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Anarchic desires : deconstructing sexual and moral representations in Joe Orton's entertaining mr. sloaneAlves, Werner Almeida January 2007 (has links)
A presente dissertação tem como objetivo apresentar uma leitura da peça Entertaining Mr. Sloane do dramaturgo inglês Joe Orton, investigando de que formas os artifícios literários são construídos para interromper as representações normativas sobre sexualidade e moralidade. Na obra de Orton, os comportamentos e discursos das personagens ignoram autoridades representativas de instituições que, como a família, trabalham para ratificar a noção de modos sexuais ligados à matrix heterossexual que constrói uma subjetividade configurada na equação essencialista de sexo-gênero-desejo. A investigação encontra suporte na História da Sexualidade, de Michel Foucault, e no conceito de performatividade de Judith Butler, usando a Desconstrução como uma estratégia de leitura. A estética literária nas peças de Joe Orton é alicerçada no anarquismo e na subversão como metáforas para interromper categorias convencionais de sexualidade que procuram controlar as vidas e os comportamentos humanos. Mostrando perversidade sexual pela fusão do que poderia ser ultrajante com o cômico, Joe Orton constrói um estilo único, conhecido como Ortonesco. Apesar de suas peças pertencerem ao território da comédia, são freqüentemente classificadas de acordo com estilos cômicos, ou sub-gêneros. Embora essa classificação seja muitas vezes problemática e não haja consenso entre os críticos em relação às categorias das peças, eu trato Entertaining Mr. Sloane como comédia de costumes por levar em consideração seus elementos e a definição desse estilo de comédia. Os discursos das personagens e suas ações mostram como as representações sexuais e de moralidade criam construtos sociais que prendem sexo, gênero e desejo em uma equação que deve resultar em uma identidade estável e universal. Os elementos literários mostram como esse sistema de representação é subvertido pela desestabilização de autoridades que trabalham como centro de sentido do mundo tradicional. / The present thesis aims at presenting my reading of the play Entertaining Mr. Sloane, by the English playwright Joe Orton. The analysis investigates in which ways literary artifices are constructed to disrupt normative representations of sexuality and morality, and in which ways the characters’ behaviors and discourses disregard authorities, such as that concerning the family institution, which work to maintain sexual mores embedded in Western society by a heteronormative matrix which constructs a subjectivity configured in the essentialist equation of sex-gender-desire. The investigation finds support in Michel Foucault’s The History of Sexuality, and Judith Butler’s concept of performativity, using Deconstruction as a strategy of reading. The literary aesthetics in Joe Orton’s plays is achieved by showing anarchism and subversion as a metaphor to disrupt conventional categories of sexuality which seek to control human lives and behaviors. Showing sexual perversity by fusing what could be outrageous with the comic mode, Joe Orton constructs a unique style, known as Ortonesque. Because his plays belong to comedy, they are often categorized according to the comic styles or sub-genres. However, that categorization is problematic many times, and there is no agreement from the part of many critics regarding the category of the plays. I consider Entertaining Mr. Sloane as Comedy of Manners by taking into account their elements and the literary definition of comedy style. The characters’ discourses and actions show how sexual and moral representations create social constructs that tie sex, gender and desire in an equation that must result in a stable and universal identity; and the literary elements show how that system of representation is subverted by destabilizing authorities which work as center of meaning to the Western world.
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Pride and proliferation : Jane Austen meets zombies in a mash-upVeras, Adriane Ferreira January 2015 (has links)
O presente trabalho é uma tentativa de elucidar o que eu considero um fenômeno na literatura, os mash-ups. Em 2009 a lista dos livros mais vendidos da New York Times trouxe um novo romance intitulado Orgulho e Preconceito e Zombies. A editora Quirk Books apresentou como autor Seth Grahame-Smith e a romancista inglesa há muito falecida Jane Austen como co-autora. O livro combina o texto clássico de Austen de 1813 com elementos da moderna ficção de zumbis. O objetivo desta pesquisa é estudar a (desconcertante) possibilidade de alguém modificar uma obra-prima. A autora ainda está presente em seu texto, ou aquele que insere, remixa e acrescenta ao trabalho é o real autor? Esta e outras perguntas são investigadas. Com o aporte teórico de Sanders (2006), Shields (2010), Lessig (2004), faz-se a investigação sobre adaptações, colagens, apropriações e direitos autorais. O romance aqui analisado pertence à literatura não mais protegida por direitos autorais e, portanto, é considerado apto para modificações, permitindo, assim, a justaposição que está no centro do gênero literário sob escrutínio. O tremendo sucesso comercial deste mash-up serve para mostrar que não só Jane Austen, mas também os mortos-vivos são transformados em mercadorias, o que conduz às possíveis conclusões de que Austen vende, os zumbis vendem, e ambos dão aos leitores algo que estes anseiam, talvez maneiras mais suaves, romance, costumes e valores de outrora; no caso dos mortos-vivos, eles exploram temas que transgredem e ameaçam nosso senso de asseio e decoro, particularmente no tocante ao corpo, às nossas identidades, e a nossa mortalidade. Através de olhares como o de Žižek (2008), pode-se inferir que o sucesso do livro pode ser visto como um tributo ao poder do marketing viral, ao interesse duradouro e contínuo em Jane Austen, e ao atual zeitgeist zumbi. / The present research brings an attempt to elucidate what I consider a phenomenon in literature, the mash-ups. In 2009 the New York Times Bestseller List featured a new novel entitled Pride and Prejudice and Zombies. Publisher Quirk Books presented as author Seth Grahame-Smith and long dead and beloved English novelist Jane Austen as co-author. The book combines Austen‘s 1813 classic text with elements of modern zombie fiction. The aim of this research is to study the (disconcerting) possibility of someone tweaking with a masterpiece. Is the author still present in her text or the one who inserts, remixes and adds to the work is the actual author? This and other questions are investigated. With the theoretical approach of Sanders (2006), Shields (2010), Lessig (2004), and others, there is an investigation on adaptations, collage, appropriations and authorial rights. The novel analyzed here is literature no longer protected by copyright and therefore considered apt for tweaking, thus allowing for the juxtaposition which is at the core of the literary genre under scrutiny. This mash-up‘s tremendous commercial success goes to show that not only Jane Austen, but also the undead have become commodities, which leads the possible conclusions that Austen sells, and zombies sell, and they all give readers something they crave for, perhaps gentle manners, romance, mores and values long gone; and in the case of the living-dead, they explore themes that transgress and threaten our sense of cleanliness and propriety, particularly referencing the body, our identities, and our mortality. Through the point of view of Žižek (2008), and other thinkers, it is possible to infer that the book's success may be regarded as a tribute to the power of viral marketing, to the long lasting and continuous interest in Jane Austen, and to the current zombie zeitgeist.
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"Thus conscience does make cowards of us all" : the construction of soliloquies in ShakespeareOliven, Rafael Campos January 2015 (has links)
Esta dissertação analisa a construção dos solilóquios em três das principais tragédias de Shakespeare, a saber, Macbeth, Hamlet e Othello, e sua relação com a formação da consciência na construção da identidade do indivíduo, um conceito que ocorre a partir do início da Idade Moderna. A pesquisa se apoia na teoria psicanalítica freudiana e na análise da linguagem e do discurso elaborada por Foucault. Os solilóquios correspondem ao diálogo que as personagens travam consigo mesmas em momentos quando somente a plateia, ou o leitor, podem escutá-los ou lê-los. Diferentemente do monólogo – que passa pelo crivo da razão, por ser dirigido a um ou mais interlocutores em cena – o solilóquio é mais espirituoso, flui mais livremente e expressa a fala interior e os pensamentos e sentimentos mais profundos das personagens. No solilóquio inexistem o processo de censura ou a necessidade de corresponder às expectativas de outrem. Ele prende a atenção do público e pressupõe a sua conivência para com os argumentos apresentados. Minha hipótese é que no drama Shakespeariano os solilóquios têm a função de acomodar o indivíduo com a sua própria consciência, num tempo em que este não consegue mais se ver como membro de uma comunidade, que pensa e age publicamente, como ocorria na antiguidade, ou de acordo com os preceitos religiosos e morais rigorosos da Idade Média. Apresento este trabalho como um estudo sobre o momento histórico e estético em que o indivíduo moderno passa a se constituir conceitualmente. Os principais temas de fundo na dissertação são a questão da justiça e da ética frente à desgraça; e a questão do mal e de como lidar com ele. A discussão será feita a partir do questionamento das dicotomias e dos estereótipos que operam nessas três tragédias Shakespearianas. A linguagem e o conteúdo dos solilóquios serão analisados sob um enfoque filosófico e psicanalítico. / This thesis aims at analysing the appearance and construction of soliloquies in three major Shakespearean tragedies, Macbeth, Hamlet and Othello. The focus of the research lies on the relationship involving the plays and the concept of individual identity that originates at the dawn of the Modern Age. The research is grounded on Freudian psychoanalytical theory and on the analysis of language and discourse proposed by Michel Foucault. Soliloquies correspond to the inner dialogue that characters have with themselves when no one else is present and only the audience, or the reader, can hear or read them. Differently from the monologue, which is always addressed to one or more people present at the scene, soliloquies are usually witty, and express the inner speech and deepest thoughts and feelings of a character. This happens because with soliloquies there is no process of censorship, or the need to correspond to the expectation of other characters. My hypothesis is that soliloquies originate in and are related to the need of individuals to express themselves according to their own conscience, not only as members of a community who act and think publicly, as was the case in ancient times, or according to the religious precepts and strict moral codes of the Middle Ages. I hope that this work can contribute to illustrate the moment in which the concept of individuality starts to be put to use. Some of the themes discussed in the thesis address the questions of justice and ethics in face of disgrace, the origin of evil and how it is addressed. The themes are dealt with in the analysis of the dichotomies and stereotypes that operate in those Shakespearean tragedies. The language and content of the soliloquies will be analysed through a philosophical and psychoanalytical approach.
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Vida e morte em diálogo com a voz narrativa, o tempo e o espaço em Mrs. Dalloway, To The Lighthouse e Between the Acts de Virginia Woolf /Attie, Juliana Pimenta. January 2015 (has links)
Orientador: Maria das Graças Gomes Villa da Silva / Banca: Cleide Antônia Rapucci / Banca: Nelson Viana / Banca: Alcides Cardoso dos Santos / Banca: Maria Clara Bonetti Paro / Resumo: O objetivo desta tese é apresentar o diálogo entre vida e morte como estruturador dos romances Mrs. Dalloway, To the Lighthouse e Between the Acts de Virginia Woolf. Tal exposição será feita a partir do estudo da voz narrativa, tempo e espaço, destacando a participação da intertextualidade na configuração das instâncias, e terá como foco as guerras e seus desdobramentos, que estão presentes nas três referidas obras - e quiçá em praticamente toda a produção woolfiana. Respectivamente, os romances abrangem o pós-Primeira Guerra; um período de dez anos, no qual ocorre o conflito; e, por fim, o momento de eminência da Segunda Guerra Mundial. As análises serão empreendidas pelo viés psicanalítico, compreendendo, especialmente, as teorias freudianas sobre as pulsões, a memória, o luto e o trauma, além dos trabalhos de estudiosos que realizaram releituras do legado do psicanalista. Assim, nesta pesquisa, o foco é investigar como o conflito entre Eros e Thanatos, pulsão de vida e pulsão de morte, mostra-se nas narrativas de diversas maneiras, atuando constantemente e em conjunto nas existências das personagens, cujas feridas de guerra se revelam no texto por meio de lembranças e do não dito, isto é, daquilo que, por algum motivo, habita o inconsciente / Abstract: The aim of this Dissertation is to present the dialogue between life and death as a structuring resource of Virginia Woolf's novels Mrs. Dalloway, To the Lighthouse and Between the Acts. This exposition will be made through the study of the narrative voice, of time and of space, emphasising the role of intertextuality in the configuration of the narrative instances. The focus is on the war and its unfoldings, present in the three works - and perhaps in almost all Woolf's production. Respectively, the novels comprehend the aftermath of the First World War; the period of ten years within which the conflict happens; and, at last, the eminence of the Second World War. The analysis will be developed under the psychoanalitical bias, comprising, especially, the Freudian theories about the drives, memory, mourning and the trauma, besides the rereadings of the psychoanalist's legacy. Thus, in this research, the focus is to investigate how the conflict between Eros e Thanatos, life drive and death drive, unveils itself through the narrative in several ways. The drives act constantly and jointly in the life of the characters, whose war injuries appear on the text by means of remembrances and of what is not stated, that is, of elements which inhabit the unconscious / Doutor
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George Eliot, o nome na capa de The mill on the flossCosta, Monica Chagas da January 2016 (has links)
Este trabalho tem como objetivo analisar o conceito de autoria no contexto da obra de George Eliot. Para realizá-lo, definiram-se dois aspectos relevantes da atividade do autor. O primeiro deles é sua existência empírica, situada dentro de determinadas práticas, como apontado por Martha Woodmansee, Michel Foucault, Marisa Lajolo e Regina Zilberman. O segundo, seu funcionamento intratextual, como instância discursiva, destilado das teorias enunciativas de Emile Benveniste e das proposições teóricas de Wayne Booth, Umberto Eco e Wolfgang Iser. A partir dessas elaborações, foram desenvolvidas as análises, de um lado, da trajetória de Mary Ann Evans (George Eliot) e seu papel como escritora do final do século XIX, e, de outro, do romance The Mill on the Floss, obra de 1860, na qual se percebe o autor George Eliot em funcionamento. Pode-se notar, através da reconstrução da vida da autora, sua reflexão própria sobre o significado da prática da autoria como missão social. É também notável, através de seu romance, a atuação de uma figura autoral que organiza o texto e encaminha a interpretação de seu leitor para determinadas direções. / This work’s objective is to analyze the concept of authorship in the context of George Eliot’s production. In order to do so, two relevant aspects of the author’s activity were defined. The first one is its empirical existence, located within certain practices, as pointed by Martha Woodmansee, Michel Foucault, Marisa Lajolo and Regina Zilberman. The second one, its intratextual operation, as a discoursive instance, distilled from Emile Benveniste’s enunciative theories and from the theoretical propositions of Wayne Booth, Umberto Eco and Wolfgang Iser. These elaborations allowed the development of two analyses: on one hand, of Mary Ann Evans’ (George Eliot’s) trajectory and her role as a late nineteenth century writer, and, on the other, of the novel The Mill on the Floss (1860), in which George Eliot’s authorship is perceived at work. It is noticeable, through the reconstruction of the author’s life, her own reflection on the meaning of authorial practice as a social mission. It is also remarkable, through her novel, the performance o an author figure which organizes the text and directs its reader’s interpretations to determined directions.
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Body politics between sublimation and subversionBaumgärtel, Stephan Arnulf January 2005 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente. / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:42:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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The narrator's performance in wuthering heightsRocco, Debora de January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:48:14Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / The narrative structure and the performance of the narrators in Wuthering Heights are some or the aspects that deserve to be highlighted in the novel. Due to the fact of being considered as one of the most widely read books in the English Language, the single novel by Emily Brontë was adapted into several media vehicles. This thesis has the aim of establishing a comparison between
the narrators# role performed in the novel with two filmic versions. Based on some of the main theories regarding the narrative discourse analysis, the focus of this study is geared towards the different postures that #storytellers# assume to answer the conventions of each genre.
A estrutura narrativa e a performance dos narradores em O Morro Dos Ventos Uivantes são alguns dos aspectos que merecem ser realçados no romance. Por ser considerado um dos livros mais lidos em Língua Inglesa, o romance único de Emily Brontë foi adaptado para vários veículos da mídia. Esta dissertação tem por objetivo estabelecer uma comparação entre o papel
desempenhado pelos narradores no romance com duas versões para o cinema. Fundamentado em algumas das principais teorias no tocante à análise do discurso narrativo, o foco deste estudo está voltado às diferentes posturas que os #contadores de histórias# assumem para atender às convenções de cada gênero.
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Machiavellian mechanismCestaro, Fernando Antonio Bassetti January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente, Florianópolis, 2012 / Made available in DSpace on 2013-07-16T04:34:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O objetivo desta pesquisa é analisar a performance de Laurence Olivier como Ricardo, Duque de Gloucester, posteriormente Rei Ricardo III, no filme Richard III de 1955 sob a ótica do momento histórico contemporâneo da performance cinematográfica do ator britânico. E por momento histórico contemporâneo refiro-me à dicotômica disputa pelo poder entre os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) na Guerra Fria como uma imagem que se alinha com a apresentação fílmica dos momentos de definição da Guerra das Rosas. Neste sentido, eu objetivo esclarecer quais afirmações políticas-ambição, ações soturnas, derrota da tirania-Olivier pode fazer com sua performance do ambicioso vilão de Shakespeare. Portanto, em minha análise, eu foco no Maquiavelismo-a abordagem estereotípica e a interpretação distorcida das orientações de Nicolau Maquiavel apresentadas em seu livro O Príncipe-como uma noção política que tende a ver a política como um campo de batalha em que homens devem empregar quaisquer meios necessários para obter seus fins ambiciosos. Considerando que as performances teatral e fílmica de Olivier não se originam em um vácuo, eu discuto brevemente quatro performances icônicas-de Richard Burbage, David Garrick, Edmund Kean e Henry Irving-que podem ser vistas como influentes para as versões de Olivier do ambicioso vilão de Shakespeare. Também, quando eu discuto a performance fílmica de Olivier, eu alinho as noções do Cinema de Narrativa Clássica de David Bordwell e de Jane Stadler-como uma base para a adaptação cinematográfica do ator britânico-com as noções e visões de Anthony Davies sobre o filme de 1955. Por isso, ao alinhar o Maquiavelismo presente nas ações do Ricardo de Olivier com o momento histórico contemporâneo de sua performance cinematográfica, a presente análise demonstra que Olivier escolhe a mídia certa e o momento certo para trazer o infame personagem de Shakespeare à tela do cinema, ilustrando como a arte pode imitar a vida. Finalmente, eu defendo que a noção estereotípica de Maquiavel adotada por Shakespeare para construir seu personagem vil e seguida pelas performances de Burbage, Garrick, Kean e Irving auxilia na criação das versões teatral e cinematográfica de Olivier de Ricardo como um homem maquiavélico buscando poder político supremo.<br> / Abstract : The aim of this research is to analyze Laurence Olivier's performance of Richard, Duke of Gloucester, later King Richard III, in the film Richard III from 1955 in the light of the contemporaneous historical moment of the British actor's cinematographic performance. And by contemporaneous historical moment I mean the dichotomist power dispute between the United States of America (USA) and the Union of Soviet Socialist Republics (USSR) in the Cold War as an image that aligns with the filmic presentation of the defining moments of the Wars of the Roses. In this sense, I aim to clarify what political statements-ambition, sullen actions, defeat of tyranny-Olivier can be seen to make with his performance of Shakespeare's ambitious villain. Therefore, in my analysis, I focus on the Machiavellianism-the stereotyped approach and the distorted interpretation of Niccolò Machiavelli's orientations presented in his book The Prince-as a political notion that tends to see politics as a battlefield in which men should employ whatever means necessary to obtain their ambitious ends. Regarding Olivier's theatrical and filmic performances do not originate in a vacuum, I briefly discuss four iconic performances-Richard Burbage's, David Garrick's, Edmund Kean's, and Henry Irving's-that can be seen to have influenced Olivier's renditions of Shakespeare's ambitious villain. Also, when I discuss Olivier's filmic performance, I align David Bordwell's and Jane Stadler's notions of Classical Narration Cinema-as a basis for the British actor's cinematographic adaptation-with Anthony Davies' notions and views on the 1955 film. Hence, by aligning the Machiavellianism present in Olivier's Richard's actions to the contemporaneous historical moment of his cinematographic performance, the present analysis demonstrates that Olivier chooses the right medium and the right moment to bring Shakespeare's villainous character to the silver screen, illustrating how art can imitate life. Ultimately, I argue that Machiavelli's stereotyped notion adopted by Shakespeare to construct his villainous character and followed by Burbage's, Garrick's, Kean's, and Irving's performances assist in the creation of Olivier's theatrical and cinematographic renditions of Richard as a Machiavellian man searching for ultimate political power.
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Retraduções de variedades linguísticas da literatura de língua inglesaFagundes, Cassiano Teixeira de Freitas January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-12-13T03:10:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / Em 1994, John Milton investigou a tradução de novelas da língua inglesa consideradas clássicas no Brasil, pesquisa que foi incluída em sua obra O Clube do Livro e a Tradução (2002). O autor concluiu que no país, a representação literária de variedades linguísticas estrangeiras tende a não ser traduzida. Esta pesquisa examina retraduções publicadas entre 2002 e 2015 do corpus da investigação de Milton em busca de pistas que apontem para uma possível transformação em relação à tal prática. São novas traduções de The Adventures of Huckleberry Finn (1984) [1884], de Mark Twain, e de Wuthering Heights (1966) [1847], de Emily Brontë. Adicionalmente, identifico as estratégias e procedimentos adotados pelos tradutores nas obras que consideram a variedade linguística, segundo a classificação proposta por Rosa (2012), e busco as fontes linguísticas do português brasileiro para estas traduções. O presente estudo identificou nestas retraduções o procedimento de Manutenção, através do qual marcadores linguísticos dos textos-fonte sinalizando representação de discurso sub-padrão são recriados. Também encontrou indícios de que elementos do Vernáculo Geral Brasileiro e de variedades sub-padrão do português ganharam espaço no polissistema deste país em se tratando de literatura traduzida entre 2002 e 2015.<br> / Abstract : In 1994, John Milton examined the translation of English language novels that are considered classics in Brazil. In his analysis, which was included in his book O Clube do Livro e a Tradução (2002), the author concluded that, in Brazil, the literary representation of foreign linguistic varieties tends not to be translated. My research examines retranslations published between 2002 and 2015 of the corpus assessed by Milton in search of clues that could point to a possible shift relating to this practice. The works assessed in the study include new translations of Mark Twain?s The Adventures of Huckleberry Finn (1984) [1884] and Emily Brontë?s Wuthering Heights (1966) [1847]. Additionally, I identify the strategies and procedures adopted by the translators in the target texts that consider linguistic variety according to the classification proposed by Rosa (2012), and search for the linguistic sources within Brazilian Portuguese for these retranslations. In them, my study identifies the practice of Maintenance, through which linguistic markers in source texts signaling the representation of sub-standard speech are recreated in the translation. I also found evidence that elements of the Brazilian General Vernacular and varieties of sub-standard Brazilian Portuguese have gained ground in the Brazilian polysystem of translated literature between 2002 and 2015.
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Returning to zamunda to find paradiseNeves, Cláudia Ramos January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente. / Made available in DSpace on 2012-10-22T02:13:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
203457.pdf: 1761887 bytes, checksum: 490de326fa14cb7a5f3b3107984dd622 (MD5) / O objetivo desta dissertação é oferecer um estudo inter-disciplinar, sobrepondo Estudos de Cinema e Estudos Culturais dentre territórios afins como Crítica Feminista e Psicoanalítica, entre outras abordagens correlacionadas. O corpo para análise são as representações comunicadas pelo filme americano Um Príncipe em Nova Iorque ( Coming to America ), escrito e interpretado por Eddie Murphy. Levando-se em consideração a especificidade do cinema como gênero, tal como mise-en-scene (iluminação, cenário, e figurino) e a estruturação de tempo e espaço da narrativa, a análise tem como objetivo o aspecto parodico do filme com relação ao estilo clássico de Hollywood já que Um Príncipe em Nova Yorque sugere uma tentativa de subverter representações estereotipadas. A estruturação formal da trama, além das funções específicas de cada personagem também são consideradas. Trechos de várias cenas do filme são investigados em termos da intenção discursiva por detrás das imagens e diálogos, no que diz respeito a seus comprometimentos com prerrogativas eurocêntricas. Perspectivas teóricas de estilo fílmico, de acordo com David Bordwell, as implicações políticas do gênero parodico, por Linda Hutcheon, questões sobre estereótipo, por Ella Shohat, e conceitos sobre o negro e as identidades culturais dentro da representação cinematográfica, por Stuart Hall e Clyde Taylor, são usadas para se conduzir a investigação. Além disso, os resultados mostram que forma e conteúdo são traços importantes na construção do sentido (de acordo com Seymour Chatman, Robert Burgoyne e Mikhail Bakhtin) e que a procura por retratos #positivos# para os negros pode não ser suficiente para garantir uma orientação menos euro-centrada.
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