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Desenho da figura humana : indicadores de abandono, abuso sexual e abuso físico em crianças

Albornoz, Ana Celina Garcia January 2011 (has links)
O abandono e os abusos vivenciados podem interferir no desenvolvimento psicológico das crianças. O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil das crianças vitimizadas do ponto de vista dos dados sociodemográficos e verificar os itens mais frequentes em Desenhos de Figura Humana (DFH) de crianças abandonadas, negligenciadas, sexualmente abusadas e fisicamente abusadas a partir da comparação com os DFHs de crianças que não tiveram essas vivências. Participaram deste estudo 378 crianças e adolescentes, com idades entre 6 anos e 12 anos, 11 meses e 29 dias de idade e nível sócio-econômico baixo ou médio-baixo. Os participantes foram divididos em dois grupos: grupo clínico (281) e grupo de comparação (97). O grupo clínico, para fins de análise, foi agrupado com base nas diferentes tipologias de vitimização sofridas. A idade média para o primeiro ingresso no acolhimento institucional é de 6,8 anos para meninas e 7,5 anos para meninos, sendo que 35,6% dos participantes do grupo clínico vivem em um abrigo por um a três anos. As vivências de vitimização faziam parte da vida da maioria das crianças e adolescentes do grupo clínico há mais de um ano e 56,2% das vítimas de abuso sexual e de abuso físico sofriam violação sistemática. O DFH refletiu indicadores dessas vivências. A identificação dos Indicadores Emocionais do DFH que diferenciam (p < 0,1) o grupo clínico do grupo de comparação, por tipologia e sexo, resultaram na construção de cinco escalas avaliativas: duas escalas para abuso sexual (uma para meninas, outra para meninos), uma escala para abuso físico em meninos, duas escalas para abandono e negligência (uma para meninas e outra para meninos). Os achados se refletem em avanço para a área da avaliação psicológica, pois os critérios para a avaliação das crianças vitimizadas estão adaptados a sua realidade. / Abandonment and abuse experienced by children can interfere in their psychological development. The present study aimed at describing the profile of victimized children in terms of demographic data and checking the most frequent items in Human Figure Drawings (HFD) of neglected, abandoned, sexually and physically abused children in comparison of HFDs of children who have not had those experiences. Participated in this study 378 children and adolescents, aged from 6 to 12 years old, low and middle-low SES. They were divided into two groups: clinic (281) and comparison (97) groups. The clinic group was split based on the different types of victimization. As results, the mean age of first violence experience was 6.8 years old for girls and 7.5 years old for boys, and 35.6% of the clinic group lives in a shelter from one to three years. The majority of children and adolescents have been victimized for more than a year and 56.2% of them who were sexually and physically abused suffered systematic violence. HFD indicators reflected the experience of victimization. The emotional indicators of HFD which differentiate (p < 0,1) the clinic group from the comparison group, by typology and sex, resulted in the construction of five assessment scales: two for sexual abuse (one for girls and one for boys), one for boys physical abuse and two for abandonment and negligence (one for girls and one for boys). Results reflect advances to the psychological assessment area since the criteria for the evaluation of victimized children are adapted to their reality.
202

Associação entre violência intrafamiliar e desnutrição infantil: um estudo caso-controle. / Association between violence and child malnutrition : a case-control study.

Silva, Angela Cristina Dornelas da 18 June 2009 (has links)
It is estimated that in developing countries, about 30% of the population of children under 5 years of age are malnourished. According to UNICEF the causes of malnutrition include other factors besides availability of food and family violence have been cited as a risk factor for child malnutrition. In order to check whether there is an association between violence and moderate or severe malnutrition in children it was conducted a case-control study in a community of the city of Maceió, Alagoas. Cases were 65 pairs of mother malnourished child (children with moderate or severe malnutrition, aged between six and sixty months of age), attended at the Center for Nutritional Rehabilitation and Education (CREN) - Maceió, and controls were 64 pairs of mother- eutrophic child in the same age and without malnourished siblings. We used the questionnaire Brazilian version of the WorldSAFE to detect violence against women and against children and anthropometric evaluation to detect child malnutrition. Data were analyzed utilizing the chi square test and the odds ratio (OR). It was utilizaed the value of p &#8804; 0.05 and confidence interval of 95%. The results showed that both severe physical violence against children by parents, and as physical violence against women by the husband or partner in the last twelve months were very high in both groups. It was higher among cases, but without statistical significance. For children, the threat of abandonment was the type of violence higher among malnourished. For mothers, the threat with a firearm was the type of violence higher among malnourished. Among the socio-demographic variables low maternal schooling (OR = 2.1, CI: 1.0 - 4.2), low paternal schooling (OR = 4.2, CI: 1.8 - 9.8), number of children (OR = 4.3, CI: 1.9 - 10), greater number of residents in the home (OR = 2.8, CI: 1.3 - 5.9) and low economic class (OR = 3.4, CI: 1.1 - 9.9) were associated with malnutrition. The study concluded that there was no association between violence and moderate or severe chronic malnutrition and that other studies are needed for a better understanding of the relationship between child malnutrition and violence. / Estima-se que nos países em desenvolvimento, cerca de 30% da população de crianças menores de 5 anos de idade sofre de desnutrição. De acordo com a UNICEF as causas da desnutrição estão além do baixo consumo de alimentos e neste cenário a violência intrafamiliar tem sido citada como fator de risco para a desnutrição infantil. Com objetivo de verificar se existe associação entre violência intrafamiliar e a desnutrição moderada ou grave em crianças foi realizado um estudo caso-controle em uma comunidade da cidade de Maceió, Alagoas. Os casos foram 65 duplas de mãe - criança desnutrida (criança com desnutrição moderada ou grave, na faixa etária entre seis e sessenta meses de idade), atendidas no Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN) - Maceió, e os controles foram 64 duplas de mãe-criança eutrófica na mesma faixa etária dos casos e sem irmãos com desnutrição oriundos da mesma comunidade. Foi utilizado o questionário WorldSAFE Brasil versão 2007 para detectar violência contra mulher e contra criança e a avaliação antropométrica para detectar a desnutrição infantil. Os dados foram analisados através do teste do qui quadrado e do cálculo da razão de chances (OR) considerando o valor de p&#8804; 0,05 e o intervalo de confiança (IC) de 95%. Os resultados demonstraram que tanto a violência física severa contra criança perpetrada pelos pais, como a violência física contra mulher perpetrada pelo marido ou companheiro dos últimos doze meses foram muito altas em ambos os grupos, sendo que alcançaram proporções mais altas entre o grupo dos casos, porém sem significância estatística. Para as crianças, a ameaça de abandono foi o tipo de violência com tendência a ser maior entre desnutridos. Para as mães, a ameaça com arma de fogo foi o tipo de violência com tendência a ser maior entre desnutridos. Dentre as variáveis sócio-demográficas estudadas a baixa escolaridade materna (OR=2,1, IC:1,0 4,2), baixa escolaridade paterna (OR=4,2, IC:1,8 9,8), maior número de filhos (OR=4,3, IC:1,9 - 10), maior número de residentes no domicílio (OR=2,8, IC: 1,3 5,9) e a baixa classe econômica (OR=3,4, IC:1,1 9,9) apresentaram associação com a desnutrição. O estudo concluiu que não houve associação entre violência intrafamiliar e desnutrição crônica moderada ou grave e que outros tipos de estudo são necessários para compreensão mais aprofundada da relação entre desnutrição e violência.
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Impacto de eventos traumáticos em aspectos clínicos

Fontanari, Anna Martha Vaitses January 2015 (has links)
A Disforia de Gênero (DG) caracteriza-se pela marcada incongruência entre gênero e sexo atribuído ao nascer. Trata-se de uma condição rara, cuja prevalência varia muito de acordo com o local estudado: na Nova Zelândia, há 27,48 por 100 000 habitantes, enquanto que, no Irã, são 0,68 por 100 000 habitantes. Sua etiologia depende da interação entre fatores biológicos e psicossociais, sendo a herdabilidade estimada de 62%. Indivíduos diagnosticados com DG integram populações sujeitas a maior violência, desde bullying até violência sexual. História de maus-tratos na infância (HMI) associa-se a maior prevalência de psicopatologias e de envolvimento com trabalho sexual na vida adulta. O objetivo do nosso estudo é avaliar a HMI como indicador de consequências mal adaptativas na vida adulta de transexuais homem-para-mulher (HpM). Utilizamos dados transversais coletados de 289 transexuais HpM, que compareceram a atendimentos regulares, do ano de 1998 a 2014, em ambulatório do Sul do Brasil, chamado Programa de Identidade de Gênero (PROTIG). Elas foram diagnosticadas de acordo com os critérios do DSM-IV-TR para transtorno de identidade de gênero (TIG), avaliadas para comorbidades utilizando o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) e para história psiquiátrica, demográfica, psicossexual e familiar por questionários específicos. A presença de HMI foi investigada por três perguntas qualitativas, envolvendo abuso sexual, violência sexual e negligência, semelhantes ao Traumatic Events Screening Inventory – Self Report Revised (TESI-SRR). A associação entre o HMI e variáveis tanto psicossociais quanto clínicas foi realizada por análises bivariadas seguidas por modelo de regressão logística. O modelo utilizado para a regressão logística incluiu a cirurgia de redesignação sexual (CRS), tentativas de suicídio, vírus da imunodeficiência humana (HIV), doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), desordem depressiva maior, distimia, episódios maníacos e hipomaníacos, idade de início do cross-dressing definitivo, idade de início dos jogos trocados, atuação como profissional do sexo e apresentar, pelo menos, uma comorbidade psiquiátrica. O objetivo da regressão logística foi controlar potenciais confundidores nas associações bivariadas, não estabelecer relações de causa e efeito. Verificamos que a exposição à HMI associa-se com trabalho sexual (p < 0,001), com HIV (p = 0,006), com possuir pelo menos uma comorbidade psiquiátrica (p = 0,006), com transtorno de depressão maior (p = 0,025), com risco de suicídio (p = 0,014), com abuso de álcool (p = 0,027) e com maior idade de início do cross-dressing definitivo (p = 0,041) e dos jogos trocados (p = 0,009). Após a regressão logística, apenas a atuação como profissional do sexo (p < 0,001) e apresentar, pelo menos, uma comorbidade psiquiátrica (p = 0,005) permaneceram significativamente associadas com HMI. Nosso estudo sugere que as transexuais com HMI exibem maior frequência de envolvimento com trabalho sexual e psicopatologia em sua vida adulta. A partir disso, reforça-se a importância de ações preventivas direcionadas à coibir maus-tratos durante à infância, evitando-se, por exemplo, bullying homofóbico. Além disso, indivíduos diagnosticados com DG, que sofreram maus-tratos durante a infância, deverão receber especial atenção psicológica, a fim de impedir desfechos negativos, como doenças psiquiátricas e tentativas de suicídio. / Gender Dysphoria (DG) is characterized by marked incongruence between gender and sex assigned at birth. It’s a rare condition whose prevalence varies based on geographical location: in New Zealand, there are 27.48 per 100 000 inhabitants whereas, in Iran, there are 0.68 per 100 000 inhabitants. Its etiology depends on interaction between biological and psychosocial factors, presenting an estimated heritability of 62%. Individuals diagnosed with DG are victims of greater violence, from bullying to sexual violence. Childhood history of maltreatment (CHM) is associated with a higher prevalence of psychopathology and sex work in adulthood. The aim of our study is to further characterize the role of CHM as an indicator of maladaptive consequences in adult male-to-female transsexuals (MtF). Our study used cross-sectional data from a consecutive sample of 289 MTF transsexuals, which attended, from 1998 to 2014, an outpatient clinic in Southern Brazil, called Gender Identity Program (PROTIG). They were diagnosed according to the DSM-IV-TR criteria for gender identity disorder (GID), were evaluated for comorbities using Mini International Neuropsychiatric Interview and for demographic, psychosexual and family history with specific questionnaires. The lifetime presence or absence of childhood trauma was investigated by asking three separated questions, similar to specific questions related to sexual abuse and negligence included in the Traumatic Events Screening Inventory – Self Report Revised. The association between CHM and psychosocial and clinical variables was evaluated bivariate analyses followed by stepwise backwards logistic regression models. The logistic regression model included gender redesign surgery (GRS), suicide attempt, human immunodeficiency virus (HIV), sexually transmitted diseases (DST), major depression disorder, dysthymia, manic or hypomanic episode, age of cross-dressing definitive and age of exchanged games, sex work and psychiatric comorbidities. The purpose of the logistic regression was to control potential confounding factors in the bivariate associations, not to establish cause and effect relationships. We found that being exposed to CHM is associated with sex work (p < 0.001), HIV (p = 0.006), having at least one psychiatric comorbidity (p = 0.006), major depression disorder (p = 0.025), risk of suicide (p = 0.014), alcohol abuse (p = 0.027) and age of onset of definitive cross-dressing (p = 0.041) and of exchanged games (p = 0.009). After the logistic regression, only sex work (p < 0.001) and having at least one psychiatric comorbidity (p = 0.005) remained significantly associated with CHM. Our study suggests that transsexuals with CHM present a higher frequency of sex work and psychopathology in their adult life. These findings raise the important issue that prevention actions might be indicated to avoid children maltreatment especially in risk groups, for example, homophobic bullying in children with atypical gender behavior. In addition, individuals diagnosed with DG, who suffered abuse during childhood, should receive special psychological care, in order to prevent negative outcomes, such as psychiatric disorders and suicide attempts.
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O brincar e o bem-estar da criança abrigada: sua influência no combate à depressão e ao baixo rendimento escolar

Zogaib, Maria Teresa Bertoncini 10 February 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-03T16:34:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MARIA TERESA BERTONCINI ZOGAIB.pdf: 466160 bytes, checksum: 624e42c58288056d900efadfbcef4c1f (MD5) Previous issue date: 2006-02-10 / This study examines the effectiveness of play intervention among institutionalized children with learning problems and depression symptoms, analyzing the influence of play in their well being and quality of life. The study was carried out using as methodology clinical intervention among eight children of both gender, aged eight, low income group, living in support homes for 2 years, first grade of elementary public school, with school complaint. After the characterization of the institution, individually assesses children s cognitive level using Raven s Progressive Colored Matrices, Piagetian tests of conservation, classification and series and verifies the school material. Following applies the Children s Depression Inventory CDI, standardized to Brazil. Based on this information, carry out eight weekly ninety-minute group play session using sensory-motor, symbolic and social strategies with room for spontaneous activity. After the play intervention, re-assesses the children using the same instruments from previous evaluation. The results show better school performance and decrease of depressive symptoms, with increase of self-steam and emotional confidence, reflecting in their life in general, including at school. The experiences lived during the play situations contributed for a better subjective self-evaluation from children, as well as a better school evaluation in their integrated cognitive and affective-emotional aspects. The results point out the importance of early recognition of depressive symptoms by technical team to start intervention programs, using the play to facilitate institutionalized children to overcome cognitive and affective difficulties / Este estudo verifica a eficácia de intervenções lúdicas junto a crianças abrigadas com problemas de aprendizagem e quadros de depressão, analisando a influência do brincar em seu bem-estar e qualidade de vida. Realiza-se através de metodologia clínica-interventiva, junto a oito crianças de ambos os sexos, de 8 anos, de classe de baixa renda, abrigadas há dois anos, cursando a 1ª. série de escola pública, com queixa escolar. Após caracterização da instituição, avalia-se individualmente o nível cognitivo das crianças através das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, das Provas Piagetianas de conservação, classificação e seriação e verifica o material escolar. Aplica a seguir o Inventário de Depressão Infantil CDI, normatizado para o Brasil. Com base nesses dados, realiza oito sessões lúdicas grupais, semanais, de noventa minutos cada, através de estratégias sensório-motoras, simbólicas e sociais, com espaço para atividades espontâneas. Após as intervenções lúdicas, reavalia as crianças com os mesmos instrumentos da avaliação anterior. Os resultados indicam melhora no desempenho escolar e diminuição dos sintomas depressivos, com aumento da auto-estima e da segurança emocional, com reflexos em sua vida em geral, inclusive na escolar. As experiências vivenciadas nas situações lúdicas contribuíram para uma auto-avaliação subjetiva mais positiva pelas crianças, assim como para uma avaliação escolar melhor, em seus aspectos cognitivos e afetivo-emocionais integrados. Os dados apontam a importância da equipe técnica ao reconhecer precocemente os sintomas depressivos para realização de programas interventivos, utilizando o lúdico como facilitador para superação das dificuldades cognitivas e afetivas das crianças abrigadas
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Em que espelho ficou perdida minha face: um estudo sobre velhice e violência doméstica em Fortaleza

ALMEIDA, Camila Oliveira de January 2013 (has links)
ALMEIDA, Camila Oliveira de. Em que espelho ficou perdida minha face: um estudo sobre velhice e violência doméstica em Fortaleza. 2013. 149f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2013. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-29T11:55:52Z No. of bitstreams: 1 2013-DIS-COALMEIDA.pdf: 5012671 bytes, checksum: 84092faab9473f3c5b953970d1e80f74 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-29T12:49:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013-DIS-COALMEIDA.pdf: 5012671 bytes, checksum: 84092faab9473f3c5b953970d1e80f74 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-29T12:49:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013-DIS-COALMEIDA.pdf: 5012671 bytes, checksum: 84092faab9473f3c5b953970d1e80f74 (MD5) Previous issue date: 2013 / No presente trabalho objetivamos analisar como se apresenta a questão da violência contra a pessoa idosa no município de Fortaleza-CE, com ênfase na problemática da violência doméstica, traçando um retrato sociológico dos sujeitos envolvidos a partir da realidade expressa nos registros e relatos dos casos atendidos no CREAS. Para tanto, foram traçados como objetivos específicos: identificar e analisar os tipos predominantes de violência contra o idoso; traçar um perfil preliminar do idoso(a) vitimizado(a); caracterizar o agressor(a) e investigar as possíveis motivações ou fatores prevalentes desencadeadores da violência, com ocorrência na população estudada, através da análise dos dados, da descrição de relatos das histórias denunciadas e do desvelamento das narrativas de idosos vítimas de violência doméstica. As estratégias de percepção do objeto de estudo foram diversas, abrangendo a realização de uma pesquisa bibliográfica, documental e descritiva de abordagem quantiqualitativa, de modo a contemplar a complexidade do objeto. Tomamos como horizonte de estudo na pesquisa quantitativa, as denúncias registradas no CREAS realizadas no período de agosto de 2008 a dezembro de 2010, referentes a casos de violência contra idosos considerados procedentes. O diagnóstico social encontrado apontou como principais vítimas de violência as mulheres idosas, com idade entre 71 e 80 anos, viúvas, aposentadas, com baixa renda e escolaridade, residência própria, coabitando com seus próprios agressores, que em geral são filhos ou filhas, com idade entre 40 e 49 anos e que fazem uso contínuo de álcool e/ou drogas. Os sujeitos da pesquisa qualitativa foram cinco idosos vítimas de maus-tratos no convívio familiar atendidos na instituição. Na coleta de dados, utilizamos como instrumento a entrevista semiestruturada. Entre as conclusões, destacam-se como elementos fortemente presentes nos relatos dos idosos, os conflitos intergeracionais, a negação da velhice e da violência, o intenso vínculo com o passado, a descrença no futuro, o temor à solidão e à morte, dificuldade de relacionamento com a família, a decepção diante de seus agressores e a disseminação da ideia da velhice vinculada a aspectos negativos como doença, degeneração, discriminação, desrespeito, perda dos sonhos e da capacidade produtiva.
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Violência física por parceiro íntimo e condições de saúde mental em homens e mulheres residentes em Florianópoplis, Santa Catarina

Lindner, Sheila Rubia January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:45:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 325404.pdf: 1205760 bytes, checksum: 0af127f75b7be31d88abb78225e9d4cb (MD5) Previous issue date: 2013 / Este estudo aborda a violência por parceiro íntimo - VPI, que é compreendida como aquela que ocorre em uma relação íntima, referindo-se a qualquer comportamento que cause dano físico, psicológico ou sexual àqueles que fazem parte da relação. Tem como objetivo estimar a prevalência de violência física por parceiro íntimo e sua associação com variáveis demográficas, socioeconômicas, de comportamento e de condições de saúde mental em adultos residentes em Florianópolis, Santa Catarina. A população de referência do estudo constitui-se por adultos na faixa etária entre 20 e 59 anos de idade completos no ano da pesquisa, de ambos os sexos e residentes na zona urbana do município. Realizou-se estudo transversal, com amostra representativa dessa população, selecionada em dois estágios (setor censitário e domicílio). As variáveis utilizadas foram: de interesse central (violência física por parceiro íntimo), demográficas (sexo, idade, cor da pele, estado civil), socioeconômicas (escolaridade, renda familiar per capita), de comportamento relacionado à saúde (uso abusivo de álcool), de condição de saúde (depressão, ideação suicida, transtorno mental comum). Variável de interesse central investigada em relação às demográficas, socioeconômicas e de comportamento relacionado à saúde. Variáveis de condição de saúde foram investigadas em relação às demográficas, socioeconômicas e de interesse central. Diferentes modelos de análises multiníveis foram desenvolvidos. A taxa de resposta foi de 85,3%, o que representa 1.720 adultos distribuídos em 63 setores censitários. A prevalência de sofrer qualquer violência física por parceiro íntimo foi de 17%, violência física moderada de 6,6% e violência física grave de 7,3%. Não houve diferença significativa para violência física moderada em homens e mulheres; porém, quanto mais grave o ato, maior a ocorrência deste nas mulheres. Mulheres de maior idade, viúvas/separadas, pobres, menos escolarizadas e pretas apresentam maior probabilidade de sofrer violência física. Nos homens, a prevalência de violência física grave apresentou alteração significativa apenas para estado civil. Uso abusivo de álcool por mulheres representou maior chance de sofrer violência física moderada e grave (RC 4,18 e 2,5). A prevalência de depressão, ideação suicida e transtorno mental comum para aqueles que sofreram violência física foi de 14%, 2,6% e 11,9%, respectivamente, estando esses casos significativamente associados com sofrer esse tipo de violência. A ideação suicida apresentou desfecho mais fortemente associado com sofrer violência física grave (RC 5,01 IC95% 2,55 - 9,85). Os resultados indicam que a violência física por parceiro íntimo afeta homens e mulheres; porém, quanto maior a gravidade dessa violência, maior é a vulnerabilidade das mulheres, bem como a associação com o uso abusivo de álcool. Sofrer violência física por parceiro íntimo também acarreta maior vulnerabilidade em relação à saúde mental. Destaca-se o achado em relação à ideação suicida, uma vez que entre os desfechos relacionados à saúde mental essa tem maior impacto para os envolvidos.<br> / Abstract : This study approaches intimate partner violence - IPV, understood here as violence occurring within intimate relationships, referring to any behavior with physical, psychological or sexual damage potential towards those involved in the relationship. It aims at estimating the prevalence of intimate partner physical violence and its relation to demographic and socioeconomic variables, as well as behavior and mental health conditioned ones, in adult population in Florianopolis, Santa Catarina, Brazil. The reference population in this study is composed of adults aged between 20 and 59 years old, the age being completed along the year of the research, of both genders, and belonging to the urban area of the city. A transversal study has been developed using a representative sample of this population, which has been selected in two distinct sections (census areas and domiciliary sector). Variables were: of central interest (intimate partner physical violence), demographic (gender, age, skin color, marital status), socioeconomic (schooling, per capita family income), health related behavior (alcohol abuse), health condition (depression, suicidal ideation, common mental disorder). The variable of central interest was investigated in its relation to demographic socioeconomic and health related behavior. Health conditioned variables were investigated in their relation to demographic and socioeconomic ones, as well as to that of central interest. Different multilevel analysis models have been applied. There was an 85.3% response rate, which represents 1,720 adults distributed along 63 census areas. The observed prevalence rate was 17% for any intimate partner physical violence, 6.6% for moderate physical violence, and 7.3% for severe physical violence. No relevant difference between the rates for moderate physical violence against men or women was pointed out; however, the severer the acts, the more frequent its occurrence against women. Older, poor, poorly schooled and black women, as well as widows or separated, are the most vulnerable ones. Among men, severe physical violence prevalence has presented significant alterations only as far as marital status is concerned. Alcohol abuse on part of women has increased chances of suffering moderate and severe physical violence (OR 4.18 and 2.5). There was a 14%, 2.6% and 11.9% prevalence of depression, suicidal ideation and common mental disorder, respectively, among those who have suffered physical violence, those cases being significantly associated with suffering this type of violence. Suicidal ideation has presented to be more strongly associated with suffering severe physical violence (OR 5,01 CI95% 2,55 - 9,85). Results indicate that intimate partner physical violence affects both men and women; however, the higher the gravity of such violence, the more vulnerable women are, along with an association with alcohol abuse. Intimate partner physical violence also increases mental health vulnerability. We point out the results concerning suicidal ideation, since among the cases related to mental health issues such condition has observable impact on the subjects involved.
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Avaliação dos mecanismos de ruminação em pacientes com disforia de gênero

Mueller, Andressa January 2016 (has links)
A Ruminação tem sido um importante campo de investigação para estudar os mecanismos cognitivos e alteração dos estados emocionais associados ao processo do desenvolvimento de condições de saúde mental. A presente dissertação, cujo relatório de pesquisa deriva nessa produção, busca elucidar as relações entre ruminação e disforia de gênero. Dessa forma, a dissertação apresentará dois estudos de delineamento transversal que, no entanto, sofrem adaptações na disposição dos indivíduos da amostra para testar hipóteses específicas. Em ambos os estudos foram recrutadas 39 mulheres transexuais, no período de 2014 a 2015, que atenderam aos critérios do DSM 5 para diagnóstico de Disforia de Gênero (DG). O primeiro estudo teve como objetivo analisar os níveis de ruminação em pacientes com disforia de gênero antes e depois da Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS), o que contribui com a literatura que investiga marcadores de desfecho positivo para CRS. O primeiro subgrupo (T0) foi constituído por participantes com diagnósticos confirmados para DG e com, no máximo, um ano de acompanhamento em grupoterapia. O T1, por pacientes que atenderam os pré-requisitos em relação à frequência aos atendimentos dos grupos psicoterapêuticos de, no mínimo, um ano, e no máximo dois anos, sem contra-indicação para realização da CRS. E o T2, constituído por pacientes pós-cirúrgicos em um período superior a seis meses. O segundo estudo teve como objetivo tanto analisar a relação entre abuso emocional na infância e ruminação em mulheres transexuais quanto identificar, entre os indivíduos da amostra, quais ruminam em nível p[baixo] = (33) ≤18 e p[alto] = (67) ≥23. Essa classificação entre dois subtipos do pensamento ruminativo pode elucidar diferenças entre os fatores protetivos e os desfechos nocivos na saúde mental e física dessa população. No primeiro estudo, a ruminação diminuiu entre os pacientes no T2 e os escores em ruminação foram ainda gradualmente menores a cada procedimento realizado nas características sexuais secundárias por pacientes deste grupo. Esse achado contribui para pesquisas do paradigma Research Domain Criteria (RDoC), que almeja demonstrar marcadores psicológicos para condições de saúde mental. Nesse caso, a ruminação parece se mostrar como um marcador importante para o desfecho positivo em pacientes com disforia de gênero pós-CRS. No segundo estudo, nosso principal achado reside na prevalência em até 15 vezes (IC95%: 2,25-99,63) de maior chance para engajamento em ruminação elevada ou comportamento disfórico entre os indivíduos que foram expostos ao abuso emocional, sobretudo, entre aqueles que o vivenciaram no intervalo da tipologia que variou de moderado – grave a grave – extremo se comparado aos indivíduos com gravidade entre mínimo a moderado na escala Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). O abuso emocional está relacionado com engajamento em ruminação, sobretudo, ao subtipo elevada, o que contribui para aumento em comportamentos disfóricos, e ao estar associado à desregulação da emoção, que contribui para os desfechos nocivos na saúde física e mental desta população. / The Rumination has recently become an important field of study to better understand cognitive mechanisms and emotional status associated to the development of mental health conditions. The current work aims to shine a light upon the relation between rumination and gender dysphoria (GD). In this sense, this work presents two cross-sectional studies, each testing two specific hypotheses. Therefore, they have suffered adaptations in the disposition of the sample. In both studies, 39 transexual women, who fulfilled the DSM 5 diagnostic criteria for GD, were recruited within the years of 2014 and 2015. The first study aimed to analyse how much GD patients have rumination processes before and after sex reassignment surgery (SRS), which contributes to the body of literature seeking for positive outcome markers for SRS. The first group (T0) was made of participants who had a confirmed DG diagnostic and participated of group therapy for up to one year (between 0 and 12 months). The second group (T1) was composed by participants who had a confirmed DG diagnostic and attended from one up to two years of group therapy and had no contraindications for SRS. The third group (T2) was comprised of patients who have gone through SRS surgery at least six months prior to the data collection. The second study aimed to analyse the relation between emotional abuse during childhood and rumination in transexual women and to identify, amongst sample individuals, those who ruminate at a low or high levels. This classification into two subsets of ruminative thinking might clarify diferences between protective factors and poor mental and physical health outcomes in this specific population. In the first study, patients of the T2 group ruminate significantly less than their counterparts; moreover, scores of the ruminative thinking process seems to fall gradually with each alteration in the secondary sex characteristics. This finding contributes to the researches of the Research Domain Criteria (RDoC) paradigm, which seeks to find physiological markers for mental health conditions. In this case, rumination seems to be an important marker for positive outcomes in post-SRS GD patients. In the second study, the main result is the higher (up to 15 fold) prevalence for likeliness to engane in high level of ruminative thinking or dysphoric behaviour amongst the individuals who were exposed to emotional abuse. Above all, the engagement in ruminative thinking process is even higher amongst those who lived through emotional abuse in the moderated - severe and the severe - extreme categories of the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) scale than those in the light - moderate category. Emotional abuse is related to ruminative engagement, specially to the high level subtype of rumination. This contributes to the increase in dysphoric behaviours and to the bad health and mental outcomes in this population, probably associated with emotional dysregulation.
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Associação entre depressão na vida adulta e trauma psicológico na infância

Zavaschi, Maria Lucrécia Scherer January 2002 (has links)
Objetivos: Avaliar a associação entre depressão (DSM IV) na vida adulta e trauma psicológico na infância em uma amostra clínica de pacientes do ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Por trauma na infância considerou-se abuso sexual, maus tratos, exposição a violência e perdas, por morte ou separação da criança de seus pais, antes dos 18 anos de idade. Métodos: Em um estudo caso controle, foram avaliados pacientes deprimidos (n = 90) e pacientes não deprimidos (n = 50). Através do M.I.N.I. e M.I.N.I plus (Mini International Neuropsychiatric Interview / Brazilian Version 5.0.0.) avaliou-se a presença de depressão e comorbidades. Utilizou-se as escalas Screening Survey of Children's Exposure to Community Violence Richters & Martinez, 1993 Modified by Osofsky, 1995 and Zeannah, 1996 e a Familial Experiences Interview 1988 de Naomi Ogata para avaliar traumas na infância. Resultados: encontrou-se uma maior prevalência de abuso sexual (P = 0,018), história de maus tratos físicos por parte dos pais ou cuidadores (P = 0,005) e exposição à violência (P = 0,007) no grupo de pacientes deprimidos em relação ao grupo de pacientes não deprimidos. Quanto a perdas na infância não se encontrou diferença entre os dois grupos. Quando estas variáveis foram controladas para potenciais fatores confundidores (sexo, etnia, estado civil, doença mental na família, e renda per capita), somente a exposição a múltiplos episódios de violência e história de maus tratos físicos por parte dos pais ou cuidadores se mantiveram como variáveis independentes. Conclusões: Nossos achados, à semelhança de outras pesquisas, encontraram uma associação entre traumas psicológicos na infância e depressão na vida adulta, sugerindo que múltiplos estressores, em maior ou menor grau, na infância, se encontram associados a depressão na vida adulta.
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Avaliação do conhecimento e conduta de médicos e cirurgiões-dentistas sobre maus-tratos e violência contra a criança e o adolescente

Souza, Eduardo Antonio de [UNESP] January 2002 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:27:47Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2002Bitstream added on 2014-06-13T19:15:15Z : No. of bitstreams: 1 souza_ea_me_araca.pdf: 709658 bytes, checksum: 37218deb54fe2ead9c3c5d400b12360e (MD5) / A Violência contra a criança vem se alastrando por todo o mundo, não respeitando raça, idade, classe social, gênero ou cor. Oculta pelo baixo nível da sociedade em conhecimento sobre o tema, pela falta de denúncias, estatísticas e o silêncio da população, a violência que se manifesta pelos maus-tratos passando pela negligência e o abuso sexual, podendo levar à morte, atinge um patamar de descaso pelos profissionais da área de saúde que este estudo ressalta. Ao avaliar o conhecimento de médicos e cirurgiões-dentistas, através de questionários, sobre maustratos o autor conclui que estes apresentam conhecimentos a respeito do tema, reconhecem os sinais e sintomas característicos da criança maltratada e do perpetrador assim como os órgãos de proteção à criança, porém não sabem como documentar as evidências e quando suspeitam do fato não denunciam, simplesmente se omitem. Salienta ainda que os cursos de graduação não estão dando o devido valor ao assunto. / The violence against children is spreading all over the world, regardless of race, age, social class, gender or color. Hidden by society´s low level of knowledge, by the lack of denounces, statistics and the silence of the population, the violence that is shown by mistratment passing by neglect and sexual abuse, that might kill, reaches a level of no concerne by the health area professionals that is highlighted by this study. On evaluating the knowledge of physicians´ and dentists´, by questionaries, about mistreatment the author concludes that these people show knowledge about the theme, recognize the carachteristics signals and simptoms of the abused child and of the person who caused it, such as the child protection organizations, however they don´t know how to document the evidences and when they have a suspect of the fact, they don´t make denounces, they just don´t care. The autor also emphasises that the under-graduate courses are not covering the subject.
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Comunicação e educação

Czizewski, Claiton César 11 December 2012 (has links)
Resumo: A pesquisa investiga como o dramaturgo Manoel Carlos buscou uma abordagem socioeducativa para inserir a temática da violência na telenovela Mulheres Apaixonadas (Rede Globo, 2003). Por meio da análise de conteúdo de cenas da obra de ficção, examinou-se como elementos puramente ficcionais se misturaram a informações e dados da realidade social em três tramas do programa televisivo: a história sobre violência contra a mulher, protagonizada pela professora de educação física Raquel; o caso de maus tratos aos idosos, praticados pela jovem Dóris contra seus avós, Flora e Leopoldo; e a história de violência urbana que vitimou a balconista Fernanda. A análise se centrou em cinco categorias temáticas: construção dramática; informatividade da abordagem temática; diálogo com a realidade; naturalidade e repercussão na mídia. Esta última aferiu a dimensão social alcançada pela abordagem da violência na telenovela em questão em três revistas nacionais semanais. Em seu conjunto, as categorias serviram à verificação da hipótese de que a abordagem de temas de interesse público faz da telenovela um espaço de debate social cuja possibilidade socioeducativa é potencializada por elementos da linguagem do gênero televisivo, como a familiaridade, a naturalidade e o apelo emocional. Os resultados atestam a função pedagógica desses elementos, mas relativiza a capacidade de debate social em virtude da pouca repercussão midiática alcançada pela telenovela em veículos da grande imprensa nacional.

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