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Descrição e análise morfossintática do nome e do verbo em Pykobjê-Gavião (Timbira) / Description and morphosyntactic analysis of noun and verb classes in Pykobjê-Gavião (Timbira)Silva, Talita Rodrigues da 24 October 2011 (has links)
No presente estudo descrevemos e analisamos, sob o viés morfossintático, as partes do discurso que se diferenciam no dialeto Timbira conhecido como Pykobjê- Gavião (Tronco Macro-Jê, Família Jê). Através de uma abordagem tipológicofuncionalista, discutimos (i) aspectos de tipologia e ordem de palavras, (ii) distinção entre as duas classes de palavras mais comuns no rol das línguas naturais do mundo, isto é, nome e verbo e (iii) demais classes de palavras observáveis nessa variante linguística, na medida em que se relacionam a nome e verbo. Veremos que os nomes funcionam em Pykobjê-Gavião, basicamente, como núcleo de argumento; ao passo que o verbo, que é mais fomentador de relações, tem como principal atribuição dentro da frase atuar como núcleo de predicado. Os verbos se dividem, por sua vez, em verbos intransitivos simples (único argumento: Sa, So ou Sio) ou intransitivos estendidos e verbos transitivos simples (dois argumentos: A e P) ou transitivos estendidos. Para fundamentar a análise utilizaremos, principalmente, Comrie (1985), Dik (1997), Dryer (1999), Givón (1997, 2001), Payne (1997) e Schachter (2007). / In this thesis, we have described and analyzed, under the bias morphosyntactic, the parts-of-speech systems we could differ in one Timbiras dialect, known as Pykobjê- Gavião (Macro-Jê Branch, Jê Family). Via a functional-typological approach, we have discussed (i) some aspects about language typology and word order correlations, (ii) some distinctions between noun and verb classes, i.e., the most usual word classes among all natural languages and (iii) some others word classes we could observe in this dialect to extent that they are related to noun and verb. We will see that the names work in Pykobjê-Gavião basically as the core of the argument, whereas the verb, which is high promoter relations, within the clause acts mainly as the core of the predicate. Verbs can be divided for analysis into intransitive verbs (single argument: Sa, So or Sio) or extended intransitive verbs and transitive verbs (two arguments: A and P) or extended transitive verbs. To support our analysis we will use, mainly, Comrie (1985), Dik (1997), Dryer (1999), Givón (1997, 2001), Payne (1997) e Schachter (2007).
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Wayoro êmêto: fonologia segmental e morfossintaxe verbal / Wayoro êmêto: segmental phonology and verbal morpho-syntaxNogueira, Antônia Fernanda de Souza 12 August 2011 (has links)
Investigamos, nesta dissertação, a fonologia segmental e a morfossintaxe verbal Wayoro, especialmente, a estrutura argumental e a valência verbal. Nosso objetivo é oferecer um estudo destas áreas da gramática da língua, com base em dados originais e em modelos teóricos úteis para a explicação dos mesmos. No âmbito da fonologia, os pares contrastivos identificados evidenciam o seguinte inventário consonantal: oclusivas /p t tS k g kw gw/, nasais /m n N Nw/, fricativa /B/ e tepe /|/. As consoantes nasais realizam-se como nasais pósoralizadas, quando seguidas por vogal oral. Os fonemas vocálicos /i È o E a/ contrastam quanto à nasalidade e ao prolongamento. Descrevemos os processos fonológicos e morfofonológicos presentes nos dados, a saber, lenição e sonorização, neutralização e assimilação de nasalidade. Quanto à morfossintaxe verbal, inicialmente, apresentamos os morfemas característicos ou exclusivos da categoria verbal. A distribuição dos morfemas pessoais, em Wayoro, está relacionada à valência verbal: prefixos pessoais absolutivos funcionam como objeto e como sujeito do verbo intransitivo, ao passo que morfemas pessoais livres (ergativos) têm função de sujeito do verbo transitivo. O radical verbal é formado por uma raiz à qual se une o verbalizador e a vogal temática . Após a vogal temática, podem ser afixadas marcas de tempo. Examinamos a morfologia interna e a valência de cerca de 100 verbos Wayoro. Os verbalizadores ocorrem com verbos transitivos e intransitivos e, portanto, não estão associados a uma estrutura argumental única. Os verbos podem ser pluralizados através de substituição do verbalizador pelo sufixo , de duplicação da raiz verbal ou de supleção operações que pluralizam o evento (e não necessariamente os argumentos). Os morfemas de mudança de valência são prefixais e selecionam estrutura argumental específica. O prefixo {mõ-~õ-} causativo/transitivizador é usado apenas com verbos intransitivos, tornando-os transitivos. Dentro da proposta de Hale e Keyser (2002), verbos intransitivos que permitem transitivização automática são núcleos verbais que projetam complemento e especificador e podem ser tomados como complemento de um núcleo verbal superior (V1), de modo que o especificador funciona como sujeito da sentença intransitiva e como objeto da versão transitiva. Os testes realizados com o prefixo causativo/transitivizador mostram que {mõ-~õ-} pode ser interpretado como o núcleo superior, V1. O segundo prefixo de mudança de valência investigado é o intransitivizador . Tal morfema foi identificado com verbos que têm uma contraparte transitiva sem o morfema , com valor anticausativo e reflexivo, e verbos que não contam com correspondente transitivo (prefixo inerente), com propriedades de voz média. Por fim, analisamos construções em que o auxiliar {-mãNã} mandar, pedir, fazer toma como complemento um radical verbal transitivo ou intransitivo, inserindo um agente ou causa à sentença. De uma perspectiva tipológica, as sentenças com o auxiliar podem ser analisadas como causativas analíticas e as sentenças com o morfema causativo/transitivizador como causativas sintéticas. / This study investigates the segmental phonology and verbal morpho-syntax, particularly, the argument structure and valency of the verbs in Wayoro language. We aim to provide a study of these areas of the grammar of the language based on original data and subtle theoretical models to explain it. In phonology, the contrastive pairs identified show the following consonantal inventory: stops /p t tS k g kw gw/, nasals /m n N Nw/, fricative /B/ and tap /|/. The nasal consonants are post-oralized when followed by oral vowels. The vocalic phonemes /i È o E a/ show contrast in nasality and length. We describe the phonological and morphophonological processes in the data, namely, lenition, voicing, neutralization and nasal assimilation. Regarding verbal morpho-syntax, initially, we presented the characteristic or exclusive morphemes of the verbal category. The distribution of personal morphemes in Wayoro is related to the verbal valency: the absolutive personal prefixes function as transitive object and intransitive subject, whereas free personal morphemes (ergative) function as transitive subject. The verbs consist of a root, followed by a verbalizer morpheme and the thematic vowel . After the thematic vowel, verbs can receive temporal markers. We examined the internal morphology and valency of about 100 Wayoro verbs. The verbalizers occur with transitive and intransitive verbs, and therefore, are not associated with a single argument structure. Verbs may be pluralized by replacement of verbalizers by the suffix {- kw}, root reduplication and suppletion operations that pluralize the event (and not necessarily the arguments). The valency-changing morphemes are prefixes and select a specific argument structure. The prefix {mõ-~õ-} causative/transitivizer is only used with intransitive verbs, turning them transitive ones. According to Hale & Keyser (2002), intransitive verbs that allow simple (or automatic) transitivization are verbal heads that project both a complement and a specifier and can be taken as complement of an upper verbal head (V1), so that the specifier functions as subject in the intransitive sentences and as object in the transitive alternant. Tests with the causative/transitivizer prefix show that {mõ-~õ-} can be analyzed as the upper head, V1. The second valency-changing prefix investigated is the intransitivizer. This morpheme has been identified in verbs which have a transitive counterpart, without prefix, with anticausative and reflexive effects, and verbs that do not have corresponding transitive ( prefix inherent) with properties of the middle voice. Finally, we analyzed constructions in which the auxiliar {-mãNã} to order, to ask, to make takes transitive and intransitive verbs as complement and adds an agent or cause. From a typological point of view, constructions with that auxiliar may be analyzed as analytic causatives and constructions with the causative/transitivizer prefix as synthetic causatives.
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Construções marginais em georgiano: uma análise sob a perspectiva da linguística cognitiva / Marginal constructions in Georgian: an analysis under the framework of Cognitive LinguisticsPirini, Priscila Lima 22 January 2016 (has links)
Diferentes agrupamentos de verbos, parte do que chamamos aqui de construções marginais, representam em georgiano um pequeno número de verbos que apresenta peculiaridades estruturais que se desviam, de um modo ou de outro, do padrão dominante representado por classes maiores de verbos. São nessas classes maiores que esses agrupamentos menores tradicionalmente acabam por ser inseridos, estando no limiar, diacrônica e sincronicamente, entre construções morfossintáticas maiores. Argumenta-se que, assim como em relação às classes verbais maiores e mais produtivas, esses grupos menores de verbos também revelam tendências bastante específicas presentes na língua, destacando-se por apresentar diferentes processos de significação. Em vista disso, com base no movimento teórico conhecido pelo amplo termo Linguística Cognitiva, procurou-se compreender e explicar fornecendo as necessárias relações entre construções que apontam para essas tendências menos e mais produtivas e prototípicas de que forma mudanças formais vistas nesses grupos de verbos em particular como mudanças argumentais, aumento ou apagamento de argumentos, mudança na marcação de caso de argumentos etc. codificam e espelham maneiras e processos distintos de significação, e qual seria, consequentemente, a natureza dessas diferentes significações. / Different groups of verbs, that we call here marginal constructions, represent in Georgian a limited number of verbs that have structural peculiarities that deviate in one way or another, from the dominant pattern represented by major verb classes in which they are traditionally classified, since they are at the threshold between major morphosyntactic constructions, diachronically and synchronically. It is argued that, compared to the largest and most productive verb classes, these smaller groups of verbs also reveal quite specific tendencies within the language, particularly by showing different meaning processes. Therefore, based on the theoretical framework known by the broad term Cognitive Linguistics, we sought to understand and explain by providing the necessary relations between those constructions that point to less and more productive and prototypical tendencies - how formal changes seen in these verb groups in particular, e.g. changes in argument structure, increase or deletion of arguments, shifting in case marking of arguments etc., reflect and code distinct ways and processes of conceptualization, being able, therefore, to caracterize the nature of these different meanings.
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Aquisi??o de sujeitos e objetos pronominais no portugu?s brasileiro : um estudo longitudinal dos nulos, pessoais e seus casos na perspectiva da morfologia distribu?daBulla, Julieane Pohlmann 26 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-26 / This thesis investigates the acquisition of personal pronouns in Brazilian Portuguese (BP) from the perspective of Distributed Morphology. Based on a corpus composed by interactions of 3 toddlers recorded naturalistic and periodically from 1 year and 7 months to the age of 3, the study presents quantitative and qualitative data of the production of personal pronouns in subject and object positions, as well as null and overt subject and object production. From morphosyntactic analyses of 1st person contexts, it was found that the children in this corpus do pass through an Optional Person Stage, during which they alternate between agreeing inflected verbs and default inflected ones, being the last identical to 3rd person inflected forms. Exploring the morphological case issue, only two cases came out in the acquisition of BP: the accusative, responsible by the insertion of the clitics me and te; and the oblique, causing the insertion of the stressed pronouns mim and ti. It is proposed that case attribution may take place via Lowering Morphological Merger: accusative case is given to 1st and 2nd person pronouns which are VP-internal and oblique case to 1st and 2nd person pronouns that are PP-internal. After the accusative item insertion, there may still be the action of Local Dislocation Morphological Merger to rearrange the pronoun to a proclitic position, typical of BP. Thus, this research has contributed with longitudinal data of pronoun and verbal inflection acquisition by Brazilian children, what may engage future investigations, including those which compare the acquisition of these aspects by other languages speaking children / Esta tese trata da aquisi??o dos pronomes pessoais no portugu?s brasileiro (PB) na perspectiva da Morfologia Distribu?da. Com base em um corpus composto por falas de tr?s crian?as gravadas de forma natural?stica e longitudinal entre 1 ano e 7 meses e 3 anos de idade, a investiga??o apresenta dados quantitativos e qualitativos da produ??o de pronomes pessoais nas posi??es de sujeito e objeto, bem como da express?o de sujeitos e objetos plenos e nulos. Por meio de an?lises morfossint?ticas de contextos de 1? pessoa, verificou-se que as crian?as do corpus passam por um Est?gio de Pessoa Opcional, em que alternam entre verbos flexionados e com flex?o default, igual ? de 3? pessoa. Na explora??o do caso morfol?gico, constataram-se apenas dois casos na aquisi??o do PB: o acusativo, respons?vel pela inser??o dos cl?ticos me e te; e o obl?quo, inserindo as formas t?nicas mim e ti. Prop?s-se que o Merger Morfol?gico Descendente (EMBICK & NOYER, 1999; 2005) determina o caso acusativo para pronomes de 1? e 2? pessoas em posi??o interna a sintagmas verbais (VP) e caso obl?quo para pronomes de 1? e 2? pessoas internos a sintagmas preposicionais (PP). Ap?s a inser??o de itens acusativos, h? ainda a atua??o do Merger Morfol?gico de Deslocamento Local, que reordena linearmente os pronomes para a posi??o procl?tica, t?pica do PB. Assim, a pesquisa contribuiu com dados longitudinais da aquisi??o de pronomes e da flex?o verbal por crian?as brasileiras, o que poder? servir como base para novas pesquisas, incluindo as que comparem a aquisi??o destes aspectos por crian?as falantes de outras l?nguas
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Construções marginais em georgiano: uma análise sob a perspectiva da linguística cognitiva / Marginal constructions in Georgian: an analysis under the framework of Cognitive LinguisticsPriscila Lima Pirini 22 January 2016 (has links)
Diferentes agrupamentos de verbos, parte do que chamamos aqui de construções marginais, representam em georgiano um pequeno número de verbos que apresenta peculiaridades estruturais que se desviam, de um modo ou de outro, do padrão dominante representado por classes maiores de verbos. São nessas classes maiores que esses agrupamentos menores tradicionalmente acabam por ser inseridos, estando no limiar, diacrônica e sincronicamente, entre construções morfossintáticas maiores. Argumenta-se que, assim como em relação às classes verbais maiores e mais produtivas, esses grupos menores de verbos também revelam tendências bastante específicas presentes na língua, destacando-se por apresentar diferentes processos de significação. Em vista disso, com base no movimento teórico conhecido pelo amplo termo Linguística Cognitiva, procurou-se compreender e explicar fornecendo as necessárias relações entre construções que apontam para essas tendências menos e mais produtivas e prototípicas de que forma mudanças formais vistas nesses grupos de verbos em particular como mudanças argumentais, aumento ou apagamento de argumentos, mudança na marcação de caso de argumentos etc. codificam e espelham maneiras e processos distintos de significação, e qual seria, consequentemente, a natureza dessas diferentes significações. / Different groups of verbs, that we call here marginal constructions, represent in Georgian a limited number of verbs that have structural peculiarities that deviate in one way or another, from the dominant pattern represented by major verb classes in which they are traditionally classified, since they are at the threshold between major morphosyntactic constructions, diachronically and synchronically. It is argued that, compared to the largest and most productive verb classes, these smaller groups of verbs also reveal quite specific tendencies within the language, particularly by showing different meaning processes. Therefore, based on the theoretical framework known by the broad term Cognitive Linguistics, we sought to understand and explain by providing the necessary relations between those constructions that point to less and more productive and prototypical tendencies - how formal changes seen in these verb groups in particular, e.g. changes in argument structure, increase or deletion of arguments, shifting in case marking of arguments etc., reflect and code distinct ways and processes of conceptualization, being able, therefore, to caracterize the nature of these different meanings.
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A estrutura argumental da língua Dâw / The argument structure of the Dâw languageJéssica Clementino da Costa 09 June 2014 (has links)
Esta dissertação descreve e analisa a estrutura argumental e as classes verbais da língua Dâw (família Nadahup, Amazonas). Estudamos os verbos dessa língua do ponto de vista semântico e sintático, identificando classes e subclasses de acordo com o comportamento morfossintático das raízes verbais. Além disso, avaliamos as hipóteses descritivas e explicativas das classes verbais identificadas por Martins (2004), primeira pesquisadora a abordar a morfossintaxe Dâw. Nosso arcabouço teórico é a teoria de estrutura argumental desenvolvida por Hale & Keyser (2002), que propõe uma análise da sintaxe e da semântica dos itens lexicais por meio da estrutura argumental sistema de relações estruturais estabelecidas entre o núcleo e seus argumentos, dentro de estruturas sintáticas projetadas pelo próprio núcleo. Por meio de testes linguísticos variados, incluindo alternância de valência e julgamento de (a)gramaticalidade, reclassificamos as nove classes verbais identificadas por Martins (2004) em três classes de acordo com a valência do verbo: classe dos verbos intransitivos, classe dos verbos transitivos e classe dos verbos bitransitivos. Martins (2004) afirma que, na sentença, os verbos podem mudar de tom devido à presença de um morfema tonal transitivizador ou intransitivizador. Contudo, mostramos neste trabalho que o sistema tonal da língua, no nível da sentença, é previsível. Desse modo, independentemente do processo de aumento de valência envolvido, percebemos que a mudança tonal dos verbos decorre devido ao fraseamento fonológico das sentenças. Quanto ao processo de transitivização, este identificou subclasses de verbos intransitivos: verbos alternantes e verbos nãoalternantes. As restrições de alternância devem-se à estrutura argumental de cada tipo verbal. No caso dos verbos intransitivos alternantes ou inacusativos, observamos que eles são formados a partir de estrutura diádica composta, que projeta um especificador interno e um complemento, o que lhe permite alternar entre uma forma intransitiva e transitiva. No caso dos verbos não-alternantes encontramos três padrões: verbos denominais e inergativos, formados a partir de uma estrutura argumental monádica (que não projeta especificador interno), o que impede a alternância; verbos inacusativos nãoalternantes, formados a partir de uma estrutura monádica que toma como complemento uma estrutura diádica básica verbos desse tipo não alternam, pois eles não são formados por uma estrutura diádica, mas contêm tal estrutura; e ve b s e jetiv is, formados a partir de uma cópula que toma como complemento um adjetivo. Uma vez que raiz e núcleo verbal possuem conteúdo fonológico pleno (não vazio), não é possível fazer conflation entre núcleo e raiz, o que impede que o predicado verbal seja formado. Essa estrutura explica a agramaticalidade desses verbos frente ao processo de transitivização automática. Também testamos a sintaxe e a semântica da intransitivização (construções incoativas, voz passiva, reflexiva e média). De modo geral, percebemos que não há morfologia específica para a construção de sentenças médias, incoativas ou anticausativas. Não existem passivas em Dâw; no lugar desta voz, os falantes produzem sentenças incoativas ou com o sujeito subespecificado. As sentenças reflexivas são geradas por meio de pronomes reflexivos na posição de objeto da sentença. Por fim, vimos que objetos diretos de sentenças transitivas são marcados pelo morfema {-uuy\'} analisados por nós como MDO. Sua aplicação está condicionada a restrições semânticas de definitude e animacidade / This thesis describes and analyzes the argument structure and verbal classes of the Dâw language (Nadahup family, Amazon). We studied the verbs of that language from the semantic and syntactic perspective, identifying classes and subclasses according to the morphosyntactic behavior of verbal roots. Furthermore, we evaluated the descriptive and explanatory hypotheses of verb classes identified by Martins (2004), the first researcher to address Dâw morphosyntax. Our theoretical framework is the theory of argument structure developed by Hale & Keyser (2002), which proposes an analysis of the syntax and semantics of lexical items by means of the argument structure the pattern of structural relations between the head and its arguments within syntactical structures projected by the head itself. Through various language tests, including verbal valency alternation and judgment of (a)grammaticality, we reclassified the nine verb classes identified by Martins (2004) into three classes according to the verbal valency: the classes of intransitive verbs, transitive verbs and bitransitive verbs. Martins (2004) states that, in the sentence, the verbs may change in tone due to the presence of a transitivizing or intransitivizing tonal morpheme. However, we show in this paper that the tonal system of the language is predictable at the sentence level. Thus, regardless of the valency-increasing process involved, we realized that the tonal change of verbs arises due to the phonological phrasing of sentences. Regarding the transitivization process, subclasses of intransitive verbs were identified: alternating and non-alternating verbs. The restrictions on alternation are due to the argument structure of each verb type. In the case of unaccusative or alternating intransitive verbs, we observed that they are formed from a composite dyadic structure, projecting an internal specifier and a complement, which allows them to switch between intransitive and transitive forms. In the case of non-alternating verbs we found three patterns: denominal and unergative verbs, based on a monadic argument structure (that does not project internal specifier) that prevents alternation; non-alternating unaccusative verbs based on a monadic structure that takes a basic dyadic structure as a complement verbs of this type do not alternate because they are not formed by a dyadic structure, but contain such a structure n e jectiv l ve bs, f me f m c p l ve b th t t kes n jective s complement. Since the root and verbal head have full (non-empty) phonological content, no conflation is possible between head and root, which prevents the formation of the verbal predicate. This structure explains the agrammaticality of these verbs with regard to the automatic transitivization process. We also tested the syntax and semantics of intransitivization (inchoative constructions, passive, reflexive and middle voices). In general, we found that there is no specific morphology for constructing middle, inchoative or anticausative sentences. There are no passives in Dâw; in place of this voice, the speakers form sentences that are inchoative or have a subspecified subject. Reflexive sentences are created using reflexive pronouns in the position of the object of the sentence. Finally, we found that direct objects of transitive sentences are marked by the {-uuy\'} morpheme analyzed by us as DOM. Its use is subject to semantic constraints of definiteness and animacy
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Descrição e análise morfossintática do nome e do verbo em Pykobjê-Gavião (Timbira) / Description and morphosyntactic analysis of noun and verb classes in Pykobjê-Gavião (Timbira)Talita Rodrigues da Silva 24 October 2011 (has links)
No presente estudo descrevemos e analisamos, sob o viés morfossintático, as partes do discurso que se diferenciam no dialeto Timbira conhecido como Pykobjê- Gavião (Tronco Macro-Jê, Família Jê). Através de uma abordagem tipológicofuncionalista, discutimos (i) aspectos de tipologia e ordem de palavras, (ii) distinção entre as duas classes de palavras mais comuns no rol das línguas naturais do mundo, isto é, nome e verbo e (iii) demais classes de palavras observáveis nessa variante linguística, na medida em que se relacionam a nome e verbo. Veremos que os nomes funcionam em Pykobjê-Gavião, basicamente, como núcleo de argumento; ao passo que o verbo, que é mais fomentador de relações, tem como principal atribuição dentro da frase atuar como núcleo de predicado. Os verbos se dividem, por sua vez, em verbos intransitivos simples (único argumento: Sa, So ou Sio) ou intransitivos estendidos e verbos transitivos simples (dois argumentos: A e P) ou transitivos estendidos. Para fundamentar a análise utilizaremos, principalmente, Comrie (1985), Dik (1997), Dryer (1999), Givón (1997, 2001), Payne (1997) e Schachter (2007). / In this thesis, we have described and analyzed, under the bias morphosyntactic, the parts-of-speech systems we could differ in one Timbiras dialect, known as Pykobjê- Gavião (Macro-Jê Branch, Jê Family). Via a functional-typological approach, we have discussed (i) some aspects about language typology and word order correlations, (ii) some distinctions between noun and verb classes, i.e., the most usual word classes among all natural languages and (iii) some others word classes we could observe in this dialect to extent that they are related to noun and verb. We will see that the names work in Pykobjê-Gavião basically as the core of the argument, whereas the verb, which is high promoter relations, within the clause acts mainly as the core of the predicate. Verbs can be divided for analysis into intransitive verbs (single argument: Sa, So or Sio) or extended intransitive verbs and transitive verbs (two arguments: A and P) or extended transitive verbs. To support our analysis we will use, mainly, Comrie (1985), Dik (1997), Dryer (1999), Givón (1997, 2001), Payne (1997) e Schachter (2007).
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Objeto direto anafórico de 3ª pessoa na fala culta de Salvador: o clítico em desuso.Neiva, Nordélia Costa January 2007 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-05-14T13:36:16Z
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Previous issue date: 2007 / A presente dissertação analisa as formas recorrentes para o objeto direto anafórico na fala culta de Salvador, buscando focalizar o desaparecimento do clítico e o conseqüente crescimento do registro da categoria vazia e dos SNs anafóricos, observando também a pouca freqüência de uso do pronome lexical pleno, neste tipo de discurso. Ressalta-se o quanto o português do Brasil mostra-se distinto do português de Portugal, em que o uso do ele, como objeto direto é uma construção agramatical e o uso da categoria vazia ocorre, mas de forma bastante tímida, como mostra Galves (2001). O corpus básico utilizado neste trabalho é constituído de 24 inquéritos do Projeto da Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC), na cidade do Salvador, selecionados, segundo variáveis sociais (sexo, faixa etária, nível de formalidade do discurso e época de realização dos inquéritos), levando em conta que a variação lingüística é condicionada por fatores estruturais e sociais. Nesse aspecto, defendemos uma análise do uso real da língua, em detrimento da visão idealizada, presente nas gramáticas normativas. A proposta, ora apresentada, pauta-se nos princípios teóricos da Sociolingüística Variacionista que tem como precursor o americano William Labov, como bem explicita Tarallo (1985). / Salvador
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Características morfossintáticas dos advérbios no português brasileiro / Morphosyntactic characteristics of adverbs in brazilian portugueseLima, Rafael Bezerra de 12 August 2010 (has links)
This thesis aims at describing and analyzing the morphosyntactic features of adverbs ending in mente (-ly) in Brazilian Portuguese (BP). One of these features is the fact that adverbs have a close relationship with the adjectives in constructions such as (i) O João entrou na sala rápido / O João entrou na sala rapidamente John entered the room fast / O John entered the room quickly . Based on these examples, we assume that adverbs are a subclass of adjectives, having in mind that these categories occur in the same syntactic environment. Another factor for this assumption relates to their morphological constitution, since, in order to form adverbs in -mente, it is expedient to have an adjectival root. Then, I assume that the adjectives in sentences as in (i) may have a morphological default, i.e., without addition of -mente in their internal structure, or rather, they have to obtain a more specified form with mente in its internal structure. The theoretical framework adopted here is based on the work of Marantz (2001), whose analysis on the formation of morphological nominalizations is extended here to explain the adverbs in -mente in BP and Harris (1999). / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese tem como objetivo descrever e analisar as características morfossintáticas dos advérbios terminados em mente no português brasileiro (PB). Uma dessas características é o fato de os advérbios possuírem uma estreita relação com os adjetivos em construções do tipo (i) O João entrou na sala rápido / O João entrou na sala rapidamente. Com base nesses exemplos, iremos assumir que os advérbios são uma subclasse dos adjetivos, tendo em vista que essas categorias ocorrem num mesmo ambiente sintático. Outro fator determinante para essa assunção refere-se a sua constituição morfológica, uma vez que para se formar advérbios em mente é preciso ter uma raiz adjetival. Assim, assumo que os adjetivos em sentenças como em (i) podem possuir uma característica morfológica default, isto é, sem acréscimo de mente em sua estrutura interna, ou, por outro lado, obter uma forma mais especificada com o mente em sua estrutura interna. O embasamento teórico aqui adotado se fundamenta nos trabalhos de Marantz (2001), cuja análise sobre a constituição morfológica das nominalizações é estendida aqui para explicar a formação dos advérbios em mente no PB e Harris (1999).
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Elementos de fonologia, morfossintaxe e sintaxe da língua Avá-Canoeiro do TocantinsSilva, Ariel Pheula do Couto e 02 March 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. / Submitted by Andrielle Gomes (andriellemacedo@bce.unb.br) on 2015-07-02T16:41:37Z
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2015_ArielPheuladoCoutoeSilva.pdf: 7603995 bytes, checksum: 37db5039ef3df20ee44df3dd77cf5b49 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2015-08-18T13:16:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2015_ArielPheuladoCoutoeSilva.pdf: 7603995 bytes, checksum: 37db5039ef3df20ee44df3dd77cf5b49 (MD5) / A presente dissertação descreve aspectos da fonologia, morfossintaxe e sintaxe da língua Avá-Canoeiro, a qual pertence à família Tupí-Guaraní, tronco Tupí. Neste estudo, tratamos exclusivamente do Avá-Canoeiro do Tocantins, variedade diatópica do Avá-Canoeiro falada ao norte de Goiás. No capítulo 1 aprofundamos a descrição da fonologia desta língua à luz de dados da variedade mais conservadora, isto é, de dados dos falantes remanescentes do contato. No capítulo 2 tratamos de aspectos da morfissintaxe do Avá-Canoeiro do Tocantins, como as diferenças entre nomes e verbos, argumentos e predicados. Descrevemos também a morfologia dos modos verbais indicativo I, indicativo II, Imperativo e Gerúndio, bem como a morfologia flexional – flexão pessoal, casual e relacional. No capítulo 3 tratamos de aspectos da sintaxe do Avá-Canoeiro do Tocantins, enfocando a diferenciação entre argumentos sintáticos e argumentos marcados no núcleo do predicado, buscando descrever como esta língua expressa as categorias de pivô semântico, tópico e foco. / The present dissertation describes aspects of the fonology, morphosyntax and syntax of Avá-Canoeiro, a language which belongs to the Tupí-Guaraní family, Tupi stock. We have focused exclusively on the variety Avá-Canoeiro do Tocantins, which is spoken in the north of Goiás state. In chapter 1, we present the description of the most conservative phonology of Avá Canoeiro do Tocantins. In chapter 2, we focus on the Avá-Canoeiro do Tocantins morphosyntax, showing the differences between nouns and verbs, arguments and predicates, as well as the main morphological features differentiating indicative I, indicative II, imperative and gerund moodes. We also describe personal, casual and relational inflection . In chapter 3 we describe certain aspects of the syntax of the Avá-Canoeiro do Tocantins, highlighting the difference between syntactic arguments, and arguments marked on the predicate core, seeking to describe how this language expresses semantic pivot, topic and focus categories.
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