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Crescimento somático nos seis primeiros meses de vida de lactentes expostos ao tabagismo materno durante a gestação

Brito, Mariana Lopes de January 2014 (has links)
Objetivo: Verificar os efeitos do tabagismo materno durante a gestação sobre o crescimento de lactentes nos seis primeiros meses de vida. Métodos: Estudo observacional longitudinal, utilizando amostra de conveniência de recém-nascidos (RN), divididos em três grupos: filhos de mães tabagistas, àqueles com restrição de crescimento intrauterino idiopático (RCIU) e um grupo controle. A amostra foi selecionada em dois hospitais de Porto Alegre, capital estadual situada no extremo sul do Brasil, no período de 2011 a 2014. Os recém-nascidos foram avaliados ao nascimento, aos 7 e 15 dias, no primeiro, terceiro e sexto mês. As medidas antropométricas utilizadas foram peso, comprimento, perímetro cefálico e dobras cutâneas. Os indicadores de crescimento utilizados foram expressos em escore-z (OMS). As análises foram realizadas pelo método de Equações de Estimativas Generalizadas. Resultados: A amostra foi composta por 194 duplas mãe/recém-nascidos: 71 no grupo tabaco, 23 no grupo RCIU e 100 no grupo controle. Em relação ao peso ao nascer, o grupo tabaco apresentou menor média em comparação ao controle (p=0,002) e o grupo RCIU diferiu de ambos (p<0,001). Comprimento ao nascer do grupo tabaco e controle foram semelhantes, porém o grupo RCIU foi menor que ambos (p<0,001). Não houve diferença na trajetória de crescimento entre o grupo tabaco e controle, porém foram verificadas diferenças no crescimento do grupo RCIU em relação aos demais. Conclusão: A restrição de crescimento intrauterino mostrou ter maior impacto sobre a trajetória de crescimento dos lactentes estudados, independente de outros fatores, como o fumo e a alimentação. / Objective: To investigate the effects of maternal smoking during pregnancy on the growth of infants in the first six months of life. Methods: Longitudinal observational study using a convenience sample of newborns (NBs) divided into three groups: infants of smoking mothers (tobacco), with idiopathic intrauterine growth restriction (IUGR), and a control group. The sample was selected from two hospitals in Porto Alegre, located in southern Brazil, between 2011 and 2014. NBs were evaluated at birth, 7 and 15 days, and in the first, third, and sixth month. Anthropometric measures were weight, length, head circumference, and skinfold thickness. The growth indicators used were expressed as z-scores (WHO). The analyses were performed using the generalized estimating equation method. Results: The sample included 194 mother/newborn pairs: 71 tobacco group, 23 IUGR group, and 100 control group. In terms of weight at birth, tobacco was lower than that of the control (p=0.002) and the IUGR had a statistically significant difference when compared with both the other groups (p<0.001). The birth length tobacco and control groups were similar, but the IUGR group was lower than both (p <0.001). We found no differences in growth trajectory between tobacco and control group, but there were differences in the growth of the IUGR group when compared with the other groups. Conclusion: Intrauterine growth restriction had major impact on the growth trajectory of the infants studied, regardless of other factors, such as smoking and diet.
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CICATRIZAÇÃO DE FUMANTES E NUNCA FUMANTES APÓS UM ANO DE TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA / HEALING OF SMOKERS AND NEVER SMOKERS AFTER ONE YEAR OF NON-SURGICAL PERIODONTAL THERAPY

Mário, Ticiane de Góes 02 August 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Periodontal diseases are the result of complex interrelationships between bacterial biofilm and factors related to the host response. These relationships can be modified by several factors, among them the smoke. Many studies support the evidence that the smoke has a detrimental effect on the health of the periodontium. However, the effect of this habit in the results of periodontal treatment is still controversial and longitudinal studies of smokers and never smokers undergoing periodontal therapy are needed. Initially, 14 never smokers and 11 smokers completed the non-surgical periodontal treatment. After examination of three months, three participants were lost: one from the first group and two from the second. Thus, this study aimed to evaluate the response of 13 never smokers and nine smokers with chronic periodontitis, 12 months after this therapeutic approach. This study aimed to evaluate the response to non-surgical periodontal therapy in smokers and never smokers with chronic periodontitis, after a period of 12 months. Patients in both groups who received non-surgical periodontal treatment, were analyzed with respect to changes in bleeding on probing (BoP, BoP1 and BoP2), probing depth (PD), clinical attachment level (CAL), visible plaque index (VPI) and gingival bleeding index (GBI). To evaluate these parameters, trained and calibrated examiners performed periodontal clinical examinations prior to periodontal therapy and three, six and 12 months after treatment completion. The changes in scores for bleeding on probing were considered primary outcome and changes in other clinical parameters were secondary outcomes. The response to non-surgical periodontal therapy was similar between smokers and never smokers in changes related to VPI, mean and different strata of PD, BoP and BoP2. Similarities were also observed in BoP, BoP 1 and BoP 2 in different strata of PD, except for BoP 1 on PD 1-3mm in ever smokers had greater reductions. Differences between groups were also observed in the presence of GBI and BoP1. Changes in CAL were higher in the group of never smokers, the statistic difference being borderline. / As doenças periodontais são resultantes de inter-relações complexas entre biofilme bacteriano e fatores relacionados à resposta do hospedeiro. Essas relações podem ser modificadas por vários fatores, dentre eles, o fumo. Muitos estudos suportam a evidência de que o fumo prejudica a saúde do periodonto. Porém, o efeito desse hábito nos resultados do tratamento periodontal ainda é controverso e estudos de acompanhamento longitudinal de fumantes e nunca fumantes submetidos à terapia periodontal são necessários. Inicialmente, 14 nunca fumantes e 11 fumantes completaram o tratamento periodontal não cirúrgico. Após o exame de três meses, foram perdidos três participantes: um do primeiro grupo e dois do segundo. Assim, esse trabalho objetivou avaliar a resposta de 13 nunca fumantes e nove fumantes com periodontite crônica, 12 meses decorridos do término dessa abordagem terapêutica. Pacientes de ambos os grupos que receberam tratamento periodontal não cirúrgico, foram analisados com relação a alterações no sangramento à sondagem (SS, SS1 e SS2), na profundidade de sondagem (PS), no nível de inserção clínica (NIC) e nos índices de placa visível (IPV) e de sangramento gengival (ISG). Para a avaliação desses parâmetros, examinadores treinados e calibrados realizaram exames clínicos periodontais previamente à terapia periodontal e três, seis e 12 meses após o tratamento concluído. As mudanças nos escores de sangramento à sondagem foram consideradas desfecho primário e as alterações nos demais parâmetros clínicos avaliados, os desfechos secundários. A resposta à terapia periodontal não cirúrgica foi semelhante entre fumantes e nunca fumantes em relação às alterações de IPV, médias e diferentes estratos de PS, SS e SS2. Semelhanças também foram observadas em SS, SS1 e SS2 nos diferentes estratos de PS, com exceção de SS1 em PS de 1-3mm em que nunca fumantes tiveram maiores reduções. Diferenças entre os grupos também foram observadas no ISG e na presença de SS1. As alterações no NIC foram maiores no grupo de nunca fumantes, sendo a diferença estatística borderline.
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Doenças periodontais na gravidez : curso clínico e resposta ao tratamento

Moreira, Carlos Heitor Cunha January 2009 (has links)
A associação entre o período gestacional e o periodonto vem sendo relatada tendo diferentes plausibilidades biológicas. O periodonto é reconhecido como tecido alvo para a ação dos hormônios que têm seus níveis elevados ao longo da gestação. Uma alta prevalência de alterações periodontais tem sido relatada nesse período. Estudos recentes têm questionado a influência do período gestacional em produzir alterações significativas no periodonto. Atualmente, uma possível associação entre a presença de doenças periodontais na gestação e desfechos obstétricos tais como, o nascimento de bebês prematuros e/ou com baixo peso tem sido relatada na literatura. Para o planejamento de políticas de saúde que visem o bem estar das gestantes, bem como almejem a realização de procedimentos preventivos e terapêuticos é necessário o conhecimento de como esse período influência os diferentes órgãos, assim como diferentes condições sistêmicas e comportamentais podem interferir no curso fisiológico da gestação. Avaliar as alterações periodontais associadas a períodos com diferentes concentrações hormonais, tais como durante a gestação e no período pós-parto, assim como comparar a eficácia da terapia periodontal realizada durante a gestação com os resultados obtidos quando a mesma é executada após o parto foram os objetivos dessa tese. Gestantes com até 20 semanas de gestação realizando pré-natal no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, foram convidadas a participar do estudo e randomizadas em dois grupos (teste e controle). Exames clínicos avaliando a presença de placa (IPI), inflamação gengival (IG), presença de fatores retentivos de placa (FRP), profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção(NIC), sangramento à sondagem (SS) e volume de fluido crevicular gengival (FCG) foram realizados no início do estudo e repetidos entre a 26-28ª semanas de gestação, 30 dias após o parto e 30 dias após a realização do tratamento periodontal para as mulheres randomizadas para o grupo controle. Após o exame inicial, as mulheres do grupo controle receberam somente 1 consulta de tratamento odontológico (padrão no hospital), tendo sido o tratamento completo realizado 30 dias após o parto. As mulheres pertencentes ao grupo teste receberam tratamento clínico e periodontal durante a gestação e foram examinadas nos mesmos momentos até 30 dias após o parto. Para as mulheres pertencentes ao grupo controle, alterações nos níveis de placa não foram observadas durante a gestação e 30 dias após o parto. Durante esse período observacional alterações estatisticamente significantes foram observadas para o IG, PS, NIC e SS. Profundidade de sondagem e SS tiveram comportamentos semelhantes, suas estimativas aumentaram durante a gestação(PS de 2.51 para 2.57mm) e (SS de 50.36 para 54.19%) e foram reduzidas após o parto (PS 2.52mm e SS 50.40%). O tratamento periodontal realizado nos dois períodos experimentais foi eficaz em restabelecer a saúde do periodonto. O percentual médio de SS após o tratamento no grupo teste foi de 11.10±7.84e no grupo controle de 8.07±5.21. Houve reduções estatisticamente significantes no IPI, IG, PS, SS e FCG nos dois grupos experimentais. Alterações no NIC não foram observadas. Entre os grupos as alterações clínicas observadas não foram estatisticamente significantes, com exceção no percentual médio de redução de SS em sítios que tinham inicialmente PS>=4mm. Pode ser concluído que durante o período gestacional alterações nos parâmetros inflamatórios relacionados ao periodonto foram observados no grupo controle. O significado clínico deve ser avaliado criticamente. A eficácia da terapia periodontal pode ser obtida de maneira similar quando o tratamento foi realizado durante a gestação ou no período pós-parto. / The association between gestational period and the periodontium has been related with different biological plausibilities. The periodontium is recognized as a target tissue for the action of the hormones whose levels increase during pregnancy. A high prevalence of periodontal alterations has been reported in that period. Recent studies recent have been questioning the influence of the gestational period in producing significant alterations in the periodontium. Currently, a possible association among the presence of periodontal diseases during pregnancy and negative obstetric outcomes such as preterm labor and/or low birth weight infants has been reported. For the planning of health policies that seek the well being of pregnant women, as well for achieving preventive and therapeutic measures it is necessary to know how this period influences different organs, as well as how different systemic and behavioral conditions may interfere in the physiologic course of pregnancy. To evaluate periodontal alterations associated periods with different hormonal concentrations such as during pregnancy and postpartum, as well comparing the efficacy of periodontal therapy performed during pregnancy with the results obtained when the same therapy is performed after delivery were the objectives this thesis. Pregnant women with up to 20 gestational weeks accomplishing prenatal care in the Hospital Materno Infantil Presidente Vargas were invited to participate in the study and randomized in two groups (test and control). Clinical examinations comprised the presence of plaque (PU), gingival inflammation(GI), presence of plaque retentive factors (FRP), probing depth(PD), clinical attchment levei (CAL), bleeding on probing (BOP) and gingival crevicular fluid(CGF) volume and was Rerformed at baseline and repeated between 26-28th gestational weeks, 30 days after delivery and 30 days after the completion of periodontal treatment for women randomized for the control group. After baseline examination, women of the control group received only 1 session of dental treatment (hospital patter), with the comprehensive periodontal care performed 30 days after delivery. Women belonging to the test group received clinical and periodontal treatment during pregnancy and were examined in the same moments up 30 days after delivery. For the women belonging to the control group, alterations in the plaque levels were not observed during pregnancy and 30 days after delivery. During the observational period, statistically significant alterations were observed for GI, PO, CAL and BOP. Probing depth and SS behaved similary, with their estimates increasing during pregnancy (PD from 2.51 to 2.57mm) and (BOP from 50.36 to 54.19%) and reducing after delivery after delivery (PD 2.52mm and BOP 50.40%). Periodontal performed in both groups was efficacious in reestablishing periodontal health. The mean percentage of BOP after the treatment in the test group was of 11.10±7.84and in the control group was of 8.07±5.21. Statistically significant differences in PU,GI, PD, BOP and GCF were observed in both groups. Alterations in CAL were not observed. Among groups, the clinical alterations observed were not statistically significant, with the exception in the mean percent reduction of BOP in with PD>=4mm at baseline. It may be concluded that alterations in the inflammatory parameters related to periodontium were observed during pregnancy in the control group. The clinical significance of this finding should be critically appraised. The efficacy of periodontal therapy can be obtained similarly if the treatment is performed during pregnancy or after the delivery.
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Avaliação longitudinal da mudança na percepção de qualidade de vida relacionada à saúde bucal em idosos

Santos, Camila Mello dos January 2009 (has links)
O aumento da expectativa de vida da população mundial tem demandado ações que visem a avaliar e a melhorar a saúde e a qualidade de vida dos idosos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi descrever as mudanças de qualidade de vida relacionada à saúde bucal e avaliar os fatores determinantes destas mudanças em idosos do sul do Brasil. Metodologia: Uma amostra representativa de 872 pessoas, com 60 anos ou mais, residentes em Carlos Barbosa, RS, foi avaliada em 2004. O seguimento foi realizado em 2008 e foram avaliados 587 idosos. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Faculdade de Odontologia da UFRGS. As medidas utilizadas incluíram: questionário com informações sócio-demográficas e condição de saúde, qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHIP-14) e exame clínico para contagem do número de dentes naturais. A mudança de qualidade de vida relacionada à saúde bucal foi categorizada com acréscimo ou decréscimo do número de impactos, entre 2004 e 2008. A fim de analisar os fatores associados com as mudanças na percepção de qualidade de vida relacionada à saúde bucal em idosos independentes, utilizou-se e uma análise hierárquica realizada através de regressões de Poisson com estimação de variância robusta. Resultados: Os indivíduos apresentaram 34,7% decréscimo e 31,7% dos indivíduos apresentaram acréscimo na mudança da qualidade de vida relacionada à saúde bucal. As questões relacionadas com dor e desconforto apresentaram maior freqüência de acréscimo e decréscimo. Localização geográfica da residência, freqüência de escovação, número de dentes associaram-se com acréscimo e renda familiar mensal e sexo feminino associaram-se com decréscimo da mudança na percepção de qualidade de vida. Conclusão: Avaliações das mudanças na percepção de qualidade de vida relacionada à saúde bucal podem ser úteis à saúde pública, no planejamento e avaliação de políticas de saúde bucal, na avaliação de programas de saúde bucal e na identificação de fatores de risco relacionado à melhora ou à piora na qualidade de vida relacionada à saúde bucal. / The world life expectancy increase has demanded actions in order to assess and improve health and quality of life of elderly people. Objective: The aim of this study was to describe changes in oral health-related quality of life and to evaluate the causes of these changes in Southern Brazil elderly. Methods: A representative sample of 872 people aged 60 years or more, living in Carlos Barbosa, RS, was evaluated during 2004. The follow-up was carried out during 2008, with 587 elderly evaluated. This study was approved by the Committee of Ethics of the Federal University of Rio Grande do Sul Faculty of Dentistry. Measurements included a questionnaire assessing socio-demographic information health history , oral health-related quality of life (OHIP-14) and oral examinations assessing the number of natural teeth. Changes in oral health-related quality of life were categorized as increment or decrement related to the number of impacts in oral health-related quality of life reported by the participants in 2004 and 2008. In order to analyze the factors associated with changes in quality of life in independent living elderly, a hierarchal approach was carried out using the Poisson regressions with Robust variance. Results: More than thirty-four percent of the participants experienced decrement, while 31.7% experienced increment in oral health-related quality of life. Increments and decrements in oral health-related quality of life were more frequent in questions assessing issues related to pain and discomfort. Geographic localization of the residence, frequency of tooth brushing and the number of teeth were associated with increment in oral health-related quality of life, while family income and female were associated with in decrement in the perception of quality of life. Conclusion: The assessment of changes in the perception of oral health-related quality of life may be useful for public health policy planning and evaluation, oral health programs evaluation and for the identification of risk factors of increments and decrements in the perception of oral healthrelated quality of life.
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Fatores de risco precoces para problemas emocionais e de comportamento em crianças e pré-adolescentes

Lima, Flávia Moreira January 2010 (has links)
Introdução: transtornos mentais em crianças e adolescentes apresentam alta prevalência. Determinantes ambientais, genéticos, biológicos e comportamentais têm sido investigados na etiologia dos transtornos mentais. A identificação dos fatores de risco precoces em diferentes idades é de grande utilidade para planejar programas de saúde pública que visem prevenir e intervir nesses preditores. Objetivos: comparar a prevalência e o efeito dos fatores de risco precoces de problemas emocionais e de comportamento na mesma amostra aos 4 e 11 anos. Métodos: desenvolveu-se um estudo com delineamento prospectivo de coorte. Em 1993, todos os nascimentos hospitalares ocorridos na cidade de Pelotas foram monitorados (N = 5.249). Uma amostra dessas crianças recebeu visita no quarto (n=634) e décimo primeiro ano de vida (n=601). Nos dois acompanhamentos as mães dos participantes foram entrevistadas, sendo utilizado o Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência (CBCL), para coletar dados sobre a saúde mental dos filhos. Resultados: a prevalência de problemas emocionais e de comportamento aos 4 anos foi 24,2% (IC95% 20,8; 27,7), e aos 11 anos foi 16,2% (IC95% 13,3; 19,3). Após análise ajustada de regressão linear múltipla, os fatores de risco precoces que permaneceram associados aos problemas emocionais e de comportamento aos 4 e 11 anos foram: a) idade da mãe; b) escolaridade materna; c) tabagismo materno na gestação; d) transtorno mental materno na infância. Outras três variáveis (idade gestacional, número de irmãos menores e de hospitalizações na infância) tiveram associação com problemas emocionais e de comportamento somente aos 4 anos. Conclusões: as taxas de prevalência encontradas aos 4 e 11 anos mostraram-se similares aos achados de estudos brasileiros e internacionais. Dos 4 fatores de risco ambientais, que tiveram efeito de longo prazo nos problemas emocionais e de comportamento na infância e no início da adolescência, tabagismo materno na gravidez e transtorno mental materno na infância são passíveis de intervenção tendo o potencial de modificar a prevalência dos problemas emocionais e de comportamento nessas fases do desenvolvimento. Os resultados também mostraram que alguns fatores de risco não têm efeito duradouro, pois influenciaram os problemas emocionais e de comportamento apenas na idade pré-escolar. / Introduction: the prevalence of mental disorders in children and adolescents is high. Environmental, genetic, biological and behavioral determinants have been investigated in the etiology of mental disorders. The identification of early risk factors at different ages is extremely useful for planning public health programs aimed at preventing and intervening at these predictors. Objectives: to compare the prevalence and effect of early risk factors in emotional and behavioral problems at 4 and 11 years in the same sample. Methods: a prospective cohort study was developed. All hospital births that took place in Pelotas in 1993 (n = 5,249) were monitored. Representative samples of the birth cohort were followed up at age 4 (n=634) and 11 (n=601). In both assessments, mothers of participants were interviewed using the CBCL to measure child mental health. Results: at 4 years, the prevalence of emotional and behavioral problems was 24.2% (95% CI 20.8; 27.7), and at 11 years was 16.2% (95% CI 13.3; 19.3). Multiple linear regression analysis showed that four significant risk factors for behavioral and emotional problems were consistently detected in both ages: a) maternal age; b) maternal educational level: c) smoking during pregnancy: d) maternal mental disorder during childhood. Three other variables (gestational age, number of younger siblings and number of hospitalizations during childhood) were associated with emotional and behavioral problems only at 4 years. Conclusions: prevalence rates at age 4 and 11 were similar to previous findings described in Brazilian and international studies. Among four risk factors with a consistent effect along child and adolescent development, smoking during pregnancy and maternal mental disorder during childhood are feasible targets for intervention having the potential for modifying the prevalence of emotional and behavior problems during these developmental stages. The results show that some risk factors have no lasting effect, influencing emotional and behavioral problems only in preschool age.
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O efeito do consumo de álcool sobre progressão da perda de inserção periodontal : estudo de Porto Alegre

Wagner, Marcius Comparsi January 2008 (has links)
Background: Conflicting evidence of an association between alcohol consumption and periodontal disease has been suggested in the literature. The aim of the present study was to investigate the impact of alcohol consumption on periodontal attachment loss (PAL) over a period of 5-years. Methods: A multistage probability sampling strategy was used to draw a representative sample of the metropolitan area of Porto Alegre, Brazil. Five hundred sixty one individuals (238 males and 323 females) that were 19-65 years-old, had no medical history of diabetes and at least 6 teeth were included. Participants were clinically examined and interviewed in 2001 and 2006. Alcohol consumption was assessed by asking participants about the usual number of drinks consumed in a week. Standard formulas were used to calculate the amount of pure alcohol consumed per day in grams. Drinkers were categorized into occasional (<3g/day) and regular drinkers (≥3g/day). Individuals showing ≥4 teeth with proximal PAL ≥3 mm over the 5-years follow-up period were classified as having disease progression. Linear models were used to estimate the relative risk. Results: Male regular drinkers had higher risk of having PAL progression than never-drinkers. After adjusting for important co-factors regular drinkers had 1% increased risk per grams/day of pure alcohol consumption (RR: 1.01, 95%CI 1.00-1.02), which means between 5 to 7% increased risk per drink per day. Male occasional drinkers were not at higher risk of having disease progression. No association between alcohol consumption and periodontitis was observed for females. Conclusion: Alcohol consumption increased the risk of PAL progression in male regular drinkers. The impact of alcohol cessation initiatives on the periodontal health should be evaluated.
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Crescimento somático nos seis primeiros meses de vida de lactentes expostos ao tabagismo materno durante a gestação

Brito, Mariana Lopes de January 2014 (has links)
Objetivo: Verificar os efeitos do tabagismo materno durante a gestação sobre o crescimento de lactentes nos seis primeiros meses de vida. Métodos: Estudo observacional longitudinal, utilizando amostra de conveniência de recém-nascidos (RN), divididos em três grupos: filhos de mães tabagistas, àqueles com restrição de crescimento intrauterino idiopático (RCIU) e um grupo controle. A amostra foi selecionada em dois hospitais de Porto Alegre, capital estadual situada no extremo sul do Brasil, no período de 2011 a 2014. Os recém-nascidos foram avaliados ao nascimento, aos 7 e 15 dias, no primeiro, terceiro e sexto mês. As medidas antropométricas utilizadas foram peso, comprimento, perímetro cefálico e dobras cutâneas. Os indicadores de crescimento utilizados foram expressos em escore-z (OMS). As análises foram realizadas pelo método de Equações de Estimativas Generalizadas. Resultados: A amostra foi composta por 194 duplas mãe/recém-nascidos: 71 no grupo tabaco, 23 no grupo RCIU e 100 no grupo controle. Em relação ao peso ao nascer, o grupo tabaco apresentou menor média em comparação ao controle (p=0,002) e o grupo RCIU diferiu de ambos (p<0,001). Comprimento ao nascer do grupo tabaco e controle foram semelhantes, porém o grupo RCIU foi menor que ambos (p<0,001). Não houve diferença na trajetória de crescimento entre o grupo tabaco e controle, porém foram verificadas diferenças no crescimento do grupo RCIU em relação aos demais. Conclusão: A restrição de crescimento intrauterino mostrou ter maior impacto sobre a trajetória de crescimento dos lactentes estudados, independente de outros fatores, como o fumo e a alimentação. / Objective: To investigate the effects of maternal smoking during pregnancy on the growth of infants in the first six months of life. Methods: Longitudinal observational study using a convenience sample of newborns (NBs) divided into three groups: infants of smoking mothers (tobacco), with idiopathic intrauterine growth restriction (IUGR), and a control group. The sample was selected from two hospitals in Porto Alegre, located in southern Brazil, between 2011 and 2014. NBs were evaluated at birth, 7 and 15 days, and in the first, third, and sixth month. Anthropometric measures were weight, length, head circumference, and skinfold thickness. The growth indicators used were expressed as z-scores (WHO). The analyses were performed using the generalized estimating equation method. Results: The sample included 194 mother/newborn pairs: 71 tobacco group, 23 IUGR group, and 100 control group. In terms of weight at birth, tobacco was lower than that of the control (p=0.002) and the IUGR had a statistically significant difference when compared with both the other groups (p<0.001). The birth length tobacco and control groups were similar, but the IUGR group was lower than both (p <0.001). We found no differences in growth trajectory between tobacco and control group, but there were differences in the growth of the IUGR group when compared with the other groups. Conclusion: Intrauterine growth restriction had major impact on the growth trajectory of the infants studied, regardless of other factors, such as smoking and diet.
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Fatores de risco precoces para problemas emocionais e de comportamento em crianças e pré-adolescentes

Lima, Flávia Moreira January 2010 (has links)
Introdução: transtornos mentais em crianças e adolescentes apresentam alta prevalência. Determinantes ambientais, genéticos, biológicos e comportamentais têm sido investigados na etiologia dos transtornos mentais. A identificação dos fatores de risco precoces em diferentes idades é de grande utilidade para planejar programas de saúde pública que visem prevenir e intervir nesses preditores. Objetivos: comparar a prevalência e o efeito dos fatores de risco precoces de problemas emocionais e de comportamento na mesma amostra aos 4 e 11 anos. Métodos: desenvolveu-se um estudo com delineamento prospectivo de coorte. Em 1993, todos os nascimentos hospitalares ocorridos na cidade de Pelotas foram monitorados (N = 5.249). Uma amostra dessas crianças recebeu visita no quarto (n=634) e décimo primeiro ano de vida (n=601). Nos dois acompanhamentos as mães dos participantes foram entrevistadas, sendo utilizado o Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência (CBCL), para coletar dados sobre a saúde mental dos filhos. Resultados: a prevalência de problemas emocionais e de comportamento aos 4 anos foi 24,2% (IC95% 20,8; 27,7), e aos 11 anos foi 16,2% (IC95% 13,3; 19,3). Após análise ajustada de regressão linear múltipla, os fatores de risco precoces que permaneceram associados aos problemas emocionais e de comportamento aos 4 e 11 anos foram: a) idade da mãe; b) escolaridade materna; c) tabagismo materno na gestação; d) transtorno mental materno na infância. Outras três variáveis (idade gestacional, número de irmãos menores e de hospitalizações na infância) tiveram associação com problemas emocionais e de comportamento somente aos 4 anos. Conclusões: as taxas de prevalência encontradas aos 4 e 11 anos mostraram-se similares aos achados de estudos brasileiros e internacionais. Dos 4 fatores de risco ambientais, que tiveram efeito de longo prazo nos problemas emocionais e de comportamento na infância e no início da adolescência, tabagismo materno na gravidez e transtorno mental materno na infância são passíveis de intervenção tendo o potencial de modificar a prevalência dos problemas emocionais e de comportamento nessas fases do desenvolvimento. Os resultados também mostraram que alguns fatores de risco não têm efeito duradouro, pois influenciaram os problemas emocionais e de comportamento apenas na idade pré-escolar. / Introduction: the prevalence of mental disorders in children and adolescents is high. Environmental, genetic, biological and behavioral determinants have been investigated in the etiology of mental disorders. The identification of early risk factors at different ages is extremely useful for planning public health programs aimed at preventing and intervening at these predictors. Objectives: to compare the prevalence and effect of early risk factors in emotional and behavioral problems at 4 and 11 years in the same sample. Methods: a prospective cohort study was developed. All hospital births that took place in Pelotas in 1993 (n = 5,249) were monitored. Representative samples of the birth cohort were followed up at age 4 (n=634) and 11 (n=601). In both assessments, mothers of participants were interviewed using the CBCL to measure child mental health. Results: at 4 years, the prevalence of emotional and behavioral problems was 24.2% (95% CI 20.8; 27.7), and at 11 years was 16.2% (95% CI 13.3; 19.3). Multiple linear regression analysis showed that four significant risk factors for behavioral and emotional problems were consistently detected in both ages: a) maternal age; b) maternal educational level: c) smoking during pregnancy: d) maternal mental disorder during childhood. Three other variables (gestational age, number of younger siblings and number of hospitalizations during childhood) were associated with emotional and behavioral problems only at 4 years. Conclusions: prevalence rates at age 4 and 11 were similar to previous findings described in Brazilian and international studies. Among four risk factors with a consistent effect along child and adolescent development, smoking during pregnancy and maternal mental disorder during childhood are feasible targets for intervention having the potential for modifying the prevalence of emotional and behavior problems during these developmental stages. The results show that some risk factors have no lasting effect, influencing emotional and behavioral problems only in preschool age.
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Doenças periodontais na gravidez : curso clínico e resposta ao tratamento

Moreira, Carlos Heitor Cunha January 2009 (has links)
A associação entre o período gestacional e o periodonto vem sendo relatada tendo diferentes plausibilidades biológicas. O periodonto é reconhecido como tecido alvo para a ação dos hormônios que têm seus níveis elevados ao longo da gestação. Uma alta prevalência de alterações periodontais tem sido relatada nesse período. Estudos recentes têm questionado a influência do período gestacional em produzir alterações significativas no periodonto. Atualmente, uma possível associação entre a presença de doenças periodontais na gestação e desfechos obstétricos tais como, o nascimento de bebês prematuros e/ou com baixo peso tem sido relatada na literatura. Para o planejamento de políticas de saúde que visem o bem estar das gestantes, bem como almejem a realização de procedimentos preventivos e terapêuticos é necessário o conhecimento de como esse período influência os diferentes órgãos, assim como diferentes condições sistêmicas e comportamentais podem interferir no curso fisiológico da gestação. Avaliar as alterações periodontais associadas a períodos com diferentes concentrações hormonais, tais como durante a gestação e no período pós-parto, assim como comparar a eficácia da terapia periodontal realizada durante a gestação com os resultados obtidos quando a mesma é executada após o parto foram os objetivos dessa tese. Gestantes com até 20 semanas de gestação realizando pré-natal no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, foram convidadas a participar do estudo e randomizadas em dois grupos (teste e controle). Exames clínicos avaliando a presença de placa (IPI), inflamação gengival (IG), presença de fatores retentivos de placa (FRP), profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção(NIC), sangramento à sondagem (SS) e volume de fluido crevicular gengival (FCG) foram realizados no início do estudo e repetidos entre a 26-28ª semanas de gestação, 30 dias após o parto e 30 dias após a realização do tratamento periodontal para as mulheres randomizadas para o grupo controle. Após o exame inicial, as mulheres do grupo controle receberam somente 1 consulta de tratamento odontológico (padrão no hospital), tendo sido o tratamento completo realizado 30 dias após o parto. As mulheres pertencentes ao grupo teste receberam tratamento clínico e periodontal durante a gestação e foram examinadas nos mesmos momentos até 30 dias após o parto. Para as mulheres pertencentes ao grupo controle, alterações nos níveis de placa não foram observadas durante a gestação e 30 dias após o parto. Durante esse período observacional alterações estatisticamente significantes foram observadas para o IG, PS, NIC e SS. Profundidade de sondagem e SS tiveram comportamentos semelhantes, suas estimativas aumentaram durante a gestação(PS de 2.51 para 2.57mm) e (SS de 50.36 para 54.19%) e foram reduzidas após o parto (PS 2.52mm e SS 50.40%). O tratamento periodontal realizado nos dois períodos experimentais foi eficaz em restabelecer a saúde do periodonto. O percentual médio de SS após o tratamento no grupo teste foi de 11.10±7.84e no grupo controle de 8.07±5.21. Houve reduções estatisticamente significantes no IPI, IG, PS, SS e FCG nos dois grupos experimentais. Alterações no NIC não foram observadas. Entre os grupos as alterações clínicas observadas não foram estatisticamente significantes, com exceção no percentual médio de redução de SS em sítios que tinham inicialmente PS>=4mm. Pode ser concluído que durante o período gestacional alterações nos parâmetros inflamatórios relacionados ao periodonto foram observados no grupo controle. O significado clínico deve ser avaliado criticamente. A eficácia da terapia periodontal pode ser obtida de maneira similar quando o tratamento foi realizado durante a gestação ou no período pós-parto. / The association between gestational period and the periodontium has been related with different biological plausibilities. The periodontium is recognized as a target tissue for the action of the hormones whose levels increase during pregnancy. A high prevalence of periodontal alterations has been reported in that period. Recent studies recent have been questioning the influence of the gestational period in producing significant alterations in the periodontium. Currently, a possible association among the presence of periodontal diseases during pregnancy and negative obstetric outcomes such as preterm labor and/or low birth weight infants has been reported. For the planning of health policies that seek the well being of pregnant women, as well for achieving preventive and therapeutic measures it is necessary to know how this period influences different organs, as well as how different systemic and behavioral conditions may interfere in the physiologic course of pregnancy. To evaluate periodontal alterations associated periods with different hormonal concentrations such as during pregnancy and postpartum, as well comparing the efficacy of periodontal therapy performed during pregnancy with the results obtained when the same therapy is performed after delivery were the objectives this thesis. Pregnant women with up to 20 gestational weeks accomplishing prenatal care in the Hospital Materno Infantil Presidente Vargas were invited to participate in the study and randomized in two groups (test and control). Clinical examinations comprised the presence of plaque (PU), gingival inflammation(GI), presence of plaque retentive factors (FRP), probing depth(PD), clinical attchment levei (CAL), bleeding on probing (BOP) and gingival crevicular fluid(CGF) volume and was Rerformed at baseline and repeated between 26-28th gestational weeks, 30 days after delivery and 30 days after the completion of periodontal treatment for women randomized for the control group. After baseline examination, women of the control group received only 1 session of dental treatment (hospital patter), with the comprehensive periodontal care performed 30 days after delivery. Women belonging to the test group received clinical and periodontal treatment during pregnancy and were examined in the same moments up 30 days after delivery. For the women belonging to the control group, alterations in the plaque levels were not observed during pregnancy and 30 days after delivery. During the observational period, statistically significant alterations were observed for GI, PO, CAL and BOP. Probing depth and SS behaved similary, with their estimates increasing during pregnancy (PD from 2.51 to 2.57mm) and (BOP from 50.36 to 54.19%) and reducing after delivery after delivery (PD 2.52mm and BOP 50.40%). Periodontal performed in both groups was efficacious in reestablishing periodontal health. The mean percentage of BOP after the treatment in the test group was of 11.10±7.84and in the control group was of 8.07±5.21. Statistically significant differences in PU,GI, PD, BOP and GCF were observed in both groups. Alterations in CAL were not observed. Among groups, the clinical alterations observed were not statistically significant, with the exception in the mean percent reduction of BOP in with PD>=4mm at baseline. It may be concluded that alterations in the inflammatory parameters related to periodontium were observed during pregnancy in the control group. The clinical significance of this finding should be critically appraised. The efficacy of periodontal therapy can be obtained similarly if the treatment is performed during pregnancy or after the delivery.
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Avaliação longitudinal da mudança na percepção de qualidade de vida relacionada à saúde bucal em idosos

Santos, Camila Mello dos January 2009 (has links)
O aumento da expectativa de vida da população mundial tem demandado ações que visem a avaliar e a melhorar a saúde e a qualidade de vida dos idosos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi descrever as mudanças de qualidade de vida relacionada à saúde bucal e avaliar os fatores determinantes destas mudanças em idosos do sul do Brasil. Metodologia: Uma amostra representativa de 872 pessoas, com 60 anos ou mais, residentes em Carlos Barbosa, RS, foi avaliada em 2004. O seguimento foi realizado em 2008 e foram avaliados 587 idosos. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Faculdade de Odontologia da UFRGS. As medidas utilizadas incluíram: questionário com informações sócio-demográficas e condição de saúde, qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHIP-14) e exame clínico para contagem do número de dentes naturais. A mudança de qualidade de vida relacionada à saúde bucal foi categorizada com acréscimo ou decréscimo do número de impactos, entre 2004 e 2008. A fim de analisar os fatores associados com as mudanças na percepção de qualidade de vida relacionada à saúde bucal em idosos independentes, utilizou-se e uma análise hierárquica realizada através de regressões de Poisson com estimação de variância robusta. Resultados: Os indivíduos apresentaram 34,7% decréscimo e 31,7% dos indivíduos apresentaram acréscimo na mudança da qualidade de vida relacionada à saúde bucal. As questões relacionadas com dor e desconforto apresentaram maior freqüência de acréscimo e decréscimo. Localização geográfica da residência, freqüência de escovação, número de dentes associaram-se com acréscimo e renda familiar mensal e sexo feminino associaram-se com decréscimo da mudança na percepção de qualidade de vida. Conclusão: Avaliações das mudanças na percepção de qualidade de vida relacionada à saúde bucal podem ser úteis à saúde pública, no planejamento e avaliação de políticas de saúde bucal, na avaliação de programas de saúde bucal e na identificação de fatores de risco relacionado à melhora ou à piora na qualidade de vida relacionada à saúde bucal. / The world life expectancy increase has demanded actions in order to assess and improve health and quality of life of elderly people. Objective: The aim of this study was to describe changes in oral health-related quality of life and to evaluate the causes of these changes in Southern Brazil elderly. Methods: A representative sample of 872 people aged 60 years or more, living in Carlos Barbosa, RS, was evaluated during 2004. The follow-up was carried out during 2008, with 587 elderly evaluated. This study was approved by the Committee of Ethics of the Federal University of Rio Grande do Sul Faculty of Dentistry. Measurements included a questionnaire assessing socio-demographic information health history , oral health-related quality of life (OHIP-14) and oral examinations assessing the number of natural teeth. Changes in oral health-related quality of life were categorized as increment or decrement related to the number of impacts in oral health-related quality of life reported by the participants in 2004 and 2008. In order to analyze the factors associated with changes in quality of life in independent living elderly, a hierarchal approach was carried out using the Poisson regressions with Robust variance. Results: More than thirty-four percent of the participants experienced decrement, while 31.7% experienced increment in oral health-related quality of life. Increments and decrements in oral health-related quality of life were more frequent in questions assessing issues related to pain and discomfort. Geographic localization of the residence, frequency of tooth brushing and the number of teeth were associated with increment in oral health-related quality of life, while family income and female were associated with in decrement in the perception of quality of life. Conclusion: The assessment of changes in the perception of oral health-related quality of life may be useful for public health policy planning and evaluation, oral health programs evaluation and for the identification of risk factors of increments and decrements in the perception of oral healthrelated quality of life.

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