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Seguimento clinoceletrográfico de criançcas e adolescentes com crise epiléptica única não-provocada

Winckler, Maria Isabel Bragatti January 2002 (has links)
Os fenômenos convulsivos despertaram o interesse de estudiosos e pensadores já na Antigüidade, quando aspectos mágicos e sobrenaturais eram a eles associados. No século XIX foram lançadas as bases dos conceitos atuais sobre a desestruturação funcional cerebral na epilepsia, e Berger, em 1929, marcou definitivamente a história com a descoberta dos ritmos cerebrais. Crise epiléptica e epilepsia não são sinônimos, já que o último termo refere-se a crises recorrentes espontâneas. Ela costuma iniciar na infância, daí a preocupação com o risco de repetição do primeiro episódio e com a decisão de instituir tratamento medicamentoso. Fatores prognósticos são apontados, mas não há consenso. No Brasil existem poucas pesquisas nesta linha, tanto de prevalência da epilepsia como de fatores envolvidos na recorrência de crises. Este estudo teve como objetivo geral avaliar aspectos clinicoeletrográficos capazes de auxiliar no prognóstico e no manejo da epilepsia da criança e do adolescente. Foram objetivos específicos determinar a incidência de crise epiléptica não provocada recorrente; identificar fatores remotos implicados na ocorrência de crise epiléptica; relacionar tipo de crise com achados eletrencefalográficos; relacionar tipo de crise, duração da crise, estado vigília/sono no momento da crise e achados eletrencefalográficos com possibilidade de recorrência; e identificar os fatores de risco para epilepsia. Foram acompanhados 109 pacientes com idades entre 1 mês e 16 anos, com primeira crise não-provocada, em média por 24 meses, a intervalos trimestrais, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram realizados eletrencefalogramas (EEG) após a primeira crise; depois, solicitados anualmente. Não foram incluídos casos com epilepsia ou síndrome epiléptica bem definida, ou que fizeram uso prévio de drogas antiepilépticas. A média de idade foi 6 anos, com predomínio da faixa etária de 6 a 12 anos. Setenta eram meninos e 39, meninas. Os indivíduos brancos eram 92, e os não-brancos, 17. O nível de escolaridade dos casos esteve de acordo com a distribuição da idade e, entre os responsáveis, predominaram 8 anos de escolaridade. Foi possível concluir que as crises únicas não-provocadas mais freqüentes foram generalizadas, e sem predomínio significativo do tipo de EEG. A incidência de crise não-provocada recorrente foi 51,4%. História de intercorrências pré-natais maternas aumentou em 2 vezes o risco de repetição de crises. Via de nascimento, escore de Apgar no 5º minuto, relação peso ao nascer/idade gestacional, intercorrências no período pós-natal imediato e desenvolvimento neuropsicomotor não tiveram influência na recorrência. História familiar de crises mostrou tendência à significância estatística para repetição dos episódios, com risco de 1,7. Não foi encontrada associação entre tipo de crise e achado eletrencefalográfico. A maioria das crises foi de curta duração (até 5 minutos), mas este dado não esteve relacionado com a recorrência. Estado de vigília teve efeito protetor na recorrência. Se a primeira crise foi parcial, o risco de repetição foi 1,62, com tendência à significância. Quando o primeiro EEG foi alterado, houve relação significativa com primeira crise tanto generalizada como parcial. O primeiro EEG com alterações paroxísticas focais apontou risco de repetição de 2,90. Quando as variáveis envolvidas na repetição de crises foram ajustadas pelo modelo de regressão de Cox, EEG alterado mostrou risco de 2,48, com riscos acumulados de 50%, 60%, 62% e 68%; com EEG normal, os riscos foram 26%, 32%, 34% e 36% em 6, 12, 18 e 24 meses respectivamente. / Seizures have interested scholars and philosophers since the Old Ages, when magic and supernatural aspects were associated with seizures. In the 19th century, Jackson formulated the basic concepts about the disruption of cerebral functions in epilepsy, and Berger, in 1929, set the landmark in the history when he first reported the brain rythms. Seizure and epilepsy are not synonyms: epilepsy refers to recurrent unprovoked seizures. The onset of epilepsy usually occurs in childhood, and that explains the concern about the risk of recurrence after the first seizure and about to start drug therapy. Several factors predictive of recurrence have been pointed out but no consensus has been reached. Few studies about the risk factor of epilepsy or the prevalence of the epilepsy in Brazil have been conducted. The general objective of this study was to evaluate clinical and electroencephalographic aspects that are capable of helping in the management and in the prognose of epilepsy in children and adolescents. Specific objectives were to determinate the incidence of recurrent unprovoked seizure in childhood and adolescence; to identify remote factors associated with seizure; to associate seizure type, seizure duration, awake or sleep state and electroencephalographic findings with recurrence risk; and to identify the risk factors for epilepsy. We followed up 109 children and adolescents aged 1 month to 16 years, with first unprovoked seizure for 24 months, on three months intervals, at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). EEG were requested after the first seizure and once in a year. Children with well-defined epilepsy or epileptic syndrome and those using antiepileptic drugs were excluded. The mean age was 6; most patients were 6 to 12 years old. Seventy patients were boys and 39, girls. Nine-two patients were white, and 17, non-whites. Educational level of patients matched age distribution, and the predominant educational level for parents was 8 years. We concluded that generalized seizures were the most frequent unprovoked seizure and there was not predominant EEG type. The rate of seizure recurrence in this study was 51,4%. Reports of events in the prenatal period increased two times the risk of recurrence. Type of delivery, Apgar score, weight for gestational age, events in the post-natal period and neurodevelopment did not influence seizure recurrence. Family history of seizure type and EEG findings were not associated. The most frequent seizure had short duration, not associated with recurrence. Awake state had protective effect in the recurrence, with tendency. When the first seizure was partial, the recurrence risk was 1,62, with tendency. There was significant relationship between abnormal first EEG and generalized or partial first seizure. When the first EEG had focal paroxysms, the risk of recurrence was 2,90. When a Cox regression was performed with the factors, only the abnormal EEG showed risk 2,48. Cumulative risks of recurrence were 50%, 60%, 62% and 68% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively, if was abnormal EEG; when it was normal, the risks were 26%, 32%, 34% and 36% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively.
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Resultados a longo prazo (7 a 10 anos) da papilotomia endoscopica no tratamento da coledocolitiase : analise multivariada de fatores prognosticos para recidiva de doenca biliopancreatica / Long-term results (7 to 10 years) of endoscopic papillotomy for the treatment of bile duct stones. multivariate analysis of prognostic risk factors for recurrence of biliary symptoms

Pereira-Lima, Júlio Carlos January 1996 (has links)
Introdução e Objetivos: Após o advento da colecistectomia laparoscópica, a papilotomia endoscópica passou a ser mais freqüentemente empregada no tratamento da coledocolitíase, mesmo em pacientes jovens, embora seus resultados a longo prazo tenham sido pouco estudados, nem fatores prognósticos de recidiva de sintomas biliares tenham sido desenvolvidos. Este estudo visa averiguar a recorrência de patologia biliar e determinar os fatores prognósticos para essa recidiva após 7 a 1 O anos de seguimento. Métodos: Entre 1985 e 1988, 223 (149 mulheres, m. idade= 67,9) pacientes foram submetidos à papilotomia endoscópica para tratamento da coledocolitíase. Noventa e seis pacientes receberam alta hospitalar com vesícula in situ. Os demais já haviam sido colecistectomizados, ou o foram na mesma internação. O seguimento a longo prazo foi obtido retrospectivamente por meio de entrevistas com pacientes e médicos generalistas. Resultados: O procedimento obteve sucesso imediato em 217 dos 223 (97%) dos pacientes tratados, dos quais 203 foram seguidos por 7 a 1 O anos. Dois pacientes faleceram até 30 dias após a papilotomia. O seguimento médio obtido nos 201 pacientes foi de 8,8 anos. Houve recidiva de sintomas biliares em 31 casos (15%). Nos pacientes que permaneceram com a vesícula biliar após o tratamento, a recidiva foi de 20%, ante 11% nos colecistectomizados (RR: 2,18, p < 0,05, análise multivariada por regressão de Cox). Nos pacientes com diâmetro da via biliar 2: 13mm a recidiva foi de 25% e nos com via biliar< 13mm de 11% (RR: 2,24, p < 0,05 método de Cox). Essa diferença se acentua, quando comparamos os pacientes com VB > 15mm (recidiva= 29o/o) e os com VB :S lOmm (recidiva: 10%) (RR: 2,63, p<0,03 método de Cox). Conclusões: O índice de complicações biliares a longo prazo após a papilotomia é comparável ao relatado para as ténicas cirúrgicas, o que justifica seu uso. Os fatores prognósticos associados à recidiva de doença biliar são presença de vesícula in situe dilatação da via biliar. / Background and Aims: After the introduction of laparoscopic cholecystectomy, endoscopic papillotomy is increasingly used for treating bile duct stones in younger individuais, although its long-term results are poorly determined. The aim of this study is to averiguate the long-term results of this endoscopic method in the treatment of common duct calculi and to determine which risk factors are associated with the relapse o f biliary symptoms. Methods: Between 1985 and 1988, 223 (149 women, mean age = 67,9) patients underwent endoscopic papillotomy for bile duct lithiasis; 127 were already cholecystectomized, or were operated on in the same hospitalization. Follow-up was obtained retrospectively from the patients, patient's relatives and general practitioners. Results: The procedure succeeded in 217 of 223 cases (97% ), o f which 203 were followed-up; 2 patients died in the first month after treatment (0,89% ). Mean follow-up for the 201 patients was 8,8 years of which 31 relapsed (15%). The relapse of biliary symptoms in patients, who were left with the gallbladder in situ, was 20%, and 11% for those cholecystectomized (RR: 218, p < 0,05 Cox proportional hazards regression). Patients with bile duct gauges 2: 13mm relapsed 25% of the times and those with bile duct < 13mm in 11 o/o (RR: 2,24, p < 0,05 Cox regression). This difference increased when comparing those patients with duct diameter > 15mm (29% o f recurrence) and those, whose bile duct was ::; 1 Omm (1 0°/o of recurrence) (RR: 2,63, p < 0,03, Cox regression). Conclusions: The long-term results of endoscopic papillotomy are comparable with those of surgical techniques, which justifies its use, even in younger patients. The prognostic risk factors associated with relapse of biliary symptoms are gallbladder left in situ and, mainly, choledochal diameter.
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Análise de fatores de risco para recidiva de doença por citomegalovirus em pacientes submetidos a transplante renal / Evaluation of the risk factors for recurrent cytomagalovirus disease in kiney transplant patients

Costa, Fabiana Carvalho Vieira da [UNIFESP] January 2007 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2007 / Objetivo: Avaliar taxa e fatores de risco para recidiva de doenca sintomatica por CMV em receptores de transplante renal, avaliar as principais manifestacoes clinicas e complicacoes relacionadas a infeccao por CMV e efeitos adversos do tratamento antiviral. Metodos: Busca retrospectiva de receptores de transplante renal internados no Hospital do Rim e Hipertensao no periodo de janeiro de 2001 a dezembro de 2004 que receberam tratamento antiviral para infeccao e doenca por CMV. Dados foram obtidos atraves de prontuarios e dados da farmacia. Resultados: Dos 245 pacientes envolvidos no estudo, a taxa de recidiva total de infeccao e doenca por CMV foi 27,07 por cento, sendo 14,7 por cento doenca por CMV. As principais manifestacoes clinicas apresentadas nesta populacao foram sindrome viral incompleta e doenca invasiva por CMV, sendo o trato gastrointestinal o sitio mais envolvido. Dentre as complicacoes, perda do enxerto ocorreu em 10,6 por cento dos casos, nao necessariamente como causa diretamente atribuida ao CMV. Obito ocorreu em 8,98 por cento dos pacientes ate 3 meses apos suspensao do primeiro tratamento antiviral, sendo 2,45 por cento dos obitos associados ao CMV e 1,63 por cento devido aos efeitos adversos do antiviral. Efeitos adversos do ganciclovir ocorreram em 63 (19,38 por cento) tratamentos, dos quais leucopenia ocorreu em 56 (17,23 por cento) e plaquetopenia em 25 (7,69 por cento) tratamentos. Dentre os fatores de risco para recidiva de doenca por CMV, doador falecido (analise multivariada - OR - 2,54/IC 95 por cento - 1,1-5,8 P = 0,026) e tratamento anti¬ rejeicao apos terapia adequada do primeiro episodio de infeccao e/ou doenca por CMV (analise multivariada - OR - 6,8/IC 95 por cento - 2,4-19,48; P< 0,001) se mostraram estatisticamente significantes. Conclusoes: Recidiva de infeccao e/ou doenca por CMV e um evento bastante frequente nesta populacao de pacientes, sugerindo-se para os pacientes com rim de doador falecido e tratamento rejeicao apos terapia adequada do primeiro episodio de infeccao e/ou doenca por CMV profilaxia secundaria com antiviral ou terapia preemptiva atraves de vigilancia rigorosa com antigenemia para CMV / Objective: To evaluate the rate and risk factors for recurrent Symptomatic CMV disease in kidney transplant patients; to evaluate the main clinical manifestations and complications related to CMV infection, and adverse effects of the antiviral treatment. Methods: Retrospective search for kidney transplantation receptors at the Kidney and Hypertension Hospital, in the period of January, 2001 through December, 2004, who received antiviral treatment for CMV infection and disease. Data were obtained by review of medical records and pharmacy reports. Results: Out of the 245 patients involved in the study, the total recurrence rate of CMV infection and disease was 27.07%, being 14.7% CMV disease. The main clinical manifestations in this population were incomplete viral syndrome and invasive CMV disease, being the gastrointestinal tract the most common site involved. Among the complications, graft loss occurred in 10.6% of the cases, not necessariily directy attributed to CMV. Death occurred in 8.98% of the patients up to 3 months after the interruption of the first antiviral treatment, being 2.45% of the deaths connected to CMV, and 1.63% due to antiviral adverse events. Adverse effects to ganciclovir occurred in 63 (19.38%) treatments, out of which leukopenia occurred in 56 (17.23%), and low platelet count in 25 (7.69%) treatments. Among the risk factors for CMV disease recurrence, deceased donor (multivariate analysis – OR– 2.54/IC 95%- 1.1 - 5.8; P=0.026), and antirejection treatment after adequate therapy of the first episode of CMV infection and/or disease (multivariate analysis - OR – 6.8/IC 95% - 2.4 - 19.48; P<0.001) were statistically significant. Conclusion: Recurrent CMV infection and/or disease is a very frequent event in this population of patients and it is suggested that, for patients with deceased donor’s kidney and antirejection treatment after adequate therapy of the first episode of CMV infection and/or disease, they receive secondary prophylaxis with anti-virus or preemptive therapy through strict surveillance with CMV antigenenia. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Caracterização do perfil dos genes KIR na recidiva de toxoplasmose ocular após episódio ativo

Joaquim, Thays Euzebio January 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-05-16T13:00:06Z (GMT). No. of bitstreams: 2 thays_joaquim_ioc_mest_2016.pdf: 1892469 bytes, checksum: 0f2ff8d520cb9116ff431c417c125af4 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2016 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, parasita intracelular obrigatório de ampla distribuição mundial. A lesão característica da toxoplasmose ocular (TO) é a retinocoroidite, principal causa de uveíte posterior, podendo deixar sequelas graves, inclusive a perda da visão. Embora existam muitos estudos referentes à imunologia da toxoplasmose sistêmica, pouco se conhece a respeito da resposta imune na TO humana. As células natural killers (NK) são células efetoras do sistema imune inato, cuja função principal é a atividade citotóxica. Elas interagem com as células-alvos por meio de receptores, que emitem sinais de inibição ou ativação. Dentre os receptores de células NK, os receptores semelhantes à imunoglobulina (KIR), merecem destaque devido ao seu elevado polimorfismo. O interesse pelo estudo desses genes está na eficiência de serem utilizados como marcadores genéticos em estudos de associação com doenças. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar o polimorfismo dos genes KIR, no curso da infecção toxoplásmica ocular, verificando se o mesmo estaria associado com a ocorrência de recidivas oculares após episódio ativo. Participaram desse estudo 101 pacientes com diagnóstico de toxoplasmose ocular, oriundos do ambulatório de Oftalmologia do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) RJ. Observamos que os genes KIR3DL1, KIR2DL1, KIR2DS4, KIR2DP1 foram os mais prevalentes (acima de 95%) em nossa população e que essas altas frequências são similares às encontradas em outras regiões brasileiras. Caracterizamos 25 genótipos KIR e observamos uma maior frequência dos genótipos 1 (31,7%), 4 (11,9%), 2 (10,9%) e 3 (7,9%), todos com distribuição cosmopolita A análise entre as distâncias genéticas revelou um grupamento dos pacientes em estudo com populações do Rio de Janeiro, Porto Velho e de países do continente Americano. Observamos que o gene inibidor KIR2DL2 e o gene ativador KIR2DS2 estavam mais frequentes nos indivíduos sem recidiva (P=0,03 e P= 0,02, respectivamente), sugerindo que ambos possam estar atuando como marcadores de proteção à recidiva de TO. O grupo recidiva apresentou maior variabilidade genotípica (20/25), sendo os genótipos 1 (36,3%) e 2 (13,8%), os mais frequentes. No grupo sem recidiva, os genótipos mais frequentes foram o 1 (23,7%) e o 4 (21%). Ao avaliarmos a variação da proporção entre genes KIR inibidores e ativadores, observamos que a maioria dos indivíduos com média ponderada negativa pertencia ao grupo dos indivíduos com recidiva (62,7%; P= 0,003), sugerindo que a menor proporção de genes KIR ativadores possa estar associada à susceptibilidade. Não há na literatura dados que relacionem o polimorfismo de genes KIR com esta doença. A caracterização destes genes torna este estudo pioneiro na pesquisa de associação entre o polimorfismo dos genes KIR e a recidiva de TO / Toxoplasmosis is an infection caused by the protozoan Toxoplasma gondii, obligate intracellular parasite of worldwide distribution. The characteristic injury of ocular toxoplasmosis (OT) is the retinochoroiditis, which is the main cause of posterior uveitis and can leave serious consequences, including blindness. Although there are many studies about the immunology of systemic toxoplasmosis, the immune response in human TO still unclear. The natural killer cells (NK) are effectors cells of the innate immune system, whose main function is the cytotoxic activity. They interact with target cells through receptors that emit inhibition or activation signals. Among the NK cell receptors, immunoglobulin-like receptors (KIR) deserve attention due to their high polymorphism. Interest in the study of these genes is in the efficiency of use as genetic markers in association studies to diseases. In this context, this study aimed to analyze the polymorphism of KIR genes in the course of ocular toxoplasmosis infection by checking whether it was associated with the occurrence of eye relapse after active episode. Participated in this study 101 patients with ocular toxoplasmosis, arising from the Ophthalmologic Clinic of the National Institute of Infectious Diseases (INI/Fiocruz) RJ. We observed that the genes KIR3DL1, KIR2DL1, KIR2DS4, KIR2DP1 were the most prevalent (over 95%) in our population and that these high frequencies are similar to those found in other Brazilian regions. We identified 25 KIR genotypes and found a higher frequency of genotypes 1 (31.7%), 4 (11.9%) and 2 (10.9%), all with worldwide distribution The analysis of genetic distances revealed a cluster of patients in a study with populations of Rio de Janeiro, Porto Velho and the American continent. We note that the KIR2DL2 inhibitor gene and the gene activator KIR2DS2 were more frequent in patients without recurrence (P = 0.03 and P = 0.02, respectively), suggesting that both may be acting as a protective marker for recurrence TO. The recurrence group had higher genotypic variability (20/25), and genotype 1 (84%) and 2 (32%), were the most frequent. In the group without recurrence, the most common genotypes were 1 (36%) and 4 (32%). When evaluating the change of ratio of KIR genes inhibitors and activators, observed that most individuals with negative weighted average belonged to the group of individuals with recurrence (62.7%; P = 0.003), suggesting that the lowest proportion of KIR genes activators may be associated with susceptibility. There is no data in the literature that relate polymorphism of KIR genes with this disease. The characterization of these genes makes this pioneering study on the association between the polymorphism survey of KIR genes and the recurrence OT
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Recidiva da Hanseníase no estado da Bahia

Silva, Fabíola Leal 02 December 2014 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-04-06T18:27:12Z No. of bitstreams: 1 Diss MP Fabiola Leal. 2014.pdf: 656656 bytes, checksum: c93965bc227e7f040c0864ea593f13a3 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-04-15T14:34:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Diss MP Fabiola Leal. 2014.pdf: 656656 bytes, checksum: c93965bc227e7f040c0864ea593f13a3 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-15T14:34:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Diss MP Fabiola Leal. 2014.pdf: 656656 bytes, checksum: c93965bc227e7f040c0864ea593f13a3 (MD5) / A hanseníase persiste como importante problema de saúde pública para o Brasil. Uma das estratégias para controle da endemia da hanseníase é o tratamento adequado dos pacientes com o regime de poliquimioterapia recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Portanto, o monitoramento dos casos de recidiva assume importância por se constituir como o melhor método para medir a eficácia do tratamento. Segundo dados da OMS, o Brasil é o país com maior registro de casos de recidiva no mundo; são poucos os estudos nacionais sobre o tema e nenhum no estado da Bahia. Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de todas as entradas no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN/BA) por recidiva diagnosticadas no estado da Bahia e na unidade de referência estadual para tratamento de pacientes com hanseníase. Método: Estudo transversal de todas as entradas no sistema de informação por recidiva em hanseníase diagnosticada pelas unidades de saúde do estado da Bahia e pela unidade de referência estadual , no período de 2001 a 2012. As informações foram obtidas do SINAN/BA fornecidas pelo setor de vigilância epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SESAB). Resultados: Foram registrados 1329 entradas por recidiva na Bahia no período de 2001 a 2012, sendo 90 na unidade de referência estadual. Do total de casos, a média de idade foi de 43,3 anos e 59,2% eram do sexo masculino, 70,9% tinha a forma dimorfa ou virchoviana e 77% foram classificados como multibacilares. Entretando apenas 20,6% dos pacientes realizaram baciloscopia e somente 21,4% tinham informação sobre comprometimento neural. Conclusão: O percentual de recidivas no estado da Bahia é influenciado pelos casos notificados em municípios sem centros de referência. È essencial melhorar a precisão diagnóstica nos serviços de saúde do estado, inclusive da unidade de referência estadual, e facilitar o acesso dos pacientes com suspeita de recidiva aos serviços especializados.
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Seguimento clinoceletrográfico de criançcas e adolescentes com crise epiléptica única não-provocada

Winckler, Maria Isabel Bragatti January 2002 (has links)
Os fenômenos convulsivos despertaram o interesse de estudiosos e pensadores já na Antigüidade, quando aspectos mágicos e sobrenaturais eram a eles associados. No século XIX foram lançadas as bases dos conceitos atuais sobre a desestruturação funcional cerebral na epilepsia, e Berger, em 1929, marcou definitivamente a história com a descoberta dos ritmos cerebrais. Crise epiléptica e epilepsia não são sinônimos, já que o último termo refere-se a crises recorrentes espontâneas. Ela costuma iniciar na infância, daí a preocupação com o risco de repetição do primeiro episódio e com a decisão de instituir tratamento medicamentoso. Fatores prognósticos são apontados, mas não há consenso. No Brasil existem poucas pesquisas nesta linha, tanto de prevalência da epilepsia como de fatores envolvidos na recorrência de crises. Este estudo teve como objetivo geral avaliar aspectos clinicoeletrográficos capazes de auxiliar no prognóstico e no manejo da epilepsia da criança e do adolescente. Foram objetivos específicos determinar a incidência de crise epiléptica não provocada recorrente; identificar fatores remotos implicados na ocorrência de crise epiléptica; relacionar tipo de crise com achados eletrencefalográficos; relacionar tipo de crise, duração da crise, estado vigília/sono no momento da crise e achados eletrencefalográficos com possibilidade de recorrência; e identificar os fatores de risco para epilepsia. Foram acompanhados 109 pacientes com idades entre 1 mês e 16 anos, com primeira crise não-provocada, em média por 24 meses, a intervalos trimestrais, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram realizados eletrencefalogramas (EEG) após a primeira crise; depois, solicitados anualmente. Não foram incluídos casos com epilepsia ou síndrome epiléptica bem definida, ou que fizeram uso prévio de drogas antiepilépticas. A média de idade foi 6 anos, com predomínio da faixa etária de 6 a 12 anos. Setenta eram meninos e 39, meninas. Os indivíduos brancos eram 92, e os não-brancos, 17. O nível de escolaridade dos casos esteve de acordo com a distribuição da idade e, entre os responsáveis, predominaram 8 anos de escolaridade. Foi possível concluir que as crises únicas não-provocadas mais freqüentes foram generalizadas, e sem predomínio significativo do tipo de EEG. A incidência de crise não-provocada recorrente foi 51,4%. História de intercorrências pré-natais maternas aumentou em 2 vezes o risco de repetição de crises. Via de nascimento, escore de Apgar no 5º minuto, relação peso ao nascer/idade gestacional, intercorrências no período pós-natal imediato e desenvolvimento neuropsicomotor não tiveram influência na recorrência. História familiar de crises mostrou tendência à significância estatística para repetição dos episódios, com risco de 1,7. Não foi encontrada associação entre tipo de crise e achado eletrencefalográfico. A maioria das crises foi de curta duração (até 5 minutos), mas este dado não esteve relacionado com a recorrência. Estado de vigília teve efeito protetor na recorrência. Se a primeira crise foi parcial, o risco de repetição foi 1,62, com tendência à significância. Quando o primeiro EEG foi alterado, houve relação significativa com primeira crise tanto generalizada como parcial. O primeiro EEG com alterações paroxísticas focais apontou risco de repetição de 2,90. Quando as variáveis envolvidas na repetição de crises foram ajustadas pelo modelo de regressão de Cox, EEG alterado mostrou risco de 2,48, com riscos acumulados de 50%, 60%, 62% e 68%; com EEG normal, os riscos foram 26%, 32%, 34% e 36% em 6, 12, 18 e 24 meses respectivamente. / Seizures have interested scholars and philosophers since the Old Ages, when magic and supernatural aspects were associated with seizures. In the 19th century, Jackson formulated the basic concepts about the disruption of cerebral functions in epilepsy, and Berger, in 1929, set the landmark in the history when he first reported the brain rythms. Seizure and epilepsy are not synonyms: epilepsy refers to recurrent unprovoked seizures. The onset of epilepsy usually occurs in childhood, and that explains the concern about the risk of recurrence after the first seizure and about to start drug therapy. Several factors predictive of recurrence have been pointed out but no consensus has been reached. Few studies about the risk factor of epilepsy or the prevalence of the epilepsy in Brazil have been conducted. The general objective of this study was to evaluate clinical and electroencephalographic aspects that are capable of helping in the management and in the prognose of epilepsy in children and adolescents. Specific objectives were to determinate the incidence of recurrent unprovoked seizure in childhood and adolescence; to identify remote factors associated with seizure; to associate seizure type, seizure duration, awake or sleep state and electroencephalographic findings with recurrence risk; and to identify the risk factors for epilepsy. We followed up 109 children and adolescents aged 1 month to 16 years, with first unprovoked seizure for 24 months, on three months intervals, at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). EEG were requested after the first seizure and once in a year. Children with well-defined epilepsy or epileptic syndrome and those using antiepileptic drugs were excluded. The mean age was 6; most patients were 6 to 12 years old. Seventy patients were boys and 39, girls. Nine-two patients were white, and 17, non-whites. Educational level of patients matched age distribution, and the predominant educational level for parents was 8 years. We concluded that generalized seizures were the most frequent unprovoked seizure and there was not predominant EEG type. The rate of seizure recurrence in this study was 51,4%. Reports of events in the prenatal period increased two times the risk of recurrence. Type of delivery, Apgar score, weight for gestational age, events in the post-natal period and neurodevelopment did not influence seizure recurrence. Family history of seizure type and EEG findings were not associated. The most frequent seizure had short duration, not associated with recurrence. Awake state had protective effect in the recurrence, with tendency. When the first seizure was partial, the recurrence risk was 1,62, with tendency. There was significant relationship between abnormal first EEG and generalized or partial first seizure. When the first EEG had focal paroxysms, the risk of recurrence was 2,90. When a Cox regression was performed with the factors, only the abnormal EEG showed risk 2,48. Cumulative risks of recurrence were 50%, 60%, 62% and 68% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively, if was abnormal EEG; when it was normal, the risks were 26%, 32%, 34% and 36% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively.
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Resultados a longo prazo (7 a 10 anos) da papilotomia endoscopica no tratamento da coledocolitiase : analise multivariada de fatores prognosticos para recidiva de doenca biliopancreatica / Long-term results (7 to 10 years) of endoscopic papillotomy for the treatment of bile duct stones. multivariate analysis of prognostic risk factors for recurrence of biliary symptoms

Pereira-Lima, Júlio Carlos January 1996 (has links)
Introdução e Objetivos: Após o advento da colecistectomia laparoscópica, a papilotomia endoscópica passou a ser mais freqüentemente empregada no tratamento da coledocolitíase, mesmo em pacientes jovens, embora seus resultados a longo prazo tenham sido pouco estudados, nem fatores prognósticos de recidiva de sintomas biliares tenham sido desenvolvidos. Este estudo visa averiguar a recorrência de patologia biliar e determinar os fatores prognósticos para essa recidiva após 7 a 1 O anos de seguimento. Métodos: Entre 1985 e 1988, 223 (149 mulheres, m. idade= 67,9) pacientes foram submetidos à papilotomia endoscópica para tratamento da coledocolitíase. Noventa e seis pacientes receberam alta hospitalar com vesícula in situ. Os demais já haviam sido colecistectomizados, ou o foram na mesma internação. O seguimento a longo prazo foi obtido retrospectivamente por meio de entrevistas com pacientes e médicos generalistas. Resultados: O procedimento obteve sucesso imediato em 217 dos 223 (97%) dos pacientes tratados, dos quais 203 foram seguidos por 7 a 1 O anos. Dois pacientes faleceram até 30 dias após a papilotomia. O seguimento médio obtido nos 201 pacientes foi de 8,8 anos. Houve recidiva de sintomas biliares em 31 casos (15%). Nos pacientes que permaneceram com a vesícula biliar após o tratamento, a recidiva foi de 20%, ante 11% nos colecistectomizados (RR: 2,18, p < 0,05, análise multivariada por regressão de Cox). Nos pacientes com diâmetro da via biliar 2: 13mm a recidiva foi de 25% e nos com via biliar< 13mm de 11% (RR: 2,24, p < 0,05 método de Cox). Essa diferença se acentua, quando comparamos os pacientes com VB > 15mm (recidiva= 29o/o) e os com VB :S lOmm (recidiva: 10%) (RR: 2,63, p<0,03 método de Cox). Conclusões: O índice de complicações biliares a longo prazo após a papilotomia é comparável ao relatado para as ténicas cirúrgicas, o que justifica seu uso. Os fatores prognósticos associados à recidiva de doença biliar são presença de vesícula in situe dilatação da via biliar. / Background and Aims: After the introduction of laparoscopic cholecystectomy, endoscopic papillotomy is increasingly used for treating bile duct stones in younger individuais, although its long-term results are poorly determined. The aim of this study is to averiguate the long-term results of this endoscopic method in the treatment of common duct calculi and to determine which risk factors are associated with the relapse o f biliary symptoms. Methods: Between 1985 and 1988, 223 (149 women, mean age = 67,9) patients underwent endoscopic papillotomy for bile duct lithiasis; 127 were already cholecystectomized, or were operated on in the same hospitalization. Follow-up was obtained retrospectively from the patients, patient's relatives and general practitioners. Results: The procedure succeeded in 217 of 223 cases (97% ), o f which 203 were followed-up; 2 patients died in the first month after treatment (0,89% ). Mean follow-up for the 201 patients was 8,8 years of which 31 relapsed (15%). The relapse of biliary symptoms in patients, who were left with the gallbladder in situ, was 20%, and 11% for those cholecystectomized (RR: 218, p < 0,05 Cox proportional hazards regression). Patients with bile duct gauges 2: 13mm relapsed 25% of the times and those with bile duct < 13mm in 11 o/o (RR: 2,24, p < 0,05 Cox regression). This difference increased when comparing those patients with duct diameter > 15mm (29% o f recurrence) and those, whose bile duct was ::; 1 Omm (1 0°/o of recurrence) (RR: 2,63, p < 0,03, Cox regression). Conclusions: The long-term results of endoscopic papillotomy are comparable with those of surgical techniques, which justifies its use, even in younger patients. The prognostic risk factors associated with relapse of biliary symptoms are gallbladder left in situ and, mainly, choledochal diameter.
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Avaliação e seguimento da atividade da Doença de Cushing no pós-operatório da cirurgia transesfenoidal

Costenaro, Fabiola January 2011 (has links)
A doença de Cushing (DC) permanece um desafio médico, com muitas questões ainda não respondidas. O sucesso terapêutico dos pacientes com DC está intimamente ligado à correta investigação diagnóstica sindrômica e etiológica e à escolha da melhor opção terapêutica. Várias são as alternativas terapêuticas, entre elas, as medicações anti-esteroidogênicas e as supressoras dos corticotrofos, a radioterapia, a adrenalectomia e a cirurgia hipofisária. No entanto, a adenomectomia hipofisária transesfenoidal constitui-se no tratamento de escolha para a DC. A avaliação da remissão da doença no pós-operatório e da recorrência em longo prazo constitui um desafio ainda maior, com grande divergência entre os centros médicos especializados sobre qual a melhor maneira de avaliar a atividade da doença e quais são os parâmetros indicadores de remissão e de recidiva ao longo do seguimento. Neste sentido, especial destaque deve ser dado para o papel do cortisol sérico no pós-operatório como um marcador de remissão da DC em longo prazo. Adicionalmente, a utilização de glicorticoide exógeno no pós-operatório apenas em situações de insuficiência adrenal tem sido sugerida por alguns autores, como prática fundamental para permitir a utilização do cortisol sérico neste cenário. Neste artigo, revisamos as formas de avaliação da atividade da DC e os marcadores de remissão e recidiva em longo prazo, após a realização da cirurgia transesfenoidal.
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Avaliação e seguimento da atividade da Doença de Cushing no pós-operatório da cirurgia transesfenoidal

Costenaro, Fabiola January 2011 (has links)
A doença de Cushing (DC) permanece um desafio médico, com muitas questões ainda não respondidas. O sucesso terapêutico dos pacientes com DC está intimamente ligado à correta investigação diagnóstica sindrômica e etiológica e à escolha da melhor opção terapêutica. Várias são as alternativas terapêuticas, entre elas, as medicações anti-esteroidogênicas e as supressoras dos corticotrofos, a radioterapia, a adrenalectomia e a cirurgia hipofisária. No entanto, a adenomectomia hipofisária transesfenoidal constitui-se no tratamento de escolha para a DC. A avaliação da remissão da doença no pós-operatório e da recorrência em longo prazo constitui um desafio ainda maior, com grande divergência entre os centros médicos especializados sobre qual a melhor maneira de avaliar a atividade da doença e quais são os parâmetros indicadores de remissão e de recidiva ao longo do seguimento. Neste sentido, especial destaque deve ser dado para o papel do cortisol sérico no pós-operatório como um marcador de remissão da DC em longo prazo. Adicionalmente, a utilização de glicorticoide exógeno no pós-operatório apenas em situações de insuficiência adrenal tem sido sugerida por alguns autores, como prática fundamental para permitir a utilização do cortisol sérico neste cenário. Neste artigo, revisamos as formas de avaliação da atividade da DC e os marcadores de remissão e recidiva em longo prazo, após a realização da cirurgia transesfenoidal.
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Seguimento clinoceletrográfico de criançcas e adolescentes com crise epiléptica única não-provocada

Winckler, Maria Isabel Bragatti January 2002 (has links)
Os fenômenos convulsivos despertaram o interesse de estudiosos e pensadores já na Antigüidade, quando aspectos mágicos e sobrenaturais eram a eles associados. No século XIX foram lançadas as bases dos conceitos atuais sobre a desestruturação funcional cerebral na epilepsia, e Berger, em 1929, marcou definitivamente a história com a descoberta dos ritmos cerebrais. Crise epiléptica e epilepsia não são sinônimos, já que o último termo refere-se a crises recorrentes espontâneas. Ela costuma iniciar na infância, daí a preocupação com o risco de repetição do primeiro episódio e com a decisão de instituir tratamento medicamentoso. Fatores prognósticos são apontados, mas não há consenso. No Brasil existem poucas pesquisas nesta linha, tanto de prevalência da epilepsia como de fatores envolvidos na recorrência de crises. Este estudo teve como objetivo geral avaliar aspectos clinicoeletrográficos capazes de auxiliar no prognóstico e no manejo da epilepsia da criança e do adolescente. Foram objetivos específicos determinar a incidência de crise epiléptica não provocada recorrente; identificar fatores remotos implicados na ocorrência de crise epiléptica; relacionar tipo de crise com achados eletrencefalográficos; relacionar tipo de crise, duração da crise, estado vigília/sono no momento da crise e achados eletrencefalográficos com possibilidade de recorrência; e identificar os fatores de risco para epilepsia. Foram acompanhados 109 pacientes com idades entre 1 mês e 16 anos, com primeira crise não-provocada, em média por 24 meses, a intervalos trimestrais, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram realizados eletrencefalogramas (EEG) após a primeira crise; depois, solicitados anualmente. Não foram incluídos casos com epilepsia ou síndrome epiléptica bem definida, ou que fizeram uso prévio de drogas antiepilépticas. A média de idade foi 6 anos, com predomínio da faixa etária de 6 a 12 anos. Setenta eram meninos e 39, meninas. Os indivíduos brancos eram 92, e os não-brancos, 17. O nível de escolaridade dos casos esteve de acordo com a distribuição da idade e, entre os responsáveis, predominaram 8 anos de escolaridade. Foi possível concluir que as crises únicas não-provocadas mais freqüentes foram generalizadas, e sem predomínio significativo do tipo de EEG. A incidência de crise não-provocada recorrente foi 51,4%. História de intercorrências pré-natais maternas aumentou em 2 vezes o risco de repetição de crises. Via de nascimento, escore de Apgar no 5º minuto, relação peso ao nascer/idade gestacional, intercorrências no período pós-natal imediato e desenvolvimento neuropsicomotor não tiveram influência na recorrência. História familiar de crises mostrou tendência à significância estatística para repetição dos episódios, com risco de 1,7. Não foi encontrada associação entre tipo de crise e achado eletrencefalográfico. A maioria das crises foi de curta duração (até 5 minutos), mas este dado não esteve relacionado com a recorrência. Estado de vigília teve efeito protetor na recorrência. Se a primeira crise foi parcial, o risco de repetição foi 1,62, com tendência à significância. Quando o primeiro EEG foi alterado, houve relação significativa com primeira crise tanto generalizada como parcial. O primeiro EEG com alterações paroxísticas focais apontou risco de repetição de 2,90. Quando as variáveis envolvidas na repetição de crises foram ajustadas pelo modelo de regressão de Cox, EEG alterado mostrou risco de 2,48, com riscos acumulados de 50%, 60%, 62% e 68%; com EEG normal, os riscos foram 26%, 32%, 34% e 36% em 6, 12, 18 e 24 meses respectivamente. / Seizures have interested scholars and philosophers since the Old Ages, when magic and supernatural aspects were associated with seizures. In the 19th century, Jackson formulated the basic concepts about the disruption of cerebral functions in epilepsy, and Berger, in 1929, set the landmark in the history when he first reported the brain rythms. Seizure and epilepsy are not synonyms: epilepsy refers to recurrent unprovoked seizures. The onset of epilepsy usually occurs in childhood, and that explains the concern about the risk of recurrence after the first seizure and about to start drug therapy. Several factors predictive of recurrence have been pointed out but no consensus has been reached. Few studies about the risk factor of epilepsy or the prevalence of the epilepsy in Brazil have been conducted. The general objective of this study was to evaluate clinical and electroencephalographic aspects that are capable of helping in the management and in the prognose of epilepsy in children and adolescents. Specific objectives were to determinate the incidence of recurrent unprovoked seizure in childhood and adolescence; to identify remote factors associated with seizure; to associate seizure type, seizure duration, awake or sleep state and electroencephalographic findings with recurrence risk; and to identify the risk factors for epilepsy. We followed up 109 children and adolescents aged 1 month to 16 years, with first unprovoked seizure for 24 months, on three months intervals, at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). EEG were requested after the first seizure and once in a year. Children with well-defined epilepsy or epileptic syndrome and those using antiepileptic drugs were excluded. The mean age was 6; most patients were 6 to 12 years old. Seventy patients were boys and 39, girls. Nine-two patients were white, and 17, non-whites. Educational level of patients matched age distribution, and the predominant educational level for parents was 8 years. We concluded that generalized seizures were the most frequent unprovoked seizure and there was not predominant EEG type. The rate of seizure recurrence in this study was 51,4%. Reports of events in the prenatal period increased two times the risk of recurrence. Type of delivery, Apgar score, weight for gestational age, events in the post-natal period and neurodevelopment did not influence seizure recurrence. Family history of seizure type and EEG findings were not associated. The most frequent seizure had short duration, not associated with recurrence. Awake state had protective effect in the recurrence, with tendency. When the first seizure was partial, the recurrence risk was 1,62, with tendency. There was significant relationship between abnormal first EEG and generalized or partial first seizure. When the first EEG had focal paroxysms, the risk of recurrence was 2,90. When a Cox regression was performed with the factors, only the abnormal EEG showed risk 2,48. Cumulative risks of recurrence were 50%, 60%, 62% and 68% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively, if was abnormal EEG; when it was normal, the risks were 26%, 32%, 34% and 36% in 6, 12, 18 and 24 months, respectively.

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