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Detecção de infarto do miocárdio perioperatório pela ressonância magnética em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica / Detection of perioperative myocardial infarction after coronary artery bypass graft surgery with magnetic resonance imagingMonte, Guilherme Urpia 29 March 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: Apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas e cuidados intensivos, o infarto do miocárdio perioperatório (IMPO) ainda é uma complicação da cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), de difícil diagnóstico. Nessa situação, os parâmetros clínicos habitualmente utilizados para o seu reconhecimento têm limitações, podendo estar alterados pelo trauma cirúrgico. A ressonância magnética cardiovascular (RMC), por sua vez, detém alta acurácia para a detecção de necrose miocárdica. OBJETIVOS: Avaliar a detecção de IMPO pela RMC, comparando-a com os critérios de diagnóstico clínico (DC) e com a cintilografia miocárdica, com pirofosfato de tecnécio-99m (SPECT), assim como investigar a repercussão das áreas de IMPO visualizadas à RMC sobre a função sistólica ventricular esquerda. MÉTODOS: Entre agosto de 2003 e março de 2006, foram estudados 24 pacientes adultos, portadores de doença arterial coronária crônica, com indicação de CRM. Eles foram submetidos a RMC, com técnicas de cine-ressonância e realce tardio, antes e depois da cirurgia, analisando-se o surgimento de novas áreas de necrose miocárdica (IMPO) e/ou disfunção contrátil ventricular esquerda. Também foram realizados: eletrocardiogramas (ECG) seriados, visando detectar o surgimento de novas ondas Q patológicas, depois da cirurgia; dosagens seriadas de marcadores bioquímicos de lesão miocárdica (CKMB e troponina I), para determinar o pico de sua elevação, depois da cirurgia; e SPECT, pré e pós-operatória, analisando-se a presença de novas áreas de hipercaptação do radiofármaco. O DC foi feito com base nos achados de ECG, contração segmentar do ventrículo esquerdo e níveis séricos dos marcadores bioquímicos. Os pacientes foram acompanhados por, pelo menos, 6 meses, depois da cirurgia e submetidos a uma terceira RMC, ao final deste período, para reavaliação da função ventricular. RESULTADOS: A RMC detectou IMPO em significativamente mais pacientes do que o DC (8 [33%] x 1 [4%], p=0,016). Em sua maioria, as áreas de necrose miocárdica visualizadas à RMC foram de pequena extensão (massa média de 5,7±10,2g) e padrão focal. Apesar disto, nos pacientes com IMPO à RMC, houve significativa redução pós-operatória da fração de ejeção ventricular esquerda (de 50±18 para 43±18%, p=0,044), que se manteve após 6 meses, e elevação maior do que 10 vezes o nível sérico normal dos marcadores bioquímicos, após a CRM, o que não ocorreu no grupo sem IMPO. Houve moderada correlação entre a massa de IMPO, medida pela RMC e o pico de elevação sérica dos marcadores bioquímicos (CKMB: r=0,705, p<0,001; troponina I: r=0,625, p=0,003). Observou-se moderada concordância diagnóstica entre a RMC e a SPECT para a detecção de necrose miocárdica perioperatória (Kappa=0,46). As características clínicas e cirúrgicas foram semelhantes entre os dois grupos, com exceção do perfil lipídico e a dose média de estatina (sinvastatina), em uso pelos pacientes, antes da cirurgia (significativamente menor no grupo com IMPO à RMC). CONCLUSÕES: A RMC revelou-se um método útil para o diagnóstico de IMPO, que foi subestimado pelo DC. O achado de necrose perioperatória à RMC associou-se a significativa diminuição da função sistólica ventricular esquerda e grande elevação sérica dos marcadores bioquímicos de lesão miocárdica. / INTRODUCTION: Despite advances in surgical technique and intensive care, perioperative myocardial infarction (POMI) remains a complication of coronary artery bypass graft surgery (CABG) with a challenging diagnosis. In this condition, clinical parameters usually utilized in the detection of POMI have limitations, since they can be affected by surgical trauma. Cardiovascular magnetic resonance imaging (CMRI), on the other hand, provides highly accurate detection of myocardial necrosis. OBJECTIVE: To evaluate POMI findings on CMRI and compare them to clinical diagnosis (CD) and technetium-99m pyrophosphate myocardial scintigrams (SPECT), as well as investigate the impact of POMI areas detected by CMRI on left ventricular systolic function. METHODS: Between August 2003 and March 2006, 24 adult patients with stable coronary artery disease, referred for CABG surgery, were studied. CMRI with cine and delayed-enhancement techniques was performed, before and after surgery, in order to evaluate the occurence of new areas of myocardial necrosis (POMI) and/or left ventricular systolic disfunction. Additional procedures included: serial electrocardiograms (ECG), to assess the appearance of new pathologic Q waves after surgery; serial measurements of biochemical markers of myocardial injury (CKMB and troponin I), to determine their peak serum levels after surgery; and SPECT, before and after surgery, in order to analyse the occurence of new areas of radionuclide increased uptake. CD was based on ECG findings, left ventricle regional contraction results and serum levels of biochemical markers. Patients were followed for, at least, 6 months after surgery, and a third CMRI scan was then repeated, in order to reassess ventricular function. RESULTS: CMRI revealed POMI in significantly more patients than CD (8 [33%] x 1 [4%], p=0.016). In most cases, areas of myocardial necrosis detected by CMRI were small (mean mass of 5.7±10.2g) and had focal distribution. Notwithstanding, patients who presented with POMI on CMRI had a significant decrease in postoperative left ventricular ejection fraction (from 50±18 to 43±18%, p=0.044), which persisted after 6 months, and a more than ten-fold increase in serum levels of biochemical markers after CABG. There was a moderate correlation between POMI mass measured by CMRI and peak serum levels of biochemical markers (CKMB: r=0.705, p<0.001; troponin I: r=0.625, p=0.003). Also, there was a moderate diagnostic agreement between CMRI and SPECT for the detection of perioperative myocardial necrosis (Kappa=0.46). Patient clinical and surgical characteristics were similar between groups, except for plasma lipid profile and mean statin (simvastatin) dosage before surgery (which was significantly lower in the group with POMI on CMRI). CONCLUSIONS: CMRI was found to be a useful tool in the diagnosis of POMI, which was underestimated by CD. Detection of perioperative myocardial necrosis by CMRI was associated with a significant decrease in left ventricular systolic function and high serum levels of biochemical markers of myocardial injury.
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Associação entre apneia obstrutiva do sono e lesão miocárdica em pacientes com angina refratária / Obstructive sleep apnea is associated with overnight myocardial injury in patients with refractory anginaGeovanini, Glaucylara Reis 03 June 2015 (has links)
Introdução: A doença arterial coronária (DAC) é a principal causa de mortalidade nos países industrializados e representa cerca de 10% de todos os óbitos no Brasil.1 Num espectro de maior gravidade dos pacientes com DAC crônica, encontram-se aqueles classificados como angina refratária, uma vez que apresentam sintomas aos esforços habituais e mesmo ao repouso, a despeito de otimização da terapêutica clínica e do controle de fatores de risco. No conhecimento e combate aos fatores de risco da DAC, a apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum nesta população,2 no entanto, ainda sub diagnosticada e seus potenciais efeitos deletérios no sistema cardiovascular precisam ser esclarecidos. A AOS é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução parcial (hipopneias) ou total (apneias) das vias aéreas superiores durante o sono. Estes eventos recorrentes geram hipoxemia intermitente e aumento da estimulação simpática, com consequente aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio durante o sono. No entanto, o papel da AOS em pacientes com angina refratária é desconhecido. Objetivos: Estudo 1: comparar a prevalência de AOS em duas populações de DAC crônica, a de angina refratária, com sintomas limitantes e recorrentes, com a de pacientes com DAC estável. Estudo 2: avaliar a associação entre lesão miocárdica e AOS em pacientes com angina refratária. Material e Métodos: Estudo 1: pacientes consecutivos, com diagnóstico estabelecido de angina refratária, que faziam parte do NEPAR (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Angina Refratária) do InCor, foram avaliados para presença de AOS, através do exame de polissonografia (PSG) noturna, que é padrão-ouro para diagnóstico de AOS. Eles foram comparados ao grupo de pacientes com DAC estável (pacientes com DAC crônica, em pré-operatório para cirurgia de revascularização miocárdica (RM), que faziam parte do ambulatório de DAC crônica do InCor), sendo que a frequência de AOS nestes pacientes com DAC estável já foi descrita previamente.3 Todos os pacientes foram avaliados quanto a condições clínicas preexistentes, uso de medicamentos, medidas antropométricas, aferição de pressão arterial (PA) e Resumo frequência cardíaca (FC) ao repouso e responderam questionários para avaliação da qualidade do sono. Estudo 2: os pacientes com diagnóstico de angina refratária, do NEPAR, foram encaminhados ao laboratório do sono do InCor e submetidos a: avaliação clínica detalhada, medidas antropométricas, questionários de qualidade do sono e exame de PSG noturna. Eles também foram avaliados quanto a presença de isquemia miocárdica por exames de imagem: ressonância magnética cardíaca (RMC) e/ou cintilografia de perfusão miocárdica (CPM). A dosagem da troponina T ultra-sensível (TnT-us) também foi realizada, sendo que a determinação deste biomarcador foi feita em três coletas (às 14, 22 e 07h). Sendo as duas primeiras coletas (14 e 22h) pré exame de PSG noturna e a coleta das 07h foi realizada na manhã seguinte após exame de PSG. Resultados Estudo 1: foram avaliados 79 pacientes com angina refratária, no entanto, 9 foram excluídos por não preencheram os critérios de inclusão. Portanto, 70 pacientes com angina refratária foram comparados a 70 pacientes com DAC estável. Os pacientes com angina refratária eram em média mais velhos que os com DAC estável (61 ±10 x 57±7 anos, p=0,013, respectivamente), no entanto, semelhantes quanto a porcentagem de sexo masculino (61,5% x 75,5%, p=0,07, respectivamente) e índice de massa corpórea (IMC) (29,5 ±4 x 28,5± 4 kg/m2, p= 0,06, respectivamente). O grupo de angina refratária era mais depressivo, com maior escore no inventário de depressão de Beck (19 ±8 x 10±8, p< 0001, respectivamente). A AOS foi mais frequente no grupo com angina refratária em relação ao de DAC estável (73% x 54%, p=0,022, respectivamente) e também a AOS grave (48% x 27%, p=0,009, respectivamente). A AOS e depressão permaneceram independentemente associadas a angina refratária, na análise multivariada, após ajuste para fatores de confusão como sexo masculino, idade e IMC (AOS com OR:7,91; p=0,017 e Depressão com OR:15,71; p< 0,001). Estudo já publicado4 e se encontra anexado a esta tese. Estudo 2: foram avaliados 89 pacientes com diagnóstico de angina refratária, mas 9 foram excluídos, portanto amostra final de 80 pacientes. 66% eram do sexo masculino, no geral esta população não era obesa (IMC: 29,5±4 kg/m2) e idade média de (62 ±10 anos). 75% tinham AOS e 50% apresentaram AOS grave. Diante da elevada frequência de AOS Resumo nesta população, nós dividimos a população através de quartis de AOS e assumimos o 1° quartil como sem AOS (IAH <=15 eventos/h). Assim, o 2° quartil (IAH: 16 a 30 eventos/h), 3°quartil (IAH: 31 a 50 eventos/h) e 4°quartil (>= 51 eventos/h). No geral, os participantes estavam bem medicados, com controle da PA e da FC ao repouso, além do controle laboratorial adequado e cessação do tabagismo. A grande maioria (94%) já havia apresentado pelo menos uma intervenção de revascularização como RM ou intervenção coronária percutânea (ICP) e a avaliação de isquemia, pelos métodos de imagem (RMC e/ou CPM) foi presente em 92% dos pacientes. No entanto, os pacientes com AOS mais grave, quanto aos quartis, apresentavam maior proporção de isquemia naqueles dos últimos quartis, com diferença estatística significativa (p=0,005). Quanto a TnT-us coletada na manhã seguinte ao exame de PSG (às 07h), 88% apresentaram valores detectáveis e 36% com valores acima do percentil 99 do ensaio utilizado. Os pacientes do 4° quartil de AOS apresentaram valores de TnT-us cerca de 2 vezes maiores do que os pacientes dos outros três quartis. Além disso, os pacientes do 4°quartil de AOS apresentaram uma variação circadiana dos valores de TnT-us, com pico matinal e este comportamento não foi demonstrado na população dos outros três quartis de AOS. Conclusões: A AOS é extremamente frequente na população de DAC, sendo mais frequente nos pacientes com angina refratária do que naqueles com DAC estável e encontra-se independentemente associada a angina refratária, mesmo após ajuste para fatores de confusão clássicos como idade, sexo masculino e IMC. No estudo 2 observamos que existe associação da gravidade da AOS com lesão miocárdica demonstrada por: elevados valores detectáveis de troponina na manhã seguinte ao exame de PSG, mais de um terço apresentou valores de TnT-us acima do percentil 99 e pela ocorrência de variação circadiana da TnT-us nos pacientes do 4°quartil de AOS / Background (Paper 1): Refractory angina is a severe form of coronary artery disease (CAD) characterized by persistent angina despite optimal medical therapy. Obstructive sleep apnea (OSA) and depression are common in patients with stable CAD and may contribute to a poor prognosis. Objectives: We hypothesized that OSA and depression are more common and more severe in patients with refractory angina than in patients with stable CAD. Methods: We used standardized questionnaires and full polysomnography to compare consecutive patients with well-established refractory angina versus consecutive patients with stable CAD evaluated for coronary artery bypass graft surgery. Results: Patients with refractory angina (n=70) compared with patients with stable CAD (n=70) were similar in respect to sex distribution (male: 61.5% vs 75.5%; p=0.07), body mass index (29.5+- 4 kg/m2 vs 28.5 +- 4 kg/m2; p=0.06) and were older (61 +- 10 yr vs 57 +- 7 yr; p=0.013), respectively. Patients with refractory angina had significantly more symptoms of daytime sleepiness (Epworth: 12±6 vs 8±5; p<0.001), had higher depression symptom scores (Beck: 19 +- 8 vs 10 +- 8; p < 0.001) despite greater use of antidepressants, had higher apnea-hypopnea index (AHI: 37±30 events/h vs 23±20 events/h, p=0.001), higher proportion of oxygen saturation <90% during sleep (8%±13 vs 4%±9, p=0.04) and a higher proportion of severe OSA (AHI >=30 events/h: 48% vs 27%; p=0.009) than patients with stable CAD. OSA (p=0.017), depression (p < 0.001), higher Epworth (p=0.007) and lower sleep efficiency (p=0.016) were independently associated with refractory angina in multivariate analysis. Conclusions: OSA and depression are independently associated with refractory angina and may contribute to poor cardiovascular outcome. Background (Paper 2): Obstructive Sleep Apnea (OSA) is common and may contribute to poor cardiovascular outcomes. OSA is extremely common among patients with refractory angina. Objectives: Investigate the association between severe OSA with markers of overnight myocardial injury in patients with refractory angina. Methods: All patients were characterized clinically, underwent ischemia imaging stress tests as single-photon emission computed tomography (SPECT) and/or cardiac magnetic resonance imaging (MRI), and submitted to sleep evaluation by full polysomnography (PSG).The patients were admitted to the hospital, remained under resting conditions for blood determination of high-sensitivity cardiac troponin T (hs-cTnT) at 2 P.M., 10 P.M., and on the following morning after PSG at 7 A.M. Results: We studied 80 consecutive patients (age: 62±10ys; male: 66%; body mass index (BMI): 29.5±4 kg/m2) with a well-established diagnosis of refractory angina. The mean apnea-hypopnea index (AHI) was 37±29 events/h and OSA (AHI > 15 events/h) was present in 75% of the population. Morning detectable hs-cTnT and above 99th percentile was present in 88% and 36%, respectively. Patients in the first to third quartiles of OSA severity did not have circadian variation of hs-cTnT. In contrast, patients in the fourth quartile had a circadian variation of hs-cTnT with a morning peak of hs-cTnT that was two times higher than that in the remaining population (p=.02). The highest quartile of OSA severity remained associated with the highest quartile of hscTnT (p=.028) in multivariate analysis. Conclusions: Severe OSA is common and independently associated with overnight myocardial injury in patients with refracto
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Análise da influência da intervenção coronária percutânea prévia na mortalidade e eventos cardiovasculares e cerebrovasculares até cinco anos de seguimento após cirurgia de revascularização / Analysis of influence of previous percutanea coronary intervention on mortality and cardiovascular and cerebral events in 5 years after coronary artery bypass graft surgeryMiguel, Gade Satuala Vasco 07 May 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Os inúmeros avanços tecnológicos no tratamento percutâneo da doença coronariana aterosclerótica propiciaram que um crescente número de pacientes tratados previamente por angioplastia coronária transluminal percutânea (ACTP) seja referenciado à Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM). Resultados de estudos a curto, médio e longo prazo confirmaram ou contestaram os efeitos negativos da angioplastia prévia com \"stent\" na mortalidade e morbidade da CRM. OBJETIVO: Avaliar a influência da intervenção coronária prévia com \"stent\", na mortalidade e ocorrência de eventos cardiovasculares e cerebrais maiores em pacientes com insuficiência coronária, submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica, até cinco anos de seguimento. MÉTODO: Foi feito um levantamento retrospectivo a partir do banco de dados REVASC (Registro de reVAScularização mioCárdica) do Hospital Beneficência de São Paulo, dos pacientes consecutivos submetidos à CRM entre junho de 2009 a julho de 2010 e com seguimento em três fases: aos 30 dias, um ano e cinco anos. As características dos pacientes e os fatores de risco foram analisados, de acordo com as definições dadas às variáveis pelo EuroSCORE (\"The European System for Cardiac Operative Risk Evaluation\"). Para controlar eventual viés de seleção foi realizada análise agrupada com \"propensity score matching\". Todos os testes foram realizados considerando hipóteses bilaterais e assumindo um nível de significância alfa = 5%. RESULTADOS: Os pacientes foram divididos em dois grupos: CRM primária e com ACTP prévia. 261 (8,7%) de pacientes tiveram ACTP prévia. Na coorte original, no grupo com ACTP os pacientes são mais velhos (p=0,032) e têm mais doença arterial periférica (p < 0.001) e mais dislipidêmicos (p < 0,001) porem com o risco operatório EUROSCORE menor (p=0,031) e mais cirurgias não eletivas (=0,008). Após cinco anos, a mortalidade por causas cardiovasculares foi de 134 (5,6%) no grupo com ACTP prévia versus 13 (5,5%) no grupo de CRM primária; (p=0,946); a taxa de reinternação por causas cardiovasculares foi de 359 (15,0%) no grupo com ACTP prévia vs 47 (19,8%) no grupo de CRM primária; (p=0,048) e a taxa eventos combinados óbito/reinternação por causas cardiovasculares foi de 399 (16,7%) no grupo com ACTP prévia vs 51 (21,5%) no grupo de CRM primária; (p=0,057). Em seguida,foi realizada comparação na coorte pareada e em cinco anos a mortalidade por causas cardiovasculares foi de 17 (7,8%) no grupo com ACTP prévia vs 13 (5,5%) no grupo de CRM primária; (p=0,321); a taxa reinternação por causas cardiovasculares foi de 31 (14,2%) no grupo com ACTP prévia vs 47 (19,8%) no grupo de CRM primária; (p=0,113) e a taxa eventos combinados óbito/reinternação por causas cardiovasculares foi de 40 (18,4%) no grupo com ACTP prévia vs 51 (21,5%) grupo de CRM primária; (p=0,398). CONCLUSÃO: Em cinco anos de seguimento não houve diferença na mortalidade nos dois grupos, mas houve maior taxa readmissão por causas cardiovasculares no grupo com ACTP prévia. Essa diferença não foi confirmada na coorte pareada / BACKGROUND: several technological advances in percutaneous treatment of atherosclerotic coronary disease have led to an increasing number of patients treated with previous percutaneous intervention (PCI) referred to coronary artery bypass graft (CABG). Results of short-term initial studies showed negative effects of PCI on CABG outcomes .. Neverthless, further studies with immediate and long term follow-up confirmed or contested the negative influence on mortality and morbidity of CABG. OBJECTIVE: To evaluate the influence of previous coronary intervention with stent in the mortality and occurrence of major cardiovascular and cerebrovascular events in patients with coronary artery disease undergoing myocardial revascularization surgery, up to 5 years of follow-up. METHODS: A retrospective review was performed in the REVASC (Registro de rEVAScularização mioCárdica) database of patients undergoing coronary artery bypass grafting at the Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, operated between June 2009 and July 2010, and followed in three periods: at 30 days, 1 year and 5 years. Patient characteristics and risk factors were analyzed according to the definitions given to the variables by EuroSCORE (The European System for Cardiac Operative Risk Evaluation). In order to control eventual selection bias, a simultaneous analysis with propensity score matching was performed. All tests were performed considering bilateral hypothesis and assuming a significance level ? = 5%. RESULTS: Patients were divided into two groups: primary CABG , 2746 patients and previous PCI. 261 (8.7%) of patients had previous PCI. In the original cohort, in the PCI group, patients were older (p = 0.032) and had more peripheral arterial disease (p < 0.001) and more dyslipidemic (p < 0.001) but with lower EUROSCORE operative risk (p = 0.031) and more non-elective surgeries (= 0.008). After five years, the mortality due to cardiovascular causes was 134 (5.6%) in the previous PCI group versus 13 (5.5%) in the primary CABG group; (p = 0.946); the rate of rehospitalization for cardiovascular causes was 359 (15.0%) in the group with previous PCI vs 47 (19.8%) in the primary CABG group; (p = 0.048) and the combined death / rehospitalization event due to cardiovascular causes was 399 (16.7%) in the group with previous PCI vs 51 (21.5%) in the primary CABG group; (p = 0.057). Then, we performed a paired cohort and in 5 years the mortality from cardiovascular causes was 17 (7.8%) in the group with previous PCI vs 13 (5.5%) in the primary CABG group; (p = 0.321); the rehospitalization rate for cardiovascular causes was 31 (14.2%) in the group with previous PCI vs 47 (19.8%) in the primary CABG group; (p = 0.113) and the combined death / rehospitalization event due to cardiovascular causes was 40 (18.4%) in the previous PCI group vs 51 (21.5%) primary CABG group; (p = 0.398). CONCLUSION: There is no statistically demonstrable difference in mortality over five years in both groups, but there was more readmission for cardiovascular causes and combined outcomes in the previous PCI group. In the matched cohort we cannot find any diferences
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Efeito dos novos antiagregantes plaquetários prasugrel e ticagrelor administrados upstream sobre os achados angiográficos da angioplastia primária / Effect of new antiplatelet prasugrel and ticagrelor upstream therapy, on angiographic results of primary percutaneous coronary interventionMont\'Alverne Filho, José Ronaldo 03 August 2015 (has links)
Introdução. A dupla antiagregação plaquetária traz benefícios no tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST). Há variabilidade intra e interindividual no uso do clopidogrel e isso influencia no benefício do seu uso nesse grupo de pacientes. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos de novo antiagregantes plaquetários (prasugrel e ticagrelor) administrados na sala de emergência (\"upstream\") sobre o resultado angiográfico da angioplastia primária, levando em conta o fluxo coronariano TIMI, o blush miocárdico e a carga de trombo. Métodos. Foi realizado um ensaio clínico, randomizado, cego, com 131 pacientes admitidos com IAMSST. Todos os pacientes receberam ácido acetilsalicílico (AAS). Os pacientes foram randomizados para receber clopidogrel (n=44), prasugrel (n=41) ou ticagrelor (n=46) como dose de ataque ainda na emergência. Todos os pacientes foram submetidos a aspiração manual de trombos. Ao término do procedimento, o resultado angiográfico foi avaliado quanto ao fluxo TIMI, o blush miocárdico e a carga de trombo. Resultados. O fluxo coronariano TIMI >= 1 antes do procedimento foi observado mais frequentemente com o uso de ticagrelor (n = 10, 21,7%) do que com o clopidogrel (n = 1, 2,3%) e prasugrel (n = 5, 12,2%; p = 0,019). O fluxo TIMI coronária no fim do procedimento não diferiu significativamente entre os grupos (p = 0,101). Melhor resultado no que diz respeito ao blush miocárdico foi observada com prasugrel, que produziu um grau de blush III em 85,4% (n = 35) dos pacientes, em comparação com o clopidogrel (54,5%; n = 24) e ticagrelor (67,4%; n = 31; p = 0,025). A carga de trombo pré-procedimento foi maior no grupo de clopidogrel, em que 97,7% (n = 43) dos casos denotaram carga de trombo grau 4/5, enquanto 87,8% (n = 36) do grupo prasugrel tiveram respostas semelhantes, e 80,4% (n = 37) foram observadas no grupo ticagrelor (p = 0,03). Conclusão. Os novos antiagregantes plaquetários ticagrelor e prasugrel parecem exercer efeito sobre o resultado angiográfico dos pacientes submetidos a angioplastia primária. O uso do ticagrelor propiciou menor carga de trombo e um fluxo TIMI melhor no pré-procedimento e o uso do prasugrel ensejou melhor perfusão miocárdica analisada pelo blush miocárdico. Não houve diferença no fluxo angiográfico TIMI pós procedimento / Introduction. Dual antiplatelet therapy has benefits in the treatment of acute myocardial infarction with ST-segment elevation (STEMI). There is variability intra and inter individual in the use of clopidogrel and this influences the benefit of its use in this group of patients. The objective of this research was to evaluate the angiographic results of Upstream Clopidogrel, Prasugrel, or Ticagrelor For Patients Treated With Primary Angioplasty. Methods. A clinical trial was conducted, randomized, double blind, with 131 patients admitted with STEMI. All patients received acetylsalicylic acid (ASA). Patients were randomized to receive clopidogrel (n = 44), prasugrel (n = 41) or ticagrelor (n = 46) as loading dose even in emergency. All patients were submitted to manual thrombus aspiration. At the end of the procedure, the angiographic result was evaluated for TIMI flow, myocardial blush and thrombus burden. Results. A coronary TIMI flow >= 1 before the percutaneous procedure was observed more frequently with the use of ticagrelor (n=10, 21.7%) than with clopidogrel (n=1, 2.3%) and prasugrel (n=5, 12.2%; p=0.019). The coronary TIMI flow at the end of the procedure did not significantly differ between the groups (p=0.101). A better result with respect to myocardial blush was observed with prasugrel, which yielded a blush grade of III in 85.4% (n=35) of patients, compared with clopidogrel (54.5%; n=24) and ticagrelor (67.4%; n=31; p=0.025). The pre-procedural thrombus burden was found to be of a higher grade in the clopidogrel group, in which 97.7% (n=43) of the cases exhibited thrombus burdens grade 4/5, whereas 87.8% (n=36) of the prasugrel group had similar responses, and 80.4% (n=37) were observed in the ticagrelor group (p=0.03). Conclusions. The novel antiplatelet agents represented by ticagrelor and prasugrel appear to have effect on the angiographic outcome of patients undergoing primary angioplasty. The use of ticagrelor led to a smaller thrombus burden and better TIMI flow at the beginning of the procedure and the use of prasugrel produced a better myocardial perfusion analyzed by myocardial blush. There was no difference in post angioplasty TIMI flow
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Valor do fator natriurético tipo B e de outras variáveis como preditores de localização do território de isquemia miocárdica aguda e para avaliação prognóstica no infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST / Value of B-type natriuretic peptide and other variables as predictors of location of the territory of acute myocardial ischemia and for the prognostic evaluation in non-ST-elevation myocardial infarctionRamos, Rogério Bicudo 03 July 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: No infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento de ST (IAMSS) ocorre limitação dos métodos diagnósticos atuais para localizar o território do ventrículo esquerdo em risco e realizar avaliação prognóstica. O objetivo deste estudo prospectivo foi determinar no IAMSS, quais fatores apresentam capacidade de predizer a localização do território miocárdico isquêmico e possuem capacidade prognóstica independente para a ocorrência de mortalidade, eventos durante internação hospitalar e evento combinado durante seguimento de longo prazo. MÉTODOS: No período de janeiro de 2005 a abril de 2006 foram incluídos 204 pacientes com IAMSS na Unidade Clínica de Emergência do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A mediana do tempo de internação foi de 3 dias com mínimo de 1 e máximo de 125 dias. A mediana do tempo de seguimento foi de 23 meses com mínimo de 1 dia e máximo de 32 meses. O território envolvido foi determinado a partir da identificação da artéria acometida na cineangiocoronariografia e agrupado em: território anterior [n=80 (44,4%)] e inferior e lateral [n=90 (50%)]. RESULTADOS: A média de idade foi de 64,5±12,3 anos; sexo masculino 126 (61,8%). A mediana do peptídeo natriurético tipo B (BNP) foi de 214,5 pg/mL e variou de 7 a 2291 pg/mL. A análise multivariada por regressão logística da capacidade preditiva do território envolvido anterior vs inferior e lateral mostrou o BNP como preditor independente [BNP > 210 pg/mL, OR = 3,44 (IC 95%:1,46 - 8,06); p = 0,005]. A análise multivariada por regressão logística mostrou que o valor de BNP foi preditor independente para a ocorrência de eventos intra-hospitalares [BNP > 240 pg/mL, n = 78, OR = 5,05 (IC 95%: 1,49 - 17.12); p = 0,009] e a análise multivariada pelo modelo de regressão de Cox, mostrou que o BNP também foi preditor independente para evento combinado durante o seguimento de longo prazo [BNP > 156 pg/mL, n = 148, HR = 1,79 (IC 95%: 1,05 - 3,04); p = 0,032], mas não foi preditor independente para óbito geral [BNP > 238 pg/mL, n = 44, HR = 1,45 (IC 95%: 0,67 - 3,13); p = 0,343] . CONCLUSÕES: O BNP foi a única variável com capacidade preditiva independente para identificar o território miocárdico isquêmico da parede anterior no IAMSS. O BNP na admissão foi fator prognóstico independente para eventos intrahospitalares e para evento combinado durante seguimento no IAMSS. / INTRODUCTION: In non-ST-elevation myocardial infarction (NSTEMI) there is a limitation of the current diagnostic methods with respect to locating the left ventricular territory at risk as well as to carrying out a prognostic assessment. The objective of this prospective study was to determine, in the context of NSTEMI, which factors are predictive of the location of the ischemic myocardial territory and are independent predictors of the occurrence of mortality, in-hospital events, and composite events during a long-term follow-up. METHODS: In the period from January 2005 to April 2006, 204 patients with NSTEMI seen in the Emergency Department of the Heart Institute (InCor), University of Sao Paulo Medical School were included in the study. The median length of hospital stay was three days, ranging from one to 125 days. The median follow-up period was 23 months, ranging from one day to 32 months. The territory involved was determined from the identification of the culprit artery in coronary angiography and was divided into anterior [n=80 (44.4%)], and inferior and lateral [n=90 (50%)]. RESULTS: The mean age was 64.5±12.3 years; 126 patients were male (61.8%). The median B-type natriuretic peptide (BNP) level was 214.5 pg/mL, ranging from seven to 2291 pg/mL. Multivariate logistic regression analysis of the ability to predict the involvement of the anterior territory vs. inferior and lateral territory showed that BNP was an independent predictor [BNP> 210 pg/mL, OR = 3.44 (95% CI: 1.46 - 8.06); p = 0.005]. Multivariate logistic regression analysis showed that BNP value was an independent predictor of the occurrence of in-hospital events [BNP > 240 pg/mL, n = 78, OR = 5.05 (95% CI: 1.49 - 17.12); p = 0.009], and multivariate Cox regression analysis showed that BNP was also an independent predictor of composite event during the long-term follow-up [BNP > 156 pg/mL, n = 148, HR = 1.79 (95% CI: 1.05 - 3.04); p = 0.032], but not of overall death [BNP > 238 pg/mL, n = 44, HR = 1.45 (95% CI: 0.67 - 3.13); p = 0.343]. CONCLUSIONS: BNP was the only variable with an independent predictive ability to identify the ischemic myocardial territory in the anterior wall in NSTEMI. Baseline BNP in NSTEMI was an independent prognostic factor for in-hospital events and for composite events during follow-up.
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Contribuições da cintilografia de perfusão e função miocárdica com duplo isótopo na vigência de baixa dose de dobutamina: avaliação da integridade celular e reserva contrátil na identificação do miocárdio viável / Contributions of perfusion and myocardic cintilography function with double isotope and low dobutamina dose validity: evaluation of cellular integrity and contractile reserve in viable myocardium identificationMoraes, Renata Freire de 24 September 2007 (has links)
Em pacientes portadores de insuficiência coronariana com prognóstico desfavorável pela presença de disfunção ventricular significativa, a pesquisa de viabilidade miocárdica traz contribuições ao predizer a possibilidade de recuperação contrátil após revascularização. Os segmentos miocárdicos com disfunção contrátil por hipoperfusão podem melhorar o desempenho contrátil restabelecido o aporte sanguíneo local, indicando que a revascularização miocárdica, quando bem indicada, é capaz de melhorar a sobrevida deste grupo de pacientes. Realizou-se pesquisa de tese de doutoramento do Departamento de Radiologia da Universidade de São Paulo na unidade de medicina nuclear da Nuclear Medcenter/Hospital SOCOR em Belo Horizonte, Minas Gerais. O objetivo do estudo foi verificar se a cintilografia de perfusão miocárdica com duplo-isótopo (99mTcsestamibi/ cloreto de tálio-201) como método radioisotópico para identificação do músculo viável, tem sua especificidade aumentada com a inclusão de informações sobre reserva contrátil miocárdica obtidas simultaneamente através do gatedSPECT (imagens tomográficas do coração sincronizadas ao eletrocardiograma) na vigência de baixas doses de dobutamina de forma semelhante ao ecocardiograma. Estudou-se 54 pacientes com infarto do miocárdio prévio, encaminhados ao serviço de medicina nuclear para realização de pesquisa de viabilidade miocárdica. Foram excluídos do estudo os pacientes que no seguimento não foram revascularizados ou que não realizaram controle cintilográfico pós-cirúrgico, uma vez que considerouse como critério de viabilidade a melhora da contratilidade miocárdica após a revascularização. Avaliou-se os parâmetros de viabilidade (integridade celular e reserva contrátil) e o desempenho contrátil pós-cirúrgico de 260 segmentos miocárdicos de treze pacientes revascularizados. Os pacientes estudados foram submetidos a cintilografia de perfusão miocárdica duoisotópica em protocolo de dois dias com imagens tomográficas do coração obtidas em gamma-camera de duas cabeças, modelo Varicam (Elscint) e processadas em estação de trabalho eNTEGRA(GE). As imagens de estresse foram adquiridas em sincronia com o ECG (gated SPECT) em condições basais e na vigência de baixa dose de dobutamina (10 a 15g/Kg/min) 45 minutos após a administração endovenosa do 99mTcsestamibi no pico do exercício isotônico (esforço) ou da ação de agentes farmacológicos (estresse farmacológico) e nas etapas de repouso e redistribuição do cloreto de tálio-201, 20 minutos e quatro a seis horas após a administração endovenosa do radioisótopo em condições basais. Os pacientes operados foram submetidos a um segundo estudo cintilográfico de perfusão miocárdica com gated SPECT, no período mínimo de três meses após o procedimento, para avaliação da performance contrátil pós-cirúrgica. Para análise dos achados cintilográficos, dividiu-se o coração em 20 segmentos que receberam diferentes escores, permitindo a quantificação da perfusão e função miocárdica pelo Cedars Sinai Quantitative Pefusion SPECT QPS/QGS(GE),. Analisou-se o padrão perfusional nas etapas de estresse, repouso e redistribuição e de função (análise do espessamento sistólico, motilidade parietal, valores de fração de ejeção e volumes cardíacos do ventrículo esquerdo) em condições basais e sob estímulo inotrópico. No tratamento estatístico a análise do espessamento sistólico foi o parâmetro considerado significativo para avaliação da reserva contrátil miocárdica pelo método. Houve incremento na especificidade da pesquisa de viabilidade miocárdica pelo método radioisotópico realizado, demonstrando valores de especificidade superiores aos encontrados na literatura. As contribuições do método se mostraram efetivas / In patients with coronariopathy in the setting of ventricular dysfunction having an unpromising prognostic, the myocardial viability must be assessed thus, bringing contribution as it can predict the myocardial dysfunction recovery after revascularization. The myocardial segments with contractile dysfunction as a consequence of hypoperfusion can improve wall motion after perfusion recovery, demonstrating that myocardial revascularization, whenever suggested, can improve survival to this group of patients. This research is a PHD thesis from Radiology Department of São Paulo University and was performed at a nuclear medicine unit - Nuclear Medcenter/SOCOR hospital - in Belo Horizonte, Minas Gerais. The aim of the study was to check if dual isotope perfusion myocardial gated SPECT (99mTc-sestamibi/thallium-201) as a nuclear medicine procedure to the identification of viable myocardium, can improve the method specificity with addition of contractile reserve information obtained simultaneously by gated SPECT with low dose of dobutamine, similar to the echocardiogram. 54 patients with myocardial stroke, referred to the nuclear medicine unit to seek myocardial viability have been studied. Patients that do not have been submitted to revascularization or that did not undergo the post surgery control were excluded, as the parameter considered for viability was the wall motion recovery after revascularization. 260 myocardial segments in 13 patients had their viability parameters (cellular integrity and contractile reserve) as the contractile performance after surgery evaluated. The images were acquired by a Varicam (Elscint) double head gamma camera and processed by eNTEGRA (GE) workstation. The gated SPECT stress images were performed in baseline conditions and with low-dose dobutamine (10 a 15g/Kg/min) 45 minutes after intravenous injection of 99mTc-sestamibi.on the peak of isotonic exercise or pharmacologic stress. The rest and redistribution images were acquired , 20 minutes and 4 or 6 hours after intravenous injection of thallium-201 at rest. The revascularizated patients were also submitted to a second gated SPECT study at least 3 months after surgery for evaluation of the contractile performance. In order to analyze the scintigraphic findings, the heart was divided into 20 segments that received different scores for quantification of myocardial perfusion and function by Cedars Sinai Quantitative Perfusion SPECT QPS/QGS(GE),. The perfusion pattern of stress, rest and redistribution and the parameters of function (wall thickening and motion, ejection fraction and cardiac volumes analysis) at baseline conditions and by inotropic effect. By the statistics analysis wall thickening was considered significant to evaluate the myocardial contractile reserve by this method. There was improvement in the specificity of the radioisotopic research showing specificity values larger than those found in literature. These method contributions were effective
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Relação do SYNTAX Score com a liberação dos biomarcadores cardíacos após procedimentos de revascularização em pacientes portadores de doença arterial coronariana estável / Relationship between SYNTAX Score with the release of cardiac biomarkers after periprocedural revascularization for stable multivessel coronary diseaseAzevedo, Diogo Freitas Cardoso de 19 October 2018 (has links)
Introdução: A liberação anormal de biomarcadores de injúria miocárdica após o procedimento de revascularização é, geralmente, associada a eventos clínicos adversos. Todavia, a elevação dos biomarcadores cardíacos após o procedimento de revascularização não foi associada à gravidade angiográfica da doença arterial coronariana (DAC). O objetivo do presente estudo é investigar a relação entre a complexidade angiográfica da DAC, avaliada pelo SYNTAX Score (SXScore), e a elevação dos biomarcadores cardíacos após procedimentos de revascularização. Métodos: Trata-se de uma análise post-hoc do estudo MASS V, unicêntrico, prospectivo e observacional de pacientes com DAC estável submetidos a procedimentos de revascularização. Foram realizadas dosagens seriadas de troponina I ultra (TnI-u) e creatinoquinase (CK) -MB antes e após os procedimentos. Os SXScores foram calculados antes dos procedimentos de revascularização, por cardiologistas intervencionistas, que desconheciam as características clínicas e laboratoriais dos pacientes. Resultados: Dos 202 pacientes estudados, 136 foram submetidos à revascularização do miocárdio (CRM) e 66, à intervenção coronária percutânea (ICP). A mediana do SXScore nos pacientes revascularizados foi 20,00 (IQR 15,00-26,00), sendo 39,00 (IQR 35,00-44,00) no grupo SXScore alto e 19,0 (IQR 14,00-24,00) no grupo SXScore baixo/intermediário (p < 0,0001). Houve correlações significativas entre o SXScore e as medianas dos picos de TnI-u (r = 0,18, p = 0,009) e CK-MB (r = 0,24, p = 0,001), após procedimentos de revascularização. As medianas dos picos de TnI (p = 0,034) e CK-MB (p = 0,004), após procedimentos, foram maiores nos pacientes com SXScore alto ( >= 33) as aos daqueles com SXScore baixo/intermediário ( < 33). Além disso, a liberação de TnI em 6 horas (p = 0,002), 12 horas (p = 0,008) e 24 horas (p = 0,039), foi maior no grupo SXScore alto que no grupo SXscore baixo/intermediário ( < 33), bem como a liberação de CK-MB em 6 horas (p < 0,0001), 12 horas (p < 0,0001), 24 horas (p = 0,001), 36 horas (p = 0,007), 48 horas (p = 0,008) e 72 horas (p = 0,023), nos mesmos grupos. Após análise multivariada em um modelo incluindo variáveis clínicas, angiográficas, demográficas e laboratoriais, o SXScore alto permaneceu como preditor independente da liberação de CK-MB e TnI acima da mediana. Conclusão: O aumento da liberação de biomarcadores cardíacos foi significativamente associado à extensão da aterosclerose identificada pelo SYNTAX Score. Além disso, o SYNTAX Score alto demonstrou ser preditor independente para a elevação da CKMB acima da mediana mesmo quando ajustado a covariáveis / Background: Abnormal cardiac biomarkers release after revascularization procedure has been associated with worse clinical outcomes. However, levels of myocardial biomarkers after revascularization procedural have not been associated with the severity of coronary artery disease (CAD). Our aim was to investigate the relationship between angiographic complexity of CAD as assessed by SYNTAX Score (SXScore) and cardiac biomarkers elevation after revascularization procedures. Methods: This is a post-hoc analyses of MASS V trial, which was a single-center, prospective and observational study among patients with stable CAD who underwent revascularization procedures. High sensitivity troponin (TnI) and creatinekinase (CK) -MB were assessed before and after procedures. Baselines SXscores were calculated by angiographic laboratory investigators blinded to patient characteristics. Results: Of the 202 patients studied, 136 underwent coronary artery bypass grafting (CABG) and 66 percutaneous coronary intervention (PCI). The median SXScore was 20.00 (IQR 15.00-26.00) in revascularized patients, 39.00 (IQR 35.00-44.00) in the high SXscore group and 19.0 (IQR 14.0024.00) in low/mid SXScore group (p < 0.0001). There were positive correlations between SXScore and median peaks after procedural TnI (r =0.18, p=0.009) and CK-MB (r =0.24, p=0.001) levels. In patients with high X (>= 33) k f procedural TnI(p=0.034) and CK-MB (p=0.004) levels were higher than low/mid SXScore( < 33) and the release of TnI at 6 hours (p = 0.002), 12 hours (p=0.008) and 24 hours (p=0.039), was higher in high SXScore group than low/mid SXScore ( < 33), as well as, the release of CK-MB at 6 hours (p < 0.0001), 12 hours (p < 0.0001), 24 hours (p=0.001), 36 hours (p=0.007), 48 hours (p=0.008) and 72 hours (p=0.023), in the same groups. After multivariate analysis, in a model including clinical, angiographic, demographic and laboratorial variables, high SXScore was a significant independent correlate of release of CK-MB and TnI peaks higher than median. Conclusion: The increase of release of cardiac biomarkers was significantly associated with the extent of atherosclerosis identified by the SYNTAX Score. Besides, high SYNTAX Score remained an independent predictor for elevation of CKMB above the median even when adjusted for covariates
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Revascularização miocárdica híbrida versus cirúrgica em pacientes com doença aterosclerótica coronária multiarterial: estudo clínico prospectivo randomizado / Hybrid myocardial revascularization versus CABG in patients with atherosclerotic coronary artery disease: randomized clinical studyOliveira, Marco Antonio Praça de 01 March 2018 (has links)
Introdução: O melhor tratamento para a doença arterial coronariana (DAC) em pacientes com doença multiarterial é ainda objeto de debate. A revascularização coronária híbrida (RMH) é um procedimento que combina as vantagens da cirurgia de revascularização miocárdica convencional (CRM) com a anastomose da artéria interventricular anterior esquerda (IVA) usando o enxerto da artéria torácica interna esquerda (ATIE), sem o uso de circulação extracorpórea (CEC), com benefícios do tratamento percutâneo, minimamente invasivo, das artérias coronárias acometidas restantes. Objetivo: Avaliar, em um estudo piloto, a viabilidade e a segurança da RMH em pacientes com doença multiarterial e comparar os resultados iniciais (30 dias) e em um ano após, com a CRM. Métodos: estudo clínico prospectivo com 50 pacientes, randomizados em relação 2: 1 para tratamento híbrido (grupo RMH, n = 34) ou CRM convencional (grupo CRM, n = 16). Todos os pacientes eram portadores doença coronária triarterial, com SYNTAX escore intermediário ou alto ( > 22). Neste estudo foi analisada a viabilidade da RMH na ausência de eventos adversos maiores (um composto de mortalidade geral, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE) e revascularização não planejada). Resultados: Entre agosto de 2014 e novembro de 2017, 50 pacientes foram incluídos no estudo (RMH = 34 e CRM = 16). O desfecho primário foi observado em 3 pacientes (6%), todos pertencentes ao grupo RMH (8,8%), porém sem significância estatística (p = 0,54). Não houve diferença estatística entre os grupos (RMH vs CRM) em termos de mortalidade (5,9% vs 0%), IAM (5,9% vs 0%) ou qualquer dos desfechos secundários avaliados. Os pacientes que apresentaram alguma das complicações (4 pacientes 8,0%) tiveram uma tendência de ser mais velhos (62 vs 59 anos; p = NS), maior incidência de angina instável (5,9% vs 0%) e apresentar pontuações de risco cirúrgico mais elevadas (EuroSCORE 1,40 vs 0,70; p = 0,19) do que os pacientes sem complicações. Conclusões: O RMH é uma técnica viável e segura quando comparada à cirurgia convencional, com taxas de complicações semelhantes. No entanto, devido ao baixo número de pacientes incluídos faz-se necessária a realização de um estudo multicêntrico para obtermos uma melhor evidência clínica / Background: The best treatment for coronary artery disease in patients with multivessel disease is still subject of debate. The hybrid coronary revascularization (HCR) is a procedure that combines both the advantages of conventional coronary artery bypass surgery (CABG) with the revascularization of the left anterior descending artery using the left internal mammary artery graft, without the use of cardiopulmonary bypass, with minimally invasive benefits of percutaneous treatment of remaining affect arteries. Objective: To assess, in a pilot study, feasibility and safety of hybrid coronary revascularization on patients with multivessel coronary artery disease and to compare early results (within 30 days) and one year of this approach to conventional surgery. Methods: Prospective clinical study, which included 50 patients, randomized in a 2:1 ratio for hybrid treatment (HCR group, n=34) or conventional CABG (CABG group, n=16). All patients had three-vessel disease, with an intermediate or high Syntax Score ( > 22). The primary endpoint of the study was the feasibility of HCR in the absence of major adverse events (a compound of overall mortality, acute myocardial infarction, stroke or unplanned revascularization). Results: Between August 2014 and November 2017, 50 patients were included in the study (HCR=34 and CABG =16). The primary endpoint was observed in 3 patients (6.0%), all belonging to HCR group (8.8%), however, without statistical significance (p=0.54). There was no statistical difference between the groups (HCR vs. CABG, respectively) in terms of mortality (5.9% vs 0%), myocardial infarction (5.9% vs 0%), or any of the secondary outcomes evaluated. Patients who presented any of the complications (4 patients 8.0%) had a tendency to be older (62 vs 59 years; p=NS), have more unstable angina (5.9% vs 0%) and to presented higher risk scores (EuroSCORE 1.40 vs 0.70; p=0.19) than patients without complications. Conclusions: HCR is a feasible and safe technique when compared to conventional surgery, with similar complications rates. However, the study is underpowered due to the low number of patients included and there is a need for a multicenter clinical trial
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Estudo comparativo do fluxo da artéria torácica interna utilizada \"in situ\" na revascularização miocárdica, com e sem a ligadura dos ramos proximais, utilizando a ecocardiografia Doppler / Comparative study of the internal thoracic artery flow used \"in situ\" for myocardial revascularization, with and without ligation of its proximal branches using Doppler echocardiographyAbreu, José Sebastião de 19 May 2015 (has links)
Fundamento: A artéria torácica interna (ATI) \"in situ\" apresenta predomínio de fluxo sistólico, mas após sua anastomose no sistema coronariano esquerdo torna-se um sistema híbrido com predomínio de fluxo diastólico, sendo a relevância da patência ou não dos grandes ramos proximais da ATI anastomosada controversa quanto à possibilidade de roubo de fluxo. Porém, constata-se que durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina (EED), o estado funcional da ATI anastomosada pode ser avaliado através da reserva coronariana, além da verificação dos distintos efeitos no fluxo sistólico (FS), diastólico (FD) e total (FT = sistólico + diastólico). Objetivo: Verificar por meio da ecocardiografia e Doppler o efeito dos ramos proximais importantes da ATI no fluxo, na reserva de velocidade (RVFC) e de fluxo (RFC) coronariano, em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) preservada (> 50%). Métodos: Em ensaio clínico prospectivo controlado e randomizado, foram avaliados pacientes com (Grupo I) e sem (Grupo II), a ligadura dos ramos proximais importantes da ATI anastomosada na coronária descendente anterior. As avaliações das ATIs em nível supraclavicular e os ecocardiogramas transtorácicos foram realizados no pré-operatório, no pós-operatório precoce, seis meses após a cirurgia em condição basal e durante o EED. Neste, foi alcançada a frequência cardíaca submáxima [(220 - idade) x (0,85)] sem a ocorrência de isquemia no território subjacente à ATI anastomosada em todos os pacientes. Foram medidos o FS, o FD, o FT e o percentual de FD, nos quatro momentos do estudo. O percentual de FD resultou da divisão da integral da velocidade diastólica do fluxo pela integral da velocidade total (sistólica + diastólica) do fluxo. A reserva coronariana foi obtida através do Doppler da ATI anastomosada seis meses após a cirurgia, sendo calculada através da razão entre o valor da variável registrado no EED e em condição basal, utilizando-se para as RVFCs o pico e a média de velocidade diastólica, e para a RFC o FT. As distribuições das variáveis contínuas foram comparadas através do Teste t Student, quando as variáveis eram aproximadamente normais, ou através do Teste da Soma dos Postos de Wilcoxon (Mann-Whitney), quando as variáveis não eram aproximadamente normais. Proporções foram comparadas através do teste exato de Fisher. O valor-p < 0,05 entre os grupos foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: O Grupo I (25 pacientes) e o Grupo II (28 pacientes) não foram diferentes quanto às características clínicas e ecocardiográficas, constatando-se a FEVE preservada em todos os casos. O FD não diferiu entre os grupos nos quatro momentos do estudo. Entretanto, verificou-se durante o EED que o FS (19,5 ± 9,3 ml/min vs. 32,7 ± 19,4 ml/min; p < 0,05) e o FT (79,1 ± 21,4 ml/min vs. 101,1 ± 47,4 ml/min; p < 0,05) foram maiores no Grupo II. Contudo, o percentual de FD foi maior no Grupo I (76,4 ± 12,7% vs. 68,9 ± 10%; p < 0,05) durante o EED, em virtude de o Grupo I apresentar menos componente sistólico. O percentual de FD < 50% ocorreu em todos os casos no pré - operatório, em cinco casos no pós - operatório precoce e em dez casos em condição basal seis meses após a cirurgia. Todavia, durante o EED, todos os casos apresentaram o percentual de FD > 50%, sendo este percentual de 100% em cinco casos (quatro no Grupo I). Os grupos não apresentaram diferença entre as RFCs (1,9 ± 0,46 vs. 2,11 ± 0,56; p = 0,143) ou as RVFCs calculadas com o pico (2,17 ± 0,64 vs.2,28 ± 0,63; p = 0,537) e com a média (2,27 ± 0,54 vs.2,50 ± 0,79; p= 0,232) da velocidade diastólica. Conclusão: Concluímos que o adequado estado funcional da ATI anastomosada independe da presença ou ausência dos importantes ramos proximais. Assim, a ligadura dos ramos não determina aumento do fluxo sistólico, diastólico ou total através deste enxerto, e o predomínio diastólico é mais evidente sob a condição estresse. O aumento dos fluxos sistólico e total indicam para a adaptação do fluxo através desta artéria para suprir a ambas, circulação coronariana e não coronariana, nos pacientes que não têm esses ramos ligados durante a cirurgia. Estes achados apontam para o entendimento de que a hipótese do roubo de fluxo pelos ramos não ligados é improvável / Background: The internal thoracic artery (ITA) \"in situ\" has systolic flow predominance, but when grafted to the left coronary artery system, the ITA becomes a hybrid system with diastolic flow predominance. The relevance of the patency or not-patency of the large proximal branches of the ITA graft is controversial in regards to the possibility of flow steal. During dobutamine stress echocardiography (DSE), the functional status of the ITA graft can be assessed by the coronary reserve in addition to assessment of the distinct effects of DSE on systolic (SF), diastolic (DF), and total flow (TF = systolic + diastolic). Objective: To assess, by Doppler echocardiography, the effects of the significant proximal branches of ITA graft in the flow, coronary flow velocity reserve (CFVR) and coronary flow reserve (CFR), in patients with preserved (> 50%) left ventricular ejection fraction (LVEF). Methods: In a prospective randomized controlled clinical trial we evaluate patients with (Group I) and without (Group II) ligation of important proximal branches of the ITA grafted to the anterior descending coronary artery. Supraclavicular assessment of the ITAs and transthoracic echocardiograms were performed, at rest and during DSE, on pre-operative, early and six months post-operative. In all patients, the submaximal heart rate [(220 - age) x (0.85)] was achieved during DSE with no ischemia to the area matching the ITA graft. The SF, DF, TF and percentage of DF were measured in the four moments of this study. The percentage of DF was calculated by the ratio of the integral of the diastolic flow velocity by the integral of the total flow velocity (systolic + diastolic). The coronary reserve was assessed at six months post-operative, and it was calculated by the ratio of the variable during DSE and at rest, using the maximum and the mean of the diastolic flow velocity to calculate the CFVR; and the TF to calculate the CFR. Student\'s t-tests or Wilcoxon\'s rank sum test (Mann-Whitney) were used to examine differences between the groups in normally distributed or not-normally-distributed continuous variables, respectively. Fisher exact test was used to examine the difference in proportions. A p value < 0.05 was considered statistically significant. Results: Group I (25 patients) and Group II (28 patients) were not different regarding to clinical and echocardiographic characteristics, with preservation of the LVEF in all cases. The DF was not different between the groups in the four moments of this study. However, during the DSE, the SF (19.5 ± 9.3 ml/min vs. 32.7 ± 19.4 ml/min, p < 0.05) and TF (79.1 ± 21.4 ml/min vs. 101 1 ± 47.4 ml/min; p < 0.05) were higher in Group II. On the other hand, during the DSE, the percentage of DF was higher in Group I (76.4 ± 12.7% vs. 68.9 ± 10%; p < 0.05), due to its lower systolic component. The percentage of DF < 50% occurred in all cases in the pre-operative, in five cases in the early post-operative and in ten cases, at rest, six months postoperatively. However, during the DSE, all cases showed the percentage of DF > 50%, furthermore five cases (four in Group I) had the percentage of DF of 100%. There was no difference between the groups in regards to CFR (1.9 ± 0.46 vs. 2.11 ± 0.56; p = 0.143), or CFVR calculated using the maximum (2.17 ± 0.64 vs. 2.28 ± 0.63; p = 0.537) and the mean (2.27 ± 0.54 vs. 2.50 ± 0.79; p = 0.232) of the diastolic velocity. Conclusion: The appropriate functional status of the ITA graft does not depend on the ligation or preservation of important proximal ITA branches. Thus, ligation of ITA branches does not determine increase in systolic, diastolic or total flow through the ITA graft, and its diastolic predominance is more evident under stress. The increase in the systolic and total flow indicates an adaptation of the flow through the ITA graft to supply both coronary and non-coronary systems, in those patients that don\'t have the branches ligated during surgery. These findings point towards the hypothesis that the flow steal by unligated branches is unlikely.
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Associação entre apneia obstrutiva do sono e lesão miocárdica em pacientes com angina refratária / Obstructive sleep apnea is associated with overnight myocardial injury in patients with refractory anginaGlaucylara Reis Geovanini 03 June 2015 (has links)
Introdução: A doença arterial coronária (DAC) é a principal causa de mortalidade nos países industrializados e representa cerca de 10% de todos os óbitos no Brasil.1 Num espectro de maior gravidade dos pacientes com DAC crônica, encontram-se aqueles classificados como angina refratária, uma vez que apresentam sintomas aos esforços habituais e mesmo ao repouso, a despeito de otimização da terapêutica clínica e do controle de fatores de risco. No conhecimento e combate aos fatores de risco da DAC, a apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum nesta população,2 no entanto, ainda sub diagnosticada e seus potenciais efeitos deletérios no sistema cardiovascular precisam ser esclarecidos. A AOS é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução parcial (hipopneias) ou total (apneias) das vias aéreas superiores durante o sono. Estes eventos recorrentes geram hipoxemia intermitente e aumento da estimulação simpática, com consequente aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio durante o sono. No entanto, o papel da AOS em pacientes com angina refratária é desconhecido. Objetivos: Estudo 1: comparar a prevalência de AOS em duas populações de DAC crônica, a de angina refratária, com sintomas limitantes e recorrentes, com a de pacientes com DAC estável. Estudo 2: avaliar a associação entre lesão miocárdica e AOS em pacientes com angina refratária. Material e Métodos: Estudo 1: pacientes consecutivos, com diagnóstico estabelecido de angina refratária, que faziam parte do NEPAR (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Angina Refratária) do InCor, foram avaliados para presença de AOS, através do exame de polissonografia (PSG) noturna, que é padrão-ouro para diagnóstico de AOS. Eles foram comparados ao grupo de pacientes com DAC estável (pacientes com DAC crônica, em pré-operatório para cirurgia de revascularização miocárdica (RM), que faziam parte do ambulatório de DAC crônica do InCor), sendo que a frequência de AOS nestes pacientes com DAC estável já foi descrita previamente.3 Todos os pacientes foram avaliados quanto a condições clínicas preexistentes, uso de medicamentos, medidas antropométricas, aferição de pressão arterial (PA) e Resumo frequência cardíaca (FC) ao repouso e responderam questionários para avaliação da qualidade do sono. Estudo 2: os pacientes com diagnóstico de angina refratária, do NEPAR, foram encaminhados ao laboratório do sono do InCor e submetidos a: avaliação clínica detalhada, medidas antropométricas, questionários de qualidade do sono e exame de PSG noturna. Eles também foram avaliados quanto a presença de isquemia miocárdica por exames de imagem: ressonância magnética cardíaca (RMC) e/ou cintilografia de perfusão miocárdica (CPM). A dosagem da troponina T ultra-sensível (TnT-us) também foi realizada, sendo que a determinação deste biomarcador foi feita em três coletas (às 14, 22 e 07h). Sendo as duas primeiras coletas (14 e 22h) pré exame de PSG noturna e a coleta das 07h foi realizada na manhã seguinte após exame de PSG. Resultados Estudo 1: foram avaliados 79 pacientes com angina refratária, no entanto, 9 foram excluídos por não preencheram os critérios de inclusão. Portanto, 70 pacientes com angina refratária foram comparados a 70 pacientes com DAC estável. Os pacientes com angina refratária eram em média mais velhos que os com DAC estável (61 ±10 x 57±7 anos, p=0,013, respectivamente), no entanto, semelhantes quanto a porcentagem de sexo masculino (61,5% x 75,5%, p=0,07, respectivamente) e índice de massa corpórea (IMC) (29,5 ±4 x 28,5± 4 kg/m2, p= 0,06, respectivamente). O grupo de angina refratária era mais depressivo, com maior escore no inventário de depressão de Beck (19 ±8 x 10±8, p< 0001, respectivamente). A AOS foi mais frequente no grupo com angina refratária em relação ao de DAC estável (73% x 54%, p=0,022, respectivamente) e também a AOS grave (48% x 27%, p=0,009, respectivamente). A AOS e depressão permaneceram independentemente associadas a angina refratária, na análise multivariada, após ajuste para fatores de confusão como sexo masculino, idade e IMC (AOS com OR:7,91; p=0,017 e Depressão com OR:15,71; p< 0,001). Estudo já publicado4 e se encontra anexado a esta tese. Estudo 2: foram avaliados 89 pacientes com diagnóstico de angina refratária, mas 9 foram excluídos, portanto amostra final de 80 pacientes. 66% eram do sexo masculino, no geral esta população não era obesa (IMC: 29,5±4 kg/m2) e idade média de (62 ±10 anos). 75% tinham AOS e 50% apresentaram AOS grave. Diante da elevada frequência de AOS Resumo nesta população, nós dividimos a população através de quartis de AOS e assumimos o 1° quartil como sem AOS (IAH <=15 eventos/h). Assim, o 2° quartil (IAH: 16 a 30 eventos/h), 3°quartil (IAH: 31 a 50 eventos/h) e 4°quartil (>= 51 eventos/h). No geral, os participantes estavam bem medicados, com controle da PA e da FC ao repouso, além do controle laboratorial adequado e cessação do tabagismo. A grande maioria (94%) já havia apresentado pelo menos uma intervenção de revascularização como RM ou intervenção coronária percutânea (ICP) e a avaliação de isquemia, pelos métodos de imagem (RMC e/ou CPM) foi presente em 92% dos pacientes. No entanto, os pacientes com AOS mais grave, quanto aos quartis, apresentavam maior proporção de isquemia naqueles dos últimos quartis, com diferença estatística significativa (p=0,005). Quanto a TnT-us coletada na manhã seguinte ao exame de PSG (às 07h), 88% apresentaram valores detectáveis e 36% com valores acima do percentil 99 do ensaio utilizado. Os pacientes do 4° quartil de AOS apresentaram valores de TnT-us cerca de 2 vezes maiores do que os pacientes dos outros três quartis. Além disso, os pacientes do 4°quartil de AOS apresentaram uma variação circadiana dos valores de TnT-us, com pico matinal e este comportamento não foi demonstrado na população dos outros três quartis de AOS. Conclusões: A AOS é extremamente frequente na população de DAC, sendo mais frequente nos pacientes com angina refratária do que naqueles com DAC estável e encontra-se independentemente associada a angina refratária, mesmo após ajuste para fatores de confusão clássicos como idade, sexo masculino e IMC. No estudo 2 observamos que existe associação da gravidade da AOS com lesão miocárdica demonstrada por: elevados valores detectáveis de troponina na manhã seguinte ao exame de PSG, mais de um terço apresentou valores de TnT-us acima do percentil 99 e pela ocorrência de variação circadiana da TnT-us nos pacientes do 4°quartil de AOS / Background (Paper 1): Refractory angina is a severe form of coronary artery disease (CAD) characterized by persistent angina despite optimal medical therapy. Obstructive sleep apnea (OSA) and depression are common in patients with stable CAD and may contribute to a poor prognosis. Objectives: We hypothesized that OSA and depression are more common and more severe in patients with refractory angina than in patients with stable CAD. Methods: We used standardized questionnaires and full polysomnography to compare consecutive patients with well-established refractory angina versus consecutive patients with stable CAD evaluated for coronary artery bypass graft surgery. Results: Patients with refractory angina (n=70) compared with patients with stable CAD (n=70) were similar in respect to sex distribution (male: 61.5% vs 75.5%; p=0.07), body mass index (29.5+- 4 kg/m2 vs 28.5 +- 4 kg/m2; p=0.06) and were older (61 +- 10 yr vs 57 +- 7 yr; p=0.013), respectively. Patients with refractory angina had significantly more symptoms of daytime sleepiness (Epworth: 12±6 vs 8±5; p<0.001), had higher depression symptom scores (Beck: 19 +- 8 vs 10 +- 8; p < 0.001) despite greater use of antidepressants, had higher apnea-hypopnea index (AHI: 37±30 events/h vs 23±20 events/h, p=0.001), higher proportion of oxygen saturation <90% during sleep (8%±13 vs 4%±9, p=0.04) and a higher proportion of severe OSA (AHI >=30 events/h: 48% vs 27%; p=0.009) than patients with stable CAD. OSA (p=0.017), depression (p < 0.001), higher Epworth (p=0.007) and lower sleep efficiency (p=0.016) were independently associated with refractory angina in multivariate analysis. Conclusions: OSA and depression are independently associated with refractory angina and may contribute to poor cardiovascular outcome. Background (Paper 2): Obstructive Sleep Apnea (OSA) is common and may contribute to poor cardiovascular outcomes. OSA is extremely common among patients with refractory angina. Objectives: Investigate the association between severe OSA with markers of overnight myocardial injury in patients with refractory angina. Methods: All patients were characterized clinically, underwent ischemia imaging stress tests as single-photon emission computed tomography (SPECT) and/or cardiac magnetic resonance imaging (MRI), and submitted to sleep evaluation by full polysomnography (PSG).The patients were admitted to the hospital, remained under resting conditions for blood determination of high-sensitivity cardiac troponin T (hs-cTnT) at 2 P.M., 10 P.M., and on the following morning after PSG at 7 A.M. Results: We studied 80 consecutive patients (age: 62±10ys; male: 66%; body mass index (BMI): 29.5±4 kg/m2) with a well-established diagnosis of refractory angina. The mean apnea-hypopnea index (AHI) was 37±29 events/h and OSA (AHI > 15 events/h) was present in 75% of the population. Morning detectable hs-cTnT and above 99th percentile was present in 88% and 36%, respectively. Patients in the first to third quartiles of OSA severity did not have circadian variation of hs-cTnT. In contrast, patients in the fourth quartile had a circadian variation of hs-cTnT with a morning peak of hs-cTnT that was two times higher than that in the remaining population (p=.02). The highest quartile of OSA severity remained associated with the highest quartile of hscTnT (p=.028) in multivariate analysis. Conclusions: Severe OSA is common and independently associated with overnight myocardial injury in patients with refracto
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