" present in human nature. The normativity of moral is established, according to the Scottish philosopher, from the evaluative contents of natural feelings of "pain" and "pleasure" in which, we immediately "feel". However, that does not mean that his moral philosophy can be reduced to pure hedonism, subjectivism or moral relativism. We support the idea that moral sensibility, according to Hume, provides discrimination of worthy human actions through communication of the feelings (sympathy) evaluative from an impartial point of view (judicious spectator). Such "dynamic of feelings" is what we call normativity as reflexivity, in other words, successful reflexivity producing normative outcome. Our thesis concludes that according to the Scottish philosopher's view, the normativity of morality question can be answered from the following perspectives: from natural feelings' worth rather than from the worth imposed by practical reason; from communication of feelings between agents, rather than from the solipsist deliberation of moral agent; from the impartial point of view of a judicious spectator, rather than from the interests of the involved agents; from the dynamic of feelings with successive reflexivity, rather than from the reflexion of a "pure reason".
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A inatividade da crença na teoria da motivação de David Hume

Soares, Franco Nero Antunes January 2016 (has links)
O objetivo principal desta pesquisa é defender a interpretação da filosofia de David Hume segundo a qual não há crença que possa ser a única causa de paixões motivacionais, volições ou ações. O problema que orienta a discussão é determinar até que ponto os aspectos cognitivos ou racionais da mentalidade controlam ou não o aparato emocional dos seres humanos. Em primeiro lugar, defende-se que a teoria das percepções resultante da metodologia empirista de Hume não inclui a noção de uma faculdade racional sobrenatural com conteúdos ou princípios inatos ou a priori. Em segundo lugar, defende-se ume leitura compatibilista da liberdade humana em Hume segundo a qual volições são as paixões motivacionais que necessariamente antecedem a produção de ações voluntárias. Depois, sustenta-se que os processos inferenciais que caracterizam a racionalidade humana segundo Hume não são suficientes para produzir paixões motivacionais, volições e ações. Por fim, defende-se que as percepções produzidas por raciocínios, as crenças, também não são suficientes para produzir tais efeitos práticos. Uma premissa importante para o argumento principal é que a presença de certas paixões motivacionais, cuja origem não pode ser atribuída a crenças ou a inferências, é necessária para a produção de ações. / The main objective of this research is to defend that no belief can be the sole cause of motivational passions, volitions or actions according to David Hume’s theory of motivation. The problem that guides the discussion is to determine to what extent the cognitive or rational aspects of the human mind control or not the emotional apparatus of human beings. First, it is argued that Hume’s empiricist theory of perceptions does not include the notion of a supernatural rational faculty with innate or a priori contents or principles. Second, it defends a compatibilist reading of human freedom in Hume whereby volitions are the motivating passions that necessarily precede the production of voluntary actions. Then, it is argued that the inferential processes that characterize human rationality according to Hume are not enough to produce motivational passions, volitions and actions. Finally, it is argued that perceptions produced by reasoning, beliefs, are not sufficient to produce such practical effects. An important premise for the main argument is the view that the presence of certain motivational passions, whose origin cannot be attributed to beliefs or inferences, it is necessary for the production of actions.
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Matéria, alma e identidade pessoal em Hume

Guzzo, Fábio Augusto January 2011 (has links)
Defendo, nesta dissertação, uma interpretação materialista da filosofia humeana. Essa interpretação se apóia em alguns dos temas presentes no Livro 1 do Tratado da Natureza Humana. Divido a tarefa em três partes: no primeiro capítulo, examino dois dos princípios que fundamentam a teoria das idéias apresentada na Parte 1, o princípio da cópia e o da separabilidade. Juntos, eles implicam a impotência da razão a priori no domínio dos fatos. É a imaginação, uma faculdade corpórea, que assume o papel principal na epistemologia humeana; no segundo capítulo, examino a seção “Da imaterialidade da alma” (Parte 4, Seção 5), na qual a alma substancial desaparece e dá lugar a percepções causalmente relacionadas a um corpo. Aqui se evidencia a concepção fisicalista de Hume sobre o fenômeno cognitivo. Procuro esclarecer tal concepção por meio de uma comparação entre ela e a concepção de Reid, segundo a qual o fenômeno cognitivo é intrinsecamente imaterial e, portanto, sem qualquer relação causal com a matéria; o objeto do terceiro capítulo é a seção “Da identidade pessoal” (Parte 4, Seção 6), na qual Hume afirma que a crença nessa identidade decorre de associações de idéias. No Apêndice Hume reconhece a insuficiência de sua explicação inicial. Exponho alguns dos problemas que podem ter gerado as dúvidas do Apêndice e defendo que elas não configuram um possível abandono do materialismo, ou seja, da concepção ontológica que levou à tese de que a mente é um mero feixe de percepções relacionadas causalmente. / I defend, in this dissertation, a materialist interpretation of humean philosophy. This interpretation is based on some of the themes presented in Book 1 of the Treatise of Human Nature. The task is divided in three parts: in the first chapter, I examine two of the principles which ground the theory of ideas presented in Part 1, the principles of copy and of separability. Together, they imply the impotence of a priori reason in the factual domain. It is the imagination, a corporeal faculty, that assumes the leading role in humean epistemology; in the second chapter, I examine the section Of the immateriality of the soul (Part 4, Section 5), in which the substantial soul disappears and gives place to perceptions causally related to a body. Here, Hume’s phisicalist conception about the cognitive phenomena is evidenced. I try to explain this conception by comparing it to Reid’s conception, according to which cognitive phenomena is intrinsically imaterial and, therefore, without any causal relation to matter; the subject of the third chapter is the section “Of personal identity” (Part 4, Section 6), in which Hume states that the belief in this identity derives from associations of ideas. In the Appendix Hume recognizes the insufficiency of his early explanation. I expose some of the problems that may have engendered the doubts of the Appendix and defend that they don’t amount to a possible abandonment of materialism, that is, of the ontological conception which has led to the thesis of the mind as a simple bundle of perceptions causally related.
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Matéria, alma e identidade pessoal em Hume

Guzzo, Fábio Augusto January 2011 (has links)
Defendo, nesta dissertação, uma interpretação materialista da filosofia humeana. Essa interpretação se apóia em alguns dos temas presentes no Livro 1 do Tratado da Natureza Humana. Divido a tarefa em três partes: no primeiro capítulo, examino dois dos princípios que fundamentam a teoria das idéias apresentada na Parte 1, o princípio da cópia e o da separabilidade. Juntos, eles implicam a impotência da razão a priori no domínio dos fatos. É a imaginação, uma faculdade corpórea, que assume o papel principal na epistemologia humeana; no segundo capítulo, examino a seção “Da imaterialidade da alma” (Parte 4, Seção 5), na qual a alma substancial desaparece e dá lugar a percepções causalmente relacionadas a um corpo. Aqui se evidencia a concepção fisicalista de Hume sobre o fenômeno cognitivo. Procuro esclarecer tal concepção por meio de uma comparação entre ela e a concepção de Reid, segundo a qual o fenômeno cognitivo é intrinsecamente imaterial e, portanto, sem qualquer relação causal com a matéria; o objeto do terceiro capítulo é a seção “Da identidade pessoal” (Parte 4, Seção 6), na qual Hume afirma que a crença nessa identidade decorre de associações de idéias. No Apêndice Hume reconhece a insuficiência de sua explicação inicial. Exponho alguns dos problemas que podem ter gerado as dúvidas do Apêndice e defendo que elas não configuram um possível abandono do materialismo, ou seja, da concepção ontológica que levou à tese de que a mente é um mero feixe de percepções relacionadas causalmente. / I defend, in this dissertation, a materialist interpretation of humean philosophy. This interpretation is based on some of the themes presented in Book 1 of the Treatise of Human Nature. The task is divided in three parts: in the first chapter, I examine two of the principles which ground the theory of ideas presented in Part 1, the principles of copy and of separability. Together, they imply the impotence of a priori reason in the factual domain. It is the imagination, a corporeal faculty, that assumes the leading role in humean epistemology; in the second chapter, I examine the section Of the immateriality of the soul (Part 4, Section 5), in which the substantial soul disappears and gives place to perceptions causally related to a body. Here, Hume’s phisicalist conception about the cognitive phenomena is evidenced. I try to explain this conception by comparing it to Reid’s conception, according to which cognitive phenomena is intrinsically imaterial and, therefore, without any causal relation to matter; the subject of the third chapter is the section “Of personal identity” (Part 4, Section 6), in which Hume states that the belief in this identity derives from associations of ideas. In the Appendix Hume recognizes the insufficiency of his early explanation. I expose some of the problems that may have engendered the doubts of the Appendix and defend that they don’t amount to a possible abandonment of materialism, that is, of the ontological conception which has led to the thesis of the mind as a simple bundle of perceptions causally related.
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Sensibilidade moral e normatividade em Hume

Lunardi, Giovani Mendonça January 2009 (has links)
A filosofia moral de David Hume é interpretada, predominantemente, como representante de um ceticismo normativo ou de uma moralidade psicologizada. Tais interpretações privilegiam um determinado hábito de leitura dos textos humeanos, influenciadas pelas denominadas "teorias da razão prática", afirmando que seu sistema filosófico não contempla a estrutura de racionalidade necessária para a fundamentação da normatividade da moralidade. De forma contrária, a presente investigação sustenta que a filosofia moral humeana permite uma interpretação normativa através do exame da "dinâmica dos sentimentos" presentes na natureza humana. A normatividade da moral é estabelecida, de acordo com o filósofo escocês, a partir do conteúdo valorativo dos sentimentos naturais de "dor" e "prazer" que "sentimos" de forma imediata. No entanto, isso não implica que sua filosofia moral possa ser reduzida a um puro hedonismo, subjetivismo ou relativismo moral. Defendemos que a sensibilidade moral, segundo Hume, providencia a discriminação das ações humanas com conteúdo valorativo através da comunicação dos sentimentos (simpatia) avaliados de um ponto de vista imparcial (espectador judicioso). Essa "dinâmica dos sentimentos" é o que denominamos de normatividade como reflexividade, ou seja, a sucessiva reflexividade produz um resultado normativo. Nossa tese conclui que, na visão do filósofo escocês, o problema da normatividade da moralidade pode ser respondido a partir das seguintes perspectivas: do conteúdo valorativo de sentimentos naturais, não de valores impostos por uma razão prática; da comunicação de sentimentos entre os agentes, não da deliberação solipsista do agente moral; do ponto de vista imparcial de um espectador judicioso, não dos interesses dos agentes envolvidos; da dinâmica de sentimentos com uma sucessiva reflexividade, não da reflexão de uma "pura razão". / David Hume's moral philosophy is mainly understood as a representative of a normative scepticism and also as a psychologised morality. Such conceptions privilege a reading habit of humeans texts influenced by the so called "theories of the practical reason'" stating that his philosophical system does not contemplate the rationality structure necessary for the grounds of normativity of morality. As opposed to this, the present investigation supports the idea that humean moral philosophy allows a normative interpretation by examining "dynamic of feelings" present in human nature. The normativity of moral is established, according to the Scottish philosopher, from the evaluative contents of natural feelings of "pain" and "pleasure" in which, we immediately "feel". However, that does not mean that his moral philosophy can be reduced to pure hedonism, subjectivism or moral relativism. We support the idea that moral sensibility, according to Hume, provides discrimination of worthy human actions through communication of the feelings (sympathy) evaluative from an impartial point of view (judicious spectator). Such "dynamic of feelings" is what we call normativity as reflexivity, in other words, successful reflexivity producing normative outcome. Our thesis concludes that according to the Scottish philosopher's view, the normativity of morality question can be answered from the following perspectives: from natural feelings' worth rather than from the worth imposed by practical reason; from communication of feelings between agents, rather than from the solipsist deliberation of moral agent; from the impartial point of view of a judicious spectator, rather than from the interests of the involved agents; from the dynamic of feelings with successive reflexivity, rather than from the reflexion of a "pure reason".
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Liberdade e imputabilidade moral em Hume

Ferraz, Marilia Cortes de 25 April 2006 (has links)
Orientador: Jose Oscar de Almeida Marques / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-06T09:42:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ferraz_MariliaCortesde_M.pdf: 594205 bytes, checksum: fb169b56cfd9f1eb5975fe5b78c0f24c (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: A dissertação examina a análise de Hume dos conceitos de liberdade e imputabilidade moral. O texto de referência para a pesquisa é a seção VIII da Investigação sobre o entendimento humano. Mostro, a partir do estudo dessa seção, em que sentido os conceitos de liberdade e necessidade são compatíveis para Hume. Para tanto, analiso o compatibilismo humeano enfatizando a unidade explicativa que o autor esposa claramente na obra citada. De fato, Hume, em seu exame das noções de liberdade e necessidade anuncia introduzir novidades que prometem ao menos algum resultado na decisão da controvérsia entre a doutrina da necessidade e a doutrina da liberdade (da vontade). Ele propõe um 'projeto de reconciliação¿ (reconciling project) que consiste em mostrar que liberdade e necessidade são perfeitamente compatíveis entre si, e que afirmar que as ações humanas são livres não é afirmar que estejam fora do âmbito da necessidade, mas apenas que se realizaram sem constrangimento. Em seguida, esclareço as razões que conduzem à crença na vontade livre, crença esta infundada, segundo Hume. Por fim, procuro estabelecer as conseqüências que o compatibilismo humeano traz para a noção de responsabilidade moral. Hume entende que não só é perfeitamente possível explicar os juízos morais pelo seu compatibilismo, como também que o seu compatibilismo é a única alternativa de fato consistente para dar conta dos ajuizamentos que fazemos acerca da moralidade. Entendo que a explicação dos juízos morais de imputabilidade oferecida por Hume representa uma hipótese altamente persuasiva e com vigor suficiente para responder a objeções geralmente apresentadas pelos incompatibilistas / Abstract: The dissertation examines the analysis of Hume of the concepts of freedom and moral imputability. The text of reference for the research is section VIII of the Enquiry concerning Human Understanding. I show, from the study of this section, how freedom and necessity are compatible for Hume. To this effect, I analyze the humean compatibilism emphasizing the unit of the explanation that the author maintains in the cited work. Hume, in his examination of freedom and necessity, announces a new approach that promises at least some results for the decision of the controversy between the doctrine of the necessity and the doctrine of the freedom (of the will). He proposes a conciliatory project that consists in showing that freedom and necessity are perfectly compatible, and that to say that the human actions are free is not to say that they are out of the scope of the necessity, but only that they are without constraint. After that, I clarify the reasons that lead to the belief in free will, which is baseless according to Hume. Finally, I establish the consequences that humean compatibilism brings for the notion of moral responsibility. Hume understands not only that it is perfectly possible to explain moral judgments by means of his compatibilism, but also that his compatibilism is the only consistent alternative to account for moral judgement. I understand that the explanation of moral judgments of imputability offered by Hume represents a highly persuasive hypothesis, and strong enough to answer the objections generally raised by incompatibilists / Mestrado / Filosofia Moral / Mestre em Filosofia
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Hume e o naturalismo epistemológico = aspectos céticos e positivos de sua teoria da crença / Hume and epistemological naturalism : skeptical and positive aspects of his theory of belief

Sousa, Claudiney Jose de, 1976- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Silvio Seno Chibeni / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-19T18:05:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sousa_ClaudineyJosede_D.pdf: 2248193 bytes, checksum: 2086e31340227c88d3d49873a49aee2f (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A adoção do modelo da ciência da natureza física, por parte de Hume, para a elaboração de seu projeto de uma ciência da natureza humana, permite ao autor construir um novo sistema de conhecimento, erigido sobre um fundamento inteiramente novo e seguro, mas exige, por outro lado, uma quase completa redefinição de velhos conceitos epistemológicos e uma revisão de teorias e concepções tradicionalmente aceitas em filosofia. Neste trabalho procuraremos avaliar esse audacioso empreendimento a partir do estudo da teoria humeana das crenças (mais particularmente, das crenças causais e da crença na existência dos corpos), destacando duas grandes concepções sobre a atitude do autor, a cética e a naturalista, quase sempre vistas como radicalmente diferentes e incompatíveis: i) por um lado os que tendem a enfatizar o lado negativo de sua filosofia, por entender que ele teria restringido o espaço tradicionalmente conferido à razão, como conceito normativo em filosofia, e exaltado conceitos desautorizados dessa tarefa, como hábito e imaginação (nesse grupo de autores estão, por exemplo, Thomas Reid, Thomas Hill Green e Bertrand Russell); ii) e por outro, os que realçam aspectos positivos e a subordinação da razão aos sentimentos para destacar o caráter irresistível e inevitável de nossas crenças naturais como critério para distinção e escolha entre crenças (a figura central deste segundo grupo de autores é Norman Kemp Smith). Veremos que no século XX o debate sobre a epistemologia humeana continua estimulador: John Wright, Galen Strawson e Edward Craig, são exemplos de uma tendência a conciliar as duas interpretações para uma melhor compreensão de sua epistemologia, mostrando que as duas posturas podem ser complementares ao invés de excludentes. Tendo examinado algumas das principais contribuições desse debate, posicionamos-nos em defesa da concepção segundo a qual o projeto de Hume pode ser visto como um trabalho precursor daquilo que hoje conhecemos como naturalismo epistemológico, embora, de uma forma geral, alguns autores que exploram essa perspectiva contemporânea, notadamente Quine, não reconheçam as contribuições de Hume. Acreditamos, porém, que o filósofo moderno teria fornecido, de forma pioneira, os parâmetros para uma visão científica e experimental sobre os processos e produtos cognitivos, de um modo inteiramente diferente daquele elaborado pela especulação filosófica apriorista. Sem ter que restringir a filosofia à mera extensão do fazer científico, defendemos que Hume se preocupa em preservar o caráter normativo desse empreendimento, como propuseram Kemp Smith, Louis Loeb, Michael Costa, entre outros. A base para a defesa dessa concepção estaria em sua reavaliação do estatuto epistemológico do conceito de crença que, embora seja um complemento essencial do conhecimento, contrapõe-se diretamente a este (conforme sugere Locke em seu Essay). Sendo assim, o tema central de nosso trabalho será a maneira como Hume procede a essa difícil tarefa de conciliar naturalismo e normatividade em sua teoria da crença, antecipando propostas muito conhecidas no século XX como o confiabilismo de Alvin Goldman, que analisaremos com o intuito de estabelecer pontos de contato entre o naturalismo pioneiro de Hume e a epistemologia contemporânea / Abstract: The adoption of natural science as a model for the project for a science of human nature led Hume to build a new system of knowledge, built, as he hoped, on an entirely new and secure foundation. But the implementation of this project would require an almost complete redefinition of old philosophical concepts, and a reappraisal of traditionally accepted philosophical theories. In the present work we attempt to evaluate this bold intellectual enterprise, taking as focal point Hume's theory of belief (and, more particularly, causal beliefs and belief in the existence of bodies), analyzing two major interpretative trends, the naturalistic and the skeptical, often seen as radically different and incompatible: i) To the latter belong those authors who tend to emphasize the negative side of Hume's philosophy by holding that he would have restricted the space traditionally accorded to reason as normative concept in philosophy, and that his theory of belief does not in fact have epistemological import, to the extent in which it is based on concepts such as habit and imagination (to this group belong, for instance, Thomas Reid, Thomas Hill Green and Bertrand Russell); ii) In the other, more recent interpretative trend, are those who seek to bring out the positive aspects of his theory, taking Hume's proposed subordination of reason to the sentiments as a way to highlight the inevitable and irresistible character of our natural beliefs, an not their epistemic devaluation. Norman Kemp Smith is the leading proponent of this position, taken up more recently by authors such as John Wright, Galen Strawson and Edward Craig. In fact, these authors seek to reconcile the two interpretations, by showing that the two positions can be complementary rather than exclusive. Having examined some of the major contributions of this debate, we argue that Hume's project can be seen as a pioneering work containing some central elements of the position now know as epistemological naturalism, although many of the philosophers who explore this contemporary perspective do not to acknowledge Hume's contributions. We believe, however, that in Hume we find guidelines for a scientific and experimental study of the cognitive processes and products which still retain much interest nowadays. Without reducing philosophy to a mere brach of natural science (as Quine famously proposed), Hume was, we argue, concerned to preserve the normative character of epistemology. The basis for the defense of this position is the reassessment of the epistemological status of the concept of belief. Thus, we try to show that the way in which Hume seeks to combine naturalism and normativity in his theory of belief bears resemblance to proposals such Alvin Goldman's reliabilism / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
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Intelligent design and biology

Ramsden, Sean January 2003 (has links)
The thesis is that contrary to the received popular wisdom, the combination of David Hume's sceptical enquiry and Charles Darwin's provision of an alternative theoretical framework to the then current paradigm of natural theology did not succeed in defeating the design argument. I argue that William Paley's work best represented the status quo in the philosophy of biology circa 1800 and that with the logical mechanisms provided us by William Dembski in his seminal work on probability, there is a strong argument for thr work of Michael Behe to stand in a similar position today to that of Paley two centuries ago. The argument runs as follows: In Sections 1 and 2 of Chapter 1 I introduce the issues. In Section 3 I argue that William Paley's exposition of the design argument was archetypical of the natural theology school and that given Hume's already published criticism of the argument, Paley for one did not feel the design argument to be done for. I further argue in Section 4 that Hume in fact did no such thing and that neither did he see himself as having done so, but that the design argument was weak rather than fallacious. In Section 5 I outline the demise of natural theology as the dominant school of thought in the philosophy of biology, ascribing this to the rise of Darwinism and subsequently neo-Darwinism. I argue that design arguments were again not defeated but went into abeyance with the rise of a new paradigm associated with Darwinism, namely methodological naturalism. In Chapter 2 I advance the project by a discussion of William Dembski's formulation of design inferences, demonstrating their value in both everyday and technical usage. This is stated in Section 1. In Sections 2 and 3 I discuss Dembski's treatment of probability, whilst in Section 4 I examine Dembski's tying of different levels of probability to different mechanisms of explanation used in explicating the world. Section 5 is my analysis of the logic of the formal statement of the design argument according to Dembski. In Section 6 I encapsulate objections to Dembski. I conclude the chapter (with Section 7) by claiming that Dembski forwards a coherent model of design inferences that can be used in demonstrating that there is little difference between the way that Paley came to his conclusions two centuries ago and how modem philosophers of biology (such as I take Michael Behe to be, albeit that by profession he is a scientist) come to theirs when offering design explanations. Inference to the best explanation is demonstrated as lying at the crux of design arguments. In Chapter 3 I draw together the work of Michael Behe and Paley, showing through the mechanism of Dembski's work that they are closely related in many respects and that neither position is to be lightly dismissed. Section 1 introduces this. In Section 2 I introduce Behe's concept of irreducible complexity in the light of (functional) explanation. Section 3 is a detailed analysis of irreducible complexity. Section 4 raises and covers objections to Behe with the general theme being that (neo-) Darwinians beg the question against him. In Section 4 I apply the Dembskian mechanic directly to Behe's work. I argue that Behe does not quite meet the Dembskian criteria he needs to in order for his argument to stand as anything other than defeasible. However, in Section 5 I conclude by arguing that this is exactly what we are to expect from Behe's and similar theories, even within competing paradigms, in the philosophy of biology, given that inference to the best explanation is the logical lever therein at work. / KMBT_363 / Adobe Acrobat 9.54 Paper Capture Plug-in
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Contending for liberty : principle and party in Montesquieu, Hume, and Burke

Elliott, Sean January 2010 (has links)
This thesis explores the political reformation of “faction” in the political thought of Montesquieu, David Hume, and Edmund Burke, three thinkers whose works span what Pierre Manent calls “an exquisite moment of liberalism.” It examines the transformation of faction from one based largely on class to one based largely on political function and argues that as the political emphasis of “party” overtook that of class, a disconnect in constitutional theory appeared between the principles formerly associated with class, such as honor, and the principles now associated with parties. This disconnect is examined by focusing on the interrelated concepts of political principle, or that which motivates and regulates men, and faction, itself divided into two types, principled and singular. This thesis further considers the role of political principle to faction in each thinker’s thought in order to demonstrate how limited domestic political conflict could sustain itself via a party system. Each thinker recognized that limited political conflict did not weaken the state but rather strengthened it, if engendered by “principled faction” cognizant of a nominal sovereign. Accordingly, it is argued that a similar understanding of “principled faction,” though focused largely on aristocratic ideas of prejudice, self-interest, and inequality, better promoted political liberty within the state and contributed to a greater acceptance of party in political thought.

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