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Avaliação de estresse oxidativo em isquemia e reperfusão renal sob variação tópica de temperatura em modelo animal / Oxidative stress evaluation in ischemia and reperfusion in kidneys underwent to variation of local temperature in an animal modelSantos, Emanuel Burck dos January 2012 (has links)
Introdução: embora a lesão por isquemia e reperfusão (I/R) renal possa ser reduzida por resfriamento, nenhuma análise sistemática in vivo da influência da temperatura foi empregada até o momento para avaliar o efeito de diferentes temperaturas nos danos provocados pela I/R renal. Objetivos: desenvolver um modelo experimental em ratos para avaliar os efeitos da variação local de temperatura (hipotermia renal tópica) nos danos, ou na prevenção destes, provocados por I/R. Além do desenvolvimento do modelo experimental, outro objetivo foi medir o efeito do estresse-oxidativo em diferentes grupos de temperatura no modelo experimental desenvolvido por nós. Métodos: estudo randomizado com ratos Wistar, machos adultos, pesando cerca de 400g, foram randomizados para quatro grupos experimentais com 7 animais em cada grupo. No grupo 1 a temperatura renal tópica foi ambiental; no grupo 2 foi induzida hipotermia local leve (26ºC) através do gotejamento de solução fisiológica resfriada até o alcance da temperatura-alvo; no grupo 3 a hipotermia tópica foi moderada (15ºC); e no grupo 4 a hipotermia profunda (4ºC) foi atingida através da utilização de solução fisiológica congelada (gelo). A temperatura sistêmica foi medida por termômetro retal. Já a temperatura cortical renal foi medida por termômetro com sonda intraparenquimatosa. Após anestesia geral através de injeção intraperitoneal de Ketamina (75mg/Kg) e Xilazina (10mg/Kg), os ratos foram submetidos a canulação retrorbital para obtenção de amostra de sangue antes da laparotomia. A seguir procedeu-se com nefrectomia direita (rim controle, removido logo após a laparotomia e não submetido a I/R ou hipotermia). O rim esquerdo teve interrupção do fluxo arterial ao longo de 40 minutos (isquemia). De acordo com o grupo, o rim era ou não resfriado. O resfriamento era mantido na temperatura alvo até o término dos 40 minutos. O rim era então reperfundido e o abdome era suturado. Os animais permaneciam em gaiola aquecida com água a disposição, mas não alimentos. Após 240 minutos de reperfusão os animais eram reoperados sob nova anestesia geral. O rim esquerdo e o sangue eram coletados, e os ratos eram sacrificados. O rim direito foi considerado o grupo controle, assim como o sangue coletado antes da laparotomia. A avaliação dos desfechos incluiu a medida de catalase (CAT), de superóxido dismutase (SOD), de ácido tiobarbicúrico (TBARS), de nitritos (NO2) e de nitratos (NO3) teciduais, além da medida de F2-isoprostanos (F2IP) plasmáticos. Também foi realizado exame histopatológico renal em hematoxilina-eosina (HE). Resultados: o exame histopatológico revelou que I/R (40’/240’) provocou lesão renal, independentemente da temperatura cortical renal, quando comparado com o grupo controle (P < 0,001). TBARS, um dos produtos da peroxidação lipídica, mostrou aumento em todos os grupos submetidos a I/R, independentemente da temperatura, em relação ao grupo controle. Catalase, enzima protetora contra o estresse oxidativo, mostrou aumento no grupo I/R normotérmico (G1, 37ºC) quando comparado ao grupo controle, indicando mobilização celular de mecanismos protetores intrínsecos. À medida que a temperatura era diminuída no grupo I/R, ocorreu diminuição da catalase em relação ao controle, mas sobretudo em relação ao I/R normotérmico, indicando que a hipotermia foi um mecanismo extrínseco de proteção, dispensando a mobilização da catalase. Foi detectada uma diferença estatisticamente significativa entre o grupo I/R normotérmico (G1, 37ºC) e o grupo submetido à hipotermia profunda (G4, 4ºC), com um P < 0.03. A avaliação dos demais marcadores de desfecho não mostrou diferenças estatisticamente significativas. Conclusões: isquemia renal de 40 minutos seguida de reperfusão por 240 minutos provocou lesão renal com alterações histopatológicas e também em um marcador de estresse oxidativo (TBARS). A avaliação da catalase (CAT) demonstrou que a hipotermia profunda (4ºC) foi provavelmente protetora, embora não tenha havido tradução histopatológica dessa proteção, nesse experimento agudo (240 minutos de reperfusão pós-isquêmica). / Introduction: Hypothermia has been associated with prevention against ischemiareperfusion (I/R) damage, but there is no experimental analysis, in vivo, regarding the role that hypothermia plays on renal injury induced by I/R. Objectives: The aims of this study were to design an animal model and evaluate the impact of predetermined ranges of temperatures on markers of oxidative stress and renal histologic sections. Methods: 28 Wistar male rats, under general anesthesia, undergone laparatomy to collect the right kidney (control group in each animal). The vascular pedicle of the left kidney was clamped during 40 minutes (ischemia). Four temperatures groups were designed, with 7 animals randomized for each group: normothermic (around 37oC), mild local hypothermia (26oC), moderate local hypothermia (15oC) and deep hypothermia (4oC). The systemic body temperature was kept during the operation through the warming of the surgical table. The left kidney cortical temperature was assessed with an intra parenchymal probe connected to a thermometer. For the systemic temperature measurement it was applied a common electronic rectal thermometer. After 40 minutes of ischemia, the left kidney had the vascular clamp removed, and the abdominal wall had been closed in two layers. The animals were kept alive in an incubator for 240 minutes, so they were re-laparotomized, under new anesthesia, and the left kidney was removed. Afterwards it was performed heart puncture in order to collect blood sample for plasmatic f2-isoprostanes. Half of each kidney (right and left, of all animals) had been kept on formalin and sent to pathological evaluation. The tissues stored on the freezer were used to analyze oxidative stress markers: catalase, SOD, TBARS, NO3, and NO2. Results: Core body temperature had not differed significantly between the groups. According to the pathological evaluation, all kidneys that suffered ischemia were significantly more injured than the controls (p < 0.001). No injury was found on the control group (right kidney of each rat). TBARS showed quite similar findings, showing increased levels in all I/R groups compared with the control group (P < 0.001). Concerning the protective enzyme catalase, it was observed an increase of this enzyme on the ischemic normothermic kidney when compared to the control. As the temperature was decreasing, more the catalase was decreasing, reaching a significant statistical difference (P < 0.03) between the ischemic normothermic group (G1, 37ºC) and the deepest hypothermic group (G4, 4ºC). No difference was found on nitrites and nitrates, superoxide dismutase, or on the plasmatic isoprostanes. Conclusion: This model was efficient in produce oxidative stress by I/R. Deep hypothermia has offered protection in this acute experiment (40 min of ischemia followed by 240 min of reperfusion).
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Alterações neurocomportamentais induzidas por agentes antineoplásicos : efeitos da administração aguda da cisplatina sobre a memória aversiva em ratosHecktheuer, Silvia Ramos January 2009 (has links)
O objetivo geral desta pesquisa foi estudar os efeitos neurocomportamentais associados à administração de agentes antineoplásicos. Mais especificamente, investigamos os possíveis efeitos da cisplatina sobre a memória aversiva em ratos, medidos através das tarefas da esquiva inibitória. Diversos estudos associam à ação dos quimioterápicos as disfunções cognitivas constatadas em pacientes submetidos a tratamentos antineoplásicos. Cogita-se que eles teriam a capacidade de ultrapassar a barreira hematoencefálica e estariam relacionados ao aumento do estresse oxidativo e dos níveis de citocinas. Além disso, fatores como deficiências no reparo do DNA, encurtamento dos telômeros, disfunções nos mecanismos de restauração neural e de liberação de neurotransmissores e a diminuição nos níveis de estrógeno e testosterona podem potencializar seus efeitos sobre a cognição. Em modelos animais, embora não haja unanimidade, há a indicação da existência de efeitos cognitivos, que aparecem na maioria das vezes em curto prazo e são reversíveis, e que variam de acordo com a dose utilizada. Além disso, os estudos começam a indicar que os quimioterápicos agem sobre funções cognitivas específicas. Em relação à cisplatina, estudos neurofisiológicos sugerem que ela pode influenciar a nocicepção, aumentar a excitabilidade dos neurônios de ampla faixa dinâmica da medula espinhal, diminuir a condução nervosa e afetar os neurônios do gânglio da raiz dorsal. No experimento realizado, foram administradas três doses de cisplatina (0,1, 0,3 e 1 mg/Kg i.p.) em ratos Wistar machos adultos, que em seguida realizaram a habituação em campo aberto. Uma semana depois, foram treinados na tarefa de esquiva inibitória e testados 24h e uma semana após. Os resultados mostram que a cisplatina não afetou o comportamento dos ratos em campo aberto, mas induziu um aumento de desempenho na tarefa da esquiva inibitória, medido uma semana após o treino, o que leva à conclusão de que essa droga pode induzir uma facilitação da memória de longo prazo.
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Modelo experimental de Bypass gástrico em Y-de-Roux em ratosRamos, Maurício Jacques January 2009 (has links)
Resumo não disponível
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Sinalização autofágica e níveis de miostatina em modelo de hipertrofia cardíaca fisiológica em camundongosPinto, Graziela Hünning January 2014 (has links)
A hipertrofia cardíaca é caracterizada pelo aumento do músculo cardíaco devido aumento das dimensões dos cardiomiócitos. Em condições fisiológicas ou patológicas a hipertrofia está relacionada com o aumento da força do coração, provocando alterações nas células miocárdicas. O exercício ativa a via da proteína Akt relacionada à sobrevivência celular em resposta ao exercício e atua sobre a proteína quinase mTOR, ocasionando síntese proteica e hipertrofia. A mTOR participa da proliferação e crescimento celular através da regulação da tradução da proteína. Além disso, a mTOR também controla outros processos celulares como autofagia e parece estar relacionada com a sinalização de miostatina. Portanto, quando miostatina aumentada, inibe o crescimento muscular provavelmente através da inibição de mTOR. A autofagia é um mecanismo homeostático com a finalidade de degradação e reciclagem através da ação lisossomal reciclando organelas citoplasmáticas e proteínas a fim de remover esses materiais intracelulares. A ativação da autofagia ocorre em duas situações: uma em baixo nível de fluxo autofágico, devido uma baixa energética a fim de manter a sobrevivência celular e em outra situação há ativação pronunciada a fim de esgotar os elementos celulares culminando em morte celular. Esses dois extremos nas ações autofágicas são mecanismos potenciais pró ou anti-sobrevivência. Estudos mostram uma ativação da autofagia durante o exercício agudo e parece estar relacionado com a repressão da via AKT/mTOR. Por outro lado, no exercício crônico a autofagia é ativada em músculo esquelético através de aumento das proteínas autofágicas. Tal evento é explicado pela mudança do perfil muscular esquelético pós-exercício gerando maior quantidade de metabólitos que são reciclados pelo sistema, porém em músculo cardíaco ainda está sendo estudado. A miostatina é um regulador negativo do crescimento muscular esquelético. Em doenças seu aumento resulta em perda muscular, contudo, na hipertrofia fisiológica a miostatina está reduzida no músculo esquelético e no cardíaco. A miostatina aumentada bloqueia não só Akt, mas também mTOR, favorecendo a via de degradação proteica através da maquinaria autofágica. Assim, a miostatina tem ação na autofagia durante o exercício e essas vias podem estar relacionadas com o desenvolvimento da hipertrofia cardíaca.
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Investigação do efeito da insulina e/ou do clonazepam sobre o dano oxidativo em fígado, cérebro e sobre os níveis plasmáticos e cerebrais de taurina em ratos diabéticos submetidos ao teste de natação forçadaWayhs, Carlos Alberto Yasin January 2014 (has links)
O Diabetes Mellitus é caracterizado por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina, ou ambos. Recentemente foi demonstrado que além do comprometimento de órgãos como o fígado, o sistema nervoso central também sofre os efeitos deletérios do diabetes, uma vez que a encefalopatia diabética foi reconhecida como uma complicação deste distúrbio metabólico heterogêneo. Existe uma associação bem reconhecida entre a depressão e o diabetes, uma vez que a prevalência da depressão em indivíduos diabéticos é maior do que na população em geral, e o clonazepam vem sendo utilizado para tratar esta complicação. O estresse oxidativo parece desempenhar um papel importante no desenvolvimento e na progressão do diabetes e suas complicações. Foi analisado neste estudo o dano a proteínas e o status antioxidante no fígado e no córtex, hipocampo e estriado, além do dano ao DNA e a lipídeos nas referidas áreas cerebrais de ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina submetidos ao teste da natação forçada. Além disso, foi avaliado o efeito antioxidante da insulina e/ou do clonazepam nas áreas cerebrais desses animais, bem como no fígado. Ainda, foi investigado o efeito do tratamento sobre os níveis de taurina no córtex cerebral e no plasma dos animais. Verificou-se que os animais diabéticos sob comportamento do tipo depressivo apresentaram dano a proteínas e alteração do status antioxidante no fígado e nas referidas áreas cerebrais, bem como dano ao DNA e a lipídeos nos tecidos cerebrais avaliados. O tratamento agudo com insulina e/ou clonazepam protegeu frente ao estresse oxidativo tanto no fígado quanto no córtex, hipocampo e estriado, uma vez que foi evidenciado o efeito antioxidante desses tratamentos. Ainda, foi verificado que as concentrações de taurina estão diminuídas no plasma e aumentadas no córtex cerebral desses animais, e que estes efeitos foram corrigidos pelo tratamento agudo de insulina e/ou clonazepam. Estes dados sugerem que a associação dos dois fármacos em questão pode proteger frente ao estresse oxidativo no fígado e no cérebro de ratos diabéticos submetidos ao teste da natação forçada. / Diabetes Mellitus is characterized by hyperglycemia resulting from defects on insulin secretion, insulin action, or both. It was recently demonstrated that in addition to the involvement of organs such as the liver, the central nervous system is not spared from the deleterious effects of diabetes, since diabetic encephalopathy was recognized as a complication of this heterogeneous metabolic disorder. There is a well recognized association between depression and diabetes, once prevalence of depression in diabetic patients is higher than in general population, and clonazepam is being used to treat this complication. Oxidative stress is widely accepted as playing a key mediatory role in the development and progression of diabetes and its complications. In this work, damage to proteins and antioxidant status in liver and in cortex, hippocampus and striatum were analyzed, as well as DNA and lipid damage in the referred brain areas from streptozotocin-induced diabetic rats submitted to forced swimming test. Furthermore, the antioxidant effect of insulin and/or clonazepam was evaluated in liver and brain areas from the animals. Moreover, the effect of the treatment on the taurine levels in plasma and cortex from animals was also investigated. It was verified that diabetic animals under depressive-like behavior presented protein damage and an unbalance in antioxidant status in liver and in the referred brain areas. The animals also showed DNA and lipid damage in brain areas evaluated. The acute treatment with insulin and/or clonazepam protected against oxidative stress in liver and in the cortex, hippocampus and striatum, since the antioxidant effect of these treatments has been evidenced. In addition, it was shown that taurine concentrations are decreased in plasma and increased in the cerebral cortex from these animals, and that these effects were corrected by the insulin and/or clonazepam acute treatment. These data suggest that the association of these two drugs can protect against oxidative stress in liver and brain from diabetic rats submitted to forced swimming test.
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Efeito do pré-condicionamento isquêmico sobre aspectos funcionais, morfológicos e celulares no modelo de hemorragia intracerebral focal em ratos Wistar adultosBoisserand, Lígia Simões Braga January 2013 (has links)
O pré-condicionamento (PC) é um fenômeno biológico decorrente da exposição de um tecido ou órgão a um estímulo sub-letal capaz de promover adaptações teciduais que levam a uma proteção a um evento subsequente similar. Alguns estímulos, no entanto podem levar a uma proteção mesmo quando a lesão subsequente é de natureza distinta, isto é chamado de tolerância cruzada. Estudos experimentais vêm utilizando esta estratégia para reduzir o dano provocado pelo acidente vascular encefálico. Com o objetivo de testar a possível tolerância cruzada que o evento isquêmico produziria sobre a lesão causada pela hemorragia, testamos um modelo de pré-condicionamento cruzado induzido por 10 ou 20 minutos de oclusão bilateral das artérias carótidas comuns sobre a hemorragia intracerebral (HIC) induzida por colagenase tipo IV-S no estriado dorsolateral. Para tanto, utilizamos 60 ratos Wistar machos adultos que foram divididos em 6 grupos: sham, PC10, PC20, HIC, PC10+HIC e PC20+HIC. De acordo com o grupo, os animais receberam 10 ou 20 minutos de pré-condicionamento isquêmico (exceto os grupos sham e HIC) e 24 horas após foram submetidos à hemorragia intracerebral ou a cirurgia sham, onde os animais receberam apenas salina. Os animais foram avaliados quanto ao seu desempenho motor através do teste do cilindro e teste da escada horizontal durante o período do experimento. Vinte dias após a indução da HIC, os animais foram perfundidos e foram obtidas amostras do tecido encefálico para a avaliação do volume da lesão e densidade óptica regional de astrócitos (GFAP+) e microglia (CD11b). Em nossos resultados detectamos que 10 ou 20 minutos de PC foram capazes de proteger o tecido da lesão promovida pela HIC (p<0,05) e de reduzir a densidade de GFAP+ (p<0,05). No entanto, não houve diferenças quanto ao desempenho funcional avaliado por nossos testes, tampouco sobre a ativação microglial no período estudado. Conjuntamente nossos resultados evidenciam que a tolerância tecidual induzida pelo pré-condicionamento isquêmico foi capaz de promover algum grau de proteção no modelo de hemorragia intracerebral induzido por colagenase do tipo IV-S, mesmo que isso não tenha sido evidenciado no desfecho funcional avaliado por nossos testes comportamentais. Além disso, os diferentes tempos de PC estudados não mostraram diferentes graus de proteção.
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Caracterização comportamental do modelo de convulsões induzidas por pentilenotetrazol em zebrafish adultoMussulini, Ben Hur Marins January 2013 (has links)
O pentilenotetrazol (PTZ) é um agente convulsivo amplamente utilizado em modelos animais para investigações envolvendo crises convulsivas. Embora haja um crescente número de estudos envolvendo zebrafish adulto e convulsão, não há até o momento uma caracterização comportamental detalhada do modelo de indução de crises por PTZ neste animal. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma caracterização detalhada das manifestações comportamentais no modelo de convulsão induzida por PTZ em zebrafish adulto. Grupos de 12 animais foram submetidos, por imersão, a distintas diferentes concentrações de PTZ (5, 7.5, 10 e 15 mM). O comportamento convulsivo foi observado durante 20 minutos. Os animais apresentaram os seguintes escores comportamentais: (0) nados curtos; (1) aumento na atividade natatória e na abertura opercular; (2) movimentos erráticos e acelerados; (3) movimentos circulares; (4) convulsão clônica; (5) convulsão tônica; (6) morte. Os animais expostos a diferentes distintas concentrações de PTZ apresentaram diferentes distintos perfis convulsivos, intensidades de convulsão e latência para chegar aos escores. Apenas os animais imersos na concentração de 15 mM apresentaram maior tempo para retornar ao comportamento normal após a exposição ao PTZ. A mortalidade foi de 33% e 50% para as concentrações de 10 mM e 15 mM, respectivamente. No intuito de avaliar abordagem perfil comportamental frente ao pré-tratamento de um fármaco anticonvulsivo, 12 animais foram expostos a diazepam (DZP) por 40 min e após expostos ao PTZ (10 mM). O tratamento com DZP atenuou a severidade da convulsão, mas não o tempo necessário para retornar ao comportamento normal. Levando em consideração que este modelo baseia-se na imersão direta do animal a uma solução de PTZ, avaliamos também as concentrações cerebrais deste agente convulsivo. Além disso, investigamos também uma possível correlação entre a concentração cerebral de PTZ, o tempo e a concentração de exposição. Os resultados decorrentes da exposição dos animais a 5 e 10 mM de PTZ, apontam para uma correlação tempo e concentração dependentes. Os resultados deste trabalho demonstram uma caracterização comportamental detalhada ao longo do tempo de exposição ao PTZ, além de avaliar pela primeira vez a intensidade de convulsão, tempo de retorno ao comportamento normal e mortalidade dos animais. Além disso, pela primeira vez foram determinadas as concentrações cerebrais deste composto neste modelo de convulsão em zebrafish adulto. Por fim, espera-se que tais ferramentas comportamentais e de quantificação cerebral deste composto possam ser úteis em futuras investigações translacionais e estudos que tenham como objetivo melhor compreender esta desordem. / Pentylenetetrazole (PTZ) is a common convulsant agent used in animal models to investigate the mechanisms of seizures. Although adult zebrafish have been recently used to study epileptic seizures, a thorough characterization of the PTZ-induced seizures in this animal model is missing. The goal of this study was to perform a detailed temporal behavior profile characterization of PTZ-induced seizure in adult zebrafish. The behavioral profile during 20 min of PTZ immersion (5, 7.5, 10, and 15 mM) was characterized by stages defined as scores: (0) short swim, (1) increased swimming activity and high frequency of opercular movement, (2) erratic movements, (3) circular movements, (4) clonic seizure-like behavior, (5) fall to the bottom of the tank and tonic seizure-like behavior, (6) death. Animals exposed to distinct PTZ concentrations presented different seizure profiles, intensities and latencies to reach all scores. Only animals immersed into 15 mM PTZ showed an increased time to return to the normal behavior (score 0), after exposure. Total mortality rate at 10 and 15 mM were 33% and 50%, respectively. Considering all behavioral parameters, 5, 7.5, 10, and 15 mM PTZ, induced seizures with low, intermediate, and high severity, respectively. Pretreatment with diazepam (DZP) significantly attenuated seizure severity. Finally, the brain PTZ levels in adult zebrafish immersed into the chemoconvulsant solution at 5 and 10 mM were comparable to those described for the rodent model, with a peak after a 20-min of exposure. The PTZ brain levels observed after 2.5-min PTZ exposure and after 60-min removal from exposure were similar. Altogether, our results showed a detailed temporal behavioral characterization of a PTZ epileptic seizure model in adult zebrafish. These behavioral analyses and the simple method for PTZ quantification could be considered as important tools for future investigations and translational researches.
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Diabetes e obesidade ativam vias pró-inflamatórias associadas com a progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica :Di Naso, Fábio Cangeri January 2013 (has links)
A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é uma doença de alta incidência e difícil diagnóstico relacionada principalmente com a obesidade e o diabetes. Pode se manifestar desde uma forma de estatose simples progredindo para a esteatohepatite, caracterizada pela presença de infiltrado inflamatório e até mesmo para formas mais graves, como cirrose e carcinoma hepatocelular. Apesar do envolvimento da obesidade e do diabetes no desenvolvimento da DHGNA, ainda não estão claros os fatores que contribuem para a progressão da doença. O estudo experimental tem como objetivo avaliar o estresse oxidativo e nitrosativo hepático em um modelo experimental de diabetes. O estudo clínico tem como objetivo avaliar marcadores de estresse oxidativo e o envolvimento das proteínas de choque térmico na progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica. Foi utilizado um modelo de diabetes experimental em ratos wistar (21) induzidos através de estreptozotocina. Foi avaliado o estresse oxidativo hepático através da medida das substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e o estresse nitrosativo hepático através da expressão da iNOS e nitrotirosina pelo método Western Blot. Também foi avaliada a expressão da p65 representando a ativação do NFƙB hepático no modelo. No estudo em humanos, foram avaliados pacientes com obesidade grave (95) e diagnóstico de Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica diagnosticada através de biópsia hepática no trans-operatório da cirurgia bariátrica. Os pacientes foram divididos nos grupos esteatose (ST), esteatohepatite (SH) e esteatohepatite + fibrose (SH+F) através de análise da biópsia por um patologista cegado. Foram avaliados marcadores metabólicos e antropométricos, assim como provas de função hepática. O estresse oxidativo sistêmico foi avaliado através do TBARS e atividade da SOD plasmática. A expressão das proteínas HSP70, HSF-1, JNK1, JNK2, p-JNK1 e p-JNK 2 foram avaliadas no fígado e tecido adiposo dos pacientes através do método Western Blot. A expressão e distribuição da HSF-1 e HSP70 também foram avaliadas no tecido hepático através da imunofluorescência. No modelo experimental de diabetes, foi observado um aumento da lipoperoxidação e da expressão da iNOS, nitrotirosina e p65 no fígado do grupo de animais diabéticos. No estudo clínico, foi observado um aumento significativo do estresse oxidativo sistêmico dos pacientes e na resistência insulínica do grupo SH e SH+F quando comparados ao grupo ST. A expressão da HSP70 e HSF-1 foi menor com a progressão da doença enquanto a ativação da JNK foi maior. A obesidade e o diabetes promovem aumento do estresse oxidativo hepático e deprimem a via anti-inflamatória HSP70 contribuindo para a progressão da DHGNA. / Non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) is a disease of high incidence and difficult diagnosis mainly related to obesity and diabetes. Can manifest from a form of simple steatosis to steatohepatitis, characterized by the presence of inflammatory infiltrate, and even more severe forms, such as cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Despite the involvement of obesity and diabetes in the development of NAFLD, are still not clear the factors that contribute to disease progression. The experimental study aims to evaluate the hepatic oxidative and nitrosative stress in an experimental model of diabetes. The clinical study aims to evaluate oxidative stress markers and the involvement of heat shock proteins in the progression of nonalcoholic fatty liver disease. We used a model of experimental diabetes in Wistar rats (21) induced by streptozotocin. We evaluated the hepatic oxidative stress by measuring substances that react with thiobarbituric acid TBARS and nitrosative stress through the hepatic expression of iNOS and nitrotyrosine by western blot method. We also analyzed the expression of p65 representing NFƙB activation. In the clinical study, was evaluated patients with severe obesity (95) and diagnosis of nonalcoholic fatty liver disease diagnosed by liver biopsy obtained during bariatric surgery. Patients were divided into steatosis group (ST), steatohepatitis (SH) and steatohepatitis and fibrosis (SH + F) through analysis of biopsy by a blinded pathologist. Were evaluated metabolic markers, anthropometric data and liver function tests. The systemic oxidative stress was evaluated by TBARS and SOD activity in plasma. The expression of proteins HSP70 , HSF-1, JNK1, JNK1, p-JNK1 and p-JNK2 were evaluated in the liver and adipose tissue of patients using the western blot method. The expression and distribution of HSF-1 and HSP70 were also assessed in the liver by immunofluorescence. In experimental diabetes, we observed an increase in lipid peroxidation and expression of iNOS, nitrotyrosine and p65 in the liver of the group of diabetic animals. In the clinical study, there was a significant increase in systemic oxidative stress of patients and insulin resistance in the group SH and SH + F when compared with ST. The expression of HSP70 and HSF-1 was lower with the progression of the disease while JNK activation was greater. Obesity and diabetes promote increased hepatic oxidative stress and depress the anti-inflammatory HSP70 pathway that contributes to the progression of NAFLD.
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Efeito do chá preto sobre a carcinogênese esofágica induzida por dietilnitrosamina em camundongoVelho, Átila Varela January 2003 (has links)
o câncer de esôfago prossegue uma doença de distribuição mundial que, em áreas de maior risco, está relacionada a hábitos regionais, em particular alimentares. No sul do Brasíl, da Argentina e do Uruguai, há zonas de maior incidência, relacionada ao uso de tabaco, de álcool, de churrasco (comida típica) e de uma infusão de erva-mate, chamada chimarrão, bebida a temperaturas elevadas. Ao uso destas infusões foiatribuido no passado um grande poder carcinogênico, que parece estar mais relacionado a irritação térmica do esôfago do que às suas propriedades químicas. Gradativamente, no entanto, algumas destas ervas e chás, têm demonstrado uma apreciável capacidade inibidora da carcinogênese, que poderia ser empregada na quimioprofilaxia do câncer em diversas regiões, devido à grande aceitação de seu consumo. No presente trabalho, visando avaliar o efeitos do chá preto sobre a carcinogênese esofágica experimental, foi utilizado o método de RUBlO (1987), que emprega a indução tumoral do esôfago pela administração oral de dietilnitrosamina (DEN), aplicado a uma população de 120 camundongos fêmeas durante 160 dias. Os animais foram distribuidos em 2 grupos controles (6 animais cada) e 3 grupos de tratamento (36 animais cada), nestes últimos foi efetuada a indução tumoral com dietilnitrosamina (DEN) em concentração de 0,04ml/L e, a dois deles, foi administrado chá preto a 1%, de duas diferentes formas. Após 160 dias foi efetuado a eutanásia dos animais e seus esôfagos foram analisados macroscopicamente e à histopatologia. A comparação entre os resultados obtidos quanto a presença de tumores (macroscopia) e a intensidade das lesões encontradas (histopatologia) revelou uma incidência significativamente menor de tumores (p < 0,0001) e uma maior proporção de lesões de menor gravidade nos grupos que receberam chá preto (p < 0,001), em relação ao grupo que não o recebeu, revelando um acentuado efeito quimioprofilático da substância.
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Influência do furosemide utilizado por via sistemica na resposta inflamatória pulmonar em camundongos BALB/C em resposta a estimulação antigênica com ovalbuminaSilva, Paulo Roberto Silva da January 2003 (has links)
O processo inflamatório final na asma necessita da interação e ação de três setores do nosso organismo: a medula óssea, local de produção das células inflamatórias, a circulação brônquica local de passagem dessas células e os tecidos, o órgão final de sua ação – todos igualmente importantes. Dos três, o compartimento tecidual é o mais extensivamente estudado e o circulatório o menos, com nenhuma citação em pesquisa Cochrane nos últimos 20 anos. Buscando escrutinar o real valor deste último no processo asmático e vislumbrando a possibilidade de interferência terapêutica a este nível, utilizou-se um protocolo animal que mimetiza os acontecimentos da asma – camundongos BALB-C sensibilizados e posteriormente desafiados antigênicamente com OVA (Ovalbumina) - submetidos a ação de uma droga que sabidamente atua sobre o fluxos sanguíneos, o furosemide, um diurético de alça, com funções bem definidas sobre a dinâmica vascular em outras situações patológicas que não asma. O Objetivo do trabalho foi, verificar se essa ação vascular não diurética, poderia influenciar o aporte celular (eosinófilos, neutrófilos) e interleucinas (6, 10,TNF-α) pesquisados no lavado broncoalveolar (LBA) dos animais de estudo. A análise do LBA mostrou não haverem diferenças entre os conteúdos celulares e de interleucinas entre os grupos de estudo com furosemide e o grupo controle. Concluiu-se pela não atuação do furosemide usado por via sistêmica sobre os níveis de interleucinas e na contagem total de células no modelo utilizado. Sugere-se a continuação das pesquisas envolvendo o compartimento circulatório uma vez que existem inúmeras evidências indiretas da sua importância que uma vez comprovado, abriria uma nova janela terapêutica para o tratamento da asma ao impedir que mais células inflamatórias aportem aos tecidos da via aérea quando de uma agressão a este órgão.
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