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[en] THE MEDIAL PRE FRONTAL CORTEX INVOLVEMENT IN DEFENSIVE BEHAVIOURS OF RATS AFTER ELECTRICAL STIMULATION OF DPAG / [pt] O ENVOLVIMENTO DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL MEDIAL NOS COMPORTAMENTOS DEFENSIVOS DE RATOS SUBMETIDOS A ESTIMULAÇÃO DA MATÉRIA CINZENTA PERIAQUEDUTALCARLOS EDUARDO BARROSO SILVA 13 August 2013 (has links)
[pt] Este estudo investiga o envolvimento do córtex pré-frontal medial ventral nos
comportamentos de defesa inatos e aprendidos em paradigmas de
condicionamento de medo e estimulação elétrica intracraniana em ratos. A lesão
cortical aumentou significativamente o comportamento defensivo condicionado.
No comportamento defensivo incondicionado, a lesão cortical diminuiu
significativamente o congelamento pós-fuga dos animais. Os resultados replicam
os dados da literatura científica a respeito do papel do córtex infralímbico como
uma estrutura inibitória do estímulo condicionado em um circuito amidaloide de
medo condicionado, e indicam uma participação do córtex pré-frontal na
modulação dos comportamentos de defesa originários da estimulação da MCPd,
em especial a sustentação do congelamento motor pós fuga. / [en] This study investigates the role of the prefrontal cortex in the innate and
conditioned defensive behaviors in rats during classical conditioning and
intracranial electrical stimulation procedurals. It was found that the cortical lesion
augmented the conditioned freezing behavior to contextual fear cues. On the
other hand, the lesions impaired the motor freezing presented after the escaping
provoked by dPAG stimulation. These results replicate the findings from the
literature about a prefrontal cortex role as an inhibitory structure in the aversive
classic conditioning circuitry, as well as presenting a role for it in modulating
freezing behavior in a panic circuitry involving the dPAG, especially regarding its
function as a possible short term memory device for innate fear expression.
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[en] BEHAVIORAL AND PHARMACOLOGICAL EVALUATION BETWEEN ANXIETY AND PANIC IN ANIMALS MODELS / [pt] AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL E FARMACOLÓGICA DA RELAÇÃO ENTRE ANSIEDADE E PÂNICO EM MODELOS ANIMAISBRUNO DE OLIVEIRA GALVAO 13 May 2008 (has links)
[pt] A matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD) é associada
com comportamento defensivo e ataques de pânico em humanos.
Estimulações elétricas ou farmacológicas da MCPD induzem a
reações aversivas de corrida e pulo em ratos. Os resultados
no experimento 1 indicaram que animais submetidos a um
contexto previamente associado com choques nas patas,
obtiveram um comportamento defensivo de congelamento
robusto e tiveram menores reações defensivas de corridas e
pulos através da microinjeção de de 0.3 µl N-metil-D-
aspartato (NMDA; 15.0 mg/kg), quando comparado com o grupo
controle que não foi exposto ao procedimento de medo ao
contexto. No experimento 2, o efeito de injeções de
pentilenotetrazol (PTZ; 15.0 mg/kg i.p.) em ratos
microinjetados com NMDA nas reações de corridas e pulos foi
investigado. Os resultados mostraram que o PTZ (1ml/100gr)
foi capaz de minimizar as reações aversivas de corridas e
pulos induzidas pela microinjeção de NMDA na MCPD. Esses
resultados sugerem que a ativação de mecanismos cerebrais
que permeiam a ansiedade produzem um efeito inibitório em
ataques de pânico. / [en] The dorsal portion of the periaqueductal gray (DPAG) is
notably associated with defensive behavior and panic
attacks in humans. Electrical or pharmacological
stimulation of the DPAG induces aversive reactions such as
running and jumping in rats. Our results indicate that
animals exposed to contextual cues, that were previously
associated with electrical footshocks, engaged in robust
defensive freezing behavior and were less likely to display
running and jumping defensive reactions by microinjection
of 0.3 µl N-methyl-D-aspartate (NMDA; 15.0 mg/kg) into DPAG
when compared with control animals that were not exposed to
the context fear conditioning procedure. Furthermore the
effect of pentylenotetrazole injections (PTZ; 15.0 mg/kg
i.p.) in microinjected NMDA rats in aversive reactions of
running and jumping was investigated. The result showed
that PTZ dose (1ml/100gr) was capable to minimize the
aversive reactions of running and jumping induced by
microinjection of NMDA into DPAG. These results suggest
that activation of the brain mechanisms that underlie
anxiety produces an inhibitory effect on panic attacks.
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Distribuição da proteína Fos no lobo temporal medial de ratos Wistar durante o medo condicionado ao contexto, luz e som / Fos distribution in the medial temporal lobe during context-, auditory- and light-cued conditioned fear in Wistar rats.Onusic, Gustavo Massaro 26 November 2010 (has links)
No condicionamento clássico de medo, os animais são treinados associando-se um estímulo neutro, por exemplo, som, contexto ou luz a um estímulo aversivo incondicionado, como um choque elétrico nas patas. Apos repetidos pareamentos, a presença do estímulo que inicialmente era neutro passa a eliciar uma resposta condicionada de medo no animal. O congelamento é a resposta mais proeminente dos animais expostos aos estímulos condicionados previamente pareados com choques nas patas, sendo freqüentemente utilizado como medida de medo condicionado (MC). Circuitos cerebrais independentes subjacentes a diferentes formas de memória, e, dentro de um determinado domínio de memória, o envolvimento de estruturas específicas pode depender do tipo de condicionamento se utilizando contexto ou explícito tais sinais leves ou som. Diversos relatos clínicos têm implicado o prejuízo do lobo temporal medial (LTM) com amnésia retrógrada. Embora muito tenha sido feito para desvendar os circuitos neurais subjacentes ao medo condicionado, utilizando contexto, som ou luz como estímulo condicionado (EC) o envolvimento do LTM nessas formas de condicionamento ainda não está claro. Para abordar esta questão foi avaliada a distribuição de Fos no LTM de ratos após a exposição a um contexto, um som ou luz, previamente emparelhado com choques nas patas. Vinte e quatro horas após as sessões de condicionamento, os animais foram colocados na mesma caixa experimental ou a um contexto distinto ou foram expostos ao som e luz sem receber choques nas patas. Diferença significativa na expressão de Fos foi determinada por análise de regiões do lobo temporal medial (córtex ectorrinal, perirrinal e entorrinal) e do hipocampo ventral. Os resultados comportamentais mostraram que houve congelamento nos três tipos de medo condicionado, mas o padrão de distribuição Fos foi diferente em ratos expostos a estímulos específicos ou contexto previamente emparelhado com choques nas patas. Apesar da saliente aquisição da resposta do medo se simular nas três condições, o achado mais saliente foi uma distribuição selectiva de Fos no córtex ectorrinal, perirrinal e entorrinal do grupo. Surpreendentemente, esses animais não mostraram significativa expressão Fos no hipocampo ventral. Isto sugere que o contexto e estímulos aversivos explícitos apresentam propriedades distintas de mapeamento ao de distribuição de Fos no circuito cortico-hipocampal cerebral. Estes resultados indicam que regiões corticais no LTM parecem ser críticas no armazenamento de informações contextuais, mas não de informações associadas a estímulos explícitos previamente pareados a choques nas patas. / Conditioned fear (CF) is one of the most frequently used animal models of associative memory to background or foreground stimuli. Independent brain circuits underlie different forms of memory, and, within a particular memory domain, the involvement of specific structures may depend upon the type of conditioning whether using context or explicit cues such light or tone. Several clinical reports have implicated the damage to the medial temporal lobe (MTL) with retrograde amnesia. Although much has been done to disclose the neural circuits underlying CF using context, tone or light as conditioned stimuli (CS) the involvemet of the MTL in these forms of conditioning is still unclear. To address this issue we assessed the Fos distribution in the MTL of rats following exposure to a context, a tone or a light previously paired with footshocks. Twenty-four hours later the conditioning sessions they were placed to the same chamber or to a distinct context and presented with tone or light only without any footshocks. Significant group differences in regional Fos expression were determined by analysis in regions of the medial temporal lobe (ectorhinal, perirhinal and entorhinal cortices) and the ventral hippocampus. The behavioral results showed comparable freezing in the three types of CF but the pattern of Fos distribution was distinct in rats exposed to specific cues or context previously paired with footshocks. Despite comparable acquisition of the conditioned fear response, the most remarkable finding was a selective distribution of Fos in the entorhinal, perirhinal and ectorhinal cortices of the MTL for context-CS groups. Remarkably, these animals did not show significant Fos expression in the ventral hippocampus. It is suggested that context and explicit stimuli endowed with aversive properties through conditioning cause distinct Fos brain mapping in the corticohippocampal circuitry. These results indicate that tasks requiring the association between context and an aversive stimulus depend on subregions of the MTL. Such findings suggested that cortical regions of the MTL appears to be critical for storing context but not explicit cue footshock associations.
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Análise de sistemas hipotalâmicos envolvidos na organização da defesa intraespecífica. / Analyses of hypothalamic systems involved in the organization of intra-specific defense.Motta, Simone Cristina 30 July 2010 (has links)
Etologicamente, os animais expressam repostas de medo frente a um predador ou a um co-especifico e a organização neural de respostas defensivas intraespecíficas são pouco conhecidas. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar o papel hipotalâmico na organização da defesa intraespecífica. Observamos que o núcleo pré-mamilar dorsal do hipotálamo também está ativo durante nesse tipo de defesa, porém porções distintas do mesmo. A lesão desse núcleo em ratos expostos a derrota social levou a importantes alterações comportamentais, praticamente abolindo comportamentos de defesa passiva. Notamos que regiões do hipotálamo lateral são as principais projeções aferentes do núcleo pré-mamilar dorsal e o principal alvo eferente é a coluna dorsomedial da matéria cinzenta periaquedutal. Concluímos que o hipotálamo é fundamental para a organização da defesa intraespecífica e que comportamentos defensivos inter e intra-específicos se utilizam de caminhos neurais distintos. / In nature, animals express fear responses toward a predator or a co-specific and not much is known about the neural organization of intra-specific defense. Therefore, the aim of this work was to analyze the role that the hypothalamus plays during the intra-specific defense expression. We observed that the dorsal premammilary nucleus is also mobilized during the agonistic encounter, but a different portion. Dorsal premammilary nucleus lesioned intruders led to important defense alterations, almost abolishing passive forms of defensive behavior. Notably, regions in lateral hypothalamus are particularly important for activating the dorsal premammilary nucleus and its efferent projection to the dorsomedial column of periaqueductal gray matter is the most important outcome for the defensive behavior expression. Concluding, the hypothalamus is fundamental for the neural organization of intra-specific defense and inter and intra-specific defensive behaviors are organized by distinct neural pathways.
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"Expressão de proteína Fos na investigação do substrato neural da antinocicepção induzida pelo medo". / Fos-like immunoreactivity used to investigate the neural substrate of fera-induced antinociceptionGomes, Karina Santos 04 March 2005 (has links)
A exposição de animais ao labirinto em cruz elevado (LCE), um modelo animal de ansiedade, resulta na exibição de comportamentos defensivos e antinonicepção, bem como induz a expressão de proteína Fos em várias regiões límbicas em ratos. O presente estudo investigou possíveis correlações neuroanatômicas de estruturas envolvidas na modulação do medo e antinocicepção, em camundongos expostos a diferentes tipos de LCE [fechado (LCEf: quatro braços fechados), padrão (LCEp: dois braços abertos e dois fechados) e aberto (LCEa: quatro braços abertos)] e tratados ou não com um estímulo nociceptivo. A proteína Fos foi utilizada como marcador funcional de ativação neuronial da matéria cinzenta periaquedutal (PAG) (dorsal e ventro-lateral), amígdala (AMY), núcleo intersticial da estria terminal (BNST), núcleo do trato solitário (Sol), hipotálamo dorsomedial (dmHYP), núcleos da rafe [Magno (RmG), Mediano (MnR) e dorsal (DR)], colículo superior (SC) e inferior (IC) e núcleo parabraquial (PB). O Experimento I investigou o efeito da exposição aos diferentes LCEs sobre a resposta nociceptiva de camundongos submetidos ao teste de retirada da cauda (TRC), teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético 0,6% (TCA) e teste da formalina (TFo). Enquanto a exposição ao LCE produziu resultados inconsistentes no TRC, a exposição ao LCEp e LCEa provocou antinocicepção no TCA e somente a exposição ao LCEa eliciou antinocicepção no TFo. O Experimento II investigou a expressão de Fos em animais submetidos ou não ao TCA e expostos aos diferentes LCEs. Outro grupo, sem qualquer manipulação, foi incluído ao estudo para verificar a expressão basal de Fos. As exposições aos LCEa e LCEp provocaram, respectivamente, antinocicepção e esquiva dos braços abertos sem alterar a nocicepção. Na maioria das estruturas foi encontrado um alto nível da expressão da proteína no grupo Basal e LCEf. A exposição aos LCEs aumentou a expressão da proteína no dmHYP e na PAG ventrolateral, um efeito que se mostrou independente do estímulo nociceptivo. A injeção de ácido acético tendeu em diminuir a marcação de Fos (em comparação com o grupo correspondente), alcançando significância no PB e MnR. O Experimento III investigou se a manipulação diária (habituação às condições experimentais por 10 dias antes da exposição aos LCEs e do TCA) interfere na expressão de Fos. Um grupo Basal e um somente submetido ao TCA foram incluídos. Semelhante ao Exp. II, os animais se esquivaram dos braços abertos do LCEp, e as exposições aos LCEp e LCEa resultaram em antinocicepção. Em relação ao Exp. II, a expressão de Fos diminuiu na maioria das estruturas, mas o perfil de redução na marcação foi mantido para várias estruturas (Sol, Gi, AMY e PAG) para os animais submetidos ao TCA, com exceção do DR, no qual houve aumento da expressão de Fos no grupo LCEf. A redução na expressão não se deve ao TCA per se, pois nos animais submetidos ao TCA e não expostos aos LCEs, houve aumentos na expressão de Fos em várias estruturas (MnR, DR, SC, dmHYP, AMY, CeAMY, BlAMY e PAG). Os resultados do presente estudo indicam que a exposição de animais ao LCEp e LCEa elicia antinocicepção em diferentes testes de nocicepção e que a aversão gerada pela exposição ao LCEa é mantida mesmo na ausência de conflito. É possível que a redução da marcação de Fos provocada em animais expostos concomitantemente aos LCEs e ao TCA esteja associada a inibição em nivel espinhal da estimulação dos feixes nociceptivos ascendentes provocada pela experiência no LCE. / The exposure of mice to the elevated plus-maze (EPM), an animal model of anxiety, results in exhibition of defensive behaviors and antinociception. It also induces Fos protein expression in several limbic structures in rats. The present study investigated possible neuroanatomical correlations between the structures involved in the modulation of fear and antinociception in mice exposed to differente types of EPM [enclosed (eEPM: four enclosed arms), standard (sEPM: two open and two enclosed arms) and open (oEPM: four open arms)] with or without prior nociceptive stimulation. The evaluation of Fos-like immunoreactivity (FLI) was used as a functional marker of neuronal activation in the periaqueductal gray matter (PAG) (dorsal and ventrolateral), amygdala (AMY), bed nucleus of the stria terminalis (BNST), solitary tract nucleus (Sol), dorsomedial hypothalamus (dmHYP), raphe nuclei [Magno (RMg), Median (MnR) and Dorsal (DR)], superior (SC) and inferior coliculus (IC) and parabrachial nucleus (PB). Experiment I assessed the effect of EPMs exposure under the nociceptive response in three different types of nociception test: tail flick test (TF), writhing test (WT: induced by i.p injection of 0.6% acetic acid) and formalin test (FT). While the EPM exposure produced inconsitent results in the TF, exposure to the sEMP and the oEPM resulted in antinociception in WT. Only the oEPM exposure elicited antinociception in the FT. Experiment II investigated FLI in animals submitted or not to the WT and exposed to the different EPMs (see above). A group without any manipulation to verify the basal expression of Fos was added to the study. Exposure to the oEPM and sEPM provoked, respectively, antinociception and open arm avoidance without any change in nociception. EPM exposure increased protein expression in dmHYP and ventrolateral PAG, an effect that was independent of the nociceptive stimulation. Acetic acid injection tended to decrease FLI in many structures and a significant effect was recorded in PB and MnR. However, in general, a high level of Fos expression was found in Basal and eEPM groups rendering data interpretation difficult. Experiment III investigated whether diary handling (10 days) would reduce the FLI. Two groups one group to measure Fos Basal expression and one to measure Fos expression in animals submitted to the WT only were included to the study. As in EXP II, animals avoided the open arms of the sEPM. Also exposure to sEPM and oEPM provoked antinociception. Compared to Exp. II, FLI was decreased in almost all structures investigated, but as recorded in EXP II, nociceptive stimulation reduced FLI in several structures (Sol, Gi, AMY and PAG) in animals concurrently exposed to EPM. An exception was in the DR, in which an enhancement of Fos expression was revealed in eEPM exposed animals. The reduction in FLI cannot be attributed to the WT per se, since an increment of FLI was detected in several structures (MnR, DR, SC, dmHYP, AMY, CeAMY, BlAMY and PAG) in mice submitted to the WT but not exposed to the EPM. Present results indicate that the sEPM and oEPM exposure elicit antinociception evaluated in different chemical nociceptive tests. The antinociceptive response induced by oEPM exposure suggests that conflict situation is not crucial to inhibit pain in mice. It is possible that the FLI reduction recorded in animals exposed concurrently to both EPM and WT is associated with an inhibitory effect of the EPM experience on the nociceptive spinothalamic bundle stimulation induced by WT.
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Medo, ansiedade e dor de dente em adolescentes: impacto na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde / Fear, anxiety and dental pain in adolescents: impact on quality of life, oral health and access to health servicesFábio Silva de Carvalho 29 June 2012 (has links)
O medo e a ansiedade odontológica estão frequentemente associados a experiências traumáticas ocorridas no ambiente odontológico durante a infância. A dor de dente parece ser o problema de saúde bucal de maior impacto sobre o bemestar dos indivíduos, interferindo diretamente na qualidade de vida, pois provoca desordens no sono, diminuição do rendimento no trabalho, faltas escolares e dificuldades na alimentação. Além disso, tem sido identificada como forte preditor de restrição ao acesso aos serviços de saúde bucal, bem como importante elemento no planejamento dos serviços de saúde. O presente estudo teve como objetivos verificar a prevalência e intensidade do medo, da ansiedade e da dor de dente em adolescentes e estimar o impacto dessas variáveis na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde. A amostra foi composta por 101 adolescentes, matriculados na única escola estadual do município de Reginópolis- SP. Foram aplicados cinco questionários para verificar a prevalência e intensidade do medo (Dental Fear Survey), da ansiedade (Modified Dental Anxiety Scale) e da dor de dente, além de verificar o impacto na qualidade de vida (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) e o acesso aos serviços de saúde. Para avaliar as condições de saúde bucal foram utilizados os índices CPOD (cárie dentária) e CPI (doença periodontal). O teste de Mann-Whitney foi usado para verificar as diferenças entre os grupos (idade, sexo, etnia e local da moradia) quanto ao medo, ansiedade, qualidade de vida, cárie dentária e doença periodontal. Para verificar a associação com a dor de dente e acesso ao serviço de saúde foi usado o teste do qui-quadrado. A correlação entre medo, ansiedade e dor de dente com qualidade de vida, saúde bucal e acesso ao serviço foi feita por meio do Coeficiente de Correlação de Spearman. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%. A prevalência do medo e da ansiedade foram 55,45% e 84,16%, respectivamente. O baixo nível de ansiedade foi maior nos adolescentes de 11 a 13 anos de idade (p=0,028). Cerca de 71,00% dos adolescentes teve dor de dente alguma vez na vida e a faixa etária de 11 a 13 anos teve maior experiência de dor de dente (p=0,014). A média do CPOD foi de 4,52, sendo que a prevalência de cárie dentária foi maior nos adolescentes de 14 a 16 anos de idade e nas meninas (p<0,05). Poucos adolescentes apresentaram condições periodontais saudáveis (14,85%). A procura por atendimento odontológico foi feita por 70,30% há menos de um ano, na maioria das vezes para prevenção. Grande parte apresentou impacto da saúde bucal na qualidade de vida (88,12%), porém fraco (79,21%). Houve correlação significativa do medo e da prevalência e severidade da dor de dente com a média geral do OHIP-14 (p<0,010). Neste estudo, verificou-se que medo e a dor de dente tiveram impacto na qualidade de vida dos adolescentes. / Dental fear and anxiety are often associated with traumatic experiences that occurred in the dental environment during childhood. Dental pain seems to be the problem of oral health with the greatest impact on the well-being of individuals, directly interfering with quality of life; it causes sleep disorders, decreased performance at work, school absences and difficulties in feeding. Moreover, it has been identified as strong predictor of restriction of access to oral health services, as well as an important element in the planning of health services. This study aimed to determine the prevalence and intensity of fear, anxiety and dental pain in adolescents and to estimate the impact of these variables on quality of life, oral health and access to health services. The sample consisted of 101 adolescents enrolled in the only state school in the city of Reginópolis-SP. Five questionnaires were used to determine the prevalence and intensity of fear (Dental Fear Survey), anxiety (Modified Dental Anxiety Scale) and dental pain, and check the impact on quality of life (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) and access to health services. To assess the oral health status DMFT (dental caries) and CPI (periodontal disease) were used. The Mann-Whitney test was used to investigate the differences between the groups (age, gender, ethnicity and place of residence) as to fear, anxiety, quality of life, dental caries and periodontal disease. To verify the association with the dental pain and access to health services was used the chi-square test. The correlation between fear, anxiety, and dental pain with quality of life, oral health and access to the service was performed by the Spearman correlation coefficient. In all tests it was adopted level of significance of 5%. The prevalence of fear and anxiety were 55.45% and 84.16% respectively. The low level of anxiety was higher in adolescents 11-13 years-old (p = 0.028). About 71.00% of adolescents had dental pain sometime in their lives and the age range 11-13 years had greater experience of dental pain (p = 0.014). The mean DMFT was 4.52, and the prevalence of dental caries was higher in adolescents 14-16 years-old and in girls (p <0.05). Few adolescents had healthy periodontal conditions (14.85%). Searching for dental care was done by 70.30% less than a year, mostly for prevention. Most adolescents showed impact of oral health on quality of life (88.12%), but weak (79.21%). There was a significant correlation of fear and the prevalence and severity of dental pain with the total mean OHIP-14 (p <0.010). In this study, it was noted that fear and dental pain had impact on quality of life of adolescents.
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Mediação do medo condicionado contextual por glicocorticóides e mecanismos glutamatérgicos no córtex pré-frontal medial / Mediation of contextual conditioned fear by glucocorticoids and glutamatergic mechanisms in the medial prefrontal cortex.Reis, Fernando Midea Cuccovia Vasconcelos 07 October 2015 (has links)
Alterações no sistema glutamatérgico e mudanças no funcionamento do córtex pré-frontal medial (CPFm) têm sido associadas a diversos distúrbios psiquiátricos, dentre os quais a ansiedade. Também é reconhecido que alterações nas concentrações circulantes de glicocorticóides podem induzir alterações nas sinapses e circuitos glutamatérgicos e, consequentemente, modificar a reatividade emocional dos animais. Embora se saiba que os glicocorticóides influenciam a liberação de glutamato no CPFm, a interação entre os efeitos mediados pelos receptores mineralocorticóides (MR) ou glicocorticóides (GR) e o sistema glutamatérgico, na expressão da resposta condicionada de medo, ainda não está elucidada. Nesse sentido, os objetivos do presente estudo foram investigar (i) a influência dos glicocorticóides na expressão do medo condicionado contextual e seus efeitos sobre a atividade do CPFm em ratos, (ii) o papel dos receptores MR e GR localizados no córtex prelímbico (PrL) na expressão da resposta condicionada de congelamento e (iii) a interação entre os mecanismos mediados pelos glicocorticoides e o sistema glutamatérgico, via receptores do tipo NMDA, na expressão dessa resposta. Ratos Wistar machos foram tratados com veículo ou metirapona, um bloqueador de síntese de corticosterona, e expostos a um contexto previamente pareado com choque nas patas. Foram avaliados o tempo de medo contextual (comportamento de congelamento) e a expressão de proteína Fos em diferentes regiões do CPFm. Os resultados mostraram que a exposição ao contexto aversivo levou a um aumento significativo da expressão de congelamento e de proteína Fos no PrL, nas áreas do córtex cingulado anterior 1 e 2 (Cg1 e Cg2), mas não no córtex infralímbico. A administração de metirapona levou a uma diminuição da expressão de congelamento e de proteína Fos no PrL, Cg1 e Cg2. A administração bilateral de espironolactona, um antagonista de receptores MR, no PrL antes do teste diminuiu as respostas de medo e o pré-tratamento com RU38486, um antagonista de receptores GR, aboliu este efeito. Os resultados também mostraram que a diminuição da resposta de congelamento induzida por injeções intra-PrL de corticosterona foi abolida pela administração prévia de RU38486, mas não por espironolactona, indicando que a corticosterona recruta preferencialmente os receptores GR para produzir esses efeitos. A administração prévia do antagonista de receptor NMDA também preveniu os efeitos induzidos pelo tratamento com corticosterona sugerindo que, no PrL, parte dos efeitos rápidos do glicocorticóides sobre a expressão do medo condicionado se dá por uma interação com o sistema glutamatérgico. A administração de NMDA no PrL, antes do teste, induziu efeitos similares ao tratamento com corticosterona nessa região. De modo geral, os resultados sugerem que a liberação de corticosterona durante a apresentação de um estímulo condicionado aversivo influencia a atividade do CPFm de maneira que, uma mudança no equilíbrio das atividades mediadas por MR e GR, por meio de um aumento da atividade de GR, interage com o sistema glutamatérgico via aumento da atividade dos receptores NMDA influenciando a expressão da resposta de medo condicionado contextual. Sugere-se que a redução na expressão do medo condicionado observada após a administração local de corticosterona no PrL também seja decorrente de mudanças no equilíbrio entre MR e GR em direção a um aumento de suas ações mediadas por GR, assim como um aumento na liberação de glutamato e maior atividade de receptores NMDA nessa região. / Changes in the glutamatergic system and in the functioning of the medial prefrontal cortex (mPFC) have been associated with different psychiatric disorders, including anxiety. It is also recognized that changes in circulating levels of glucocorticoids can induce changes in glutamatergic synapses and circuits and therefore alter the emotional reactivity of animals. Although is known that glucocorticoids can influence the release of glutamate in the mPFC, the interaction between mineralocorticoid receptors (MR) and glucocorticoid receptors (GR) activation and the glutamatergic activity on the expression of conditioned fear response is not yet elucidated. The aims of the present study were to investigate (i) the influence of glucocorticoids on the expression of contextual conditioned fear and its effects in the activity of the mPFC in rats, (ii) the role of MR and GR in the prelimbic cortex (PrL) on expression of conditioned freezing response and (iii) a possible interaction between the effects mediated by the glucocorticoids and the glutamatergic system, via NMDA receptors on the expression of this response. Male Wistar rats were treated with vehicle or metyrapone, a corticosterone synthesis blocker, and exposed to a context previously paired with footshock. The time of contextual fear (freezing behavior) and Fos protein expression in different regions of mPFC were evaluated. The results showed that exposure to the aversive context induced a significant increase in freezing and Fos protein expression in the PrL, in the anterior cingulate cortex, areas 1 and 2 (Cg1 and Cg2), but not in the infralimbic cortex. The administration of metyrapone induced a decrease on the expression of freezing and Fos in PrL, Cg1 and Cg2. Bilateral administration of spironolactone (a MR antagonist) in PrL before the test, decreased conditioned fear response and the pretreatment with RU38486 (a GR antagonist) abolished this effect. The results also showed that the decrease of freezing response induced by intra-PrL corticosterone injections was abolished by prior administration of RU38486, but not by spironolactone, indicating that corticosterone recruits preferentially GR to produce the observed effects. Prior administration of the NMDA receptor antagonist also prevented the effects induced by corticosterone treatment in the PrL, suggesting that part of rapid effects of glucocorticoids on the expression of conditioned fear occurs by an interaction with the glutamatergic system. Additionally, NMDA administration in the PrL prior to the test induced similar effects to corticosterone treatment in this region. Overall, the results suggest that the release of corticosterone during the presentation of a conditioned aversive stimulus influences the mPFC activity so that a change in the balance of the activities mediated by MR and GR through an increase in GR activity interacts with the glutamatergic system by increasing the activity of NMDA receptors influencing the expression of contextual fear conditioning response. It is suggested that the reduction in the expression of conditioned fear observed after local administration of corticosterone in the PrL is also due to changes in the balance between MR and GR towards an increase in the actions mediated by GR, as well as an increase in the release of glutamate and a greater NMDA receptor activity in this region.
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Reich, Espinosa e a educação / Reich, Espinosa, and the EducationAvila, Daniel Camparo 13 December 2010 (has links)
Wilhelm Reich (1897-1957), psicanalista dissidente austríaco, e Benedictus de Espinosa (1632- 1677), filósofo holandês, são autores cujas obras convergem na luta por um ser humano livre e ativo, contribuindo à composição de perspectivas educacionais voltadas ao desenvolvimento da potência humana. Este estudo teórico focaliza, no âmbito da educação, as ideias deixadas por esses dois pensadores. Para tanto, realizou-se, em especial, a leitura da Ética e do Tratado Teológico-Político, de Espinosa, e de Os pais como educadores I: a compulsão a educar e suas causas, Sobre o onanismo, A função do orgasmo e Psicologia de massa do fascismo, de Reich. Realizou-se, também, a tradução do artigo The parental attitude toward infantile masturbation, de Reich, assim como o acompanhamento de comentadores de ambos os autores. Reich e Espinosa denunciam uma vida tomada pelo medo irracional, que, todavia, persevera em existir no abandono de sua potência. O medo, portanto, não seria apenas um afeto útil à preservação da vida frente aos perigos, como também estaria envolvido na produção do desejo de submissão e da tendência à obediência, de modo que diferenciamos, acompanhando os autores, o medo de um mais-medo. Com relação à origem do estímulo, o medo corresponde a um perigo externo e real que ameaça a vida, e o mais-medo a um perigo interior e imaginário, relativo à satisfação do desejo. Quanto à determinação dessas reações, o medo constitui uma reação ativa, pois decorre da natureza mesma do sujeito. O mais-medo, por sua vez, é uma reação passiva, determinada por um processo de produção social e contraditório à sua natureza. O medo, portanto, não deve ser considerado uma fraqueza, mas expressão da potência natural do ser humano, ao passo que o mais-medo escraviza essa força promovendo impotência. Uma perspectiva educacional vinculada à moral autoritária e ao imaginário do sistema do medo só pode, portanto, contribuir à formação de indivíduos fragilmente constituídos, expropriados de sua potência de vida e desejosos de servir a qualquer um que se apresente como portador de uma força capaz de lhes garantir a própria existência. Nesse horizonte, uma educação para a potência não consiste em uma educação contra o medo, tarefa que abrigaria a abdicação a uma capacidade essencial humana. Pelo contrário, trata-se de uma formação pautada pela experiência e conhecimento de si, descoberta dos medos reais e combate ao mais-medo / Wilhelm Reich (1897-1957), Austrian dissentient psychoanalyst, and Benedictus de Spinoza (1632-1677), Dutch philosopher, are authors which works converge at the struggle for a free and active man, leading to the composition of educational perspectives heading human power. This theoretical study focus on the contributions, by both these thinkers, at the educational ambit. Thus, we have read Spinozas Theological-Political Treatise and Ethics and Reichs Parents as educators I: the compulsion to educate and its causes, About masturbation, The function of orgasm and Mass Psychology of fascism, as well as commentators of both authors. We have also translated Reichs article The parental attitude toward infantile masturbation. Reich and Spinoza denounce a life taken by fear, that strains yet in existing through the abandon of its power. Fear, therefore, is not only an useful affect in life preservation against dangers, but is also involved in the production of submission desire and the trend to obey, by which we differ, following the authors, the fear of a plus-fear. In relation to the stimulus origin, fear matches a real and external danger that threatens life, while plus-fear addresses an imaginary and internal fear, related to the satisfaction of desire. As to the determination of these reactions, fear constitutes an active reaction, as it follows the nature of the individual. Plus-fear, on the other hand, is a passive reaction determined by a process of social production, and contradictious to its nature. Fear, therefore, must not be considered a weakness but an expression of human being natural power, whilst plus-fear enslaves this power bringing about impotency. An educational perspective linked to the authoritarian moral and the images of the fear system can only, thus, contribute to the formation of fragile individuals expropriated of their life power and wishful of serving anyone that presents himself as conveying a transcendental power liable to guarantee his existence. In this horizon, an education to the power does not consist in an education against fear, assignment that would shelter the abdication of a essential human ability. On the contrary, it refers to a formation driven by experience and self knowledge, discovery of the real fears, and the struggle against plus-fear
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Papel das porções dorsal e ventrolateral da matéria cinzenta periaquedutal de camundongos na modulação das reações comportamentais defensivas e antinocicepção induzidas por situações aversivas / Role of dorsal and ventrolateral portions of the periaqueductal gray in the modulation of defensive behaviors and antinociception induced by aversive situations in miceGomes, Joyce Mendes 23 February 2010 (has links)
Situações ameaçadoras (p.ex., exposição ao labirinto em cruz elevado LCE) induzem respostas comportamentais e neurovegetativas, geralmente acompanhadas por antinocicepção e da ativação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenais (HPA). Além disso, é conhecido que a matéria cinzenta periaquedutal (MCP) faz parte do substrato neural para a expressão de alterações comportamentais e neurovegetativas em resposta a estímulos aversivos e que essa estrutura mesencefálica é longitudinalmente dividida em quatro colunas (dorsomedial, dorsolateral, lateral e ventrolateral) que estão envolvidas em coordenar estratégias distintas para o animal lidar com diferentes tipos de estresse, ameaça e dor. No presente estudo foram analisados os níveis plasmáticos de corticosterona em camundongos expostos a 3 tipos de LCE, o fechado (LCEf: 4 braços fechados - situação não aversiva), o padrão (LCEp: 2 braços abertos e 2 braços fechados - situação aversiva com a possibilidade de esquiva/fuga) ou o aberto (LCEa: 4 braços abertos - situação aversiva sem a possibilidade de esquiva/fuga). O perfil da resposta hormonal foi também avaliado em animais concomitantemente submetidos à injeção de formalina 2,5% no dorso da pata traseira direita (teste de nocicepção). O estudo também avaliou a duração da antinocicepção induzida pela exposição ao LCEa em animais mantidos ou não neste ambiente aversivo. A caracterização da participação da MCP neste tipo de antinocicepção foi avaliada pela lesão irreversível (produzida pela injeção de NMDA) uni ou bilateral da porção dorsal (MCPd: colunas dorsolateral e dorsomedial) e bilateral da porção ventrolateral (MCPvl) desta estrutura mesencefálica sobre a resposta nociceptiva induzida pela injeção de formalina na pata traseira direita em camundongos expostos ao LCEf ou ao LCEa. Finalmente, os efeitos da lesão da MCPd ou da MCPvl nos índices de ansiedade foram avaliados no labirinto em cruz elevado padrão (LCEp) em camundongos com ou sem a injeção prévia de formalina. Os resultados mostraram que a exposição aos três tipos de LCE aumentou a secreção plasmática de corticosterona (CORT), porém os níveis foram superiores nos animais expostos ao LCEp ou LCEa quando comparados ao LCEf. Além disso, quando os animais foram submetidos ao teste de formalina níveis elevados, porém semelhantes, de CORT foram verificados após a exposição aos diferentes LCE, sugerindo que o estímulo nociceptivo elevou as concentrações plasmáticas desse glicocorticóide para valores máximos. Na avaliação da duração da antinocicepção induzida pela exposição ao LCEa, verificou-se que esta reação defensiva cessou imediatamente após a retirada do animal deste ambiente, mas perdurou por até 20 minutos quando o animal foi mantido nesta condição ameaçadora. Por fim, a lesão das diferentes porções da MCP mostrou que tanto a MCPd como a MCPvl parecem não estar envolvidas na antinocicepção induzida pela exposição ao LCEa. Curiosamente, a lesão da MCPvl reduziu a resposta nociceptiva de animais submetidos ao LCEf e aumentou a locomoção durante a exposição ao LCEf e LCEa. Além disso, a lesão bilateral da MCPd reduziu seletivamente os índices de ansiedade (% de entradas e de tempo nos braços abertos do LCEp) somente em camundongos que não foram submetidos ao teste da formalina, o que sugere que a nocicepção prejudicou o efeito ansiolítico produzido pela lesão desta porção da MCP. No entanto, é importante destacar que a lesão da MCPvl não alterou os índices de ansiedade e a locomoção de camundongos não submetidos a estimulação sensorial nociceptiva concomitante. / Threatening situations (e.g., exposure to an elevated plus-maze with four open arms oEPM) induce behavioral and neurovegetative responses generally accompanied by antinociception and activation of the hypothalamus-pituitary-adrenal (HPA) axis. Furthermore, it is known that the midbrain periaqueductal gray (PAG) is part of the neural substrate for the expression of behaviorally and neurovegetative alterations in response to aversive stimuli. In addition, the PAG is longitudinally divided into four columns (dorsomedial, dorsolateral, lateral and ventrolateral) that are involved in coordinating distinct strategies for animals coping with different types of stress, threat and pain. The present study analyzed the plasmatic levels of corticosterone when mice with or without prior 2.5% formalin injection into the right hind paw (nociception test) were exposed in one of the 3 types of EPM, the enclosed (eEPM: 4 enclosed arms - non-aversive situation), the standard (sEPM: two open and two closed arms - aversive situation with the possibility of avoidance/flight) or the open (oEPM: 4 open arms - aversive situation without the possibility of avoidance/flight) EPM. The study also investigated the temporal evaluation of the oEPM-induced antinociception when mice were kepted in (for 30 min) or removed from (after 10 min of exposure) that aversive environment (i.e., the oEPM). The characterization of the PAG participation in this type of antinociception was evaluated by irreversible (produced by NMDA injection) uni or bilateral lesion of dorsal PAG portion (dPAG: dorsolateral and dorsomedial columns) and bilateral ventrolateral PAG lesion (vlPAG). Finally, the effects of dPAG or vlPAG lesion on the anxiety indices were investigated in mice with or without prior formalin injection during the exposure to the sEPM. Results showed that the eEPM exposure increased the plasmatic concentration of corticosterone (CORT), however sEPM or oEPM exposure animals showed higher levels of CORT than eEPM-exposed mice. Moreover, when animals were submitted to the formalin test high, but similar levels of this glucocorticoid were verified after the exposure to the different EPM, suggesting that nociception also has provoked a ceiling effect on plasma corticosterone concentration. Results also showed that the oEPM-induced antinociception ceased immediately after mice withdrawal from the aversive situation. However, this pain inhibition response remained unchanged for approximately 20 min in animals that were kept in the threatening condition. Finally, the lesions of different portions of PAG showed that neither dPAG nor vlPAG appear to be involved in the modulation of the oEPM-induced antinociception. Curiously, vlPAG lesion reduced the nociceptive response in animals submitted to the eEPM and increased the locomotion during eEPM and oEPM exposure. Moreover, bilateral dPAG lesion reduced anxiety indices (% of open arm entries and % of open arm time) only in mice that had not received prior injection of formalin, suggesting that nociception impaired the anxiolytic-like effect produced by dPAG lesion. It is important to highlight that vlPAG lesion did not alter the anxiety-like indices and the locomotion in mice not submitted to the concurrent nociceptive stimulation.
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Programa para aumentar a autoeficácia e diminuir o medo da dor e evitação do movimento em pacientes com lombalgia crônica - PROAME / Program to increase self-efficacy and reduce the fear of pain and avoidance of movement in chronic low back pain patients - PROAMEVieira, Erica Brandão de Moraes 17 May 2016 (has links)
Introdução: Crenças de autoeficácia e de medo da dor e evitação do movimento influem na incapacidade em pacientes com lombalgia crônica e estratégia que as modifiquem são desejáveis. Objetivo: Analisar o efeito de um Programa de educação e exposição ao movimento (PROAME) na modificação dessas crenças, estilo de pensamento, humor e incapacidade em pacientes com lombalgia crônica. Método: Ensaio clínico randomizado, cegado para a avaliação do desfecho, realizado com 81 pacientes divididos em três grupos: Grupo A (três sessões de exposição e três sessões de educação), Grupo B (três sessões de educação) e Grupo C (controle). Foram elegíveis pacientes com lombalgia 6 meses,com pontuação na Escala Tampa de Cinesiofobia 51 pontos e na Escala de Autoeficácia para Dor Crônica 182 pontos. Os pontos de corte das crenças foram estabelecidos neste estudo. Autoeficácia e medo da dor e evitação do movimento foram desfechos primários. Pensamentos catastróficos, ansiedade, depressão, incapacidade e dor, desfechos secundários. A comparação dos desfechos entre os Grupos A, B e C foi feita por meio dos testes Qui-quadrado, Exato de Fisher, Equação de Estimação Generalizada, ANOVA e Kruskal Wallis. Resultado: Os pacientes dos Grupos A e B melhoraram a autoeficácia, o medo da dor e evitação do movimento, pensamentos catastróficos, ansiedade, depressão e incapacidade (p<0,001). Os doentes do Grupo C ficaram estáveis em todas essas variáveis. O Grupo A melhorou a intensidade dolorosa e características neuropáticas, quando comparado aos Grupos B e C (p<0,001). Na análise do Ciclo Vicioso do Medo da Dor e Evitação do Movimento, atividades do dia a dia (53,7%) e o movimento de curvar a coluna (48,2%) foram os que mais causavam dor. A dor com componente neuropático ocorreu em 39,2% dos relatos e em 71,4% das vezes havia pensamentos catastróficos. Medo exagerado estava presente em 44,4% dos que tinham incapacidade limitada e em 27,8% dos que apresentavam incapacidade maior. A hierarquização do medo no termômetro do prejuízo (escore de 0-100) mostrou que o medo acima de 50 pontos foi descrito em 24 de 40 atividades. .As atividades mais escolhidas para a exposição foram trabalhar com a pá (33,3%), correr (33,3%), carregar sacolas de compras uma em cada mão (25,9%), esfregar o chão com rodo (25,9%) e realizar abdominal no chão (25,9%). Houve redução dos escores de medo e ansiedade, após a primeira exposição (p<0,001) e segunda exposição (p<0,001). Conclusão: A parte educativa do PROAME foi capaz de melhorar as crenças disfuncionais, o humor e a incapacidade dos doentes, mas não a intensidade dolorosa. No entanto, somente a exposição ao movimento melhorou a intensidade da dor. A análise do Ciclo Vicioso mostrou a presença de medo exagerado ao movimento, catastrofização e incapacidade. / Introduction: Self-efficacy and fear of pain and avoidance of movement beliefs influence on disability in chronic low back pain patients and strategies for changing them are desirable. Objective: To analyze the effect of an educational and exposure to movement Program (PROAME) in modifying those beliefs, style of thinking, mood, and disability in chronic low back pain patients. Methods: Randomized clinical trial, blinded to outcome assessment, conducted with 81 patients divided into three groups: Group A (three exposure sessions and three educational sessions), group B (three education sessions) and Group C (control). Were eligible patients with low back pain 6 months with scores on Tampa Scale of kinesiophobia 51 points and Chronic Pain Self-efficacy Scale 182 points. Cutoff points of the beliefs were established in this study. Self-efficacy and fear of pain and avoidance of movement were primary outcomes. Catastrophic thoughts, anxiety, depression, disability and pain, secondary outcomes. The comparison of outcomes between groups A, B and C was made using the chi-square test, Fisher\'s exact, Generalized Estimation Equation, ANOVA and Kruskal Wallis. Results: Patients in Groups A and B improved self-efficacy, fear of pain and avoidance movement, catastrophic thoughts, anxiety, depression and disability (p <0.001). The Group C patients were stable in all these variables. Group A improved pain intensity and neuropathic characteristics when compared to Groups B and C (p <0.001). In Vicious Cycle of Fear of Pain and Avoidance of Movement analysis, daily activities (53.7%) and the movement of bending the spine (48.2%) were the ones that caused pain. The pain with a neuropathic component occurred in 39.2% of the reports and in 71.4% of cases had catastrophic thoughts. Exaggerated fear was present in 44.4% of those with limited disability, while 27.8% of those with greater disability. The fear hierarchy in thermometer harm (score 0-100) showed that fear above 50 has been reported in 24 of 40 activities. The activities most chosen for exposure were \"working with the shovel\" (33.3%), \"running\" (33.3%), \"carrying shopping bags - one in each hand\" (25.9%), \"mop the floor with squeegee\" (25.9%) and \"abdominal hold down\" (25.9%). There was a reduction of fear and anxiety scores after the first exposure (p <0.001) and second exposure (p <0.001). Conclusion: The educational part of PROAME was able to improve dysfunctional beliefs, mood and disability of patients, but not pain intensity. However, only the exposure to movement improved pain intensity. Analysis of the Vicious Cycle showed the presence of exaggerated fear of movement, catastrophizing and disability.
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