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O legado imperialista do direito internacional : um estudo crítico sobre o imperialismo e a constituição da ordem legal internacional contemporânealatino-americanosLeichtweis, Matheus Gobbato January 2018 (has links)
Trata-se de um estudo crítico e interdisciplinar acerca da relação histórica entre os processos de formação, universalização, modernização e institucionalização do direito internacional e o fenômeno do imperialismo, compreendido no contexto das diferentes fases de desenvolvimento do sistema capitalista mundial moderno. A partir da articulação de um arcabouço teórico-metodológico crítico, o estudo busca compreender a evolução e o desenvolvimento histórico do direito internacional (suas normas, práticas, princípios e instituições) no contexto das diferentes fases de expansão geográfica do capitalismo, ou seja, das atividades comerciais, financeiras e militares das potências imperialistas sobre os territórios periféricos da economia mundial. O objetivo primário é investigar a natureza desta relação histórica, buscando identificar de que modo o direito internacional contribuiu, no passado, para dar forma e legitimidade às práticas (diretas e indiretas, formais e informais, coloniais e neocoloniais) do imperialismo. Uma vez constatado o passado imperialista da disciplina, o objetivo secundário passa a ser analisar, de forma crítica, o “novo” direito internacional estabelecido no século XX, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, com o intuito de compreender em que medida esta nova estrutura legal internacional continuou a legitimar e a permitir as práticas do imperialismo, a despeito de sua nova retórica universalista, baseada nos direitos humanos, no desenvolvimento, e na cooperação internacional. Em outras palavras, busca-se compreender em que medida as principais transformações do direito internacional do século XX representaram uma ruptura com o passado imperialista da disciplina. Assim, a partir da articulação das principais teorias críticas da história do direito internacional, concluiu-se que a relação entre direito internacional imperialismo é estrutural, mútua e constante; que transcende a forma colonial, e que continua presente nas formas contemporâneas do capitalismo global e nas práticas contemporâneas do direito internacional (principalmente do direito internacional econômico). / This is a critical interdisciplinary research on the historical relationship between international law and imperialism. More specifically, it is a study on the historical relationship between the correlated processes of formation, universalization, modernisation and institutionalisation of international law and the different phases of development of the world capitalist system. The dissertation seeks to comprehend the historical development and evolution of modern international law (its norms, practices, principles and institutions, from 16th century naturalism to 20th century pragmatism) in the light of the different phases of the economic and geographical expansion of capitalism over the peripheral territories of the world economy. The primary goal is to investigate the nature of such relationship, with an aim to identify in which ways international law has contributed to the shaping and legitimation of (either formal or informal, colonial or neo-colonial) imperialist practices. The secondary goal is to analyse, from a critical standpoint, the “new” international law established in the 20th century with a view to understand to what extent this new international legal structure has continued to shape and legitimise imperialist practices, in spite of the new universalist rhetoric based on human rights, development and cooperation. In other words, the study seeks to comprehend to what extent the main 20th century transformations in international law represented or not a break from the discipline’s imperialist past. That is, to what extent they have changed the nature of the historical linkage between international law and imperialism. With the articulation of the most recent and important critical international legal scholarship the dissertation concluded that the relationship between international law and imperialism is structural, mutual and constant; that it transcends the colonial form; and that it remains present in the contemporaneous forms of global capitalism as well as in the contemporaneous practices of international law (specially international economic law).
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Once again about the Notion of Political Responsibility in Humanism and Terror / Una vez más sobre la noción de responsabilidad histórica en Humanismo y terrorCormick, Claudio 09 April 2018 (has links)
In the present work we try to return to the problem of Merleau-Ponty’s historic and political evaluation of action in the light of his accounts in Humanism and Terror and their updating in the last years by commentators such as Alexandre Hubeny, Leonardo Eiff and Jérôme Melançon. We will present some arguments against two very close related theses by Merleau-Ponty: that of the objective” evaluation of action, which holds that the subjects behavior can be described as constituing a betrayal” or a crime” independently of any attribution of intentions to the agents and the thesis of the objective” responsibility of the agent, that is, the tenet that affirms that the historic and political subjects can be responsible” or guilty” for an outcome of their actions, that they cannot have foreseen or can be the exact opposite for what they intended. / En el presente trabajo, intentaremos volver sobre el problema de la evaluación histórico-política de la acción según Merleau-Ponty, a la luz de sus formulaciones en Humanismo y terror y de su reactualización, en los últimos años, por comentaristas como Alexandre Hubeny, Leonardo Eiff y Jérôme Melançon.Procuraremos aquí presentar algunos argumentos contra dos tesis merleaupontianas íntimamente relacionadas: la tesis de la evaluabilidad objetiva” de las acciones, según la cual podría describirse el comportamiento de sujetos como constituyendo una traición” o un crimen” independientemente de cualquier atribución de intenciones a los agentes en cuestión y, más adelante, la tesis de la responsabilidad objetiva” del propio agente, esto es, la afirmación según la cual los sujetos histórico-políticos pueden ser responsables” o culpables” por resultados de sus acciones que no hayan podido prever, o incluso sean exactamente opuestos a los que se proponían.
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About the capitalist revolution of the juridical. Lacanian left and critical theory of law / Acerca de la revolución capitalista de lo jurídico. Izquierda lacaniana y teoría crítica del derechoFoa Torres, Jorge 10 April 2018 (has links)
This article proposes an approach to contemporary transformations of the legal, from the articulation between critical theory of law and the Lacanian left. On the one hand, it is stated that in contemporary times, under the dominance of the capitalist discourse, the legal has undergone a metamorphosis that can be characterized as the passage from bourgeois legal form to the right to jouissance. On the other hand, this paper claims that the law of populism can become, as residue of that discourse that it fails to reabsorb, a device capable of producing cuts on the capitalist circuit. In this context, the capitalist revolution refers to the radical change in policies and institutions and legal forms that lacks an emancipatory orientation and, on the contrary, promotes the consolidation and deepening of its repetition and reproduction. In this sense, identification with the subversive can become a mean by which the law of populism is capable of promoting the production of memories of terrorism that reinstate the social antagonism as a way of extracting a truth from the capitalist discourse for the return-invention of the political in its hegemonic form. / Este artículo propone un abordaje de las transformaciones contemporáneas de lo jurídico desde la articulación entre teoría crítica del derecho e izquierda lacaniana. Por un lado, se afirma que, en la época contemporánea bajo el predominio del discurso capitalista, lo jurídico ha sufrido una metamorfosis que podemos caracterizar como el paso de la forma jurídica burguesa al derecho al goce. Por otro lado, se sostiene que, en tal contexto, el derecho del populismo puede constituirse, en tanto residuo que aquel discurso falla en reabsorber, en un dispositivo susceptible de producir cortes al circuito capitalista. En este marco, la revolución capitalista refiere al cambio radical en instituciones y formas políticas y jurídicas que carece de una orientación emancipatoria y que, por el contrario, promueve la consolidación y profundización de su repetición y reproducción. En tal sentido, la identificación con lo subversivo puede constituirse en una vía por la cual el derecho del populismo sea capaz de promover la producción de memorias del terrorismo que reinstauren al antagonismo social como modo de sustraer una verdad al discurso capitalista para el retorno-invención de la política en su forma hegemónica.
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O trabalho como categoria em economia política / Labour as a category on Political EconomyHelgis Torres Cristófaro 13 February 2017 (has links)
Esta dissertação é o resultado de uma pesquisa sobre a categoria trabalho que principiou pelas obras escritas em conjunto por Antonio Negri e Michael Hardt, em especial a trilogia Império, Multidão e Commonwealth e se estendeu posteriormente para suas obras individuais e os autores que dialogam com Negri apoiando e criticando suas ideias e inovações. A motivação fundamental foi encontrar caminhos de mudança das relações assimétricas de poder e recompensa que reifica o trabalhador e sua vida cada vez mais levando sofrimento à maior parte dos seres humanos ao viverem uma vida menor considerando o potencial de aprender, produzir e ser sempre fonte e destino de mais vida. A pesquisa levou também à crítica construtiva dirigida sobretudo à ausência, na obra de Negri, do saber psicanalítico como instrumental para compreender a gênese do sujeito considerando quão fundamentais são as questões sobre trabalho e produção de subjetividade levantadas por Negri. / This dissertation is the result of a research over the category of labour initially focused on the work developed together by Antonio Negri and Michael Hardt, especially the trilogy Empire, Multitude and Commonwealth and was later extended to their individual work and to those authors that has stablished a dialogue with Negri as supporters and critics of his ideas an innovations. The primary motivation was to find ways to change asymmetrical relations of power and welfare which reifies the worker and his life more and more implying suffering for most of mankind as they live a minor life considering the potential of each one to learn, create and become a source and a destination of more life. The research has led to a constructive critique oriented overall to the absence of psychoanalytical knowledge as an instrument to understand the genesis of the subject, especially considering how essential the questions about labour and production of subjectivity raised by Negri are.
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A teoria da derivação do Estado e do direito / State and law derivation theoryCamilo Onoda Luiz Caldas 27 May 2013 (has links)
Esta tese tem como objetivo analisar a teoria da derivação do Estado. No início de 1970, na Alemanha Ocidental, um grupo de pensadores marxistas iniciou um debate a respeito da forma e da função do Estado para reprodução das relações sociais existentes no modo de produção capitalista. Na Alemanha, o denominado Staatsableitungsdebatte se desenvolveu durante uma década envolvendo pensadores como Rudolf Wolfgang Müller, Christel Neusüß, Elmar Altvater, Bernhard Blanke, Ulrich Jürgens, Joachim Hirsch, Freerk Huisken, Margaret Wirth, Claudia von Braunmühl, Heide Gerstenberger, Sybille von Flatow e Hans Kastendiek. A partir da segunda metade da década de 70, o state derivation debate se estendeu ao Reino Unido abrangendo pensadores como John Holloway, Sol Picciotto, Bob Jessop, Werner Bonefeld e Simon Clarke. Os participantes do debate da derivação procuravam criticar o pensamento conservador, socialdemocrata e keynesiano, bem como se opunham às ideias de Stálin, Nicos Poulantzas, Ralph Miliband, Jürgen Habermas, Claus Offe e à Teoria do Capitalismo Monopolista de Estado (Stamocap). Atualmente, os estudos daquele período têm merecido a atenção de pesquisas recentes na Europa elaboradas, por exemplo, por Ingo Elbe e John Kannakulan. A teoria da derivação do Estado refutava a concepção que reduzia o Estado a mero instrumento da classe dominante e procurou, ao mesmo tempo, elucidar, a partir do estudo das categorias econômicas existentes nas obras de Marx e Engels, a função estrutural do Estado para o modo de produção capitalista. Parte dos pensadores envolvidos no debate da derivação considerava fundamental o estudo da forma jurídica para se explicar o papel estruturante desempenhado pelo Estado no capitalismo. Esse aspecto conduziu os pensadores da derivação a dialogar com as ideias do jurista soviético Evgeni Pachukanis, cuja teoria se opunha ao pensamento stalinista e foi resgatada, com impacto significativo, na Europa na década de 60, e mais recentemente no Brasil por intermédio dos estudos de Márcio Bilharinho Naves e Alysson Leandro Mascaro. Por essas razões, esta tese destaca as ideias a respeito da derivação do Estado e do Direito também. / This thesis aims to analyze the state derivation theory. In early 1970, in West Germany, a group of Marxist thinkers started a debate about the form and function of the state to reproduce the existing social relations in the capitalist mode of production. In Germany, the so-called Staatsableitungsdebatte developed during a decade involving thinkers like Rudolf Wolfgang Müller, Christel Neusüß, Elmar Altvater, Bernhard Blanke, Ulrich Jürgens, Joachim Hirsch, Freerk Huisken, Margaret Wirth, Claudia von Braunmühl, Heide Gerstenberger, Sybille von Flatow and Hans Kastendiek. From the second half of the \'70s, the state derivation debate has spread to the UK including thinkers like John Holloway, Sol Picciotto, Bob Jessop, Werner Bonefeld and Simon Clarke. Participants in the discussion of the state derivation sought to criticize conservative thought, the Keynesianism and social democratic doctrine and refuted the ideas of Stalin, Nicos Poulantzas, Ralph Miliband, Jürgen Habermas, Claus Offe and the Theory of State Monopoly Capitalism (Stamocap). Currently, studies of this period have been the focus of recent research in Europe prepared, eg, by Ingo Elbe and John Kannakulan. The state derivation theory refuted the concept that reduced the state to a mere instrument of the ruling class and searched at the same time, elucidate, from the study of economic categories existing in the works of Marx and Engels, the structural function of the State to capitalist mode of production. Part of the thinkers involved in the discussion of the derivation considered fundamental the study of the legal form to explain the structural role played by the state in capitalism. This aspect lead the thinkers of derivation to dialogue with the ideas of Soviet jurist Evgeny Pachukanis, whose theory opposed the Stalinist thought and was rescued with significant impact in Europe in the 60s, and more recently in Brazil through the studies of Márcio Bilharinho Naves and Alysson Leandro Mascaro. For these reasons, this thesis emphasizes the ideas about the derivation of the state and law as well.
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A questão ética na advocacia: uma abordagem crítica / The lawyersethics: a critical approachAntoin Abou Khalil 29 April 2014 (has links)
O presente trabalho tem por finalidade construir uma reflexão crítica a respeito da ética na advocacia. Não da ética dos advogados enquanto indivíduos, mas enquanto investidos da função social que lhes cabe em seu afazer profissional. A partir da premissa metodológica do materialismo histórico, procura-se demonstrar a correspondência necessária entre capitalismo (forma-mercantil) e direito (forma-jurídica), bem como, nesse eixo, da fundamental contribuição dos advogados à práxis capitalista, da qual o direito é imprescindível amarra estrutural. Os reflexos dessa dinâmica na ética advocatícia são examinados, de modo específico, no cenário de aplicação de três preceitos profissionais básicos: os da independência, da probidade e da publicidade moderada , a partir dos quais fica claro seu constrangimento pelas formas sociais capitalistas. No curso do trabalho, o tema da ideologia é abordado para ilustrar o profundo grau em que ela contribui para a reprodução das relações sociais e para a constituição dos indivíduos enquanto sujeitos - e, sob o capitalismo, enquanto sujeitos moldados pelo capital e em prol dos interesses do capital. Debate-se o papel ideológico não só do direito, e de seus agentes, como também da teoria filosófica que se constrói em torno de todo esse afazer. Contudo, se por um lado a filosofia pode servir para reforçar ideologicamente a práxis da exploração, também lhe é reservado o papel de apontar o caminho por meio do qual seja possível romper com ela. Por essa razão, à luz do conceito de utopia concreta, dado por Ernst Bloch, apontamos para a possibilidade histórica de efetivação de uma nova matriz sociológica, de caráter socialista, na qual o direito e seus agentes deixarão de exercer o protagonismo de uma justiça que é meramente formal, para dar lugar à justiça em sentido concreto, materializada no plano social. / The current paper aims at building a critical reflexion on lawyers ethics. Not in the sense of ethics in lawyers as individuals, but as they are invested in the social role they have when they are in the exercise of their professions. Starting with the methodological premise of historical materialism, we have tried to demonstrate the necessary correspondence between capitalism (commodity form) and law (legal form), as well as the fundamental contribution of lawyers to the capitalist praxis, of which law is the essential structural tie. The reflexes of this dynamic in lawyers ethics are examined in a specific way, in the scenery of the application of three professional basic premises: independence, probity and moderate advertising based on which its embarrassment before social capitalist forms is clear. In the course of the paper, the ideological theme is approached to illustrate the profound degree in which it contributes to the reproduction of social relations and to the constitution of individuals as subjects and, under capitalism, as subjects moulded by capital and for the interests of capital. The ideological role is debated not only as the law and its agents, but also the philosophical theory that is built around this entire task. Nevertheless, if on the one hand philosophy can be used to ideologically reinforce the exploitation praxis, it also has the role of pointing the way in which it may be feasible to break with it. For this reason, under the light of concrete utopia, as given by Ernst Bloch, we point at the historical possibility of effectiveness of a new sociological matrix, of socialist characteristic, in which law and its agents will cease to exert the leading role of justice that is merely formal to make way to justice in its concrete sense, materialized in the social plan.
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Algo escapa: o figural na filosofia de Jean-François Lyotard / Something evades: the figural in the philosophy of Jean-François LyotardRafael Silva Gargano 30 March 2015 (has links)
Esta pesquisa sustenta a hipótese de que o conceito do figural, amplamente desenvolvido pelo filósofo Jean-François Lyotard em sua tese de doutorado Discours, Figure de 1971, possui raízes mais arcaicas do que as colocadas em marcha pela discussão estética. Sem suplantar a importância do conceito para a estética, nossa hipótese buscará nos primeiros trabalhos publicados e em arquivos inéditos do autor a ideia de que as questões fundamentais que o conceito busca resolver já estavam colocadas desde 1954, e essas questões eram de cunho político. Assim, buscamos retraçar o caminho que vai da crise do marxismo e da problemática da relação entre teoria e prática ao problema da relação da arte com a política. Mostraremos também que a ponte que uni esses dois momentos é construída através da teoria psicanalítica freudiana. Podemos afirmar que este trabalho constitui-se como uma gênese do conceito do figural. / This research supports the hypothesis that the concept of figural, largely developed by the philosopher Jean-François Lyotard in his 1971s doctoral thesis Discours, Figure has roots more archaic than those put in motion by the aesthetic discussion. Without supplanting the importance of the concept for the aesthetic, our hypothesis will examine the first published works and unpublished author\'s archives the idea that the fundamental questions that the concept seeks to address were already in place since 1954, and these issues were political in nature. Thus, we seek to retrace the path from the crisis of Marxism and the issue of the relationship between theory and practice to the problem of the relashionship between art and politics. We also will show that the bridge that unite these two moments is constructed through Freudian psychoanalytic theory. We can say that this work is constituted as a genesis of the figural concept.
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O marxismo como teoria revolucionÃria na formaÃÃo polÃtico-educativa dos trabalhadores versus a formaÃÃo polÃtico-sindical cutista: um exame onto-crÃtico / Marxism as a revolutionary theory on the formation of political-educational training political workers versus-union CUT: an examination onto-criticalJorge Luis de Oliveira 23 May 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / A Tese trata do Marxismo como uma teoria revolucionÃria na formaÃÃo polÃtica sindical dos trabalhadores. O objetivo à investigar e expor a relaÃÃo entre marxismo e movimento sindical a partir dos cursos de formaÃÃo polÃtica. Nesse sentido, a formaÃÃo polÃtica da CUT foi tomada como ilustraÃÃo para este estudo, jà que esta Central Sindical se propÃe a representar um sindicalismo socialista, classista e combativo. A pesquisa à teÃrica, bibliogrÃfica, cuja metodologia à o mÃtodo de conhecimento de Marx: a investigaÃÃo e a exposiÃÃo da realidade. Jà que a realidade à o ponto de partida para ser exposto no plano da idealidade, segundo Marx, o caminho para apreender e expor essa problemÃtica foi diferente, ou seja, partiu-se do concreto pensado, como textos, livros, teses, dissertaÃÃes e documentos, para se chegar a conclusÃes plausÃveis. Portanto, se a teoria marxiana à importante e imprescindÃvel para formar o sujeito revolucionÃrio ao capitalismo, à preciso defender a sua validade e atualidade. Para isso, o primeiro capÃtulo explicita as bases fundamentais do marxismo, a saber, o mÃtodo de conhecimento, a concepÃÃo de trabalho e a polÃtica em Marx, desconhecidas pela maioria dos trabalhadores sindicalizados. O segundo capÃtulo busca relatar a relaÃÃo entre marxismo e movimento sindical, apresentando a concepÃÃo marxista de sindicato, a crise entre marxismo e movimento sindical a partir das crises das Internacionais, da crise teÃrica dentro do marxismo e da crise e derrocada do socialismo soviÃtico e, por fim, a ofensiva neoliberal e o recuo do movimento sindical enquanto expressÃo da debilidade teÃrica e prÃtica dos trabalhadores. Para entender esse ateoricismo e acriticismo marxista dos trabalhadores, o terceiro capÃtulo aprofunda a discussÃo sobre a questÃo da importÃncia do marxismo na formaÃÃo humana como instrumento de revoluÃÃo da consciÃncia proletÃria para a revoluÃÃo social. De tal modo que foi preciso expor a concepÃÃo de formaÃÃo humana em Marx, a formaÃÃo educativa como instrumento dessa revoluÃÃo ideolÃgica para e pelo socialismo, quer dizer, esclarecendo a concepÃÃo de socialismo e comunismo em Marx, Engels e seguidores. O quarto capÃtulo ilustra essa relaÃÃo entre marxismo e movimento sindical a partir da formaÃÃo sindical cutista. Foi necessÃrio historiar sucintamente a formaÃÃo sindical no Brasil desde o sindicalismo livre, passando pelo sindicalismo corporativo do Estado Novo, atà o Novo Sindicalismo que se concretizou na criaÃÃo da CUT. Foi feito um breve histÃrico sobre o surgimento e a trajetÃria da CUT, com suas estratÃgias e tÃticas modificadas, a partir das resoluÃÃes congressuais e sua repercussÃo na PolÃtica Nacional de FormaÃÃo (PNF) e no Plano Nacional de QualificaÃÃo Profissional (PNQP). A pesquisa mostra que os trabalhadores, ligados à maior Central Sindical da AmÃrica Latina e à quinta do mundo (CUT), nÃo tiveram uma formaÃÃo contÃnua no campo dos fundamentos marxistas para entender os limites da luta no capitalismo e suas contradiÃÃes socioeconÃmicas. Isso denota a sonegaÃÃo do marxismo nos cursos de formaÃÃo polÃtica, pelo sindicalismo dito de esquerda, enquanto legado teÃrico de compreensÃo da crise estrutural do sistema do capital e do socialismo, como tambÃm denota um sindicalismo âantimarxistaâ.
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Capitalismo e direitos humanos de solidariedade: elementos para uma crítica / Capitalism and human rights of solidarity: elements for criticismPablo Biondi 17 September 2015 (has links)
Nosso estudo busca identificar a conexão material entre o capitalismo e os direitos humanos de solidariedade. Esses direitos, segundo a teoria jurídica e as declarações internacionais, ao contemplarem toda a humanidade, ao conceberem o gênero humano como sujeito de direito, são a mais elevada expressão do progresso da consciência humana no que concerne a dignidade do homem e as ameaças contra a vida coletiva na Terra. Nós propomos, ao contrário, que os direitos humanos de terceira geração exprimem as formas mais abstratas do capitalismo depois da Segunda Guerra Mundial, especialmente aquelas que correspondem à finança e à mundialização do capital. A sociedade burguesa internacionalizada tornou-se ela mesma, em suas categorias fundamentais, mais abstrata, e as categorias jurídicas seguiram este mesmo movimento. E de modo similar ao que sucede com os direitos humanos de primeira geração e de segunda geração, as palavras charmosas apresentadas pelo humanismo jurídico portam, discretamente, a exploração capitalista. Os direitos ao patrimônio comum da humanidade, ao meio ambiente sadio, ao desenvolvimento e mesmo o direito à paz, cada um deles reproduz os meios de apropriação e organização capitalista do imperialismo os mesmos meios que dão suporte aos lucros privados sobre os bens coletivos, que mantêm a dominação imperialista e que preparam as guerras no interior do sistema de Estados. O idealismo e a visão romântica sobre os direitos humanos escondem esta contradição, e é preciso expô-la, é preciso superar a ideologia jurídica. Nossa crítica marxista, realizada pela crítica do capital e de sua forma jurídica em escala internacional, é um esforço nesta direção. / Our study seeks to identify the material connection between capitalism and human rights of solidarity. These rights, according to legal theory and international declarations, by contemplating the whole mankind, by conceiving human gender as a law subject, are the highest expression of the progress of human conscience concerning human dignity and the threats against collective life on Earth. We propose, on the contrary, that human rights of third generation express the most abstract forms of capitalism after the Second World War, specially those who correspond to finance and to capital globalization. The internationalized bourgeoise society has become itself more abstract in its fundamental categories, and legal categories have followed the same movement. And in a similar way to what happens to human rights of first generation and second generation, the charming words presented by legal humanism discreetly bear capitalist exploitation. The rights to the common heritage of mankind, to a clean environment, to development and even the right to peace, each one of them reproduce the means of capitalist appropriation and organization of imperialism the same means which support private profits and collective goods, which maintain imperialist domination and which prepare wars inside the system of states. The idealism and the romantic view about human rights hide this contradiction, and it is necessary to expose it, it is necessary to overcome legal ideology. Our marxist criticism, performed by the critique of capital and its legal form on international scale, is an effort towards this direction.
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Trabalho docente, capital e estado: crítica de interpretações sobre o magistério no Brasil. / Teaching work, capital and state: criticism of interpretations on the mastership in Brazil.Carolina de Roig Catini 18 April 2008 (has links)
O problema que esta pesquisa coloca é se as análises mais correntes acerca do trabalho docente oferecem uma base adequada para a compreensão da realidade de profissionais do ensino. A hipótese central é que aquelas análises, realizadas sobre determinados aspectos da prática educativa e da relação com a sociedade, em geral não encaram de maneira profunda as contradições do Estado e das relações sociais capitalistas e suas implicações para a interpretação do trabalho docente. São análises que se dividem entre as que priorizam os aspectos de proletarização, de gênero e de saberes profissionais. O exame das vicissitudes de tais perspectivas foi feito por meio do estudo dos artigos publicados em dois periódicos educacionais de circulação nacional: a revista Educação & Sociedade e a revista Cadernos de Pesquisa. O estudo mostrou que aquelas análises se moldam em função do contexto político e social e de uma imagem pública do professorado, dependentes de alterações recentes na forma de gestão do Estado. A análise crítica de algumas daquelas abordagens, a partir da teoria marxiana do capital enquanto relação social, permitiu introduzir aspectos da dinâmica de reprodução do capital e, especificamente, da forma-Estado. Mediante a mobilização de conceitos como o de trabalho abstrato e trabalho concreto, de trabalho produtivo e improdutivo, de serviços, de trabalho imaterial, de subsunção formal e real do trabalho ao capital, dentre outros, desenvolveu-se a crítica dos debates travados no campo educacional brasileiro, com a qual se pode compreender o próprio trabalho docente. Com isso, a hipótese levantada se mostrou verdadeira, pois, as análises examinadas se revelaram limitadas a apreensões conjunturais, desconsiderando determinações fundamentais do trabalho docente que resultam de um processo histórico vinculado ao desenvolvimento da forma-escola e à subordinação do trabalho docente ao Estado. / The problem that this research raises is whether the most current analysis on the teaching work offer an adequate basis for the understanding of the reality of the teaching professionals. The central hypothesis is that those analysis, conducted on certain aspects of the educational practice and its relationship with society, in general, do not face in a deep manner the contradictions of the State and the capitalist social relations and their implications for the interpretation of the teaching work. They are analyses that are divided among those that prioritize the aspects of proletarization, gender and professional knowledge. The examination of the vicissitudes of such prospects was done through the study of articles published in two educational cientific magazines of national circulation: the Education & Society and Research\'s Notebooks magazines. This study showed that those analysis are shaped according to the social and political context and to a public image of the teachers, dependents of recent alterations in the way of managing the State. A critical analysis of some of those approaches, based on the Marxian theory of the capital as a social relation, enabled to introduce aspects of the dynamics of capital\'s reproduction and, specifically, of the State-form. Through the mobilization of concepts such as abstract work and concrete work, productive and unproductive work, services, immaterial work, formal and real subsuntion of labour to capital, among others, it has developed a critique of the debates carried on in the Brazilian\'s educational field, with which it is possible to understand the teaching work itself. Thus, the hypothesis raised was revealed to be true, since the examined analysis proved to be limited to conjunctural apprehensions, disregarding essentials determinations of the teaching work that result of a historic process linked to the development of school-form and the subordination of the teaching work to the State.
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