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Adaptação transcultural da Escala Multidimensional de Avaliação de Dor / Cross-cultural adaptation of the Multidimensional Pain Evaluation Scale

Silva, Talita de Cássia Raminelli da 22 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A dor, fenômeno multidimensional, é compreendida como experiência pessoal e subjetiva, influenciada por fatores que abrange o ser humano em sua totalidade e deve ser avaliada a fim de ser adequadamente manejada com excelência técnico-científica. OBJETIVOS: O objetivo geral deste estudo foi realizar adaptação transcultural da Escala Multidimensional de Avaliação de Dor (EMADOR) e os específicos foram traduzir a EMADOR para a língua inglesa; validar a EMADOR para a cultura americana na sua forma aparente e de conteúdo; aplicar a EMADOR adaptada e validada para a cultura americana em indivíduos com dor; aplicar a EMADOR em indivíduos brasileiros com dor; Descrever os dados sócios demográficos (idade e gênero) e clínicos (uso de medicamento e tipo de dor) das amostras norte americana e brasileira; Verificar o grau de atribuição dos descritores de dor crônica e de dor aguda da amostra americana; Verificar o grau de atribuição dos descritores de dor crônica e de dor aguda da amostra brasileira; Identificar as dimensões dos descritores atribuídos pelos participantes de ambas às amostras, norte americana e brasileira; Identificar semelhanças e diferenças da percepção da dor crônica e aguda entre as amostras norte americana e brasileira. MÉTODO: Realizou-se estudo de adaptação transcultural de instrumento, utilizando-se método proposto por Beaton e seus colaboradores, constituído pelas etapas de tradução, retrotradução, comitê de revisores, validação aparente e de conteúdo e teste piloto. Utilizou-se o método psicofísico de estimação de categoria na aplicação da EMADOR. A análise de dados foi realizada descritivamente. Foram calculados alpha de cronbach para analisar a fidedignidade da escala e o teste de Mann Whitney para verificar diferenças estatísticas entre as amostras. RESULTADOS: Na tradução, retrotradução e comitê de revisores os descritores de dor foram alterados de modo a manter o maior nível de similaridade entre as versões em português e em inglês (Multidimensional Pain Evaluation Scale - MPES). Na validação aparente e de conteúdo, os descritores de dor da MPES foram apresentados cardinalmente e algumas definições foram alteradas. A maioria dos participantes era do gênero feminino e grande parte fazia uso de medicação para alívio da dor. Quanto à aplicação da escala nos Estados Unidos, participaram 90 norte americanos, sendo 41 cuidadores de idosos e 49 estudantes universitários do curso de enfermagem, dos quais 49 (54,4%) apresentaram dor aguda e 41(45,6%) dor crônica. Os descritores de maior atribuição e suas respectivas dimensões para dor crônica foram \"Chata\" (Afetiva/Cognitiva), \"Incômoda\" (Afetiva/Cognitiva), \"Dolorosa\" (Afetiva/Sensitiva), \"Desagradável\" (Afetiva/Cognitiva) e \"Irritante\" (Afetiva/Cognitiva) e para dor aguda \"Dolorosa\" (Afetiva/Sensitiva), \"Irritante\" (Afetiva/Cognitiva), \"Desconfortável\" (Afetiva/Cognitiva), \"Desagradável\" (Afetiva/Cognitiva), \"Estafante\" (Afetiva/Cognitiva). Quanto à aplicação da escala no Brasil, participaram 97 brasileiros, sendo 28 cuidadores de idosos e 69 estudantes de graduação do curso de enfermagem, dos quais 39 (40,21%) apresentavam dor crônica e 58 (59,79%) dor aguda. Os descritores de maior atribuição e suas respectivas dimensões para dor crônica foram \"Desconfortável\" (Afetiva/Sensitiva), \"Incômoda\" (Afetiva/Cognitiva), \"Dolorosa\" (Afetiva/Sensitiva), \"Chata\" (Afetiva/Cognitiva) e \"Desagradável\" (Afetiva/Cognitiva) e para dor aguda \"Desconfortável\" (Afetiva/Cognitiva), \"Desagradável\" (Afetiva/Cognitiva), \"Importuna\" (Afetiva/Cognitiva), \"Irritante\" (Afetiva/Cognitiva) e \"Que Perturba\" (Afetiva/Cognitiva). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência dolorosa pode ser percebida em suas múltiplas dimensões, seja afetiva, cognitiva e sensitiva. Como experiência pessoal, é por meio da linguagem que as características das sensações dolorosas podem ser expressas, diferenciando-se, significativamente umas das outras. A adaptação transcultural da EMADOR/MPES para a cultura americana bem como sua aplicação nos Estados Unidos e no Brasil pode contribuir para enfermeiros e equipe de saúde em geral ter consciência da complexidade e da multidimensionalidade existente na dor em diferentes situações e perspectivas subjetivas, além de possibilitar avaliação fidedigna do fenômeno de modo a promover melhorias na assistência, e avanços na pesquisa e no ensino, propiciando manejos que respeitem o ser humano com dor. / INTRODUCTION: Pain, a multidimensional phenomenon, is understood as personal and subjective experience, influenced by factors that cover the whole human and must be evaluated in order to be adequately managed with technical and scientific excellence. OBJECTIVES: The general objective of this study was to perform transcultural adaptation of the Multidimensional Pain Evaluation Scale (MPES) and the specific ones were to translate the MPES into the English language; to validate the MPES for the north american culture in its apparent and content form; to apply the MPES adapted and validated for the north american culture in people with pain; to apply the MPES to brazilian people with pain; to describe the demographic data (age and gender) and clinical data (drug use and type of pain) of the north american and brazilian samples; to verify the degree of attribution of the chronic and acute pain descriptors of the north american sample; to verify the degree of attribution of chronic and acute pain descriptors of the brazilian sample; to identify the dimensions of the descriptors attributed by the participants of both samples, north american and brazilian; to identify similarities and differences in the perception of chronic and acute pain between the north american and brazilian samples. METHOD: A cross-cultural adaptation study was carried out using a method proposed by Beaton and his collaborators consisting of translation, retro-translation, review committee, apparent and content validation, and pilot testing. It was use the psychophysical method of category estimation in the MPES application. Data analysis was performed descriptively. Chronbach\'s alpha was calculated to analyze the reliability of the scale and the Mann Whitney test to verify statistical differences between the samples. RESULTS: In the translation, back-translation and review committee the pain descriptors were altered in order to maintain the highest level of similarity between the versions. In the apparent and content validation, the pain descriptors of the MPES were presented cardinally and some definitions were altered. The most of the participants were female and most of them used pain relief medication. As far as the application of the scale in the United States, 90 north americans were attended, 41 elderly caregivers and 49 undergraduate nursing students, of which 49 (54.4%) had acute pain and 41 (45.6%) had chronic pain. The descriptors of higher attribution and their respective dimensions for chronic pain were \"Annoyng\" (Affective / Cognitive), \"Disconforting\" (Affective / Cognitive), \"Painful\" (Affective / Sensitive), \"Unpleasant\" (Affective / Cognitive),\"Irritating \"(Affective / Cognitive) and to acute pain were \"Painful\" (Affective / Sensitive), \"Irritating\" (Affective / Cognitive), \"Uncomfortable\" (Affective / Cognitive), \"Unpleasant\" (Affective / Cognitive) and \"Exhausting\" (Affective / Cognitive) Regarding the application of the scale in Brazil, 97 Brazilians participated: 28 elderly caregivers and 69 nursing undergraduate students, of whom 39 (40.21%) had chronic pain and 58 (59.79%) had acute pain. The most attributable descriptors and their respective dimensions for chronic pain were \"Uncomfortable\" (Affective / Sensitive), \"Disconforting\" (Affective / Cognitive), \"Painful\" \"(Affective / Sensitive), \"Annoyng\" (Affective / Cognitive) and \"Unpleasant\" (Affective / Cognitive) and to acute pain were \"Uncomfortable\" (Affective / Cognitive), \"Unpleasant\" (Affective / Cognitive), \"Nagging\" (Affective / Cognitive), \"Irritating\" (Affective / Cognitive) and \"Disturbing\" (Affective / Cognitive). CONCLUSIONS: The painful experience can be perceived in its multiple dimensions, be it affective, cognitive and sensitive. As personal experience, it is through language that the characteristics of painful sensations can be expressed, differing significantly from one another. The cross-cultural adaptation of MPES to north american culture as well as its application in the United States and Brazil can contribute to nurses and health staff in general to be aware of the complexity and multidimensionality of pain in different situations and subjective perspectives, reliable in order to promote improvements in care, and advances in research and teaching, providing management that respects the human with pain.
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Tenoxicam controla a dor sem apresentar efeito preemptivo ou interferir na movimentação ortodôntica de dentes caninos / Tenoxicam controls pain without present preemptive effect or interfere on canine teeth orthodontic movement

Arantes, Glacus de Miranda 22 June 2009 (has links)
O controle da dor na ortodontia é necessário, pois a movimentação dos elementos dentais por forças específicas causa uma reação inflamatória no periodonto e consequente sensação dolorosa. O controle do processo inflamatório pode alterar a movimentação ortodôntica pela diminuição da irrigação sanguínea do periodonto. Este trabalho prospectivo, duplo-cego randomizado, estudou o efeito do tenoxicam na analgesia preemptiva e na movimentação ortodôntica de caninos superiores. Foram avaliados 36 pacientes submetidos a retrações ortodônticas bilaterais de dentes caninos superiores. Cada lado foi tratado em 3 momentos distintos, totalizando 216 ativações de retração, realizadas altenando-se os lados. O paciente foi seu próprio controle. As retrações foram divididas em três grupos de 24 pacientes cada. No grupo A, foi realizada a retração administrando-se o tenoxicam via oral para controle da dor, quarenta e cinco minutos antes do procedimento e imediatamente após o mesmo houve a administração do placebo. No grupo B, o placebo foi administrado quarenta e cinco minutos antes do procedimento e o tenoxicam imediatamente após o término do mesmo, e no Grupo C os pacientes receberam o placebo tanto antes quanto depois da retração. Esses procedimentos se repetiram em intervalos de 15 dias, totalizando 90 dias de tratamento por paciente. Os pacientes puderam utilizar como resgate o analgésico dipirona sempre que fosse necessário. Questionários contendo a escala analógica visual (EAV), a descritiva de dor (EDD) e uma tabela para controle do consumo de analgésico resgate foram fornecidos após cada procedimento. As movimentações foram executadas pela técnica de Roth (arco reto) com forças padronizadas por um dinamômetro e molas de níquel titânio (NiTi). A quantidade de movimentação foi avaliada por meio de medidas lineares aferidas com um paquímetro. O tenoxicam não influenciou a movimentação dos dentes, uma vez que os resultados obtidos mostraram que a quantidade de movimentação não foi estatisticamente diferente entre os 3 grupos. Os pacientes que receberam o tenoxicam tiveram melhor controle da dor que os pacientes controle, não sendo evidenciado efeito preemptivo neste modelo de dor. Os resultados permitiram concluir que o tenoxicam não demonstrou influência na movimentação ortodôntica de retração de caninos, proporcionando um bom controle de dor ao longo das ativações / Pain control is need in orthodontics because the tooth movements caused by specific forces lead to an inflammatory reaction in the periodontium and a consequent painful sensation. Controlling the inflammatory process may change the orthodontic movement through diminishing the blood irrigation of the periodontium. This doubleblind randomized prospective study investigated the effect of preemptive analgesia using tenoxicam and its influence on upper canine orthodontic movement. Thirty-six patients who underwent bilateral orthodontic retraction of the upper canines were evaluated. Each side was treated on three different occasions, thus totaling 216 retraction activations, which were implemented with alternation between the sides. The patients were themselves the controls. The retractions were divided into three groups of 24 patients each. In group A, the retraction was implemented with tenoxicam administered orally to control the pain intensity, fourty five minutes before the procedure, placebo was then administered immediately after the procedure. In group B, placebo was administered 45 minutes before the procedure and tenoxicam immediately afterwards. In group C, placebo was administered both before and after the procedure. These procedures were repeated at 15-day intervals, thus totaling 90 days of treatment per patient. The patients were allowed to use dipyrone as rescue medication whenever necessary. Questionnaires containing a visual analog scale, a descriptive pain scale and a table for monitoring the rescue medication intake were supplied to the patients after each procedure. The movements were implemented using the Roth technique (straight arch), with forces standardized using a dynamometer and nickel-titanium springs. The amount of movement was evaluated by means of linear measurements using a pachymeter. The tenoxicam did not influence the teeth movement, since the obtained results shown that the amounts of movement did not differ statistically between the three groups. The patients medicated with tenoxicam achieved better pain control than did the patients in the control group, but no preemptive effect was shown in this pain model. The results allow to conclusion that the tenoxicam did not show any influence on the orthodontic movement of canine retraction and it provided good pain control over the course of the activations
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Estudo comparativo da sensação dolorosa em pacientes submetidos à facoemulsificação com diferentes temperaturas da solução de irrigação ocular / Comparative study of pain sensation in patients undergoing phacoemulsification with different temperatures of ocular irrigation solution

Biaggi, Ricardo Hélio 18 October 2013 (has links)
O presente estudo objetivou comparar a eficácia analgésica entre dois tipos de técnicas anestésicas (tópica e tópica associada a crioanalgesia) utilizadas para realização da cirurgia de catarata. Vinte e cinco pacientes com catarata senil em ambos os olhos, classificadas de acordo com o critério de LOCS III em NO3 NC3 e NO4 NC4, acuidade visual inferior a 20/40 e indicação cirúrgica foram randomizados para serem submetidos à facoemulsificação com uso de solução de irrigação ocular em temperatura ambiente (23°C) em um olho (Grupo 1; n = 25) e gelada (4°C) no olho contralateral (Grupo 2; n = 25). A dor do procedimento foi avaliada através do uso de escala analógica visual 15 minutos após a realização da facoemulsificação. Esta escala varia de 0 a 100, onde o ponto 0 representa nenhuma dor e 100 representa a dor mais intensa que poderia ter sentido durante todo o procedimento cirúrgico. A perda celular endotelial, a variação da espessura corneana e o ganho de visão foram avaliados 30 ± 2 dias após cada cirurgia. A média da dor no Grupo 1 foi de 26.02 (DP=18.58) e no Grupo 2 foi de 21.28 (DP=18.20). Os valores das medianas da dor relacionada ao procedimento nos grupos 1 e 2 foram, respectivamente, 22.5 (0 66.5) e 17 (0 75.5). Após um mês de acompanhamento, a perda média de células endoteliais foi de 10% e 9.88% respectivamente, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos (teste de Wilcoxon). Não houve correlação estatisticamente significativa entre os valores médios de tempo de cirurgia, volume de irrigação, tempo de ultrassom, poder de ultrassom e ganho de visão com a perda celular ou com o escore de dor (análise de correlação de mínimos quadrados). O estudo demonstrou que não houve diferença no controle da intensidade da dor durante o procedimento de facoemulsificação com o uso de anestesia tópica ou anestesia tópica associada à crioanalgesia. / The study aimed to compare the analgesic efficacy between two types of anesthetic techniques (topical and topical associated with cryoanalgesia) during cataract surgery. Twenty-five patients with senile bilateral cataract, classified in NO3 NC3 and NO4 NC4 according to LOCS III criteria, visual acuity less than 20/40 and surgical indication were randomized to undergo phacoemulsification with the use of ocular irrigation solution at room temperature (23°C) for an eye (Group 1, n = 25) and cold solution in the contralateral eye (Group 2, n = 25). The pain of the procedure was assessed by using a visual analogue scale 15 minutes after the completion of phacoemulsification. This scale ranges from 0 to 100, being the point \"0\" representation of \"no pain\" and \"100\" the \"worst pain you might have felt\" throughout the surgical procedure. Endothelial cell loss, change in corneal thickness and vision improvement were evaluated 30 ± 2 days after each surgery. Operation time, irrigation volume, ultrasound time and ultrasound power were related to cell loss between groups. Mean pain in Group 1 was 26.02 (SD=18.58) and in Group 2 was 21.28 (SD=18.20). Median (range) pain related to the procedure in groups 1 and 2 were, respectively, 22.5 (066.5) and 17 (075.5). After one month follow-up, the mean endothelial cell loss was 10% and 9.88% respectively, with no statistical difference between groups. There were no statistically significant correlation between surgery time, irrigation volume, ultrasound time, ultrasound power and vision improvement means with cell loss or pain scores (bivariate fit). Study showed no difference in controlling the intensity of pain during phacoemulsification with the use of topical anesthesia or topical anesthesia associated with cryoanalgesia.
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Avaliação da dor de crianças: validação semântica dos Cartões de Qualidade da Dor / Children Pain Assessment: A Semantic Validation of Pain Quality Cards

Guedes, Danila Maria Batista 02 February 2016 (has links)
Introdução: A comunicação da dor varia de acordo com a cultura regional de cada pessoa e os fatores culturais podem influenciar na maneira como as crianças descrevem a dor que sentem. A avaliação da dor em crianças é difícil devido às particularidades dessa faixa etária. Porém, é importante porque ajuda o profissional encontrar respostas à dor da criança, possibilitando um manejo adequado. Nesse sentido, deve-se considerar a escolha de instrumentos que propõem uma avaliação multidimensional da dor, como por exemplo, os Cartões de Qualidade da Dor, que objetivam qualificar a dor da criança e do adolescente. Objetivo: Realizar a validação semântica das palavras que compõem os Cartões de Qualidade da Dor com uma amostra de crianças hospitalizadas. Método: Estudo metodológico, transversal, realizado em duas etapas de validação semântica com 48 crianças, entre seis e 12 anos, internadas na unidade de internação pediátrica de um hospital público do município de Campina Grande PB. A amostra foi calculada de acordo com as diretrizes metodológicas do grupo europeu DISABIKDS®. Foram utilizados os formulários para validação semântica propostos pelo DISABIKDS® e os Cartões de Qualidade da Dor. Os dados foram organizados em planilhas no programa informático EXCEL e analisados pelo programa de análise estatística SPSS 22.0. As variáveis foram analisadas com estatística descritiva e foram aplicados o Coeficiente de Correlação Bisserial, o Teste Exato de Fisher e o Coeficiente Phi do Teste Quiquadrado. Adotou-se o nível de significância de 5% para todas as análises. O presente estudo fundamentou-se na Resolução 466 de 2012. Resultados: Participaram 36 crianças na primeira etapa de validação semântica, e 12, na segunda. O critério para inclusão das palavras foi que elas deveriam ser conhecidas e utilizadas por mais de 50% da amostra das crianças. Caso a palavra fosse conhecida e utilizada por mais de 50% da amostra de apenas um grupo (meninos, meninas, entre seis e oito anos, entre nove e 12 anos), ela seria considerada como desconhecida por todo o grupo, sendo necessária uma nova etapa de validação semântica para ambos os grupos. Das 18 palavras que compõem os Cartões de Qualidade da Dor, a maioria (11 palavras) foi identificada como conhecida e utilizada por mais de 50% da amostra de ambos os grupos. O restante, sete palavras (39%), não eram conhecidas por mais de 50% das crianças como palavras que elas utilizavam para descrever a dor. Nesses casos, as crianças sugeriram novas palavras que foram reaplicadas na segunda etapa de validação semântica. Ao final da segunda etapa, as 18 palavras haviam se tornado conhecidas e utilizadas pelas crianças para descrever sua dor. Conclusões: Concluiu-se que a Validação Semântica dos Cartões de Qualidade da Dor possibilitou um ajustamento do instrumento, tornando-o mais compreensível às crianças da região nordeste do Brasil e mostrando que o instrumento deve ser incluído na rotina clínica dos profissionais para avaliar a dor das crianças. / Introduction: Communicating pain varies according to the regional culture of each person and cultural factors may influence the way children describe the pain they feel. The assessment of pain in children is difficult due to the particularities of this age group. However, this assessment is important because it helps professionals find answers to the child\'s pain, thus allowing its appropriate management. In this regard, we should consider the choice of instruments that propose a multidimensional assessment of pain, such as the Pain Quality Cards, which aim to qualify the child\'s and adolescent\'s pain. Objective: To perform the semantic validation of the words of the Pain Quality Cards with a sample of hospitalized children. Method: This is a methodological, cross-sectional study conducted in two stages of semantic validation with 48 children, between six and 12 years of age, admitted to the pediatric unit of a public hospital in the city of Campina Grande - PB. The sample was calculated according to the methodological guidelines of the European Group DISABIKDS®. We used the Forms for the Semantic Validation proposed by DISABIKDS® and the Pain Quality Cards. Data were organized in spreadsheets in Excel software and analyzed using the SPSS 22.0 statistical program. Variables were analyzed by descriptive statistics. The biserial correlation coefficient, Fisher\'s exact test and the Phi Chisquare test coefficient were also applied. We adopted a significance level of 5% for all analyses. This study was based on Resolution 466 of 2012. Results: Thirty-six children participated in the first phase of semantic validation, and 12 in the second. To be included in the instrument, words should be known and used by more than 50% of children. If a word was known and used by more than 50% of the sample of only one group (boys and girls, from six to eight or boys and girls from nine to 12 years of age), it would be regarded as unknown by the whole group and a new semantic validation phase was required for both groups. Of the 18 words that make up the Pain Quality Cards, most of them (11 words) were identified as known and used by more than 50% of the sample of both groups. The remaining seven words (39%) were not known by over 50% of children as words they regularly use to describe pain. In such cases, the children suggested new words that have been reapplied in the second phase of semantic validation. At the end of the second phase, all 18 words had become known and used by the children to describe their pain. Conclusion: We conclude that the Semantic Validation of the Pain Quality Cards allowed an adjustment of the instrument, thus making it more understandable to children in northeastern Brazil. Moreover, our results also show that the instrument should be included in the routine of clinical professionals to assess pain in children.
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Elaboração e validação do diagnóstico de enfermagem dor de parto / Development and validation of the nursing diagnosis for labor pain.

Mazoni, Simone Roque 14 September 2012 (has links)
O estudo teve como proposta analisar se o fenômeno da dor de parto está retratado no diagnóstico de enfermagem Dor Aguda da taxonomia NANDA-I e propor e validar o Diagnóstico Dor de parto. Seguiu-se os preceitos de Hoskins (1989) e Fehring (1986) para as fases da análise de conteúdo e validação clínica do diagnóstico. Na primeira fase foi analisado o conceito de \"dor em situação de parto\" segundo referencial teórico de Walker e Avant (2005) com sumarização dos dados analisados por meio de revisão integrativa da literatura à estrutura metodológica de Whittemore (2005). A análise do conceito \"dor em situação de parto\" reforçou a pertinência de se propor um novo diagnóstico e submetê-lo a análise por peritos. O diagnóstico construído foi submetido a dez enfermeiros obstetras, sendo o mesmo à análise de conteúdo aprovado quanto à definição, fatores relacionados (período de dilatação: fase latente, fase ativa, fase de transição; período de expulsão), características definidoras e inserção do diagnóstico ao Domínio 12 - Conforto e à Classe 1 - Conforto físico; das 28 características definidoras submetidas às opiniões sobre o grau de indicação para o diagnóstico, 9 foram muito indicativas do diagnóstico: evidência observada de contração uterina à média ponderada de 0,95, alteração do tônus muscular (0,93), alteração da frequência respiratória (0,85), comportamento expressivo (0,85), expressão facial de dor (0,85), evidência observada de dor (0,85), diaforese (0,83), relato verbal ou codificado (0,80) e alteração da frequência cardíaca (0,80), sendo o cálculo DCV total igual a 0,73. Outras 13 foram validadas (escores maiores de 0,50) e 6 foram consideradas não representativas (escores inferiores a 0,50). Vinte e duas características definidoras identificadas na análise de conceito foram testadas clinicamente em parturientes em fase ativa do trabalho de parto. Foram observadas 49 parturientes na fase ativa inicial (FAI) e 37 na fase ativa final (FAF). Para análise da homogeneidade entre as parturientes que fizeram uso de analgésicos e as que não fizeram uso de analgésicos e as variáveis intervenientes: indução de parto, característica da bolsa, líquido amniótico, técnicas alternativas para alívio da dor, relaxamento e descida fetal e intervenção analgésica e, para análise das diferenças de frequências de ocorrência de características definidoras entre as fases ativa inicial e final do trabalho de parto foi utilizado o teste exato de Fisher. Prova de Mann-Whitney foi realizada para a relação dos escores de intensidade de dor entre o uso e não uso do analgésico. Para análise da relação entre amplitude de pressão intrauterina e escores de dor, nas fases ativa inicial e final do trabalho de parto foi utilizado o teste de Correlação de Spearman. Seis características definidoras estiveram presentes na FAI, e também foram os indicadores principais na FAF, são elas: relato verbal ou codificado (FAI e FAF: 100%), evidência observada de contração uterina (FAI: 98%; FAF: 100%), alteração do tônus muscular (FAI: 98%; FAF: 100%), evidência observada de dor (FAI e FAF: 100%), comportamento expressivo (FAI: 93,9%; FAF: 100%) e expressão facial de dor (FAI: 87,8%; FAF: 100%). Em ambas as fases não foram observadas: alteração na frequência cardíaca, alteração na frequência respiratória, alterações na pressão sanguínea, dilatação pupilar, exceto para alteração da pressão arterial e dilatação pupilar em que houve presença em uma parturiente para cada indicador. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes (p ≤ 0,05) para diaforese, expressão facial de dor, gestos protetores/comportamento de defesa, posição antálgica para evitar dor, comportamento de distração, foco em si próprio e relato de pressão no períneo, sendo estas predominantes na FAF. Observou-se correlação linear positiva entre a referência verbal (pelos escores de intensidade de dor) e a amplitude de pressão intrauterina, com aumento do escore de intensidade de dor à medida que aumenta a pressão em mmHg na fase ativa inicial (rS = 0,381; p = 0,008) e na fase ativa inicial de parturientes em uso do analgésico (rS = 0,758; p = 0,002). O estudo mostrou a dor em situação de parto como fenômeno peculiar a um evento fisiológico em seus diferentes períodos, com achados que apontam para um novo diagnóstico de enfermagem. / The study aimed to analyze if the phenomenon of labor pain is characterized in the nursing diagnosis Acute Pain of NANDA-I taxonomy and to develop and validate the diagnosis Labor Pain. The precepts of Hoskins (1989) and Fehring (1987) for the phases of content analysis and clinical validation of the diagnosis were followed. In the first phase, the concept of \"labor pain\" according to the theoretical referential of Walker and Avant (2005) was analyzed, with summarization of the data using integrative literature review of the methodological framework of Whittemore (2005). The construction of the concept \"labor pain\" reinforced the relevance of proposing a new diagnosis and subjecting it to the analysis by experts. The diagnosis was submitted to ten obstetric nurses and approved regarding the definition, related factors (period of dilatation: latent phase, active phase, transition phase of labor; period of expulsion), defining characteristics and insertion of diagnosis to the Domain 12 - Comfort and to the Class 1 - Physical Comfort; of the 28 defining characteristics submitted to the opinions on the degree of indication for the diagnosis, 9 were very indicative of the diagnosis: evidence observed of uterine contraction to the average of 0.95, change in muscle tone (0.93), change in respiratory rate (0.85), expressive behavior (0,85), facial expression of pain (0.85), observed evidence of pain (0.85), diaphoresis (0.83), verbal or coded report (0.80), and change in heart rate (0.80), being the CVD total calculation equal to 0.73. Another 13 were validated (scores greater than 0.50) and 6 were considered unrepresentative (scores below 0.50).Twenty-two defining characteristics identified in concept analysis were clinically tested in pregnant women in active phase of labor. 49 parturient women were observed during initial active phase (IAP) and 37 in the final active phase (FAP). To analyze the homogeneity among parturient women who used analgesics and those who did not use analgesics and the intervening variables: induction of labor, characteristic of placenta, amniotic fluid, alternative techniques for pain relief, relaxation and decrease fetal and analgesic intervention; and the Fisher\'s exact test was used to analyze differences in frequencies of occurrence of the defining characteristics between the initial and final active phase of labor. Mann-Whitney test was performed for the relationship of pain intensity scores between the use and non use of the analgesics. The Spearman correlation test was used to analyze the relationship between intrauterine pressure amplitude and pain scores, in the initial and final phases of labor. Six defining characteristics were present in the initial active phase (IAP), and were also the main indicators in the final active phase (FAP), which are: verbal or coded report (IAP and FAP: 100%), observed evidence of uterine contraction (IAP: 98%, FAP: 100%), abnormal muscle tone (IAP: 98%, FAP: 100%), observed evidence of pain (IAP and FAP : 100%), expressive behavior (IAP: 93.9%, FAP: 100%), and facial expression of pain (IAP: 87.8%; FAP: 100%). In both phases were not observed: change in heart rate, change in respiratory rate, change in blood pressure, pupil dilation, except for change in blood pressure and pupil dilation that was present in one parturient for each indicator. The results showed statistically significant differences (p ≤ 0.05) considering diaphoresis, facial expression of pain, protective gestures/defensive behavior, antalgic position to avoid pain, distraction behavior, focus on yourself and report of pressure in the perineum, which are predominant in the IAP. Positive linear correlation between the verbal reference (by scores for pain intensity) and amplitude of intrauterine pressure was observed, with higher scores of pain intensity when increasing pressure in mmHg in the initial phase (rS = 0.381; p = 0.008) and the initial active phase of parturient women in use of analgesics (rS = 0.758; p = 0.002). The study showed the situation of labor pain as a phenomenon peculiar to a physiological event at different periods, with findings that point to a new nursing diagnosis.
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Efeitos da naloxona, da metissergida e da fentolamina, por via subaracnóidea, sobre a modulação da dor, através do teste de formalina modificado, em ratos / Effects of naloxone, methysergide and phentolamine, via subarachnoid, on pain modulation through a modified formalin test in rats

Pires, Oscar César 07 December 2009 (has links)
Aferentes nociceptivos primários se projetam da periferia para o corno posterior da medula espinhal onde ativam grande número de neurônios de segunda ordem e de projeção. Há evidências de que a passagem de informações nociceptivas pelo CPME seguindo para níveis rostrais do sistema nervoso central, sofre profundas influências excitatórias e inibitórias. A presente pesquisa teve como objetivo comparar os efeitos dos antagonistas de opióides (naloxona), de serotonina (metissergida) e de noradrenalina (fentolamina), administrados por via subaracnóidea, sobre as fases I, intermediária e II do teste da formalina modificado, em ratos. Para tanto, foram utilizados 35 ratos wistar machos, pesando entre 220 e 300 gramas, distribuídos aleatoriamente em cinco grupos (n = 7) para receber solução salina (GC), fentolamina (GF), naloxona (GN), metissergida (GM) ou fentolamina associada a metissergida (GFM). A indução da dor foi realizada com administração de solução de formalina na região dorsal da pata posterior direita. Todas as elevações da pata, não relacionadas à marcha foram consideradas e a contagem foi realizada continuamente durante o período de 60 minutos. O teste foi dividido em três fases; fase I, intermediária e fase II, sendo que a fase I compreendeu o número de elevações durante os primeiros 5 minutos, a fase intermediária do sexto ao vigésimo minuto e a fase II, do vigésimo primeiro ao sexagésimo minuto. A análise estatística dos resultados obtidos foi realizada utilizando o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences), adotando o nível de significância de 5%. Para as variáveis: peso, idade e fase I do teste, os grupos foram estatisticamente semelhantes. Nos cinco grupos estudados, a fase intermediária diferenciou-se das outras duas, enquanto que as fases I e II foram estatisticamente semelhantes. Para a variável fase intermediária foi encontrada uma diferença estatisticamente significante entre os grupos GF, GM e GFM quando comparados com os grupos GC e GN, e para a variável fase II foi encontrada diferença significante entre o grupo GN em comparação a todos os outros grupos. No presente estudo, a metissergida e a fentolamina se mostraram eficazes em inibir o efeito modulador espinhal da dor, sugerindo efeito noradrenérgico e serotoninérgico inibitório da transmissão nociceptiva espinhal, sem haver efeito somatório ou potencializador quando utilizados em associação. Entretanto, estes efeitos não foram observados com naloxona, e assim um efeito opióide modulador espinhal, na interfase do teste não ficou estabelecido. Durante a fase II, a naloxona causou redução da resposta nociceptiva à formalina, corroborando a hipótese de que exerça atividade sobre os receptores -opiáceos / Primary nociceptive afferents are projected from the periphery to the dorsal horn of the spinal cord, where they activate a large number of second-order and spinal projection neurons. There are evidences that the passage of nociceptive information through the posterior horn of the spinal cord towards rostral levels of the central nervous system (CNS) are under profound excitatory and inhibitory influences. This research had as objective to compare the effects of the naloxone, methysergide and phentolamine, administered by intrathecal route, under phases I, II and intermediary of the modified formalin test in rats. Therefore, 35 male Wistar rats between 220 and 300 grams, randomly distributed in five groups (n = 7) to receive saline solution (GS), phentolamine (GF), naloxone (GN), methysergide (GM) or phentolamine associated to methysergide (GFM) were used. The induction of pain was performed with administration of formalin solution in the dorsal region of the posterior right paw. All paw lifting, not related to the march, were taken into account and the count was continuously performed during the 60 minute period. The test was divided into three phases: phase I, intermediary and phase II, whereas phase I comprised the number of elevations during the first five minutes, the intermediary phase from the sixth to the twentieth minute, and phase II, the number of elevations from the twentieth first minute up to the sixtieth minute to the sixtieth minute. The statistical analysis of the results obtained was performed using the program SPSS (Statistical Package for Social Sciences), adopting a 5% significance level. For the variables: Weight, age and phase I of the test, the groups were statistically similar. In the five studied groups, the intermediary phase was different from the other two, while phases I and II were statistically similar. For the intermediary phase variable it was found a statistically significant difference among groups GF, GM, GFM when compared with groups GS and GN, and for the phase II variable it was found significant difference between group GN when compared with groups GC, GF, GM and GFM. In this study, methysergide, a non-selective antagonist of receptors 5-HT and phentolamine, a non-selective adrenoceptor antagonist, were effective in inhibiting the spinal pain modulating effect, suggesting inhibitory noradrenergic and serotonergic effect of spinal nociceptive transmission. However, such effects were not noticed with naloxone, and thus, a modulating spinal opioid effect was not established in the test interphase. During phase II of the formalin test, naloxone causes the decrease of nociceptive response to formalin, suggesting that the k-opiate receptors are involved in naloxone-induced analgesia.
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Prevalência e manejo da dor em recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: estudo longitudinal / Pain prevalence and management in newborns admitted to the neonatal intensive care unit: longitudinal study

Sposito, Natália Pinheiro Braga 10 June 2016 (has links)
Introdução: Os recém-nascidos (RNs) compõem uma população vulnerável à dor, e a vivência repetida desta experiência pode resultar em prejuízos para seu desenvolvimento. Estudos retratam realidade alarmante vivenciada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), onde o número de procedimentos dolorosos realizados diariamente é expressivo. Objetivo geral: verificar a incidência de dor durante os primeiros sete dias de internação na UTIN. Objetivos específicos: determinar a prevalência da dor; identificar o tipo e a frequência de procedimentos invasivos aos quais os RN são submetidos, e verificar as medidas não farmacológicas e farmacológicas implementadas no alívio da dor. Metodologia: Estudo retrospectivo e longitudinal composto por todos os RNs internados na UTIN durante período de 12 meses. Das 188 internações ocorridas, 15 foram excluídas conforme os critérios estabelecidos e houve 2 perdas, o que resultou em 171 internações referentes a 150 RNs. A coleta dos dados foi realizada em impresso próprio por meio de leitura dos prontuários e a presença de dor foi avaliada com base na escala NIPS (Neonatal Infant Pain Scale) e presença de anotação de enfermagem sugestiva de dor. Para a análise estatística, utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: Os RNs foram submetidos à média de 6,6 procedimentos invasivos por dia, e os mais frequentes foram punção de calcâneo (35,75%) e aspiração de vias aéreas (26,02%). Somente 3,6% dos procedimentos foram realizados sob analgesia ou sedação realizadas especificamente para sua realização. Apenas 32,5% dos registros de dor (NIPS ou anotação de enfermagem sugestiva de dor) resultaram na adoção de condutas para seu alívio, e os fármacos mais administrados para esta finalidade foram: o hidrato de cloral, o midazolam e a dipirona. As intervenções não farmacológicas mais frequentes foram a sucção não nutritiva e o posicionamento ventral. Conclusões: Em 50,3% das internações foi realizado, ao menos, 1 registro de dor, conforme a aplicação da NIPS, ou a anotação de enfermagem sugestiva de dor. A associação da NIPS com anotação de enfermagem sugestiva de dor implicou em melhores índices de intervenção. Contudo, a presença de dor, de acordo com a NIPS, não resultou em maiores taxas de intervenção para seu alívio. / Introduction: Newborns are vulnerable to pain, and repeated experiences can result in damage to their development. Studies portray an alarming reality experienced in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU), where the number of painful procedures performed daily is significant. General aim: To determine the incidence of pain during the first seven days in the NICU. Specific aims: To determine the prevalence of pain; identify the type and frequency of invasive procedures to which newborns are subjected, and verify the non-pharmacological and pharmacological measures implemented to relieve it. Methodology: Retrospective study composed of all newborns admitted to the NICU for 12 months. Of the 188 admissions, 15 were excluded according to the criteria established, and there were two losses, which resulted in 171 hospitalizations related to 150 newborns. Data collection was carried out in a printed form by reading their records, and the presence of pain was evaluated based on the NIPS (Neonatal Infant Pain Scale) and records suggestive of pain reported by the nursing staff. Statistical analysis was performed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) and a 5% significance level was adopted. Results: Newborns underwent an average of 6.6 invasive procedures per day, and the most frequent ones were heel lancing (35.75%) and airways aspiration (26.02%). Solely 3.6% of the procedures were performed under analgesia or sedation specifically made for its realization, and only 32.5% of pain records (NIPS or nursing records indicating pain) resulted in the adoption of conducts to its relief, and the drugs most administered for this purpose were: Chloral Hydrate, Midazolam and dipyrone. The most frequent non-pharmacological interventions were non-nutritive sucking and ventral position. Conclusions: In 50.3% of admissions, there was at least 1 record of pain according to NIPS or nursing records indicating pain. The association of NIPS with nursing records indicating pain resulted in better rates of intervention. However, the presence of pain according to NIPS did not result in higher intervention rates for its relief.
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O uso de dexametasona e etoricoxibe para a prevenção e controle da dor pós-operatória após cirurgia periodontal

Steffens, João Paulo 11 December 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-24T19:22:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Joao Paulo Steffens.pdf: 979707 bytes, checksum: 43532f7a8e6d7bf7316592291f073a4b (MD5) Previous issue date: 2009-12-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Several anti-inflammatory drugs have been used to reduce pain and discomfort after periodontal surgeries. The purpose of this study was to evaluate the efficacy of etoricoxib and dexamethasone on pain prevention after open flap debridement surgery. For this prospective, double-masked, cross-over, placebo-controlled randomized clinical trial, open flap debridement surgeries were performed on 15 patients who presented chronic periodontitis after nonsurgical periodontal therapy at three sextants. Each patient was submitted to three surgical procedures with intervals of 30 days and received one of the premedication protocols one hour before surgery: G1- placebo; G2- 8 mg dexamethasone; G3- 90 mg etoricoxib. Pain intensity and discomfort were evaluated by visual analog scale (VAS), 101-point numerical rate scale (NRS-101) and a 4-point verbal rate scale (VRS-4) during 8 hours after surgery and three times a day on the 3 following days. Data were submitted to appropriate statistical analysis. The results demonstrated that G2 and G3 presented reduced postoperative pain intensity levels than G1. There were statistically significant differences at 4, 5, 6, 7 and 8 hour-period after surgery (Friedman test; p<0.05). Besides, rescue medication intake was significantly lower for G2 and G3 than for G1 (p<0.05). It was concluded that the adoption of a preemptive medication protocol using etoricoxib or dexamethasone may be considered effective on pain prevention after open flap debridement surgeries. / Diversas drogas anti-inflamatórias têm sido utilizadas para reduzir dor e desconforto após cirurgias periodontais. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do etoricoxibe e dexametasona na prevenção da dor após cirurgia a retalho para raspagem e alisamento radicular. Neste ensaio clínico prospectivo randomizado, cruzado, duplo-cego, placebo-controlado, foram realizadas cirurgias para raspagem e alisamento radicular em 15 pacientes que apresentassem periodontite crônica após terapia periodontal não cirúrgica, em pelo menos três sextantes. Cada paciente foi submetido aos três procedimentos cirúrgicos com intervalos de pelo menos 30 dias, recebendo um dos seguintes protocolos de medicação uma hora antes do procedimento: G1- placebo; G2- dexametasona 8 mg; G3- etoricoxibe 90 mg. A intensidade da dor e desconforto foi avaliada através de escala visual analógica (EVA), escala numérica de 101 pontos (NRS-101) e escala verbal de 4 pontos (VRS- 4) a cada hora durante 8 horas após cada cirurgia, e três vezes ao dia nos três dias seguintes. Os dados foram submetidos à análise estatística apropriada. Os resultados demonstraram que G2 e G3 apresentaram menores valores de intensidade de dor pós-operatória do que G1, havendo diferença estatisticamente significante pelo teste de Friedman (p<0,05) nos períodos de 4, 5, 6, 7 e 8 horas pós-cirurgia. Além disto, houve significativamente menos consumo de analgésicos de suporte em G2 e G3 que no G1 (p<0,05). Concluiu-se que a adoção de um protocolo de medicação pré-operatória com etoricoxibe ou dexametasona pode ser considerada uma abordagem eficaz na prevenção da dor após cirurgia a retalho para raspagem e alisamento radicular.
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Estímulo padrão para avaliação e validação das escalas Behavioral Pain Scale e Critical-care Pain Observation Tool para uso no Brasil

Klein, Cristini January 2016 (has links)
BASE TEÓRICA: O alívio da dor é um direito do ser humano. Entretanto, atualmente a dor ainda é subidentificada e subtratada nas unidades de terapia Intensiva (UTI). O consenso para manejo de dor em pacientes adultos de UTI recomenda a avaliação rotineira de dor em todos os pacientes internados. O padrão-ouro para avaliação de dor, é o autorrelato de dor. Entretanto diversos pacientes internados em UTI não conseguem reportar verbalmente a dor, por variados motivos entre eles podemos destacar o uso de ventilação mecânica ou distúrbios de consciência. Nestes casos é recomendada a avaliação de dor através de instrumentos comportamentais. Segundo consenso são recomendados o uso das escalas Behavioral Pain Scale (BPS) ou o Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT), instrumentos estes que até o presente ainda não encontravam-se validados para uso no Brasil. Em suma CPOT e BPS são instrumentos compostos por 4 categorias de comportamentos de dor: expressão facial, movimentos corporais, simetria com a ventilação mecânica (paciente entubado) ou vocalização (paciente extubado) e tensão muscular. Nos estudos prévios, durante o processo de desenvolvimento e validação de ambas as escalas, a validade discriminante foi testada somente por meio de procedimentos dolorosos, procedimentos estes que podem ter efeitos fisiológicos secundários como tosse e assincronia com o ventilador. Dependendo do contexto estes comportamentos podem facilmente ser confundidos com comportamentos de dor. Assim mostra-se a importância em verificar a validade discriminante de ambas as escalas com uso de estímulo específico de vias nociceptivas de dor, como a algometria de pressão. OBJETIVOS: Traduzir, adaptar e validar as escalas CPOT e BPS para uso no Brasil. Secundariamente verificar as variáveis que predizem a pontuação das escalas CPOT e BPS após estímulo nociceptivo padronizado (por meio da algometria de pressão). MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo, realizado em um hospital universitário da região Sul do Brasil. O processo de tradução consistiu da tradução da versão original do inglês para o português, síntese da tradução e novamente tradução (back translation) para o inglês, e após a avaliação das versões por um comitê de juízes. Duas enfermeiras treinadas para avaliação dos pacientes por meios das escalas CPOT e BPS versão para uso no Brasil, realizaram as seguintes avaliações: a) durante repouso, b) após estímulo nociceptivo padrão com uso da algometria de pressão (ENPAP) com pressão máxima de 14 kgf/cm2, c) durante mudança de decúbito, d) 15 minutos após mudança de decúbito. RESULTADOS: Foram triados 1019 pacientes, 844 excluídos por não preencherem os critérios de inclusão, 175 incluídos para avaliação e 7 excluídos durante o protocolo por necessidade de uso endovenosos de sedativo ou analgésico. O total de 168 pacientes clínico-cirúrgicos adultos e não comunicativos verbalmente internados em UTI foram incluídos no estudo. Confiabilidade interobservador de ambas escalas, durante todas as avaliações foi suportado por Kappa >0,7 entre as 2 enfermeiras, cegadas uma para a avaliação da outra. Validade discriminante suportada por pontuação maior das escalas CPOT e BPS durante ENPAP e mudança de decúbito quando comparadas ao repouso (p<0,001). Análise adicional foi realizada para verificar variáveis á predizer o escore das escalas CPOT e BPS, e foi verificado que a pontuação da Escala de Coma de Glasgow (Glasgow) é um preditor de ambas escalas, mostrando que quanto maior a pontuação do Glasgow maior a pontuação nas escalas CPOT e BPS. CONCLUSÃO: As versões para uso no Brasil das escalas CPOT e BPS mostraram boa confiabilidade e validade para uso em pacientes não comunicativos verbalmente internados nas UTIs do Brasil. Algometria de pressão, um método de estimulação específico das vias nociceptivas de dor parece ser um estímulo padronizado que melhora a avaliação da acurácia das escalas CPOT e BPS. Da mesma forma, mostra-se de importância a realização de estudos adicionais para verificar os benefícios do uso concomitante da escala de Glasgow com o CPOT e BPS, principalmente com vistas a diferenciação de pontos de corte das escalas CPOT e BPS considerando as diferenças no nível de consciência. / BACKGROUND: Pain relief is a Human right. However, currently unrelieved pain is very common in Intensive Care Unit (ICU) patients. The clinical practice guidelines for the management of pain in adult ICU patients recommends that pain be routinely monitored in all patients. The gold standard to evaluate pain is the self-reporting of pain. However, in the ICU a lot of patients cannot report their pain, because of mechanical ventilation and disturbances in consciousness. In these cases, pain assessment is recommend with the use of behavioral pain tolls. The guideline recommends the use of the Behavioral Pain Scale (BPS) or the Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT), but there is a lack of translating and validating studies to use CPOT and BPS in Brazilian settings. In brief, CPOT and BPS are composed of 4 categories of distinct pain behaviors: facial expressions, body movements, synchrony with the ventilator (intubated patients) or vocalization (extubated patients) and muscle tension. The discriminant validity of both tools was tested with painful procedures, these procedures can induce other secondary physiological effects, such as coughing and asynchrony with the ventilator. Depending on the context these behaviors can easily be confused with pain behaviors. Thus, it is important to verify the discriminant validity of both scales with the use of specific stimuli of nociceptive pain pathways, such as pressure algometry. OBJECTIVE: Translate, culturally adapt, and validate a Brazilian Portuguese version of the CPOT and BPS. Secondarily to verify the variables that predict the scoring of the CPOT and BPS scales after standardized nociceptive stimuli (through pressure algometry). METHODS: A prospective cohort study, in a University hospital in the South of Brazil. The translation process consisted of an initial translation into Brazilian Portuguese, translation synthesis, back-translation into English, then an evaluation by a committee of experts. Two trained nurses used the CPOT and the BPS Brazilian Portuguese versions for the following assessments: a) rest at baseline, b) after standardized nociceptive stimulation by pressure algometry (SNSPA) with a maximum pressure of 14 kgf/cm2, c) during change of position and d) 15 minutes after change of position . RESULTS: A total of 1019 ICU patients were screened, 844 excluded, 175 patients included for assessment, seven excluded during protocol because of the requirement IV infusion of analgesic or sedative agents, and 168 medical-surgical adult non-verbal communicative intensive care unit patients were included in data analysis. Inter-rater reliability of CPOT and BPS scores during all assessments was supported by high weighted Kappa > 0.7 for all assessments between the two nurses blinded of each other’s scores. Discriminant validation was supported with higher CPOT and BPS scores during SNSPA or change of position in comparison to rest (p<0.001). An additional analysis was carried out to predict CPOT and BPS scores, and it was seen that the Glasgow Coma Scale (GCS) was a significant predictor of both tools, as a result than higher GCS, higher were the CPOT and BPS scores. CONCLUSION: The use of the CPOT and BPS Brazilian versions showed good reliability and validity in non-verbal critically ill patients in Brazil. Pressure algometry, a specific nociceptive way of stimulation appears to be a standardized approach to improve the measurement of the accuracy of the CPOT and the BPS. Similarly, it is important to carry out studies to verify the benefits of concomitant use of the GCS with the CPOT and BPS scale, especially with a view to differentiating cut-off points of the CPOT and BPS scales for different levels of consciousness.
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SOS - smärtbedömning och smärtuttryck : Rättvis bedömning av vuxna patienter med nedsatt kommunikationsförmåga / SOS - Pain measurement and Pain expression : Fair pain measurement of adult patients with impaired communication skills

Eriksson, Anna, Olofsson, Anna January 2011 (has links)
Patienter med nedsatt kommunikationsförmåga har begränsade möjligheter till att förmedla sin smärtupplevelse. Sjuksköterskan har till uppgift att bedöma patientens smärta vilket kan vara oerhört komplext. Syftet med denna litteraturstudie var att  belysa  bedömning av smärta hos vuxna patienter med nedsatt kommunikationsförmåga. Litteraturstudiens resultat grundades på 15 kvalitativa och kvantitativa vetenskapliga artiklar som kvalitetsgranskades och bearbetades. Analysen av dessa artiklar resulterade i två teman: smärtbedömning av vuxna patienter med nedsatt kommunikationsförmåga och smärtuttryck hos vuxna patienter med nedsatt kommunikationsförmåga. Smärtan är flerdimensionell och bör ses som en helhet, då den bottnar i både fysiska och psykiska faktorer. Smärtan uttrycker sig på flera sätt, detta bör därför lyftas fram och diskuteras mer i sjuksköterskeutbildningen och på klinik. Tidigare forskning har visat att kvinnor upplever och uttrycker mer smärta än män. Kommande forskning bör inriktas mot hur vida smärtuttrycken skiljer sig åt och om smärtbedömningsinstrument är anpassade för de olika könen var för sig. Genom bearbetning av resultatet skapades en checklista (LARV) för att bedöma olika smärtupplevelser hos patienter med nedsatt kommunikationsförmåga. LARV är tänkt som en tillgång och ett komplement till sjuksköterskans smärtbedömning utifrån kompetens och erfarenhet. LARV bör prövas inom vården för att utvecklas. / Patients with impaired communication skills has limited ability to                         communicate their pain experience. The nurse is responsible for                         assessing the patient's pain, which can be extremely complex. The                         purpose of this study was to illustrate the assessment of pain in adult                     patients with impaired communication skills. The result were based on                     15 qualitative and quantitative research articles that are peer reviewed                     and processed. The analysis of these articles resulted in two themes:                     pain assessment of adult patients with impaired communication skills                     and pain expression in adult patients with impaired communication                     skills The pain is multidimensional and should be considered as a                         wholeness and contains both physical and psychological factors. The                     pain is expressed in many ways, this should be highlighted and                         discussed more in nursing education and in practice.                     Previous research has shown that women experience and express more                     pain than men. Future research should focus on how far pain                         expressions are different and if the pain assessment instruments are                     designed for the different sexes separately.By the result a checklist was created (LARV) to assess the different experience of pain in patients with impaired communication skills. LARV is meant as an asset and complement to the nurses pain assessment that is based on competence and experience. LARV should           be evaluated in health care to be improved.

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