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Estudo de genes preditores de radiossensibilidade e sobrevida em pacientes com glioblastoma tratados com radioterapia e temozolamida / Study of genes predicting radiosensitivity and survival in patients with glioblastoma treated with radiotherapy and temozolamideGodoy, Antonio Carlos Cavalcante 23 November 2018 (has links)
O glioblastoma (GBM) é o tumor primário do sistema nervoso central mais frequente no adulto, com sobrevida média de aproximadamente 12 meses. Múltiplas alterações genéticas e epigenéticas presentes neste tumor determinam sua biologia e fenótipo bastante agressivos. Assim, o presente estudo objetivou estudar a expressão dos genes envolvidos no Índice de Radiossensibilidade (RSI) e do gene MGMT em amostras de tumor primário humano de GBM, buscando identificar a associação destes com radiossensibilidade e sobrevida. Foram analisadas as características epidemiológicas, de evolução e desfecho clínico de 28 pacientes com GBM que fizeram uso de temozolamida (TMZ), cujos prontuários físicos e eletrônicos foram revisados no Serviço de Arquivo Médico (SAM) e Sistema Athos. Foi observado que 64,29% dos pacientes possuíam mais de 50 anos de idade e eram do sexo masculino; 86,36% possuíam o Karnofsky Performance Status acima ou igual a 80%; 57,14% possuíam localização não eloquente; 78,57% apresentavam lesão residual; 89,29% não foram reexpostos à radioterapia; 64,29% não fizeram uso de temozolamida metronômica; 96,43% não foram submetidos a outra quimioterapia; 78,57% não realizaram reabordagem cirúrgica; 60,71% tiveram progressão tardia e/ou não tiveram progressão da doença. Também foi evidenciado que tanto a regressão bruta de cada gene separadamente, quanto a regressão ajustada para os fatores clínicos mais relevantes (idade ao diagnóstico, localização do tumor e presença de lesão residual) não evidenciaram significância estatística em relação à progressão tardia. A relação entre o tempo de sobrevida global e a expressão dos genes ajustada para os mesmos fatores clínicos evidenciou significância estatística para os genes RELA (HR 1,265 / p = 0,01); c-Jun (HR 1,237 / p = 0,03) e c-ABL (HR 0,33 / p = 0,04). A análise de sobrevida livre de progressão ajustada mostrou diferença significativa (p = 0,04) entre os grupos com tumor de localização eloquente e não eloquente, assim como para a expressão do gene RELA (HR 1,107 / p = 0,03). Em relação à expressão gênica e a sobrevida global ou sobrevida livre de progressão dos pacientes pelo teste de Log-rank não foi observada diferença estatística. Na análise da expressão gênica com as variáveis clínico-epidemiológicas, a expressão do gene SUMO1 foi significativamente aumentada (p = 0,009) no grupo com progressão tardia com relação ao grupo com progressão precoce da doença, a expressão do AR apresentou aumento significativo (p = 0,021) no grupo em que a TMZ metronômica não foi administrada e as expressões dos genes RELA (p = 0,03),c-Jun (p = 0,005), STAT1 (p = 0.009) e HDAC1 (p = 0.044) estava elevada nos pacientes que apresentaram o exame neurológico pré-operatório normal. Esses dados indicam que o conjunto dos genes do RSI e o MGMT não demonstraram ser preditores de radiossensibilidade. Podemos inferir que RELA, c-Jun e c-ABL são potenciais marcadores de pior prognóstico e que SUMO1 pode ser um marcador de bom prognóstico / Glioblastoma (GBM) is the primary tumor of the central nervous system most common in adults, with a median survival of approximately 12 months. Multiple genetic and epigenetic alterations present in this tumor determine its biology and phenotype very aggressive. Thus, the present study aimed to study the expression of genes involved in radiosensitivity index (RSI) and the MGMT gene in GBM human primary tumor samples, seeking to identify the association of these with radiosensitivity and survival. The epidemiological evolution and clinical characteristics of 28 GBM patients who used temozolamide (TMZ), whose physical and electronic medical records were reviewed in the Medical File Service (SAM) and Athos System, were analyzed. It was observed that 64.29% of the patients were over 50 years of age and were male; 86.36% had Karnofsky Performance Status of 80 or more; 57.14% had no eloquent location; 78.57% had residual lesion; 89.29% did not have reexposure to radiotherapy; 64.29% did not use metronomic temozolamide; 96.43% did not undergo another chemotherapy; 78.57% did not undergo surgical reassessment; 60.71% had late progression and / or had no disease progression. It was also evidenced that both the gross regression of each gene separately and the regression adjusted for the most relevant clinical factors (age at diagnosis, tumor location and presence of residual lesion) did not show statistical significance in relation to the late progression. The relationship between overall survival time and gene expression adjusted for the same clinical factors showed statistical significance for RELA genes (HR 1.265 / p = 0.01), c-Jun (HR 1.237 / p = 0.03) and c-ABL (HR 0.33 / p = 0.04). Adjusted progression-free survival analysis showed a significant difference (p = 0.04) between the groups with eloquent and noneloquent localization, as well as RELA gene expression (HR 1,107 / p = 0.03). Regarding the gene expression and overall survival or progression-free survival of the patients by the Logrank test, no statistical difference was observed. In the analysis of the expression genes with the clinical-epidemiological variables the expression of the SUMO1 gene was significantly increased (p = 0.009) in the group with late progression in relation to the group with early disease progression, the expression of AR showed a significant increase (p = 0.021) in the group in which the metronomic TMZ was not administered and the RELA (p = 0.03), c-Jun (p = 0.005), STAT1 (p = 0.009) and HDAC1 (p = 0.044) gene expressions were elevated in patients who had normal preoperative neurologic examination. These data indicate that the set of RSIgenes and MGMT were not shown to be predictors of radiosensitivity. We can infer that RELA, c-Jun and c-ABL are potential markers of worse prognosis and that SUMO1 may be a marker of good prognosis
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Doença de Hodgkin: análise do protocolo DH-II-90 / Hodgkin\'s disease: the protocol DH-II-90Souza, Luciana Nunes Silva 05 April 2010 (has links)
O tratamento da Doença de Hodgkin (DH) tem tido sucesso crescente nos últimos anos. Considerando que a taxa atual de cura situa-se ao redor de 85%, o desafio dos protocolos da DH agora é reduzir a agressividade do tratamento e suas conseqüentes toxicidades agudas e crônicas, sem prejuízo dos resultados oncológicos. O protocolo DH-II-90 foi desenhado com estes propósitos para o tratamento de crianças e adolescentes com DH. O protocolo consiste em três ciclos de ABVD (adriamicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina) e radioterapia em campo envolvido para pacientes de baixo risco, e acrescentando três ciclos de MOP (oncocloramin, vincristina e prednisona) ou COP (substituindo oncocloramin por ciclofosfamida) à quimioterapia e radioterapia em campo estendido para pacientes de alto risco. Objetivos: Este estudo visa: 1) avaliar as taxas de sobrevida global, livre de doença e livre de eventos do protocolo DH-II-90, 2) avaliar as taxas de sobrevida global e livre de eventos de acordo com o estádio, idade, presença de tumor bulky, massa mediastinal, sintomas B, dose e tipo de radioterapia e 3) descrever os efeitos tardios relatados em prontuário. Casuística e Métodos:Trata-se de um estudo retrospectivo por análise de prontuário de pacientes entre 0 e 21 anos portadores de DH, admitidos no serviço de Oncologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre 1990 e 2005 e que foram tratados de acordo com o protocolo DH-II-90. Foram construídas curvas de sobrevida global, livre de doença e livre de eventos pelo método de Kaplan-Meier e realizada análise com a regressão de Cox. Foi utilizado um nível de significância de 5% (p< 0,05). Foram analisadas as características clínicas e laboratoriais dos pacientes, completando um perfil desta neoplasia em 15 anos de experiência. Resultados: A taxa de remissão completa após a quimioterapia foi de 94,1% para todo o grupo, sendo 97,3% para baixo risco e 90% para alto risco. A sobrevida global em 10 anos foi de 96% para o grupo de baixo risco e 93% para o alto risco. A sobrevida livre de doença foi 90% após 5 anos, sendo o grupo de alto risco pior quando comparado com o baixo risco, 87% e 92% respectivamente, porém não estatisticamente significante (p: 0,468). A sobrevida livre de eventos foi de 90% em 5 anos, sendo as curvas semelhantes para alto e baixo risco (p: 0,969). Foi observada diferença quando comparadas as curvas de sobrevida livre de eventos por presença ou ausência de massa mediastinal (p: 0,020) e dose de radioterapia utilizada (maior ou menor que 2100 cGy) (p: 0,014). Dentre os efeitos tardios, o mais freqüente foi disfunção da glândula tireóide, havendo 2 casos de carcinoma de tireóide como segunda neoplasia. Conclusão: O protocolo DH-II-90 é eficaz, sendo que a presença de massa mediastinal e doses de radioterapia maiores que 2100 cGy apresentam impacto negativo na sobrevida livre de eventos, e anormalidades da tireóide são seqüelas freqüentes neste grupo de pacientes. / The treatment of Hodgkin´s disease (HD) has been increasingly successful lately. Since today cure rates are about 85%, the challenge of new protocols for treatment of HD is to decrease its aggressiveness and consequent acute and late toxicity, without impairing results. The protocol DH-II-90 was designed to treat children and adolescents with HD. It consists of three cycles of ABVD (doxorubicin, bleomycin, vinblastine and dacarbazine) and involved-field radiotherapy for low risk patients, and incremented with three cycles of MOP (mechlorethamine, vincristine and prednisone) or COP (replacing mechlorethamine by cyclophosfamide) and extended field radiotherapy for high risk patients. Objectives: the purposes of this study are 1) to assess the overall, disease free and event free survival of the protocol DH-II-90, 2) to assess the overall and event free survival by stage, age, presence of bulky disease, mediastinal mass, B symptoms, dose and type of radiotherapy, and 3) to describe late effects data collected from the patients´charts. Methods: This is a retrospective study to assess archive of patients with HD, with 0 to 21 years old, admitted to the pediatric oncology service of the Instituto da Criança da FMUSP diagnosed between 1990 and 2005 and treated with the protocol DH-II-90. Overall, disease free and event free survival curves were developed by the Kaplan-Meier method and analyzed with the Cox regression. A significant level of 5% (p< 0.05) was employed. The clinical and laboratorial data of these patients are described, completing a profile of 15 year of experience. Results: The complete response rate after chemotherapy was 94.1% for all the group, 97.3% for the low risk patients and 90% for the high risk patients. The overall survival in 10 years was 96% for the low risk group and 93% for the high risk group. The 5- years disease free survival was 90%. Disease free survival for high risk patients was worse than low risk group (87% and 92% respectively), but it was not statistically significant (p: 0.486). The 5-year event free survival was 90%, with similar curves for low and high risk patients (p: 0.969). The presence of mediastinal mass and more than 2100 cGy radiation doses had negative impact on event free survival (p= 0.020 and p= 0.014 respectively). Thyroid gland dysfunction was the most frequent late effect described, with two cases of thyroid carcinoma as a secondary neoplasia. Conclusions: The DH-II-90 protocol is effective , while the presence of mediastinal mass and radiation dose over 2100 cGy have a negative impact on event free survival. Thyroid abnormalities are the most frequent late effects in this group of patients.
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Um estudo para otimização da formulação do dosímetro gel MAGIC-f e avaliação da sua reutilização / A study to optimize the formulation of the MAGIC-f dosimeter and evaluate its reuseResende, Thiago Dias 07 April 2017 (has links)
A radioterapia é um procedimento que utiliza radiação ionizante de alta energia direcionado ao tumor, para destruir suas células. O objetivo é provocar o maior dano nas células tumorais enquanto se poupa o tecido sadio ao redor, para maximizar este resultado. Devido a alta complexidade dos feixes usados nestes tratamentos, um dosímetro tridimensional é desejado para garantir que a dose esteja sendo entregue da forma como foi planejada, sendo a dosimetria gel polimérica com leitura da dose em Imagens de Ressonância Magnética Nuclear (IRMN), uma opção para esta medida. Esse trabalho utiliza o dosímetro gel polimérico MAGIC-f como referência e tem como objetivo otimizar sua formulação, substituindo inicialmente os seus agentes antioxidantes (sulfato de cobre e ácido ascórbico) por um antioxidante mais potente, o cloreto de tetrakishidroximetilfosfônio (THPC), e, em seguida, variar as concentrações dos demais componentes do dosímetro a fim de obter a menor concentração de cada um deles que resulte em um dosímetro com sensibilidade adequada para uso em radioterapia.Foram feitas análises sobre a estabilidade térmica do dosímetro com THPC e estudos sobre as concentrações ideais de THPC (2mM, 5mM, 8mM, 10mM ou 20mM); Ácido Metacrílico (2%, 2,5%, 3%, 3,5% ou 4%); Gelatina (4%, 6%, 8% ou 10%). Após todas as modificações, a formulação otimizada contendo 88,96% Água MiliQ; 3% Ácido Metacrílico; 8% Gelatina; 0,04% THPC (5mM de concentração), apresentou uma sensibilidade próxima a 1,03 Gy-1s-1 e um ponto de fusão de aproximadamente 50C, utilizando as menores quantidades possíveis dos reagentes químicos e a sequência de leitura das IRMN implementada para esta dosimetria. O dosímetro otimizado obtido teve uma redução de 40% no seu custo, em comparação com o dosímetro MAGIC-f, e uma resolução de dose de 0,18 Gy. Obteve linearidade de resposta a dosede 0 a 10 Gy. Uma variação máxima na sensibilidade do dosímetro de 8,5% foi encontrada ao se variar a taxa de dose de 300 500 cGy/min.Também foi avaliada a integridade da distribuição de dose para esse dosímetro através da avaliação de uma irradiação com meio campo blindado. E, sua a maior variação em um teste de repetitividade foi de 15%. Um outro objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de uma metodologia para a reutilização do dosímetro gel, sendo que um dosímetro previamente irradiado com uma dose de 2Gy foi reutilizado após seu derretimento a 50C em um forno com controle digital de temperatura, seguido por uma nova gelificação.Para garantir sua resposta, foi necessária a readição de agentes antioxidantes à formulação reutilizada. Dessa forma, para o gel MAGAT com 1mM de THPC foi obtida uma sensibilidade 30% menor que a original para o dosímetro reutilizado e 15% para o mesmo dosímetro, com 2mM de THPC / Radiotherapy is a procedure that uses high energy ionizing radiation directed to the tumor to destroy its cells. The objective is to obtain tumoral cells more damaged avoiding the healthy cells around it and increase this result. Due to the high complexity of the energy beams used on these treatments, a three-dimensional dosimeter is demanded to assure that the dose is focused as planned, being the polymeric gel dosimetry using Nuclear Magnetic Resonance Images (NMRI) for dose scanning an option to this measurement. This work uses MAGIC-f gel as reference and its objective is to optimize the dosimeter formulation, by initiallyreplacing the antioxidants agents (Copper Sulfate and Ascorbic Acid) by a more power rating antioxidant, Tetrakis (hydroxymethyl) phosphonium chloride (THPC), and then, variatingthe others dosimeter´s components concentration in order to obtain the smallest concentration of each one that result in an adequate dosimeter´ssensitivity for radiotherapy application. Studies were made to check the thermal stability of the gel containing THPC and studies were carried out about the ideals concentrations of THPC (2mM, 5mM, 8mM, 10mM or 20mM); Methacrylic Acid (2%, 2.5%, 3%, 3.5% or 4%); Gelatin (4%, 6%, 8% or 10%). After the modifications, the optimized formulation containing 88.96% of mili-Q water; 3% of methacrylic acid; 8% of gelatine; 0.04% of THPC (5mM) showed a sensitivity of approximately 1.03 Gy-1s-1 and a melting point approximately of 50°C, using the smallest possible chemical compounds concentrations and the NMRI scanning sequence implemented for this dosimetry. The optimized dosimeter obtained presents a 40% cost reduction, comparing with the dosimeter MAGIC-f, and a dose resolution of 0.18 Gy. The dosimeter responds linearlywith doses from 0 to 10 Gy. A maximal sensitivity variation of 8.5% was found when varing the dose rate from 300 to 500 cGy/min. Its dose integrity was checked by a half beam blocked irradiation. And its largestsensitivity variation at a repeatability test was 15%. The second objective of this work was the development of a methodology for reusing the dosimeter.The dosimeter previously irradiated with 2Gy was reused after being melted in a digitaltemperature control oven at 50°C, followed by the re-addition of THPC and a new gelation. The reused MAGAT gel dosimeter with 1mM of THPC presented 30% sensitivity reductioin when compared to the the same dosimeter before the reusing process, while the MAGAT gel with 2mMof THPC presented a reduction of only 15%
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Simulação Monte Carlo e avaliação das distribuições de dose de radioterapia intraoperatória para tumores mamários / Monte Carlo Simulation and dose distribution evaluation for intraoperative radiation therapy in breast cancerBaltazar, Camila Eduarda Polegato 06 April 2018 (has links)
Cirurgia conservadora de mama seguida de radioterapia é considerada como tratamento padrão para câncer de mama. A radioterapia intraoperatória (IORT) pode ser vantajosa, pois diminui o tempo de tratamento, geralmente de 4 a 6 semanas, para uma única fração, aplicada durante o procedimento cirúrgico. As distribuições de doses para tratamento por IORT não são bem conhecidas, pois o volume a ser irradiado é definido no momento da aplicação e não existe uma rotina de otimização do plano. Dessa forma as distribuições de dose não foram foco de estudos até o momento, de forma que torna-se interessante conhece-las. O objetivo do presente trabalho é simular e comparar as distribuições de doses para IORT com diferentes feixes e geometrias mamárias e compará-las com as distribuições obtidas para radioterapia 3D (3DR). Através do pacote de simulação Monte Carlo PENELOPE foram obtidas as distribuições de doses em técnicas radioterápicas 3DR e IORT por feixe de elétrons, gerados pelo acelerador NOVAC7, e por raios-X de baixa energia, gerado pelo acelerador Intrabeam. A validação dos feixes estudados, realizada através de comparação com dados da literatura, mostrou, para o feixe de 3DR, o perfil de dose esperado para os feixes com os filtros simulados. As maiores diferenças ocorreram nas regiões de horns, que aparecem subestimados na simulação. Para os feixes de IORT, as maiores diferenças entre simulação e literatura, de 7,79 e 8,6 pontos percentuais, respectivamente para NOVAC7 e Intrabeam, ocorrem em baixas profundidades. A simulação do tratamento para três diferentes volumes mamários gerou distribuições de doses que puderam ser usadas para comparação qualitativa entre as técnicas de tratamento. Para 3DR, as distribuições de doses mostram que parte considerável da dose é depositada no tórax. Embora as maiores doses sejam entregues dentro do volume da mama, ocorrem regiões frias dentro desse volume. As distribuições de dose obtidas para o Intrabeam mostraram que parte da dose pode ser entregue no tórax, dependendo do volume mamário e da posição do aplicador. O tratamento com NOVAC7 apresentou distribuições mais homogêneas dentro do volume alvo, em relação às outras técnicas. De forma geral, os resultados indicam que os tratamentos podem ser largamente influenciados pelo tamanho e posicionamento do campo para 3DR e posicionamento do aplicador para ambas as técnicas de IORT. O tratamento através do Intrabeam é comparável à 3DR. Segundo os parâmetros de avaliação do plano, IORT por feixe de elétrons proporcionaria o melhor tratamento, independentemente do volume mamário. / Conservative breast surgery followed by radiation therapy is considered the standart treatment for breast cancer. Intraoperative radiation therapy (IORT) has the advantage of decreasing the treatment duration, from the usual 4 to 6 weeks, to a single fraction, delivered during the surgical procedure. The dose distribution for treatment given through IORT are not well known, as the volume to be irradiated is defined at the moment of treatment deliver and there is not a plan optimization routine. Therefore the dose distributions were not, to the moment, the goal of any study, what makes interesting to know them. The goal of the present work is to simulate and compare the IORT dose distribution for different beams and breast geometries, and to compare to the 3D radiation therapy (3DR) dose distribution. The dose distributions for 3DR and for electron beam IORT, generated by the NOVAC7 dedicated accelerator, and for low energy x-ray IORT, generated by Intrabeam dedicated accelerator, were obtained using the Monte Carlo simulation package PENELOPE. The beams validation, performed through comparison with literature data, showed, for the 3DR beam, the dose profile expected for the simulated filters. The greatest differences occurred at the horns region, that appear sub estimated in the simulation. For IORT beams the greatest difference between simulation and literature, of 7.79 and 8.6 percentage points, respectively for the NOVAC7 and Intrabeam, occurred at low depths. The treatment simulation, with three different breast volumes, generated dose distributions that were used for a qualitative comparison of the techniques. 3DR dose distribution showed that a considerable fraction of the dose was delivered to the thorax. Although the highest doses were delivered inside the breast volume, cold regions occurred inside this volume also. Intrabeam dose distributions showed that part of the dose may be delivered to the thorax, given the breast volume and applicator position. The treatment through NOVAC7 presented more homogeneous dose distribution in relation to the other techniques. In general the results indicated that the treatment may be greatly affected by field size and position in 3DR and by the applicator position for both of the IORT techniques. Treatment through low energy x-ray IORT is comparable to 3DR treatment. According to the plan evaluation parameters electron beam IORT could give the best treatment for all the breast volumes evaluated.
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Osteopontina como marcador de resposta à radioterapia e quimioterapia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço localmente avançado / Osteopontin as a marker of response to chemotherapy and radiotherapy in patients with locally advanced head and neck cancerLeitão, Glauber Moreira 04 November 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Osteopontina (OPN) é uma glicoproteína presente em tecidos e fluidos orgânicos e envolvida em vários processos patológicos que incluem inflamação, proliferação celular, invasão da matriz extracelular, progressão tumoral e metástase. Em pacientes (pts) portadores de carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECCP), OPN tem sido associada a uma maior agressividade tumoral e empregada como marcador prognóstico. Nós investigamos o valor prognóstico e preditivo da OPN sérica em pacientes portadores de CECCP tratados de forma uniforme. MÉTODOS: Estudo longitudinal prospectivo de 47 pts portadores de CECCP localmente avançado e irressecável submetidos à quimioterapia e radioterapia. OPN sérica foi determinada pelo método ELISA (kit 1 com17 pts e kit 2 com 30 pts) com coleta realizada antes e após o término do tratamento e estudada a relação entre OPN, categorizada como alta ou baixa em relação ao valor mediano, e as características clínico-patológicas, resposta ao tratamento, sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP). RESULTADOS: A OPN sérica mediana dos pacientes determinada pelo kit 1 (em ng/ml) foi de 2,1 e 1,9 pré e pós-tratamento, respectivamente; no kit 2 (em ng/ml) foi de 69,5 e 87,9 pré e pós-tratamento, respectivamente. Pacientes portadores de tumores de orofaringe foram mais freqüentemente associados a baixos níveis séricos de OPN pós-tratamento, em comparação com outros sub-sítios (p=0,03). Observada tendência à associação entre os valores séricos baixos de osteopontina pós-tratamento e a resposta tratamento (p=0,06). Houve associação entre os valores elevados da osteopontina pós-tratamento e menor SLP (p=0,09, log rank), com medianas de 11,9 meses e 14,5 meses, conforme valores séricos de OPN pós-tratamento altos e baixos, respectivamente. Não houve associação dos valores séricos de OPN pré e pós-tratamento e a SG (p=0,19 e p= 0,10, respectivamente). CONCLUSÃO: Neste grupo de pacientes portadores de CECCP, sugere-se que OPN sérica baixa após a quimioradioterapia associa-se à resposta ao tratamento e melhor SLP. / INTRODUCTION: Osteopontin (OPN) is a glycoprotein present in tissues and body fluids involved in several pathological processes that include inflammation, cell proliferation, invasion of the extracellular matrix, tumor progression and metastasis. In head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) patients, OPN has been associated with greater tumor aggressiveness and used as a prognostic marker. We investigated the prognostic and predictive value of plasma OPN in homogeneously treated (HNSCC) patients. METHODS: Longitudinal prospective study of 47 patients with locally advanced and inoperable HNSCC treated with exclusive platin based concomitant chemoradiotherapy. Plasma OPN was determined by ELISA (n=14 kit I, n=32 kit II) pre and postreatment and correlated with tumor response, overall survival (OS) and progression-free survival (PFS). RESULTS: Median OPN levels in ng/ml were 2,1 and 1,9 pre and postreatment, respectively, by kit I and 69,5 and 87,9 by kit II. Patients were categorized as OPN low or high, using the median as a cut-off point. Patients with oropharynx tumors, as compared to other subsites, were more frequently categorized as low OPN (p = 0,03). A low postreatment OPN level was associated with tumor response (p = 0,06) and a high postreatment OPN level was associated with poor PFS, 11.9 vs. 14.5 months (p=0.09, log rank). Mean OS was 16.2 and 13.7 months in low and high postreatment OPN pts, respectively (p=0.10, log rank). CONCLUSIONS: In this group of HNSCC patients, it is suggested that a low plasma OPN after chemoradiotherapy is associated with a lower response rate and a worse PFS.
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Estudo de genes preditores de radiossensibilidade e sobrevida em pacientes com glioblastoma tratados com radioterapia e temozolamida / Study of genes predicting radiosensitivity and survival in patients with glioblastoma treated with radiotherapy and temozolamideAntonio Carlos Cavalcante Godoy 23 November 2018 (has links)
O glioblastoma (GBM) é o tumor primário do sistema nervoso central mais frequente no adulto, com sobrevida média de aproximadamente 12 meses. Múltiplas alterações genéticas e epigenéticas presentes neste tumor determinam sua biologia e fenótipo bastante agressivos. Assim, o presente estudo objetivou estudar a expressão dos genes envolvidos no Índice de Radiossensibilidade (RSI) e do gene MGMT em amostras de tumor primário humano de GBM, buscando identificar a associação destes com radiossensibilidade e sobrevida. Foram analisadas as características epidemiológicas, de evolução e desfecho clínico de 28 pacientes com GBM que fizeram uso de temozolamida (TMZ), cujos prontuários físicos e eletrônicos foram revisados no Serviço de Arquivo Médico (SAM) e Sistema Athos. Foi observado que 64,29% dos pacientes possuíam mais de 50 anos de idade e eram do sexo masculino; 86,36% possuíam o Karnofsky Performance Status acima ou igual a 80%; 57,14% possuíam localização não eloquente; 78,57% apresentavam lesão residual; 89,29% não foram reexpostos à radioterapia; 64,29% não fizeram uso de temozolamida metronômica; 96,43% não foram submetidos a outra quimioterapia; 78,57% não realizaram reabordagem cirúrgica; 60,71% tiveram progressão tardia e/ou não tiveram progressão da doença. Também foi evidenciado que tanto a regressão bruta de cada gene separadamente, quanto a regressão ajustada para os fatores clínicos mais relevantes (idade ao diagnóstico, localização do tumor e presença de lesão residual) não evidenciaram significância estatística em relação à progressão tardia. A relação entre o tempo de sobrevida global e a expressão dos genes ajustada para os mesmos fatores clínicos evidenciou significância estatística para os genes RELA (HR 1,265 / p = 0,01); c-Jun (HR 1,237 / p = 0,03) e c-ABL (HR 0,33 / p = 0,04). A análise de sobrevida livre de progressão ajustada mostrou diferença significativa (p = 0,04) entre os grupos com tumor de localização eloquente e não eloquente, assim como para a expressão do gene RELA (HR 1,107 / p = 0,03). Em relação à expressão gênica e a sobrevida global ou sobrevida livre de progressão dos pacientes pelo teste de Log-rank não foi observada diferença estatística. Na análise da expressão gênica com as variáveis clínico-epidemiológicas, a expressão do gene SUMO1 foi significativamente aumentada (p = 0,009) no grupo com progressão tardia com relação ao grupo com progressão precoce da doença, a expressão do AR apresentou aumento significativo (p = 0,021) no grupo em que a TMZ metronômica não foi administrada e as expressões dos genes RELA (p = 0,03),c-Jun (p = 0,005), STAT1 (p = 0.009) e HDAC1 (p = 0.044) estava elevada nos pacientes que apresentaram o exame neurológico pré-operatório normal. Esses dados indicam que o conjunto dos genes do RSI e o MGMT não demonstraram ser preditores de radiossensibilidade. Podemos inferir que RELA, c-Jun e c-ABL são potenciais marcadores de pior prognóstico e que SUMO1 pode ser um marcador de bom prognóstico / Glioblastoma (GBM) is the primary tumor of the central nervous system most common in adults, with a median survival of approximately 12 months. Multiple genetic and epigenetic alterations present in this tumor determine its biology and phenotype very aggressive. Thus, the present study aimed to study the expression of genes involved in radiosensitivity index (RSI) and the MGMT gene in GBM human primary tumor samples, seeking to identify the association of these with radiosensitivity and survival. The epidemiological evolution and clinical characteristics of 28 GBM patients who used temozolamide (TMZ), whose physical and electronic medical records were reviewed in the Medical File Service (SAM) and Athos System, were analyzed. It was observed that 64.29% of the patients were over 50 years of age and were male; 86.36% had Karnofsky Performance Status of 80 or more; 57.14% had no eloquent location; 78.57% had residual lesion; 89.29% did not have reexposure to radiotherapy; 64.29% did not use metronomic temozolamide; 96.43% did not undergo another chemotherapy; 78.57% did not undergo surgical reassessment; 60.71% had late progression and / or had no disease progression. It was also evidenced that both the gross regression of each gene separately and the regression adjusted for the most relevant clinical factors (age at diagnosis, tumor location and presence of residual lesion) did not show statistical significance in relation to the late progression. The relationship between overall survival time and gene expression adjusted for the same clinical factors showed statistical significance for RELA genes (HR 1.265 / p = 0.01), c-Jun (HR 1.237 / p = 0.03) and c-ABL (HR 0.33 / p = 0.04). Adjusted progression-free survival analysis showed a significant difference (p = 0.04) between the groups with eloquent and noneloquent localization, as well as RELA gene expression (HR 1,107 / p = 0.03). Regarding the gene expression and overall survival or progression-free survival of the patients by the Logrank test, no statistical difference was observed. In the analysis of the expression genes with the clinical-epidemiological variables the expression of the SUMO1 gene was significantly increased (p = 0.009) in the group with late progression in relation to the group with early disease progression, the expression of AR showed a significant increase (p = 0.021) in the group in which the metronomic TMZ was not administered and the RELA (p = 0.03), c-Jun (p = 0.005), STAT1 (p = 0.009) and HDAC1 (p = 0.044) gene expressions were elevated in patients who had normal preoperative neurologic examination. These data indicate that the set of RSIgenes and MGMT were not shown to be predictors of radiosensitivity. We can infer that RELA, c-Jun and c-ABL are potential markers of worse prognosis and that SUMO1 may be a marker of good prognosis
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O Uso de Mateheurísticas Para o Problema de Escolha dos Feixes de um Modelo de Otimização Aplicado ao Problema de Planejamento de RadioterapiaFreitas, Juliana Campos de. January 2019 (has links)
Orientador: Daniela Renata Cantane / Resumo: A escolha do conjunto de feixes e a intensidade de dose a ser depositada nos tecidos são problemas de suma importância para se obter um eficiente planejamento da radioterapia, uma vez que o melhor conjunto de feixes é escolhido de maneira que haja uma melhor distribuição de dose no tumor e proteção das células sadias. Para um melhor planejamento, diversos modelos de otimização estão sendo propostos utilizando metaheurísticas e/ou métodos exatos para a resolução dos mesmos. Este trabalho consiste em propor um modelo de programação não linear inteiro misto para escolha de feixes e intensidade de dose de irradiação baseado em um modelo de programação linear da literatura. Para a escolha do conjunto de feixes, foram propostas duas metaheurísticas (Busca Tabu e Busca em Vizinhança Variável), já para o problema de intensidade de dose, foram utilizados métodos exatos (Método de Pontos Interiores Barreira Logarítmica, Primal Simplex e Dual Simplex). Os métodos exatos foram integrados a ambas metaheurísticas e foram aplicados em $4$ casos reais de tumor de próstata utilizando imagens de tomografia computadorizada. Os resultados obtidos através dessas mateheurísticas foram analisados e comparados quanto ao tempo computacional, quantidade de iterações e função objetivo. Conclui-se que o modelo proposto foi eficiente para o planejamento da radioterapia. / Abstract: The beam set choice and dose intensity to be deposited in all tissues are essential problems to obtain an efficient radiotherapy planning, since the best beam set is chosen in a way to achieve the best dose distribution in tumor, protecting the surrounding cells to absorb high dose amount. To a better treatment plan, some optimization models have been proposed using metaheuristic algorithms and/or exact methods to solve them. This thesis consists on proposing a mixed integer non linear programming model to beam choice and dose intensity based on a linear programming model from the literature. To beam set choice problem, two metaheuristic algorithms were proposed (Tabu Search and Variable Neighbourhood Search), and to intensity dose absorption problem, were used three exact methods (Log Barrier Interior Point Method, Primal Simplex and Dual Simplex). The exact methods were integrated with both metaheuristic algorithm and applied in $4$ real prostate cases using computerized tomography image. The results from the applied matheuristic were analysed and compared in terms of computational time, number of interactions and objective function. Concluding that the proposed model was efficient to radiotherapy planning. / Mestre
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Avaliação prospectiva de sintomas urinários em pacientes submetidos a radioterapia de pelve: infecção urinária ou cistite actínica / Prospective evaluation of urinary symptoms in patients submitted to pelvic radiotherapy: urinary infection or actinic cystitisXavier, Vitor Fonseca 02 April 2018 (has links)
A incidência de infecção do trato urinário (ITU) em pacientes submetidos a radioterapia pélvica com sintomas de cistite varia entre 6% e 45%. O diagnóstico de ITU é tipicamente realizado através dos sintomas de cistite associados à leucocitúria. Não há evidências para essa abordagem em indivíduos submetidos a radioterapia na pelve, pois essa população pode apresentar sintomas de cistite secundários ao câncer ou ao seu tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de ITU em pacientes com sintomas de cistite submetidos à radioterapia pélvica. Realizou-se um estudo de coorte prospectivo cujos critérios de inclusão foram pacientes maiores de 18 anos, com câncer primário pélvico, tratados com intuito curativo e bom estado de performance. Foram excluídos pacientes em tratamento para ITU, usuários de cateteres urinários, pacientes em diálise, com cistostomia ou nefrostomia e uso de antibiótico durante o tratamento. O recrutamento ocorreu antes do início da radioterapia, realizou-se exame de urina tipo I e urocultura. Após o início do tratamento, foram realizadas consultas com avaliação semanal dos sintomas urinários segundo critérios do Radiation Therapy Oncology Group (RTOG). Em caso de aparecimento de novos sintomas urinários ou piora daqueles já existentes, aplicava-se questionário e colhia-se um segundo exame de urina tipo I e urocultura. O diagnóstico de ITU foi definido por urocultura com crescimento bacteriano maior que 104 CFU/mL. Entre setembro de 2014 e novembro de 2015 foram recrutados sequencialmente 112 pacientes. Destes, 29 (26%) não realizaram o primeiro exame. Entre os que realizaram o exame, 11 (10%) apresentaram urocultura positiva e foram excluídos. Restaram 72 (64%) pacientes no estudo. No seguimento destes, 24 (33%) pacientes apresentaram sintomas urinários novos ou piora dos sintomas pré-existentes. Apenas um (1,4%) paciente apresentou confirmação de ITU na segunda urocultura. Observamos uma incidência de ITU menor que a esperada. Isso pode ser explicado pela realização de urocultura pré-tratamento e exclusão dos pacientes com o exame positivo. Além disso, foi realizada investigação urinária apenas em pacientes sintomáticos. Esse controle da população estudada sugere que os dados da literatura relacionados à frequência de ITU até então sejam, na verdade, relacionados a pacientes com bacteriúria assintomática que desenvolveram sintomas devido à radioterapia. Dessa forma, concluímos que nosso achado é clinicamente muito relevante, pois através de uma avaliação prospectiva e controlada, encontramos uma incidência de ITU bem menor que a estimada até então pela literatura / The incidence of urinary tract infection (UTI) in patients undergoing pelvic radiotherapy with symptoms of cystitis varies from 6% to 45% and the diagnosis of UTI is typically made through the symptoms of cystitis associated with leukocyturia, findings that allow the use of antibiotics. However, there are no evidences for this approach in individuals undergoing pelvic radiotherapy, since this population may present symptoms of cystitis secondary to cancer or its treatment. The objective of the present study was to evaluate the incidence of UTI in patients with symptoms of cystitis submitted to pelvic radiotherapy and to identify correlated predictive factors. This was a prospective cohort study. Inclusion criteria were patients older than 18 years, with primary pelvic cancer in treatment with curative intent and good performance status. Exclusion criteria, patients being treated for UTI, use of urinary catheter, patients in dialysis, or with cystostomy or nephrostomy, and use of antibiotics during treatment. Patients were recruited before the beginning of radiotherapy, when urinalysis and urine culture were collected. After start of treatment, weekly consultations were performed with evaluation of urinary symptoms according to the Radiation Therapy Oncology Group (RTOG) scale. In case of new urinary symptoms or worsening of those already existing, a questionnaire was applied to analyze possible risk factors for UTIs and a second urinalysis and urine culture were performed. The diagnosis of UTI was defined as urine culture with a bacterial growth greater than 104 CFU / mL. From September 2014 to November 2015, 112 patients were sequentially recruited. Of these, 29 (26%) did not perform the first exam. Among those who underwent the test, 11 (10%) presented the first urine culture positive and were excluded, remaining 72 (64%) patients for the study. In the follow-up, 24 (33%) patients presented new urinary symptoms or worsened of pre-existing symptoms. In only one (1.4%) patient UTI was confirmed in the second urine culture. The incidence of UTI was lower than expected in this population. This can be explained by the performance of the pre-treatment evaluation with urine culture with exclusion of patients with positive exam. In addition, a urinary investigation was performed only in symptomatic patients. This control of the population studied suggests that the literature data related to the frequency of UTI so far may be related to patients with asymptomatic bacteriuria who developed symptoms due to radiotherapy. Thus, we conclude that our finding is clinically very relevant, since through a prospective and controlled evaluation, an incidence of UTI much lower than that estimated so far in the literature was detected
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Avaliação do linfedema cérvico-facial e faringolaríngeo e sua relação com a deglutição após o tratamento para o câncer de cabeça e pescoço / Evaluation of cervicofacial and pharyngolaryngeal lymphedema and its relation to swallowing after treatment for head and neck cancerQueija, Débora dos Santos 29 August 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento para o câncer de cabeça e pescoço (CCP) envolve várias estruturas e tecido linfático que estão sob risco de prejuízo pelo tratamento cirúrgico e/ou radio-quimioterápico. O linfedema secundário externo e interno de cabeça e pescoço é sequela importante, ainda que subdiagnosticada, subtratada e subvalorizada e, em muitos casos, com impacto nas funções de respiração, deglutição e voz. OBJETIVO: Avaliar a presença, estadiamento e características do edema facial, cervical e laríngeo, a deglutição, após o tratamento para o câncer de cabeça e pescoço. MÉTODOS: O estudo utilizou as Escalas do MD Anderson Cancer Center (MDACC) para avaliar e estadiar o linfedema externo de face e pescoço e a Escala do Edema da Radioterapia de Patterson et al. para o edema interno faringolaríngeo após um mínimo de três meses de tratamento para o CCP, no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da FMUSP e do ICESP. A deglutição foi avaliada por meio de videoendoscopia da deglutição (VED) nas consistências de líquido, néctar, pastoso e sólido. RESULTADOS: O linfedema foi detectado em 97,8% das avaliações com predomínio do tipo composto (73,9%). Foram detectados percentual alto de linfedema externo de pescoço (71,7%) e submandibular (63%), com predomínio para os níveis mais avançados (2 e 3) indicando tendência à fibrose. Encontrou-se edema interno em quase todas as estruturas e espaços avaliados. À VED, observou-se resíduo, penetração em todas as cosnistências analisadas. O tratamento combinado com Rt teve relação com o linfedema externo submandibular e pescoço, interno, bem como com a alteração de sensibilidade faringolaríngea, presença de resíduo e penetração para pastoso. CONCLUSÃO: O linfedema cervicofacial e faringolaríngeo é um evento frequente após o tratamento para o CCP, com consequências importantes no desempenho da deglutição caracterizadas por resíduo e levar à penetração e aspiração. O tratamento combinado com Rt é um fator associado a estas alterações / BACKGROUND: Treatment for head and neck cancer (HNC) involves several structures and lymphatic tissue that are at risk of injury by surgical and / or radio-chemotherapy treatment. External and internal secondary lymphedema of the head and neck is an important outcome, although underdiagnosed, under-treated and undervalued, and in many cases with an impact on breathing, swallowing and voice functions. OBJECTIVE: To evaluate the presence, stage and characteristics of facial, cervical and laryngeal lymphedema, swallowing, after treatment for HNC. METHODS: The study used the MD Anderson Cancer Center Scales (MDACC) to evaluate the stage of external face and neck lymphedema and the Patterson et al. for internal pharyngolaryngeal edema after a minimum of three months of treatment for HNC at the Head and Neck Surgery Service of the Hospital das Clínicas of FMUSP and ICESP. Swallowing was evaluated by Fiberoptic Endoscopic Evaluation of Swallowing (FEES) in the consistencies of liquid, nectar, pasty and solid. RESULTS: Lymphedema was detected in 97.8% of the evaluations with a predominance of the composite type (73.9%). A high percentage of external lymphedema of the neck (71.7%) and submandibular (63%) were detected, with a predominance of the more advanced levels (2 and 3) indicating a tendency to fibrosis. Internal edema was found in almost all structures and spaces evaluated. At FESS, residue was observed, penetration in all analyzed aspects. The combined treatment with Rt was related to external submandibular, neck lymphedema and internal edema, as well as the alteration in pharyngolaryngeal sensitivity, presence of residue and penetration to pasty. CONCLUSION: Cervicofacial and pharyngolaryngeal lymphedema is a frequent event after treatment for HNC, with important consequences on swallowing performance characterized by residue that lead to penetration and aspiration. Combined treatment of Rt is a factor associated with these changes
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O efeito da vitamina E e do selênio na prevenção da mucosite em pacientes com tumores malignos nas vias aerodigestivas superiores submetidos a radioterapia, concomitantemente ou não com quimioterapia / The effect of the vitamin E and selenium in the mucositis prevention in patients with upper aero-digestive ducts\' malign tumors submitted to radiotherapy concomitant or not with chemotherapySantos, Simone Brasil 11 December 2009 (has links)
A utilização da radioterapia e da quimioterapia em maior escala no tratamento do câncer de cabeça e pescoço tem elevado a incidência de efeitos colaterais, em especial da mucosite bucal. O presente estudo estabeleceu como objetivo a avaliação do efeito da suplementação da vitamina E e do selênio na prevenção da mucosite causada pela radioterapia e/ou quimioterapia em pacientes com neoplasias malignas das vias aerodigestivas superiores. Como metodologia, decidiu-se por um ensaio clínico III, randomizado, duplo cego, realizado no Serviço de Oncologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. A amostra foi constituída por 95 pacientes portadores de câncer nas vias aerodigestivas superiores, com indicação de radioterapia, sendo 78 (82,1%) do gênero masculino e 17 (17,9%) do gênero feminino, com média de idade de 54 ± 13,4 anos, variando entre 20 e 85 anos. O mineral selênio e a vitamina E foram classificados como grupo A e grupo B, respectivamente. Do primeiro dia da sessão de radioterapia até uma semana após o término da radioterapia, os pacientes tomaram uma cápsula por dia do suplemento. A mucosite foi avaliada semanalmente pelos cirurgiões dentistas do próprio serviço. Foram coletados dados de 115 pacientes. Como 20 deles foram excluídos, analisaram-se os resultados de apenas 95 indivíduos. Durante as dez semanas de acompanhamento desses pacientes, a avaliação da presença de mucosite foi realizada semanalmente. Do total de pacientes analisados, 88,2% desenvolveram mucosite (41 pacientes do grupo selênio e 41 pacientes do grupo vitamina E) decorrente do tratamento radioterápico realizado concomitantemente ou não com a quimioterapia. Na avaliação dos efeitos da suplementação nos diferentes graus de mucosite, observou-se que a maioria dos indivíduos se enquadrava na classificação grau II (alimentando-se normalmente, mas com dor). Independentemente do grau de mucosite, não foram encontradas diferenças entre os grupos suplementados (p=0,559). Em um período prévio a este trabalho, observou- se em pacientes avaliados semanalmente no mesmo ambulatório frequência de mucosite de 93% (noventa e três), dos quais 10,3% (dez) classificaram- se entre grau 0 e grau 1; 72,5% (setenta e dois) grau 2 e 17,2%.(dezessete) entre grau 3 e grau 4.Esses resultados sugerem que a suplementação com 100 µg de selênio ou de 400 mg de vitamina E não foi eficiente na prevenção da mucosite. Como conclusão, este estudo demonstra que a frequência de mucosite decorrente de tratamento radioterápico, com ou sem quimioterapia, é alta (88,2%) e que a suplementação do mineral selênio não é diferente da vitamina E na prevenção, intensidade ou retardo do aparecimento dessa enfermidade. / The increase of radiotherapy and chemotherapy intensity in the treatment of head and neck cancer has raised the incidence of side effects, specially of mouth mucositis. To evaluate the effect of the vitamin E and selenium supplementation in the prevention of the mucositis caused by the radiotherapy and/or chemotherapy in patients with upper aerodigestive ducts malign tumors. This study referred to at the Oncology Service of the UFMGs Oncology College. The sample has been constituted by patients with head and neck cancer and radiotherapy. 95 individuals were included, 78 (82,1%) male and 17 (17,9%) female, with a mean of age of 54+- 13,4, varying between 18 and 82 years old. The Selenium mineral and the Vitamin E were classified as Group A and B, respectively. The patients took one supplement capsule a day. The treatment started in the day of the radiotherapy session and ended one week after the radiotherapy . The mucositis was evaluated weekly by the services dentist surgeries. Data from 115 patients were collected. However, 20 patients were excluded from the study, therefore, 95 patients were analyzed. During the 10 weeks of patient follow-up, the mucositis presence evaluation was made weekly. We observed that 41 patients developed mucusitis during the radiotherapy treatment with or without chemotherapy, in both selenium and vitamin E groups. By evaluating the supplementation effects in the different levels of mucositis, it was observed that the great majority of individuals can be put in the level II classification (feed themselves normally, but with pain). Regardless the mucositis level, we have not found differences between the supplemented groups (p=0,559).In a period prior to this work, we observed in patients evaluated in the same clinic on a weekly frequency of mucositis 93% (ninety- three), of which 10.3% (ten) rated between grade 0 and grade 1, 72 , 5% (seventy two) grade 2 and 17.2%. (seventeen) of grade 3 and grade 4.We can suggest, therefore, that the supplementation with 10µg of selenium or 400mg of vitamin E have not been efficient in the mucositis prevention.In conclusion, this study has shown that the Selenium mineral and the Vitamin E supplementation did not prevent or retard the mucositis appearance.
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