• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 148
  • Tagged with
  • 148
  • 148
  • 115
  • 58
  • 45
  • 39
  • 37
  • 36
  • 34
  • 32
  • 28
  • 26
  • 25
  • 22
  • 22
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
101

Malformação do bebê e maternidade : impacto de uma psicoterapia breve pais-bebê para as representações da mãe

Gomes, Aline Grill January 2007 (has links)
O presente estudo buscou investigar o impacto da psicoterapia breve pais-bebê nas representações maternas a respeito de si mesma, sobre o bebê, sobre a relação mãe-bebê, quando o bebê apresenta uma malformação. Participou deste estudo uma família cujo bebê de 11 meses apresentava malformação cardíaca grave, compatível com a vida. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, sendo que as representações maternas foram examinadas ao longo dos cinco encontros de avaliação inicial, durante as 17 sessões de psicoterapia e num encontro pós-psicoterapia. Todas as verbalizações e interações da mãe com o bebê e com os familiares foram registradas em áudio e vídeo e, posteriormente, analisadas a partir dos quatro temas da constelação da maternidade (Stern, 1997): vida e crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e reorganização da identidade, que precisaram ser ampliados para atender as particularidades do contexto de malformação. Os resultados apontaram para uma evolução das representações maternas ao longo da psicoterapia, que permitiu à mãe expressar seus sentimentos frente à malformação e reviver alguns de seus conflitos mais primitivos. A visão sobre o bebê passou de mais parcial e idealizada para mais integrada, revelando um potencial de evolução e vulnerabilidade, ao mesmo tempo. A relação mãe-bebê ficou mais próxima, na medida em que a mãe pôde tolerar mais a dependência do bebê e a sua necessidade de cuidados especiais, sem se sentir tão incompetente e culpada. Houve um evidente reforço na rede de apoio da mãe, que se aproximou de sua família de origem e passou a se sentir mais apoiada e compreendida pelo marido. Por fim, a mãe pareceu se apropriar mais do papel materno, porém ainda muito ligada a uma identidade de filha. Apesar de uma redução expressiva nos escores do BDI antes e depois da psicoterapia (31 para 11 pontos), a instabilidade psíquica da mãe e sua fragilidade permaneceram muito fortes, mesmo ao final da psicoterapia, o que sugeriu um prognóstico reservado e a necessidade de indicação de um tratamento mais sistemático, especialmente tendo em vista que a malformação da criança continuava afetando profundamente a vida da família. / The present study aimed to investigate the impact of a brief parent-infant psychotherapy on the maternal representations concerning herself, about the baby, e about the mother-baby relationship, in a situation where the infant had malformation. A family whose baby was 11 months and presented serious heart malformation, compatible with life, took part in the study. A case-study design was used, and maternal representations were examined during five sessions of initial evaluation, of a total of 17 psychotherapy sessions and in a postpsychotherapy session. All the verbalizations and mother's interactions with the baby and with the relatives were registered in audio and video and were later analyzed based on the four themes of the motherhood constellation (Stern, 1997): life and growth, primary relationship, support matrix and reorganization of identity. They all needed to be adapted so as to take into account the particularities of the malformation context. he results showed an evolution of the maternal representations during the psychotherapy, which allowed the mother to express her feelings regarding malformation and to re-experience some of her more primitive conflicts. She changed from a more partial and idealized to a more integrated view of the baby, revealing potential evolution and vulnerability, at the same time. The mother-baby relationship got closer, as the mother could tolerate more the baby's dependence and his need for special care, without feeling so incompetent and guilty. The mother's social support was clearly reinforced, which led her to get closer to her family of origin and to feel more supported and understood by the husband. Finally, the mother seemed to gradually assume the maternal role, even though it was still very tied to her identity as daughter. In spite of an expressive reduction in the scores of BDI after the psychotherapy (31 to 11 points), the mother's psychic instability and her fragility remained very strong, even at the end of the psychotherapy, suggesting a reserved prognostic and the need for indication of a more systematic treatment, especially in view of the child's malformation which continued to deeply affect the family’s life.
102

Representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê / Representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy

Schwengber, Daniela Delias de Sousa January 2007 (has links)
O presente estudo investigou eventuais modificações nas representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê. Participaram do estudo duas famílias com mães com indicadores de depressão, de acordo com o Inventário Beck de Depressão e uma entrevista diagnóstica. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos coletivo, sendo que as representações maternas foram examinadas em três momentos: antes, durante e após a psicoterapia. As entrevistas e as sessões de psicoterapia foram analisadas a partir dos quatro eixos interpretativos que constituem a constelação da maternidade proposta por Stern (1997): vida-crescimento; relacionar-se primário; matriz de apoio; e reorganização da identidade. Os resultados revelaram que em ambos os casos as mudanças nas representações das mães acerca do relacionamento com suas próprias mães desempenharam um papel central na reelaboração de esquemas a respeito de si mesma, do bebê e do relacionamento conjugal. Verificou-se também que as representações de cada mãe estiveram atreladas às suas histórias de vida, sugerindo uma estreita associação entre seus conflitos pregressos e a interação atual com o marido e com o bebê. Apesar das particularidades verificadas em cada caso, não foram encontrados indicadores de depressão em nenhuma das mães ao final da psicoterapia. Discutem-se os alcances e limitações da psicoterapia breve paisbebê como intervenção no contexto da depressão materna, apontando-se para a efetividade da utilização dos temas da constelação da maternidade como eixos interpretativos na avaliação de processo psicoterápico envolvendo pais e bebê. / The present study investigated eventual changes in the representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy. This study sample was composed by two families whose mothers had presented depression indicators according to Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. A collective case study design was used. The maternal representations were examined in three moments: before, during and after the psychotherapy. The interviews and the psychotherapy sessions were analyzed according the four interpretative axes of the motherhood constellation proposed by Stern (1997): life-growth; the primary relatedness; supporting matrix; and identity reorganization. The results revealed that in both cases the changes in the mothers representations concerning the relationship with their own mothers played a central part in the reorganization of squem regarding herself, the baby and the marital relationship. It was verified that each mothers representations were harnessed to their life histories, suggesting a narrow association between their past conflicts and the current interaction with the husband and with the baby. In spite of the particularities verified in each case, they were not found depression indicators in none of the mothers at the end of the psychotherapy. The limitations of the brief parent-baby psychotherapy reached in the context of maternal depression are discussed, being pointed for the effectiveness of the use of the themes of the motherhood constellation as interpretative axes in the evaluation of psychotherapic process involving parents and baby.
103

O bebê imaginário e o bebê real no contexto da prematuridade

Fleck, Adriana January 2011 (has links)
O nascimento pré-termo é potencialmente traumático na vida da mãe e do bebê e o confronto entre o bebê imaginário da gestação e o bebê real tende a ser intensificado. O estudo buscou investigar o bebê imaginário e o bebê real prematuro, no pós-parto, na pré-alta e no 3º mês após a alta hospitalar do bebê. Buscou-se compreender o confronto entre o bebê imaginário e o bebê real e o processo de adaptação da mãe a este último. Participaram quatro mães de bebês pré-termos, primíparas, de 19 a 31 anos, com bebês nascidos entre 28-29 semanas, com peso entre 1000-1500g e internados na UTINeo. Com o delineamento de estudo de caso coletivo, buscou-se compreender cada caso, as semelhanças e particularidades entre eles. Entrevistas investigaram a experiência da gestação e da maternidade e foram examinadas por análise de conteúdo qualitativa. Os resultados confirmaram a expectativa de um maior confronto entre o bebê real e o bebê imaginário e a dificuldade de elaboração da perda do bebê imaginário e adaptação da mãe ao bebê real, no período pós-parto. Na pré-alta e no 3º mês após a alta, notou-se que as mães conseguiram se aproximar mais tanto física como emocionalmente do bebê real, elaborando a perda do bebê imaginário. No entanto, a maternidade mostrou-se envolta em constantes preocupações com o filho e exigências maternas em relação ao próprio desempenho. Assim, o nascimento pré-termo gerou um impacto emocional intenso nas mães e constituiu-se em um desafio para a adaptação destas às necessidades do filho e para a maternidade. / The preterm birth is a potentially traumatic event in the life of the mother and baby and in this context, the confrontation between the imaginary baby of pregnancy and the real baby can be enhanced. The aim of this study was to investigate the feelings of the mother about the imaginary baby and the real baby (in postpartum, pre-discharge and at 3 months after hospital discharge) in the context of preterm birth. Four mothers of preterm infants participated, primipara, aged 19 to 31 years. The babies were born between 28-29 weeks, weighing 1000-1500g and were hospitalized in the NICU. A study of collective case was carried out, trying to understand each case, the similarities and particularities among them. Interviews were conducted to investigate the experience of pregnancy and motherhood were examined by qualitative content analysis. Results confirmed the expectation of a major confrontation between the real and imaginary baby and the difficulty of the mother in elaborating the loss of the imaginary baby and the adjustment to the real baby, especially in the postpartum period. In the pre-discharge and at 3 months after discharge, it was noted that mothers were able to get closer, both physically and emotionally to the real baby, elaborating gradually the loss of the imaginary baby. However, motherhood proved to be surrounded by constant worries about the baby, with the mothers charging themselves in relation to their maternal performance. The results indicate that preterm birth has generated an intense emotional impact on mothers and constituted a challenge to adapt to the needs of the real premature baby and to motherhood.
104

Interação mãe-bebê implicações da ansiedade e depressão materna crônica /

Dib, Eloisa Pelizzon January 2016 (has links)
Orientador: Gimol Benzaquen Perosa / Resumo: Há evidencias na literatura mostrando que depressão e ansiedade crônica materna têm reflexos nas relações da díade mãe-criança e acabam afetando a interação. Neste estudo, pretendeu-se identificar as características da interação de crianças de um ano e suas mães, portadoras de sintomas de ansiedade ou depressão crônica, comparando-as com as características interativas de díades em que a mãe não apresentou problemas de saúde mental. A amostra foi composta por 40 díades mães/bebês selecionadas de um estudo de coorte prospectivo anterior, em que elas foram avaliadas quanto à ansiedade, pela escala IDATE traço/estado e depressão pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI), em três momentos: na gestação, aos 6 e 14 meses de vida do bebê. Formaram-se três grupos: 10 mães com sintomas de ansiedade crônica, 8 mães com sintomas de depressão crônica e 22 mães no grupo controle, sem problemas de saúde mental, nas três avaliações. As mães responderam a um questionário socioeconômico e em seguida foi gravado um episódio interativo da díade, de 7 minutos, avaliando-se cada minuto, a partir das categorias sugeridas do Protocolo de Avaliação de Interação Diádica (NUDIF). Dois observadores independentes categorizaram as observações e foi calculado o índice de fidedignidade. Após análise descritiva dos dados, se realizou associação estatística entre os sintomas maternos crônicos e interação mãe/filho. Houve alta correlação entre as categorias de comportamentos maternos e as categorias de compor... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: There are evidences in the literature indicating that chronic maternal anxiety and depression have influence over a mother-child relationship and then it affects the interaction. This study aims to identify characteristics in the interaction between one-year children and their mothers, who have symptoms of chronic depression or anxiety, and to compare them with characteristics in the interaction of pairs with mothers who did not have mental health problems. A sample was composed of 40 mother/child pairs selected from a previous prospective cohort study where they were evaluated for anxiety, with state-trait anxiety inventory (STAI), and for depression, with Beck's depression inventory (BDI), at three instants: on pregnancy, at a baby's 6-month and 14-month of life. Those mothers who scored in all the three evaluations were considered chronic patients. Three groups were formed: 10 mothers with chronic anxiety symptoms, 8 mothers with chronic depression symptoms, and 22 mothers with no mental health problem. First, all mothers filled out a social economic survey. Following the survey, a 7-minute interactive episode of one pair was recorded and categorized minute by minute through categories suggested at the Dyadic Interaction Assessment Form (NUDIF) by two independent investigators. After a descriptive data analysis, an inferential statistical analysis was performed. Correlation was high between maternal behaviors and child behaviors, and the episode was deemed interactive. It ... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
105

Metas de socialização maternas e estilos de interação mãe-bebê no primeiro e segundo ano de vida da criança

Martins, Gabriela Dal Forno January 2014 (has links)
O presente estudo investigou a relação entre as metas de socialização maternas e os estilos de interação mãe-bebê, no primeiro e segundo ano de vida da criança, bem como eventuais mudanças longitudinais neste período. Além disto, investigou-se a relação entre características maternas (ex. idade e escolaridade) e do bebê (ex. sexo e desenvolvimento infantil) e as metas de socialização e os estilos de interação mãe-bebê, durante o mesmo período. Participaram 25 mães (M=33,2 anos; DP=5,73) e seus filhos, que no início do estudo estavam no primeiro ano de vida (M=6,7 meses; DP=1,74). As mães responderam a uma entrevista sobre suas metas de socialização e as díades foram observadas durante interação livre visando examinar seus estilos de interação. O desenvolvimento dos bebês foi avaliado através das Escalas Bayley III. No segundo ano de vida dos bebês, esses procedimentos de coleta de dados foram repetidos. Os resultados apoiaram parcialmente a hipótese inicial de que, independente da idade do bebê, metas de socialização que enfatizam a autonomia estariam relacionadas a um estilo de interação focalizado na autonomia do bebê; e metas de socialização que enfatizam a “relação” estariam relacionadas a um estilo de interação focalizado no direcionamento materno. Somente no primeiro ano do bebê, correlações significativas entre metas de socialização e estilos de interação mãe-bebê foram na direção esperada. Por outro lado, os resultados corroboraram a hipótese de que características maternas e do bebê estariam mais relacionadas aos estilos de interação mãe-bebê do que às metas de socialização, tendo em vista que estas últimas representam valores culturais mais amplos, enquanto os estilos de interação são mais dependentes de fatores contextuais e individuais envolvendo a própria díade mãe-bebê. O sexo do bebê foi a única variável que se relacionou às metas de socialização, mas só no primeiro ano. Por sua vez, diversas características da mãe e do bebê relacionaram-se aos estilos de interação, tanto no primeiro quanto no segundo ano do bebê. Juntos, os resultados do presente estudo ressaltam as limitações de pressupostos lineares e unidirecionais sobre a relação entre metas e estilos de interação, que ainda são destacados na literatura, mas precisam ser superados. Como foi evidenciado, diversos fatores possivelmente permeiam esta relação, com destaque para características da díade mãe-bebê ao longo do processo de desenvolvimento. / The present study investigated the relationship between maternal socialization goals and mother-infant interaction styles in the first and second year of the child's life, as well as possible longitudinal changes in this period. Furthermore, I studied the relations among maternal (eg. age and education) and infant (eg. gender and child development) characteristics and socialization goals and mother-infant interaction styles during the same period. Twenty five mothers (M=33,2 anos; SD=5,73) and their children participated in the study; the latter, at the beginning of study, were in their first year of life (M=6,7 meses; DP=1,74). Mothers were interviewed about their socialization goals and the dyads were observed during free interaction with the aim of examining their interaction styles. The infants’ development was assessed by Bayley Scales III. In the second year of the infants’ life, these data collecting procedures were repeated. The results partially supported the initial hypothesis that, regardless of the infant’s age, socialization goals that emphasize autonomy would be related to an interaction style focused on his or her autonomy, and socialization goals that emphasize relatedness would be are related to an interaction style focused on maternal directives. In the infant’s first year (although not the second) significant correlations between socialization goals and mother-infant interaction styles were in the expected direction. Moreover, the results supported the hypothesis that maternal and infant characteristics would be more related to mother-infant interaction styles than to the socialization goals, considering that the latter represent broader cultural values, whereas interaction styles are more dependent on contextual and individual factors involving the mother-infant dyad. The infant's gender was the only variable that was related to the socialization goals, but only in the first year. By contrast, several characteristics of the mother and infant were related to interaction styles, either in the first or second year of the infant. Together, the results of the present study highlight the limitations of linear and unidirectional assumptions about the relationship between goals and interaction styles, which are still emphasized in the literature, but need to be overcome. As evidenced, several factors probably underlie this relationship, especially characteristics of the mother-infant dyad throughout the development process.
106

Contribuições da psicoterapia breve pais-bebê para a conjugalidade e para a parentalidade em contexto de depressão pós-parto / Contributions of a brief parent-infant psychotherapy to conjugality and parenthood in the context of postpartum depression

Frizzo, Giana Bitencourt January 2008 (has links)
O presente estudo investigou a conjugalidade e a parentalidade durante uma psicoterapia breve pais-bebê, em famílias em que a mãe apresentava depressão pós-parto. Participaram do estudo duas famílias com mães deprimidas, com base no Inventário Beck de Depressão e em uma entrevista diagnóstica. Os pais não apresentavam depressão. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos, a fim de se analisar o processo de mudança ao longo de três momentos da psicoterapia: entrevistas iniciais, sessões de psicoterapia e avaliação final. Ao todo foram realizados 14 encontros com a primeira família atendida e 18 com a segunda. Todos os encontros foram filmados e transcritos para fins de análise, que foi baseada em duas categorias: conjugalidade e parentalidade. Os resultados revelaram que a conjugalidade e a parentalidade estavam sendo experienciadas com dificuldades pelas famílias atendidas. No entanto, isso não se traduziu necessariamente em interações disfuncionais entre a mãe e o bebê. Apesar das particularidades de cada família atendida, os resultados da psicoterapia foram bastante positivos, com relatos de mudanças tanto na conjugalidade como na parentalidade, já a partir da quarta sessão de psicoterapia. Nos dois casos também se observou que eventos significativos na história de vida das mães estavam intimamente relacionadas com as dificuldades após o nascimento do bebê, reforçando a importância de se considerar fatores relacionais durante o tratamento de mães deprimidas. As avaliações que se seguiram após a psicoterapia não revelaram depressão nas mães. A participação do pai na psicoterapia se mostrou muito relevante para a melhora de suas esposas, refletindo num aumento da satisfação conjugal. Além disso, ao se intervir durante um momento de crise na família, como a depressão após o nascimento de um filho, é possível evitar que padrões interativos disfuncionais sejam cristalizados. Discute-se o papel dos aspectos relacionais envolvidos na depressão, bem como a adequação da psicoterapia pais-bebê como um dos tratamentos possíveis para a depressão pós-parto. / The present study investigated conjugality and parenthood during a brief parent-infant psychotherapy, in families in which the mother had postpartum depression. Two families with depressed mothers participated in the study. Postpartum depression was assessed according to the Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. The fathers didn’t have depression. A case-study design was used, in order to analyze the process of change in three moments of the psychotherapy: the initial interviews, the psychotherapy sessions and the final evaluation. The total number of meetings was 14 with the first family and 18 with the second. All meetings were filmed and transcribed in order to be analyzed, based on two categories: conjugality and parenthood. The results showed that conjugality and parenthood were being experienced with difficulties by the two families. However, did not result necessarily in dysfunctional interactions between the mother and the baby. Despite the particularities of each family, the results of the psychotherapy were very positive, with report of changes in both conjugality and parenthood from the forth session onwards. In both cases it was also observed that significant events in the mothers’ life history were intimately related to difficulties after child birth, reinforcing the importance of relational factors during the treatment of depressed mothers. The evaluations that were made after the psychotherapy did not show depression in the mothers. The fathers´ participation in psychotherapy seemed to be very relevant to theirs wives´ improvement, reflecting an increased marital satisfaction. Moreover, when intervening in a moment of crisis in the family, such as depression after childbirth, it is possible to avoid that dysfunctional interactional patterns be crystallized. The role of relational aspects involved in depression is discussed, as well as the adequacy of parent-infant psychotherapy as one of the possible treatments for postpartum depression.
107

Expectativas e sentimentos acerca do bebê em gestantes primíparas e secundíparas

Coldebella, Nadia January 2006 (has links)
Durante a gravidez, a gestante experiencia sentimentos intensos acerca de si e do bebê. Também constrói expectativas relacionadas à criança. Estes sentimentos e expectativas contribuem para a relação que ela estabelece com seu bebê. Contudo, diferente de gestantes primíparas, este processo pode apresentar algumas particularidades para secundíparas, tendo em vista sua experiência anterior com o filho primogênito. Neste sentido, este estudo investigou as eventuais diferenças nas expectativas e sentimentos de gestantes primíparas e secundíparas acerca de seu bebê. Foi realizado um estudo de caso coletivo, envolvendo sete primíparas e sete secundíparas que estavam no terceiro trimestre de gravidez. As gestantes responderam a uma entrevista estruturada que investigava seus sentimentos e expectativas acerca do bebê. Uma análise de conteúdo qualitativa evidenciou mais semelhanças do que diferenças entre os grupos. Dentre as diferenças, pode-se destacar que, enquanto primíparas tenderam a basear suas expectativas e sentimentos na idéia de um bebê ideal, no caso de secundíparas, estas foram mediadas pela existência do primogênito. Assim, expectativas e sentimentos de secundíparas contribuíram para que delineassem e configurassem a identidade do bebê, diferenciando-o do primogênito; para que reformulassem seu papel de mãe e iniciassem a integração do segundo filho no sistema familiar. Estes dados sugerem a possibilidade de intervenção precoce na presença de problemas decorrentes da gestação de um segundo filho. / During the pregnancy, the pregnant live deeply intense feelings concerning herself and the baby. Also she constructs expectations related to the child. These feelings and expectations contribute for the relation that she establishes with her baby. However, different of primiparous pregnants, this process can present some particularities for secundiparous, in view of their previous experience with the firstborn son. In this direction, this study investigated the eventual differences in the primiparous and secundiparous pregnant’s expectations and feelings concerning their babies. A study of collective case was carried through, involving seven primiparous and seven secundiparous that they were in the third trimester of pregnancy. The pregnant had answered to a structuralized interview that investigated their feelings and expectations concerning the baby. A qualitative content analysis evidenced more similarities than differences between the groups. Amongst the differences, it can be distinguished that, while primiparous had tended to base their expectations and feelings in the idea of an ideal baby, in the secundiparous case, these expectations and feelings had been mediated by the firstborn existence. Thus the secundiparaous expectations and feelings had contributed so that they delineated and configured the identity of the baby, differentiating him of the firstborn; so that they reformulated their mother role and they initiated the integration of the second child in the familiar system. These data suggest the possibility of early intervention in front of the current problems of a second child gestation.
108

Malformação do bebê e maternidade : impacto de uma psicoterapia breve pais-bebê para as representações da mãe

Gomes, Aline Grill January 2007 (has links)
O presente estudo buscou investigar o impacto da psicoterapia breve pais-bebê nas representações maternas a respeito de si mesma, sobre o bebê, sobre a relação mãe-bebê, quando o bebê apresenta uma malformação. Participou deste estudo uma família cujo bebê de 11 meses apresentava malformação cardíaca grave, compatível com a vida. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, sendo que as representações maternas foram examinadas ao longo dos cinco encontros de avaliação inicial, durante as 17 sessões de psicoterapia e num encontro pós-psicoterapia. Todas as verbalizações e interações da mãe com o bebê e com os familiares foram registradas em áudio e vídeo e, posteriormente, analisadas a partir dos quatro temas da constelação da maternidade (Stern, 1997): vida e crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e reorganização da identidade, que precisaram ser ampliados para atender as particularidades do contexto de malformação. Os resultados apontaram para uma evolução das representações maternas ao longo da psicoterapia, que permitiu à mãe expressar seus sentimentos frente à malformação e reviver alguns de seus conflitos mais primitivos. A visão sobre o bebê passou de mais parcial e idealizada para mais integrada, revelando um potencial de evolução e vulnerabilidade, ao mesmo tempo. A relação mãe-bebê ficou mais próxima, na medida em que a mãe pôde tolerar mais a dependência do bebê e a sua necessidade de cuidados especiais, sem se sentir tão incompetente e culpada. Houve um evidente reforço na rede de apoio da mãe, que se aproximou de sua família de origem e passou a se sentir mais apoiada e compreendida pelo marido. Por fim, a mãe pareceu se apropriar mais do papel materno, porém ainda muito ligada a uma identidade de filha. Apesar de uma redução expressiva nos escores do BDI antes e depois da psicoterapia (31 para 11 pontos), a instabilidade psíquica da mãe e sua fragilidade permaneceram muito fortes, mesmo ao final da psicoterapia, o que sugeriu um prognóstico reservado e a necessidade de indicação de um tratamento mais sistemático, especialmente tendo em vista que a malformação da criança continuava afetando profundamente a vida da família. / The present study aimed to investigate the impact of a brief parent-infant psychotherapy on the maternal representations concerning herself, about the baby, e about the mother-baby relationship, in a situation where the infant had malformation. A family whose baby was 11 months and presented serious heart malformation, compatible with life, took part in the study. A case-study design was used, and maternal representations were examined during five sessions of initial evaluation, of a total of 17 psychotherapy sessions and in a postpsychotherapy session. All the verbalizations and mother's interactions with the baby and with the relatives were registered in audio and video and were later analyzed based on the four themes of the motherhood constellation (Stern, 1997): life and growth, primary relationship, support matrix and reorganization of identity. They all needed to be adapted so as to take into account the particularities of the malformation context. he results showed an evolution of the maternal representations during the psychotherapy, which allowed the mother to express her feelings regarding malformation and to re-experience some of her more primitive conflicts. She changed from a more partial and idealized to a more integrated view of the baby, revealing potential evolution and vulnerability, at the same time. The mother-baby relationship got closer, as the mother could tolerate more the baby's dependence and his need for special care, without feeling so incompetent and guilty. The mother's social support was clearly reinforced, which led her to get closer to her family of origin and to feel more supported and understood by the husband. Finally, the mother seemed to gradually assume the maternal role, even though it was still very tied to her identity as daughter. In spite of an expressive reduction in the scores of BDI after the psychotherapy (31 to 11 points), the mother's psychic instability and her fragility remained very strong, even at the end of the psychotherapy, suggesting a reserved prognostic and the need for indication of a more systematic treatment, especially in view of the child's malformation which continued to deeply affect the family’s life.
109

Representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê / Representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy

Schwengber, Daniela Delias de Sousa January 2007 (has links)
O presente estudo investigou eventuais modificações nas representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê. Participaram do estudo duas famílias com mães com indicadores de depressão, de acordo com o Inventário Beck de Depressão e uma entrevista diagnóstica. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos coletivo, sendo que as representações maternas foram examinadas em três momentos: antes, durante e após a psicoterapia. As entrevistas e as sessões de psicoterapia foram analisadas a partir dos quatro eixos interpretativos que constituem a constelação da maternidade proposta por Stern (1997): vida-crescimento; relacionar-se primário; matriz de apoio; e reorganização da identidade. Os resultados revelaram que em ambos os casos as mudanças nas representações das mães acerca do relacionamento com suas próprias mães desempenharam um papel central na reelaboração de esquemas a respeito de si mesma, do bebê e do relacionamento conjugal. Verificou-se também que as representações de cada mãe estiveram atreladas às suas histórias de vida, sugerindo uma estreita associação entre seus conflitos pregressos e a interação atual com o marido e com o bebê. Apesar das particularidades verificadas em cada caso, não foram encontrados indicadores de depressão em nenhuma das mães ao final da psicoterapia. Discutem-se os alcances e limitações da psicoterapia breve paisbebê como intervenção no contexto da depressão materna, apontando-se para a efetividade da utilização dos temas da constelação da maternidade como eixos interpretativos na avaliação de processo psicoterápico envolvendo pais e bebê. / The present study investigated eventual changes in the representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy. This study sample was composed by two families whose mothers had presented depression indicators according to Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. A collective case study design was used. The maternal representations were examined in three moments: before, during and after the psychotherapy. The interviews and the psychotherapy sessions were analyzed according the four interpretative axes of the motherhood constellation proposed by Stern (1997): life-growth; the primary relatedness; supporting matrix; and identity reorganization. The results revealed that in both cases the changes in the mothers representations concerning the relationship with their own mothers played a central part in the reorganization of squem regarding herself, the baby and the marital relationship. It was verified that each mothers representations were harnessed to their life histories, suggesting a narrow association between their past conflicts and the current interaction with the husband and with the baby. In spite of the particularities verified in each case, they were not found depression indicators in none of the mothers at the end of the psychotherapy. The limitations of the brief parent-baby psychotherapy reached in the context of maternal depression are discussed, being pointed for the effectiveness of the use of the themes of the motherhood constellation as interpretative axes in the evaluation of psychotherapic process involving parents and baby.
110

Interação mãe-criança autista em situações de brincadeira livre e computador / Mother-child autistic interaction in situations of free play and using a computer

Coutinho, Ana Flavia de Oliveira Borba 23 August 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:16:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1871545 bytes, checksum: 2b36e778be713aae4e221031134a4fe8 (MD5) Previous issue date: 2012-08-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Abstract. Autism is classified as a Pervasive Developmental Disorder (PDD) characterized by a triad of impairment involving losses in the development of social interaction, communication and imagination. Its etiology is diverse, with varying degrees of impairment, such factors make that the promotion of social interaction of autistic children represents a major challenge. With technological advances, the computer has become as an auxiliary tool in the interactive process, justifying the development of studies that focus on social interaction of autistic children in digital environments. This study aimed to analyze the mother-child autistic interaction in situations of free play and a situation involving the use of a computer. The specific objectives aimed to apprehend maternal conceptions about autism; to identify and compare the communication styles of mother-child autistic in situations of free play and using a computer; and also analyze the strategies used by mothers to stimulate the child's interest in the activities. This is a descriptive study, characterized by a qualitative and quantitative approach with the participation of four mother-child dyads, aged 4-6 years, and used the following instruments: Sociodemographic Questionnaire; Semi-structured interview; Filming in free play and using a computer; and Childhood Autism Rating Scale (CARS). The participants belong to the Autism Parents and Friends Association (ASAS) in Joao Pessoa and the data were collected at their homes. Four film sessions were conducted with each dyad (two in free play and two using a computer), each one with a total duration of 20 minutes, considering the central 10 minutes. The systematic observations of the sessions in conjunction with the semi-structured interviews enabled the development of software for each child that was used in the third and fourth session. For the processing and analyses of the contents brought out from the interviews was used the model of Content Analysis proposed by Bardin. The recordings were transcribed under the rules of Codes for Human Analysis of Transcripts (CHAT) which consists of a transcription system of Child Language Data Exchange System (CHILDES). It was used categories and subcategories related to maternal communicative styles and communicative behaviours of the child. Among them it was identified continuity, discontinuity and frequency of interactive episodes, considering their co-occurrence and duration. In the analysis of interactions observations among dyads, there were a variety of continuous and discontinuous episodes permeated by maternal strategies to promote child development. The challenge was characterized by the role of the mediator who has to work constantly to stimulate the child to focus to achieve the goal of the program and to be able to perceive the mediator as an intentional agent performing the achievement of triad interaction proposed in this study: mother-child-computer. / Resumo. O autismo é classificado como um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) caracterizado por uma tríade de prejuízos que envolve o comprometimento do desenvolvimento da interação social, da comunicação e da imaginação. Possui etiologia diversa, com graus de comprometimentos variáveis, fatores estes que fazem com que a promoção da interação social de crianças autistas represente um grande desafio. Com o avanço tecnológico, o computador surge como ferramenta auxiliar no processo de interação, justificando o desenvolvimento de estudos que focam a interação social de criança autistas em ambientes digitais. Este trabalho teve como objetivo geral: analisar a interação mãe-criança autista em situações de brincadeira livre e no computador; e objetivos específicos: apreender as concepções maternas sobre o autismo; identificar e comparar os estilos de comunicação da díade mãe-criança autista nas situações de brincadeira livre e computador; e verificar as estratégias utilizadas pelas mães para estimular o interesse da criança nas atividades. Trata-se de um estudo descritivo, caracterizado por uma abordagem qualitativa e quantitativa. Participaram 4 díades mãecriança, com idade entre 4 a 6 anos, e foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Entrevista Semiestruturada; Filmagem em brincadeira livre e no computador; e a CARS Childhood Autism Rating Scale. Os dados foram coletados nas residências dos participantes pertencentes à Associação dos Pais e Amigos dos Autistas ASAS em João Pessoa. Foram realizadas 4 sessões fílmicas com cada díade (duas de brincadeira livre e duas no computador), cada uma com duração total de 20 minutos, considerando os 10 minutos centrais. As observações sistemáticas das sessões conjuntamente com as entrevistas semi-estruturadas possibilitaram a elaboração de um software para cada criança que era utilizado na terceira e quarta sessão. Para processamento e análise dos conteúdos advindos das entrevistas utilizou-se o modelo de análise temática proposto por Bardin. As filmagens foram transcritas segundo as normas do CHAT Codes for Human Analysis of Transcripts que consiste em um sistema de transcrição do CHILDES Child Language Data Exchange System. Foram elaboradas categorias e subcategorias referentes aos estilos comunicativos maternos e aos comportamentos comunicativos das crianças, sendo identificada a continuidade, descontinuidade e a frequência dos episódios interativos, considerando sua coocorrência e duração. Na análise das observações das interações entre as díades, observou-se uma variedade de episódios contínuos e descontínuos que foram permeados pelas estratégias maternas para promover o desenvolvimento da criança. Percebeu-se que o desafio consiste em fazer com que o mediador esteja em constante trabalho de estimulação da criança para que esta foque sua atenção não apenas no objetivo do programa a ser atingido, mas que seja capaz de perceber o mediador como agente intencional e realize a concretização da tríade de interação que foi proposta no presente estudo: mãe-criança-computador.

Page generated in 0.0328 seconds