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Estudo de polimorfismos da região controladora (D-Ioop) do DNA mitocondrial  em amostra de mulheres brasileiras com endometriose / Polymorphisms of control region (D-loop) of mitochondrial DNA in Brazilian women with endometriosis

Andres, Marina de Paula 05 October 2017 (has links)
Introdução: A endometriose afeta 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva e há evidências crescentes de que o estresse oxidativo está envolvido na sua patogênese. Os polimorfismos na região controladora do DNA mitocondrial podem levar à replicação e à transcrição alterada dos genes mitocondriais, o que pode afetar a função mitocondrial e, consequentemente, a geração intracelular de espécies reativas de oxigênio. Descobertas recentes indicam que os polimorfismos do DNA mitocondrial (mtDNA) estão relacionados à endometriose em populações coreana e indiana. Objetivo: Avaliar a associação entre polimorfismos e haplogrupos do DNA mitocondrial e a presença de endometriose em mulheres brasileiras. Métodos: Pacientes com idade entre 18 e 50 anos foram divididas nos grupos endometriose (n = 90) e controle (n = 92). O primeiro grupo incluiu mulheres com diagnóstico histológico de endometriose e estadiamento cirúrgico, enquanto o segundo grupo incluiu pacientes submetidas à cirurgia para laqueadura tubária, leiomioma ou cistos ovarianos benignos, sem evidência de endometriose. O DNA foi extraído a partir de amostras de sangue periférico seguido do sequenciamento de Sanger e eletroforese capilar. Os polimorfismos foram determinados comparando as sequências obtidas com a Sequência padrão de Cambridge Revisada. Resultados: As frequências dos polimorfismos T16217C (14,4% vs. 5,4%; p = 0,049), G499A (13,3% vs. 4,3%; p = 0,038), T236C (5,6% vs. 0%; p = 0,028) e G185A (6,7% vs. 0%; p = 0.013) foram maior no grupo endometriose em comparação ao grupo controle, respectivamente, enquanto as frequências dos polimorfismos T146C (18,9% vs 32,6%; p = 0,042) e 573.2C (5,6% vs. 29,3%; p < 0.001) foram menores. A distribuição dos haplogrupos foi semelhante entre os grupos endometriose e controle. Nenhuma diferença foi observada nos haplogrupos de acordo com o estádio ou localização da doença. Conclusão: Os polimorfismos T16217C, G499A, T236C e G185A do DNA mitocondrial foram relacionados à presença de endometriose, enquanto T146C e 573.2C foram relacionados à ausência de doença, em amostra de mulheres brasileiras. Não foram observadas diferenças significativas entre os haplogrupos mitocondriais / Background: There is increasing evidence that oxidative stress is a major factor in the pathogenesis of endometriosis, a prevalent disease that affects 5-15% of reproductive-aged women worldwide. Polymorphisms in the control region of mitochondrial DNA (mtDNA) can lead to the altered replication and transcription of mitochondrial genes, thereby affecting both overall mitochondrial function, and the intracellular generation of reactive oxygen species. Objective: The present study investigated whether the incidence of mtDNA polymorphisms and/or haplogroups is associated with endometriosis in a Brazilian population. Methods: Female patients (aged 18-50 years) were enrolled in the present study, and assigned to either endometriosis (n = 90) or control (n = 92) group. The former group comprised patients who had received a histological diagnosis of endometriosis and had been assigned a surgical stage, while the latter comprised patients who had undergone gynecological surgery for tubal ligation, leiomyoma, or ovarian cysts, and showed no evidence of endometriosis. DNA was extracted from peripheral blood samples, and then subjected to Sanger sequencing and capillary electrophoresis. Polymorphisms were identified by comparing the isolated mtDNA sequences with the revised Cambridge Reference Sequence. Results: The frequency of some identified polymorphisms was found to be higher in the endometriosis group than in the control group, including polymorphisms T16217C (found in 14.4% and 5.4% of endometriosis- and control-group members, respectively; p=0.049), G499A (13.3% vs. 4.3%; p=0.038), T236C (5.6% vs. 0%; p=0.028), and G185A (6.7% vs. 0%; p=0.013). In contrast, polymorphisms T146C (18.9% vs. 32.6%; p=0.042) and 573.2C (5.6% vs. 29.3%; p < 0.001) were found to occur at a lower frequency in the endometriosis compared to the control group. Observed haplogroup frequencies were similar between the endometriosis and control groups, and did not appear to be affected by either disease location and/or staging. Conclusion: mtDNA polymorphisms T16217C, G499A, T236C, and G185A were found to be associated with endometriosis, while conversely, T146C and 573.2C were shown to be associated with an absence of disease in the analyzed Brazilian population. No significant differences were observed between the mitochondrial haplogroups of patients with, versus without endometriosis
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Marcadores moleculares para análise do polimorfismo genético relacionado à resposta de Plasmodium falciparum aos antimaláricos / Molecular markers for analysis of genetic polymorphism related to the response of Plasmodium falciparum to antimalarials

Inoue, Juliana 30 April 2014 (has links)
A malária é responsável por cerca de 207 milhões de casos e 627 mil óbitos em todo o mundo. No Brasil, em 2013, foram registrados mais de 167 mil casos. Um dos grandes desafios para o controle da doença é o desenvolvimento de resistência aos antimaláricos. Dentre as cinco espécies que podem causar malária em seres humanos, Plasmodium falciparum é a que apresenta maior habilidade de desenvolver resistência a quase todas as classes de medicamentos utilizados no tratamento. Estudos com marcadores moleculares têm associado mutações em diversos genes à resistência aos antimaláricos. A mutação K76T no gene pfcrt é relacionada à resistência à cloroquina. Mutações em pfmdr1 e aumento de seu número de cópias foram associados à resistência a diversos antimaláricos, como quinino, mefloquina e derivados de artemisinina. A resistência aos antifolatos é associada a mutações nos genes pfdhfr e pfdhps. Mutações nos genes pfATPase6 e pfAP2-u têm sido relacionadas à diminuição de sensibilidade à artemisinina. O monitoramento dessas mutações e suas associações às respostas in vivo e in vitro aos antimaláricos pode contribuir para a escolha de terapêutica para o controle da doença. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil genético relacionado à resistência em P. falciparum ao longo de 27 anos. Foram analisadas amostras de P. falciparum coletadas no período entre 1984 e 2011, de pacientes atendidos em serviços de saúde nos estados do Pará e São Paulo, com infecções provenientes principalmente de países da América do Sul e África. A análise do gene pfcrt mostrou frequência de 100% da mutação K76T nas amostras de países da América do Sul ao longo das décadas analisadas. Este resultado é concordante com o fenótipo de resistência à cloroquina observado em 100% das amostras testadas in vitro para sensibilidade a este antimalárico. Amostras de países africanos apresentaram o genótipo selvagem em infecções únicas ou mistas. Com relação ao gene pfmdr1, a análise do códon 86 mostrou surgimento do mutante 86Y na última década em amostras da América do Sul e ocorrência de alelos selvagens e mutantes em amostras da África. Na análise do códon 1246 foi observada predominância do mutante 1246Y nas amostras sul-americanas e do selvagem D1246 nas africanas. Com relação ao gene pfdhfr, as amostras brasileiras apresentaram frequência de 100% dos mutantes 51I e 108N. O mutante 59R não foi observado no período 1980-1990, mas estava presente em 22,6% das amostras de 2000-2010. A análise do gene pfdhps das amostras brasileiras mostrou frequência de 100% do mutante 437G em todas as décadas e diminuição da frequência de 540E no período 2000-2010 em relação aos anteriores. O sequenciamento do gene pfATPase6 revelou a ocorrência de mutações que já haviam sido relatadas anteriormente, porém seu papel na resistência aos derivados de artemisinina ainda não foi elucidado. Na análise do gene pfAP2-? foram observadas duas novas mutações. Não foram observadas associações entre as mutações estudadas e a resposta in vivo e in vitro à mefloquina, quinino e derivados de artemisinina. Este estudo permitiu a avaliação do perfil genético de P. falciparum, com análise de marcadores moleculares relacionados à resistência a diversos antimaláricos, em amostras coletadas ao longo de 27 anos em que o parasito foi submetido à pressão de diferentes esquemas terapêuticos adotados no Brasil / Malaria is responsible for 207 million cases and 627 thousand deaths worldwide. In Brazil, in 2013, more than 167 thousand cases were reported. The major challenge for malaria control is the emergence and spread of resistance to antimalarials. Among the five species able to cause malaria in humans, Plasmodium falciparum presents ability to develop resistance to almost all classes of drugs for malaria treatment. Studies with molecular markers have associated mutations in several genes to antimalarial resistance. The mutation K76T in pfcrt is related to chloroquine resistance. Polymorphisms in pfmdr1 and increased copy number were associated to several antimalarials resistance, such as quinine, mefloquine and artemisinin derivatives. Resistance to antifolates is associated to mutations in pfdhfr and pfdhps genes. Mutations in pfATPase6 and pfAP2-u were linked to decreased sensibility to artemisinins. The monitoring of these mutations and their association with in vivo and in vitro responses may contribute to the choice of therapeutics for malaria control. The aim of the present study was to analyze the genetic profile related to resistance in P. falciparum over twenty-seven years. Samples collected from 1984 to 2011 from patients enrolled at health facilities in Para and Sao Paulo States were assessed. The origin of infections was mainly from South America and Africa countries. Pfcrt analysis showed that all samples from South America countries harbored the K76T mutation over the four decades, in agreement with the resistant phenotypic response of samples tested in vitro for chloroquine. African samples presented the wild type in mixed or single infections. Regarding to the pfmdr1 gene, the emergence of the mutant 86Y was observed in the last decade in South American samples and occurrence of both, mutant and wild type, in African ones. The analysis of 1246 showed only the mutant 1246Y in South American samples and the wild type D1246 in samples from Africa. Regarding to pfdhfr gene, the frequency of mutants 51I and 108N was 100% in Brazilian samples. The mutant 59R was not observed in the period 1980-1990 and it was present in 22.6% in samples from 2000-2010. The mutant 437G of pfdhps gene was observed in 100% of Brazilian samples in all decades and the frequency of mutant 540E decreased in the period 2000-2010 when compared to 1980-1990. The sequence analysis of pfATPase6 gene showed mutations previous described, but their role in artemisinin resistance is not well defined. Two novel mutations were observed in pfAP2-? gene. No association between the polymorphisms studied and in vivo or in vitro responses to mefloquine, quinine and artemisinin derivatives was observed. This study enabled the knowledge of P. falciparum genetic profile regarding to mutations related to resistance in samples collected over twenty-seven years, when the parasite was exposed to selective pressure of several therapeutic schemes adopted in Brazil
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Avaliação da associação entre o polimorfismo dos genes IL-1A (-889) e TNFA (-308) e a periodontite agressiva / Evaluation of IL-1A (-889) and TNFA (-308) gene polymorphisms in aggressive periodontitis

Freitas, Nívea Maria de 25 August 2004 (has links)
A periodontite agressiva (PAg) compreende um grupo de doenças periodontais raras caracterizadas por rápida destruição dos tecidos periodontais, em indivíduos jovens e que geralmente não apresentam doenças sistêmicas. Estudos em populações e em famílias indicaram que fatores genéticos possuem influência na susceptibilidade a periodontite agressiva. Os polimorfismos genéticos da interleucina-1 (IL-1) e do fator de necrose tumoral-? (TNF-?) foram associados com o aumento da severidade da periodontite crônica. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo dos genes IL-1A (-889) e TNFA (-308) e a periodontite agressiva. Foram selecionados 60 indivíduos não fumantes, sendo 30 portadores de periodontite agressiva e os outros 30 sem doença periodontal. O polimorfismo genético foi analisado utilizando-se a técnica da reação em cadeia da polimerase e análise do polimorfismo de comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP). Foi observado que a freqüência do genótipo 1/1 para IL-1A foi de 63,3% no grupo controle e de 56,7% no grupo teste. A avaliação do genótipo 1/2 mostrou uma freqüência de 26,7% no grupo controle e de 40% no grupo teste. O genótipo 2/2 ocorreu com uma freqüência de 10% no grupo controle e de 3,3% no grupo teste. O genótipo 1/1 para TNFA estava presente em 73,3% do grupo controle e em 80% do grupo teste. O genótipo 1/2 ocorreu com freqüência de 20% em ambos os grupos. O genótipo 2/2 foi encontrado em 6,7% dos controles e não foi detectado no grupo teste. Em relação aos alelos, o alelo 1 apresentou freqüência de 76,7% e o alelo 2 de 23,3% para ambos os grupos, para o gene IL-1A (-889). E para o gene TNFA (- 308) o alelo 1 ocorreu com freqüência de 83,3% no grupo controle e de 90% no grupo teste e o alelo 2 de 16,7% no grupo controle e 10% no grupo teste. A análise estatística revelou que não houve diferença significativa na distribuição dos genótipos, para ambos os genes, entre os dois grupos estudados. Não foi encontrada associação entre a periodontite agressiva e o polimorfismo dos genes IL- 1A (-889) e TNFA (-308) na população estudada. / Agressive periodontitis (AgP) is a relatively uncommon form of periodontal disease characterized by a rapid destruction of the periodontal supporting tissues in young adults who are usually systemically well. The results of population and family studies indicate that genetic factors seem to have a strong influence on susceptibility to AP. Genetic polymorphism at the interleukin-1 (IL-1) and tumor necrosis factor alpha (TNFA) were associated with the increase on the severity of chronic periodontitis. The aim of this study was to explore a possible association between IL-1A and TNFA genotypes in Brazilian white Caucasian patients with aggressive periodontitis. Sixty nonsmoking subjects, 30 patients and 30 periodontal healthy controls were included in the study. All subjects were systemically healthy. Two polymorphisms, IL-1A (-889) and TNFA (-308), were analyzed by means of polymerase chain reaction-restriction fragment length polymorphism. The 1/1 genotype for IL-1A was present in 63.3% of the controls and in 56.7% of the aggressive periodontitis patients. The genotype 1/2 was present in 26.7% of the controls and in 40% of the patients. The 2/2 genotype was present in 10% of the controls and in 3.3% of the diseased subjects. The 1/1 genotype for the TNFA was present in 73.3% of the controls and in 80% of the patients. The genotype 1/2 was present in the 20% of both groups. The genotype 2/2 was present in 6.7% of the controls and was not detected in the patients group. With regard to the IL-1A (-889) genotype, 76.7% of controls and patients were positive for allele 1. Allele 1 of the TNFA (-308) polymorphism was carried by 83.3% of the controls and 90% of the patients and allele 2 was carried by 16.7% of the controls and 10% of the patients. Statistical analysis revealed no significant difference in the distribution of genotypes for both genes between the two groups. No association was found between AgP and the IL-1A (-889) and TNFA (-308) polymorphisms investigated in the population presented here.
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Análise de genes moduladores do fenótipo de virilização genital em mulheres com a forma clássica da deficiência da 21-hidroxilase / Analysis of modulatory factors involved in the phenotype of external genitalia virilization in females with classical form of 21-hydroxylase deficiency

Kaupert, Laura Cesar 04 October 2012 (has links)
A hiperplasia adrenal congênita (HAC) por deficiência da enzima 21-hidroxilase (21OH) é uma doença autossômica recessiva que compromete a síntese de cortisol e/ou aldosterona. É a causa mais frequente de distúrbio da diferenciação sexual 46,XX. Apresenta uma diversidade fenotípica, a qual é decorrente de mutações no gene CYP21A2. Observa-se forte correlação do comprometimento da atividade enzimática predita pelo genótipo com a forma de apresentação clínica e com os valores hormonais; entretanto, esta correlação não é observada com o grau de virilização pré-natal da genitália externa em mulheres com a forma clássica. Supomos que variações inter-individuais na ação, síntese e metabolismo dos andrógenos possam influenciar o fenótipo da virilização. Objetivos: avaliar se variantes alélicas em genes relacionados a ação, síntese ou metabolismo de andrógenos na vida fetal possuem um efeito modulatório na variabilidade fenotípica da virilização genital em mulheres com a forma clássica carreando genótipos 21OH semelhantes. Também serão avaliadas se diferenças na expressão tecidual local dos genes HSD17B5, SRD5A1, SRD5A2 e RA influenciariam esta variabilidade fenotípica da forma clássica. Casuística: foram selecionadas 187 mulheres com a forma clássica da HAC 21OH provenientes de 4 centros médicos. Dados clínicos, hormonais e o grau de virilização genital foram obtidos de forma retrospectiva da análise de prontuários. A intensidade de virilização genital foi classificada de acordo com a escala de Prader (P) e as pacientes foram divididas em 4 grupos: P I+II, P III, P IV e P V. As pacientes também foram agrupadas de acordo com o genótipo 21OH: grupo A carreadoras de mutações que predizem < 2% de atividade enzimática residual (n= 122) e grupo B carreadoras de mutações que predizem 3 a 7% de atividade residual (n= 58). Metodologias: foram amplificadas e re-sequenciadas as regiões que flanqueiam os exons dos genes CYP3A7, PXR e CAR. Para as variantes funcionais, foram re-sequenciados os exons 12-13 do POR e a região promotora do HSD17B5. As variantes V89L e A49T do SRD5A2 foram rastreadas por PCR-RFLP e o nCAG do RA por eletroforese capilar e análise pelo GeneScan. A determinação da expressão gênica em pele genital foi feita por PCR em tempo real utilizando os genes endógenos CYC, PGK1 e B2M. Os testes t-test, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Fisher e regressão linear uni- e múltipla foram utilizados na análise estatística. Resultados: o Prader score no genótipo A variou de II a V (III: III IV) e no genótipo B de I a V (III: II - III) (P< 0,001). Foram encontradas em 2,5% dos alelos a variante CYP3A7*1C, em 24% CYP3A7*2, 31% rs2307424 CAR, 25% A503V POR, 33% -71G HSD17B5, 17% rs2518047 HSD17B5, 31% V89L SRD5A2 e em 1% dos alelos a variante A49T SRD5A2. Foi identificada associação das variantes rs2307424 CAR (P= 0,023 ;r2= 0,253) e rs2518047 HSD17B5 (P= 0,006; r2= 0,144) com o grau de virilização genital, tem sido encontradas em maior frequência no grupo de pacientes com virilização mais intensa. Todas as outras variantes não apresentaram associação com o Prader score (P> 0,05). As diferenças de expressão de todos os genes analisados em amostras de pele genital não foram estatisticamente significantes (P> 0,05), embora observou-se que em 4/7 amostras de pacientes com Prader score IV houve uma super-expressão do gene SRD5A2 em relação a 1/5 pacientes com Prader score III. Conclusão: neste estudo multicêntrico observamos que o genótipo 21OH se correlacionou com a intensidade de virilização genital em mulheres com a forma clássica. A variante rs2307424 do gene CAR, relacionada ao metabolismo pré-natal de andrógenos, e a variante rs2518047 do gene HSD17B5, relacionada à síntese de testosterona, associaram-se à fenótipos de virilização mais intensos. Não identificamos diferenças na expressão tecidual dos genes relacionados à síntese e/ou ação periférica de andrógenos em pacientes com os diferentes graus de virilização / Congenital Adrenal hyperplasia (CAH) due to 21-hydroxylase deficiency (21OH) is an autosomic recessive disorder characterized by an impairment in the cortisol and/or aldosterone synthesis, being the most frequent cause of 46,XX disorder of sex development. The disease presents a wide phenotypic variability resulting from different CYP21A2 gene mutations and a strong correlation has been observed among genotypes, clinical forms and basal hormone levels. However, this correlation is not observed regarding the degree of prenatal external genitalia virilization in females and an interindividual variability in the synthesis, metabolism and/or peripheral action of androgens could corroborate for these findings. Objectives: to evaluate if allelic variants in genes related to the androgen synthesis, metabolism and peripheral action could modulate the genital phenotype in CAH females bearing similar CYP21A2 mutations. Differences in the HSD17B5, SRD5A1, SRD5A2 and RA gene expression in genital skin were evaluated among patients with different degrees of external genital virilization. Patients: were selected 187 CAH females and clinical and hormonal data were retrospectively evaluated. The degree of external genitalia virilization was classified according to Prader (P) scores and patients were divided into 4 groups: P I+II, P III, P IV and P V. Patients were also grouped according to 21OH genotypes: group A bearing mutations predicting < 2% of residual enzymatic activity (n= 122) and group B between 3 to 7% (n= 58). Methodology: the exonic flanking regions of CYP3A7, PXR e CAR genes were PCR amplified and sequenced. The exons 12-13 of POR and the promotor region of HSD17B5 were sequenced to screen the functional polymorphisms. The V89L and A49T SRD5A2 alleles were screened by PCR-RFLP and the CAG polymorphic tract of AR gene by capillary electrophoresis and GeneScan analysis. The differential gene expression in genital skin was evaluated by real time PCR and the CYC, PGK1 e B2M housekeeping genes were used. The t-test, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Fisher and uni- and multiple linear regression tests were used in statistical analysis. Results: Prader score in group A varied from II to V (III: III - IV) and in group B from I to V (III: II - III) (P< 0,001). The CYP3A7*1C allele was identified in 2.5% of alleles, CYP3A7*2 in 24%, rs2307424 CAR in 31%, A503V POR in 25%, -71G HSD17B5 in 33%, rs2518047 HSD17B5 in 17%, V89L SRD5A2 em 31% and A49T SRD5A2 in 1% of alleles. The rs2307424 CAR (P= 0.023; r2= 0.253) and rs2518047 HSD17B5 variants (P= 0.006; r2= 0.144) were associated with the degree of external genitalia virilization, and they were found in a higher frequency in more virilized patients. The remaining variants were not associated with Prader scores (P> 0.05). The HSD17B5, SRD5A1, SRD5A2 and RA gene expressions did not significantly differ between patients presenting Prader score III and IV (P> 0.05); however, 4/7 samples from patients with Prader IV and just 1/5 patients with Prader III presented an increased SRD5A2 expression. Conclusion: In this multicentric study the 21OH genotypes were correlated with the degree of external genitalia virilization in CAH females. The rs2307424 CAR and the rs2518047 HSD17B5 variants, related to the prenatal androgen metabolism and synthesis, respectively, explained some of the interindividual variability of genital phenotype in CAH females bearing similar CYP21A2 mutations. Differences in the expression of genes involved in the peripheral androgen action did not corroborate for the variability of genital phenotype in CAH
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Densidade mamária e polimorfismo do gene do receptor estrogênico em mulheres com mamas densas após a menopausa / Breast density and polymorphism of the estrogen receptor gene in women with hight breast density after menopause

Souza, Marilene Alícia 19 October 2012 (has links)
Introdução: Polimorfismo é variação genética de ocorrência habitual na população em geral, encontrado em frequência superior a 1%. Há vários polimorfismos conhecidos no gene do receptor estrogênico alfa, alguns dos quais podem modificar a função do receptor e a ação dos estrogênios. Associação de polimorfismos no gene do receptor estrogênico alfa e risco de doenças, incluindo o câncer de mama, tem sido objeto de grande interesse, porém existem poucos estudos publicados sobre a prevalência destes na população brasileira. Objetivos: Verificar em mulheres com mamas densas após a menopausa; 1) A distribuição dos fatores de risco para câncer de mama; 2) A frequência dos polimorfismos do gene do receptor estrogênico alfa Pvull, Xbal e (GT)n; 3) A associação entre os resultados moleculares e os fatores de risco para o câncer de mama. Casuística e métodos: Estudo observacional realizado na divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 308 mulheres com idade entre 45 e 65 anos, mamas densas, que estavam há pelo menos um ano sem menstruar, que não faziam uso de terapia hormonal há 1 ano ou mais e sem antecedente pessoal de câncer de mama e ovário. Caracterizaram-se na história clínica e no exame físico, idade da menarca e da menopausa, paridade, idade ao nascimento do primeiro filho, antecedentes familiares de câncer de mama, hábito de fumar, ingestão de bebida alcoólica e o Índice de Massa Corpórea. Foi coletada amostra de sangue periférico para extração do DNA genômico e determinação dos polimorfismos presentes no intron 1 (Pvull e Xbal) e na região promotora do éxon 1 (GT)n e dosagens de glicemia, colesterol total e frações, insulina, IGF1, TSH, T3, T4, FSH, LH e estradiol. Resultados: Os fatores considerados de risco para o câncer de mama, menarca antes dos 12 anos (35,38%), nuliparidade ou idade ao ter o 1º filho após os 28 anos (41,66%), história familiar de câncer de mama (19,16%) e sobrepeso/obesidade (62,01%) foram mais prevalentes nessa população. A cor branca foi a mais frequente, coincidindo com os resultados de outros estudos, e a menopausa tardia não se mostrou um fator de influência nessa população. As frequências alélica e genotípica para os SNPs no RE?-397-Pvull e Xbal foram: P=43,99%; p=56,01%; pp=32,14%, Pp=47,73% e PP=20,13%; X=41,56%, x=58,44%; xx=33,44%, Xx=50,00% e XX=16,56%, respectivamente. Para o polimorfismo de repetição STRs (GT)n, os genótipos mais frequentes foram 14, 15 e 16, com predomínio da repetição 16. As distribuições alélica e genotípica dos polimorfismos (Pvull, Xbal e GTn), não sofreram influências significativas dos fatores de risco pesquisados. Conclusão: Os fatores de risco para o câncer de mama foram mais prevalentes nessa população de mulheres com mamas densas, embora, não tenham mostrado associações significativas com os polimorfismos estudados. Estudos caso controle adicionais são necessários para melhor compreender a associação destes polimorfismos e o câncer de mama. / Introduction: Polymorphism is genetic variation of usual occurrence in the general population, found with frequency higher than 1%. There are several known polymorphisms in the estrogen receptor alpha (ER?), some of which can modify the receptor function and the action of the estrogen. Association of polymorphisms in the estrogen receptor alpha gene and risk of diseases, including breast cancer, has been a subject of great interest, but there are few published studies on the prevalence of these in the Brazilian population. Objective: Checking on women with high breast density after menopause; 1) the distribution of risk factors for breast cancer; 2) the frequency of polymorphism of the estrogen receptor alpha gene Pvull, Xbal and (GT)n; 3) the association between the molecular results and the risk factors for breast cancer. Methods: Observational study carried out in the Gynecology Department of the Hospital das Clínicas of Medical School of São Paulo University, in 308 women aged between 45 and 65 years-old, high breast density, who were at least one year without menstruating and did not use hormone therapy for 1 year or more and no personal history of breast and ovarian cancer. It was characterized on clinical history and physical examination: age of menarche and menopause, parity, age at birth of first child, family history of breast cancer, smoking, alcohol intake and body mass index. Peripheral blood sample was collected for DNA extraction and determination of genomic polymorphisms present in the intron 1 (Pvull and Xbal), in the promoter region of exon 1 (GT)n, dosages of blood glucose, total cholesterol and fractions, insulin, IGF1, TSH, T3, T4, FSH, LH, and estradiol. Results: The factors considered of risk for breast cancer, menarche before age 12 (35.38%), nulliparity or first child after the 28 years-old (41.66%), family history of breast cancer (19.16%) and Overweight/obesity (62.01%) were more prevalent in this population. The Caucasian were the most frequent, coinciding with the results of other studies, and late menopause was not a factor of influence in this population. The allele and genotypic frequencies for SNPs in ER?-397-Pvull and Xbal were: P = 43.99%; p = 56.01%; pp = 32.14%, Pp = 47.73% and PP = 20.13%; X = 41.56%, x = 58.44%; xx = 33.44%, Xx = 50.00% and XX = 16.56%, respectively. For the STRs repeat polymorphism (GT)n, the most common genotypes were 14, 15 and 16, with a predominance of repeat 16. The allele and genotypic distributions of polymorphisms (Pvull, Xbal and GTn), did not suffer significant influences of the risk factors surveyed. Conclusion: The risk factors for breast cancer were more prevalent in this population of women with high breasts density, although have not shown significant associations with polymorphisms studied. Additional studies case-control are needed to better understand the Association of these polymorphisms and breast cancer.
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Identificação de polimorfismos de genes candidatos nos transtornos alimentares / Identification of polymorphisms of candidate genes in eating disorders

Sarrassini, Felícia Bighetti 28 September 2012 (has links)
Os transtornos alimentares (TA) são quadros psiquiátricos graves, de etiologia multifatorial e a influência genética parece exercer importante papel. Três genes são candidatos em potencial para o desenvolvimento desses quadros e são investigados: o gene do receptor 5-hidroxitriptamina (5-HT2A), o do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) e do receptor ? do estrogênio (ER?). O objetivo deste estudo foi identificar a presença de polimorfismos (SNPs) desses genes em pacientes e ex-pacientes com TA (grupo de pacientes-GP) e em mulheres jovens saudáveis (grupo controle-GC) e foi realizado junto ao Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Coletaram-se os dados: idade, peso e altura para cálculo do índice de massa corporal (IMC) e aplicou-se o Eating Atitudes Test (EAT-26) para excluir possível caso de doença no GC (<21pontos). Os SNPs foram determinados pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Para análises estatísticas, utilizou-se o Statistical Package for Social Sciences (SPSS, 20.0), nas variáveis contínuas (IMC e idade) usou-se o teste ANOVA, na variável dicotômica (presença ou não de SNPs), teste qui-quadrado e regressão logística binária (pa ). Como resultados, foram coletados dados de 29 indivíduos do GP e 78 do GC. A idade foi de 26,37±7,00 anos no GP e 28,65±6,67 anos no GC (p=0,274), o IMC foi de 20,83±4,47kg/m2 no GP e 21,56±1,67kg/m2 no GC (p=0,294), e o EAT-26 foi de 30,34±18,83 pontos no GP e 7,83±4,94 pontos no GC (p=0,000). Calcularam-se as frequências alélicas e genotípicas dos genes e foi feita análise que unia genótipos que possuíam alelos de risco para cada gene. No gene 5HT2A 75,8% do GP e 38,4% do GC apresentaram-se os genótipos com o alelo de risco (GA e AA) (pX2 =0,253; OR=1,964; IC95%=0,748-5,156 e pa =0,552). No do BDNF, encontraram-se frequências de 96,5% no GP e 96,1% no GC com os genótipos com alelo de risco, MM e MV (pX2 =1,00; OR=1,120; IC95%=0,112-11,221 e pa =0,362 ). No gene do ER?, para o SNP presente no éxon 5 (1082 G->A), as frequências dos genótipos de risco GA e AA foram de 6,8% no GP e 8,9% no GC (pX2 =1,00; OR=0,751; IC95%=0,147-3,841 e pa =0,883), e o SNP situado no éxon 8 (1730 A->G), as frequências dos genótipos de risco AG e AA foram de 65,5% no GP e 83,3% no GC (pX2 =0,064; OR=0,380; IC95%=0,144-1,002 e pa =0,399). Todas as análises não apresentaram diferença estatística significativa para a presença dos alelos de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de TA. Concluiu-se que a heterogeneidade da população brasileira, a baixa incidência da doença e a amostra limitada do GP podem ter influenciado para as semelhanças entre os grupos. Futuros estudos, utilizando marcadores genéticos de etnias e amostras maiores, devem prosseguir na linha promissora da investigação etiológica. / Eating disorders (ED) are serious psychiatric conditions with multifactorial etiology, it seems genetic influence has an important role. Three genes were investigated: the receptor 5-hydroxitriptamine (5-HT2A), the Brain-Derived Neurotrophic Factor (BDNF) and the Estrogen Receptor ? (ER?). This study aims at identifying the presence of polymorphisms (SNPs) in patients or in ex-patients with ED (Group of patients - GP) and in wealthy women (Control Group - CG). The study was conducted with the Eating Disorders Assistence Group at Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. To calculate the Body Mass Index (BMI), we collected data referring to age, weight and height, we applied the Eating Attitudes Test (EAT-26) to exclude a possible occurrence of disease in the CG (<21 points). The polymerase chain reaction (PCR) was used to determine SNPs. For the statistical analysis we used the Statistical Package for Social Sciences (SPSS, 20.0): for the continuous variables (BMI and age), the ANOVA and for the dichotomous variable (presence or not of SNPs), Chi-square test and Binary logistic regression (pa ). There were 29 individuals of the GP and 78 of the CG. The age was 26,37±7,00 in the GP and 28,65±6,67 in the CG (p=0,274), the BMI was 20,83±4,47Kg/m2 in the GP and 21,56±1,67Kg/m2 in the CG (p=0,294), and the EAT-26 was 30,34±18,83 points in the GP e 7,83±4,94 points in the CG (p=0,000). We calculated the allelic and genotypic frequencies in the genes of the studied groups and afterwards we did an analysis that joined genotypes with risk alleles for each gene. The genes 5HT2A 75,8% of GP and 38,4% of the CG presented the genotype with risk allele (GA and AA) (pX2 =0,253; OR=1,964; IC95%=0,748-5,156 e pa =0,552). In the BDNF we found frequencies of 96,5% in the GP and 96,1% in the CG with genotypes with risk allele, MM and MV (pX2 =1,00); OR=1,120; IC95%=0,112-11,221 e pa =0,362). Regarding the gene ER?, for the SNP present in the exon 5 (1082 G->A), the frequency of risk genotypes GA and AA were of 6,8% in the GP and of 8,9% in the CG (pX2 =1,00; OR=0,751; IC95%=0,147-3,841 and pa =0,883), and for the SNP located in the exon 8 (1730 A->G), the frequency of risk genotypes AG and AA were of 65,5% in the GP and 83,3% in the CG (pX2 =0,064; OR=0,380; IC95%=0,144-1,002 e pa =0,399). There were no significant differences between the studied groups for the presence of risk alleles that may contribute to the development of ED. We concluded that heterogeneity of Brazilian population, the low incidence of the disease in it and the limited sample of GP may have influenced the similarities between the groups. Future studies using genetic markers of ethnicity and a wider sampling may contribute to the promising trend of etiologic investigation.
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Estudo de associação de genes candidatos no transtorno obsessivo-compulsivo: investigação dos loci SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT e SLC6A2 / Candidate genes association study in obsessive-compulsive disorder: investigation of loci SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT e SLC6A2

Miguita, Karen 14 August 2007 (has links)
O Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno psiquiátrico comum e heterogêneo caracterizado por obsessões (pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos e recorrentes) e compulsões (comportamentos ou atos mentais repetitivos realizados para aliviar as obsessões). O TOC tem uma prevalência de 2 a 3% na população geral e apresenta distribuição aproximadamente igual entre os sexos, porém os homens tendem a apresentar os sintomas obsessivo-compulsivos mais precocemente quando comparado com as mulheres. Os estudos de genética epidemiológica têm demonstrado que o fator genético é um importante componente na etiologia do TOC. O principal objetivo desta dissertação foi investigar a influência de alguns genes candidatos na susceptibilidade para o TOC (estudo de genes candidatos) e também qual a influência destes mesmos genes na resposta terapêutica à clomipramina (estudo de farmacogenética). Realizamos o estudo de genes candidatos num total de 215 pacientes e 872 controles. Os loci investigados foram: SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT e SLC6A2. Os mesmos polimorfismos foram investigados em uma sub-amostra de 41 pacientes tratados com clomipramina e analisados de acordo com a resposta terapêutica. Foram classificados como respondedores ao tratamento, os pacientes que tiveram uma redução de 40% ou mais na escala YBOCS. Assim, 27 pacientes foram considerados respondedores e 14 nãorespondedores. Diferenças genotípicas e alélicas foram observadas em alguns resultados nos pacientes e controles. Entretanto, nenhuma associação foi observada nas análises para resposta à clomipramina. Os resultados sugerem que alguns polimorfismos estudados podem estar relacionados ao aumento do risco para o TOC, porém, nenhum polimorfismo foi associado à resposta terapêutica à clomipramina. / Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a common and heterogeneous psychiatric disorder characterized by obsessions (intrusive and recurrent thoughts, images or impulses) and compulsions (repetitive behaviors or mental acts performed to relive obsessions). OCD prevalence range from 2 to 3% in general population and has approximately equal sex distributions, however men tend to have an earlier age at onset of obsessive-compulsive symptoms comparing to women. Epidemiologic studies have demonstrated that genetic factor is an important component in the etiology of OCD. The aim of this study was to investigate participation of some candidate genes in the susceptibility to OCD and also their effects on clomipramine treatment. We performed a candidate gene study in a total of 215 OCD patients and 865 controls. The loci investigated were: SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT and SLC6A2. The same polymorphisms were investigated in a sub-sample of 41 patients treated with clomipramine, and analyzed according to therapeutic response. There were considered good responders to the drug those patients who presented a reduction of 40% or more in Y-BOCS scale. According to this, 27 patients were good responders and 14 poor responders. Genotypic and allelic differences were observed in some results for patients and controls. However, no association was observed in the analyses for clomipramine response. Our results suggest that some polymorphisms investigated may be related to the increase of risk to develop OCD, but they are not associated to therapeutic response to clomipramine.
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Estudo dos polimorfismos das paraoxonases 1 e 2 em pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana e avaliação do potencial de peroxidação lipídica / Frequency of the Paraoxonase 1 and 2 genetic polymorphisms and analysis of the lipid peroxidation in plasma of HIV positive patients

Maselli, Luciana Morganti Ferreira 11 September 2007 (has links)
A paraoxonase sérica humana (PON) vem sendo amplamente estudada. Além da capacidade de PON1 em hidrolisar compostos organofosfatados, sabe-se, atualmente, que toda a família PON (composta por PON1, PON2 e PON3) promove a proteção de lípides, incluindo-se a lipoproteína de baixa densidade (LDL) contra a oxidação. O gene da PON1 sérica apresenta dois sítios polimórficos bem determinados: a troca Gln192Arg (Q/R) e Met55Leu, os quais estão associados com diferenças na atividade e concentrações séricas da enzima, respectivamente. Também o polimorfismo Cys311Ser parece contribuir sinergisticamente com o alelo PON1-192R quanto ao risco cardiovascular em algumas populações. Já foi demonstrado, por sua vez, que pacientes infectados pelo vírus HIV podem desenvolver dislipidemia e que tanto a atividade como a concentração de PON1 podem ser influenciadas por esta infecção. O objetivo deste estudo foi determinar as freqüências alélicas dos polimorfismos genéticos PON1-192QR, PON1-55LM, PON2-311SC e PON2-148AG, bem como avaliar a atividade de PON1 e a peroxidação lipídica no plasma de indivíduos portadores de HIV. Materiais e Métodos após aprovação pela comissão de ética e da aplicação do termo de consentimento pós-esclarecido, 350 (264 homens e 86 mulheres) pacientes infectados pelo HIV foram incluídos no estudo. Foi avaliado ainda um grupo de 32 (23 homens e 9 mulheres) indivíduos recentemente diagnosticados como portadores do vírus. Uma população saudável composta por 179 doadores de sangue, todos de sexo masculino, foi avaliada como controle. Após a extração do DNA, procedeu-se à genotipagem para os polimorfismos de PON1 e PON2 através de PCR-RFLP. A atividade paraoxonase de PON1 foi avaliada por espectrofotometria empregando-se paraoxon como substrato. O colesterol total, VLDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicérides foram determinados por métodos padrão. A fração LDL-colesterol foi calculada pela fórmula de Friedwald. Resultados As freqüências alélicas para os polimorfimos de PON1 nos pacientes foram: 36,43% para o alelo PON1-192R, 57,86% para PON1-55L, 65,57% para PON2-311S e 76,43% para o alelo PON2-148A. No grupo de indivíduos recentemente diagnosticados como portadores de HIV estas freqüências foram 37,50%, 51,56%, 81,25% e 68,75, respectivamente. No grupo composto pelos saudáveis, a freqüência alélica de PON1-192R foi 43,02%, a de PON1-55L foi 68,99%, a do alelo PON2-311S foi 67,60% e, por fim, a freqüência do alelo PON2-148A foi 75,14%. Conclusões As distribuições alélicas dos polimorfimos em PON1 e PON2 foram similares dentre os portadores de HIV e os controles. A relação entre os genótipos PON1-192QR e/ou PON1-55LM e a atividade de PON1 em pacientes não diferiu daquela observada nos controles. Observou-se ainda, aumento do colesterol, dos triglicérides e da peroxidação lipídica no plasma dos infectados pelo vírus e, nos pacientes, uma maior atividade enzimática dentre os possuidores de contagem de linfócitos CD4+ acima de 500 células por mm3. / Human serum paraoxonase (PON) has been the subject of a number of studies. Beside the capacity of PON1 in hydrolyzing organophosphate compounds, it is known now that the entire PON family (which comprises PON1, PON2 and PON3) protects lipids, including low-density lipoprotein (LDL), from oxidation. Serum PON1 gene presents two well-determined genetic polymorphic sites: a Gln192 Arg (Q/R) and Met55 Leu, which are associated with differences in enzymatic activity and serum concentrations, respectively. Moreover, PON2 Cys311 Ser polymorphism seems to contribute synergistically with PON-192R allele to cardiovascular risk in some populations. It has been shown that HIV infected patients may develop dyslipidemia and that PON1 activity and concentration may be influenced by this infection. The aim of this study was to determine allelic frequencies of PON1-192QR, PON1-55LM, PON2-311SC and PON2-148AG genetic polymorphisms, evaluate PON1 activity and lipid peroxidation in plasma of HIV patients. Methods and Subjects after ethical committee approval and written consent, 350 (264 men and 86 women) HIV infected patients were included in the study. It was also evaluated a group of 32 recently diagnosed HIV individuals (23 men and 9 women). As controls, a healthy population formed by 179 men, blood donors, was studied. After DNA extraction PON1 and PON2 genotyping were performed by PCR-RFLP. Paraoxonase activity of PON1 was evaluated spectrofotometrically using paraoxon as substrate. Serum cholesterol, VLDL-cholesterol, HDL-cholesterol and triglycerides were analyzed by standard methods. LDL-cholesterol was calculated by Friedewald formula. Results: Allelic frequencies for PON1 polymorphisms in patients were: 36,43% for PON1-192R, 57,86% for PON1-55L, 65,57% for PON2-311S and 76,43% for PON2-148A. In recently diagnosed individuals these frequencies were 37,50%, 51,56%, 81,25% and 68,75% respectively. In controls, PON1-192R allelic frequency was 43,02%, PON1-55L was 68,99%, PON2-311S was 67,60% and PON2-148A was 75,14%. Conclusion: Allelic distributions of PON1 and PON2 polymorphisms were similar in HIV patients and controls. The relationship between PON1-192 QR and/or PON1-55LM genotypes and enzyme activity in patients were not different from controls. It was also observed an elevation of cholesterol, tryglicerides and lipid peroxidation levels in plasma of infected patients and, in this group, a higher activity in those which CD4+ cells counting was more than 500 cell/mm3.
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Estudo do polimorfismo C677T do gene da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) em pacientes com mucosite de trato gastrointestinal após transplante alogênico de medula óssea / Analysis of single nucleotide polymorphisms C677T of methylenetetrahidrofolate reductase (MTHFR) on the development of oral mucositis in allogeneic hematopoietic stem cell transplantation

Coracin, Fabio Luiz 02 December 2009 (has links)
A mucosite oral, também chamada recentemente de mucosite do trato gastrointestinal, continua sendo um importante efeito colateral que pode comprometer o resultado do transplante de células tronco hematopoéticas. Ela pode ocorrer em 100% dos pacientes submetidos ao transplante alogênico de células-tronco e a maior incidência neste pode ser atribuída à administração de metotrexate. A ocorrência de mucosite ulcerativa está relacionada ao aumento dos custos hospitalares, a redução da sobrevida em 100 dias e infecção sistêmica aumentando o risco de sepse. A última década foi muito importante para a compreensão da mucosite oral, incluindo a predisposição genética dos indivíduos e alterações nas enzimas responsáveis a metabolização de quimioterápicos. Recentemente, o polimorfismo C677T no gene metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) têm ganhado enfoque na relação com a incidência da mucosite. Esta enzima metaboliza o metotrexate e a ela é atribuída maior ou menor atividade levando a modificações na metabolização do fármaco. Poucos trabalhos prospectivos e caso-controle são encontrados na literatura corrente com relação ao polimorfismo C677T e a incidência da mucosite. O objetivo deste estudo foi uma análise prospectiva caso-controle da relação do polimorfismo MTHFR C677T com a incidência da mucosite. Além disso, a influência da condição de saúde bucal (presença de placa dental e inflamação gengival) com a incidência de mucosite oral foi analisada. Foram inseridos 97 pacientes divididos em 2 grupos: 35 pacientes submetidos ao transplante alogênico e 62 pacientes submetidos ao transplante autólogo. A mediana de idade foi de 41,5 anos. O regime de condicionamento consistiu de busulfano e melfalano ou regime BEAM - becenum, etoposide, citarabina e melfalano (para a Doença de Hodgkin e Linfoma não Hodgkin). A profilaxia da doença do enxerto contra o hospedeiro foi feita com ciclosporina e metotrexate, no transplante alogênico. Não foi feito resgate com ácido folínico durante a administração de metotrexato. Os resultados mostraram que o polimorfismo C677T não foi significativo no grupo de estudo em comparação com o grupo controle na previsão de incidência e severidade da mucosite oral. No entanto, a incidência e gravidade da mucosite oral foram influenciadas pela condição de saúde bucal. Em conclusão, o polimorfismo C677T da MTHFR não foi relacionado ao oral mucosite, mas o estado de saúde oral foi um fator importante no desenvolvimento da mucosite. Estes resultados reforçam a importância de um dentista na equipe multiprofissional de assistência a estes pacientes. / Oral mucositis remains an important side-effect and life-threatening complication of hematopoietic stem cell transplantation. It can occurs in 100% of patients underwenting allogeneic stem cell transplantation. The differences in incidence between allogeneic and autologous transplantation may be due to methotrexate administration in the first. Ulcerative mucositis is related to increase hospitalar costs, reduced 100-days survival and systemic infections leading to sepsis risk. The last decade was very important to the understanding of oral mucositis, including genetics changes in enzymes responsible to drug metabolization, as the C677T polymorphism in the methylenetethrahidrofolate reductase gene (MTHFR). A prospective evaluation of oral mucositis in relation to the C677T MTHFR polymorphism was done. Also, the influence of oral health condition (presence of dental plaque and gingival inflammation) with the incidence of oral mucositis was analyzed. A cohort of 97 patients (35 allogeneic-study group and 62 autologous-control group) with median age of 41.5 years was evaluated. Conditioning regimen comprised busulfan and melphalan or becenum based conditioning regimen (BEAM becenum, etoposide, cytarabin and melphalan. GVHD prophylaxis comprised cyclosporine A plus short course of methotrexate in allogeneic transplantation. No rescue with folinic acid was done in the methotrexate administration. Results showed that C677T polymorphism was not significant in the study group compared with control group in predicting incidence and severity of oral mucositis. However, the incidence and severity of oral mucositis was influenced by oral health condition. In conclusion, C677T MTHFR polymorphism was not related to oral mucositis, but oral health status was an important factor in developing mucositis. These findings reinforce the importance of a dentist in the multiprofessional team to assist these patients.
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Avaliação da associação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 a marcadores de resposta ao mesilato de imatinibe em pacientes com leucemia mieloide crônica / Evaluation of the association of C1236T, C3435T and G2677T/A polymorphisms on ABCB1 gene to response markers to imatinib mesylate in patients with chronic myeloid leukemia

Vivona, Douglas 01 February 2011 (has links)
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma expansão clonal da célula progenitora hematopoiética, traduzindo-se por hiperplasia mielóide, leucocitose, neutrofilia, basofilia e esplenomegalia. O cromossomo Filadélfia é característico da doença, sendo produto da translocação t(9;22) (q34;q11), resultando na fusão dos genes ABL e BCR. Esta fusão gera um gene híbrido que produz uma proteína com elevada atividade tirosinoquinase que tem um papel central da patogenia da LMC. O mesilato de imatinibe (MI) é um derivado da fenilaminopirimidina que inibe a proteína-tirosina quinase ABL in vitro e in vivo. O MI interage com transportadores de membrana de efluxo, como o ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polimorfismos no gene ABCB1 têm sido associados com alteração na sua funcionalidade e podem estar envolvidos na resposta ao tratamento farmacológico. Este estudo tem por objetivo investigar a relação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 com marcadores de resposta ao tratamento com MI, em indivíduos com LMC, e determinar os fatores de predisposição de resposta ao MI. Foram incluídos 118 pacientes portadores de LMC. Foram constituídos dois grupos: Grupo 1 com 70 pacientes com resposta citogenética completa com a dose padrão de MI (400 mg/dia de MI) por até 18 meses e, Grupo 2 com 48 pacientes sem resposta citogenética completa com a dose inicial de 400 mg/dia de MI ou que perderam esta resposta ao longo do tratamento . Amostras de sangue foram obtidas para: quantificação de BCR-ABL1, extração de DNA genômico e análise citogenética de banda G. As análises dos polimorfismos foram realizadas por PCR-RFLP. A resposta ao tratamento foi avaliada segundo os critérios da European LeukemiaNet. A distribuição da frequência dos genótipos dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A foi similar nos dois gêneros e entre brancos e não brancos. Não houve influência dos polimorfismos estudados no risco de desenvolvimento da LMC e na resposta ao MI. O haplótipo ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (para os polimorfismos C1236T/G2677T/C3435T no gene ABCB1) foi encontrado em 51,7% dos pacientes com resposta molecular maior (P=0,010). Houve tendência a maior frequência de pacientes portadores de genótipos 1236 CT e TT no grupo de respondedores (86,7%) quando foi analisada a resposta molecular completa (p=0,069). O mesmo aconteceu no grupo de não respondedores quando foi considerado o polimorfismo C1236T. Houve tendência a maior frequência de resposta molecular completa em portadores de genótipo 2677 GT+TT+TA nos dois grupos (respondedores P=0,074 e não respondedores P=0,076). Em conclusão, os genótipos e haplótipos para os polimorfismos ABCB1 C1236T, C3435T e G2677T/A estão associados com a resposta molecular em portadores de LMC respondedores ao tratamento com MI. / The chronic myeloid leukemia (CML) is a clonal expansion of the hematopoietic progenitor cell, representing myeloid hyperplasia, leukocytosis, neutrophilia, basophilia and splenomegaly. The Philadelphia chromosome is peculiar on the disease, being the result of the translocation t(9; 22) (q34; q11), leading on the fusion of the ABL and BCR genes. This merger creates a hybrid gene that produces a protein with high activity of tyrosine kinase that is the main pathogenesis of CML. The Imatinib mesylate (IM) is a fenilaminopirimidine derivative which inhibits the ABL protein-tyrosine kinase in vitro and in vivo. The MI interacts with membrane efflux transporters, such as ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polymorphisms in the ABCB1 gene have been associated with changes in its functionality and may be involved on the response to drug treatment. This study aims to investigate the relationship of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms in ABCB1 gene with response markers for MI treatment in individuals with CML, and to determine the predisposing factors of response to MI. 118 patients with CML were included and divided in two groups. Group 1: 70 patients with complete cytogenetic response and a standard dose of IM (400 mg / day IM) for up to 18 months. Group 2: 48 patients without a complete cytogenetic response and initial dose of 400 mg / day IM or whith response lost throughout the treatment. Blood samples were obtained for: quantification of BCR-ABL1, genomic DNA extraction and band G cytogenetic analysis. The analysis of the polymorphisms were performed by PCR-RFLP. The treatment response was evaluated according to European LeukemiaNet criteria. The frequency distribution of genotypes of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms were similar in both sexes and between whites and nonwhites. The polymorphisms studied had no influence on the CML development or MI response. The haplotype ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (for C1236T/G2677T/C3435T polymorphisms in the ABCB1) was found in 51.7% patients with major molecular response (P = 0.010). There was a tendency for higher frequency of patients with 1236 CT and TT genotypes in the responders group (86.7%) when the molecular response was analyzed (p = 0.069). The same happened in the nonresponders group when the C1236T polymorphism was considered. There was a tendency for a higher frequency of complete molecular response in patients with 2677 GT + TT + TA genotype in both groups (responders P = 0.074 and nonresponders P = 0.076). In conclusion, genotypes and haplotypes for ABCB1 C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms are associated with molecular response in patients with CML that respond to MI treatment.

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